FUNDAÇÃO LUIZ ENGLERT SINDICATO DA INDÚSTRIA DE EXTRAÇÃO DE CARVÃO DO ESTADO DE SANTA CATARINA. RELATÓRIO DE ATIVIDADES Parcial

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1 FUNDAÇÃO LUIZ ENGLERT SINDICATO DA INDÚSTRIA DE EXTRAÇÃO DE CARVÃO DO ESTADO DE SANTA CATARINA RELATÓRIO DE ATIVIDADES Parcial Rodrigo Luis Karas Prof. Dr. Andre Zingano

2 Sumário LISTA DE FIGURAS...4 LISTA DE TABELAS INTRODUÇÃO OBJETIVOS CRONOGRAMA E ATIVIDADES PREVISTAS REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Tipos de Backfill Hydraulic Fill Pastefill Rockfill Utilização de cinza no tratamento de Drenagem Ácida de mina Efeito do tempo sobre a resistência do backfill BACKFILL CARBONÍFERA CATARINENSE Preenchimento hidráulico Rockfill BACKFILL RIO DESERTO Estudo de caso TRACTEBEL ENERGIA QUANTIDADE E DISPONIBILIDADE DE MATERIAL PARA SER UTILIZADO COMO BACKFILL ANÁLISE DE DADOS Definição dos materiais a serem utilizados Caracterização física, química e mineralógica Ensaios de Permeabilidade e Porosidade...32 Página 2

3 9.4. Composição das Misturas e Tempo de Cura Ensaios Geomecânicos Modelos Físicos e Numéricos SEQUENCIA DE TRABALHO Anexos...35 Bibliografia...39 Página 3

4 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Esquema e funcionalidade do backfill... 8 Figura 2: Resistências alcançadas com determinados tempos de cura e % de de cimento Figura 3 : Distribuição granulométrica tipica de paste fill, cemented hydraulic fill e Australian hydraulic fills. Fonte: (11) Figura 4 : Perfil da forma assumida pelo pilar com o passar do tempo Figura 5: Planta de localização da Mina Bonito I. 1-região onde o preenchimento hidráulico foi efetuado. 2- Região onde a disposição de rejeito esta ocorrendo. 3- Região inundada onde o colapso de pilares já aconteceu Figura 6: Local onde o preenchimento hidráulico foi realizado Figura 7: Foto do local onde o preenchimento hidráulico foi realizado Figura 8 : Perfil da situação atual no local ondeo prenchimento hidráulico foi aplicado Figura 9 : Foto do material aguardando ser espalhado e acumulado na galeria Figura 10 : Dados sobre a operação de rockfill Figura 11 : Perfil das galerias onde o rockfill é aplicado Figura 12 : Foto das caixas. 1 caixa seca em condições de pouca ventilação. 2 caixa com água e condições de pouca ventilação. 3 caixa seca em condições de boa ventilação. 4 caixa com água em condições de boa ventilação Figura 13 : Foto do local de construção do poço Figura 14 : Fluxograma de geração da cinza Figura 15: A Cilo de estocagem de cinza leve. B bacia de decantação da cinza pesada Figura 16 : Dados físicos referentes a cinza pesada Figura 17 : produção anual de carvão em SC. Fonte SIECESC Figura 18: Relaçõe sentre os índices físicos Figura 19: Funcionalidade e formula de calaculo do ensaio de permeabilidade por carga fixa (A) e carga variavel (B) Página 4

5 LISTA DE TABELAS Tabela 1 : Composição dos rejeitos gerado no Lavador Boa Vista. Fonte: Carbonífera Catarinense Tabela 2 : Características características físicas do local onde o preenchimento hidráulico foi aplicado bem como as características físicas da polpa Tabela 3 : Características físicas do local e material de rockfill Tabela 4 : Análise fisico-quimica ca camada total lavrada. Fonte : banco de dados da empresa rio deserto Tabela 5 : Fórmulas para cálculo dos índices físicos Tabela 6 : Resumo dos ensaios, materiais e justificativas Página 5

6 1. INTRODUÇÃO O trabalho foi desenvolvido nas dependências do SIECESC durante o mês de janeiro de Esse estudo faz parte do projeto de pesquisa denominado Projeto Backfill, desenvolvido pela Fundação Luiz Englert e SIECESC. Estão previstas as seguintes atividades no Projeto Backfill: Realizar caracterização de materiais e misturas para enchimento; Classificar o maciço rochoso e determinar as propriedades geomecânicas do maciço rochoso que forma o sistema piso-pilar-teto para as minas que farão parte da pesquisa; Estimar o comportamento de longo prazo do maciço rochoso e do backfill durante e após o enchimento das galerias; Determinar qual o processo de enchimento mais adequado para as condições das minas em estudo; Estudar a longevidade de pilares nas camadas Barro Branco, Bonito e Irapuá com e sem os enchimentos; Este relatório faz referência a caracterização de materiais e misturas para enchimento abordando a revisão bibliográfica do assunto. 2. OBJETIVOS Este trabalho tem como objetivos: verificar a existência de textos publicados relacionados ao assunto; conhecer a forma como esse assunto foi abordado e analisado em estudos anteriores; saber quais são as variáveis do problema em questão. Além de conhecer os locais onde o método foi ou esta sendo utilizado. 3. ATIVIDADES PREVISTAS O tempo de desenvolvimento do trabalho é de seis semanas (início 12/01/2009 à 20/02/2009) podendo sofrer alterações. As atividades previstas são: Página 6

7 Busca de informações sobre trabalhos anteriores realizados nas minas de carvão de SC. Leitura e análise do banco de dados existente no SIECESC e busca de artigos técnico-científicos. Visita a Empresa Rio deserto. Visita a Carbonífera Catarinense. Visita a Tractebel Energia 4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Backfilling é conhecido como a técnica de disposição de materiais em cavas a céu aberto ou subsolo a fim de preencher os espaços vazios deixados pela mineração. A utilização de backfill é comum em muitos países. A Polônia, África do Sul, Canadá, Estados Unidos, entre outros utilizam essa técnica há muitos anos. No Brasil temos históricos da utilização dessa técnica nas minerações de fluorita (Santa Catarina), mineração de ouro (Goiás), mineração de potássio (Alagoas), mineração de cobre (Bahia) além da mineração de carvão (Santa Catarina). A crescente utilização da tecnologia de backfilling está correlacionada a necessidade de se minerar com normas mais rígidas, em relação a danos estruturais no solo, meio ambiente, além de recuperações de lavra maiores. Tradicionalmente, backfill é uma técnica de sustentação passiva do maciço rochoso, usada principalmente no método de lavra Cut-and-fill. A utilização dessa técnica é crescente em outros métodos de lavra como, por exemplo, room and Pillar e long wall. Cuidadosamente projetados e executados de forma eficiente, sistemas de backfill podem melhorar significativamente a exploração mineira. Por outro lado, se mal projetados e executados, os sistemas de backfill podem ser um sério problema para a exploração e segurança da mina (1). O backfill impede que o maciço sofra grandes deformações, confinando o material e transmitindo as pressões ao maciço. A Página 7

8 Equação 1: Figura 1 demonstra esquematicamente funcionalidade do método. Equação 1: Figura 1: Esquema e funcionalidade do backfill Grande parte das jazidas de carvão são mineradas pelo método de câmaras e pilares. Esse método não proporciona grandes recuperações de lavra chegando a 50 % em condições geológicas e geomecânicas excelentes. Dentre as principais vantagens da utilização da tecnologia de preenchimento mineral (backfilling) em minas subsolo de carvão destacam-se: i) redução significativa da deposição de rejeitos em superfície, ii) confinamento dos pilares de carvão evitando a perda de área devido a queda progressiva de laterais, iii) minimização dos riscos e efeitos de subsidência em superfície aumentando a estabilidade em subsolo (2). Além disso, é possível utilizar rejeitos dispostos em superfície colocando-os em subsolo auxiliando na recuperação de áreas degradadas. Estudos realizados em minas da Austrália (3) demonstram que, se o fluxo do Página 8

9 preenchimento hidráulico for feito em bateladas, ele se espalhará formando lâminas, facilitando a drenagem. Após a cura, o material apresenta-se estratificado. Na escolha do tipo de backfill muitos fatores devem ser levados em conta, entre eles: disponibilidade de matéria prima; custo operacional; distâncias entre a fonte e o local de aplicação; propriedades químicas e físicas. Para cada tipo de material utilizado como backfill, diferentes métodos de transporte estão disponíveis (3). Existem estudos (3) que demonstram que as utilizações de técnicas de backfilling podem prolongar a vida da mina além do projetado inicialmente. Outro fator importante a ser levado em consideração na aplicação do método é o sistema de drenagem. Geralmente, a água excedente resultante da cura do backfill é rebombeada à superfície para receber tratamento adequado. Na mineração de carvão, esse fator é ainda mais crítico, uma vez que existe o risco de geração de drenagem ácida de mina. A permeabilidade do material é outro parâmetro crítico no projeto. Quanto maior a permeabilidade, mais facilmente a água sairá e mais rapidamente o material oferecerá resistência. Para facilitar o entendimento do sistema de distribuição do hydraulicfill e pastefill devemos separar as partículas sólidas em dois: 1 - As partículas finas (menores que 75 µm) misturam-se com a água para formar o meio de transporte. A polpa formada pode seguir as leis de fluxo Newtonianas ou não, sendo função da concentração e características físico-químicas. 2 As partículas grossas (maiores que 75 µm) são transportadas em suspensão pela polpa, devido a turbulência, contato entre as partículas e a tensão de escoamento da polpa (4). Inúmeros tipos de matérias podem ser utilizados na composição do material de enchimento. Segundo (5) os principais materiais utilizados são: areias, cascalhos, rejeitos do processo de beneficiamento de minério, rochas estéreis oriundas do desenvolvimento da mina, rochas provenientes de pedreiras, escórias de fundição metalúrgica e cinzas geradas em termoelétricas a carvão. Materiais podem ser utilizados com os sem a adição de cimento ou aglutinantes. Podem ser resultado da mistura de um ou mais tipos de materiais. O valor da deformação do estrato superior é reduzido proporcionalmente com a quantidade de vazios do material de backfill. The packing density and fill ratio of the material can vary significantly for any given particle-size distribution, and depend on the amount of water Página 9

10 in the backfill mixture, the drainage technique, and the manner of placement (6). A resistência do backfill depende basicamente do tipo de material e sua granulometria, do cimento e da quantidade de água utilizada. Ensaios feitos (Palarski, 1994) demonstram que misturas com baixa porosidade, contendo o mínimo de água e um aglutinante adequado produzem backfill de altíssima resistência. A porosidade influencia também na dissolução de íons. Quanto maior a porosidade maior será a condutividade hidráulica do material, maior será sua degradação e lixiviação. Aumentando assim a probabilidade de contaminação do lençol freático. Estruturalmente, a porosidade afeta no acomodamento no tempo de drenagem e cura. As propriedades exigidas do material utilizado como backfill dependem da geologia e condições de mineração (6). Antes da escolha do material a ser utilizado como enchimento devese ter um excelente conhecimento sobre as condições geomecânicas e hidrogeológicas do depósito. Existem estudos (7) que comprovam que é possivel utilizar, na composição do backfill, subprodutos do carvão mineral (cinzas provenientes da queima e rejeito fino ou grosso proveniente da beneficiamento de carvão). Estes estudos demostram que a utilização da técnica de backfilling proporcionou o confinamento dos pilares de carvão, minimizou os deslocamentos verticais em superfície e subsolo, além de não existir registros de contaminação ambiental. Os resultados obtidos até o momento mostram que as cinzas leves, juntamete com o rejeito grosso do beneficiamento, formam uma boa opção para backfill. Vários pesquisadores têm realizado operações de backfill em minas abandonadas para reduzir a subsidência em superfície (Whaite e Allen, 1975; Maser et al., 1975; Petulanas, 1988) (7). O desgaste das tubulações é um importante fator no custo de operação do backfill. O desgaste é a perda de material das tubulações devido a erosão e corrosão. A erosão decresce com o tamanho das particulas e o crescimento da concetração de sólidos. Corrosão é um processo eletro-químico dependente das propriedades químicas do backfill e da água (4). O conhecimento da composição mineralógica do material a ser utilizado como enchimento é importante, pois influencia em: desgaste excessivo das tubulações por abrasão; degradação química do cimento; geometria plana pode aumentar o tempo de sedimentação e minerais portadores de enxofre podem reagir com água e oxigênio gerando DAM (principalmente em minas de carvão). O comportamento e iteração do backfill e o maciço rochoso não são lineares, as equações Página 10

11 lineares que descrevem a iteração são não-lineares. Por outro lado, existem poderosos métodos numéricos capazes de resolver essas complexidasdes, por exemplo o aplicativo computacional FLAC (Fast Lagrangian Analysis of Continua) (8) Tipos de Backfill Existem muitos tipos de materiais que possam ser usados como preenchimento. A classificação dos diferentes preenchimentos minerais leva em consideração o tipo de material utilizado e sua função Hydraulic Fill É tipicamente uma suspensão hidráulica contendo 70 a 80 % de sólidos de granulometria areia fina (granulometria menor que essa costuma ser prejudicial para o escoamento e drenagem (0,037 mm)). Transportado através de tubulação com ou sem a utilização de bombeamento. A permeabilidade do enchimento determina as condições de drenagem. Estudos realizados por McNay and Corson (1975) indicam sucesso preenchimentos hidráulicos que tem permeabilidade entre ms 1 (9). Existem relatos na literatura de valores utilizados menores que o recomendado, baseado no fato de que a permeabilidade medida em laboratório sob condições controladas é maior que a ocorrida em campo. Essa técnica de backfilling não exige grande infraestrutura, não necessitando a construção de uma planta de preparação. O enchimento hidráulico tem o inconveniente de se ter obrigatoriamente uma boa drenagem dentro do realce durante o enchimento e ainda ter que bombear de volta a água captada na parte inferior do mesmo. Além disso é mais indicado nos métodos de corte e enchimento, onde serve como piso para o próximo corte, mas não têm exposição das paredes do enchimento (10). A estabilidade do preenchimento hidráulico durante e após o período de drenagem depende de vários parâmetros que determinam a força e a rigidez da massa de preenchimento hidráulico. Estes parâmetros podem ser medidos em laboratório utilizando amostras ou em campo, utilizando ensaios in situ. A resistência e a rigidez estão diretamente relacionadas com a densidade aparente do preenchimento (11). Barricadas são, normalmente pontos críticos na implantação do método. Além de promoverem a drenagem elas precisam ser resistentes a pressão exercida pelo enchimento. Existem casos onde a convergência do teto destruiu a barricada, provocando vazamento e Página 11

12 causando risco de acidente no local. Na construção são utilizados tijolos de alta porosidade, argila, cascalho, etc. Ao longo da última década tem havido um aumento constante no teor de sólidos do preenchimento hidráulico disposto em minas, na tentativa de reduzir a quantidade de água que deve ser drenada e aumentar a proporção de sólidos (11). Em contra partida a isso esta a maior dificuldade em realizar o transporte, uma vez que a polpa tem propriedades reológica superiores Pastefill Surgiu devido a necessidade de se aumentar a coesão do preenchimento hidráulico. Nessa técnica são adicionados cimentos e/ou aglutinantes ao preenchimento. Geralmente utilizam-se cimentos portland (proporciona maior coesão que os demais cimentos) e cinza leve (proveniente da queima do carvão em termoelétricas) como aglutinante. A quantidade de cimento adicionada geralmente é de 3 a 5% em peso. A concentração de sólidos geralmente é alta, 80% em média. O tempo de cura varia de acordo com a composição (% de sólidos, cimento, água e aglutinante) do preenchimento, sendo de 7 a 24 dias. A Figura 2 apresenta valores de coesão e ângulo de atrito alcançado com determinados tempos de cura e % de cimento. Figura 2: Valores de coesão e ângulo de atrito alcançado com determinados tempos de cura e % de cimento Rockfill Nessa técnica são utilizados materiais provenientes do desenvolvimento da lavra ou até Página 12

13 mesmo rejeito proveniente do processo de beneficiamento do minério. A granulometria do material geralmente é grosseira, 40 mm. Pode-se utilizar cimento na composição do rockfill a fim de aumentar a coesão. O transporte do material é realizado por carregadeiras, caminhões, não sendo possível seu bombeamento. A grande vantagem do rockfill é a facilidade operacional. Não é necessário construção de barricadas. O enchimento com rocha tem um custo de investimento menor que com pasta, mas o custo operacional é cerca de 50% maior, o que não recomendou sua adoção após análise do fluxo de caixa (Golder, 1996). Outras desvantagens seriam a necessidade do aumento da frota de caminhões circulando na mina para transporte do enchimento, o que demandaria um incremento na necessidade de ventilação e um maior trânsito de equipamentos, interferindo na produtividade dos equipamentos de produção (10). A distribuição granulométrica do material é variável, a Figura 3 apresenta as distribuições granulométricas típicas da maioria dos backfilling. Figura 3 : Distribuição granulométrica tipica de paste fill, cemented hydraulic fill e Australian hydraulic fills. Fonte: (11) Utilização de cinza no tratamento de Drenagem Ácida de mina Drenagem ácida de mina (DAM), além de ser altamente ácida freqüentemente contém altas concentrações de metais pesados, tais como Fe, Mn, Al e ânions Página 13

14 como SO 2-4, além de elementos como Zn, Co, Pb, Cr,Cu, nas concentrações traço (12). Muitos autores vêm estudando a utilização de materiais alcalinos (Hidróxido de Sódio, Cal, Argilas Alcalinas, etc) como neutralizantes das DAMs. Cinzas é o material residual proveniente da queima do carvão. São divididas em cinzas leves e pesadas: cinza leve é composta por matéria mineral e matéria orgânica residual da queima, cinza pesada é composta por matéria mineral. Existem muitos trabalhos na área de tratamento de DAMs utilizando cinza como neutralizante. A cinza atua impedindo a lixiviação ácida e reduz significativamente os contaminantes inorgânicos. A eficácia do processo de tratamento vai depender da qualidade das cinzas utilizadas (12). Além da utilização de cinzas, no tratamento de DAMs, outros materiais também estão sendo estudados. Lama vermelha (gerada pelo processo Bayer no beneficiamento da bauxita) também tem sido investigada como material aditivo do backfill (13) Efeito do tempo sobre a resistência do backfill A ação do tempo em backfill compostos por materiais portadores de enxofre é no sentido de diminuir a resistência. Dependendo da cinética química envolvida nos processos de degradação essas ação pode demorar meses. Estudos realizados (14) com rejeitos e cimentos de diferente composição mineralógica demonstram que após 180 dias de cura as amostras contendo mais enxofre tiveram um maior declínio na resistência. 5. BACKFILL CARBONÍFERA CATARINENSE Os trabalhos envolvendo a disposição de rejeito em subsolo iniciaram em 2002, na mina denominada Mina Bonito I, com interesse de estabilizar colapsos de pilares em fase inicial. Esta disponível no Anexo 1 os dados camada bonito inferior (bruto e rejeitos). Foram realizados inúmeros testes com diferentes tipos de backfill. Testou-se a utilização de pastefill, preenchimento hidráulico e rockfill. Os testes foram realizados com ou sem a adição de cimento e aglutinantes. Avaliando parâmetros de abatimento, tempo de cura, resistência e impacto ambiental. Os ensaios de compressão uniaxial de alguns corpos de prova estão disponíveis no Anexo 2e Erro! Fonte de referência não encontrada.. Os corpos de prova foram feitos com diferentes Página 14

15 quantidades de cimento, cinza leve e tipos de rejeito. As composições de alguns corpos de prova podem ser visualizadas no Anexo 3. Em termos de resistência, testes executados na Mina Bonito I, em pastas minerais cimentadas contendo 77% de rejeitos, 3% de fly ash, com abatimentos de 175 mm e 250 mm e conteúdo 5% de cimento em relação ao peso de rejeitos sólidos secos atingiram resistências UCS de Mpa (2). Os principais problemas geomecânicos encontrados na mina são devido a fragmentação dos pilares. Após um tempo os pilares apresentam um perfil cônico, além de grande fraturamento e baixa resistência. Cerca de 50% da área superior original do pilar é perdida, acumulando-se material no piso da galeria. Dessa forma, o pilar não apresenta capacidade de sustentação e entra em colapso provocando subsidência em superfície, afetando aqüíferos e construções civis. Além de dificultar, e muitas vezes inviabilizar a lavra em regiões próximas. Técnicas de contenção (uso de telas, madeira e parafuso) não se mostraram eficientes. A Figura 4 apresenta um perfil da forma assumida pelo pilar com o passar do tempo. Figura 4 : Perfil da forma assumida pelo pilar com o passar do tempo. As causas desse comportamento devem ser estudas. Podem estar associadas ao uso incorreto de explosivos, problemas geológicos e geotécnicos, baixa resistência da camada ou a soma destes. O lavador da empresa opera 20 horas por dia, processa 80 t/h, recuperando 33-35%. Gera 15% de finos, espessados em bacia de decantação. O restante, cerca de 50% do rejeito (R1, R2 e R3, a Tabela 1 apresenta a composição de cada um deles), é disposto em depósitos de rejeito na superfície ou subsolo. O R3 não é disposto em subsolo. Tabela 1 : Composição dos rejeitos gerado no Lavador Boa Vista. Fonte: Carbonífera Catarinense Rejeito Característica Média % Variação % R1 Piritoso R2 Misto Página 15

16 R3 Carbonoso Preenchimento hidráulico A Mina Bonito I apresenta grandes problemas geomecânicos, apesar da sua baixa cobertura. A Figura 5 apresenta a planta de localização da Mina Bonito I. Em destaque estão as regiões: 1-região onde o preenchimento hidráulico foi efetuado; 2- Região onde a disposição de rejeito esta ocorrendo e 3- Região inundada onde o colapso de pilares já ocorreu. Linha de ExtensOmetros Figura 5: Planta de localização da Mina Bonito I. 1-região onde o preenchimento hidráulico foi efetuado. 2- Região onde a disposição de rejeito esta ocorrendo. 3- Região inundada onde o colapso de pilares já aconteceu. As características físicas do local onde o preenchimento hidráulico foi aplicado bem como as características físicas da polpa podem ser vistas na Tabela 2. Tabela 2 : Características características físicas do local onde o preenchimento hidráulico foi aplicado bem como as características físicas da polpa. Características físicas do local e da polpa utilizada no estudo Cobertura, m 60 Página 16

17 Largura de pilar, m 14 Largura de galeria, m 4 Altura total da camada, m 3,4 % sólidos da polpa 70 Granulometria da Polpa, mm Finos Densidade da polpa? Tubulação, mm 76,2 Vazão, m³/h 40 Horas de operação, h 10 Potência das bombas, CV 15 O preenchimento hidráulico bombeado foi aplicado em dois locais diferentes. A área foi isolada por barricadas construídas com argila, rejeito e alvenaria. A drenagem foi feita por diferença de nível. A pasta foi bombeada até o momento em que a drenagem apresentou partículas sólidas (devido a não sedimentação), cerca de 2 anos após o início. A água da drenagem era retornada para a bacia de sedimentação. O painel selecionado para a aplicação do preenchimento mineral (P2-SE) situa-se próximo à boca da mina e à usina de beneficiamento Lavador Boa Vista. O painel foi minerado entre os meses de outubro e novembro de 2000 e abrange uma área total de m². O volume livre estimado para o preenchimento mineral é de m³, considerando uma altura média de camada total (C.T) de carvão de 3,05m e pilares com dimensões originais de 12m x 12m e 15m x 12m. A camada de carvão possui mergulho suave (1-2 ) no sentido sudoeste. O rejeito de carvão utilizado como material de preenchimento mineral percorre distâncias de 200m a 1000m até o ponto de descarga e estocagem pré-estabelecidos (2). A Figura 6 ilustra o local onde o preenchimento hidráulico foi realizado. Página 17

18 Figura 6: Local onde o preenchimento hidráulico foi realizado. Atualmente o preenchimento encontra-se a 1,6 metros do teto da galeria, pelas condições de degradação dos pilares e pelas leituras dos extensômetros (não ouve diminuição ou mudanças nos padrões de leitura) o confinamento dos pilares não foi alcançado. Algumas barricadas vazaram, espalhando material e dificultando, hoje, as atividades mineiras naquela região. A Figura 7 apresenta uma foto do local onde a pasta esta depositada. Atualmente a pasta esta com umidade de 80%. Página 18

19 Figura 7: Foto do local onde o preenchimento hidráulico foi realizado. Um perfil da situação atual do local é apresentado na Figura 8. Figura 8 : Perfil da situação atual no local ondeo prenchimento hidráulico foi aplicado. Durante o tempo de drenagem coletou-se amostras que foram analisadas em laboratório, além da realização de ensaios de lixiviação. Os resultados obtidos não estão disponíveis para consulta. Segundo o corpo técnico da empresa, até o momento não foi encontrado indícios de contaminação ambiental provocado pelo enchimento. O projeto previa inicialmente o enchimento por completo, sem espaços vazios entre o teto Página 19

20 e o enchimento. Freqüentemente na área do enchimento hidráulico são verificados as quantidades de gases e também a temperatura do local. Uma vez que são áreas de pouca ventilação e apresentam riscos. Não existe registro de geração de gases Rockfill Devido a grande dificuldade de liberação de novas áreas para serem usadas como depósito de rejeito a empresa esta usando como alternativa crescente a disposição de rejeitos em subsolo (rockfill). Essa operação, da forma que é realizada, não necessita de grandes investimentos, bem como não há necessidade de mão de obra qualificada. A área escolhida para essa atividade é vizinha a área do preenchimento hidráulico. As características físicas do local onde o rockfill esta sendo aplicado bem como características físicas do material utilizado são apresentados na Tabela 3. Tabela 3 : Características físicas do local e material de rockfill. Características físicas do local e matérial de rockfill Cobertura, m 65 Largura de pilar, m 12 Largura de galeria, m 4 Altura total da camada, m 3,1 Tamanho máximo das partículas, mm 25,4 Parte do rejeito gerado no beneficiamento do carvão (R1 e R2) é transportado para o subsolo utilizando-se um veiculo de transporte de fabricação própia com capacidade de 6,5 t. Após o transporte o material é descarregado, formando pilhas para posteriormente, com o auxilio de um trator esteira, ser espalhado e acumulado nas galerias. A Figura 9 apresenta uma foto do material aguardando ser espalhado e acumulado. Página 20

21 Figura 9 : Foto do material aguardando ser espalhado e acumulado na galeria. Este trabalho é realizado por apenas um funcionário. A Figura 10 apresenta alguns dados sobre a operação. Volume por viajem, m³ 7,9 Tempo de trajeto, min 15 Média de viajens, dia 10 Volume diário depositado, m³ 79 Volume diário necessário, m³ 1000 Figura 10 : Dados sobre a operação de rockfill. Dados de disponibilidade mecânica e utilização são inexistentes, porém, sabe-se que são baixos devido ao equipamento ser bastante desgastado. O material acumulado nas galerias fica a uma distância de cm do teto da galeria, favorecendo o confinamento dos pilares. A Figura 11 apresenta um perfil. Página 21

22 Figura 11 : Perfil das galerias onde o rockfill é aplicado Não existem dados que comprovem a eficiência mecânica do método na mina bonito 1. Para isto seria necessário realizar ensaios in-situ, locar extensometros e simular por métodos numéricos. Visualmente o método não esta sendo eficiente, isto pode estar ocorrendo devido a região já estar comprometida. A eficiência do método depende do confinamento, uma vez existindo grandes espaços vazios (fraturas, poros e distância entre o enchimento e o teto) a deformação vai ocorrer sem impedimento, não confinando o material. Devido a região ser vizinha ao local onde foi realizado o preenchimento hidráulico existe uma grande quantidade de pasta espalhada pelas galerias (pasta proveniente do vazamento) dificultando a operação do trator esteira. Não existem relatos de ensaios realizados com material coletado nessa região a fim de verificar possíveis danos ao meio ambiente. 6. BACKFILL RIO DESERTO Os estudos de backfill na Carbonífera Rio Deserto estão sendo realizados na Mina Barro Branco, localizada no município de Lauro Miller. Nessa unidade a produção de ROM é cerca de 900 X 10³ ton/ano, gera 55% de rejeito que atualmente são dispostos em depósitos a céu aberto. Com a necessidade de aquisição de novas áreas para disposição de rejeito e maiores restrições ambientais a empresa esta desenvolvendo estudos a fim de viabilizar a disposição de rejeito em subsolo. Os estudos contemplam analisar o impacto ambiental que a disposição de rejeito em subsolo pode causar ao meio ambiente. A empresa minera a camada Bonito, a Tabela 4 apresenta a análise físico química da camada total lavrada. (15). Página 22

23 Tabela 4 : Análise fisico-quimica ca camada total lavrada. Fonte : banco de dados da empresa rio deserto. Cinzas (%) Matéria Volátil (%) Carbono Fixo (%) Enxofre (%) Poder Calorífico (%) ,1-2, A lavra realizada no local utiliza mineradores contínuos e conjunto mecanizado. As condições dos pilares são boas, uma vez que o minerador contínuo não afeta a estrutura do pilar e o conjunto mecanizado utiliza explosivo de forma controlada. Os pilares tem dimensões em média de 14 X 14 m Estudo de caso Para avaliar a possível contaminação do meio ambiente pela disposição de rejeito em subsolo a empresa desenvolveu um estudo onde foi realizada a caracterização completa do carvão e rejeito, construção de um modelo físico (simular a degradação do rejeito em subsolo), e monitoramento. A área escolhida para o estudo simula as situações mais críticas encontradas em subsolo. O modelo físico construído consiste em caixas de alvenaria com dimensões de 60 cm x 80 cm x 170 cm ou 100 cm x 80 cm x 170 cm, as quais foram preenchidas com 1 e 1,6 ton de rejeito R1 e R2. As caixas estão localizadas da seguinte forma: 2 caixas em galeria fundo de saco (ventilação precária) e 2 caixas em galeria com ventilação. Em cada local as caixas foram dispostas de forma que apenas uma sofra infiltração de água. As quatro caixas são apresentadas na Figura 12. Página 23

24 Figura 12 : Foto das caixas. 1 caixa seca em condições de pouca ventilação. 2 caixa com água e condições de pouca ventilação. 3 caixa seca em condições de boa ventilação. 4 caixa com água em condições de boa ventilação. Após a construção e adição de rejeito as caixas estão sendo monitoradas. São realizadas coletas freqüentes da água antes e depois de circular pelas caixas. Além disso é monitorado a temperatura local e a quantidade de oxigênio disponível. Segundo o corpo técnico da empresa, os resultados obtidos até o momento mostram redução significativa na quantidade dos íons análisados após a passagem pela material. Isso acontece devido as propriedades de adsorção que o carvão possui. Comprovada a não contaminação ambiental, a empresa dará inicio a disposição de rejeito em subsolo. O material, rockfill, será transportado em superfície até um poço (ligação com o subsolo, 17 ). Nesse local será construído um silo que será ligado ao poço através de correia transportadora que irá evitar possíveis entupimentos. A Figura 13 apresenta uma foto do local Página 24

25 onde será construído o poço. Figura 13 : Foto do local de construção do poço. O material descarregado no poço será redistribuído em subsolo com auxilio de carregadeiras e caminhões. Anexo 4 apresenta um croqui de funcionamento do poço. 7. TRACTEBEL ENERGIA A visita a usina termoelétrica Jorge Lacerda, pertencente a empresa Tractebel Energia teve como objetivo conhecer o processo de transformação do carvão mineral em energia elétrica. Entre Página 25

26 os resíduos gerados no processo de transformação a cinza é o mais abundante. A usina processa mensalmente 220 X 10³ toneladas de carvão mineral tipo energético, gerando 43% desse valor em cinzas. O processo de transformação inicia-se com o transporte do carvão estocado no pátio para uma plataforma. Junto a plataforma existe um equipamento denominado Dosadora, esse equipamento é responsável por dosar quantidades exatas de carvão dependendo da necessidade de geração de calor. A dosadora repassa o carvão para um moinho, de onde sai com granulometria inferior a 200 mesh. Após o processo de moagem o carvão é secado a temperatura de 90 para então ser pulverizado na câmara de queima. No processo de queima a cinza mais pesada desce para uma calha com água de onde ela sai do processo e é transportada hidraulicamente para as bacias de decantação. A cinza leve, suspensa no ar, é sugada forçando sua passagem por placas eletrostáticas onde 98% do material é retido e transportados para cilos. A Figura 14 apresenta um fluxograma resumido do processo de geração de cinza. Página 26

27 FLUXOGRAMA DO PROCESSO DE GERAÇÃO DE CINZA Consumo Mensal de carvão 220 X 10³ t/mes Resíduo da Queima, 43% t/mês Cinza 57% Matéria Orgânica e Voláteis Cinza Pesada 30%, 28380t/mes Cinza Leve 70%, t/mes Possível Utilização Como Backfill Indústria do Cimento Figura 14 : Fluxograma de geração da cinza A cinza leve gerada é armazenada em silos e repassada a indústria do cimento. A cinza pesada é desaguada em bacias de sedimentação e atualmente esta sendo utilizada na recuperação de áreas degradadas. A Figura 15 apresenta 2 fotos, silo de estocagem da cinza leve e bacia de decantação da cinza pesada. Página 27

28 FLE / SIECESC A B Figura 15: A Cilo de estocagem de cinza leve. B bacia de decantação da cinza pesada Devido a comercialização e a utilização da cinza leve na indústria cimenteira (base do cimento pozzolâmico) e cerâmica essa matéria é indisponível para outra finalidade. A cinza pesada pode ser usada como componente do backfill. Atualmente ela é utilizada na recuperação ambiental de áreas degradadas. A disponibilidade da cinza é em média 28 X 10³ toneladas por mês. A Figura 16 apresenta alguns dados físicos sobre a cinza pesada fornecido pela empresa. DADOS FÍSICOS SOBRE A CINZA PESADA, FONTE: TRACTEBEL Densidade Relativa, g/cm³ 1,80 Peso Específico Compactada, g/cm³ 0,91 Figura 16 : Dados físicos referentes a cinza pesada 8. QUANTIDADE E DISPONIBILIDADE DE MATERIAL PARA SER UTILIZADO COMO BACKFILL Um dos fatores decisivos para utilizar a tecnologia de backfilling é a quantidade e disponibilidade de matéria prima para a técnica. Isso afeta diretamente os custos operacionais. Página 28

29 Na região do estado de Santa Catarina os materiais de maior disponibilidade e interesse de utilização são: rejeito grosseiro gerado no beneficiamento do carvão; lamas geradas no beneficiamento do carvão; cinza pesada gerada na queima do carvão para geração de energia. A Figura 17 apresenta dados sobre a produção de carvão no estado de SC no ano de Produção Anual de Carvão em SC, 2007 Fonte: Dados Siecesc Produção anual de ROM, t Carvão Energético, t Finos, t Rejeito Gerado no Beneficiamento, t Figura 17 : produção anual de carvão em SC. Fonte SIECESC Dependendo do processo de beneficiamento e da qualidade do carvão a geração de finos será maior ou menor. Além disso, as quantidades referentes a qualidade do rejeito também variam. Considerando o rejeito pesado da queima na Tractebel e o rejeito gerado pelo beneficiamento do carvão nas mineradoras, a produção total de material que estaria disponível para utilização em enchimento é ton/ano, aproximadamente. Assumindo uma densidade média de 1,8, o volume de galerias que poderiam ser preenchidas por ano é de m³ (ou m² para galerias com 2,5 m de altura). Esse é um número aproximado, apenas para mostrar a importância desse projeto para os assuntos de meio ambiente e de mecânica de rochas na indústria carbonífera de Santa Catarina. 9. ANÁLISE DE DADOS A partir da revisão bibliográfica foi possível obter informações necessárias para o entendimento das experiências de backfill já realizadas. As empresas visitadas, Carbonífera Catarinense e Indústria Carbonífera Rio Deserto, proporcionaram o conhecimento das atividades que foram e estão sendo realizadas. Os objetivos das empresas no emprego do backfill são distintos. Na Industria Carbonífera Rio Deserto a técnica de backfilling é uma alternativa de disposição de rejeito, não havendo até o momento a necessidade ou a intenção de que a técnica sirva de auxilio na sustentação da mina. Página 29

30 Na Carbonífera Catarinense, devido a problemas estruturais e ambientais, a técnica é uma alternativa de sustentação da mina e também como disposição de rejeitos em subsolo. A visita a Tractebel Energia proporcionou conhecer o processo de transformação do carvão mineral e energia elétrica. Além disso, proporcionou obter conhecimento sobre o processo de geração de cinzas. Compilando todas as informações podemos traçar um plano de ação, identificando os ensaios a serem feitos Definição dos materiais a serem utilizados Os materiais passíveis de utilização são: Rejeito grosseiro gerado no processo de beneficiamento; rejeito fino (polpa) gerado no processo de beneficiamento; cinza pesada gerada na queima do carvão. Os ensaios de composição de misturas devem ser guiados pela proporção disponível de cada material Caracterização física, química e mineralógica As primeiras informações necessárias são relacionadas ao conhecimento físico, químico e mineralógico. É necessário realizar ensaios físicos a fim de se saber: densidade, peso específico, índice de vazios, grau de saturação e umidade. Esses ensaios podem ser baseados em ensaios de mecânica dos solos. A seguir são listadas as equações necessárias para os cálculos. V = volume total P = peso total Vv = volume de vazios Pw = peso da água Va = volume de ar Ps = peso de sólidos Vw = volume de água γw = peso específico da água, Vs = volume de sólidos considerado igual a 10 kn/m³ Página 30

31 Tabela 5 : Fórmulas para cálculo dos índices físicos Nome Símbolo Equação Índice de vazios e e = Vv / Vs Porosidade n n = Vv / V Grau de saturação s s = Vw / Vv Umidade w w = Ps / Ps Peso específico aparente úmido γ γ = P / V Peso específico aparente saturado γsat Idem, para S = 100% Peso específico aparente submerso γsub γsub = γsat γw Peso específico aparente seco γd γd = Ps / V Densidade dos grãos Gs Gs = γs / γw Relação entre os índices físicos. Fonte MecSolos dos Estados Críticos, JA R Ortigão Figura 18: Relaçõe sentre os índices físicos Ensaio de distribuição granulométrica é necessário realizar, encontrando a curva de distribuição granulométrica para cada material. Esse ensaio é normatizado pele NBR Análise química do material pode ser feita pelas técnicas de fluorescência de raios-x ou por Espectroscopia de Massas. Fluorescência de raios-x é mais utilizada devido a ser uma técnica não só qualitativa, mas também quantitativa. A análise mineralógica pode ser feita por análise microscópica. Página 31

32 além do ph. Nas cinzas é importante se ter o conhecimento da quantidade de argila presente 9.3. Ensaios de Permeabilidade e Porosidade O coeficiente de permeabilidade depende: do tamanho e arranjo dos grãos (portanto varia para os diferentes materiais); da temperatura (que determina a viscosidade da água) e índices de vazios. A sua determinação pode ser feita: por meio de fórmulas que o relacionam com a granulometria ou no laboratório, utilizando-se permeametros (de nível constante ou variável). A Figura 19 demonstra a funcionalidade do ensaio de carga fixa. A B Figura 19: Funcionalidade e formula de calaculo do ensaio de permeabilidade por carga fixa (A) e carga variavel (B). Determinação de porosidade total por imersão em água pode ser realizado segundo a norma NBR9779/93 - Determinação de absorção de água por imersão, do índice de vazios e massa específica. Os ensaios de permeabilidade e porosidade devem ser feitos para todos os materiais e suas misturas Composição das Misturas e Tempo de Cura As misturas deverão ser dosadas de acordo com a disponibilidade de cada material. De acordo com a produção anual de Carvão Mineral em SC (fonte SIECESC) o volume disponível para preenchimento é de 14 milhões de metros cúbicos. Dessa forma, avaliando o material disponível podemos iniciar os ensaios variando as quantidades de cada um dos componentes da seguinte forma: Rejeito 70 a 80% Cinza até 5% Página 32

33 Cimento até 5% Água proporção para alcançar o percentual de sólidos em polpa desejado. Como já visto anteriormente o tempo de cura influencia diretamente na resistência do backfill. Tipicamente são utilizados tempos de cura de 28 dias. Estudos demonstram que em tempos mais longos (180 a 360 dias) misturas contendo materiais oxidáveis sofrem variações consideráveis. Dessa forma devemos realizar ensaios de curto e longo prazo Ensaios Geomecânicos Os ensaios geomecânicos realizados com as misturas devem ser separados em cimentados e não cimentados. Ensaios cimentados seguem as normas de ensaios de construção civil com agregados cimentados. As normas possíveis de utilização são: ASTM 2004 Volume Soil and Rock (II) D 5714 e ASTM 2004 Volume Concrete and Aggregates. Ensaios com misturas não cimentadas seguem o mesmo princípio dos ensaios de solos (cisalhamento direto, triaxial e compressão uniaxial). Apenas deve respeitar a regra onde o diâmetro do corpo de prova deve ter mais de dez vezes o tamanho da maior partícula que compõe a mistura. Isso exige equipamentos (células, prensa, etc) de grande médio a porte Modelos Físicos e Numéricos Além dos ensaios citados acima é necessário a construção de modelos físicos a fim de complementar e melhorar as informações relativas ao comportamento mecânico e reológico dos materiais e misturas para enchimento. Modelos físicos simulam em laboratório o comportamento in situ. O tipo de modelo deve ser estudado, ele deve se aproximar o mais próximo da situação real da mineração. Os modelos numéricos nos dão uma resposta melhor e mais detalhada do que as técnicas empíricas. Softwares como FLAC serão utilizados para simular o comportamento do material de enchimento em subsolo e, também auxiliarão no projeto e calibração de aparatos de laboratório. Página 33

34 9.7. Resumo de ensaios a serem realizados envolvidos. A Tabela 6 abaixo resume os ensaios a serem realizados bem como os materiais Tabela 6 : Resumo dos ensaios, materiais e justificativas. Ensaio Materiais Justificativa Análise Matérias Conhecimento básico e muito necessário. Granulométrica primas Influência em todos os demais ensaios. Índices físicos Matéria Definem parâmetros importantes para o Prima e conhecimento do comportamento dos materiais. Mistura Análise Química e Matérias Vem da necessidade de se conhecer os Petrográfica Primas componentes químicos e mineralógicos das matérias primas. Permeabilidade e Misturas Parâmetro importante para o conhecimento do Porosidade comportamento das misturas. Influencia na resistência, percolação de fluidos, dissolução de minerais Ensaios Misturas Conhecer o comportamento geomecânico. Geomecânicos 10. SEQUÊNCIA DE TRABALHO Continuação da revisão bibliográfica (enfatizar normas e modelos físicos). Início da caracterização dos materiais e misturas. Definição dos laboratórios que realizarão os ensaios. Coleta dos materiais para realização dos ensaios de laboratório. Página 34

35 11. Anexos Anexo 1 DE: JOSE CARLOS PARA: ROBERTO DATA: REF.: DADOS CAMADA BONITO INFERIOR (BRUTO E REJEITOS) Segue tabela: Página 35

36 ENSAIO UMIDADE TOTAL UMIDADE HIGROSCÓPICA CINZAS (b.s.) MATÉRIA VOLÁTIL (b.s.) CARBONO FIXO (b.s.) ENXOFRE TOTAL (b.s.) ENXOFRE PIRÍTICO (b.s.) ENXOFRE SULFÁTICO (b.s.) ENXOFRE ORGÂNICO (b.s.) CARBONO (b.s.) HIDROGÊNIO (b.s.) NITROGÊNIO (b.s.) CLORO (b.s.) OXIGÊNIO + HALOGÊNIOS (b.s.) PODER CALORÍFICO SUPERIOR (b.s.) PODER CALORÍFICO INFERIOR (b.s.) ROM REJEITO REJEITO REJEITO BRITADO PRIMARIO SECUNDÁRIO TERCIÁRIO 6,42 % 5,21 % 7,28 % 6,43 % 1,86 % 1,45 % 2,26 % 2,12 % 62,42 % 79,53 % 86,43 % 79,10 % 15,18 % 11,45 % 8,46 % 10,04 % 22,40 % 9,02 % 5,11 % 10,86 % 2,22 % 8,60 % 2,93 % 1,64 % 2,14 % 8,54 % 2,93 % 1,61 % 0,08 % 0,06 % n.d. 0,03 % n.d. n.d. n.d. n.d. 28,94 % 7,87 % 6,16 % 13,64 % 1,80 % 0,68 % 0,65 % 1,01 % 0,59 % 0,16 % 0,19 % 0,34 % 0,17 % 0,30 % 0,02 % 0,09 % 3,86 % 2,86 % 3,62 % 4,18 % 2850 (b.s.) kcal/kg 2755 (b.s.) 1030 (b.s.) kcal/kg 995 (b.s.) 595 (b.s.) kcal/kg 560 (b.s.) 1335 (b.s.) kcal/kg 1280 (b.s.) kcal/kg kcal/kg kcal/kg kcal/kg F.S.I. 0,5 0,5 0,5 0,5 ANALISE DE CINZAS FUSIBILIDADE DE CINZAS TEMPERATURA DEFORMAÇÃO INICIAL FUSIBILIDADE DE CINZAS TEMPERATURA DE AMOLECIMENTO FUSIBILIDADE DE CINZAS TEMPERATURA DE HEMISFERA FUSIBILIDADE DE CINZAS TEMPERATURA DE FUSÃO C C C C C C C C C C C C SiO2 57,92 % 46,20 % 56,86 % 60,29 % Al2O3 22,76 % 19,41 % 23,91 % 24,70 % Fe2O3 10,13 % 24,90 % 10,72 % 5,66 % TiO2 0,83 % 0,90 % 0,90 % 0,87 % P2O5 < 0,03 % < 0,03 % < 0,03 % < 0,03 % CaO 1,02 % 1,26 % 0,89 % 0,84 % Página 36

37 Anexo 1: Dados da camada bonito inferior (bruto e rejeitos). Fonte: Carbonífera Catarinense Fonte IPAT Anexo 2 Resultados dos ensaios de Resistência à Compressão Simples (NBR 5739/94). N Largura, mm Diâmetro,mm Resistência, Mpa N Largura, mm Diâmetro, mm Resistência, Mpa , , C 26 19,69 2, , , D 25,35 19,43 1, , , C 26,3 19,67 14, , , D 26,7 19,67 7, , , C 26,4 19,37 10, , , D 26,1 19,61 8, , , C 26,1 19,54 9, , , D 26,4 19,47 8, , , C 26,15 19,37 10, , D 25,5 19,48 9, , , C 26,2 19,6 3, , , D 26,2 19,37 3, , , C 27,4 19,35 0, , D 27,5 19,51 0, , , C 26,35 19,4 14, , , D 25,7 19,62 13, , , C 26,5 19,42 8, , , D 25,7 19,55 12, , , C 26,97 19,48 9, , , D 26,5 19,5 8, , , C 26,52 19,58 7, , , D 27 19,82 7, , , C 27,1 19,42 3, , , D , , C 28,05 19,36 0, , , D , , C 25,9 19,45 14, , , D 101-D 26,3 19,45 13, C 26 19,49 16, B 25,6 19,49 13, D 24 19,49 15, C 26,7 19,49 12, C 25,8 19,49 9, D 26,8 19,39 8, D 25,2 19,52 8,1 103-C 26,2 19,54 10, C 25,5 19,53 6, D 28,1 19,64 9, D 26,9 19,55 5, C 26,25 19,56 6, C 27,3 19,53 1, D 26,2 19,35 3,3 129-D 28,9 19,31 1, C 26,5 19,67 2, C 105-D 27,5 19,31 0, D 27 19,45 0,5 106-C 26,13 19,14 0,96 131C 24,8 19,44 16, D 25,5 19,81 0,8 131-D 27,2 19,56 15, C 26 19,58 17, C 25,7 19,62 16, D 26,2 19,51 10, D 27,1 19,58 16, C 25,7 19,66 19, C 23,15 19,5 10, D 25,3 19,66 9, D 24,5 19,55 10, C 25,8 19,72 11, C 27,05 19,53 7, D 25 19,57 16, D 26,9 19,38 6,2 110-C 24,7 19,64 13,6 135-C 24,95 19,47 1,8 110-D 26,1 19,44 12, D 25,1 19,45 1, C 25,82 19,48 7, C 27,6 19,21 0, D 25,5 19,35 6, D 28 19,51 0,7 Anexo 2: Resultados dos ensaios de Resistência à Compressão Simples (NBR 5739/94). Fonte IPAT Página 37

38 Anexo 3 Amostras Rejeito Lavador Boa Vista LOTE II - IPAT - Camada Bonito Inferior - Bacia n 04 - Retorno Back fill / 36 ton/h 1,7t/m3 Amostra *Polpa % % R1 % R2 % R3 %Cimento NPC Fly-ash Botton % Total 101 C H2O "N" 50,00 50,00 100, D H2O LBV 50,00 50, C H2O "N" 60,00 40,00 100, D H2O LBV 60,00 40, C H2O "N" 70,00 30,00 100, D H2O LBV 70,00 30, C H2O "N" 80,00 20,00 100, D H2O LBV 80,00 20, C H2O "N" 90,00 10,00 100, D H2O LBV 90,00 10, C H2O "N" 95,00 5,00 100, D H2O LBV 95,00 5, C H2O "N" 50,00 50,00 100, D H2O LBV 50,00 50, C H2O "N" 60,00 40,00 100, D H2O LBV 60,00 40, C H2O "N" 70,00 30,00 100, D H2O LBV 70,00 30, C H2O "N" 80,00 20,00 100, D H2O LBV 80,00 20, C H2O "N" 90,00 10,00 100, D H2O LBV 90,00 10, C H2O "N" 95,00 5,00 100, D H2O LBV 95,00 5, C H2O "N" 50,00 50,00 100, D H2O LBV 50,00 50, C H2O "N" 60,00 40,00 100, D H2O LBV 60,00 40, C H2O "N" 70,00 30,00 100, D H2O LBV 70,00 30, C H2O "N" 80,00 20,00 100, D H2O LBV 80,00 20, C H2O "N" 90,00 10,00 100, D H2O LBV 90,00 10, C H2O "N" 95,00 5,00 100, D H2O LBV 95,00 5, C H2O "N" , D H2O LBV C H2O "N" , D H2O LBV C H2O "N" ,00 Amostras Rejeito Lavador Coa Vista - Camada Conito Inferior - Cacia n 04 - Retorno Cackfill / 36 ton/h 1,7t/m3 Amostra *Polpa % % R1 % R2 % R3 %Cimento NPC Fly-ash Botton % Total 121 D H2O LBV C H2O "N" , D H2O LBV C H2O "N" , D H2O LBV C H2O "N" , D H2O LBV C H2O "N" , D H2O LBV C H2O "N" , D H2O LBV C H2O "N" , D H2O LBV C H2O "N" , D H2O LBV C H2O "N" , D H2O LBV C H2O "N" , D H2O LBV C H2O "N" , D H2O LBV C H2O "N" , D H2O LBV C H2O "N" , D H2O LBV C H2O "N" , D H2O LBV C H2O "N" , D H2O LBV C H2O "N" , D H2O LBV Anexo 3:Composição de alguns corpos de prova Página 38

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