Caracterização molecular de Bacillusthuringiensis e produção de bioinseticida para controle de pragas do milho (Zeamays)

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Caracterização molecular de Bacillusthuringiensis e produção de bioinseticida para controle de pragas do milho (Zeamays)"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI PRÓ-REITORIA DE ENSINO ENGENHARIA AGRONÔMICA André Henrique Campelo Mourão Caracterização molecular de Bacillusthuringiensis e produção de bioinseticida para controle de pragas do milho (Zeamays) Sete Lagoas MG

2 2014 ANDRÉ HENRIQUE CAMPELO MOURÃO Caracterização molecular de Bacillus thuringiensis e produção de bioinseticida para controle de pragas do milho (Zeamays) Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Engenharia Agronômica da Universidade Federal de São João Del Rei como requisito parcial para obtenção do título de Engenheiro Agrônomo. Área de concentração: Microbiologia/Controle Biológico Orientador: Prof. Dr. Juliano de Carvalho Cury Sete Lagoas MG 2014

3 ANDRÉ HENRIQUE CAMPELO MOURÃO Caracterização molecular de Bacillusthuringiensis e produção de bioinseticida para controle de pragas do milho (Zeamays) Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Engenharia Agronômica da Universidade Federal de São João Del Rei como requisito parcial para obtenção do título de Engenheiro Agrônomo. Sete Lagoas, 11 de julho de 2014 Banca examinadora: Fernando H. Valicente Pesquisador EMBRAPA/CNPMS Leonardo Lucas Carnevalli Dias Professor UFSJ Juliano de Carvalho Cury Professor UFSJ Orientador

4 DEDICO Aos meus pais pela dedicação e carinho e ao meu irmão pelo companheirismo. AGRADECIMENTOS A Deus, fonte de luz e inspiração. A Embrapa Milho e Sorgo por possibilitar a realização do trabalho, cedendo laboratório e material às pesquisas. A Universidade Federal de São João Del Rei por fornecer conhecimento e pela oportunidade de ingressar no curso de Engenharia Agronômica. Ao Doutor Fernando HercosValicente pela oportunidade, incentivo, por proporcionar momentos descontraídos e principalmente pelos ensinamentos e lições não só profissionais, mas de vida. Ao professor Dr. Juliano de Carvalho Cury pela compreensão, disponibilidade e confiança. A Prof Leonardo Lucas Carnevalli Dias,pela participação como membro da banca de defesa. Aos colegas de laboratório Osmar (Nate), Celso, Camila, Thaís, Priscilla, Daniele, Fernando, Donald, Rosane, Arthur pelo convívio e auxílio nas tarefas desenvolvidas.

5 Aos meus pais Luiz e Jussara pelo auxílio incondicional e por me proporcionarem mais este momento feliz em minha vida. Ao meu irmão Mateus por me ajudar a esquecer as dificuldades que passamos, e por dar forçaa meus pais e a mim nos momentos difíceis. Ao meu irmão Vitor (in memorian) que sei que esta olhando por nós, uma grande perda durante esta minha caminhada. Aprender a perder nunca saberemos, mas o tempo transforma todos os sentimentos. A minha namorada Julie pela paciência, compreensão e palavras de incentivo. E a todos que de alguma forma me ajudaram e continuam me ajudando. A todos, muito obrigado.

6 A adversidade desperta em nós capacidades que, em circunstâncias favoráveis, teriam ficado adormecidas. Horácio

7 RESUMO O Bacillusthuringiensis(Bt) é uma bactéria gram positiva, aeróbica ou anaeróbica facultativa, em formato de bastonete e que forma inclusões cristalinas que são tóxicas a insetos das ordens Lepidóptera, Coleóptera, Díptera, além de nematoides e ácaros. Tais inclusões são proteínas produzidas por genes chamados Cry. O Bt pode ser utilizado para a produção de plantas transgênicas ou bioinseticidasatravés de processos fermentativos. Esse trabalho foi desenvolvido com o objetivo de analisar molecularmente a presença de alguns genes Cry na cepa 1644 e a otimização do processo de produção de bioinseticida visando o controle das lagartas Spodopterafrugiperda, Helicoverpazea e Diatreasaccharalis. Para analise molecular foi utilizada a técnica da PCR, para detecção dos genescry: Cry1Ab/1Ac; Cry 1Aa/1Ad; Cry 1Ac, Cry 1B, Cry 1D; Cry 1C; Cry 1Fa/1Fb; Cry 1G; Cry 1A5; Cry 1Ab; Cry 1Fb; Cry 1Fa1/1Fb; Cry 1I; Cry 1H; Cry 2Aa, Cry 2Ab; Cry 2Ac; Cry 2Ad; Cry 9; Cry 9A; Cry 9B e Cry 9D. O meio de cultivo utilizado para a fermentação continha 4,0% de glicose de milho e 3,0% de farinha de soja mais sais (0,002 g.l -1 de FeSO 4, 0,02 g.l -1 de ZnSO 4, 0,02 g.l - 1 de MnSO 4, 0,3 g.l -1 de MgSO 4 ).Foramdetectadosos genescry 1Ab/1Ac; Cry 1Aa/1Ad; Cry 1B, Cry 1C; Cry 1A5; Cry 1Ab; Cry 1I; Cry 1H; Cry 2Ab; Cry 2Ad; Cry 9. Foram coletadas e analisadas amostras em tempo pré determinado. O ph do meio de cultura variou entre 4,21 e 6,45. A maior quantidade de biomassa celular produzida se deu após 72h de fermentação (3,8 g.l -1 ). A concentração de esporos teve um pico máximo de 3,83E+08 após 56h de fermentação. Todos os insetos ficaram expostos á dieta com toxinas por 120 horas e as maiores eficiências de mortalidade observadas foram de 81,75% paras. frugiperdaapós 72 horas de fermentação, 58,75% para H. zeaapós 72 horas de fermentação e 50% para D. saccharalis após 56 horas de fermentação. Palavras chave: Controle de pragas, Fermentação, Bacillusthuringiensis.

8 ABSTRACT Bacillusthuringiensis (Bt) is a gram positive, aerobic or facultatively anaerobic, rod shaped bacteria and produces crystalline inclusions that are toxic to insects of the orders Lepidoptera, Coleoptera, Diptera, besides mites and nematodes. Such inclusions are proteins produced by Cry genes. Bt can be used for the production of transgenic plants or biopesticides through fermentation processes. This work based on the molecular analysis of the presence of Cry genes in thebt strain 1644 and the optimization of the production process of biopesticide for the control of Spodopterafrugiperda, Helicoverpazea and Diatreasaccharalis. Molecular analyses was done using the PCR technic for detection of Cry genes: Cry1Ab/1Ac; Cry 1Aa/1Ad; Cry 1AC, Cry 1B, Cry1D; Cry 1C; Cry 1Fa/1Fb; Cry 1G; Cry 1A5; Cry1Ab; Cry 1Fb; Cry 1Fa1/1Fb; Cry 1I; Cry 1H; Cry2Aa, Cry 2Ab; Cry 2Ac; Cry 2Ad; Cry 9; Cry 9A; Cry 9B and Cry9D. The medium used for the fermentation contained 4.0% glucose and 3.0% corn soybean meal plus salts (0.002 gl-1 FeSO 4, 0.02 gl-1 ZnSO 4, 0.02 gl-1 MnSO 4, 0.3 gl-1 MgSO 4 ). There were detected the presence of Cry 1Ab/1Ac; Cry 1Aa/1Ad; Cry 1B; Cry 1C, Cry 1A5, Cry1Ab, Cry 1I, Cry 1H, Cry 2Ab, Cry 2Ad and Cry9. Samples were collected and analyzed at pre-determined time. The culture medium ph has ranged from 4.21 to A greater amount of cell biomass production occurred after 72 hours of fermentation (3.8 gl-1). The spore concentration had its peak of 3.83 E +08 spors/ml after 56h of fermentation. All insects were exposed to the toxin through artificial diet for 120 hours and the highest mortality observed was 81.75% for S. frugiperda after 72 hours of fermentation, 58.75% H. zea after 72 h and 50% for D. saccharalis after 56 hours of fermentation. Keywords: Pest control, Fermentation, Bacillus thuringiensis.

9 SUMÁRIO Introdução 08 Revisão bibliográfica 10 Material e métodos 19 Resultados e discussão 26 Conclusão 34 Referencias 35

10 INTRODUÇÃO O milho é uma gramínea pertencente à família Poaceae, tribo Maydeae, gênero Zea e espécie Zea mays L. Esse cereal é o terceiro mais cultivado no mundo, perdendo apenas para o trigo e o arroz. O Brasil é o terceiro maior produtor do grão, atrás apenas dos Estados Unidos e China. A maior parte desses grãos, cerca de 70%, é destinada à cadeia produtiva de suínos e aves, sendo o restante destinado ao consumo humano e, mais recentemente, à produção de energia (CONAB, 2011). Um dos maiores problemas da agricultura mundial é o ataque de uma ampla gama de pragas, e no milho a redução de rendimento varia em níveis de 17,7% a 55,6% (CRUZ, 2008). Dentre as principais pragas que atacam o milho podemos citar alguns Lepidópteros como Spodopterafrugiperda (lagarta do cartucho), Helicoverpazea, (lagarta da espiga) e Diatreasaccharalis (broca da cana). Sendo a lagarta do cartucho ainda a principal praga que ataca o milho, não só na fase inicial da cultura, mas também encontrada até mesmo atacando espigas(cruzetal., 2013). Mas na última safra houve no Brasil uma grande incidência do ataque de outra praga, a H. armigera, que não era uma encontrada no Brasil, recentemente vem causando grandes prejuizos não apenas no milho, mas em soja, algodão, tomate e varias outras culturas. Para o controle destas pragas, ainda é utilizado de forma indiscriminada e excessivaos inseticidas químicos, porém o controle biológicovem sendo uma arma bastante utilizada e eficaz. Nesse tipo de controle atuam inseticidas formulados com a bactéria entomopatogênicabacillus thuringiensis (Bt) (VALICENTE &ZANASI, 2005; FATORETTOetal., 2007). O uso de híbridos ou variedades transgênicas de milho, que são conhecidas por milho Bt, nas quais foram inseridos genes da bactéria B. thuringiensis, são alternativas para o manejo da lagarta do cartucho e outras larvas de lepidópteras que incidem na cultura do milho (CHIARADIA, 2010). B. thuringiensis é uma bactéria gram-positiva,aeróbica ouanaeróbica facultativa (RASKOetal., 2005), em forma de bastonete, formadora de esporos e que 8

11 tem a capacidade de produzir, durante a esporulação, diversas inclusões cristalinas altamente específicas, que são responsáveis pela atividade tóxica desta bactéria (GLARE& O CALLAGHAM, 2000; HABIB& ANDRANDE, 1998). Esporos de Bt podem ser isolados de diversos ambientes como solo, rizosfera, filoplano, água fresca, poeiras de grãos e de insetos, crustáceos, anelídeos e mamíferos insetívoros (RAYMONDetal., 2010). Bt produz inclusões cristalinas (proteínas cry), as quais são tóxicas a diferentes ordens de insetos tais como: Lepidóptera, Coleóptera, Díptera e ainda nematóides e ácaros (FEITELSONetal., 1992). Tais inclusões são formadas por polipeptídeos denominados δ-endotoxinas, que são liberadas junto ao esporo no momento da lise celular (DEAN, 1984; HANNAY&FITZ-JAMES, 1995). Portanto, o Bt é uma importantealternativa ao controle de pragas através do emprego de bioinseticidas. De acordo com Vlak (1993), o alerta aos riscos ambientais gerados pelos inseticidas químicos traz uma preocupação em buscar novas alternativas, incluindo o uso de agentes microbianos como os Baculovírus e obt. Considerando a produção de bioinseticida à base de Bt, este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de analisar molecularmente a presença de alguns genes Cry na cepa 1644, (cepa pertencente ao banco de microrganismo da Embrapa Milho e Sorgo) e a otimização do processo de produção de bioinseticida visando o controle das lagartas Spodopterafrugiperda, HelicoverpazeaeDiatreasaccharalis. 9

12 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), na safra 2013/2014 é esperada a quebra de mais um recorde na produção de grãos, com a projeção de 188,7 milhões de toneladas. Sendo a maior parte devido ao plantio de soja, seguido pelo milho, que tem expectativa de produção de 75,5 milhões de toneladas mesmo o milho sofrendo uma redução de 7,4% (6,1 milhões de toneladas), em relaçãoà safra 2012/2013. Sendo assim, a cultura do milho é uma das mais importantes do setor agrícola no Brasil. É uma das mais antigas do mundo, com origem nas Américas. Possui diversas formas de utilização, variando desde a alimentação animal até a indústria de alta tecnologia. Um dos maiores problemas da agricultura mundial é o ataque de uma ampla gama de pragas. No milho, esse ataque pode ocorrer na raiz, folha, espiga e pendões. Quando a incidência se dá na parte aérea da planta a aplicação das medidas de controle à praga é mais fácil, pois a visibilidade do ataque é maior que quando se dá na parte subterrânea. Esse ataque na raiz, por exemplo, é muitas vezes confundido com deficiência nutricional, efeito de adversidades climáticas ou da má qualidade da semente plantada (ÁVILLA& PARRA, 2004; MORÓN, 2004). A redução de rendimento na cultura do milho devido ao ataque de pragas varia em níveis de 17,7% a 55,6% (CRUZ, 2008). Os danos causados pelas pragas da fase vegetativa e reprodutiva do milho variam de acordo com o estádio fenológico da planta, condições edafoclimáticas, sistemas de cultivo e fatores bióticos localizados. Cerca de 1/3 da perda dos produtos agrícolas é causada por pragas e doenças (VLAK, 1993). A produção do milho pode ser afetada por diversas pragas que atacam as sementes, raízes e plantas jovens após a semeadura (VIANA, CRUZ, WAQUIL, 2000). 10

13 Dentre as principais pragas do milho incluem-se: a lagarta do cartucho (Spodoptera frugiperda), que se alimenta desta cultura em quase todos os instares, sendo encontrada no cartucho de plantas jovens até na espiga; as lagartas da espiga (Helicoverpa zeae mais recentemente a Helicoverpa armigera), que atacam principalmente a parte comercial, a espiga; a broca da cana de açúcar (Diatrea saccharalis), que ataca a cultura do milho durante quase todo o ciclo da planta, mas principalmente durante a fase de enchimento de grãos. A S. frugiperda, dependendo do estágio de crescimento, pode causar uma redução de 34% na produção do milho, e também a morte da planta (VALICENTEet al., 1988). As lagartas recém-eclodidas raspam o limbo foliar das folhas mais novas seguindo para as folhas centrais do cartucho. Depois deatingir o segundo ou terceiro instar, começam a perfurar as folhas consumidas. Valicente e Cruz (1991) descreveram possíveis formas de migração da lagarta do cartucho. Dentre elas, pode-se citar a migração para outra planta através de uma teia e o transporte das mesmas pelo vento até o cartucho. Tardiamente, podem ser encontradas se alimentando da palha e dos grãos (VALICENTEet al.,1998). Segundo Gomez, Moscardi&Sosa-Gomez (1999) há uma estimativa de que, nos EUA, a perda média anual causada pela lagarta do cartucho do milho seja de cerca de US$ 300 milhões. Nos anos de 1975 a 1977 esse prejuízo excedeu os US$ 500 milhões. No Brasil, S. frugiperda ataca amendoim, algodão e diversas gramíneas cultivadas, incluindo-se o trigo, a soja e o milho. A intensidade da perda foliar varia de acordo com a fase de desenvolvimento da planta atacada, com o local de plantio e segundo as práticas agronômicas utilizadas (HARPAZ, RACCAH, 1978). A H. zeadeposita seus ovos geralmente individualmente e em qualquer local da planta, mas tendo preferência pelo cabelo da espiga ou boneca. Após 3-4 dias dá-se a eclosão das larvas, que começam a alimentar-se imediatamente. À medida que elas se desenvolvem, penetram no interior da espiga e iniciam a destruição dos grãos em formação. O período larval varia de 13 a 25 dias, no qual estão sempre se alimentando e causando prejuízos. Os prejuízos causados pela H. zea não se limitam apenas a alimentação direta dos grãos da espiga. Podem cortar o cabelo da espiga, impedindo a 11

14 fertilização e, consequentemente, causando a má granação, provocando falhas na espiga. Além disso,podem causar perfuração da palha, permitindo a penetração de microrganismos, além de favorecer a infestação por outras pragas importantes, tais como o caruncho (Sitophiluszeamais) e a traça (Sitotrogacerealella). No Brasil os prejuízos causados pela H. zeasão da ordem de 8 a 10%. As lagartas dad. saccharalis,na fase inicial de desenvolvimento das plantas demilho, podem atacar o cartucho, cujos danos, se foremsuperficiais, resultam na formação de uma série de furostransversais na lâmina foliar.se o dano for mais profundo, o ponto de crescimento da planta pode ser atingido, provocando o sintoma característico de coração-morto. Em plantas de milho mais desenvolvidas, as lagartas, geralmente de 3º ínstar, penetram no colmo, onde fazem galerias ascendentes. À medida que se desenvolvem, a capacidade de dano das larvas aumenta, fazendo com que o colmo das plantas fique enfraquecido e sujeito ao quebramento. Cada larva pode consumir de dois a três nós. Eventualmente pode haver danos às espigas. A capacidade de dano médio da praga pode resultar em perdas de 21 a 27% no rendimento de grãos. Noentanto, prejuízos maiores podem ocorrer principalmente se o ataque ocorrer nos entrenós próximos à espiga, o que acaba afetando a relação fonte/dreno da planta. Para se evitar maiores danos e perdas, se faz necessário o controle tanto destas, como de outras pragas e doenças que atacam não só o milho como qualquer outra cultura. E, quando se pensa em controle, o que inicialmente vem àcabeça do produtor, pela praticidade, facilidade de compra e rapidez de ação, é a aplicação de inseticidas químicos. Segundo dados do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento), em 2010 a indústria brasileira de inseticidas totalizou vendas de US$ 7,3 bilhões.entre 1990 e 2010 o mercado brasileiro cresceu 576%, enquanto o mercado mundial aumentou 83%. Como resultado, a participação das vendas da indústria de defensivos no Brasil, em relação às vendas globais, aumentou de 10% para 15,3% no período. 12

15 Nos sistemas agrícolas os inseticidas químicos são frequentemente e indiscriminadamente utilizados para reduzir os danos causados nas lavouras e, consequentemente, o prejuízo econômico (MOSCARDI, SOUZA, 2002). Porém, este método pode acarretar efeitos maléficos como o desequilíbrio biológico, a poluição do meio ambiente pela geração de resíduos, risco de intoxicação para o homem na aplicação e consumo acidental do inseticida, além do alto custo para o agricultor (VALICENTEet al., 1988). O uso indiscriminado de agrotóxicos acarreta também uma redução da população de organismos benéficos. As pragas podem sofrer o processo de seleção natural, sendo que as resistentes podem obter sucesso reprodutivo e conseguir, ao longo de várias gerações, passar os genes de resistência a seus descendentes. Com isso, o produtor, cada vez mais, necessita de uma dose maior de inseticida e às vezes precisa recorrer a outros produtos mais tóxicos (VALICENTE, CRUZ, 1991). Como alternativa ao controle de pragas, e atualmente devido ao surgimento de novas pragas, tem-se o controle biológico e o uso de bioinseticidas. De acordo com Vlak (1993), o alerta aos riscos ambientais gerados pelos inseticidas químicos traz uma preocupação em buscar novas alternativas, incluindo o uso de agentes microbianos como os Baculovírus e o Bacillusthuringiensis. Não só a introdução de uma nova espécie de praga no sistema agrícola brasileiro, mas os problemas causados pela utilização de apenas um método de controle de pragas têm ocasionado uma seleção de pragas resistentes. Isso nos mostra a importância de se ter rotineiramente o manejo integrado como princípio fundamental, de tal modo que o produtor possa rapidamente adequar medidas que também sejam eficientes, econômicas e ambientalmente adequadas para reduzir a população da nova praga a níveis de danos não econômicos. Contudo, as demais espécies de insetos fitófagos não devem ser negligenciadas por conta do aparecimento de novas pragas. Todo o conhecimento gerado pelas instituições de pesquisa e, por que não, pelo produtor,deve ser utilizado para que se possa reduzir a probabilidade de haver prejuízos aos produtores e à sociedade como um todo. 13

16 O controle biológico de pragas é considerado por Valicente e Cruz (1991) como o uso de organismos vivos para manter a população de determinada praga em equilíbrio no agrossistema, de modo a não ocasionar danos econômicos ao produtor. Segundo Moscardi(1984), os bioinseticidas são uma alternativa ecológica e sustentável, contribuindo para se manter o equilíbrio do ecossistema. No controle biológico pode-se utilizar parasitóides, predadores e patógenos (VALICENTE, 1989). Recomenda-se que o controle da praga deve ser feito quando a infestação representar 20% das plantas e estas estiverem menores que cm de altura. Mas é bom salientar que o monitoramento, que tem como base a precaução e visitas periódicas ao campo, é a melhor maneira para possibilitar a escolha da época mais adequada. O mercado brasileiro de biopesticidas ou dos agentes de biocontrole gira em torno de 1 a 2% do total de agrotóxicos comercializados (US$97 milhões a US$194 milhões). Mesmo as estimativas mais conservadoras de crescimento do mercado de agentes de biocontrole são bastante otimistas em nível mundial, com projeções de atingir US$6,1 bilhões em Entretanto, com a entrada consistente das grandes empresas de pesticidas na área de biocontrole, as novas projeções elevam esse valor para US$25 bilhões em Para atingir essas cifras, porém, um longo caminho deverá ser percorrido, especialmente no desenvolvimento de produtos com características que viabilizem seu uso comercial em maiores escalas. O controle biológico de alguns Lepidópteros é feito também utilizando a bactéria Bacillus thuringiensis (Bt), que é uma bactéria gram positiva, encontrada no solo, água, palhada e insetos mortos.possui formato de bastonete, formadora de esporos e capaz de produzir inclusões cristalinas durante a esporulação, que são responsáveis pela atividade tóxica desta espécie (GLARE&O CALLAGHAM, 2000). Como esse microrganismo não é considerado um entomopatógeno com grande agressividade e nem sempre esporula em insetos, antes ou após a sua morte, dificilmente é encontrado em epizootia natural em insetos, porém alguns trabalhos relatam este fato (POLANCZYK& ALVES, 2004). 14

17 Possíveis locais de reprodução incluem o solo, a rizosfera, o filoplano ou outros tecidos da planta, insetos vivos ou mortos e outros invertebrados (RAYMONDetal., 2010). O gênero Bacillus possui uma fase de esporulação característica no seu desenvolvimento na qual o esporo bacteriano e cristais proteicos(figura 1) são simultaneamente formados, sendo estes últimos sob forma de inclusões parasporais. Figura 1: Bacillus thuringiensisem formato de bastonetes (lado esquerdo); cristal (seta inferior); esporo vegetativo (seta superior). As inclusões cristalinas produzidas pelo Bt(proteínas Cry), as quais são tóxicas a diferentes ordens de insetos tais como Lepidóptera, Coleóptera, Díptera e ainda nematoides e ácaros (FEITELSONetal., 1992), são formadas por polipeptídeos denominados δ-endotoxinas, que são liberadas junto ao esporo no momento da lise celular (DEAN, 1984; HANNAY&FITZ-JAMES, 1995). O modo de ação das toxinas Cry tem sido caracterizado principalmente em insetos lepidópteros. Estudos mencionam que a ação primária dessa toxina é lisar as células epiteliais do intestino médio do inseto-alvo pela formação de poros na membrana microvilosa apical das células do mesêntero (ARONSON &SHAI, 2001; de MAAGD etal., 2001, BRAVOetal., 2005). As protoxinas inativas ingeridas por 15

18 larvas suscetíveis dissolvem-se no meio alcalino do intestino, são solubilizadas e clivadas por proteases do intestino médio produzindo proteínas resistentes a proteases de kda (BRAVOetal., 2005). A ativação da toxina envolve a remoção proteolítica de um peptídeo N-terminal (25-30 aminoácidos para toxinas Cry1, 58 para Cry3A e 49 para Cry2Aa) e cerca de metade das proteínas restantes da porção C-terminal, no caso de protoxinascry longas. A toxina ativada então se liga a receptores de glicoproteínas específicos na borda da membrana das células epiteliais do intestino médio (de MAAGDetal, 2001; BRAVOetal, 2005) antes de inserir na membrana. Esses receptores, na verdade, desempenham um papel fundamental na determinação de suscetibilidade/resistência a uma toxina particular de B. thuringiensis, estando sua natureza sob intensa investigação (ALCÂNTARAetal., 2004). A inserção da toxina se dá de forma rápida e irreversível, levando à formação de poros líticos nas microvilosidades da membrana apical (ARONSON &SHAI, 2001; BRAVOetal., 2005). Posteriormente ocorre a lise celular e, muito provavelmente, resulta na permeabilidade seletiva de cátions. Ocorre então a ruptura do epitélio do intestino médio, liberando o conteúdo da célula, fornecendo um meio com esporos germinando e, como consequência, uma septicemia grave (de MAAGD etal., 2001; BRAVOetal., 2005) e/ou levando à paralisia do intestino, cessando a alimentação e, como consequência, a morte por fome (inanição), o que ocorre geralmente após 1-3 dias (ALIetal., 2010). De forma resumida, a ação do Bt se da através do consumo de alimento tratado com endotoxinas que geralmente resulta na parada da alimentação de larvas de lepidópteros devidoaparalisação do intestino, que retarda a passagem de material vegetal ingerido e permite que os esporos germinem e passem a crescer vegetativamente. Quando as larvas se alimentam com altas doses da toxina sofrem uma paralisia geral seguida de morte. Com doses mais baixas ou em insetos menos susceptíveis, o dano às células intestinais é suficiente para parar a secreção normal do intestino, o qual abaixa o ph do lúmem, permitindo a germinação dos esporos. A eficiência de determinada proteína não está associada apenas ao fato dela ser ou não ativada, mas também a uma associação com os receptores do inseto alvo e o seu grau de solubilização. Por exemplo, Cry1Ac liga-se bem aos receptores de membrana da lagarta da beterraba (Spodoptera exigua), mas há muito pouca 16

19 toxicidade a este inseto (GARCZYYNSKIetal., 1991). Já a proteína Cry1Ab, que não se liga aos receptores de membrana da mariposa cigana (Lymantriadispar)é mais tóxica do que Cry1Ac, (WOLFERBERGER, 1990). As diversas linhagens de Btproduzem, em adição às endotoxinas, uma série de outras toxinas que podem ou não participar da ação entomopatogênica, tais como as proteínas Cyt (Cytolytic) e VIP (Vegetative insecticidal proteins ) (LERECLUSetal., 1993). Tais cristais em Bt, também chamados de δ-endotoxinas, são codificados pelos chamados genes cry e vêm sendo utilizados nos últimos 40 anos na formulação de bioinseticidas comerciais que forneceram níveis adequados e consistentes de controle biológico para diversas espécies de insetos-praga na agricultura (ESTRUCHet al., 1997; SCHNEPFet al., 1998). As proteínas (δendotoxinas) que formam estes cristais somam entre 20 a 30% das proteínas totais da bactéria na fase de esporulação. Proteínas Cry são δ-endotoxinas especialmente tóxicas para as ordens de insetos Lepidoptera, Coleoptera, Hymenoptera e Diptera, e também aos nematóides. A definição de uma proteína Cry é bastante ampla: uma inclusão protéicaparasporal (cristal) de B. thuringiensis que exibe algum efeito tóxico experimentalmente verificável para um organismo alvo ou qualquer proteína que tenha similaridade de sequencia para uma proteína Cry conhecida (CRICKMOREetal., 1998). Porém, o Bt também produz outras toxinas, como por exemplo a β-exotoxina, que é solúvel em água, termoestável e dialisável.a sua estrutura química é um derivadade fosforilado de adenina. Encontramos vários tipos de beta-exotoxinas e, ao contrárioda delta, elas não são produzidas por todas as cepas de Bt. A sua produção está associada com certos sorotipos como H1, H4, H8, H9 e H10 (FERNANDÉZ & VEGA, 2002). Mas há um empecilho para a produção de bioinseticidas a base de Bt que contenham esta toxina. É que além de ser tóxica para uma quantidade grande de insetos, ela é tóxica para vertebrados, não sendo, portanto, liberadasa sua produção e comercialização. 17

20 As duas maiores aplicaçõesdas toxinas de Bt são: o controle de pragas no campo e vetores de doenças humanas através de bioinseticidas e o desenvolvimento de plantas geneticamente modificadas resistentes a insetos. Visando a produção de bioinseticida, obt pode ser cultivado em meio sólido, líquido e semi-sólido.o uso comercial de meios alternativos como fonte de nutriente para o crescimento desta bactériapode ser uma forma econômica para a produção de biopesticida para o controle, por exemplo, da lagarta do cartucho do milho. O meio de cultura é uma solução de nutrientes utilizada para promover o crescimento de microrganismo em laboratório e deve conter uma série de fatores químicos e físico-químicos (ambientais) para proporcionar à bactéria um crescimento próximo ao ideal. Dentre os fatores químicos podemos citar a água, macro e micro nutrientes e fatores de crescimento.com relação aos fatores ambientais temos temperatura, ph, pressão osmótica e O 2. Para o crescimento do Bt, devem ser adicionados ao meio de cultura os macronutrientes: Carbono, como fonte de energia e que é componente de aminoácidos, ácidos orgânicos, bases nitrogenadas e é necessário para todos os compostos orgânicos que constituem uma célula viva; e o Nitrogênio, que após o Carbono é o elemento mais abundante nas células,sendo fundamental na síntese de DNA, RNA e ATP. Além disso, é importante a presença de micronutrientes como Magnésio (possui importante papel na estabilização de ribossomos, membranas celulares e ácidos nucleicos), Ferro, Zinco e Manganês, sendo este último um dos principais responsáveis pela formação do cristal protéico, que é tóxicoalepidópteros. Além disso, fatores ambientais como temperatura, que deve ser ótima para que não ocorra aceleração nem retardamento do crescimento microbiano, ph ideal, evitando a desnaturação de enzimas e promovendo de maneira eficiente as reações químicas dentro da célula, pressão osmótica para evitar a absorção ou perda de água em excesso pela bactéria para o meio de cultura ou vice-versae oxigenação constante para otimizar o crescimento, são também essenciais para o bom crescimento e desenvolvimento da bactéria. 18

21 MATERIAL E MÉTODOS Cepa de Bacillus thuringiensis utilizada A cepa de Bacillusthuringiensis utilizada no trabalho foi a 1644, pertencente ao banco de microrganismos da Embrapa Milho e Sorgo. Para a utilização desta cepa foi necessário realizaranteriormente uma analise quanto à presença de β-exotoxina que, como jácitado, é uma toxina produzida naturalmente pelo Bt e que é toxica para vertebrados, não sendo, portanto, aceitapara produção de inseticidas biológicos contendo esta toxina. Para a análise molecular quanto à presença de genes tóxicos às pragas cuja eficiência deste inseticida foi testada, foi utilizada a técnica da PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) para detecção de presença de tais genes. Para a utilização desta técnica há a necessidade da extração e purificação de DNA de tal cepa. Extração do DNA de Bacillus thuringiensis O DNA da cepa estudada foi extraído e purificado de acordo com Shuhaimiet al. (2001), com algumas modificações. A cepa foi plaqueada em meio LB sólido e mantida à temperatura de 30 C durante 16h. Com o auxílio de uma alça de platina, toda a massa celular foi raspada e transferida para um microtubo e ressuspendida em 700µL de solução tampão (50 mmde Glicose, 25 mmde Tris/HCl e 10 mmde EDTA ph 8,0) e lizosima na concentração de 20 mg.ml -1, sendo levado ao banhomaria a 37 C por 30 min. Em seguida adicionaram-se 25 µl de SDS 10% e 5 µl de proteinase K (20 mg.ml -1 ) seguido de incubação a 60 C por 1h. Após esse período, 500 µl de fenol/clorofórmio/octanol (25:24:1) foram adicionados seguido de centrifugação por 2 min a 12000g. Do sobrenadante transferiu-se 300 µl para um novo tubo, acrescentou-se o mesmo volume de acetato de potássio 3M e 600 µl de isopropanol, verteu- se suavemente e centrifugou-se a 12000g por 10 min. 19

22 O sobrenadante foi cuidadosamente descartado, o pellet foi lavado com 300 µl de etanol 70% gelado e novamente centrifugado a 12000g por 5 min. Novamente descartou-se o sobrenadante e secou-se o pellet de forma que não ficasse resíduo de etanol e ressuspendeu-se em 150 µl de TE (TRIS HCl 10 mm; EDTA 1mM ph 8,0). A integridade do DNA extraído foi constatada através de corrida eletroforética em gel de agarose 1% e sua quantificação se deu através do aparelho Nanodrop 16(ND-1000 V3.1.2). Em seguida a amostra foi diluída para uma concentração de 10ng.L -1. A amostra de DNA original foi armazenada a 20 C e a amostra de trabalho, diluída e armazenada a 4 C. Para a caracterização molecular foram utilizados iniciadores para os genes Cry já descritos na literatura (CERÓNet al., 1994; CERÓNet al., 1995; VALICENTEet al., 2010; ESPINASSEet al., 2003; HERNÁNDEZ-RODRÍGUEZet al., 2009; IBARRAet al., 2003) (Tabela 1), além de iniciadores definidos por nossa equipe e ainda não publicados. Foi testada a presença dos genes:cry1ab/1ac,cry 1Aa/1Ad,Cry 1Ac,Cry 1B, Cry 1D,Cry 1C, Cry 1Fa/1Fb,Cry 1G,Cry 1A5,Cry1Ab,Cry 1Fb,Cry 1Fa1/1Fb,Cry 1I,Cry 1H,Cry 2Aa, Cry 2Ab,Cry 2Ac,Cry 2 Ad,Cry 9,Cry 9A,Cry 9Be Cry 9D. 20

23 Tabela 1. Sequencia e temperatura de anelamento dos iniciadores utilizados na detecção de genes Cry em cepa de Bacillus thuringiensis. Iniciador Sequencia (5'-3') N de Pares de Bases Tm ( C) Referência Cry9D Iniciadoraindanãopublicado - - Silva-Fagundes Cry 9B Iniciadoraindanãopublicado - - Silva-Fagundes Cry1Ac GTTAGATTAAATAGTAGT GG Ceronet. al., 1994 Cry2Ad Iniciador ainda não publicado - - Silva-Fagundes Cry1D Cry1 A5 CTGCAGCAAGCTATCCA A CGCCACAGGACCTCTTA TC Ceronet. al., Valicente etal., 2010 Cry9 Iniciador ainda não publicado Cry9Aa Iniciador ainda não publicado - - Silva-Fagundes - - Silva-Fagundes Cry 1H Iniciadoraindanãopublicado - - Silva-Fagundes Cry1Ab AATTTGCCATCCGCTGTA Valicente etal., 2010 Cry 1B Cry1Aa/Cry1Ad Cry1Ab/Cry1Ac Cry1C Cry1Fa/Cry1Fb Cry1Fa1/Cry1Fb CTTCATCACGATGGAGTA A TTG GAG TCT CAA GGT GTA A CTC TTA TTA TAC TTA CAC TAC CAA ACT CTA AAT CCT TTC AC CGG TTA CCA GCC GTA TTT CG TAA TAG GGC GGA ATT TGG AG Ceronet. al., pb 53 Ceronet. al., pb 55 Ceronetal., pb 55 Ceronetal., pb 50 Ceronetal., pb 55 Valicente etal., 2010 Cry1I Iniciadoraindanãopublicado - - Silva-Fagundes Cry2Aa Iniciadoraindanãopublicado - - Silva-Fagundes Cry2Ab Iniciadoraindanãopublicado - - Silva-Fagundes 21

24 Cry2Ac Iniciadoraindanãopublicado -- - Silva-Fagundes 968F CGCCCGCCGCGCGCGG CGGGCGGGCGGGGGCA CGGGGGGGAACGCCAA 600 pb - Nubeletal. (1996) e Lane (1991) GAACCTTACTGACTGACT 1494R GAGGYTACCTTGTTACG ACTT *Código universal para bases degeneradas: R=A, G; Y=C, T; M=A, C; S=G, C; H=A, T, C; D=G, A, T; N=A, C, G, T. Tm: Temperatura de anelamento. Para eliminação de falso negativo foram utilizadosiniciadorespara amplificação do gene 16S ribossomal, sendo esta subunidade encontrada no RNA ribossomal de procariontes. (968F e 1494R). Para as reações de amplificação foram utilizados microtubos de 0,2 ml contendo um volume final de 10 µl, com 30 ng de DNA, 3mM de MgCl 2, 1 µl de tampão 10 (Tris 20 mm e KCl50 mm), 250 µm de dntps (A, T, C, G), 10 µm de cada iniciador e 1 unidade de Taq DNA Polimerase. As amplificações foram realizadas em termocicladorveriti 96- Well ThermalCycler (AppliedBiosystems) utilizando o seguinte programa:95 C por 2 minutos, seguido de 30 ciclos de 95 C por 1 minuto, temperatura de anelamento específica para cada iniciador (Tabela 1) por 1 minuto e 72 C por 1 minuto, seguido de um ciclo de 72 C por 10 minutos. Os produtos de amplificação foram separados por eletroforese em géis de agarose (1,5% ou 2,0%, variando de acordo com o tamanho do fragmento amplificado). Foi utilizado Gel Red (BIOTIUM) para a visualização do produto de PCR de acordo com as instruções do fabricante. Após a corrida o gel foi visualizado sob luz ultravioleta. As imagens foram captadas pelo fotodocumentador Kodak Gel Logic 200 Imaging System. Após a detecção destes genes foi feita uma comparação de genes tóxicos a algumas pragas descritas em Kees van Frankenhuyzen (2009), que relaciona a presença do gene com a toxicidade a algumas ordens de inseto. 22

25 Produção do bioinseticida Para a produção do pré-inóculo foi utilizado o meio de cultura LB (Luria Bertani)sólido (12g de Bacto Ágar), acrescido de sais (0,002 g.l -1 de FeSO 4, 0,02 g.l -1 de ZnSO 4, 0,02 g.l -1 de MnSO 4, 0,3 g.l -1 de MgSO 4 ), ph ajustado para 7,5. A incubação foi realizadapor 24 horas a 28 C. Posteriormente as placas foram raspadas e o material foi retirado e inoculado em meio de cultura LB + sais líquido e deixadosob agitação constante de 200 RPM por 16 horas a 28 C. Para averiguação da quantidade de esporos presentes no pré inoculo foi feita uma contagem inicial em câmera de Newbauer utilizando microscopia de contraste de fase. Após esta etapa foi realizado um teste rápido de mortalidade quanto à toxicidade desta cepa às três espécies testadas (Spodoptera frugiperda, Helicoverpa zea e Diatrea saccharalis). Após confirmação da quantidade de esporos presentes e da eficiência da cepa para o controle de tais pragas, o pré-inoculo foi adicionado ao meio de cultura proposto em Valicente e Mourão (2008), composto por 4,0% de glicose de milho (fonte de Carbono), 3,0% de farinha de soja (fonte de Nitrogênio), além dos micronutrientes (FeSO 4, ZnSO 4, MnSO 4 e MgSO 4 ), que são essenciais para o crescimento e desenvolvimento da bactéria, ph ajustado para 7,5 e mantido sob agitação (200 RPM) e temperatura (28 C) constantes. Amostras foram coletadas em períodos pré determinadose armazenadas para posterior realização dos testes (Tabela 2). Foi feita a inoculação de 5% do pré inoculo no meio de cultura a ser avaliado. Foram feitas 3 repetições e os erlenmeyers foram deixados em shaker com agitação constante (200rpm) por 72 horas a 28 C. Tabela 2. Horários de coleta das amostrasdo produto em processo de fermentação e testes realizados. Amostra Horas após inoculação ph Densidade ótica Massa celular Contagem de esporos Mortalidade 23

26 01 00 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Parâmetros avaliados durante o crescimento Densidade Ótica Amedição da densidade ótica (DO) a 600nm do meio de cultura foi realizada utilizando-se espectrofotômetro. Biomassa Amostras de 100 ml foram centrifugadas a rpm durante 20 min. O sobrenadante foi descartado e o pellet foi liofilizado. O peso seco foi calculado e expressoem gramas por litro. Contagem de esporos 24

27 As amostras coletadas foram submetidas a diluições seriadas e a contagem de esporos realizada em câmera da Newbauer, microscopia de contraste de fase, em três repetições. ph O ph do meio foi ajustado inicialmente para 7,5 ± 0,1 com NaOHapós a esterilização, e foi medida a intervalos regularesdurante 72h do processo de fermentação utilizando-se um medidor de ph de bancada. Teste de toxicidade O complexo de cristais de esporos produzidos em diferentes horários foi testado contra lagartas de dois dias de idade(s. frugiperda, H. zea e H. armigera) e de cinco dias de idade (D. saccharalis) criadas em laboratório. A fim dedeterminar a toxicidade, a cultura foi amostrada em 8, 24, 32,48, 56 e 72horas após inicio do processo de fermentação. Foi utilizado o método de superfície para testar a toxicidade, no qual foi aplicado 165 µl da suspensão de esporos/cristais sobre um pedaço de dieta artificial com aproximadamente 3,5 cm 3 de volume. Após inoculação as lagartas foram mantidas em BOD a27 C, 70% de UR (Umidade Relativa) efoto período de 16 horas de luz e 8 horas de escurodurante 7 dias. Após este período foi avaliada a eficiência/taxa de mortalidade das lagartas. RESULTADOS E DISCUSSÃO 25

28 PCR Dos 20 iniciadorestestados para a identificação dos genes Cry presentes na cepa 1644, dez tiveram resultados positivos, como mostrado na Tabela 3. Tabela 3. Detecção de genes Cry na cepa 1644 de Bacillus thuringiensis. Genes Presença / ausência cry1ab/1ac + cry1aa/1ad + cry1ac - cry1b + cry1c + cry1d - cry1fa/1fb - cry1a5 + cry 1Ab + cry1fa1/cry1fb1 - cry 1I + cry 1 H + cry2aa - cry2ab + cry2ac - cry2ad - cry9 + cry9aa - cry9b - cry9d - Levando em consideração os relatos em Kees van Frankenhuyzen (2009), as classes de genes aqui analisadas e detectadas nesta cepa (Cry1A, Cry1B, Cry1C, Cry1I, Cry1H, Cry2Ae Cry9) apresentam certa toxicidade àordem Lepidóptera, que são os insetos alvo deste estudo. Neste mesmo trabalho, analisando a nível de espécie, podemos citar cinco genes (Cry1Aa, Cry1Ab, Cry1aC, Cry1Ad e Cry2Ab) presentes nesta cepa que são tóxicos a pelo menos uma espécie de lagarta testada. Deve-se considerar que há a 26

29 possibilidade da presença de outros genes tóxicos a estas lagartas que não foram testados ou até mesmo detectados nesta cepa. Contagem de esporos e mortalidade das lagartas Foram feitas três contagens de número de esporos do pré inoculo em câmara de Newbauer, podendo-se observar uma concentração de 3,175 x 10 7 esporos.ml - 1.Já as taxas de mortalidade foram de 95% pra S. frugiperda, 70% para H. zea e 65% para D. saccharalis. Densidade ótica A leitura da densidade ótica (DO) de uma cultura bacteriana em espectrofotômetro nos da uma estimativa da concentração celular no meio. Como podemos observar na Figura 2, houve um aumento da DO entre 8 e 24 horas após a inoculação,sendo que após 24 horas essa variação é bem menor, se mantendo quase estável. Resultado similar foi relatado por Ernandesetal. (2007), no qual foi observado um crescimento exponencial de Bt entre 12 e 24 horas de inoculação. 27

30 1,2 Densidade ótica 1,0 Absorbância 0,8 0,6 0,4 0,2 0,0 0h 8 hs 24 hs 32 hs 48 hs 56 hs 72 hs Tempo de fermentação Figura 2. Leitura de densidade ótica das amostras de Btcoletadas em espectrofotômetro a 600nm. Biomassa A maior produção de biomassa foi observada 72 horas após a inoculação,sendo de 3,83 g.l -1. A Figura3mostra o crescimento bacteriano expresso em g.l -1. Resultados similares foram relatados por Valicente et. al(2010) após trabalho no qual também foram utilizados meios de cultura alternativos contendo Nitrogênio e Carbono como fonte de nutrientes para o Bt. 28

31 6 Biomassa 5 4 g/l h 8 hs 24 hs 32 hs 48 hs 56 hs 72 hs Tempo de fermentação Figura 3. Produção de massa celular das amostras coletadasem função do tempo de cultivo. Contagem de esporos Assim como relatado em Valicente et.al(2010) e Valicente e Mourão (2008), após um período de crescimento há uma queda na concentração de esporos a partir de 72 horas após a inoculação, apesar de terem sido feitos testes com meio de cultura diferentes. Já no presente trabalho é possível observaruma redução na concentração de esporos após 56 horas de inoculação (Figura 4). 29

32 4e+8 Concentração de esporos 3e+8 Esporos / ml 2e+8 1e+8 0 0h 8 hs 24 hs 32 hs 48 hs 56 hs 72 hs Tempo de fermentação Figura 4. Variação do número de esporos de Btpor ml do meio de cultura em função do tempo de cultivo. Correlação entre concentração de esporos, biomassa e densidade ótica Assim como relatado em diversos trabalhos de fermentação e produção de bioinseticidas (ANEGELO etal, 2010; VALICENTEetal. 2010; VALICENTE e MOURÃO 2008; ERNANDES etal., 2007; VIEIRAetal., 2008), há uma tendência que com o passar do tempo, após a inoculação do Bt em meio de cultivo, a massa celular, densidade ótica e concentração de esporos também aumente, pois estas tem uma relação direta entre si. Na Figura 5 podemos observarumacorrelação entre crescimento, massa celular e a concentração de esporos, sendo que no inicio (0 horas a 24 horas) a densidade ótica também seguiu essa tendência, mas após esse período a cultura entrou no estágio estacionário. 30

33 3,50E+08 Concentração de esporos x Biomassa x D. O 4,5 3,00E+08 2,50E+08 2,00E+08 1,50E+08 1,00E+08 5,00E+07 4,0 3,5 3,0 2,5 2,0 1,5 1,0 0,5 Contagem de esporos (esp/ml) Massa celular (gr/ml) Densdidade ótica 0,00E+00 0 h 8 hs 24 hs 32 hs 48 hs 56 hs 72 hs 0,0 Figura 5. Comparação entre concentração de esporos de Bt,biomassa e densidade ótica ao longo do tempo de cultivo. ph Vários autores relatam a queda do ph no inicio da fermentação seguida do aumento do phapós 96 horas de crescimento. Na Figura 6 é possível observar uma redução no ph um pouco mais significativa entre 8 a 24 horas de inoculação,ocorrendo um aumento após este período. Valores de ph maiores que 7 talvez não tenham sido alcançados neste experimento pelo fato da fermentação ter sido encerrada com 72 horas de crescimento. 31

34 7,0 ph 6,5 6,0 ph 5,5 5,0 4,5 4,0 0h 8 hs 24 hs 32 hs 48 hs 56 hs 72 hs Tempo de fermentação Figura 6.Determinaçãodo ph em diferentes tempos de crescimento de Bt após o inicio do processo fermentativo. Toxicidade Uma eficiência na toxicidade do Bt a espécies de insetos pragas é o principal objetivo quando se inicia um processo fermentativo. Em testes já realizados no laboratório de Controle Biológico da Embrapa Milho e Sorgo com esta cepa e utilizando o meio de cultura LB + sais, foi possível encontrar até 100% de mortalidade para algumas destas pragas testadas neste estudo. Porém, como pode ser observado nafigura 7, em nenhum momento foi observada toda essa eficiência, sendo as maiores eficiências observadas para S. frugiperdaapós 72 horas da inoculação (81,75%), para H. zeaapós 72 horas da inoculação (58,75%) e para D. saccharalis após 56 horas da inoculação (50,00%). 32

35 100 Mortalidade Spodoptera frugiperda 80 Helicoverpa zea Diatrea saccharalis % mortos h 8 hs 24 hs 32 hs 48 hs 56 hs 72 hs Tempo de fermentação Figura 7. Toxicidade de Bt a diferentes insetos pragas do milho, em diferentes tempos de cultivo. 33

36 CONCLUSÕES De uma forma geral os resultados de ph, densidade ótica, biomassa e concentração de esporos corroboraram com os resultados de vários outros trabalhos. Os resultados obtidosacompanharam o que é comumente encontrado quando se trabalha com fermentação de Bacillusthuringiensis. O resultado mais importante relaciona-se com aeficiência no controle das pragas Diatreasaccharalis, Helicoverpazea e Spodopterafrugiperda. Porem não houve controle satisfatório de tais pragas, sendo recomendável novos estudos e o teste de meios de cultura alternativos com diferentes composições e proporções de fontes de Carbono e Nitrogênio como fontes de nutriente para se obter um biopesticida eficiente a partir do crescimento debt. Pois esta mesma cepa testada com o meio de cultura padrão do laboratório (LB + sais), apresentou eficiência no controle de tais pragas acima de 90%, porem o alto custo de meio, pode inviabilizar a produção do biopesticida em escala comercial. 34

37 REFERENCIAS ALCÂNTARA, E. P.; AGUDA, R. M.; CURTISS A; DEAN, D. H.; COHEN, M. B. Bacillus thuringiensis d-endotoxin binding to brush border membrane vesicles of rice stem borers. Arch. Insect Biochem. Physiol, ALI, Shaukat; ZAFAR, Yusuf Ali; GHULAM, Muhammad; NAZIR, Farhat.Bacillus thuringiensis and its application in agriculture African Journal of Biotechnology Vol. 9 (14), April, ANGELO, E. A, VILAS-BOAS G. T, GÓMES. R. J;Bacillus thuringiensis: característicasgerais e fermentação de Bacillus thuringiensis: general characteristics and fermentation; 2010 ARONSON, A. I., SHAI, Y., Why Bacillusthuringiensis insecticidal toxins are so effective: unique features of their mode of action. FEMS Microbiol. Lett, ÁVILA, C. J.; PARRA, J. R. P. Influência de fatores físicos e edáficos sobre pragas de solo. In: SALVADORI, J. R.; Ávila, C. J.; SILVA, M. T. B da. (Eds.). Pragas de solo no Brasil. Passo Fundo, RS: Embrapa Trigo; Dourados, MS: Embrapa agropecuária Oeste, BNDES -Banco Nacional de Desenvolvimento - BRAVO, A., GILL, S. S., SOBERO, N. M. BacillusthuringiensisMechanismsand Use. In: Comprehensive Molecular Insect Science. Elsevier BV, Amsterdam, CERÓN, J.; ORTIZ, A.; QUINTERO, R.; GÜERECA, L.; BRAVO, A. Specific PCR primers to identify CryI and CryIII genes within a Bacillusthuringiensis strain collection. Appliedand Environmental Microbiology, CHIARADIA, L. A. Manejo de pragas da cultura do milho. In: WORDELL FILHO, J. A.; ELIAS, H. T. (Orgs.).A cultura do milho em Santa Catarina. Florianópolis: Epagri, set CONAB - COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO. Acompanhamento de safra brasileira: grãos. Safra 2010/2011. Oitavo levantamento. Brasília, CRICKMORE N.; ZEIGLER D. R.; FEITELSON J.; SCHNEPF E; VAN RIE J.; LERECLUS D.; MAUM J.; DEARN D. H. Revisionofnomenclature for the Bacillusthuringiensis presticidal Crystal proteins. Microbiol. Mol. Biol. Reviews,

38 CRUZ, I. Manejo de pragas da cultura do milho. In: CRUZ, J. C.; KARAM, D.; MONTEIRO, M. A. R. et al. (Ed.). A cultura do milho. Sete Lagoas: Embrapa Milho e Sorgo, DE MAAGD, R. A., BRAVO, A., CRICKMORE, N. How Bacillusthuringiensis has evolved specific toxins to colonize the insect world. Trends Genet, DEAN, J.H., and LAUER, L.D. (1984). Immunological effects foilowing exposure to 2,3,7,8- tetrachlorodibenzo- p- dioxin: a review. In: Lowrance, W.W. (Ed.), Public Health Risk of the Dioxins, William Kaufman,Inc., Los Altos,CA, pp Ernandes, S,OSHIRO.A, YAMAOKA.K, MONTEBELO R H, MARCELO A. MORAES U. G. I. O,DEL BIANCHI ; Análise comparativa do metabolismo de Bacillus thuringiensis var. israelenses em meio composto por resíduo de indústria farinheira de mandioca, em diferentes concentrações; 2007; Unesp Araraquara - SP ESPINASSE, S.; CHAUFAUX, J.; BUISSON, C.; PERCHAT, S.; GOHAR, M.; BOURGUET, D.; SANCHIS, V. Occurrence and linkage between secreted insecticidal toxins in natural isolates of Bacillus thuringiensis. Current Microbiology.New York, US, v. 47, ESTRUCH, J. J., G. W. WARREN, MULLINS, M. A.; NYE, G. J.; CRAIG, J. A. KOZIEL, M. G. Vip3A, a novel Bacillusthuringiensis vegetative insecticidal protein with a wide spectrum of activities against Lepidopteran insects. Proc. Natl. Academic Science, JÚLIO C. FATORETTO; JANETEA.D. SENA; MARLITON R. BARRETO; MANOEL V.F. LEMOS; EARLINDO L. BOIÇA JUNIOR.; Associação de Bioensaios e Caracterização Molecular para Seleção de Novos Isolados de Bacillusthuringiensis Efetivos contra Spodoptera frugiperda (J.E. Smith) (Lepidoptera: Noctuidae) UNESP/Jaboticabal, 2007 FEITELSEN, J. S.; PAYN, J.; KIM, L.; Bacillusthuringiensis insects and beyond.biotecology, New York, v.10, p , GARCZYYNSKI, S. F.; CRIM J. W.; ADANG, M. J. Identification of a putative brush border membrane-binding molecules specific to Bacillus thuringiensis δ- endotoxins by protein blot analysis. Appl. Environ. Micbiol, GLARE, T. R.; O CALLAGHAN M. Bacillusthuringiensis: biology, ecology and safety. Chichester: John Wiley, GOMEZ, S. A; MOSCARDI, F.; SOSAGOMEZ, D. R. Suscetibilidade de Spodoptera frugiperda a isolados geográficos de um vírus de poliedrose nuclear. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v.34, n.9, HERNÁNDEZ, J.; PINO, A.; DEL; SALVO, L. & ARRARTE, G. Nutrientexportandharvestresiduedecompositionpatternsof a Eucalyptusdunnii; Maiden plantation in temperateclimateofuruguay. For.Ecol.Manag., 258:92-99,

CONTROLE BIOLÓGICO NA TEORIA E NA PRÁTICA: A REALIDADE DOS PEQUENOS AGRICULTORES DA REGIÃO DE CASCAVEL-PR

CONTROLE BIOLÓGICO NA TEORIA E NA PRÁTICA: A REALIDADE DOS PEQUENOS AGRICULTORES DA REGIÃO DE CASCAVEL-PR CONTROLE BIOLÓGICO NA TEORIA E NA PRÁTICA: A REALIDADE DOS PEQUENOS AGRICULTORES DA REGIÃO DE CASCAVEL-PR 1 DELAI, Lucas da Silva; 1 ALVES Victor Michelon; 1 GREJIANIN, Gustavo; 1 PIRANHA, Michelle Marques

Leia mais

VI Semana de Ciência e Tecnologia IFMG- campus Bambuí VI Jornada Científica 21 a 26 de outubro

VI Semana de Ciência e Tecnologia IFMG- campus Bambuí VI Jornada Científica 21 a 26 de outubro Potencial da Doru luteipes (Scudder, 1876) (Dermaptera: Forficulidae) no controle da Spodoptera frugiperda (J. E. Smith, 1797) (Lepidoptera: Noctuidae). Willian Sabino RODRIGUES¹; Gabriel de Castro JACQUES²;

Leia mais

Vinícius Soares Sturza 1 ; Cátia Camera 2 ; Carla Daniele Sausen 3 ; Sônia Thereza Bastos Dequech 4

Vinícius Soares Sturza 1 ; Cátia Camera 2 ; Carla Daniele Sausen 3 ; Sônia Thereza Bastos Dequech 4 Encontro Internacional de Produção Científica Cesumar 23 a 26 de outubro de 2007 DANOS, POSTURAS E ÍNDICE DE PARASITISMO DE Spodoptera frugiperda (J.E. SMITH) (LEP.: NOCTUIDAE), RELACIONADOS AOS ESTÁDIOS

Leia mais

As bactérias operárias

As bactérias operárias A U A UL LA As bactérias operárias Na Aula 47 você viu a importância da insulina no nosso corpo e, na Aula 48, aprendeu como as células de nosso organismo produzem insulina e outras proteínas. As pessoas

Leia mais

Papel do Monitoramento no Manejo de Resistência (MRI)

Papel do Monitoramento no Manejo de Resistência (MRI) Papel do Monitoramento no Manejo de Resistência (MRI) Samuel Martinelli Monsanto do Brasil Ltda 1 I WORKSHOP DE MILHO TRANSGÊNICO 07-09 DE MARÇO DE 2012 SETE LAGORAS,MG Conceito de resistência Interpretação

Leia mais

Avaliação molecular da macho-esterilidade citoplasmática em milho

Avaliação molecular da macho-esterilidade citoplasmática em milho Jornal Eletrônico da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG) Ano 04 - Edição 26 - Agosto / Setembro de 2010 Artigo Avaliação molecular da macho-esterilidade citoplasmática em milho por Sílvia Neto Jardim

Leia mais

MEIOS DE CULTURA DESENVOLVIMENTO OU PRODUÇÃO DE MEIOS DE CULTURA. Necessidade Bactérias Leveduras

MEIOS DE CULTURA DESENVOLVIMENTO OU PRODUÇÃO DE MEIOS DE CULTURA. Necessidade Bactérias Leveduras MEIOS DE CULTURA Associação equilibrada de agentes químicos (nutrientes, ph, etc.) e físicos (temperatura, viscosidade, atmosfera, etc) que permitem o cultivo de microorganismos fora de seu habitat natural.

Leia mais

Extração de DNA e Amplificação por PCR

Extração de DNA e Amplificação por PCR Universidade Federal de São Carlos Departamento de Genética e Evolução Disciplina Práticas de Genética Extração de DNA e Amplificação por PCR Érique de Castro 405523, Victor Martyn 405612, Wilson Lau Júnior

Leia mais

Audiência Pública Nº 02/2007

Audiência Pública Nº 02/2007 Audiência Pública Nº 02/2007 Requerimentos da CIBio da Monsanto do Brasil Ltda. para liberação comercial de algodão geneticamente modificado: Processo n o 01200.004487/04-48 - Algodão MON 1445 Processo

Leia mais

Extração de DNA. Prof. Silmar Primieri

Extração de DNA. Prof. Silmar Primieri Extração de DNA Prof. Silmar Primieri Conceitos Prévios O que é DNA? Onde se localiza o DNA na célula? Do que são formadas as membranas celulares? Qual a estrutura do DNA? O que é DNA? Unidade básica informacional

Leia mais

Controle Microbiano de Fernanda Goes Mendes Marina Chamon Abreu Seminário de Microbiologia do Solo 2014/1 O controle de na agricultura é um fator limitante e resulta no aumento do custo de produção; O

Leia mais

Passo a passo na escolha da cultivar de milho

Passo a passo na escolha da cultivar de milho Passo a passo na escolha da cultivar de milho Beatriz Marti Emygdio Pesquisadora Embrapa Clima Temperado (beatriz.emygdio@cpact.embrapa.br) Diante da ampla gama de cultivares de milho, disponíveis no mercado

Leia mais

WHO GLOBAL SALM-SURV NÍVEL III

WHO GLOBAL SALM-SURV NÍVEL III WHO GLOBAL SALM-SURV NÍVEL III CAMPYLOBACTER spp. Multiplex PCR para detecção de C. jejuni e C. coli Grace Theophilo LRNCEB IOC/FIOCRUZ gtheo@ioc.fiocruz.br Diagnóstico molecular para Campylobacter spp.

Leia mais

Influência do Espaçamento de Plantio de Milho na Produtividade de Silagem.

Influência do Espaçamento de Plantio de Milho na Produtividade de Silagem. Influência do Espaçamento de Plantio de Milho na Produtividade de Silagem. DAMASCENO, T. M. 1, WINDER, A. R. da S. 2, NOGUEIRA, J. C. M. 3, DAMASCENO, M. M. 2, MENDES, J. C. da F. 2, e DALLAPORTA, L. N.

Leia mais

Kit para calibração de PCR pht

Kit para calibração de PCR pht Kit para calibração de PCR pht Itens fornecidos: Tampões ( concentrado) Composição ( concentrado) I0 500 mm KCl; 100 mm Tris-HCl ph 8,4; 1% Triton X-100 IB 500 mm KCl; 100 mm Tris-HCl ph 8,4; 1% Triton

Leia mais

Mesa de controvérsia sobre transgênicos

Mesa de controvérsia sobre transgênicos Mesa de controvérsia sobre transgênicos Transgênicos: questões éticas, impactos e riscos para a Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional e o Direito Humano à Alimentação Adequada e Saudável Posição

Leia mais

Definido o contexto: monitoramento pós-liberação comercial de plantas geneticamente modificadas. Paulo Augusto Vianna Barroso

Definido o contexto: monitoramento pós-liberação comercial de plantas geneticamente modificadas. Paulo Augusto Vianna Barroso Definido o contexto: monitoramento pós-liberação comercial de plantas geneticamente modificadas Paulo Augusto Vianna Barroso Experimentação com OGM Regulada pela Lei de Biossegurança (11.105/2005) Experimentação

Leia mais

PUCRS CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS Genética I AULA PRÁTICA APLICAÇÕES DAS TÉCNICAS DE PCR E ELETROFORESE DE DNA

PUCRS CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS Genética I AULA PRÁTICA APLICAÇÕES DAS TÉCNICAS DE PCR E ELETROFORESE DE DNA Analise a seguinte situação hipotética (1): Uma equipe de pesquisadores está realizando um inventário da biodiversidade de uma área tropical ainda inexplorada, porém já sofrendo grande impacto de fragmentação

Leia mais

SECAGEM DE GRÃOS. Disciplina: Armazenamento de Grãos

SECAGEM DE GRÃOS. Disciplina: Armazenamento de Grãos SECAGEM DE GRÃOS Disciplina: Armazenamento de Grãos 1. Introdução - grãos colhidos com teores elevados de umidade, para diminuir perdas:. permanecem menos tempo na lavoura;. ficam menos sujeitos ao ataque

Leia mais

Associação Brasileira das Empresas de Controle Biológico. Panorama e Desafios do Controle Biológico no Brasil

Associação Brasileira das Empresas de Controle Biológico. Panorama e Desafios do Controle Biológico no Brasil Associação Brasileira das Empresas de Controle Biológico Panorama e Desafios do Controle Biológico no Brasil Categorias do Controle Biológico e MIP Micro biológico Nutrição Vegetal Semio químicos Controle

Leia mais

"O desenvolvimento de biopesticidas à base de toxinas de Bacillus thuringiensis para a saúde". Bacillus thuringiensis

O desenvolvimento de biopesticidas à base de toxinas de Bacillus thuringiensis para a saúde. Bacillus thuringiensis "O desenvolvimento de biopesticidas à base de toxinas de Bacillus thuringiensis para a saúde". Mario Soberón, e Alejandra Bravo Instituto de Biotecnologia UNAM mario@ibt.unam.mx bravo@ibt.unam.mx Bacillus

Leia mais

Inovação Tecnológica e Controle de Mercado de Sementes de Milho

Inovação Tecnológica e Controle de Mercado de Sementes de Milho Milho e Sorgo Inovação Tecnológica e Controle de Mercado de Sementes de Milho Sete Lagoas Março 2012 Economia do Uso de Novas Tecnologias A escolha racional do agricultor: Aumento da produtividade dos

Leia mais

ECOLOGIA GERAL FLUXO DE ENERGIA E MATÉRIA ATRAVÉS DE ECOSSISTEMAS

ECOLOGIA GERAL FLUXO DE ENERGIA E MATÉRIA ATRAVÉS DE ECOSSISTEMAS ECOLOGIA GERAL Aula 05 Aula de hoje: FLUXO DE ENERGIA E MATÉRIA ATRAVÉS DE ECOSSISTEMAS Sabemos que todos os organismos necessitam de energia para se manterem vivos, crescerem, se reproduzirem e, no caso

Leia mais

Lisina, Farelo de Soja e Milho

Lisina, Farelo de Soja e Milho Lisina, Farelo de Soja e Milho Disponível em nosso site: www.lisina.com.br Veja como substituir uma parte do farelo de soja por Lisina Industrial e milho Grande parte dos suinocultores conhecem a Lisina

Leia mais

O papel da Nutrição na Saúde dos Peixes. João Manoel Cordeiro Alves Gerente de Produtos Aquacultura Guabi Nutrição Animal

O papel da Nutrição na Saúde dos Peixes. João Manoel Cordeiro Alves Gerente de Produtos Aquacultura Guabi Nutrição Animal O papel da Nutrição na Saúde dos Peixes João Manoel Cordeiro Alves Gerente de Produtos Aquacultura Guabi Nutrição Animal Você éo que você come(u)! Esta éuma visão do passado Vamos prever o futuro? Você

Leia mais

ALVES 1,1, Paulo Roberto Rodrigues BATISTA 1,2, Jacinto de Luna SOUZA 1,3, Mileny dos Santos

ALVES 1,1, Paulo Roberto Rodrigues BATISTA 1,2, Jacinto de Luna SOUZA 1,3, Mileny dos Santos DIFUSÃO DA TECNOLOGIA DE CONTROLE BIOLÓGICO DE INSETOS - PRAGAS COMO INSTRUMENTO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM ESCOLAS PÚBLICAS DO ENSINO FUNDAMENTAL II NO MUNICÍPIO DE AREIA - PB ALVES 1,1, Paulo Roberto Rodrigues

Leia mais

Manejo Integrado de Pragas de Grandes Culturas

Manejo Integrado de Pragas de Grandes Culturas Manejo Integrado de Pragas de Grandes Culturas Marcelo C. Picanço Prof. de Entomologia Universidade Federal de Viçosa Telefone: (31)38994009 E-mail: picanco@ufv.br Situação do Controle de Pragas de Grandes

Leia mais

José Roberto Postali Parra Depto. Entomologia e Acarologia USP/Esalq

José Roberto Postali Parra Depto. Entomologia e Acarologia USP/Esalq José Roberto Postali Parra Depto. Entomologia e Acarologia USP/Esalq O Brasil é líder na Agricultura Tropical, com uma tecnologia própria Área (ha) 450.000 400.000 350.000 300.000 Área usada Área agricultável

Leia mais

AVALIAÇÃO DE PROGÊNIES DE MILHO NA PRESENÇA E AUSÊNCIA DE ADUBO

AVALIAÇÃO DE PROGÊNIES DE MILHO NA PRESENÇA E AUSÊNCIA DE ADUBO REVISTA CIENTÍFICA ELETRÔNICA DE AGRONOMIA ISSN 1677-0293 PERIODICIDADE SEMESTRAL ANO III EDIÇÃO NÚMERO 5 JUNHO DE 2004 -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Leia mais

LABORATÓRIO DE BIOENGENHARIA. Métodos rápidos de tipagem de microrganismos

LABORATÓRIO DE BIOENGENHARIA. Métodos rápidos de tipagem de microrganismos LABORATÓRIO DE BIOENGENHARIA Métodos rápidos de tipagem de microrganismos Tradicionalmente, o estudo de microrganismos, a nível genético, bioquímico/fisiológico ou apenas a nível de identificação, requer

Leia mais

Ecologia. 1) Níveis de organização da vida

Ecologia. 1) Níveis de organização da vida Introdução A ciência que estuda como os seres vivos se relacionam entre si e com o ambiente em que vivem e quais as conseqüências dessas relações é a Ecologia (oikos = casa e, por extensão, ambiente; logos

Leia mais

ESPÉCIES DE TRICOGRAMATÍDEOS EM POSTURAS DE Spodoptera frugiperda (LEP.: NOCTUIDAE) E FLUTUAÇÃO POPULACIONAL EM CULTIVO DE MILHO

ESPÉCIES DE TRICOGRAMATÍDEOS EM POSTURAS DE Spodoptera frugiperda (LEP.: NOCTUIDAE) E FLUTUAÇÃO POPULACIONAL EM CULTIVO DE MILHO ISBN 978-85-61091-05-7 Encontro Internacional de Produção Científica Cesumar 27 a 30 de outubro de 2009 ESPÉCIES DE TRICOGRAMATÍDEOS EM POSTURAS DE Spodoptera frugiperda (LEP.: NOCTUIDAE) E FLUTUAÇÃO POPULACIONAL

Leia mais

PNAD - Segurança Alimentar 2004 2009. Insegurança alimentar diminui, mas ainda atinge 30,2% dos domicílios brasileiros

PNAD - Segurança Alimentar 2004 2009. Insegurança alimentar diminui, mas ainda atinge 30,2% dos domicílios brasileiros 1 of 5 11/26/2010 2:57 PM Comunicação Social 26 de novembro de 2010 PNAD - Segurança Alimentar 2004 2009 Insegurança alimentar diminui, mas ainda atinge 30,2% dos domicílios brasileiros O número de domicílios

Leia mais

Sistema de Integração Lavoura-Pecuária (ILP) de Corte da Embrapa Milho e Sorgo

Sistema de Integração Lavoura-Pecuária (ILP) de Corte da Embrapa Milho e Sorgo Sistema de Integração Lavoura-Pecuária (ILP) de Corte da Embrapa Milho e Sorgo Ramon C. Alvarenga¹ e Miguel M. Gontijo Neto¹ Pesquisadores da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG) A Embrapa Milho e Sorgo

Leia mais

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Ufc) Na(s) questão(ões) a seguir escreva no espaço apropriado a soma dos itens corretos.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Ufc) Na(s) questão(ões) a seguir escreva no espaço apropriado a soma dos itens corretos. Respiração e Fermentação 1. (Fuvest) O fungo 'Saccharomyces cerevisiae' (fermento de padaria) é um anaeróbico facultativo. Quando cresce na ausência de oxigênio, consome muito mais glicose do que quando

Leia mais

Culturas. A Cultura do Milho. Nome A Cultura do Milho Produto Informação Tecnológica Data Outubro de 2000 Preço - Linha Culturas Resenha

Culturas. A Cultura do Milho. Nome A Cultura do Milho Produto Informação Tecnológica Data Outubro de 2000 Preço - Linha Culturas Resenha 1 de 5 10/16/aaaa 11:24 Culturas A Cultura do Milho Nome A Cultura do Milho Produto Informação Tecnológica Data Outubro de 2000 Preço - Linha Culturas Resenha Informações resumidas sobre a cultura do milho

Leia mais

10º LEVANTAMENTO DE SAFRAS DA CONAB - 2012/2013 Julho/2013

10º LEVANTAMENTO DE SAFRAS DA CONAB - 2012/2013 Julho/2013 10º LEVANTAMENTO DE SAFRAS DA CONAB - 2012/2013 Julho/2013 1. INTRODUÇÃO O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), realiza sistematicamente

Leia mais

Mentira: O homem não precisa plantar transgênicos Mentira: As plantas transgênicas não trarão benefícios a sociedade

Mentira: O homem não precisa plantar transgênicos Mentira: As plantas transgênicas não trarão benefícios a sociedade Como toda nova ciência ou tecnologia, ela gera dúvidas e receios de mudanças. Isto acontece desde os tempos em que Galileo afirmou que era a Terra que girava em torno do Sol ou quando Oswaldo Cruz iniciou

Leia mais

Práticas Agronômicas que Interferem na Produção de Silagem de Milho

Práticas Agronômicas que Interferem na Produção de Silagem de Milho Práticas Agronômicas que Interferem na Produção de Silagem de Milho Engº Agrº Robson F. de Paula Coordenador Técnico Regional Robson.depaula@pioneer.com Silagem de qualidade começa no campo! E no momento

Leia mais

b) Ao longo da sucessão ecológica de uma floresta pluvial tropical, restaurada rumo ao clímax, discuta o que ocorre com os seguintes fatores

b) Ao longo da sucessão ecológica de uma floresta pluvial tropical, restaurada rumo ao clímax, discuta o que ocorre com os seguintes fatores Questão 1 Leia o seguinte texto: Com a oportunidade de colocar em prática a nova lei do código florestal brasileiro (lei 12.631/12) e estabelecer estratégias para a recuperação de áreas degradadas, o Ministério

Leia mais

Tabela 01 Mundo Soja Área, produção e produtividade Safra 2009/10 a 2013/14

Tabela 01 Mundo Soja Área, produção e produtividade Safra 2009/10 a 2013/14 Soja Análise da Conjuntura Agropecuária Novembro de 2013 MUNDO A economia mundial cada vez mais globalizada tem sido o principal propulsor responsável pelo aumento da produção de soja. Com o aumento do

Leia mais

Organismos Geneticamente Modificados (OGM) Paulo Monjardino

Organismos Geneticamente Modificados (OGM) Paulo Monjardino Organismos Geneticamente Modificados (OGM) Paulo Monjardino O que são OGM? Organismos que são manipulados geneticamente por técnicas de biotecnologia molecular com vista a introduzir-se ou suprimir-se

Leia mais

CALAGEM, GESSAGEM E AO MANEJO DA ADUBAÇÃO (SAFRAS 2011 E

CALAGEM, GESSAGEM E AO MANEJO DA ADUBAÇÃO (SAFRAS 2011 E RESPOSTA DE MILHO SAFRINHA CONSORCIADO COM Brachiaria ruziziensis À CALAGEM, GESSAGEM E AO MANEJO DA ADUBAÇÃO (SAFRAS 2011 E 2012) Carlos Hissao Kurihara, Bruno Patrício Tsujigushi (2), João Vitor de Souza

Leia mais

Desempenho Recente e Perspectivas para a Agricultura

Desempenho Recente e Perspectivas para a Agricultura Desempenho Recente e Perspectivas para a Agricultura A safra de grãos do país totalizou 133,8 milhões de toneladas em 2009, de acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de dezembro,

Leia mais

Milho Período: 11 a 15/05/2015

Milho Período: 11 a 15/05/2015 Milho Período: 11 a 15/05/2015 Câmbio: Média da semana: U$ 1,00 = R$ 3,0203 Nota: A paridade de exportação refere-se ao valor/sc desestivado sobre rodas, o que é abaixo do valor FOB Paranaguá. *Os preços

Leia mais

Curso superior em Agronomia GESA- Grupo de estudo em solos agrícolas Absorção de nutrientes e Fotossíntese Bambuí-MG 2009 Alunas: Erica Marques Júlia Maluf É o processo pelo qual a planta sintetiza compostos

Leia mais

PROGRAMA FITOSSANITÁRIO DE MATO GROSSO DO SUL RELATÓRIO SEMANAL DE 27 DE JANEIRO A 03 DE FEVEREIRO DE 2014

PROGRAMA FITOSSANITÁRIO DE MATO GROSSO DO SUL RELATÓRIO SEMANAL DE 27 DE JANEIRO A 03 DE FEVEREIRO DE 2014 ANO III / Nº 73 PROGRAMA FITOSSANITÁRIO DE MATO GROSSO DO SUL RELATÓRIO SEMANAL DE 27 DE JANEIRO A 03 DE FEVEREIRO DE 2014 Núcleo 1 Chapadão do Sul Eng. Agr. Danilo Suniga de Moraes O plantio de algodão

Leia mais

EXAME DE BIOLOGIA Prova de Acesso - Maiores 23 Anos (21 de Abril de 2009)

EXAME DE BIOLOGIA Prova de Acesso - Maiores 23 Anos (21 de Abril de 2009) INSTITUTO POLITÉCNICO DE BEJA EXAME DE BIOLOGIA Prova de Acesso - Maiores 23 Anos (21 de Abril de 2009) Nome do Candidato Classificação Leia as seguintes informações com atenção. 1. O exame é constituído

Leia mais

PROJETO DE REDUÇÃO DOS RESÍDUOS INFECTANTES NAS UTI S DO HOSPITAL ESTADUAL DE DIADEMA

PROJETO DE REDUÇÃO DOS RESÍDUOS INFECTANTES NAS UTI S DO HOSPITAL ESTADUAL DE DIADEMA Hospital Estadual Diadema Prêmio Amigo do Meio Ambiente 2013 PROJETO DE REDUÇÃO DOS RESÍDUOS INFECTANTES NAS UTI S DO HOSPITAL ESTADUAL DE DIADEMA Hospital Estadual de Diadema Responsáveis: João Paulo

Leia mais

Pesquisa da EPAMIG garante produção de azeitonas

Pesquisa da EPAMIG garante produção de azeitonas Pesquisa da EPAMIG garante produção de azeitonas De origem européia, a oliveira foi trazida ao Brasil por imigrantes há quase dois séculos, mas somente na década de 50 foi introduzida no Sul de Minas Gerais.

Leia mais

Até quando uma população pode crescer?

Até quando uma população pode crescer? A U A UL LA Até quando uma população pode crescer? Seu José é dono de um sítio. Cultiva milho em suas terras, além de frutas e legumes que servem para a subsistência da família. Certa vez, a colheita do

Leia mais

O IBGE divulgou a pouco o primeiro prognóstico para a safra de 2011: www.ibge.gov.br Em 2011, IBGE prevê safra de grãos 2,8% menor que a de 2010

O IBGE divulgou a pouco o primeiro prognóstico para a safra de 2011: www.ibge.gov.br Em 2011, IBGE prevê safra de grãos 2,8% menor que a de 2010 O IBGE divulgou a pouco o primeiro prognóstico para a safra de 2011: www.ibge.gov.br Em 2011, IBGE prevê safra de grãos 2,8% menor que a de 2010 O IBGE realizou, em outubro, o primeiro prognóstico para

Leia mais

Tecnologia de aplicação de Agrotóxicos

Tecnologia de aplicação de Agrotóxicos Tecnologia de aplicação de Agrotóxicos Engº. Agrº. M. Sc. Aldemir Chaim Laboratório de Tecnologia de Aplicação de Agrotóxicos Embrapa Meio Ambiente História da aplicação de defensivos Equipamento de aplicação

Leia mais

COMENTÁRIO DA PROVA DE BIOLOGIA

COMENTÁRIO DA PROVA DE BIOLOGIA COMENTÁRIO DA PROVA DE BIOLOGIA A prova de Biologia da UFPR apresentou uma boa distribuição de conteúdos ao longo das nove questões. O grau de dificuldade variou entre questões médias e fáceis, o que está

Leia mais

RELATÓRIO FINAL. AVALIAÇÃO DO PRODUTO CELLERON-SEEDS e CELLERON-FOLHA NA CULTURA DO MILHO CULTIVADO EM SEGUNDA SAFRA

RELATÓRIO FINAL. AVALIAÇÃO DO PRODUTO CELLERON-SEEDS e CELLERON-FOLHA NA CULTURA DO MILHO CULTIVADO EM SEGUNDA SAFRA RELATÓRIO FINAL AVALIAÇÃO DO PRODUTO CELLERON-SEEDS e CELLERON-FOLHA NA CULTURA DO MILHO CULTIVADO EM SEGUNDA SAFRA Empresa solicitante: FOLLY FERTIL Técnicos responsáveis: Fabio Kempim Pittelkow¹ Rodrigo

Leia mais

150 ISSN 1679-0162 Sete Lagoas, MG Dezembro, 2007

150 ISSN 1679-0162 Sete Lagoas, MG Dezembro, 2007 150 ISSN 1679-0162 Sete Lagoas, MG Dezembro, 2007 A evolução da produção de milho no Mato Grosso: a importância da safrinha Jason de Oliveira Duarte 1 José Carlos Cruz 2 João Carlos Garcia 3 Introdução

Leia mais

QUÍMICA CELULAR NUTRIÇÃO TIPOS DE NUTRIENTES NUTRIENTES ENERGÉTICOS 4/3/2011 FUNDAMENTOS QUÍMICOS DA VIDA

QUÍMICA CELULAR NUTRIÇÃO TIPOS DE NUTRIENTES NUTRIENTES ENERGÉTICOS 4/3/2011 FUNDAMENTOS QUÍMICOS DA VIDA NUTRIÇÃO QUÍMICA CELULAR PROFESSOR CLERSON CLERSONC@HOTMAIL.COM CIESC MADRE CLÉLIA CONCEITO CONJUNTO DE PROCESSOS INGESTÃO, DIGESTÃO E ABSORÇÃO SUBSTÂNCIAS ÚTEIS AO ORGANISMO ESPÉCIE HUMANA: DIGESTÃO ONÍVORA

Leia mais

QUESTÕES DE CARACTERIZAÇÃO E ANÁLISE AMBIENTAL. O 2(g) O 2(aq)

QUESTÕES DE CARACTERIZAÇÃO E ANÁLISE AMBIENTAL. O 2(g) O 2(aq) QUESTÕES DE CARACTERIZAÇÃO E ANÁLISE AMBIENTAL Questão 01 O agente oxidante mais importante em águas naturais é, sem a menor dúvida, o oxigênio molecular dissolvido, O 2. O equilíbrio entre o oxigênio

Leia mais

LINEAMENTOS PARA MELHORAR A GESTÃO DAS ÁGUAS RESIDUAIS DOMÉSTICAS E FAZER MAIS SUSTENTÁVEL A PROTEÇÃO DA SAÚDE

LINEAMENTOS PARA MELHORAR A GESTÃO DAS ÁGUAS RESIDUAIS DOMÉSTICAS E FAZER MAIS SUSTENTÁVEL A PROTEÇÃO DA SAÚDE Primeiro lineamento geral: O TRATAMENTO E USO ADEQUADOS DAS ÁGUAS RESIDUAIS DOMÉSTICAS CONTRIBUEM A PROTEGER A QUALIDADE DOS CORPOS DE ÁGUA E DEVERIAM SER PARTE DE UMA GESTÃO MAIS EFICIENTE DOS RECURSOS

Leia mais

O fluxo da informação é unidirecional

O fluxo da informação é unidirecional Curso - Psicologia Disciplina: Genética Humana e Evolução Resumo Aula 3- Transcrição e Tradução Dogma central TRANSCRIÇÃO DO DNA O fluxo da informação é unidirecional Processo pelo qual uma molécula de

Leia mais

Replicação Quais as funções do DNA?

Replicação Quais as funções do DNA? Replicação Quais as funções do DNA? Aula nº 4 22/Set/08 Prof. Ana Reis Replicação O DNA é a molécula que contém a informação para todas as actividades da célula. Uma vez que as células se dividem, é necessário

Leia mais

Melhorar A Eclodibilidade De Ovos Armazenados

Melhorar A Eclodibilidade De Ovos Armazenados Melhorar A Eclodibilidade MELHORAR A ECLODIBILIDADE USANDO PERÍODOS DE INCUBAÇÃO CURTOS DURANTE A ARMAZENAGEM DE OVOS (SPIDES) 09 Ovos armazenados por longos períodos não eclodem tão bem quanto os ovos

Leia mais

Resistência de Bactérias a Antibióticos Catarina Pimenta, Patrícia Rosendo Departamento de Biologia, Colégio Valsassina

Resistência de Bactérias a Antibióticos Catarina Pimenta, Patrícia Rosendo Departamento de Biologia, Colégio Valsassina Resistência de Bactérias a Antibióticos Catarina Pimenta, Patrícia Rosendo Departamento de Biologia, Colégio Valsassina Resumo O propósito deste trabalho é testar a resistência de bactérias (Escherichia

Leia mais

EXERCÍCIO E DIABETES

EXERCÍCIO E DIABETES EXERCÍCIO E DIABETES Todos os dias ouvimos falar dos benefícios que os exercícios físicos proporcionam, de um modo geral, à nossa saúde. Pois bem, aproveitando a oportunidade, hoje falaremos sobre a Diabetes,

Leia mais

Valongo- 24 de abril de 2014. Ana Heitor ana.heitor@arsnorte.min-saude.pt

Valongo- 24 de abril de 2014. Ana Heitor ana.heitor@arsnorte.min-saude.pt Ana Heitor ana.heitor@arsnorte.min-saude.pt Água, o princípio de todas as coisas Tales de Mileto, 625 a.c. Ideias são sementes Há 2.000 anos, a população mundial correspondia a 3% da população actual,

Leia mais

9.5 PRINCIPAIS PRAGAS E DOENÇAS DO FEIJOEIRO

9.5 PRINCIPAIS PRAGAS E DOENÇAS DO FEIJOEIRO 9.5 PRINCIPAIS PRAGAS E DOENÇAS DO FEIJOEIRO 9.5.1 Controle de Pragas PRINCIPAIS PRAGAS -Lagarta elasmo -Vaquinhas - Mosca branca -Ácaro branco -Carunchos LAGARTA ELASMO Feijão da seca aumento da população

Leia mais

Para obter mais informações, entre em contato com: Colleen Parr, pelo telefone (214) 665-1334, ou pelo e-mail colleen.parr@fleishman.

Para obter mais informações, entre em contato com: Colleen Parr, pelo telefone (214) 665-1334, ou pelo e-mail colleen.parr@fleishman. Para obter mais informações, entre em contato com: Colleen Parr, pelo telefone (214) 665-1334, ou pelo e-mail colleen.parr@fleishman.com Começa a segunda onda prevista de crescimento e desenvolvimento

Leia mais

Ensino Fundamental II

Ensino Fundamental II Ensino Fundamental II Valor da prova: 2.0 Nota: Data: / /2015 Professora: Angela Disciplina: Geografia Nome: n o : Ano: 9º 3º bimestre Trabalho de Recuperação de Geografia Orientações: - Leia atentamente

Leia mais

Crescimento Microbiano

Crescimento Microbiano Crescimento Microbiano Fatores que influem no crescimento Temperatura ph Oxigênio Agitação Pressão osmótica Temperatura Para todos os microrganismos existem três temperaturas cardeais: Temperatura mínima

Leia mais

controlar para crescer NUTRIENTE IDEAL PARA FLORAÇÃO, FRUTIFICAÇÃO E FORMAÇÃO DE SEMENTES FLORAÇÃO

controlar para crescer NUTRIENTE IDEAL PARA FLORAÇÃO, FRUTIFICAÇÃO E FORMAÇÃO DE SEMENTES FLORAÇÃO controlar para crescer NUTRIENTE IDEAL PARA FLORAÇÃO, FRUTIFICAÇÃO E FORMAÇÃO DE SEMENTES FLORAÇÃO F1 DESCRIÇÃO DO PRODUTO USO EM SOLO NATURAL No solo natural o Photogenesis F1 irá complementar os nutrientes

Leia mais

DNA barcoding é um método que utiliza um trecho do DNA de cerca de 650 nucleotídeos como marcador para caracterizar espécies. Trata-se de uma sequência extremamente curta em relação à totalidade do genoma,

Leia mais

C.n o. 1. Londrina 14 de Julho de 2008

C.n o. 1. Londrina 14 de Julho de 2008 C.n o. 1 Londrina 14 de Julho de 2008 Ao Sr Coordenador Dr. Jairon Alcir Santos do Nascimento Coordenador Geral da CTNBio Assunto: Parecer Ad Hoc Liberação Comercial -Milho Geneticamente Modificado Resistente

Leia mais

MÉTODOS DE CORREÇÃO DO SOLO

MÉTODOS DE CORREÇÃO DO SOLO MÉTODOS DE CORREÇÃO DO SOLO O laudo (Figura 1) indica os valores determinados no laboratório para cada camada do perfil do solo, servindo de parâmetros para direcionamento de métodos corretivos. Figura

Leia mais

Aplicação do algoritmo genético na otimização da produção em indústrias de açúcar e álcool

Aplicação do algoritmo genético na otimização da produção em indústrias de açúcar e álcool Aplicação do algoritmo genético na otimização da produção em indústrias de açúcar e álcool Lucélia Costa Oliveira¹; Mário Luiz Viana Alvarenga² ¹ Aluna do curso de Engenharia de Produção e bolsista do

Leia mais

ipea políticas sociais acompanhamento e análise 7 ago. 2003 117 GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo*

ipea políticas sociais acompanhamento e análise 7 ago. 2003 117 GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo* GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo* Como deve ser estruturada a política social de um país? A resposta a essa pergunta independe do grau de desenvolvimento do país, da porcentagem

Leia mais

Resistência aos antimicrobianos em Salmonella spp.

Resistência aos antimicrobianos em Salmonella spp. Resistência aos antimicrobianos em Salmonella spp. Síntese das investigações desde a descoberta de novos antimicrobianos Final do século XIX: Pasteur efetuou relatos sobre antagonismo entre diferentes

Leia mais

NOVOS ISOLADOS DE Bacillus thuringiensis COM POTENCIAL PARA CONTROLE DE LARVAS DE INSETOS

NOVOS ISOLADOS DE Bacillus thuringiensis COM POTENCIAL PARA CONTROLE DE LARVAS DE INSETOS 25 a 28 de Outubro de 2011 ISBN 978-85-8084-055-1 NOVOS ISOLADOS DE Bacillus thuringiensis COM POTENCIAL PARA CONTROLE DE LARVAS DE INSETOS Ana Paula Scaramal Ricieto 1, Fernanda A.P. Fazion 1, Luisa C.

Leia mais

5ª SÉRIE/6º ANO - ENSINO FUNDAMENTAL UM MUNDO MELHOR PARA TODOS

5ª SÉRIE/6º ANO - ENSINO FUNDAMENTAL UM MUNDO MELHOR PARA TODOS 5ª SÉRIE/6º ANO - ENSINO FUNDAMENTAL UM MUNDO MELHOR PARA TODOS Auno(a) N 0 6º Ano Turma: Data: / / 2013 Disciplina: Ciências UNIDADE I Professora Martha Pitanga ATIVIDADE 01 CIÊNCIAS REVISÃO GERAL De

Leia mais

FICHA TÉCNICA - MASSA LEVE -

FICHA TÉCNICA - MASSA LEVE - FICHA TÉCNICA - MASSA LEVE - Massa Leve é um aditivo capaz de produzir concreto poroso de baixa massa especifica aparente, com ótima estabilidade, isto é, com reduzida queda de volume na aplicação. Características

Leia mais

Aplicação de dejetos líquidos de suínos no sulco: maior rendimento de grãos e menor impacto ambiental. Comunicado Técnico

Aplicação de dejetos líquidos de suínos no sulco: maior rendimento de grãos e menor impacto ambiental. Comunicado Técnico Comunicado Técnico PÓLO DE MODERNIZAÇÃO TECNOLÓGICA EM ALIMENTOS COREDE-PRODUÇÃO FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO PASSO FUNDO, RS JUNHO, 27 Nº 1 Aplicação de dejetos

Leia mais

EFEITO DA UTILIZAÇÃO DE PRÓBIÓTICOS EM DIETAS PARA BOVINOS NELORE TERMINADOS EM CONFINAMENTO INTRODUÇÃO

EFEITO DA UTILIZAÇÃO DE PRÓBIÓTICOS EM DIETAS PARA BOVINOS NELORE TERMINADOS EM CONFINAMENTO INTRODUÇÃO EFEITO DA UTILIZAÇÃO DE PRÓBIÓTICOS EM DIETAS PARA BOVINOS NELORE TERMINADOS EM CONFINAMENTO INTRODUÇÃO Aditivos alimentares são utilizados em dietas para bovinos de corte em confinamento com o objetivo

Leia mais

Departamento de Zoologia da Universidade de Coimbra

Departamento de Zoologia da Universidade de Coimbra Departamento de Zoologia da Universidade de Coimbra Ana Luísa Carvalho Amplificação de um fragmento de DNA por PCR Numa reacção em cadeia catalizada pela DNA polimerase (Polymerase Chain Reaction - PCR),

Leia mais

RESULTADOS DE PESQUISA

RESULTADOS DE PESQUISA RESULTADOS DE PESQUISA 02 2013 ALTA INFESTAÇÃO DE LAGARTAS NA CULTURA DO MILHO BT Eng. Agr. M. Sc. José Fernando Jurca Grigolli 1 ; Eng. Agr. Dr. André Luis Faleiros Lourenção 2 INTRODUÇÃO As tecnologias

Leia mais

ANEXO IV PROCEDIMENTOS PARA CONTAGEM DE COLÔNIAS

ANEXO IV PROCEDIMENTOS PARA CONTAGEM DE COLÔNIAS ANEXO IV PROCEDIMENTOS PARA CONTAGEM DE COLÔNIAS 1. INTRODUÇÃO A aplicação de procedimentos de controle durante o processo analítico visa à garantia da confiabilidade do resultado final, assegurando a

Leia mais

DESENVOLVIMENTO DE UM SOFTWARE NA LINGUAGEM R PARA CÁLCULO DE TAMANHOS DE AMOSTRAS NA ÁREA DE SAÚDE

DESENVOLVIMENTO DE UM SOFTWARE NA LINGUAGEM R PARA CÁLCULO DE TAMANHOS DE AMOSTRAS NA ÁREA DE SAÚDE DESENVOLVIMENTO DE UM SOFTWARE NA LINGUAGEM R PARA CÁLCULO DE TAMANHOS DE AMOSTRAS NA ÁREA DE SAÚDE Mariane Alves Gomes da Silva Eliana Zandonade 1. INTRODUÇÃO Um aspecto fundamental de um levantamento

Leia mais

Helicoverpa armigera. Ivan Cruz, entomologista ivan.cruz@embrapa.br

Helicoverpa armigera. Ivan Cruz, entomologista ivan.cruz@embrapa.br Helicoverpa armigera Ivan Cruz, entomologista ivan.cruz@embrapa.br Controle Biológico com ênfase a Trichogramma Postura no coleto Posturas nas folhas Trichogramma Manejo Integrado de Pragas com ênfase

Leia mais

14º CONGRESSO BRASILEIRO DO AGRONEGÓCIO FÓRUM ALIMENTOS. Vamos tornar o Brasil o primeiro produtor de Alimentos do Mundo?

14º CONGRESSO BRASILEIRO DO AGRONEGÓCIO FÓRUM ALIMENTOS. Vamos tornar o Brasil o primeiro produtor de Alimentos do Mundo? 14º CONGRESSO BRASILEIRO DO AGRONEGÓCIO FÓRUM ALIMENTOS Vamos tornar o Brasil o primeiro produtor de Alimentos do Mundo? ALAN BOJANIC Ph.D. REPRESENTANTE DA FAO NO BRASIL ALIMENTAR O MUNDO EM 2050 As novas

Leia mais

O DNA é formado por pedaços capazes de serem convertidos em algumas características. Esses pedaços são

O DNA é formado por pedaços capazes de serem convertidos em algumas características. Esses pedaços são Atividade extra Fascículo 2 Biologia Unidade 4 Questão 1 O DNA é formado por pedaços capazes de serem convertidos em algumas características. Esses pedaços são chamados de genes. Assinale abaixo quais

Leia mais

Profa. Maria Fernanda - Química nandacampos.mendonc@gmail.com

Profa. Maria Fernanda - Química nandacampos.mendonc@gmail.com Profa. Maria Fernanda - Química nandacampos.mendonc@gmail.com Estudo de caso Reúnam-se em grupos de máximo 5 alunos e proponha uma solução para o seguinte caso: A morte dos peixes ornamentais. Para isso

Leia mais

UMA ANÁLISE DO ESTADO DA ARTE RESULTANTE DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS: O ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO MUNDIAL

UMA ANÁLISE DO ESTADO DA ARTE RESULTANTE DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS: O ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO MUNDIAL UMA ANÁLISE DO ESTADO DA ARTE RESULTANTE DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS: O ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO MUNDIAL INTRODUCÃO O início do Século XXI tem sido marcado por uma discussão crescente a respeito das mudanças

Leia mais

9º ENTEC Encontro de Tecnologia: 23 a 28 de novembro de 2015

9º ENTEC Encontro de Tecnologia: 23 a 28 de novembro de 2015 CONTROLE BIOLÓGICO DE PRAGAS DA CANA- DE AÇÚCAR NA PRÁTICA Resumo Bruno Pereira Santos 1 ; Profa. Dra. Ana Maria Guidelli Thuler 2 1, 2 Universidade de Uberaba bruno pereira santos 1, bpereiira955@gmail.com

Leia mais

PlanetaBio Resolução de Vestibulares UFRJ 2007 www.planetabio.com

PlanetaBio Resolução de Vestibulares UFRJ 2007 www.planetabio.com 1-O gráfico a seguir mostra como variou o percentual de cepas produtoras de penicilinase da bactéria Neisseria gonorrhoeae obtidas de indivíduos com gonorréia no período de 1980 a 1990. A penicilinase

Leia mais

BICUDO DA CANA (SPHENOPHORUS LEVIS)

BICUDO DA CANA (SPHENOPHORUS LEVIS) BICUDO DA CANA (SPHENOPHORUS LEVIS) 1. INTRODUÇÃO Uma outra praga que vem assumindo um certo grau de importância é conhecida como o bicudo da cana-de-açúcar de ocorrência restrita no Estado de São Paulo,

Leia mais

Comunicado Técnico 49

Comunicado Técnico 49 Comunicado Técnico 49 ISSN 1679-0162 Dezembro, 2002 Sete Lagoas, MG CULTIVO DO MILHO Pragas da Fase Vegetativa e Reprodutiva Ivan Cruz 1 Paulo Afonso Viana José Magid Waquil Os danos causados pelas pragas

Leia mais

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho Câncer de Próstata Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho O que é próstata? A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. Ela é um órgão muito pequeno, tem

Leia mais

Nesse sistema de aquecimento,

Nesse sistema de aquecimento, Enem 2007 1- Ao beber uma solução de glicose (C 6 H 12 O 6 ), um corta-cana ingere uma substância: (A) que, ao ser degradada pelo organismo, produz energia que pode ser usada para movimentar o corpo. (B)

Leia mais

Módulo Intérfase. Tarefa de Fixação 1) Analise o esquema a seguir e depois RESPONDA as questões propostas.

Módulo Intérfase. Tarefa de Fixação 1) Analise o esquema a seguir e depois RESPONDA as questões propostas. Módulo Intérfase Exercícios de Aula 1) A interfase é a fase em que ocorre o repouso celular. A afirmativa está: a) correta, porque praticamente não há atividade metabólica celular. b) correta, pois ocorrem

Leia mais

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE E VALOR NUTRICIONAL DE ÓLEOS E GORDURAS

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE E VALOR NUTRICIONAL DE ÓLEOS E GORDURAS Data: Agosto/2003 AVALIAÇÃO DA QUALIDADE E VALOR NUTRICIONAL DE ÓLEOS E GORDURAS Óleos e gorduras são constituintes naturais dos ingredientes grãos usados nas formulações de rações para animais. Podem

Leia mais

BIOLOGIA. 02 A afirmação O tecido ósseo pode ser citado como o único exemplo de tecido que não possui células vivas pode ser classificada como

BIOLOGIA. 02 A afirmação O tecido ósseo pode ser citado como o único exemplo de tecido que não possui células vivas pode ser classificada como BIOLOGIA 01 O crescimento externo dos artrópodes ocorre pelo processo denominado ecdise, caracterizado pela troca do exoesqueleto. Assinale o gráfico que melhor representa o crescimento desses animais.

Leia mais