Centro Educacional Brasil Central. Nível: Educação Básica. Modalidade: Educação de Jovens e Adultos a Distância
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- Amália Almeida Quintanilha
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1 Centro Educacional Brasil Central Nível: Educação Básica Modalidade: Educação de Jovens e Adultos a Distância Etapa: Ensino Fundamental Séries Finais APOSTILA DE LÍNGUA PORTUGUESA Módulo III Índice - Frase, oração e período - Oração sem sujeito - Sujeito indeterminado - Predicado verbal, nominal e verbo-nominal - Complemento Nominal - Pronomes oblíquos com função de complemento verbal - Aposto - Vozes verbais - Ortografia
2 Frase, Oração e Período Imperativa: dá uma ordem ou pedido. Chegue-se mais perto (Machado de Assis) Optativa: expressa um desejo. Tomara que você passe na prova. Vou-me embora., o enunciado fornece uma mensagem, porém usou verbo é o que chamamos de oração. Frase Oração É o enunciado com sentido completo, capaz de fazer uma comunicação. Na frase é facultativo o uso do verbo. Exemplos: - Atenção! - Que frio! - A China passa por dificuldades. As frases classificam-se em: Declarativa: faz uma declaração. Os olhos luziam de muita vida (Machado de Assis). Interrogativa: utiliza uma pergunta. Entro num drama ou saio de uma comédia? (Machado de Assis). Exclamativa: expressa sentimento. Que imenso poeta, D. Guiomar! (Machado de Assis). É o enunciado com sentido que se estrutura com base em um verbo. Na oração é preciso usar verbo ou locução verbal. Exemplos: - A fábrica, hoje, produziu bem. - Homens e mulheres são iguais perante a lei. - O senhor tem sempre um cumprimento de reserva: vejo que não perdeu o tempo na academia, Vou-me embora., o enunciado apresenta uma mensagem em que se utilizou vários verbos é o que chamamos de período. Período É a oração composta por um ou mais verbos. O período classifica-se em: Simples: tem apenas uma oração.
3 - As senhoras como se chamam? (Machado de Assis) Composto: tem duas ou mais orações. - Um deles perguntou-lhes familiarmente se iam consultar a adivinha. (Machado de Assis) - Choveu papel picado. Sujeito: papel picado. - Eu amanheci com dor de cabeça. Sujeito: eu. Não se trata de oração sem sujeito porque os verbos foram usados no sentido figurado. Logo, eles possuem sujeito. Oração sem sujeito Ocorre oração sem sujeito nos seguintes casos. 1. Com o verbo haver no sentido de existir ou com referência à passagem de tempo. - Há dois meses que não o vejo. Nestes casos o verbo haver é impessoal. Porém, se nós substituirmos haver por existir, já não será mais um caso de oração sem sujeito. EX: Existiam cinco alunos na sala. Sujeito Indeterminado O sujeito não está expresso na oração. Existem duas formas de indeterminar o sujeito. 1. Verbo na terceira pessoa do plural - Telefonaram para você. 2. Verbo na terceira pessoa do singular + partícula se junto de qualquer verbo (exceto o verbo transitivo direto) - Trabalha-se demais aqui. (trabalhar é intransitivo) Sujeito: cinco alunos. O verbo existir possui sujeito, pois ele não é impessoal. 2. Com verbos e expressões que indicam fenômenos meteorológicos. - Nevou no sul do Brasil. 3. Com verbos fazer, ser, estar indicando tempo ou clima. - Faz dois anos que ele saiu. Predicado é tudo o que se declara acerca do sujeito, ou seja, é tudo que há na frase que não é o sujeito. Observe os exemplos:
4 Predicado Verbal O predicado verbal possui obrigatoriamente um verbo, o qual é o núcleo do predicado. O verbo é núcleo do predicado quando é nocional, ou seja, que demonstra uma ação. Os alunos estudam todos os dias para o concurso. Observe na frase que o verbo estudam evidencia uma ação: o ato de estudar, e diz respeito ao sujeito os alunos ao mesmo tempo em que é complementado pelo restante do predicado todos os dias para o concurso. Porém, como o núcleo do predicado é o verbo estudam, chamamos o predicado de verbal. Predicado Nominal No predicado nominal o núcleo do predicado é um nome, o qual exerce a função de predicativo do sujeito. Predicativo do sujeito é um termo que dá significado, atributo, característica ao sujeito ou, ainda, exprime seu estado ou modo de ser. O predicativo é conectado ao sujeito sempre através de um verbo de ligação. Ela está cansada. Observe na oração que cansada é um atributo dado ao sujeito Ela. O sujeito Ela e o predicado nominal cansada estão conectados pelo verbo de ligação está. Predicado verbo-nominal O predicado verbo-nominal possui dois núcleos: um verbo nocional, como vimos no predicado verbal, e um predicativo, que pode referir-se tanto ao sujeito quanto ao verbo. Os alunos estudaram cautelosos para o simulado. Observamos na frase que há dois núcleos: o verbo nocional (estudaram), ou seja, o sujeito praticou uma ação. No entanto, há uma característica dada ao sujeito cautelosos, que é, portanto, uma predicação, uma qualidade concedida ao sujeito, logo, é o predicativo do sujeito. Poderíamos desdobrar a última oração em duas: Complemento Nominal Termo da oração que completa o sentido de um substantivo, adjetivo ou advérbio. Sempre através de uma preposição. EXEMPLOS: O povo tinha necessidade de alimentos. Necessidade:substantivo De alimentos:complemento nominal Estou desgostoso com vocês. Desgostoso:adjetivo Com vocês:complemento nominal Ela estava consciente de tudo.
5 Consciente:adjetivo De tudo:complemento nominal Observação: Um grande número de nomes que pedem complemento nominal são substantivos abstratos derivados de verbos significativos. A queima de fogos. Queima: do verbo queimar De fogos: complemento nominal A necessidade de amor. Necessidade: do verbo necessitar De amor:complemento nominal Os pronomes oblíquos na função de complementos verbais Os pronomes oblíquos constituem uma das subdivisões pertencentes a esta classe gramatical, ora representada pelos pronomes pessoais do caso reto, caso oblíquo e de tratamento. Figurando-se entre a modalidade em questão, identificamos os seguintes pronomes: Desta feita, focalizaremos nossa atenção para o título a que se refere este artigo. A existência de dois termos nos desperta para um fato interessante complementos verbais. Ora, se falamos sobre tais, fato é que estamos nos referindo a objeto direto e indireto, logo, contextualizamo-nos à sintaxe. Mas pronomes não estão condicionados à morfologia, visto que representam as classes gramaticais? Daí concluímos que a língua nos conduz a grandes descobertas, não é mesmo? A verdade é que assim como os adjetivos exercem, sintaticamente, a função de predicativos do sujeito (qualidade), os pronomes também ocupam a posição de complementos verbais, atuando ora como objeto direto, ora como indireto. Os pronomes pessoais do caso oblíquo, representados por o, a, os, as (lo, la, los, las, no, na, nos, nas),em determinadas circunstâncias funcionam como objeto direto. Convidaram-na para a reunião na empresa. Convidaram quem? Ela. O pronome pessoal oblíquo lhe (lhes) representa o complemento de um verbo transitivo indireto, atuando, portanto, como objeto indireto. Exemplos: Concedemos-lhe um desconto especial na compra daquela mercadoria.
6 Semelhantemente ao exemplo anterior, constatamos que algo só pode ser concedido a alguém. Quanto aos demais pronomes, a referida classificação se dá, também, mediante a transitividade expressa pelo verbo. Há alguns tipos de apostos: Explicativo: usado para explicar o termo anterior: Gregório de Matos, autor do movimento barroco, é considerado o primeiro poeta brasileiro. Especificador: individualiza, coloca à parte um substantivo de sentido genérico: Cláudio Manuel da Costa nasceu nas proximidades de Mariana, situada no estado de Minas Gerais. Enumerador: sequência de termos usados para desenvolver ou especificar um termo anterior: Aposto Primeiramente, vejamos o que é aposto. Observe a frase a seguir: Manoel, português casado com minha prima, é um ótimo engenheiro. Veja que o trecho português casado com minha prima está explicando quem é o sujeito da oração Manoel. Esse trecho é o aposto da oração. Podemos concluir que o aposto é uma palavra ou expressão que explica ou que se relaciona com um termo anterior com a finalidade de esclarecer, explicar ou detalhar melhor esse termo. O aluno dever ir à escola munido de todo material escolar: borracha, lápis, caderno, cola, tesoura, apontador e régua. Resumidor: resume termos anteriores: Funcionários da limpeza, auxiliares, coordenadores, professores, todos devem comparecer à reunião. Vozes Verbais Como já é do nosso conhecimento, a classe gramatical ora denominada de verbo é aquela, dentre as demais, que mais apresenta flexões. Tais flexões referem-se a tempo, modo, pessoa, número e voz. Dando ênfase às vozes do verbo, torna-se importante ressaltar que as mesmas estão diretamente ligadas
7 à maneira como se apresenta a ação expressa pelo verbo em relação ao sujeito. Voz ativa Neste caso, o sujeito é o agente da ação verbal, ou seja, é ele quem a pratica. Observemos o exemplo: O repórter leu a notícia Sujeito agente Verbo na voz ativa Voz passiva Nela, a situação se inverte, pois o sujeito torna-se paciente, isto é, ele sofre a ação expressa pelo fato verbal. Vejamos: A notícia foi lida pelo repórter Sujeito paciente Verbo na voz passiva Podemos perceber que o agente, neste caso, foi o repórter, que praticou a ação de ler a notícia. A voz passiva apresenta-se em dois aspectos: Voz reflexiva Ocorre quando o sujeito é agente e paciente ao mesmo tempo, ou seja, ele tanto pratica quanto recebe a ação expressa pelo verbo. Conforme demonstrado a seguir: A garota penteou-se diante do espelho Sujeito agente Verbo na voz reflexiva É importante entendermos que desta forma a garota praticou a ação de pentear-se e recebeu a ação de ser penteada. Algumas modificações na ortografia brasileira Como você já sabe todo e qualquer texto que escreve mos precisa estar de acordo com a linguagem correta, também chamada de padrão, e com as normas estabelecidas pela gramática, pois nunca escrevemos da mesma maneira como falamos. Para isso, é importante conhecermos bem tudo que se refere à nossa língua materna, isto é, a Língua portuguesa. Desde o dia 1º de janeiro de 2009 houve uma mudança na ortografia. Alguns casos deixaram de existir, outros surgiram e alguns sofreram uma pequena mudança. Mas o fato não é algo assustador, pois temos até o ano de 2012 para nos adequarmos às novas regras. Mas por que esperar por todo este tempo, não é mesmo? O quanto antes ficarmos conhecendo e colocarmos em prática, melhor será o resultado. Então, conheceremos todos os casos apresentados a seguir:
8 * O nosso alfabeto, que antes era composto por 23 letras, agora possui 26, pois as letras K, W e Y se integraram a ele. Essas letras são usadas em siglas, símbolos, nomes próprios, palavras estrangeiras e aquelas que se originarem delas. Como por exemplo: Km, watts, Yuri, entre outros. * O trema não existe mais, somente em nomes próprios e palavras com a mesma origem. Como por exemplo: Müller - mülleriano Antes escrevíamos assim: cinqüenta Com a nova regra cinquenta * Os ditongos abertos (ei, oi) não são mais acentuados em palavras paroxítonas. Observe: Antes assembléia, idéia, colméia Agora assembleia, ideia, colmeia Antes heróico, paranóico, jibóia Agora heroico, paranoico, jiboia * Os verbos referentes à terceira pessoa do plural, terminados em (ee) e o hiato (oo) não são mais acentuados. Como por exemplo: outras parecidas não recebem mais. Observe: Antes pêlo, pára (verbo parar) Agora pelo, para * O hífen também não existe em alguns casos. São eles: Em palavras terminadas por uma vogal e iniciadas pelas consoantes r ou s. Neste caso, o hífen é retirado e dobra-se a consoante. Veja: Antes ante-sala, auto-retrato, antisocial, ultra-sonografia, Agora antessala, autorretrato, antissocial, ultrassonografia, Atenção! O hífen ainda permanece nos prefixos terminados pela letra r e iniciados por ela mesma: hiper-resistente super-realista inter-regional * Nas palavras em que os prefixos terminam em vogal acompanhadas por outra com a mesma vogal, acrescenta-se o hífen: Antes microondas, microônibus, antiinflamatório Agora micro-ondas, micro-ônibus, anti-inflamatório. Antes enjôo, vôo, abençôo Agora enjoo, voo, abençoo Antes crêem, lêem, vêem Agora creem, leem, veem * As palavras que recebiam o acento para diferenciarem-se de
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