Variação Lingüística, Teoria Fonológica e Difusão Lexical: Por uma fonologia Cognitiva

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1 Variação Lingüística, Teoria Fonológica e Difusão Lexical: Por uma fonologia Cognitiva Marco A de Oliveira (PUC Minas) Julho/ Os fatos do português brasileiro No português brasileiro podemos observar um contraste máximo entre as vogais orais na posição tônica, num total de sete vogais. Contudo, nas posições átonas este contraste máximo se desfaz e observamos, aí, uma flutuação fonética com relação aos traços [ATR] e [ALTO]. A situação que encontramos pode ser representada por (1) abaixo: (1) Silaba tônica Silaba pré-tônica e pós-tônica não-final Silaba pós-tônica final {a,, e, i, o, ç, u} >> {a, ~ e ~ i, i, o ~ ç ~ u, u} >> {a, i, u} Vamos considerar, aqui, o caso das vogais pretônicas, uma vez que este caso já foi amplamente discutido em vários trabalhos e sob diversas perspectivas (cf. Bisol, 1981; Viegas, 1987, 2001; Silva, 1989, Oliveira, 1991, 2006; Lee & Oliveira, 2003, 2006; Oliveira & Lee, 2006, entre outros). Conforme se pode observar em (1), as vogais médias pretônicas podem variar entre uma média aberta, uma média fechada e uma vogal alta. Considerando-se os fatos do dialeto de Belo Horizonte, podemos pensar em dois processos diferentes para dar conta desta flutuação fonética: um processo de harmonia vocálica (HV), responsável pela ocorrência de vogais médias pretônicas abertas, sob determinadas condições, e um processo de redução vocálica (RV), responsável pela ocorrência de vogais altas. Os fatos de (2), a seguir, exemplificam casos de flutuação fonética encontrados na comunidade de fala de Belo Horizonte, conforme apresentados em Oliveira (2006): (2) [e,o] HV RV boletim OK * OK boletim OK * OK dedal OK * OK moderno OK OK> OK retiro OK * OK serviço OK * OK colégio OK OK> OK legítimo OK * OK 1

2 Como se pode observar, cada uma das formas de (2) apresenta, pelo menos, duas possibilidades de pronúncia, configurando, portanto, um caso de variação. Duas das formas em (2), moderno e colégio, apresentam uma terceira possibilidade, resultante do processo de HV. Na verdade, esta é, de longe, a pronúncia mais freqüente. Nestes dois casos, assim como em outros, o processo de HV parece ser regulado pela presença de uma vogal média aberta na sílaba tônica. É exatamente este contexto que irá favorecer pronúncias como m[ ]toca, p[ ]reba, f[ ]foca, s[ ]qüela, entre outras. Mas há pelo menos dois fatos a serem considerados aí: primeiro, a presença de uma vogal média aberta na sílaba tônica não garante que todos os falantes produzam uma média aberta na sílaba pretônica; segundo, há palavras que contêm uma vogal média aberta na sílaba tônica e que nunca são pronunciadas com uma vogal pretônica aberta por nenhum falante da comunidade de fala de BH! É o caso de palavras como m[u]queca, J[u]sé, t[u]pete e b[u]neca (cf. b[ ]né), todas com RV na sílaba pretônica. Como lidar com estes fatos? Antes de tentar uma resposta para isso, vamos ao conjunto de fatos em (3) (Cf. Oliveira, 2006) (3) [e,o] RV corisco * OK coriza OK * boliche OK * bolacha * OK borracha * OK borrasca OK * folia * OK fobia OK * foguete * OK folguedo OK * felino OK * feliz * OK lombriga * OK londrino OK * mochila * OK modista OK * moeda * OK poeta OK * pomada * OK pomar OK * toalha * OK toada OK * tesoura * OK tesouro OK * tolera * OK tolice OK * vestido * OK 2

3 vestígio OK * semestre * OK semana OK * sobrinho * OK sovina OK * entre outras. O que a lista (3) nos mostra, com base nas pronúncias categóricas para estas palavras, é que é muito difícil, senão impossível, prever por regra, seja ela opcional ou probabilística, a ocorrência de RV no dialeto de BH. Aparentemente, não há variação se considerarmos as palavras, e não as vogais envolvidas. As formas não ocorrentes no dialeto de BH são compreensíveis para os falantes deste mesmo dialeto. Na verdade, as formas que não são produzidas pelos falantes de BH ocorrem em outras formas dialetais. Portanto, uma descrição do sistema vocálico do português vai ter que dar conta deste fato. A questão é: como? As tentativas (Lee & Oliveira (2003) e Lee (2005)) para explicar as alternâncias vocálicas em posição pré-tônica, baseadas apenas nas produções dos falantes, encontraram muitas dificuldades para resolver as questões de variação intra- e interdialetal. A análise apresentada pelos autores pode ser resumida assim: i) a Neutralização Vocálica na posição pré-tônica reduz o contraste entre vogais médias no PB e as diferentes realizações fonéticas entre os dialetos são explicadas pela escolha de restrição de marcação (*e/o ou * / ); ii) a Redução Vocálica é motivada pela diminuição dos contrastes nas silabas átonas; iii) a Harmonia vocálica no PB é determinada pela qualidade do traço [ATR] da vogal média da sílaba tônica. Mas, como se pode perceber a partir das listas em (2) e (3), a análise não funciona para a variação intra-dialetal, embora funcione razoavelmente bem para dar conta das diferenças inter-dialetais. De acordo com Lee (2005), as qualidades vocálicas na posição pré-tônica podem ser determinadas pelas diferentes interações entre os vários processos. No dialeto de BH, por exemplo, as vogais médias abertas são resultantes da interação entre a Harmonia Vocálica e a Neutralização Vocálica (AGREE >> * / >> IDENT(HEIGHT) >> *e/o). Mas como explicar os fatos intra-dialetais quando consideramos os fatos em (2) e (3)? Como acomodar o fato de que certas palavras exibem, categoricamente, RV, enquanto outras, não? Como explicar o fato de que a HV não atinge todas as palavras que, em princípio, seriam suscetíveis à sua aplicação? Como explicar o fato de que alguns indivíduos produzem formas resultantes da HV, enquanto outros, não? A partir das considerações feitas sobre as listas em (2) e (3) podemos ter, e temos!, entre outras, as seguintes situações (cf. Lee & Oliveira, 2006): (4) a. Falante A: [bulit i ], [d idáw], [m d nu] RV, RV,HV b. Falante B: [bolet i ], [dedáw], [m d nu] Faith, Faith, HV c. Falante C: [bulit i ], [dedáw], [m d nu] VV, Faith, HV d. Falante D: [bulit i ], [d idáw], [mud nu] RV, RV, RV 3

4 Por que a escolha do processo fonológico varia de acordo com o indivíduo e com o item lexical? E, se é isto mesmo que está acontecendo, não seríamos levados a dizer que a variação é, na verdade, muito menor do que se possa imaginar? Ou seja, se o output é, muitas vezes, categórico, i.e., não é sempre múltiplo, para falantes diferentes e itens lexicais diferentes, não seremos levados a pensar que o comportamento do indivíduo é mais homogêneo do que o comportamento da comunidade de fala? Casos como este são problemáticos para qualquer abordagem fonológica que se baseie em alguma versão da noção de opcionalidade, uma vez que outputs múltiplos, por indivíduo, ou são inexistentes ou são reduzidos. E são problemáticos também para uma análise sociolingüística tradicional, baseada em regras probabilísticas, com base no comportamento do grupo (da comunidade de fala), e que focalize os sons (e não as palavras). Neste ponto, podemos nos perguntar qual é o cenário que temos pela frente. Resumidamente, e focalizando o caso das vogais médias pretônicas, com base nos dados do dialeto de BH, temos o seguinte: 1. As vogais médias pretônicas podem aparecer em três formas fonéticas distintas, média aberta, média fechada ou alta, configurando um caso de variação; 2. A variante média aberta e a variante alta resultam, respectivamente, dos processos de HV e RV; 3. Quando as palavras individuais são focalizadas, observa-se que alguns itens léxicos apresentam variação, enquanto outros só aparecem numa das três formas possíveis; 4. Para parte do conjunto dos itens léxicos que apresentam variação, alguns falantes optam, categoricamente, por uma variante enquanto outros falantes optam, categoricamente, por outra variante. Exemplos deste tipo são dedal e boletim. O mesmo acontece com outros processos, como em bilro e melro (cf. Oliveira e Christófaro, 2001); 5. Não obstante os casos de variação, as opções lexicais e as opções individuais, essa situação não coloca nenhum problema de compreensão para a totalidade dos falantes da comunidade de fala de BH. 2- Problemas teóricos Fatos como estes que mostramos, para o dialeto de Belo Horizonte, e que certamente irão se repetir, em sua essência (mas não necessariamente em seus detalhes) para outros dialetos do português brasileiro, colocam alguns problemas interessantes para o lingüista. O primeiro deles se refere ao status fonêmico destas vogais. Que fonema temos aí? De acordo com as análises tradicionais do português brasileiro (cf. Câmara Jr., 1970, entre outros), na posição pretônica temos /e/ e /o/. Mas, como nos diz Mattoso Câmara Jr. (1970:34), na posição pretônica as oposições entre /e/ e /i/, por um lado, e entre /o/ e /u/, por outro lado, ficam prejudicadas pela tendência a harmonizar a altura da vogal pretônica com a da vogal tônica.... De fato, os dados do dialeto de Belo Horizonte dão suporte à afirmação que Mattoso Câmara Jr. faz para o dialeto carioca: 4

5 conforme vimos, ocorrem, em Belo Horizonte, formas como c[u]risco, f[u]lia, f[i]liz e v[i]stido. Por outro lado, não temos nada como *c[u]riza, *f[u]bia, *f[i]lino ou *r[i]cita. Ampliando seus comentários Mattoso Câmara Jr. nos diz que encontramos algo semelhante em hiatos com /a/ tônico, como em v[u]ar e pass[i]ar. De novo, se transpusermos esta observação para o dialeto de Belo Horizonte, vamos nos deparar com mais algumas dificuldades: em Belo Horizonte não encontramos nada como *r[i]al, *d[u]ar ou *t[u]ada, muito embora encontremos casos como t[u]alha. Casos como estes são tratados por Mattoso Câmara Jr. (p. 35) como casos de debordamento. Trata-se, na verdade, de um overlapping fonêmico e, neste caso, temos um problema, conforme veremos. Vale notar que Mattoso Câmara Jr. não trata estes casos como exemplos de neutralização (p. 35), dando para isso duas razões: (a) a oposição obliterada pode ser recuperada para fim de clareza comunicativa, e (b) a vogal média pretônica mantém-se firme em vocábulos derivados, como em servil. As duas razões dadas por Mattoso Câmara Jr. são contrariadas no dialeto de Belo Horizonte. Por exemplo, não há como recuperar a oposição em casos como p[u]rção, uma vez que p[o]rção tem outro significado e, assim, se complica a clareza comunicativa. O mesmo se pode dizer para o par f[o]gão - f[u]gão, ambos derivados de fogo mas com sentidos diferentes. Exemplos como estes podem ser multiplicados, como em b[u]linha, t[u]quinho, p[i]drinha, d[i]dal, etc. As perguntas que podemos deixar aqui, por hora, são as seguintes: temos, aqui, um caso de neutralização, ou não? temos, aqui, um caso de overlapping fonêmico, ou não? em qualquer dos casos acima, como é que o falante classifica os fones encontrados em categorias fonêmicas, ou seja, como é que ele atribui um fone a um fonema? Nosso segundo problema é mais fácil de formular e mais difícil de resolver: que modelo fonológico seria capaz de dar conta dos fatos da variação, tal como eles se apresentam? 3. Refinando os problemas Retomemos aqui as questões colocadas anteriormente, começando pela questão da neutralização. A neutralização é uma noção estruturalista, introduzida pela escola de Praga, que remete à falta de contraste fonético entre duas categorias fonêmicas em um contexto fonético específico. Um bom exemplo disso pode ser dado pela falta de contraste fonético entre /s/ e /z/ em posição de coda. Segundo Pike (1947), a neutralização de oposições se refere à (The) occurrence in some environment of a segment phonetically similar to and mutually exclusive with two other contrasting segments. (243) As palavras de Pike, numa visão clássica da neutralização, dão suporte à posição de Mattoso Câmara Jr.. Realmente, se os segmentos são mutuamente exclusivos, então não 5

6 há como recuperar um deles e fazê-lo substituir o outro. E, se isso pode ser feito no caso das realizações fonéticas para as vogais pretônicas, conforme diz Mattoso Câmara Jr., então não se trata de neutralização. A segunda situação é aquela do overlapping fonêmico. Neste caso, dois fonemas distintos são realizados pelo mesmo tipo de alofone em certas situações. Um exemplo disso pode ser dado pelo par opositivo /h/ e / /, como em murro/muro: em posição intervocálica cada um destes fonemas é representado por seu alofone apropriado, uma fricativa ou um tepe. Contudo, nas demais posições, apenas um destes alofones se realiza, como em canta[h]mos e canta[ ]em, ou ma[h] e ma[ ]es. A teoria fonológica clássica rejeitou veementemente a idéia do overlapping fonêmico, como podemos observar nesta passagem de Bloch: In short, a system in which successive occurrences of a given sound x under the same conditions must be assigned to different phonemes necessarily breaks down, because there can be nothing in the facts of pronunciation - the only data relevant to phonemic analysis - to tell us which kind of x we are dealing with in any particular utterance. (1941:81) Esta rejeição se fundamenta numa visão aristotélica das categorizações: um som não pode pertencer, ao mesmo tempo, a duas categorias diferentes! Pode-se dizer, portanto, que overlapping fonêmico seja, em última instância, um problema de classificação. Ou seja, em que categorias conceituais (i.e., fonemas enquanto conceitos, ou, dito de outra forma, enquanto contrapartidas cognitivas/mentais de categorias) os falantes classificam os fatos relativos ao overlapping fonêmico? Os fonemas foram vistos, tradicionalmente, de três maneiras diferentes: (a) como famílias de sons foneticamente semelhantes (cf. Jones 1950); (b) como construtos fonológicos definidos em termos de oposições (cf. Trubetzkoy 1939); (c) como unidades conceituais (ou psicológicas) (cf. Sapir 1933). Mais recentemente, e com base no trabalho de Lakoff (1987), vem se desenvolvendo um modelo de fonologia cognitiva, que retoma a visão do fonema como uma categoria conceitual, psicológica, que se manifesta através de sons foneticamente diferentes que os falantes classificam como membros desta mesma categoria. Se considerarmos que estes sons diferentes podem ser muito diferentes entre si, fica claro que algumas teorias de categorização não serão de muita utilidade aqui. A visão clássica de categorização, que prevê que um conceito estocado na memória seja um resumo abstrato de traços definidores, presentes em todos os itens classificáveis como membros desta categoria, ou conceito, como se prevê numa visão como a de Trubetzkoy, ou a de Bloomfield, inviabiliza, por exemplo, os casos de overlapping fonêmico. Quais seriam os traços definidores comuns a [h] e [ ]? Embora a visão clássica de categorização tenha sido consideravelmente atenuada por propostas alternativas, como o modelo probabilístico, o modelo de exemplares e o modelo misto (probabilístico-exemplar), ainda assim vários problemas permanecem: como explicar os efeitos contextuais? Como prever possíveis restrições com relação aos traços e às categorias? A tentativa de se resolver estes problemas deu origem ao modelo theory-based de estruturas conceituais e categorizações (cf. Rosch 1999). Teorias são entendidas como conjuntos de crenças que as pessoas têm com relação às inter-relações e conexões 6

7 causais entre os traços de um conceito e entre os próprios conceitos. Ou, como sugerem Murphy & Medin (1985), teorias são um conjunto de explicações mentais, e não uma explicação científica completa e organizada. O termo teoria, no sentido que aqui se dá, foi substituído, em vários trabalhos, por termos como conhecimento prévio, teorias intuitivas, mini-teorias, entre outros. Uma das vantagens deste modelo é a de não considerar os conceitos como unidades de conhecimento independentes; os conceitos são interconectados uns com os outros em estruturas de conhecimento complexas, do mesmo modo que os traços se interconectam uns com os outros dentro de um conceito. Outra vantagem - e esta nos interessa mais de perto - é que este modelo descarta a noção de semelhança como explicação geral e única para a coerência conceitual. A coerência pode ser alcançada na ausência de qualquer fonte de semelhança óbvia entre conceitos. Portanto, os determinantes da estrutura conceitual, sejam eles baseados na semelhança ou no conhecimento, não são mutuamente exclusivos, mas necessários para se entender a estrutura das categorias e a coerência conceitual. 4- De volta às vogais médias pretônicas do português brasileiro As vogais médias pretônicas do português brasileiro configuram um caso interessante de overlapping fonêmico. Na posição pretônica não encontramos oposição distintiva entre vogais altas, médias fechadas e médias abertas. Encontramos, contudo, alofones relacionados a três fonemas diferentes, configurando um caso de overlapping fonêmico. Exemplos disso podem ser vistos em (5) e (6) (5)- r[ ]cibo - r[e]cibo - r[i]cibo (6)- c[ ]légio - c[o]légio - c[u]légio Por outro lado, temos também, a depender do dialeto, restrições diferenciadas quanto à ocorrência de alguns alofones nesta posição, como em (7) e (8), para o dialeto de Belo Horizonte: (7)- *f[ ]liz - f[e]liz - f[i]liz (8)- *d[ ]ença - d[o]ença - d[u]ença Agora, sim, temos um problema sério a ser enfrentado: se os falantes do português não falam do mesmo modo, nem inter-dialetalmente e nem intra-dialetalmente, como é que eles se entendem? Ou, dito de outra forma: como é que o plano do conteúdo pode ser garantido se o plano da expressão se apresenta de modo tão diversificado? Como é que os falantes diferenciam s[ ]co, s[o]co e s[u]co, mas não fazem distinção entre c[ ]légio - c[o]légio e c[u]légio? Há várias maneiras de se lidar com esta questão. Uma maneira de se fazer isso seria através do estabelecimento de uma relação biunívoca entre conteúdo e expressão, ou seja, seria dizer que a expressão só pode se dar na forma x (e as formas y, z e w serão consideradas aberrações, desvios, erros, ou qualquer outra coisa). É basicamente isso que fazem alguns gramáticos prescritivistas/normativistas, que estabelecem uma única forma para a expressão. Esta é uma visão muito curiosa pois 7

8 não qualifica ninguém como falante de uma língua (já que ninguém fala o tempo todo na forma prescrita). Talvez seja uma solução interessante para as línguas mortas, mas não tem nada a ver com as línguas vivas. Outra solução seria a de dizer que é sempre possível estabelecer uma relação biunívoca entre conteúdo e expressão para os vários dialetos de uma língua. Essa solução, embora menos ruim que a anterior, também não se qualifica, pela inexistência pura e simples de dialetos homogêneos. Na verdade, ela só desloca a solução de um sistema superordenado (a língua) para um (ou mais) sistema(s) subordinado(s) (os dialetos). Uma terceira solução (na verdade, a mais utilizada pela lingüística moderna) consiste em se lidar com sistemas abstratos (langue/competence) e se deixar de lado os dados reais (parole/performance). Em fonologia, contudo, o problema parece ser mais complexo. Toda análise fonológica deve conter pelo menos três partes: (1) o estabelecimento dos primitivos ou categorias (fonemas ou traços, conforme a teoria que se adote), (2) uma fonotática e, (3) o estabelecimento das regras de alofonia. Essa terceira parte é que é, justamente, a que coloca problemas: as regras de alofonia são, em última instância, regras de pronúncia. Ou seja, querendo ou não, vamos ter que dar atenção aos fatos fonéticos, já que os falantes insistem em falar de modo diferente e, aparentemente, não têm nenhum problema com isso! Dito de outra forma, temos que dar conta do seguinte fato: os falantes classificam fones diferentes numa mesma categoria fonêmica! Conforme já vimos, a análise fonológica, no estruturalismo, continha um dispositivo pouco recomendável e incômodo, as variantes livres. A tentativa de se minimizar as variantes livres, através da idéia da mistura de dialetos homogêneos, não se sustentava porque nenhum dialeto era homogêneo. No modelo gerativo clássico os casos de variação foram tratados através de regras opcionais (complementadas por recursos como as exception rules e as minor rules ). O léxico acabou servindo de sustentação para tudo aquilo que não se podia resolver no componente fonológico (e acabou se transformando numa espécie de lata de lixo). Os modelos pós-chomsky&halle (1968), por sua vez, ou se concentraram, corretamente, nas abordagens não-lineares, ou removeram do léxico o lixo que a fonologia havia deixado lá. É este o caso da Fonologia Lexical que, simplesmente, deslocou as idiossincrasias lexicais para níveis diferentes, num modelo em que a fonologia e a morfologia interagiam em paralelo. O modelo é interessante e tem muitos méritos, sem dúvida, mas padece de um problema: ele contempla apenas a produção (assim como os demais modelos fonológicos recentes). Mas ao contemplar a produção, e apenas ela, há um outro problema mais grave: ele não corresponde sempre à produção efetivamente verificada, exatamente por causa dos fatos da variação lingüística. Em resumo, os modelos fonológicos continuam tendo problemas com a variação lingüística (v. Oliveira & Lee, 2006, para detalhes) 5. Uma proposta de análise Em Lee & Oliveira (2006) propusemos, com base em fatos da variação lingüística, que dois tipos de representação seriam necessários, um para a compreensão e outro para a 8

9 produção. Em Oliveira (2006) foi proposto que apenas um nível de representação seria necessário para se lidar com estes mesmos fatos. Hauser, Chomsky & Fitch (2002) discutem, num texto bastante elaborado, o conceito de faculdade de linguagem. Neste texto os três autores fazem uma distinção clara entre os sentidos largo e estreito de faculdade de linguagem. Em seu sentido largo, a faculdade de linguagem inclui 3 sistemas: (a) um sistema computacional interno (ou faculdade de linguagem no sentido estreito), (b) um sistema sensório-motor, e (c) um sistema conceitual-intensional. O primeiro deles, ou faculdade de linguagem no sentido estreito, é um sistema computacional lingüístico abstrato que interage com os outros dois. Segundo os autores, este sistema computacional gera representações internas e as mapeia na interface sensório-motora através do componente fonológico, e na interface conceitual-intensional através do sistema semântico (formal)... (p. 1571) Ou seja, é ele, o sistema computacional, que gerencia o emparelhamento entre som e sentido. Num outro ponto do texto (p. 1574), ao comentarem a produção e a percepção da fala, os autores dizem que os seres humanos, assim como outras espécies, mostram uma grande habilidade para fazer discriminações entre sons vocais e para fazer generalizações sobre esses sons. As pesquisas realizadas até agora mostram, nas palavras dos autores, evidências não apenas para a percepção categórica, como também para uma habilidade de discriminar entre exemplares prototípicos de fonemas diferentes (1574). Podemos pensar, por exemplo, que nosso sistema sensório-motor contenha princípios que sejam determinados pela sua própria natureza. Um princípio deste tipo, para o caso das vogais, poderia ser, por exemplo, (9)- Em posição átona, discrimine apenas [BAIXO] e [POSTERIOR]. Num texto de Jakobson & Halle (1956/1967) é exatamente isso o que se prevê quando os autores falam da cisão do triângulo primário em dois triângulos secundários, o consonantal e o vocálico. No triângulo vocálico a distinção feita é entre /a/, /i/ e /u/. Este é o padrão vocálico encontrado no árabe clássico, em alguns dialetos do árabe moderno, e no esquimó. E são exatamente esses os fonemas que encontramos, no russo, nas sílabas átonas. Também, de acordo com Keshavarz (1996), a primeira oposição vocálica que uma criança falante do inglês adquiriu foi entre /a/ e /i/ e, em seguida, entre /a/, /i/ e /u/. Portanto, parece haver uma hierarquia na aquisição destes contrastes vocálicos (cf. Lee (2008)). Um princípio como o de (9) nos informa, simplesmente, que em posição átona é mais custoso manter-se a distinção entre vogais altas e vogais médias, ou entre vogais médias fechadas e vogais médias abertas. Isso não significa que estas vogais não possam ocorrer, foneticamente, nesta posição; significa, apenas, que seja mais difícil sustentar, aí, o seu status fonêmico. O que estamos chamando, aqui, de princípio seria 9

10 considerado como uma característica do sistema sensório motor e, portanto, um princípio da percepção, biologicamente controlado. Além disso ele daria sustentação àquilo que Stampe (1979) chamou, para os fatos da produção, de processos fonológicos. Para Stampe, um processo fonológico é...uma operação mental que se aplica na fala para substituir uma classe de sons, ou uma seqüência de sons, que apresente uma dificuldade comum específica para a capacidade de fala de um indivíduo, por uma classe alternativa que seja idêntica, mas que não contenha esta dificuldade (1979:1) É bom observar que, neste caso, precisamos reconhecer os fonemas como categorias cognitivas/mentais, psicologicamente reais, como sons, e não como listas subespecificadas de traços. Note-se, também, que a distinção, em posição átona, entre vogais altas e vogais médias, todas elas [-BAIXO], estão fora de uma discriminação possível pelo sistema sensório-motor. Distinguimos, aí, os sons [+BAIXO] (i.e., /a/) dos [-BAIXO] (i.e., /i/,/e/,/ /,/u/,/o/,/ /) e, em seguida, discriminamos entre estes últimos, os [+POSTERIOR] (i.e., /u/,/o/,/ /) dos [-POSTERIOR] (i.e., /i/,/e/,/ /), mas nenhuma discriminação é feita entre os membros do conjunto [αposterior]. Mas, o que é que um princípio como (9) nos garante? Garante que sejamos capazes de entender, como sendo a mesma coisa, formas fonéticas diferentes como c[ ]légio - c[o]légio e c[u]légio, bloqueando, ao mesmo tempo, possibilidades como *c[a]légio ou *c[i]légio. Ou seja, um princípio deste tipo, para o caso em foco, nos garante que formas fonéticas diferentes sejam associadas a uma mesma categoria (ou fonema). De fato, se recorremos a Sapir (1933), podemos ver como isso funciona: em sua análise do Paiute do Sul, Sapir recorreu a um informante nativo, Tony, pedindo a ele que dividisse em sílabas e pronunciasse cada sílaba da palavra [paβa]. Para surpresa de Sapir o informante pronunciou as duas sílabas do mesmo modo, assim: [pa]; (pausa); [pa]! Num outro experimento, com um falante da língua Sarcee, Sapir se surpreendeu novamente: duas palavras diferentes, uma significando este aqui e outra significando faz barulho, mas que tinham a mesma pronúncia (no entendimento de Sapir, é claro),[di ni ], foram consideradas pelo informante como muito diferentes. Segundo o informante, na palavra faz barulho, havia um [t] final. Fatos como estes nos mostram que não há uma correspondência biunívoca entre percepção e produção e que, além disso, os falantes não ouvem diferenças alofônicas em seu próprio dialeto (mas ouvem, sim, diferenças alofônicas interdialetais). O mesmo fato foi demonstrado por Labov, Yaeger & Steiner (1972). Dadas essas considerações, temos duas questões a serem respondidas: (a)- como é que vamos lidar com o overlapping fonêmico? (b)- Como é que podemos acomodar os fatos da variação? Conforme vimos, os falantes lidam, sem problemas, com a classificação de fones diferentes numa mesma categoria (ou fonema). Uma proposta interessante, que pode ser utilizada aqui, é aquela fornecida por Lakoff (1987), com relação às categorias radiais. Em seu estudo da categoria mother, Lakoff nos diz (p. 91) que ela se estrutura radialmente com relação às suas subcategorias. Há uma subcategoria central, definida por modelos cognitivos convergentes (dar à luz, amamentar, etc.) e, além dela, há 10

11 também extensões, definidas como variantes da subcategoria central (p. ex., mãe adotiva). Estas extensões se dão por convenção, e devem ser aprendidas uma a uma. Se trouxermos este modelo radial para a fonologia teremos o seguinte: em posição pretônica o fonema /e/ irá apresentar um elemento central, ou prototípico, representado pelo alofone [e]. Além deste alofone vamos encontrar, também, como decorrentes do princípio esboçado em (9), outros alofones, como [i], [ ], [ ], ou algum outro. O mesmo vale para /o/. Assim, para o caso de /e/ em posição pretônica, temos algo como (10) /e/ [e] Protótipo [ ] [i] [ ] Extensões Se considerarmos que o fonema /i/, nesta mesma posição, tem como alofone prototípico [i], e como possível extensão um [ ], podemos perceber que estaremos diante de um caso de overlapping fonêmico, conforme representado em (11) (11) /e/ [e] Protótipo [ ] [i] [ ] Extensões [ ] Extensão [i] Protótipo /i/ 11

12 Nossa pergunta, agora, é a seguinte: como é que os falantes classificam, numa ou noutra categoria (ou fonemas), os alofones [i] e [ ] (e o mesmo vale para [ ])? Se pensarmos nos sons, isoladamente, estaremos em maus lençóis, pois não há nenhuma pista para que uma decisão seja tomada. Mas se pensarmos nas palavras, a solução para o impasse é transparente: conforme podemos ver, em casos como estes há sempre a possibilidade de se fazer a diferença em termos dos protótipos. Fones como [e], ou [o], simplesmente não cabem em palavras como piada, sinuca, buraco ou tucano! Voltemos nossa atenção, agora, para a questão da produção. Neste caso a situação é um pouco mais complexa e seria interessante distinguir alguns dos vários aspectos da questão. Primeiro, estamos admitindo que qualquer vogal média pretônica possa apresentar três variantes. Embora no dialeto de BH não ocorra uma forma como p[u]der (o que temos é p[o]der), ela ocorre em algumas variedades do português do nordeste do Brasil. A mesma observação vale para formas como m[ ]rango, b[ ]lacha, c[ ]zinha, p[u]mar, s[u]vina, m[u]dista, t[u]mada, entre outras. Segundo, por que nem todas as possibilidades ocorrem num dado dialeto? Aqui a coisa é mais complexa e nos obriga a tomar um novo rumo na maneira de lidar com a variação sonora. Basicamente, a proposta é a seguinte: devemos situar a variação sonora nos itens lexicais. Em outras palavras, estamos assumindo o modelo da difusão lexical e propondo que dialetos diferentes propagam os processos sonoros de maneira diferenciada pelo léxico. A propósito, Burzio (2005), propõe que o léxico, a morfologia e a fonologia operam em paralelo, sem nenhum nível de interface. E mais: Burzio argumenta, de modo convincente, que há fenômenos de variação fonológica que são lexicalmente controlados. Terceiro, por que falantes diferentes, de um mesmo dialeto, não apresentam a mesma forma fonética para todos os itens lexicais compartilhados? Nossa hipótese é a seguinte: a montagem da forma fonética do léxico é individual, muito embora os mecanismos acionados sejam os mesmos. É evidente que os falantes de um mesmo dialeto apresentarão mais semelhanças do que diferenças entre si. Afinal todos eles desfrutarão de um mesmo contexto social no seu desenvolvimento da linguagem. E é evidente, também, que as diferenças irão crescer quando falantes de dialetos diferentes são comparados. Quarto, por que um mesmo falante apresenta, às vezes, mais de uma pronúncia para um mesmo item léxico? Consideramos essa questão a mais complexa de todas, embora o fato em si seja indiscutível: a variação intra-individual existe e não pode ser ignorada. E é exatamente nestes casos que uma metodologia nos moldes labovianos é indispensável. Mas, ao mesmo tempo, consideramos esta situação como sendo marcada. A razão é a seguinte: Num corpus constituído entre 2005 e 2006, examinamos a fala de 12 informantes do estrato social mais baixo de BH. Considerando apenas os dados que ofereciam condições ótimas de audibilidade, cruzamos todos os itens lexicais que nos interessavam com os informantes, de tal forma a saber, exatamente, quem havia pronunciado qual palavra e de que modo. No caso da variável (e), lidamos com

13 ocorrências, das quais 262 não apresentavam alçamento, 447 apresentavam alçamento e 75 delas apareciam ora com alçamento, ora com uma vogal média fechada. Os 75 casos que apresentavam ou vogal alta, ou vogal média fechada se referiam a 13 itens léxicos diferentes. Dentre esses 13 itens, apenas 4 apresentavam variação intra-individual, ou seja, os outros 9 tinham a pronúncia resolvida individualmente, seja em termos de alçamento, seja em termos de uma média fechada. Os 4 itens em questão foram: embaixo, emprego, melhorou e serviço. A forma embaixo ocorreu 12 vezes, na fala de 6 informantes. Destes 6, dois se decidiram pelo alçamento (3 tokens), dois pela vogal média (3 tokens) e apenas dois informantes apresentaram variação: o primeiro com 1 caso de alçamento e 1 de vogal média, e o segundo com 3 casos de alçamento e um de vogal média! A mesma coisa se repete em emprego, com 1 informante apresentando 1 forma alçada e outra não, enquanto outro informante apresentou 6 formas alçadas e 2 não; com a forma melhorou, com 1 informante apresentando 1 forma alçada e a outra não; e com a forma serviço, com 1 informante apresentando uma forma alçada e a outra não. Feitas as contas, temos 20 casos ( ) em 784, que evidenciam variação intra-individual, algo em torno de 2.5%! No caso da variável (o) o fato se repete: os 502 casos examinados apresentam 198 ocorrências sem alçamento, 283 com alçamento e 21 com variação. Estes 21 tokens envolvem 12 palavras. Entre essas 12, apenas duas, comigo e conheço, apresentam variação intra-individual, na fala de dois informantes, ambas com 1 caso de alçamento e 1 caso de vogal média fechada. Aqui a situação é mais contundente ainda, pois temos apenas 4 casos de variação intra-individual num total de 502 tokens, algo em torno de 0.8 %! Feitas as contas, fica claro, parece, que a variação intra-individual seja o caso menos esperado de todos, pelo menos para esse fenômeno envolvendo as vogais médias do PB. Temos, então, a seguinte situação: os falantes do português são capazes de lidar com fatos da variação lingüística, inclusive aqueles que implicam em overlapping fonêmico, sem se confundirem. Ao mesmo tempo estes falantes optam, com pouquíssimas exceções, por pronúncias categóricas para as variantes de uma variável. Basta observarmos a inserção das variáveis em palavras específicas. Além disso, sugerimos que qualquer tentativa de se lidar com estes casos de variação, levando-se em conta apenas os sons envolvidos, encontraria enormes dificuldades factuais. Voltamos, então, à sugestão já feita em outra ocasião (cf. Oliveira, 2006): este caso de variação, e provavelmente todos os outros, deve ser (a)- resultante da própria arquitetura do sistema lingüístico, ou língua-i, através de princípios ativos em nosso sistema sensório-motor; (b)- implementado através do par {indivíduo-item léxico} em termos de língua-e. Em outras palavras, estamos dizendo que a variação lingüística é uma propriedade da língua-i, um derivado do sistema sensório-motor, da nossa habilidade para fazer discriminações e generalizações com relação aos sons vocais. No caso aqui considerado, se os falantes são capazes de lidar com o fato de que estas variáveis podem ser realizadas por variantes que podem levar ao overlapping fonêmico, então precisamos dar conta do fato de que, mesmo em situação de overlapping, eles são capazes de atribuir, corretamente, os alofones encontrados às categorias apropriadas. Ou seja, eles, os falantes, não têm problemas de classificação. São os lingüistas que têm esses problemas. Isto posto podemos afirmar o seguinte: 13

14 1- Nenhuma língua tem como impedir a ocorrência da variação lingüística, uma vez que ela é inerente à faculdade de linguagem; 2- Uma vez manifestada, a variação tende a ser resolvida, e há várias maneiras que levam a esta resolução: (a) eliminação de uma das variantes pela outra; (b) acomodação das variantes em termos contextuais (o melhor exemplo disso é o caso da centralização dos ditongos (ay) e (aw) em Martha s Vineyard); (c) especialização semântica (como em p[o]rção e p[u]rção); ou (d) especialização lexical; 3- Essas resoluções são controladas socialmente (casos a, b e c) e individualmente (caso d). Exemplificando: no caso das vogais pretônicas, para o dialeto de Belo Horizonte, temos o seguinte: Os falantes admitem uma forma média aberta, uma média fechada e uma alta como realizações de uma mesma categoria. Isso vale para qualquer falante do português, se admitimos um princípio como (9), que diz que nessa posição os traços [BAIXO] e [POSTERIOR] São os únicos que são discriminados. Até aí temos a possibilidade de variação determinada pela língua-i; Socialmente, ou coletivamente, as médias abertas sofrem considerável restrição, sendo licenciadas apenas na presença de uma vogal tônica aberta na mesma palavra e, mesmo assim, com restrições lexicais. Um caminho oposto é escolhido por outros dialetos do português brasileiro; Já as médias fechadas e as altas são distribuídas lexicalmente e individualmente. Ou seja, indivíduos diferentes constituem a forma fonética de seu léxico de forma diferenciada com relação às vogais médias pretônicas. Deste modo, resolve-se o overlapping fonêmico sem nenhum problema. Na verdade, não há overlapping (a menos que queiramos fazer lingüística sem levar os falantes em conta...) A variação se reduz, portanto, a um mínimo. Bibliografia BISOL, Leda Harmonização vocálica: uma regra variável. Tese (Doutorado em Lingüística). Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro. BLOCH, B Phonemic overlapping. American Speech 16, BURZIO, L Lexicon and grammar: unequal but inseparable. CÂMARA Jr., J. M Estrutura da língua portuguesa. Petrópolis: Editora Vozes. 14

15 CHOMSKY, N. and M. Halle The sound pattern of English. New York: Harper & Row. HAUSER, M. D., N. CHOMKY & W. T. FITCH The faculty of language: what is it, who has it, and how did it evolve?. Science, vol. 298, JAKOBSON, R. & M. HALLE. [1956/1967]. A fonologia em relação à fonética. In, JAKOBSON, r. Fonema e Fonologia: Ensaios. Rio de Janeiro: Livraria Acadêmica, p JONES, D The phoneme, its nature and use. Cambridge: W. Heffer & Sons, Ltd. KESHAVARZ, Mohammad H Phonological development of a bilingual child during early meaningful speech period. The Journal of Humanities. LABOV, W., M. YEAGER & R. STEINER A quantitative study of sound change in progress. Philadelphia: US Regional Survey. LAKOFF, G Women, fire and dangerous things: What categories reveal about the mind. Chicago: University of Chicago Press. LEE, S.-H. (2005) Sobre as vogais pré-tônicas no Português Brasileiro.Texto apresentado no 53o Seminário do GEL. UNESP-São Carlos. LEE, S.-H. & OLIVEIRA, M. A. (2003) Variação Inter- e Intra-Dialetal no Português Brasileiro: Um Problema para a Teoria Fonológica. In: OLIVEIRA, Dermeval da Hora; COLLISCHONN, Gisela. (Org.). Teoria Lingüística: fonologia e outros temas. João Pessoa. p LEE, S.-H. & OLIVEIRA, M.A Phonological theory and language variation in BP mid vowels. Proceedings of the Seoul International Conference on Linguistics. Seoul, Korea MURPHY, GREGORY L. & DOUGLAS L. MEDIN The role of theories in conceptual coherence. Psychological Review 92, OLIVEIRA, M. A The neogrammarian controversy revisited. International Journal of the Sociology of Language, 89. Berlin, OLIVEIRA, M. A Variação lingüística e problemas para uma teoria fonológica. ANPOL. São Paulo. 15

16 OLIVEIRA, M. A. & S-H. LEE Teoria fonológica e variação lingüística. Estudos da Língua(gem), n. 3, OLIVEIRA, M. A. & T. CRISTÓFARO-SILVA. Variação do r pós-consonantal no português brasileiro: um caso de mudança fonotática ativada por cisão primária. Porto Alegre: Letras de Hoje, v. 37, nº 1, pp , PIKE, KENNETH L Phonemics: A technique for reducing languages to writing. Ann Arbor: University of Michigan Press. ROSH, E Reclaiming concepts. The Journal of Consciousness Studies, 6, No , SAPIR, E. (1933/1981): A realidade psicológica dos fonemas. In, Dascal, M. (org.), Fundamentos Metodológicos da Lingüística - Vol. II: Fonologia e Sintaxe. Campinas, 1981, pp SILVA, Myrian Barbosa As pretônicas no falar baiano: a variedade culta de Salvador. Tese (Doutorado em Língua Portuguesa) - Faculdade de Letras, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. STAMPE, D A dissertation on natural phonology. New York: Garland Press. TROUBETZKOY, N [1969]. Principles of phonology. Berkeley, Los Angeles: University of Califórnia Press VIEGAS, MARIA DO CARMO. Alçamento das vogais médias pretônicas: uma abordagem sociolingüística Dissertação (Mestrado em Letras). Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte.. O alçamento de vogais médias pretônicas e os itens lexicais Tese (Doutorado em Letras). Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte. 16

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