O DECLÍNIO E A QUEDA DA MORALIDADE

Transcrição

1 O BEZERRO DE OURO Êxodo Lições sobre o pecado do povo de Deus Êxodo O povo, ao ver que Moisés demorava a descer do monte, juntou-se ao redor de Arão e lhe disse: Venha, faça para nós deuses que nos conduzam, pois a esse Moisés, o homem que nos tirou do Egito, não sabemos o que lhe aconteceu. 2 Respondeu-lhes Arão: Tirem os brincos de ouro de suas mulheres, de seus filhos e de suas filhas e tragam-nos a mim. 3 Todos tiraram os seus brincos de ouro e os levaram a Arão. 4 Ele os recebeu e os fundiu, transformando tudo num ídolo, que modelou com uma ferramenta própria, dando-lhe a forma de um bezerro. Então disseram: Eis aí os seus deuses, ó Israel, que tiraram vocês do Egito! 5 Vendo isso, Arão edificou um altar diante do bezerro e anunciou: Amanhã haverá uma festa dedicada ao Senhor. 6 Na manhã seguinte, ofereceram holocaustos e sacrifícios de comunhão. O povo se assentou para comer e beber, e levantou-se para se entregar à farra. O DECLÍNIO E A QUEDA DA MORALIDADE Há alguns meses, em rede nacional, foi apresentada a entrevista de um réu que tinha diante de si provas irrefutáveis de seu crime e, por causa delas, já havia sido condenado pelo Supremo Tribunal Federal. Adivinha? Ele afirmava veementemente a sua inocência! Após a matéria, o âncora do Jornal da Band, Ricardo Boechat, comentou: Será que esse indivíduo consegue colocar a cabeça no travesseiro e dormir de consciência tranquila? Eu, então, pensei comigo mesmo: Dorme sim, e dorme bem! Ele não tem mais consciência. Eu te pergunto, seja honesto: Será mesmo que as pessoas ainda ficam com a consciência pesada? Gente, parece que não! Pelo menos não a maioria. Você fica de consciência pesada? A sua consciência ainda te acusa após uma atitude errada ou depois de uma palavra infeliz? Quem ainda possui um pouco de consciência fica de consciência pesada e, quando se pega olhando ao redor, acaba se perguntando: Existe mesmo certo e errado? Existe moralidade? O que vem a ser imoralidade? Consciência pesada, o que é consciência pesada? As pessoas ainda têm consciência?. -! - 1

2 Temos assistido ao declínio e à queda da moralidade. Houve um tempo em que nós poderíamos descrever a nossa sociedade como sendo imoral. Não podemos mais! Hoje ela é amoral, o que é irremediavelmente pior. Uma sociedade imoral ainda pode recorrer à moral que certos indivíduos, grupos ou segmentos violam. Imoral é a pessoal ou a sociedade contrária à moral. Numa sociedade imoral, esconde-se a imoralidade, envergonha-se dela, há aonde recorrer - à moral para onde o senso moral aponta. Uma sociedade amoral não tem aonde recorrer, não existe senso moral. Amoral é a pessoa que nega a existência de princípios morais. Para ela não existe imoralidade e por isso ela rejeita a moral como princípio de vida. Numa sociedade amoral, celebra-se o que todos fazem, justifica-se e legalizase a imoralidade, não há aonde recorrer, apenas ao caos e à desordem. Vivemos numa época amoral. Estamos assistindo o declínio e a queda da moralidade. CEGOS E INSENSÍVEIS Em uma sociedade amoral, prevalecem os poderosos. O moto é o prazer e a vontade de cada indivíduo. Nesse contexto, sobressaem os mais fortes e prevalecem os desejos dos tiranos. Há, entretanto, algo que pode ser ainda pior do que o caos social em uma sociedade amoral. Estamos falando da cegueira e da insensibilidade espirituais. Não se enganem, tanto a imoralidade como a amoralidade são ruins, mas a amoralidade é um pouco pior. Ela é um degrau ainda mais abaixo no caminho da queda. Na sociedade imoral, o indivíduo tenta esconder de Deus e dos outros os seus erros e pecados. Na sociedade amoral, o mesmo indivíduo transforma Deus em um garçom ao seu dispor e vai às ruas em paradas do orgulho disso e daquilo outro, pois tudo é certo e a única coisa errada é alguém dizer que tem algo errado na minha maneira de viver e de agir. Na amoralidade crescente em que vivemos, o texto que lemos inicialmente não faz o menor sentido. Cegos e insensíveis que nos tornamos, o relato de Moisés é, no máximo, uma descrição de intolerância e desamor da parte de Deus. -! - 2

3 O BEZERRO DE OURO Êxodo Lições sobre o pecado do povo de Deus No entanto, o trecho de Êxodo que temos diante de nós é uma descrição perfeita da santidade de Deus e do pecado da humanidade (Êx 32 a 34). A menos que nos voltemos para essa realidade (Deus é santo e nós pecadores), em busca de perdão, de restauração e de santificação, não haverá a menor chance de esperança para nós, individual e socialmente. Nós precisamos, desesperadamente de uma visão de quem Deus é, de quem nós somos e de qual caminho nós devemos seguir. Hoje à noite nós estudaremos o pior de todos os incidentes entre a queda em Gênesis 3 e a crucificação de Jesus nos relatos dos Evangelhos: a história do bezerro de ouro. As lições que nós aprenderemos sobre o pecado do povo de Deus são três: A origem e o curso do pecado; A gravidade e a consequência do pecado; A exigência e a solução para o pecado. 1. A origem e o curso do pecado Desde o Éden, todo pecado nasce da nossa incredulidade, da nossa falta de fé na bondade, na sabedoria e no modo de agir de Deus. Sempre duvidamos do amor de Deus, da capacidade de Deus e do método de Deus. O que, então, fazemos? Nós pecamos. Êx 32.1 O povo, ao ver que Moisés demorava a descer do monte, juntou-se ao redor de Arão e lhe disse: Venha, faça para nós deuses que nos conduzam, pois a esse Moisés, o homem que nos tirou do Egito, não sabemos o que lhe aconteceu. Percebeu? Veja quanta incredulidade, quanta falta de fé! Deus mesmo havia chamado Moisés ao topo do monte Sinai e todos em Israel sabiam disso (Êx ). Tanto sabiam que Moisés faz questão de deixar isso claro no texto. Observe: Êx Quando o Senhor terminou de falar com Moisés no monte Sinai, deu-lhe as duas tábuas da aliança, tábuas de pedra, escritas pelo dedo de Deus O povo, ao ver que Moisés demorava a descer do monte, juntou-se ao redor de Arão e lhe disse: Venha, faça -! - 3

4 para nós deuses que nos conduzam, pois a esse Moisés, o homem que nos tirou do Egito, não sabemos o que lhe aconteceu. Gente, é muita falta de fé! É muita incredulidade! Eles não confiam no tempo de Deus Deus não tinha dito quanto tempo levaria para eles saírem do deserto e entrarem em Canaã. Ele também não tinha dito quanto tempo Moisés levaria no monte Sinai. A única coisa que eles sabiam, e deveria ser suficiente para o momento, era que Deus mesmo os tinha levado poderosa e graciosamente até aquele lugar e lá eles deveriam aguardar. Quando Deus começou a demorar demais, eles começaram a desconfiar do tempo de Deus. Agora, pense bem, o que era 40 dias no pé do Sinai, se comparado aos 400 anos de escravidão no Egito? Nada! Eles não confiavam no tempo de Deus. Eles não quiseram esperar. Eles não confiam no homem de Deus Deus mesmo tinha preparado e levantado Moisés para aquele trabalho, mas, vejam como o povo, agora, o via: Êx 32.1 O povo, ao ver que Moisés demorava a descer do monte, juntou-se ao redor de Arão e lhe disse: Venha, faça para nós deuses que nos conduzam, pois a esse Moisés, o homem que nos tirou do Egito, não sabemos o que lhe aconteceu. Nunca confiaram em Moisés! Agora, diante da demora, muito menos. Eles desconfiaram do tempo de Deus e do homem de Deus. Eles não confiam no caráter de Deus A atitude desse povo para com Arão revela o desafeto desse povo para com Deus: Êx 32.1 O povo, ao ver que Moisés demorava a descer do monte, juntou-se ao redor de Arão e lhe disse: Venha, faça para nós deuses que nos conduzam, pois a esse Moisés, o homem que nos tirou do Egito, não sabemos o que lhe aconteceu. Eles são agressivos. Eles estão com raiva. Eles estão duvidando da bondade de Deus. Eles estão tão irados que estão a ponto de agredir o auxiliar de Moisés. Eles se juntam ao redor de Arão (pressão), eles impõem a vontade deles: venha, e eles ordenam o que querem: faça. -! - 4

5 Enquanto Deus os tratou com bondade e amor, eles tratam Arão com raiva. Eles não confiam no amor de Deus por eles. Eles estão com medo e o medo os torna agressivos Descrença Então, quando a pessoa duvida do tempo de Deus, dos métodos e das pessoas de Deus e, principalmente, do caráter amoroso e bondoso de Deus, ela age pecando! Desobediência A descrença do povo fê-los agir em desobediência. Êx 32.1 O povo, ao ver que Moisés demorava a descer do monte, juntou-se ao redor de Arão e lhe disse: Venha, faça para nós deuses que nos conduzam, pois a esse Moisés, o homem que nos tirou do Egito, não sabemos o que lhe aconteceu. Deus mesmo disse que eles não deveriam fazer outros deuses diante dele nem adorá-los. Está lá nos Dez Mandamentos (Êx ). O povo havia se comprometido a obedecer Deus em tudo (Êx 19.8; 24.3; 24.7), mas, descrentes, eles desobedecem! Distorção Descrença e desobediência trazem distorção à luz: Êx Respondeu-lhes Arão: Tirem os brincos de ouro de suas mulheres, de seus filhos e de suas filhas e tragam-nos a mim. 3 Todos tiraram os seus brincos de ouro e os levaram a Arão. 4 Ele os recebeu e os fundiu, transformando tudo num ídolo, que modelou com uma ferramenta própria, dando-lhe a forma de um bezerro. Então disseram: Eis aí os seus deuses, ó Israel, que tiraram vocês do Egito! 5 Vendo isso, Arão edificou um altar diante do bezerro e anunciou: Amanhã haverá uma festa dedicada ao Senhor. 6 Na manhã seguinte, ofereceram holocaustos e sacrifícios de comunhão. O povo se assentou para comer e beber, e levantou-se para se entregar à farra. A primeira coisa que eles distorcem é a natureza da adoração. Na cabeça deles, eles ainda estão adorando a Deus, só que do jeito deles. Afinal, esse bezerro não tinha boca para dizer o que eles deveriam fazer e como eles deveriam viver. Quem não quer um ídolo assim, um deus -! 5 -

6 que só faz o que a gente quer, que não tem boca para falar o que ele quer de nós e das nossas vidas? Só que tem um problema. Esses deuses ou ídolos não têm ouvido para ouvir as nossas orações. Eles também não possuem vida para intervir em nossas vidas com auxílio e socorro. Eles estão mortos! Quando distorcemos a adoração, nós ficamos sem Deus. Sem Deus, ou entregues a um deus criado ao nosso próprio gosto, nós vamos nos tornando cada vez piores em nossas perversões: Êx Vendo isso, Arão edificou um altar diante do bezerro e anunciou: Amanhã haverá uma festa dedicada ao Senhor. 6 Na manhã seguinte, ofereceram holocaustos e sacrifícios de comunhão. O povo se assentou para comer e beber, e levantou-se para se entregar à farra. Para o povo, havia espiritualidade e havia religiosidade, tanto que eles até ofertavam do seu ouro (Êx ) e realizavam os seus cultos de adoração (Êx ). O problema é que aquela adoração, aquela religião, aquela espiritualidade distorcida os estava transformando em pessoas cada vez piores: glutões, alcoólatras e prostitutos. Quando se distorce a fé, distorce-se, naturalmente, a moral e a humanidade de toda uma sociedade. O pecado nasce da descrença, segue pela desobediência e desemboca na distorção. 2. A gravidade e a consequência do pecado A gravidade do pecado não reside apenas nas distorções que ele produz em nossas vidas e na sociedade. Essas distorções já seriam suficientes para chamar a nossa atenção, mas tem muito mais envolvido. A gravidade do pecado reside, principalmente, no que nós desprezamos no Senhor e, finalmente, na separação que ele cria entre Deus e o homem. Observe como Moisés descreve aquele incidente: Êx E perguntou a Arão: Que lhe fez esse povo para que você o levasse a tão grande pecado? Moisés chama todo o incidente do bezerro de ouro de tão grande pecado (confira também Êx ). Por que grande pecado? -! - 6

7 Grande pecado, primeiro, porque Deus é santo e não tolera o pecado Êx Depois ordenou o Senhor a Moisés: Saia deste lugar, com o povo que você tirou do Egito, e vá para a terra que prometi com juramento a Abraão, a Isaque e a Jacó, dizendo: Eu a darei a seus descendentes. 2 Mandarei à sua frente um anjo e expulsarei os cananeus, os amorreus, os hititas, os ferezeus, os heveus e os jebuseus. 3 Vão para a terra onde manam leite e mel. Mas eu não irei com vocês, pois vocês são um povo obstinado, e eu poderia destruí-los no caminho. Grande pecado, segundo, porque Deus os amava e não se trai assim o amor de Deus Os Quando Israel era menino, eu o amei, e do Egito chamei o meu filho. 2 Mas, quanto mais eu o chamava, mais eles se afastavam de mim. Grande pecado, terceiro, pelo momento que eles estavam vivendo com Deus Êx Quando o Senhor terminou de falar com Moisés no monte Sinai, deu-lhe as duas tábuas da aliança, tábuas de pedra, escritas pelo dedo de Deus O povo, ao ver que Moisés demorava a descer do monte, juntou-se ao redor de Arão e lhe disse: Venha, faça para nós deuses que nos conduzam, pois a esse Moisés, o homem que nos tirou do Egito, não sabemos o que lhe aconteceu. Grande pecado, quarto, pelo que eles já tinham provado de Deus Êx E Deus falou todas estas palavras: 2 Eu sou o Senhor, o teu Deus, que te tirou do Egito, da terra da escravidão. A consequência do pecado é que, primeiro, o povo se cegou para a gravidade do pecado deles: Êx E perguntou a Arão: Que lhe fez esse povo para que você o levasse a tão grande pecado? 22 Respondeu Arão: Não te enfureças, meu senhor; tu bem sabes como esse povo é propenso para o mal. 23 Eles me disseram: Faça para nós deuses que nos conduzam, pois não sabemos o que aconteceu com esse Moisés, o homem que nos tirou do Egito. 24 Então eu lhes disse: Quem tiver enfeites de ouro, traga-os para mim. O povo trouxe-me o ouro, eu o joguei no fogo e surgiu esse bezerro! 25 Moisés viu que o povo estava desenfreado e que Arão o tinha deixado fora de controle, tendo se tornado objeto de riso para os seus inimigos. A culpa é do povo! Não há explicação para o que eu fiz! Não sei como aconteceu! O pecado nos cega, nos faz fugir de controle e nos torna ridículos. -! 7 -

8 Porém, a principal consequência do pecado é que ele atrai sobre nós a ira de Deus e nos afasta de sua doce comunhão! A ira de Deus Deus puniu, justamente, todos aqueles que se recusaram a se arrepender (Êx , 26-29). A descrição é forte, pois o pecado cometido contra a glória de Deus é indescritivelmente grande. Êx Declarou-lhes também: Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: Pegue cada um sua espada, percorra o acampamento, de tenda em tenda, e mate o seu irmão, o seu amigo e o seu vizinho. 28 Fizeram os levitas conforme Moisés ordenou, e naquele dia morreram cerca de três mil dentre o povo. Não nos deve espantar a natureza dessa punição, mas a chance que Deus deu, não matando, todos os demais que se arrependeram. No final, Deus completou o seu julgamento sobre os que resistiam no pecado: Êx Respondeu o Senhor a Moisés: Riscarei do meu livro todo aquele que pecar contra mim. 34 Agora vá, guie o povo ao lugar de que lhe falei, e meu anjo irá à sua frente. Todavia, quando chegar a hora de puni-los, eu os punirei pelos pecados deles. 35 E o Senhor feriu o povo com uma praga porque quiseram que Arão fizesse o bezerro. A separação de Deus Além da ira de Deus, a consequência mais sentida pelo povo é a separação temporária de Deus da presença de Israel. Êx Moisés costumava montar uma tenda do lado de fora do acampamento; ele a chamava Tenda do Encontro. Quem quisesse consultar o Senhor ia à tenda, fora do acampamento. 8 Sempre que Moisés ia até lá, todo o povo se levantava e ficava em pé à entrada de suas tendas, observando-o, até que ele entrasse na tenda. Essa Tenda do Encontro do lado de fora do acampamento e a exigência de que o povo ficasse de longe, só observando, era a forma de Deus dizer que o pecado nos separa de sua comunhão. Porém, todos quantos quiserem se aproximar, quebrantados, receberão do Senhor o perdão e serão por ele restaurados. O pecado é grave e traz consequências. -! - 8

9 3. A exigência e a solução para o pecado Vimos a origem e o curso do pecado, depois estudamos a gravidade e as consequências das nossas transgressões, finalizando, veremos a exigência e a solução para o pecado. O pecado exige um mediador, alguém que responda por nós diante de Deus. Moisés cumpriu esse papel. Ele se colocou entre Deus e o povo e intercedeu pelos pecadores. Êx Disse o Senhor a Moisés: Tenho visto que este povo é um povo obstinado. 10 Deixe-me agora, para que a minha ira se acenda contra eles, e eu os destrua. Depois farei de você uma grande nação. 11 Moisés, porém, suplicou ao Senhor, o seu Deus, clamando: Ó Senhor, por que se acenderia a tua ira contra o teu povo, que tiraste do Egito com grande poder e forte mão? 12 Por que diriam os egípcios: Foi com intenção maligna que ele os libertou, para matá-los nos montes e bani-los da face da terra? Arrepende-te do fogo da tua ira! Tem piedade, e não tragas este mal sobre o teu povo! 13 Lembra-te dos teus servos Abraão, Isaque e Israel, aos quais juraste por ti mesmo: Farei que os seus descendentes sejam numerosos como as estrelas do céu e lhes darei toda esta terra que lhes prometi, que será a sua herança para sempre. 14 E sucedeu que o Senhor arrependeu-se do mal que ameaçara trazer sobre o povo. A partir do incidente do bezerro de ouro e até a conclusão da obra do tabernáculo, a glória de Deus só era vista no rosto de Moisés: Êx , Ao descer do monte Sinai com as duas tábuas da aliança nas mãos, Moisés não sabia que o seu rosto resplandecia por ter conversado com o Senhor. 30 Quando Arão e todos os israelitas viram Moisés com o rosto resplandecente, tiveram medo de aproximar-se dele. ( ) 33 Quando acabou de falar com eles, cobriu o rosto com um véu. 34 Mas toda vez que entrava para estar na presença do Senhor e falar com ele, tirava o véu até sair. Sempre que saía e contava aos israelitas tudo o que lhe havia sido ordenado, 35 eles viam que o seu rosto resplandecia. Então, de novo Moisés cobria o rosto com o véu até entrar de novo para falar com o Senhor. O nosso Mediador é Cristo (1Tm 2.5; Hb 9.15). Ele morreu e ressuscitou por nós, ele agora vive à destra do Pai intercedendo pelas suas ovelhas (Rm 8.34) e é só no rosto dele, conforme a revelação do Evangelho, que nós podemos ver a glória de Deus (2Co 4.5-6). A mediação de Moisés e a de Cristo (para a qual a de Moisés apontava), só foram possíveis por causa da misericórdia de Deus. A -! - 9

10 solução para os nossos pecados está em Cristo por causa da graça e da bondade de Deus. Amém por essa maravilhosa mensagem. Êx Assim Moisés lavrou duas tábuas de pedra semelhantes às primeiras e subiu ao monte Sinai, logo de manhã, como o Senhor lhe havia ordenado, levando nas mãos as duas tábuas de pedra. 5 Então o Senhor desceu na nuvem, permaneceu ali com ele e proclamou o seu nome: o Senhor. 6 E passou diante de Moisés, proclamando: Senhor, Senhor, Deus compassivo e misericordioso, paciente, cheio de amor e de fidelidade, 7 que mantém o seu amor a milhares e perdoa a maldade, a rebelião e o pecado. Contudo, não deixa de punir o culpado; castiga os filhos e os netos pelo pecado de seus pais, até a terceira e a quarta gerações. 8 Imediatamente Moisés prostrou-se, rosto em terra, e o adorou, dizendo: 9 Senhor, se de fato me aceitas com agrado, que o Senhor nos acompanhe. Mesmo sendo esse um povo obstinado, perdoa a nossa maldade e o nosso pecado e faze de nós a tua herança. 10 Faço com você uma aliança, disse o Senhor. Diante de todo o seu povo farei maravilhas jamais realizadas na presença de nenhum outro povo do mundo. O povo no meio do qual você habita verá a obra maravilhosa que eu, o Senhor, farei. Graças a Deus pelo seu amor, pela sua graça e pela sua bondade estendidos a nós em Cristo Jesus. O pecado exige um mediador e, por causa da misericórdia de Deus, em Cristo nós o temos. O BEZERRO DE OURO Êxodo Lições sobre o pecado do povo de Deus Não deixe a irracionalidade nem a insensibilidade dessa geração amoral cegar e dessensibilizar você para os efeitos do pecado em sua vida. Olhe para Cristo. Clame pelo perdão. Seja salvo nesta noite. Quase no final do século XVIII, Edward Gibbon publicou uma obra que é considerada um marco no campo da história e é frequentemente considerada a primeira obra moderna de história: A história do declínio e queda do Império Romano. A obra foi publicada em seis volumes. No final do capítulo XV, o último parágrafo do primeiro volume, usando de ironia e de humor, Gibbon deixa escapar o seu ceticismo acerca do cristianismo. Conquanto seja uma tentativa de desmoralizar os fatos bíblicos, o autor revela o que de fato pode contribuir para o declínio e a queda de qualquer pessoa ou cultura. Ele diz: -! - 10

11 Mas como deveremos perdoar a negligência indiferente do mundo pagão e filosófico que foram apresentadas, não para seu julgamento mas para os seus sentidos? Durante a época de Cristo e seus apóstolos, e dos seus primeiros discípulos, a doutrina que eles professavam era confirmada por inúmeros prodígios. Os coxos caminhavam, os cegos viam, os doentes eram curados, os mortos ressuscitavam, demônios eram esconjurados e as leis da Natureza eram frequentemente suspensas em benefício da igreja. Mas os sábios de Roma e da Grécia desinteressaram-se deste horrível espetáculo e, prosseguindo as suas ocupações normais da vida e do estudo, pareciam inconscientes de quaisquer alterações na moral e no governo material do mundo. Sob o reinado de Tibério, o mundo inteiro, ou pelo menos a celebrada província do Império Romano, estava envolvido na obscuridade sobrenatural. Mesmo este evento miraculoso, que deve ter apelado à curiosidade e à devoção da humanidade, passou sem grande notícia numa época de ciência e de história. Aconteceu durante a vida de Sêneca e de Plínio o Velho, que devem ter experimentado os efeitos imediatos ou recebido a informação mais privilegiada do prodígio. Qualquer um destes filósofos recolheu detalhadamente os fenômenos da natureza, tremores de terra, cometas e eclipses que a curiosidade infatigável pode recolher. Quer um quer outro omitiram uma menção ao maior fenômeno que algum mortal testemunhou desde a criação do globo. Realmente, gerações e gerações, não só a dos romanos, desde Cristo, têm deixado passar desapercebido o maior fenômeno que algum mortal testemunhou desde a criação do globo - nascimento, vida, obra, morte e ressurreição de Jesus. A razão? O orgulho do pecado que nos faz querer viver para a nossa própria glória, celebrando as descobertas do nosso próprio entendimento. O resultado será sempre declínio e queda, queiram os homens reconhecerem este fato ou não. Quem o Senhor nos livre de nossos bezerros de ouro e nos faça olhar para Cristo. -! - 11