UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA UNEB DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS CAMPUS I PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDO DE LINGUAGENS VALTER DE CARVALHO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA UNEB DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS CAMPUS I PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDO DE LINGUAGENS VALTER DE CARVALHO"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA UNEB DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS CAMPUS I PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDO DE LINGUAGENS VALTER DE CARVALHO VOCÊ, A GENTE ET ALIA INDETERMINAM O SUJEITO EM SALVADOR Salvador 2010

2 VALTER DE CARVALHO VOCÊ, A GENTE ET ALIA INDETERMINAM O SUJEITO EM SALVADOR Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Estudo de Linguagens do Departamento de Ciências Humanas Campus I da UNEB, como requisito obrigatório para obtenção do grau de Mestre em Letras. Orientadora: Profa. Dra. Norma Lopes Coorientadora: Profa. Dra. Celina Abbade Salvador 2010

3 FICHA CATALOGRÁFICA Biblioteca Central da UNEB Bibliotecária: Jacira Almeida Mendes CRB: 5/592 Carvalho, Valter de Você, a gente et alia indeterminam o sujeito em Salvador / Valter de Carvalho. -Salvador, f. Orientadora: Norma da Silva Lopes. Dissertação (Mestrado) Universidade do Estado da Bahia. Departamento de Ciências Humanas. Campus I Contém referências. 1. Sociolinguística Salvador (BA). 2. Língua portuguesa Salvador (BA) - Variação. 3. Língua portuguesa - Português falado Salvador (BA). I. Lopes, Norma da Silva. II. Universidade do Estado da Bahia, Departamento de Ciências Humanas. CDD: 410

4 VALTER DE CARVALHO VOCÊ, A GENTE ET ALIA INDETERMINAM O SUJEITO EM SALVADOR Dissertação aprovada como requisito parcial e obrigatório para obtenção do grau de Mestre em Letras, Programa de Pós-Graduação em Estudo de Linguagens do Departamento de Ciências Humanas Campus I da Universidade do Estado da Bahia UNEB. BANCA EXAMINADORA Profa. Dra. Norma da Silva Lopes Orientadora Universidade do Estado da Bahia - UNEB Profa. Dra. Jacyra Andrade Mota Universidade Federal da Bahia - UFBA Profa. Dra. Lígia Pellon de Lima Bulhões Universidade do Estado da Bahia - UNEB Salvador, 23 de março de 2010.

5 À mainha, pelo amor incondicional, companheirismo, amizade e dedicação.

6 AGRADECIMENTOS A Deus, pela força, saúde e luz, sem as quais não conseguiria chegar até onde cheguei, vencendo todos os obstáculos. À minha mãe, Vitalina de Carvalho, que com seu amor colaborou para os propósitos de Deus em minha vida. À minha orientadora, Norma Lopes, mãe acadêmica que me gerou no seio da Sociolinguística, colega e, sobretudo, amiga. Muito obrigado pela paciência e dedicação antes e durante o mestrado. À minha coorientadora, Celina Abbade, não só por toda colaboração na produção deste trabalho, mas pela amizade, nascida em meio profissional e extrapolada para além fronteiras. Aos grandes amigos que são Lorena Nascimento e Jorge Martins, por me suportar com todo estresse durante a realização do mestrado e me apoiar em todos os momentos. Às minhas eternas amigas Ane e Taís cuja amizade foi construída na graduação, solidificada e mantida com amor ao longo de nossas vidas. A todos os meus colegas do curso de mestrado, especialmente às amigas fantásticas Fabíola, Sandra e Zoraide que compõem o Quarteto Fantástico. Os conselhos, incentivos e desabafos foram preciosos para vencer mais uma etapa. Às colegas e amigas Eliéte Oliveira e Marcela Paim, pelo grande incentivo para realização da seleção do mestrado. À Profa. Dra. Odete Menon, pelas valiosas contribuições acerca do tema deste trabalho e pela amizade que nasceu após os encontros nos eventos linguísticos. À amiga Neila Santana, que muito contribuiu para o enriquecimento desta pesquisa, não só enviando sua dissertação, mas também sugerindo algumas leituras. Às Profas. Dras. Jacyra Mota e Suzana Cardoso, que me acolheram no grande lar do Projeto Atlas Linguístico do Brasil ALiB e também como aluno especial nas disciplinas ministradas no Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística da Universidade Federal da Bahia. Muito obrigado por ensinar-me os caminhos da Dialetologia e da Sociolinguística e, principalmente, a ser um ser humano melhor a cada dia. Quod abundat non nocet. Aos professores do Programa de Pós-Graduação em Estudo de Linguagens (PPGEL) da Universidade do Estado da Bahia, pelo aprendizado acadêmico e incentivo. Aos funcionários administrativos do PPGEL, Camila e Danilo, que com presteza sempre me apoiaram em todo processo acadêmico. À Denise Silva por revisar o meu abstract com o maior carinho e atenção. À Edilza, minha diretora e amiga, que muito contribuiu para que várias etapas fossem concluídas. A todos os colegas e amigos que compartilham a vida pessoal, acadêmica e profissional nos mais diversos espaços, fazendo com que eu aprenda cada dia mais a construir um mundo melhor para mim e todos que me cercam.

7 Tentar aprisionar a língua é na verdade tentar cercear o espírito criador do ser humano. Marta Scherre

8 RESUMO A presente pesquisa investigou as principais estratégias para marcar a indeterminação do sujeito na fala urbana popular e culta de Salvador, registrando-as e descrevendo-as. Buscaram-se não só as formas consideradas canônicas pelas gramáticas tradicionais, tais como as formas verbais sem sujeito lexical expresso, o verbo na 3ª pessoa do plural (Ø+V3PP), o verbo na 3ª pessoa do singular mais o pronome se (Ø+V3PS+SE) ou ainda o verbo no infinitivo impessoal (Ø+VINF), mas também outras estratégias como você, a gente, nós, eles, eu, voz passiva sem a gente (VPSA), voz passiva sintética (VPASSINT) e as formas nominais, como, por exemplo, o cara, o sujeito, o pessoal entre outras. O trabalho foi desenvolvido de acordo com o enquadramento teórico-metodológico da Sociolinguística Variacionista, buscando identificar os contextos extralinguísticos ou sociais (gênero/sexo, escolaridade e faixa etária) e linguísticos (forma antecedente, mudança/manutenção do referente, tempo e modo verbal, tipo de verbo, preenchimento do sujeito, tipo de oração, grau de indeterminação) que justificassem os usos encontrados. Para a realização desta pesquisa, foram analisados quarenta e quatro inquéritos do tipo DID (Diálogo entre Informante e Documentador) do Programa de Estudos sobre o Português Popular Falado de Salvador (PEPP) e do Projeto de Estudo da Norma Linguística Urbana Culta de Salvador (NURC-SSA). Os dados, após sua coleta, foram submetidos à quantificação através do pacote de programa Varbrul 2S e do GoldVarb X. Os resultados mostraram que os falantes de Salvador nos diversos níveis de escolaridade fazem uso de várias estratégias para marcar a indeterminação do sujeito, principalmente das formas pronominais você e a gente, influenciadas por diversos fatores extralinguísticos e linguísticos. PALAVRAS-CHAVE: Sociolinguística. Variação linguística. Língua Portuguesa. Indeterminação do sujeito.

9 ABSTRACT The present research investigated the main strategies to mark the undetermination of the subject in urban speech popular and cultured of Salvador, registering them and describing them. The forms considered canonic for the traditional grammars, such as the verbal forms without expressed lexical subject, the verb in 3rd person of the plural (Ø+V3PP), the verb in 3rd person singular plus the pronoun se (Ø+V3PS+SE), the verb in the impersonal infinitive (Ø+VINF), but also other strategies as você, a gente, nós, eles, eu, passive voice without subject (VPSA), synthetic passive voice (VPASSINT) and the nominal forms, for example, o cara, o sujeito, o pessoal among others. The work was developed in accordance with the framing theoretician-methodological of the Variationist Sociolinguístics, having searched to identify to the extralinguistic or social contexts (gender/sex, education and age) and linguistics (antecedent form, change/maintenance of the referring one, verb tenses, verb type, fulfilling of the subject, sentence type, degree of undetermination) that they justified the uses found. For the accomplishment of this research, forty four inquiries of type DID (Dialogue between Informer and Documentor) of the Program of studies on the Popular Portuguese Speech of Salvador (PEPP) and of the Project of study of Cultured Urban Linguistic Norm of Salvador (NURC-SSA). The data, after its collection, were submitted to the quantification through the Varbrul 2S and GoldVarb X program. The results showed that the speakers of Salvador in the various levels of education make use of some strategies to mark the undetermination of the subject, mainly of the pronominal forms você and a gente, influenced for diverse extralinguistic and linguistics factors. KEY-WORDS: Sociolinguístics. Linguistics Change. Portuguese. Undetermination of the Subject.

10 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Frequência dos recursos de indeterminação levantados nos corpora. 96 Tabela 2: Frequência das estratégias classificadas em pronominais e nãopronominais. 98 Tabela 3: Aplicação das estratégias pronominais em relação à variável forma antecedente. 100 Tabela 4: Cruzamento das variáveis forma antecedente e manutenção/ mudança do referente em relação à aplicação das estratégias pronominais. 100 Tabela 5: Aplicação das estratégias pronominais em relação à variável tempo e modo verbal. 101 Tabela 6: Aplicação das estratégias pronominais em relação à variável grau de indeterminação. 102 Tabela 7: Aplicação das estratégias pronominais em relação à variável escolaridade. 103 Tabela 8: Cruzamento das variáveis sociais escolaridade, faixa etária e gênero/sexo em relação à aplicação das estratégias pronominais. 104 Tabela 9: Aplicação das estratégias pronominais em relação à variável mudança/manutenção do referente. 105 Tabela 10: Input de cada variante pronominal em análise eneária com o MVarb. 106 Tabela 11: As variantes pronominais e sua distribuição em relação à variável gênero/sexo. 107 Tabela 12: As variantes pronominais e sua distribuição em relação à variável faixa etária. 108 Tabela 13: As variantes pronominais e sua distribuição em relação à variável escolaridade. 109 Tabela 14: As variantes pronominais e sua distribuição em relação à variável tempo e modo verbal. 110 Tabela 15: As variantes pronominais e sua distribuição em relação à variável forma antecedente. 111 Tabela 16: As variantes pronominais e sua distribuição em relação à variável mudança/manutenção do referente. 112 Tabela 17: As variantes pronominais e sua distribuição em relação à variável preenchimento do sujeito. 113 Tabela 18: As variantes pronominais e sua distribuição em relação à variável tempo e modo verbal. 113 Tabela 19: As variantes pronominais e sua distribuição em relação à variável grau de indeterminação. 114 Tabela 20: As variantes pronominais e sua distribuição em relação à variável tipo de oração. 115

11 Tabela 21: Input de cada variante não-pronominal em análise eneária com o MVarb. 116 Tabela 22: As variantes não-pronominais e sua distribuição em relação à variável gênero/sexo. 117 Tabela 23: As variantes não-pronominais e sua distribuição em relação à variável faixa etária. 118 Tabela 24: As variantes não-pronominais e sua distribuição em relação à variável escolaridade. 119 Tabela 25: As variantes não-pronominais e sua distribuição em relação à variável tempo e modo verbal. 121 Tabela 26: As variantes pronominais e sua distribuição em relação à variável forma antecedente. 122 Tabela 27: As variantes não-pronominais e sua distribuição em relação à variável mudança/manutenção do referente. 123 Tabela 28: As variantes não-pronominais e sua distribuição em relação à variável grau de indeterminação. 124 Tabela 29: As variantes não-pronominais e sua distribuição em relação à variável tipo de oração. 124 Tabela 30: Aplicação da variante a gente em relação à variável forma antecedente. 127 Tabela 31: Cruzamento das variáveis forma antecedente e manutenção/ mudança do referente em relação à aplicação da variante a gente. 128 Tabela 32: Aplicação da variante a gente em relação à variável preenchimento do sujeito. 128 Tabela 33: Aplicação da variante a gente em relação à variável grau de indeterminação. 129 Tabela 34: Aplicação da variante a gente em relação à variável tempo e modo verbal. 130 Tabela 35: Aplicação da variante a gente em relação à variável escolaridade. 130 Tabela 36: Cruzamento das variáveis sociais escolaridade, faixa etária e gênero/sexo em relação à aplicação da variante a gente. 131 Tabela 37: Aplicação da variante a gente em relação à variável mudança/manutenção do referente. 132 Tabela 38: Aplicação da variante a gente em relação à variável gênero/sexo. 133 Tabela 39: Aplicação da variante a gente em relação à variável tipo de oração. 133 Tabela 40: Aplicação da variante você em relação à variável forma antecedente. 134 Tabela 41: Cruzamento das variáveis forma antecedente e manutenção/ mudança do referente em relação à aplicação da variante você. 135 Tabela 42: Aplicação da variante você em relação à variável preenchimento do sujeito. 135

12 Tabela 43: Aplicação da variante você em relação à variável grau de indeterminação. 136 Tabela 44: Aplicação da variante você em relação à variável tempo e modo verbal. 137 Tabela 45: Aplicação da variante você em relação à variável escolaridade 137 Tabela 46: Cruzamento das variáveis sociais escolaridade, faixa etária e gênero/sexo em relação à aplicação da variante você. 141 Tabela 47: Aplicação da variante você em relação à variável faixa etária. 138 Tabela 48: Aplicação da variante você em relação à variável tipo de verbo. 141 Tabela 49: Aplicação da variante você em relação à variável gênero/sexo. 142 Tabela 50: Aplicação da variante eles em relação à variável forma antecedente. 145 Tabela 51: Aplicação da variante eles em relação à variável grau de indeterminação. 146 Tabela 52: Aplicação da variante eles em relação à variável preenchimento do sujeito. 146 Tabela 53: Aplicação da variante eles em relação à variável escolaridade. 146 Tabela 54: Cruzamento das variáveis sociais escolaridade, faixa etária e gênero/sexo em relação à aplicação da variante eles. 148 Tabela 55: Aplicação da variante eles em relação à variável tempo e modo verbal. 149 Tabela 56: Aplicação da variante eles em relação à variável mudança/ manutenção do referente. 149 Tabela 57: Aplicação da variante nós em relação à variável forma antecedente. 150 Tabela 58: Aplicação da variante nós em relação à variável preenchimento do sujeito. 150 Tabela 59: Aplicação da variante nós em relação à variável tempo e modo verbal. 151 Tabela 60: Aplicação da variante nós em relação à variável escolaridade. 151 Tabela 61: Aplicação da variante nós em relação à variável gênero/sexo. 152 Tabela 62: Aplicação da variante nós em relação à variável grau de indeterminação. 154 Tabela 63: Aplicação da variante nós em relação à variável faixa etária. 155 Tabela 64: Aplicação da variante Ø+VINF em relação à variável forma antecedente. 158 Tabela 65: Aplicação da variante Ø+VINF em relação à variável tipo de oração. 158 Tabela 66: Aplicação da variante Ø+VINF em relação à variável escolaridade. 159 Tabela 67: Cruzamento das variáveis sociais escolaridade, faixa etária e gênero/sexo. 160

13 Tabela 68: Aplicação da variante Ø+V3PS em relação à variável forma antecedente. 161 Tabela 69: Cruzamento das variáveis forma antecedente e manutenção/ mudança do referente em relação à aplicação da variante Ø+V3PS. 161 Tabela 70: Aplicação da variante Ø+V3PS em relação à variável tempo e modo verbal. 162 Tabela 71: Aplicação da variante Ø+V3PS em relação à variável escolaridade. 162 Tabela 72: Aplicação da variante Ø+V3PS em relação à variável faixa etária. 163 Tabela 73: Aplicação da variante Ø+V3PS em relação à variável mudança/manutenção do referente. 165 Tabela 74: Aplicação da variante Ø+V3PS em relação à variável gênero/sexo. 166 Tabela 75: Cruzamento das variáveis gênero/sexo e escolaridade em relação à aplicação da variante Ø+V3PS. 166 Tabela 76: Cruzamento das variáveis gênero/sexo e faixa etária em relação à aplicação da variante Ø+V3PS 167 Tabela 77: Aplicação da variante Ø+V3PS em relação à variável tipo de oração.168 Tabela 78: Aplicação da variante Ø+V3PP em relação à variável tempo e modo verbal. 169 Tabela 79: Aplicação da variante Ø+V3PP em relação à variável mudança/manutenção do referente. 170 Tabela 80: Aplicação da variante Ø+V3PP em relação à variável grau de indeterminação. 170 Tabela 81: Aplicação da variante Ø+V3PP em relação à variável tipo de oração.171 Tabela 82: Aplicação da variante Ø+V3PP em relação à variável faixa etária. 171 Tabela 83: Cruzamento das variáveis sociais escolaridade, faixa etária e gênero/sexo em relação à aplicação da variante Ø+V3PP. 172 Tabela 84: Aplicação da variante Ø+V+SE em relação à variável faixa etária. 173 Tabela 85: Aplicação da variante Ø+V+SE em relação à variável escolaridade. 174 Tabela 86: Aplicação da variante Ø+V+SE em relação à variável mudança/manutenção do referente. 176 Tabela 87: Aplicação da variante Ø+V+SE em relação à variável tipo de verbo. 176 Tabela 88: Aplicação da variante Ø+V+SE em relação à variável forma antecedente. 177 Tabela 89: Cruzamento das variáveis forma antecedente e manutenção/ mudança do referente em relação à aplicação da variante Ø+V+SE. 177 Tabela 90: Aplicação da variante Formas Nominais em relação à variável forma antecedente. 179 Tabela 91: Aplicação da variante Formas Nominais em relação à variável grau de indeterminação. 180

14 Tabela 92: Aplicação da variante Formas Nominais em relação à variável tempo e modo verbal. 180 Tabela 93: Aplicação da variante Formas Nominais em relação à variável mudança/manutenção do referente. 181 Tabela 94: Aplicação da variante Formas Nominais em relação à variável gênero/sexo. 181 Tabela 95: Cruzamento das variáveis sociais escolaridade, faixa etária e gênero/sexo em relação à aplicação da variante Formas Nominais. 182 Tabela 96: Aplicação da variante Formas Nominais em relação à variável tipo de oração. 182 Tabela 97: Aplicação da variante Formas Nominais em relação à variável tipo de verbo. 183

15 LISTA DE QUADROS Quadro 1: Principais distinções entre indeterminação e indefinição segundo Milanez (1982). 35 Quadro 2: Distribuição dos informantes nas células. 57 Quadro 3: Ordem de seleção das variáveis nas rodadas binárias em relação à cada variante. 126

16 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1: Frequência dos recursos de indeterminação levantados nos corpora. 97 Gráfico 2: Frequência das estratégias classificadas em pronominais e não-pronominais. 98 Gráfico 3: Aplicação das estratégias pronominais em relação à variável escolaridade. 104 Gráfico 4: As estratégias pronominais em relação à variável gênero/sexo. 107 Gráfico 5: As estratégias pronominais em relação à variável escolaridade. 109 Gráfico 6: As estratégias não-pronominais em relação à variável gênero/sexo. 117 Gráfico 7: Aplicação da variante Ø+V+SE em relação à variável faixa etária. 119 Gráfico 8: As estratégias não-pronominais em relação à variável escolaridade. 120 Gráfico 9: Aplicação da variante a gente em relação à variável escolaridade. 131 Gráfico 10: Aplicação da variante a gente em relação à variável gênero/sexo. 133 Gráfico 11: Aplicação da variante você em relação à variável escolaridade. 138 Gráfico 12: Aplicação da variante você em relação à variável faixa etária. 139 Gráfico 13: Aplicação da variante você em relação às variáveis faixa etária e escolaridade. 140 Gráfico 14: Aplicação da variante você em relação à variável gênero/sexo. 142 Gráfico 15: Aplicação da variante você em relação às variáveis gênero/sexo e escolaridade 143 Gráfico 16: Aplicação da variante você em relação às variáveis gênero/sexo e faixa etária. 144 Gráfico 17: Frequência da variante eles em relação à variável escolaridade. 147 Gráfico 18: Aplicação da variante nós em relação à variável escolaridade. 152 Gráfico 19: Aplicação da variante nós em relação à variável gênero/sexo. 153 Gráfico 20: Aplicação da variante nós em relação às variáveis gênero/sexo e escolaridade. 154 Gráfico 21: Aplicação da variante nós em relação à variável faixa etária. 155 Gráfico 22: Aplicação da variante nós em relação à faixa etária 2 e a variável gênero/sexo. 156 Gráfico 23: Aplicação da variante nós em relação à faixa etária 2 e a variável escolaridade. 156 Gráfico 24: Aplicação da variante Ø+VINF em relação à variável escolaridade. 159 Gráfico 25: Aplicação da variante Ø+V3PS em relação à variável escolaridade. 163 Gráfico 26: Aplicação da variante Ø+V3PS em relação à variável faixa etária. 164

17 Gráfico 27: Aplicação da variante Ø+V3PS em relação às variáveis faixa etária e escolaridade. 164 Gráfico 28: Aplicação da variante Ø+V3PS em relação às variáveis faixa etária e gênero/sexo. 166 Gráfico 29: Aplicação da variante Ø+V3PS em relação às variáveis gênero/ sexo e faixa etária. 167 Gráfico 30: Aplicação da variante Ø+V3PS em relação às variáveis gênero/ sexo e faixa etária. 168 Gráfico 31: Aplicação da variante Ø+V3PP em relação à variável faixa etária. 171 Gráfico 32: Aplicação da variante Ø+V+SE em relação à variável faixa etária. 174 Gráfico 33: Aplicação da variante Ø+V+SE em relação à variável escolaridade. 175 Gráfico 34: Aplicação da variante Ø+V+SE em relação às variáveis faixa etária e escolaridade. 175 Gráfico 35: Aplicação da variante Formas Nominais em relação à variável gênero/sexo. 181

18 LISTA DE ABREVIATURAS Apl. Aplicação Cf. Conferir D2 Diálogo entre dois informantes DID Diálogo entre informante e documentador EF Elocução formal FN Formas Nominais GT Gramática(s) Tradicional(is) Ind. Indicativo Nº Número NURC Projeto da Norma Urbana Culta Ø+V+SE Verbo na terceira pessoa do singular mais a partícula se sem sujeito lexical Ø+V3PP Verbo na terceira pessoa do plural sem sujeito lexical Ø+V3PS Verbo na terceira pessoa do singular sem sujeito lexical Ø+VINF Verbo no infinitivo sem sujeito lexical P.R. Peso Relativo PASSINT Voz passiva sintética PEPP Programa de Estudo sobre o Português Popular Falado de Salvador SN Sintagma Nominal Subj. Subjuntivo T Total VARBRUL Variable Rules (Regras Variáveis) VARSUL Projeto Variação Linguística Urbana da Região Sul VARSUL Projeto Variação Linguística Urbana da Região Sul VPSA Voz passiva sem agente

19 SUMÁRIO 1 COMEÇA-SE FALANDO QUE FUNDAMENTOU COM DUAS CORRENTES LINGUÍSTICAS A SOCIOLINGUÍSTICA A variação linguística A mudança linguística FUNCIONALISMO Gramaticalização 33 3 ESTUDARAM A INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO A INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO O ENFOQUE DAS GRAMÁTICAS TRADICIONAIS SOBRE A INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO Gramática Metódica da Língua Portuguesa (ALMEIDA, 2005) Gramática Normativa da Língua Portuguesa (ROCHA LIMA, 2008) Nova Gramática do Português Contemporâneo (CUNHA; CINTRA, 2001) Novíssima Gramática da Língua Portuguesa (CEGALLA, 2008) Moderna Gramática Portuguesa (BECHARA, 1966; 2009) A PERSPECTIVA DAS GRAMÁTICAS DESCRITIVAS Gramática de Usos do Português (NEVES, 2000) Gramática Houaiss da Língua Portuguesa (AZEREDO, 2008) O SUJEITO INDETERMINADO SOB O OLHAR DA SEMÂNTICA E DA PRAGMÁTICA 3.5 A INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO EM OUTROS ESTUDOS Recursos de Indeterminação do Sujeito (MILANEZ, 1982) Os pronomes pessoais sujeito e a indeterminação do sujeito na norma culta de Salvador (ROLLEMBERG, 1991) Indeterminação Pronominal do Sujeito (CUNHA, 1993) Analyse sociolinguistique de l'indetermination du sujet dans le portugais parlé au Bresil, a partir des données du NURC/SP (MENON, 1994) A indeterminação do sujeito nas três capitais do sul do Brasil (SETTI, 1997)

20 3.5.6 A indeterminação do sujeito na escrita padrão: a imprensa carioca nos séculos XIX e XX (CAVALCANTE, 1999) A indeterminação do sujeito no interior paranaense: uma abordagem sociolinguística (GODOY, 1999) A indeterminação do sujeito no português rural do semi-árido baiano (SANTANA, 2006) A indeterminação do sujeito no português popular do interior do estado da Bahia (PONTE, 2008) FOI DESENVOLVIDO ASSIM OS CORPORA Programa de Estudos sobre o Português Popular Falado de Salvador PEPP Projeto Norma Urbana Culta NURC / SSA PARÂMETROS DE SELEÇÃO DAS OCORRÊNCIAS VARIÁVEL DEPENDENTE Eu Nós A gente Você Eles Formas Nominais FN Verbo na terceira pessoa do plural Ø+V3PP Verbo mais a partícula se Ø+V+SE Verbo na terceira pessoa do singular Ø+V3PS Verbo no infinitivo impessoal Ø+VINF Voz passiva sem agente VPSA Voz passiva sintética VPASSINT VARIÁVEIS INDEPENDENTES Variáveis Extralinguísticas ou Sociais Gênero/sexo Escolaridade Faixa Etária Variáveis Linguísticas Tempo e modo verbal Tipo de oração 83 58

21 Tipo de verbo Forma antecedente Mudança / manutenção do referente Preenchimento do sujeito Grau de indeterminação O SUPORTE QUANTITATIVO 93 5 ANALISARAM-SE OS DADOS ESTRATÉGIAS PRONOMINAIS X NÃO-PRONOMINAIS Forma antecedente Tempo e modo verbal Grau de indeterminação Escolaridade Mudança/manutenção do referente ESTRATÉGIAS PRONOMINAIS Gênero/sexo Faixa etária Escolaridade Tempo e modo verbal Forma antecedente Mudança/manutenção do referente Preenchimento do sujeito Tipo de verbo Grau de indeterminação Tipo de oração ESTRATÉGIAS NÃO-PRONOMINAIS Gênero/sexo Faixa etária Escolaridade Tempo e modo verbal Forma antecedente Mudança/manutenção do referente Grau de indeterminação Tipo de oração RODADAS BINÁRIAS POR ESTRATÉGIAS 125

22 5.4.1 Variantes pronominais A gente Forma antecedente Preenchimento do sujeito Grau de indeterminação Tempo e modo verbal Escolaridade Mudança/manutenção do referente Gênero/sexo Tipo de oração Você Forma antecedente Preenchimento do sujeito Grau de indeterminação Tempo e modo verbal Escolaridade Faixa etária Tipo de verbo Gênero/sexo Eles Forma antecedente Grau de indeterminação Preenchimento do sujeito Escolaridade Tempo e modo verbal Mudança/manutenção do referente Nós Forma antecedente Preenchimento do sujeito Tempo e modo verbal Escolaridade Gênero/sexo Grau de indeterminação Faixa etária Variantes não-pronominais 157

23 Verbo no infinitivo sem sujeito lexical Ø+VINF Forma antecedente Tipo de oração Escolaridade Verbo na terceira pessoa do singular sem sujeito lexical Ø+V3PS Forma antecedente Tempo e modo verbal Escolaridade Faixa etária Mudança/manutenção do referente Gênero/sexo Tipo de oração Verbo na terceira pessoa do plural sem sujeito lexical Ø+V3PP Tempo e modo verbal Mudança/manutenção do referente Grau de indeterminação Tipo de oração Faixa etária Verbo na terceira pessoa do singular + se sem sujeito lexical Ø+V+SE Faixa etária Escolaridade Mudança/manutenção do referente Tipo de verbo Forma antecedente O PESSOAL TAMBÉM FOI CONTEMPLADO DADOS NUMÉRICOS DAS FORMAS NOMINAIS Forma antecedente Grau de indeterminação Tempo e modo verbal Mudança/manutenção do referente Gênero/sexo Tipo de oração Tipo de verbo 183

24 6.2 CONHECENDO AS FORMAS NOMINAIS O cara O indivíduo O sujeito Nego O pessoal, a(s) pessoa(s) O povo O público O homem Gente A GENTE CONSIDEROU FINALMENTE 189 REFERÊNCIAS

25 24 1 COMEÇA-SE FALANDO QUE......ao longo deste trabalho, as estratégias você, a gente e outras formas também indeterminam o sujeito em Salvador, não só as estruturas sem sujeito lexical com o verbo intransitivo ou transitivo direto acompanhado da partícula se ou o verbo na terceira pessoa do plural, conforme encontradas em várias gramáticas tradicionais, doravante GT. A indeterminação do sujeito ocorre de diversas maneiras na língua falada, principalmente quando o falante relata experiências vividas. Por exemplo, o uso do pronome você destacado neste trecho extraído de um dos inquéritos do Programa de Estudos sobre o Português Popular Falado de Salvador (PEPP), se você vê a missa de seis horas, no Bonfim, se você chegar seis e quinze, não acha lugar pra sentar. O item salientado faz referência a qualquer pessoa que chega à Igreja do Bonfim, as seis e quinze, não determinando quem é essa pessoa, ou seja, o sujeito, o referente extralinguístico. Do mesmo modo, a expressão a gente, que atualmente alterna no uso com o pronome pessoal de primeira pessoa plural nós, apresenta-se como marca da indeterminação do sujeito, como nesta frase do Projeto Norma Urbana Culta de Salvador, NURC/SSA, [...] vinha pelo litoral norte da Bahia 36 léguas de terra, a começar na Praça da Ponte que a gente chama da Mariquita aqui em Salvador.... A leitura de alguns trabalhos sobre o objeto desta pesquisa (cf. MILANEZ, 1982; ROLLEMBERG, 1991; CUNHA, 1993; MENON, 1994; SETTI, 1997; CAVALCANTE, 1999; GODOY, 1999; SANTANA 2006; FAGGION, 2008; PONTE, 2008) fez com que os objetivos fossem estabelecidos, as variantes fossem selecionadas e a metodologia traçada. Assim, tendo como ponto inicial a conceituação semântica de sujeito, este trabalho investigou se havia e quais seriam as outras estratégias usadas pelos falantes para marcar a indeterminação do sujeito na fala urbana popular e culta de Salvador e quais seriam condicionamentos extralinguísticos (ou sociais) e linguísticos que motivariam os usos encontrados, a partir do enquadramento teóricometodológico da Sociolinguística Quantitativa.

26 25 Buscando atender aos objetivos propostos nesta introdução, este trabalho foi desenvolvido em mais cinco seções, cujos títulos apresentam algumas das estratégias apontadas e que foram encontradas ao longo do seu desenvolvimento. A seção Fundamentou com duas correntes linguísticas aborda os pressupostos teóricos da Sociolinguística Quantitativa, principalmente em relação à definição da variação e da mudança linguística, como também sobre o Funcionalismo, especialmente sobre o processo de gramaticalização que, na interpretação dada por este trabalho, contribuiu para a transformação de alguns itens em um elemento com função de indeterminação. Em seguida, na seção intitulada Estudaram a indeterminação do sujeito, são apresentadas as abordagens acerca desse tema em algumas gramáticas normativas e descritivas, além de expor pesquisas realizadas sobre o objeto em questão, nas modalidades oral e escrita da língua portuguesa no Brasil. A metodologia empregada para dar conta dos objetivos pretendidos é descrita em Foi desenvolvido assim, quando são apresentados os corpora utilizados, os parâmetros de seleção das ocorrências, a descrição das variantes encontradas e as variáveis extralinguísticas e linguísticas contempladas. Após coleta de dados e sua quantificação realizada através do pacote de programas VARBRUL e do GoldVarb X, foi possível a obtenção de dados numéricos para proceder à análise feita em Analisaram-se os dados, apresentando os gráficos e tabelas com os resultados alcançados e devidamente comentados, a fim de buscar justificativas para os usos linguísticos encontrados ao longo de todo desenvolvimento do trabalho em relação à fala de Salvador. As formas nominais (ou sintagmas nominais) ganharam destaque, não só pela quantidade de usos encontrada, mas pela distinção das demais formas, uma vez que as outras são pronominais ou verbais sem preenchimento do sujeito. Assim, na seção O pessoal também foi contemplado, partindo de dados quantitativos, fazse uma análise do ponto de vista lexicológico e da gramaticalização, levantando as significações das lexias encontradas em alguns dicionários até chegar à indeterminação do sujeito, significação dada neste trabalho. Por fim, A gente considerou finalmente apresenta as considerações finais, as quais não se encerram e nem finalizam a pesquisa, apenas resumem os principais resultados obtidos ao longo do desenvolvimento deste trabalho e apontam possíveis encaminhamentos.

27 26 2 FUNDAMENTOU COM DUAS CORRENTES LINGUÍSTICAS É através da linguagem que uma sociedade se comunica e retrata o conhecimento e entendimento de si própria e do mundo que a cerca. (LEITE; CALLOU, 2004, p. 7) Nesta seção, traz-se à baila a definição da Sociolinguística, área da Linguística que busca compreender a relação entre língua e sociedade a partir dos usos reais de seus falantes, os quais fazem uso da linguagem para expressar seus conhecimentos e tentar entender a si mesmos e a sociedade na qual vivem. Como também o Funcionalismo, principalmente no que diz respeito à Gramaticalização, noção que será necessária para entendimento de algumas estratégias de indeterminação. 2.1 A SOCIOLINGUÍSTICA Um dos ramos da Linguística que surgiu para estudar os usos reais e concretos da língua foi a Sociolinguística, cujo termo foi fixado em 1964, em um congresso organizado por William Bright, na Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA). Neste evento, participaram diversos estudiosos que já percebiam e estudavam a relação existente entre linguagem e sociedade, tais como John Gumperz, Einar Haugen, William Labov, Dell Hymes, John Fisher e José Pedro Rona. Os trabalhos apresentados nesse congresso foram publicados, em 1966, sob o título Sociolinguistics, cujo capítulo introdutório As dimensões da Sociolinguística, escrito por Bright, definiu e caracterizou este novo ramo dos estudos linguísticos, estabelecendo a diversidade linguística como seu objeto de estudo (ALKMIM, 2005, p. 28). O termo sociolinguística foi cunhado naquela época por não terem encontrado outro que pudesse dar conta das intenções reais propostas por aqueles estudiosos. Inclusive o próprio Labov ([1972] 2008, p. 13) declarou: por vários anos, resisti ao termo sociolinguística, já que ele implica que pode haver uma teoria ou prática linguística bem-sucedida que não é social, pois toda prática linguística é também social. Daí, Calvet (2002, p. 12) afirmar que se a língua é um fato social, a

28 27 linguística então só pode ser uma ciência social, isto significa dizer que a sociolinguística é a linguística. De uma maneira mais ampla e esclarecedora, Cezario e Votre (2008, p. 142) dizem que a Sociolinguística é uma área que estuda língua em seu uso real, levando em consideração as relações entre a estrutura linguística e os aspectos sociais e culturais da produção linguística. Para essa corrente, a língua é uma instituição social e, portanto, não pode ser estudada como uma estrutura autônoma, independente do contexto situacional, da cultura e da história das pessoas que a utilizam como meio de comunicação. Ao se estudar a diversidade linguística, torna-se claro que para os estudiosos supracitados a língua não é homogênea, mas heterogênea. Ela apresenta diversas alternativas de dizer a mesma coisa (LABOV, [1972] 2008, p. 221), caracterizando assim a variação linguística. A Sociolinguística é o estudo da língua falada, observada, descrita e analisada em seu contexto social, isto é, em situações reais de uso (ALKMIN, 2005, p. 31), ocupando-se, portanto, de estudar a variação linguística, conforme definido acima, buscando analisar e aprender a sistematizar variantes linguísticas usadas por uma mesma comunidade de fala (TARALLO, 2003, p. 6) ou comunidade linguística (ALKMIN, 2005, p. 31). Em uma mesma cidade, bairro ou rua haveria tantas formas diferentes de uso de uma língua quanto seria a quantidade de falantes. Assim, uma comunidade de fala, como define Fernández (1998, p. 19, tradução nossa), é formada por um conjunto de falantes que compartilham efetivamente, pelo menos, uma língua, porém que, além disso, compartilham um conjunto de normas e valores de natureza sociolinguística: compartilham as mesmas atitudes linguísticas, as mesmas regras de uso, o mesmo critério quanto à avaliação dos fatos linguísticos, os mesmos padrões sociolinguísticos. O modelo de análise linguística elaborado por Labov serviu de base para vários estudiosos até os dias atuais, os quais convencionaram chamar de modelo teórico-metodológico, isso por que se trata de uma teoria que explica as diferentes formas de os falantes fazerem uso de sua língua, e utiliza-se de uma metodologia para coleta e análise de dados. Em seus estudos iniciais, Labov se concentrou no inglês falado na ilha de Martha s Vineyard, em Massachusetts-EUA, em 1963, e

29 28 outros posteriores, tais como os estudos sobre a estratificação social do inglês falado na cidade de Nova Iorque e o estudo sobre o inglês falado por adolescentes negros do Harlem, também em Nova Iorque. Esse modelo de estudo também é conhecido como Sociolinguística Quantitativa, por fazer uso de dados numéricos, instituídos a partir dos dados coletados e quantificados, buscando dar um caráter mais preciso e objetivo aos estudos linguísticos, pois, segundo Weinreich, Labov e Herzog ([1968] 2006, p. 107), não basta apontar a existência ou a importância da variabilidade: é necessário lidar com os fatos de variabilidade com precisão suficiente para nos permitir incorporá-los em nossas análises da estrutura linguística. Atualmente, emprega-se também a nomenclatura Sociolinguística Laboviana, fazendo menção ao seu precursor. Ao linguista variacionista importa estudar características linguísticas comuns de uma comunidade de falantes, pois é vivendo em grupo que há ou não a manutenção linguística das características dessa comunidade. Por exemplo, dentro de uma comunidade de fala haverá pessoas mais escolarizadas, e elas tentarão preservar a variante tida como padrão; sendo assim, o condicionante dessa variante não será uma delimitação geográfica, mas, nesse caso, social. Porém isso não implica que um determinado falante dessa mesma comunidade não possa fazer uso de uma variante menos prestigiada. A Sociolinguística surge diante da necessidade de tentar entender essa relação entre língua e sociedade. Sendo ela uma área da ciência da linguagem, buscará verificar de que modo fatores de natureza linguística e extralinguística estão correlacionados ao uso de variantes nos diferentes níveis da gramática da língua a fonética, a morfologia e a sintaxe (BELINE, 2003, p. 125) A variação linguística A variação linguística é um fenômeno intrínseco a toda e qualquer língua, contudo ela não é aleatória, mas sim governada por restrições linguísticas e não linguísticas (SILVA; SCHERRE, 1998, p. 39). Os falantes modificam seus

30 29 comportamentos diante da sociedade, e sua fala irá refletir esses posicionamentos. Assim, as formas alternativas utilizadas por esses usuários da língua para tratar mais ou menos da mesma coisa denominam-se variantes linguísticas, as quais serão tratadas como um conjunto denominado de variável dependente, ou seja, uma variável é concebida como dependente no sentido que o emprego das variantes não é aleatório, mas influenciado por grupos de fatores (ou variáveis independentes) de natureza social ou estrutural (MOLLICA, 2004, p.11). As nomenclaturas de variável dependente e variáveis independentes foram emprestadas da estatística, por fazer uso das técnicas numéricas empregadas por essa ciência exata. A variável dependente diz respeito à forma linguística que está em variação, ou seja, que está fazendo parte do repertório linguístico dos falantes, os quais fazem escolhas quanto ao uso de uma ou outra forma. Vale ressaltar que essas escolhas, normalmente, são inconscientes. Os dados que são coletados para os estudos sociolinguísticos são, em sua maioria, de contextos naturais de uso, quando a fala não é tão monitorada, assim os falantes utilizam a língua com espontaneidade, sem sofrer qualquer tipo de pressão imposta por regras estruturais dos estilos formais de fala. Contudo essa escolha não é aleatória, depende dos fatores externos (ou sociais) à língua e dos fatores internos ou linguísticos, uma vez que a própria língua pode condicionar determinados usos. Diversos são os fatores externos à língua que podem determinar essas escolhas, entre eles o status social do falante, a influência da mídia, rede social, entre outros. Além desses, há também a possibilidade de se verificar a influência do nível de escolaridade, gênero/sexo e faixa etária (idade), os quais serão abordados na seção 4 juntamente com os fatores linguísticos selecionados para este trabalho. Diante do exposto, cabe ao sociolinguista, segundo Silva e Scherre (1998, p. 43), identificar os fenômenos linguísticos variáveis de uma dada língua, inventariar suas variantes, definindo as variáveis dependentes, levantar hipóteses que dêem conta das tendências sistemáticas da variação linguística, operacionalizar as hipóteses através de variáveis independentes ou grupos de fatores de natureza linguística e não linguística, identificar, levantar e codificar os dados relevantes,

31 30 submetê-los a tratamento estatístico adequado e interpretar os resultados obtidos à luz das hipóteses levantadas A mudança linguística Pensar em mudança linguística é, também, pensar em variação, pois, apesar de que nem tudo o que varia sofre mudança; toda mudança linguística, no entanto, pressupõe variação. Variação, portanto, não implica mudança; mudança, sim, implica sempre variação (TARALLO, 2003, p. 63). Cabe retomar a ideia de variação linguística para entender de uma maneira mais clara o que é a mudança linguística. Quando duas ou mais formas alternativas de se dizer mais ou menos a mesma coisa estão sendo empregadas em uma comunidade de fala, diz-se que elas estão em variação, ou seja, estão coocorrendo. Se um dia na história dessa comunidade uma das formas deixar de ser utilizada pelos falantes, será caracterizada a mudança linguística, pois uma das formas não faz mais parte do repertório linguístico, não está na boca do povo. A mudança linguística não se dá de maneira aleatória, assim como a variação; ela sofre influência de diversos fatores, sejam linguísticos ou extralinguísticos. Daí Weinreich, Herzog e Labov ([1968] 2006, p. 122) afirmarem que a mudança linguística não deve ser identificada com deriva aleatória procedente da variação inerente na fala. A mudança linguística começa quando a generalização de uma alternância particular num dado subgrupo da comunidade de fala toma uma direção e assume o caráter de uma diferenciação ordenada. A língua, principal ferramenta de comunicação dos membros de uma sociedade, também passa por mudanças para atender às necessidades de seus usuários. E isso se dá tanto na língua falada quanto na língua escrita. Em relação à falada, há uma adaptação mais rápida às alterações sofridas nos hábitos dos indivíduos. Contrariamente, a escrita tende a ser mais resistente às inovações linguísticas. Uma das técnicas empregadas pela Sociolinguística para buscar compreender se determinadas formas linguísticas estão em processo de mudança

32 31 ou já estão estabelecidas é o trabalho desenvolvido com falantes de diferentes faixas etárias em uma mesma época (estudo da mudança em tempo aparente). Há também o estudo da mudança em tempo real, quando, em sincronias diferentes, se observa um mesmo falante (estudo em painel) ou outros falantes que compartilham as mesmas características dos falantes já registrados (estudo de tendência). O estudo em tempo real é um tanto difícil de se realizar quando se trata do mesmo informante, pois ele com quarenta anos de idade, por exemplo, poderá não estar mais vivo depois de dez, vinte anos, ou até mesmo, poderá mudar de endereço e não ser mais encontrado pelos pesquisadores. Trabalhos na perspectiva do tempo real estão sendo desenvolvidos a partir de dados do Projeto da Norma Urbana Culta NURC de Salvador, cujas entrevistas foram realizadas na década de 70 e os mesmos informantes que ainda se encontravam vivos foram recontactados na década de 90 do século passado. No caso de não haver contato com os antigos informantes, foram incluídos novo informantes com as mesmas características dos informantes anteriores. Há dados coletados em língua portuguesa em duas épocas diferentes e com os mesmos informantes ou informantes com as mesmas características. O recurso de análise em tempo aparente permite ao sociolinguista obter informações sobre a mudança linguística em uma mesma sincronia com falantes diferentes em idades diferentes. Por exemplo, a observação será realizada com dois falantes no ano de O falante A tem quarenta anos e o B vinte anos. Tendo em vista a análise em tempo aparente, acredita-se que o falante A representa a fala de um jovem de vinte anos em 1989, ou seja, vinte anos antes do falante B. De acordo com Mattos e Silva (1996, p. 27), o recurso de trabalhar com gerações conviventes permitiu à Sociolinguística apreender mudanças em curso ou em processo, ou seja, permitiu captar o processo de difusão da mudança na estrutura da língua e na comunidade de fala, o que até então não tinha sido alcançado porque, em geral, as teorias da mudança trabalhavam com a mudança no tempo histórico real. Conforme dito anteriormente, realizar uma pesquisa sociolinguística incluindo a variável idade permitirá ao estudioso observar a mudança ocorrida nas formas linguísticas que estão sendo investigadas, levantar hipóteses e obter resultados que permitam uma melhor compreensão dos usos que os falantes fazem de sua língua,

33 32 nos mais variados níveis, seja fonológico, morfológico, sintático, semântico, entre outros. Ao estudar a mudança linguística, o pesquisador poderá saber se ela está em progresso, por vias de concretização da mudança, ou se está consolidada. Somente o estudo em tempo real poderá confirmar se há de fato mudança. 2.2 FUNCIONALISMO Inicialmente, para se definir o que é o Funcionalismo, faz-se necessário compreender o que seja funcional, uma vez que essa palavra pode remeter a diversas ideias ligadas à linguística ou não. Para Martinet (apud NEVES, 1997, p. 5, grifo da autora), o termo funcional só tem sentido para os linguistas em referência ao papel que a língua desempenha para os homens, na comunicação de sua experiência uns aos outros. Daí, o funcionalismo ser sempre mencionado pelos pesquisadores como uma corrente oposta ao formalismo. O formalismo linguístico concebe a língua como um sistema autônomo, fechado em si mesmo. Estuda a língua em si mesma, as suas estruturas, o que pode ser regular. O funcionalismo, por sua vez, privilegia a função comunicativa como papel predominante das línguas (REGO, 2009, p. 53). Cunha (2008, p. 158), de uma maneira mais ampla e clara, define o funcionalismo como uma corrente linguística que se preocupa em estudar a relação entre a estrutura gramatical das línguas e os diferentes contextos comunicativos em que elas são usadas. Assim, a abordagem funcionalista apresenta não apenas propostas teóricas distintas acerca da natureza geral da linguagem, mas diferentes concepções no que diz respeito aos objetivos da análise linguística, aos métodos nela utilizados e ao tipo dos dados utilizados como evidência empírica. Essa é uma noção geral sobre o funcionalismo, uma vez que ele apresenta diversas vertentes que dão conta de vários objetivos pretendidos ao se estudar a linguagem. Evidentemente, há uma base comum nessa corrente para classificar os mais diversos estudos como pertencentes a ela, a interação social, ou seja, a

34 33 consideração metodológica de que o componente discursivo desempenha um papel preponderante na gramática de uma língua (PEZATTI, 2004, p. 176). Dentre as diversas possibilidades de estudos funcionalistas, para este trabalho, importa tratar do processo de gramaticalização, uma vez que está intimamente ligado à mudança linguística Gramaticalização Dentre as possibilidades de estudos da mudança, a gramaticalização é uma constante renovação do sistema linguístico percebida, sobretudo, pelo surgimento de novas funções para formas já existentes e de novas formas para funções já existentes (GONÇALVES et al., 2007, p. 15). 31), Diante disso, entende-se por gramaticalização, segundo Castilho (1997, p. o trajeto empreendido por uma forma, ao longo do qual, ela muda de categoria sintática, recebe propriedades funcionais na sentença, sofre alterações semânticas e fonológicas, deixa de ser uma forma livre e até desaparece como consequência de uma cristalização extrema. Pode-se, portanto, exemplificar esse processo através do item você, que já foi considerado, ao menos no Brasil, pronome de tratamento, passando a pronome pessoal de referência a segunda pessoa e atesta-se hoje também como uma das estratégias para indeterminar o sujeito na interação verbal (cf. subseção 4.3.4). O mesmo pode-se dizer da forma a gente, outrora considerado um substantivo simples mais o artigo definido feminino e, atualmente, sendo empregado como um pronome pessoal na mesma categoria que o nós, além, é claro, de ser empregado como uma das estratégias para marcar a indeterminação do sujeito. Esse mesmo fenômeno ocorre com outros substantivos, tais como o cara, o indivíduo, o homem entre outras formas que também estão sendo empregadas como marca de indeterminação do sujeito, conforme pode ser verificado na seção 6.

35 34 3 ESTUDARAM A INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO Pensar no uso do termo indeterminação é questionar o que vem a ser o seu oposto, a determinação. Além disso, faz-se necessário pensar também na indefinição e impessoalização, termos abundantemente empregados que, muitas vezes, são confundidos. A determinação, segundo Milanez (1982, p. 26), ocorre quando os interlocutores especificam e identificam uma das três pessoas do discurso, ao contrário da indeterminação, cujas pessoas não são especificadas e identificadas, podendo abranger qualquer uma delas indistintamente. É o que se chama de generalização. O sujeito determinado é conceituado por Rocha Lima (2008, p. 235) quando é identificável na oração explícita ou implicitamente, não havendo exemplificação a fim de tornar mais clara sua afirmação. Cunha e Cintra (2001, p. 127) citam o termo determinado atribuído ao sujeito quando da classificação de sujeito oculto, dizendo que é aquele que não está materialmente expresso na oração, mas pode ser identificado. Vê-se aí que é justamente a questão da identificação do sujeito que o classifica em determinado ou indeterminado. Em relação à indefinição, as gramáticas normativas a tratam em relação aos pronomes ditos como indefinidos, de acordo com Santana (2006, p. 43, grifos da autora) ao dizer que na indefinição a referência diz respeito exclusivamente a formas lexicais de terceira pessoa: tudo, nada, alguém, ninguém etc., enquanto na indeterminação a generalização é essencial, podendo envolver qualquer pessoa (primeira, segunda e terceira) de forma isolada ou simultânea. Assim, Milanez (1982, p ) propõe alguns aspectos que devem ser observados para a distinção entre a indeterminação e a indefinição, os quais serão elencados no quadro a seguir:

NEGUINHO DIZIA ASSIM QUE É UM ESTUDO SOCIOLINGUÍSTICO SOBRE A INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO EM SALVADOR

NEGUINHO DIZIA ASSIM QUE É UM ESTUDO SOCIOLINGUÍSTICO SOBRE A INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO EM SALVADOR 4440 NEGUINHO DIZIA ASSIM QUE É UM ESTUDO SOCIOLINGUÍSTICO SOBRE A INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO EM SALVADOR Valter de CARVALHO * (PPGEL/UNEB) A língua é e jamais deixará de ser um fato social. Saussure, considerado

Leia mais

A CONCORDÂNCIA VERBAL DE TERCEIRA PESSOA DO PLURAL NO PORTUGUÊS POPULAR DA COMUNIDADE RURAL DE RIO DAS RÃS - BA

A CONCORDÂNCIA VERBAL DE TERCEIRA PESSOA DO PLURAL NO PORTUGUÊS POPULAR DA COMUNIDADE RURAL DE RIO DAS RÃS - BA Página 57 de 510 A CONCORDÂNCIA VERBAL DE TERCEIRA PESSOA DO PLURAL NO PORTUGUÊS POPULAR DA COMUNIDADE RURAL DE RIO DAS RÃS - BA Juscimaura Lima Cangirana (UESB) Elisângela Gonçalves (UESB) RESUMO Procura-se,

Leia mais

OS PRONOMES PESSOAIS-SUJEITO NO PORTUGUÊS DO BRASIL: NÓS E A GENTE SEGUNDO OS DADOS DO PROJETO ATLAS LINGÜÍSTICO DO BRASIL

OS PRONOMES PESSOAIS-SUJEITO NO PORTUGUÊS DO BRASIL: NÓS E A GENTE SEGUNDO OS DADOS DO PROJETO ATLAS LINGÜÍSTICO DO BRASIL 167 de 297 OS PRONOMES PESSOAIS-SUJEITO NO PORTUGUÊS DO BRASIL: NÓS E A GENTE SEGUNDO OS DADOS DO PROJETO ATLAS LINGÜÍSTICO DO BRASIL Viviane de Jesus Ferreira (UFBA) Suzana Alice Marcelino da Silva Cardoso

Leia mais

GRAMATICALIZAÇÃO DO PRONOME PESSOAL DE TERCEIRA PESSOA NA FUNÇÃO ACUSATIVA

GRAMATICALIZAÇÃO DO PRONOME PESSOAL DE TERCEIRA PESSOA NA FUNÇÃO ACUSATIVA Página 133 de 511 GRAMATICALIZAÇÃO DO PRONOME PESSOAL DE TERCEIRA PESSOA NA FUNÇÃO ACUSATIVA Elizane de Souza Teles Silva Jodalmara Oliveira Rocha Teixeira Jorge Augusto Alves da Silva Valéria Viana Sousa

Leia mais

LHEÍSMO NO PORTUGÛES BRASILEIRO: EXAMINANDO O PORTUGÛES FALADO EM FEIRA DE SANTANA Deyse Edberg 1 ; Norma Lucia Almeida 2

LHEÍSMO NO PORTUGÛES BRASILEIRO: EXAMINANDO O PORTUGÛES FALADO EM FEIRA DE SANTANA Deyse Edberg 1 ; Norma Lucia Almeida 2 359 LHEÍSMO NO PORTUGÛES BRASILEIRO: EXAMINANDO O PORTUGÛES FALADO EM FEIRA DE SANTANA Deyse Edberg 1 ; Norma Lucia Almeida 2 1. Bolsista FAPESB, Graduanda em Letras Vernáculas pela Universidade Estadual

Leia mais

A REALIZAÇÃO DO SUJEITO PRONOMINAL DE REFERÊNCIA ARBITRÁRIA NA COMUNIDADE LINGUÍSTICA DE VITÓRIA DA CONQUISTA *

A REALIZAÇÃO DO SUJEITO PRONOMINAL DE REFERÊNCIA ARBITRÁRIA NA COMUNIDADE LINGUÍSTICA DE VITÓRIA DA CONQUISTA * 249 de 298 A REALIZAÇÃO DO SUJEITO PRONOMINAL DE REFERÊNCIA ARBITRÁRIA NA COMUNIDADE LINGUÍSTICA DE VITÓRIA DA CONQUISTA * Daiane Gomes Bahia ** Elisângela Gonçalves *** Paula Barreto Silva **** RESUMO

Leia mais

UMA ANÁLISE SOCIOFUNCIONALISTA DA DUPLA NEGAÇÃO NO SERTÃO DA RESSACA

UMA ANÁLISE SOCIOFUNCIONALISTA DA DUPLA NEGAÇÃO NO SERTÃO DA RESSACA Página 143 de 511 UMA ANÁLISE SOCIOFUNCIONALISTA DA DUPLA NEGAÇÃO NO SERTÃO DA RESSACA Savanna Souza de Castro Julinara Silva Vieira Valéria Viana Sousa Jorge Augusto Alves Silva RESUMO A negação é um

Leia mais

A VARIAÇÃO DO MODO SUBJUNTIVO: UMA RELAÇÃO COM O PROCESSO DE EXPRESSÃO DE MODALIDADES

A VARIAÇÃO DO MODO SUBJUNTIVO: UMA RELAÇÃO COM O PROCESSO DE EXPRESSÃO DE MODALIDADES 477 de 663 A VARIAÇÃO DO MODO SUBJUNTIVO: UMA RELAÇÃO COM O PROCESSO DE EXPRESSÃO DE MODALIDADES Vânia Raquel Santos Amorim 148 (UESB) Valéria Viana Sousa 149 (UESB) Jorge Augusto Alves da Silva 150 (UESB)

Leia mais

NEGO TAMBÉM INDETERMINA O SUJEITO EM SALVADOR

NEGO TAMBÉM INDETERMINA O SUJEITO EM SALVADOR 1 NEGO TAMBÉM INDETERMINA O SUJEITO EM SALVADOR Valter de CARVALHO Universidade do Estado da Bahia / Secretaria Estadual de Educação Bahia valtinhodias@gmail.com Resumo: A indeterminação do sujeito tem

Leia mais

A indeterminação do sujeito no português rural de Bananal e Barra dos Negros BA

A indeterminação do sujeito no português rural de Bananal e Barra dos Negros BA A indeterminação do sujeito no português rural de Bananal e Barra dos Negros BA Neila Maria Oliveira Santana Universidade Federal da Bahia (UFBA) Universidade do Estado da Bahia (UNEB) neila.santana@ig.com.br

Leia mais

Curso: Letras Português/Espanhol. Disciplina: Linguística. Docente: Profa. Me. Viviane G. de Deus

Curso: Letras Português/Espanhol. Disciplina: Linguística. Docente: Profa. Me. Viviane G. de Deus Curso: Letras Português/Espanhol Disciplina: Linguística Docente: Profa. Me. Viviane G. de Deus AULA 2 1ª PARTE: Tema 2 - Principais teóricos e teorias da Linguística moderna Formalismo x Funcionalismo

Leia mais

A VARIAÇÃO/ESTRATIFICAÇÃO DO SUBJUNTIVO EM ORAÇÕES PARENTÉTICAS

A VARIAÇÃO/ESTRATIFICAÇÃO DO SUBJUNTIVO EM ORAÇÕES PARENTÉTICAS Página 109 de 511 A VARIAÇÃO/ESTRATIFICAÇÃO DO SUBJUNTIVO EM ORAÇÕES PARENTÉTICAS Vânia Raquel Santos Amorim (UESB) Valéria Viana Sousa (UESB) Jorge Augusto Alves da Silva (UESB) RESUMO Neste trabalho,

Leia mais

1 Introdução. 1 Nesta dissertação, as siglas PL2E, PL2 e PLE estão sendo utilizadas, indistintamente, para se

1 Introdução. 1 Nesta dissertação, as siglas PL2E, PL2 e PLE estão sendo utilizadas, indistintamente, para se 16 1 Introdução O interesse pelo tema deste trabalho, o uso de estruturas alternativas às construções hipotéticas com se e com o futuro simples do subjuntivo, surgiu da experiência da autora ensinando

Leia mais

O USO CORRENTE DA VARIEDADE NÃO-PADRÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA: UM ESTUDO DE CASO DA COMUNIDADE DA DERRADEIRA MUNICÍPIO DE VALENÇA

O USO CORRENTE DA VARIEDADE NÃO-PADRÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA: UM ESTUDO DE CASO DA COMUNIDADE DA DERRADEIRA MUNICÍPIO DE VALENÇA 73 de 368 O USO CORRENTE DA VARIEDADE NÃO-PADRÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA: UM ESTUDO DE CASO DA COMUNIDADE DA DERRADEIRA MUNICÍPIO DE VALENÇA Taylane Santos do Nascimento * (Uneb) RESUMO Este artigo tece considerações

Leia mais

VARIANTE CÊ E SUA GRAMATICALIZAÇÃO: UM ESTUDO FUNCIONAL ATRAVÉS DA LINGUÍSTICA DE CORPUS

VARIANTE CÊ E SUA GRAMATICALIZAÇÃO: UM ESTUDO FUNCIONAL ATRAVÉS DA LINGUÍSTICA DE CORPUS 657 de 663 VARIANTE CÊ E SUA GRAMATICALIZAÇÃO: UM ESTUDO FUNCIONAL ATRAVÉS DA LINGUÍSTICA DE CORPUS Warley José Campos Rocha (UESB) 209 Valéria Viana Sousa (UESB) 210 Jorge Augusto Alves da Silva (UESB)

Leia mais

VARIAÇÃO PRONOMINAL EM CONCÓRDIA SC. Lucelene T. FRANCESCHINI Universidade Federal do Paraná

VARIAÇÃO PRONOMINAL EM CONCÓRDIA SC. Lucelene T. FRANCESCHINI Universidade Federal do Paraná VARIAÇÃO PRONOMINAL EM CONCÓRDIA SC Lucelene T. FRANCESCHINI Universidade Federal do Paraná lterezaf@hotmail.com Resumo: Este trabalho analisa a variação pronominal nós/a gente e tu/você na posição de

Leia mais

ANÁLISE DA ELEVAÇÃO DAS VOGAIS MÉDIAS PRETÔNICAS SEM MOTIVAÇÃO APARENTE 1. INTRODUÇÃO

ANÁLISE DA ELEVAÇÃO DAS VOGAIS MÉDIAS PRETÔNICAS SEM MOTIVAÇÃO APARENTE 1. INTRODUÇÃO ANÁLISE DA ELEVAÇÃO DAS VOGAIS MÉDIAS PRETÔNICAS SEM MOTIVAÇÃO APARENTE DÉBORAH VIEIRA PINTO AGUIAR 1 ; MARIA JOSÉ BLASKOVSKI VIEIRA 2 1 Universidade Federal de Pelotas ddeborahvieira@gmail.com 1 2 Universidade

Leia mais

Jornal Oficial do Centro Acadêmico da Universidade Vale do Acaraú.

Jornal Oficial do Centro Acadêmico da Universidade Vale do Acaraú. Jornal Oficial do Centro Acadêmico da Universidade Vale do Acaraú. Uvinha outubro/novembro de 2012. Editorial: Uvinha Olá, estimados leitores. Essa edição do jornal Uvinha está muito interessante, pois

Leia mais

A VARIAÇÃO NÓS/ A GENTE NO PORTUGUÊS FALADO DE FEIRA DE SANTANA: COMPARAÇÃO ENTRE FALARES DO PB

A VARIAÇÃO NÓS/ A GENTE NO PORTUGUÊS FALADO DE FEIRA DE SANTANA: COMPARAÇÃO ENTRE FALARES DO PB Página 63 de 510 A VARIAÇÃO NÓS/ A GENTE NO PORTUGUÊS FALADO DE FEIRA DE SANTANA: COMPARAÇÃO ENTRE FALARES DO PB Josany Maria de Jesus Silva (CAPES/UESB/PPGLin) Cristiane Namiuti Temponi (UESB/PPGLin)

Leia mais

A ELISÃO DA VOGAL /o/ EM FLORIANÓPOLIS-SC RESULTADOS PRELIMINARES

A ELISÃO DA VOGAL /o/ EM FLORIANÓPOLIS-SC RESULTADOS PRELIMINARES A ELISÃO DA VOGAL /o/ EM FLORIANÓPOLIS-SC RESULTADOS PRELIMINARES Letícia Cotosck Vargas (PUCRS/PIBIC- CNPq 1 ) 1. INTRODUÇÃO Esta pesquisa tem por objetivo examinar um dos processos de sândi externo verificados

Leia mais

A CONCORDÂNCIA VERBAL: A RELEVÂNCIA DAS VARIÁVEIS LINGÜÍSTICAS E NÃO LINGÜÍSTICAS

A CONCORDÂNCIA VERBAL: A RELEVÂNCIA DAS VARIÁVEIS LINGÜÍSTICAS E NÃO LINGÜÍSTICAS 543 A CONCORDÂNCIA VERBAL: A RELEVÂNCIA DAS VARIÁVEIS LINGÜÍSTICAS E NÃO LINGÜÍSTICAS Constância Maria Borges de Souza * Introdução Os estudos da Concordância Verbal têm demonstrado que os falantes de

Leia mais

DOMÍNIOS DE Revista Eletrônica de Lingüística Ano 1, nº1 1º Semestre de 2007 ISSN

DOMÍNIOS DE Revista Eletrônica de Lingüística Ano 1, nº1 1º Semestre de 2007 ISSN ESTUDO EM TEMPO APARENTE E EM TEMPO REAL DO USO DO SUJEITO NULO NA FALA DE BELO HORIZONTE Nasle Maria Cabana RESUMO Neste artigo, analisa-se o comportamento do sujeito pronominal lexical e sujeito pronominal

Leia mais

USO DO FUTURO DO PORTUGUÊS BRASILEIRO EM BLOG JORNALÍSTICO: UM ESTUDO PRELIMINAR SOBRE A GRAMATICALIZAÇÃO DO ITEM IR

USO DO FUTURO DO PORTUGUÊS BRASILEIRO EM BLOG JORNALÍSTICO: UM ESTUDO PRELIMINAR SOBRE A GRAMATICALIZAÇÃO DO ITEM IR 463 de 663 USO DO FUTURO DO PORTUGUÊS BRASILEIRO EM BLOG JORNALÍSTICO: UM ESTUDO PRELIMINAR SOBRE A GRAMATICALIZAÇÃO DO ITEM IR Milca Cerqueira Etinger Silva 142 (UESB) Gilsileide Cristina Barros Lima

Leia mais

Raquel Pereira Maciel PG/UFMS. Justificativa

Raquel Pereira Maciel PG/UFMS. Justificativa NEOLOGIA LEXICAL: ESTUDO DOS SUFIXOS VERBAIS AR E IZAR NA FORMAÇÃO DE NOVOS LÉXICOS DO CAMPO SEMÂNTICO DA ALIMENTAÇÃO NO PORTUGUÊS FALADO EM PONTA PORÃ/BRASIL PEDRO JUAN CABALLERO/PARAGUAI Raquel Pereira

Leia mais

1 Introdução. 1 Tal denominação da variante da Língua Portuguesa foi retirada da dissertação de Mestrado

1 Introdução. 1 Tal denominação da variante da Língua Portuguesa foi retirada da dissertação de Mestrado 15 1 Introdução O presente trabalho tem como tema o uso de modalidades expressas pelo subjuntivo e pelo infinitivo em orações completivas no português padrão distenso falado no Brasil, ou seja, no português

Leia mais

O USO DOS PRONOMES PESSOAIS NÓS/ A GENTE EM CONCÓRDIA SC

O USO DOS PRONOMES PESSOAIS NÓS/ A GENTE EM CONCÓRDIA SC O USO DOS PRONOMES PESSOAIS NÓS/ A GENTE EM CONCÓRDIA SC Introdução Lucelene Franceschini - UFPR Este trabalho analisa o uso das formas pronominais de primeira pessoa do plural nós / a gente em Concórdia

Leia mais

Quando dividimos uma oração em partes para estudar as diferentes funções que as palavras podem desempenhar na oração e entre as orações de um texto, e

Quando dividimos uma oração em partes para estudar as diferentes funções que as palavras podem desempenhar na oração e entre as orações de um texto, e MORFOSSINTAXE Quando analisamos a que classe gramatical pertencem as palavras de determinada frase, estamos realizando sua análise morfológica. A morfologia é a parte da gramática que estuda a classificação,

Leia mais

ANÁLISE DA OCORRÊNCIA DE ARTIGOS DEFINIDOS DIANTE DE POSSESSIVOS PRÉ-NOMINAIS E ANTROPÔNIMOS EM DADOS DE FALA* 1

ANÁLISE DA OCORRÊNCIA DE ARTIGOS DEFINIDOS DIANTE DE POSSESSIVOS PRÉ-NOMINAIS E ANTROPÔNIMOS EM DADOS DE FALA* 1 ANÁLISE DA OCORRÊNCIA DE ARTIGOS DEFINIDOS DIANTE DE POSSESSIVOS PRÉ-NOMINAIS E ANTROPÔNIMOS EM DADOS DE FALA* 1 Alane Luma Santana Siqueira (UFRPE/UAST) alane.siqueira@gmail.com 1. Introdução O Português

Leia mais

Cadernos do CNLF, Vol. XIII, Nº 04

Cadernos do CNLF, Vol. XIII, Nº 04 O PROCESSO DE GRAMATICALIZAÇÃO DO ELEMENTO DE REPENTE Aline Pontes Márcia Peterson (UFRJ) marciapetufrj@hotmail.com INTRODUÇÃO Este estudo tem por objetivo focalizar o processo de gramaticalização das

Leia mais

Márcia Araújo Almeida

Márcia Araújo Almeida Márcia Araújo Almeida Blá-blá-blá: a presença dos vocábulos expressivos na identidade lingüística do brasileiro e sua relevância para o português como segunda língua para estrangeiros (PL2E) Dissertação

Leia mais

A REPRESENTAÇÃO DO SUJEITO PRONOMINAL NA FALA DE NATAL: evidências de um processo de mudança?

A REPRESENTAÇÃO DO SUJEITO PRONOMINAL NA FALA DE NATAL: evidências de um processo de mudança? A REPRESENTAÇÃO DO SUJEITO PRONOMINAL NA FALA DE NATAL: evidências de um processo de mudança? Sammy Vieira Carvalho Júnior (UFRN) sammyhist04@yahoo.com.br Introdução A língua é um produto sociocultural,

Leia mais

A EXPRESSÃO DE MODALIDADES TÍPICAS DO SUBJUNTIVO EM COMPLETIVAS, ADVERBIAIS E RELATIVAS DE DOCUMENTO DO PORTUGUÊS DO SÉCULO XVI

A EXPRESSÃO DE MODALIDADES TÍPICAS DO SUBJUNTIVO EM COMPLETIVAS, ADVERBIAIS E RELATIVAS DE DOCUMENTO DO PORTUGUÊS DO SÉCULO XVI 143 de 297 A EXPRESSÃO DE MODALIDADES TÍPICAS DO SUBJUNTIVO EM COMPLETIVAS, ADVERBIAIS E RELATIVAS DE DOCUMENTO DO PORTUGUÊS DO SÉCULO XVI Rosana Ferreira Alves (UESB) RESUMO Tendo como base evidências

Leia mais

Reitor Prof. Antonio Joaquim da Silva Bastos. Vice-reitora Profª. Adélia Maria Carvalho de Melo Pinheiro

Reitor Prof. Antonio Joaquim da Silva Bastos. Vice-reitora Profª. Adélia Maria Carvalho de Melo Pinheiro Universidade Estadual de Santa Cruz Reitor Prof. Antonio Joaquim da Silva Bastos Vice-reitora Profª. Adélia Maria Carvalho de Melo Pinheiro Pró-reitora de Graduação Profª. Flávia Azevedo de Mattos Moura

Leia mais

A ORDEM DE PALAVRAS NO PORTUGUÊS, de EROTILDE GORETI PEZATTI

A ORDEM DE PALAVRAS NO PORTUGUÊS, de EROTILDE GORETI PEZATTI LIVRO RESENHADO PEZATTI, EROTILDE GORETI. A ORDEM DE PALAVRAS NO PORTUGUÊS. SÃO PAULO: PARÁBOLA, 2014. 144 P. A ORDEM DE PALAVRAS NO PORTUGUÊS, de EROTILDE GORETI PEZATTI Dennis Castanheira Mestrando em

Leia mais

Maria de Fátima Duarte Henrique dos Santos. Tradição e funcionalidade na análise de verbos de medida: um estudo de aspectos sintáticos-semânticos

Maria de Fátima Duarte Henrique dos Santos. Tradição e funcionalidade na análise de verbos de medida: um estudo de aspectos sintáticos-semânticos Maria de Fátima Duarte Henrique dos Santos Tradição e funcionalidade na análise de verbos de medida: um estudo de aspectos sintáticos-semânticos Dissertação de Mestrado Dissertação apresentada como requisito

Leia mais

O MEIO QUE NA MÍDIA: UMA ABORDAGEM FUNCIONAL DA LÍNGUA

O MEIO QUE NA MÍDIA: UMA ABORDAGEM FUNCIONAL DA LÍNGUA 455 de 663 O MEIO QUE NA MÍDIA: UMA ABORDAGEM FUNCIONAL DA LÍNGUA Gilsileide Cristina Barros Lima 136 Milca Cerqueira Etinger Silva 137 Valéria Viana da Silva 138 Jorge Augusto Alves da Silva 139 RESUMO

Leia mais

Bárbara da Silva. Português. Aula 55 Classificação do sujeito

Bárbara da Silva. Português. Aula 55 Classificação do sujeito Bárbara da Silva Português Aula 55 Classificação do sujeito Classificação do Sujeito O sujeito das orações da língua portuguesa pode ser determinado ou indeterminado. Existem ainda as orações sem sujeito.

Leia mais

VARIAÇÃO NO USO DAS PREPOSIÇÕES EM E PARA/A COM VERBOS DE MOVIMENTO NO PORTUGUÊS BRASILEIRO

VARIAÇÃO NO USO DAS PREPOSIÇÕES EM E PARA/A COM VERBOS DE MOVIMENTO NO PORTUGUÊS BRASILEIRO Página 93 de 510 VARIAÇÃO NO USO DAS PREPOSIÇÕES EM E PARA/A COM VERBOS DE MOVIMENTO NO PORTUGUÊS BRASILEIRO Rodrigo Barreto de Sousa (UESB) Elisângela Gonçalves (PPGLin/UESB) RESUMO É previsto que, no

Leia mais

ESTUDO SOCIOFUNCIONALISTA DE ESTRUTURAS COM O CLÍTICO SE NO PORTUGUÊS BRASILEIRO

ESTUDO SOCIOFUNCIONALISTA DE ESTRUTURAS COM O CLÍTICO SE NO PORTUGUÊS BRASILEIRO Página 115 de 511 ESTUDO SOCIOFUNCIONALISTA DE ESTRUTURAS COM O CLÍTICO SE NO PORTUGUÊS BRASILEIRO Jodalmara Oliveira Rocha Teixeira Elizane de Souza Teles Silva (UESB Jorge Augusto Alves da Silva Valéria

Leia mais

OS DIFERENTES CRITÉRIOS UTILIZADOS PARA CLASSIFICAÇÃO DE PALAVRAS EM GRAMÁTICAS ESCOLARES

OS DIFERENTES CRITÉRIOS UTILIZADOS PARA CLASSIFICAÇÃO DE PALAVRAS EM GRAMÁTICAS ESCOLARES OS DIFERENTES CRITÉRIOS UTILIZADOS PARA CLASSIFICAÇÃO DE PALAVRAS EM GRAMÁTICAS ESCOLARES Maria Luiza Casado Silva casadoluiza01@gmail.com Luana Lima Cabral da Silva luannnalima78@gmail.com Universidade

Leia mais

CRIAÇÃO LEXICAL: O USO DE NEOLOGISMOS NO PORTUGUÊS FALADO EM DOURADOS

CRIAÇÃO LEXICAL: O USO DE NEOLOGISMOS NO PORTUGUÊS FALADO EM DOURADOS CRIAÇÃO LEXICAL: O USO DE NEOLOGISMOS NO PORTUGUÊS FALADO EM DOURADOS Paulo Gerson Rodrigues Stefanello ¹; Elza Sabino da Silva Bueno². ¹Aluno do 4º ano do Curso de Letras Português/Espanhol. Bolsista

Leia mais

TÍTULO DA PESQUISA: O ir e vir das preposições - um estudo diacrônico dos complementos dos verbos ir e vir no português mineiro de Uberaba.

TÍTULO DA PESQUISA: O ir e vir das preposições - um estudo diacrônico dos complementos dos verbos ir e vir no português mineiro de Uberaba. TÍTULO DA PESQUISA: O ir e vir das preposições - um estudo diacrônico dos complementos dos verbos ir e vir no português mineiro de Uberaba. ANO DE INÍCIO: 2010 NOME DO BOLSISTA: Thamiris Abrão Borralho.

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ COORDENADORIA DE CONCURSOS CCV. Evento: Concurso Público para Provimento de Cargos Técnico-Administrativos em Educação

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ COORDENADORIA DE CONCURSOS CCV. Evento: Concurso Público para Provimento de Cargos Técnico-Administrativos em Educação Língua Portuguesa Questão 01 A questão 01 trata de sinonímia, item 4.1 do Programa. É correta a alternativa D. A palavra "intermitente" (linha 07), conforme Houaiss, significa descontínuo, ou seja, algo

Leia mais

VARIAÇÃO ENTRE TU E VOCÊ NA CONVERSAÇÃO DE NATAL: UM CASO DE ESPECIALIZAÇÃO POR ESPECIFICAÇÃO?

VARIAÇÃO ENTRE TU E VOCÊ NA CONVERSAÇÃO DE NATAL: UM CASO DE ESPECIALIZAÇÃO POR ESPECIFICAÇÃO? VARIAÇÃO ENTRE TU E VOCÊ NA CONVERSAÇÃO DE NATAL: UM CASO DE ESPECIALIZAÇÃO POR ESPECIFICAÇÃO? Profa. Ma. Francielly Coelho da Silva Universidade Federal do Rio Grande do Norte franciellycdsp@gmail.com

Leia mais

(2) A rápida publicação deste livro pela editora foi um bom negócio.

(2) A rápida publicação deste livro pela editora foi um bom negócio. 1 Introdução Esta dissertação tem o objetivo geral de investigar as formas nominalizadas deverbais no que tange ao seu aspecto polissêmico e multifuncional. O objetivo específico consiste em verificar,

Leia mais

Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos

Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos A SUBSTITUIÇÃO DE NÓS POR A GENTE NA FALA DE NOVA IGUAÇU Stêphanie Rocha Vieira Elexias (UFRRJ) fanyrve@gmail.com Juliana Barbosa de Segadas Vianna (UFRRJ) julianasegadas@gmail.com RESUMO A investigação

Leia mais

Concordância verbal, variação e ensino

Concordância verbal, variação e ensino Concordância verbal, variação e ensino RENATA LÍVIA DE ARAÚJO SANTOS Doutoranda em Linguística pelo Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística da Universidade Federal de Alagoas. Resumo: Este trabalho

Leia mais

4 Metodologia. 4.1 Metodologia naturalista: produção da fala espontânea

4 Metodologia. 4.1 Metodologia naturalista: produção da fala espontânea 4 Metodologia 4.1 Metodologia naturalista: produção da fala espontânea O presente estudo fez uso de dados naturalistas ou ecológicos coletados para um estudo longitudinal (Martins, 2007). Um estudo naturalista

Leia mais

A INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO NO PORTUGUÊS ORAL EM SITUAÇÕES FORMAIS E INFORMAIS

A INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO NO PORTUGUÊS ORAL EM SITUAÇÕES FORMAIS E INFORMAIS A INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO NO PORTUGUÊS ORAL EM SITUAÇÕES FORMAIS E INFORMAIS João Arnold Araújo Juliana Karla Gusmão de H. Bezerra Kátia Flávia Barretos Chaves CONSIDERAÇÕES INICIAIS A POSIÇÃO DA GRAMÁTICA

Leia mais

A VARIAÇÃO NÓS E A GENTE NO PORTUGUÊS CULTO CARIOCA

A VARIAÇÃO NÓS E A GENTE NO PORTUGUÊS CULTO CARIOCA Revista do GELNE, Piauí, v. 12, n.1, 2010. A VARIAÇÃO NÓS E A GENTE NO PORTUGUÊS CULTO CARIOCA Caio Cesar Castro da Silva* Resumo Pretende-se observar a distribuição entre as variantes de primeira pessoa

Leia mais

Adriana Gibbon (Universidade Federal de Santa Catarina)

Adriana Gibbon (Universidade Federal de Santa Catarina) A EXPRESSÃO DO TEMPO FUTURO NA LÌNGUA FALADA DE FLORIANÓPOLIS: VARIAÇÃO (THE EXPRESSION OF FUTURE TIME IN THE SPOKEN LANGUAGE OF FLORIANÓPOLIS: VARIATION) Adriana Gibbon (Universidade Federal de Santa

Leia mais

Apresentação 11 Lista de abreviações 13. Parte I: NATUREZA, ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA LINGUAGEM

Apresentação 11 Lista de abreviações 13. Parte I: NATUREZA, ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA LINGUAGEM Sumário Apresentação 11 Lista de abreviações 13 Parte I: NATUREZA, ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA LINGUAGEM O homem, a linguagem e o conhecimento ( 1-6) O processo da comunicação humana ( 7-11) Funções da

Leia mais

TRABALHO COM OS GÊNEROS / ENSINO DA LÍNGUA PADRÃO

TRABALHO COM OS GÊNEROS / ENSINO DA LÍNGUA PADRÃO TRABALHO COM OS GÊNEROS / ENSINO DA LÍNGUA PADRÃO META Problematizar o trabalho com gêneros nas aulas de língua materna, diante do desafi o de apresentar aos alunos a variante padrão, conforme descrita

Leia mais

A DISTRIBUIÇÃO DO PROCESSO DE APAGAMENTO DO RÓTICO NAS QUATRO ÚLTIMAS DÉCADAS: TRÊS CAPITAIS EM CONFRONTO

A DISTRIBUIÇÃO DO PROCESSO DE APAGAMENTO DO RÓTICO NAS QUATRO ÚLTIMAS DÉCADAS: TRÊS CAPITAIS EM CONFRONTO A DISTRIBUIÇÃO DO PROCESSO DE APAGAMENTO DO RÓTICO NAS QUATRO ÚLTIMAS DÉCADAS: TRÊS CAPITAIS EM CONFRONTO Aline de Jesus Farias Oliveira (UFRJ/IC-FAPERJ)) Dinah Maria Isensee Callou (UFRJ/CNPq) dcallou@gmail.com

Leia mais

1ª Série. 2LET020 LITERATURA BRASILEIRA I Estudo das produções literárias durante a época colonial: Quinhentismo, Barroco e Neoclassicismo.

1ª Série. 2LET020 LITERATURA BRASILEIRA I Estudo das produções literárias durante a época colonial: Quinhentismo, Barroco e Neoclassicismo. 1ª Série 2LET039 DEBATES E SEMINÁRIOS EM TEMAS CONTEMPORÂNEOS Produção oral sobre temas da contemporaneidade: direitos humanos, educação ambiental, as diversidades étnico-racial, de gênero, sexual, religiosa,

Leia mais

Métodos e Técnicas de Pesquisas ARTIGO CIENTÍFICO. Professor Adm. Walter Martins Júnior CRA-PR

Métodos e Técnicas de Pesquisas ARTIGO CIENTÍFICO. Professor Adm. Walter Martins Júnior CRA-PR Métodos e Técnicas de Pesquisas ARTIGO CIENTÍFICO Professor Adm. Walter Martins Júnior CRA-PR 15.063 ALGUMAS REGRAS 2 não deixe para a última hora escreva leia alguns relatórios ou resumos faça um esboço

Leia mais

Orações completivas regidas por verbos não factivos: regras de uso e ensino de PL2E

Orações completivas regidas por verbos não factivos: regras de uso e ensino de PL2E Fernanda Martins Sanromã Marques Orações completivas regidas por verbos não factivos: regras de uso e ensino de PL2E Dissertação de Mestrado Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Estudos

Leia mais

O OBJETO DIRETO ANAFÓRICO E SUAS MÚLTIPLAS REALIZAÇÕES NO PORTUGUÊS BRASILEIRO

O OBJETO DIRETO ANAFÓRICO E SUAS MÚLTIPLAS REALIZAÇÕES NO PORTUGUÊS BRASILEIRO 239 de 298 O OBJETO DIRETO ANAFÓRICO E SUAS MÚLTIPLAS REALIZAÇÕES NO PORTUGUÊS BRASILEIRO Daiane Gomes Amorim 62 (UESB) Telma Moreira Vianna Magalhães ** (UESB) RESUMO O presente trabalho apresenta um

Leia mais

AS LÍNGUAS DE CABO VERDE

AS LÍNGUAS DE CABO VERDE UNIVERSIDADE DE LISBOA FACULDADE DE LETRAS DEPARTAMENTO DE LINGUÍSTICA GERAL E ROMÂNICA AS LÍNGUAS DE CABO VERDE UMA RADIOGRAFIA SOCIOLINGUÍSTICA Anexo 14: Tabela Análise Linguística Tese orientada pela

Leia mais

DO ANTIGO AO NOVO: DA MUDANÇA DA TEORIA LINGUÍSTICA À MUDANÇA DA LÍNGUA

DO ANTIGO AO NOVO: DA MUDANÇA DA TEORIA LINGUÍSTICA À MUDANÇA DA LÍNGUA 471 de 663 DO ANTIGO AO NOVO: DA MUDANÇA DA TEORIA LINGUÍSTICA À MUDANÇA DA LÍNGUA Sivonei Ribeiro Rocha 146 (UESB) Jorge Augusto Alves da Silva 147 (UESB) RESUMO Este trabalho compara o conceito de mudança

Leia mais

SOBRE SALVADOR: RESULTADOS DE TRÊS ESTUDOS VARIACIONISTAS

SOBRE SALVADOR: RESULTADOS DE TRÊS ESTUDOS VARIACIONISTAS SOBRE SALVADOR: RESULTADOS DE TRÊS ESTUDOS VARIACIONISTAS Norma da Silva Lopes (UNEB) 1 (nlopes58@gmail.com) Lorena Cristina Nascimento (UNEB) 2 (lcristinarn@yahoo.com.br) Marli Pereira Batista (UNEB)

Leia mais

A REFERÊNCIA DE PRIMEIRA PESSOA EM ORAÇÕES REDUZIDAS DE INFINITIVO INICIADAS POR PARA

A REFERÊNCIA DE PRIMEIRA PESSOA EM ORAÇÕES REDUZIDAS DE INFINITIVO INICIADAS POR PARA A REFERÊNCIA DE PRIMEIRA PESSOA EM ORAÇÕES REDUZIDAS DE INFINITIVO INICIADAS POR PARA João Ricardo Melo Figueiredo Faculdade de Letras Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) letras@ufrj.br Resumo

Leia mais

Web - Revista SOCIODIALETO

Web - Revista SOCIODIALETO LABOV, William. A motivação social de uma mudança sonora In: Padrões sociolinguísticos. Trad. Marcos Bagno, Maria Marta Pereira Scherre, Caroline Rodrigues Cardoso. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.

Leia mais

REFLEXÕES SOBRE O APAGAMENTO DO RÓTICO EM CODA SILÁBICA NA ESCRITA

REFLEXÕES SOBRE O APAGAMENTO DO RÓTICO EM CODA SILÁBICA NA ESCRITA 79 de 368 REFLEXÕES SOBRE O APAGAMENTO DO RÓTICO EM CODA SILÁBICA NA ESCRITA Geisa Borges da Costa * (UFBA) RESUMO O presente trabalho objetiva investigar os aspectos relacionados ao apagamento do rótico

Leia mais

Lucelene Teresinha Franceschini * 1. Considerações iniciais

Lucelene Teresinha Franceschini * 1. Considerações iniciais A referência semântica dos pronomes pessoais nós/a gente no falar de Concórdia (Santa Catarina) The semantic reference of personal pronouns nós/a gente in the spoken language of Concórdia (Santa Catarina)

Leia mais

O /S/ EM CODA SILÁBICA NO NORDESTE, A PARTIR DOS INQUÉRITOS DO PROJETO ATLAS LINGÜÍSTICO DO BRASIL (ALIB).

O /S/ EM CODA SILÁBICA NO NORDESTE, A PARTIR DOS INQUÉRITOS DO PROJETO ATLAS LINGÜÍSTICO DO BRASIL (ALIB). 157 de 297 O /S/ EM CODA SILÁBICA NO NORDESTE, A PARTIR DOS INQUÉRITOS DO PROJETO ATLAS LINGÜÍSTICO DO BRASIL (ALIB). Cláudia Santos de Jesus (UFBA) Jacyra Andrade Mota (UFBA) RESUMO A presente pesquisa

Leia mais

Apresentação Conceitos básicos Gramática, variação e normas Saberes gramaticais na escola... 31

Apresentação Conceitos básicos Gramática, variação e normas Saberes gramaticais na escola... 31 Sumário Apresentação... 9 Conceitos básicos... 11 Gramática, variação e normas... 13 Dinah Callou A propósito de gramática e norma... 15 O ensino e a constituição de normas no Brasil... 21 A propósito

Leia mais

A MARCAÇÃO DE NÚMERO NO SINTAGMA NOMINAL NOS FALANTES BREVENSES: UM EXERCÍCIO VARIACIONISTA

A MARCAÇÃO DE NÚMERO NO SINTAGMA NOMINAL NOS FALANTES BREVENSES: UM EXERCÍCIO VARIACIONISTA 19 A MARCAÇÃO DE NÚMERO NO SINTAGMA NOMINAL NOS FALANTES BREVENSES: UM EXERCÍCIO VARIACIONISTA Alan Gonçalves MIRANDA (G-UFPA) Celso FRANCÊS JÚNIOR RESUMO Diversos estudos sociolinguísticos já comprovaram

Leia mais

A Indeterminação do Sujeito na Linguística Descritiva: Novas Abordagens e Estratégias Alternativas

A Indeterminação do Sujeito na Linguística Descritiva: Novas Abordagens e Estratégias Alternativas Artigo A Indeterminação do Sujeito na Linguística Descritiva: Novas Abordagens e Estratégias Alternativas Gilvanei de Oliveira Souza 1 ; Valéria Viana Sousa 2 Resumo: Este artigo consiste em uma releitura

Leia mais

ESCOLA SECUNDÁRIA DE SAMPAIO Ano Lectivo 2008/ Planificação a Longo Prazo ESPANHOL L/E (Iniciação nível I) 10ºAno Formação Específica

ESCOLA SECUNDÁRIA DE SAMPAIO Ano Lectivo 2008/ Planificação a Longo Prazo ESPANHOL L/E (Iniciação nível I) 10ºAno Formação Específica ESCOLA SECUNDÁRIA DE SAMPAIO Ano Lectivo 2008/ 2009 Planificação a Longo Prazo ESPANHOL L/E (Iniciação nível I) 10ºAno Formação Específica Objectivos de aprendizagem Competências comunicativas Conteúdos

Leia mais

A ORALIDADE E O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES

A ORALIDADE E O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES A ORALIDADE E O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES Maria de Fátima de Souza Aquino (UEPB) 1. Introdução Nas últimas décadas os estudos sobre a oralidade têm avançado significativamente,

Leia mais

Sujeito determinado: ocorre quando a terminação do verbo e o contexto permitem: - reconhecer que existe um elemento ao qual o predicado se refere;

Sujeito determinado: ocorre quando a terminação do verbo e o contexto permitem: - reconhecer que existe um elemento ao qual o predicado se refere; Tipos de sujeito Sujeito determinado: ocorre quando a terminação do verbo e o contexto permitem: - reconhecer que existe um elemento ao qual o predicado se refere; - indicar quem é esse elemento. Exemplo:

Leia mais

ANÁLISE DESCRITIVA DOS ASPECTOS SEMÂNTICO-PRAGMÁTICOS QUE PREJUDICAM A INTERCOMPREENSÃO DOS ALUNOS TIMORENSES DA UNILAB

ANÁLISE DESCRITIVA DOS ASPECTOS SEMÂNTICO-PRAGMÁTICOS QUE PREJUDICAM A INTERCOMPREENSÃO DOS ALUNOS TIMORENSES DA UNILAB ANÁLISE DESCRITIVA DOS ASPECTOS SEMÂNTICO-PRAGMÁTICOS QUE PREJUDICAM A INTERCOMPREENSÃO DOS ALUNOS TIMORENSES DA UNILAB Marlene Arminda Quaresma JosÉ 1, Claúdia Ramos Carioca 2 RESUMO A maioria dos estudantes

Leia mais

PARÂMETROS SOCIOLINGUÍSTICOS DO PORTUGUÊS DE NATAL. Palavras-chave: variação lingüística; sociedade; conectores coordenativos

PARÂMETROS SOCIOLINGUÍSTICOS DO PORTUGUÊS DE NATAL. Palavras-chave: variação lingüística; sociedade; conectores coordenativos 27 PARÂMETROS SOCIOLINGUÍSTICOS DO PORTUGUÊS DE NATAL Simone Queiroz Mendonça Resumo A partir de uma reflexão sobre a formação da língua portuguesa tendo como base o aparato teórico-metodológico da sociolingüística

Leia mais

Processamento fonológico e habilidades iniciais. de leitura e escrita em pré-escolares: enfoque no. desenvolvimento fonológico

Processamento fonológico e habilidades iniciais. de leitura e escrita em pré-escolares: enfoque no. desenvolvimento fonológico Renata Maia Vitor Processamento fonológico e habilidades iniciais de leitura e escrita em pré-escolares: enfoque no desenvolvimento fonológico Dissertação de mestrado apresentada ao curso de Pós-Graduação

Leia mais

SOCIOLINGUÍSTICA VARIACIONISTA E COMUNIDADE DE FALA: UMA REFLEXÃO.

SOCIOLINGUÍSTICA VARIACIONISTA E COMUNIDADE DE FALA: UMA REFLEXÃO. 0 CENTRO DE HUMANIDADES DEPARTAMENTO DE LETRAS - CAMPUS III CURSO DE LETRAS RISOCLÉCIA CRUZ SILVA SOCIOLINGUÍSTICA VARIACIONISTA E COMUNIDADE DE FALA: UMA REFLEXÃO. GUARABIRA - PB 2014 1 RISOCLÉCIA CRUZ

Leia mais

A FLEXÃO PORTUGUESA: ELEMENTOS QUE DESMISTIFICAM O CONCEITO DE QUE FLEXÃO E CONCORDÂNCIA SÃO CATEGORIAS SINTÁTICAS DEPENDENTES 27

A FLEXÃO PORTUGUESA: ELEMENTOS QUE DESMISTIFICAM O CONCEITO DE QUE FLEXÃO E CONCORDÂNCIA SÃO CATEGORIAS SINTÁTICAS DEPENDENTES 27 Página 75 de 315 A FLEXÃO PORTUGUESA: ELEMENTOS QUE DESMISTIFICAM O CONCEITO DE QUE FLEXÃO E CONCORDÂNCIA SÃO CATEGORIAS SINTÁTICAS DEPENDENTES 27 Iany França Pereira 28 (UESB) Cristiane Namiuti Temponi

Leia mais

Língua, Linguagem e Variação

Língua, Linguagem e Variação Língua, Linguagem e Variação André Padilha Gramática Normativa O que é Língua? Definição Língua é um sistema de representação constituído po signos linguísticos socialmente construídos que são organizados

Leia mais

A ALTERNÂNCIA DOS MODOS SUBJUNTIVO/INDICATIVO COM VERBOS DE JULGAMENTO

A ALTERNÂNCIA DOS MODOS SUBJUNTIVO/INDICATIVO COM VERBOS DE JULGAMENTO A ALTERNÂNCIA DOS MODOS SUBJUNTIVO/INDICATIVO COM VERBOS DE JULGAMENTO Áurea Cristina Bezerra da Silva Pinho Francineudo Duarte Pinheiro Júnior INTRODUÇÃO Alguns estudos, no Brasil, já se detiveram sobre

Leia mais

Linguística e Língua Portuguesa 2016/01

Linguística e Língua Portuguesa 2016/01 e Língua Portuguesa 2016/01 Código HL 019 Disciplina IV Quarta: 20h30-22h10 e Sexta: 18h30-20h30 Professor Andressa D Ávila Bibliografia mínima A disciplina propõe apresentar conceitos fundamentais para

Leia mais

INFLUÊNCIAS PROSÓDICAS, ACÚSTICAS E GRAMATICAIS SOBRE A PONTUAÇÃO DE TEXTOS ESCRITOS

INFLUÊNCIAS PROSÓDICAS, ACÚSTICAS E GRAMATICAIS SOBRE A PONTUAÇÃO DE TEXTOS ESCRITOS Página 21 de 315 INFLUÊNCIAS PROSÓDICAS, ACÚSTICAS E GRAMATICAIS SOBRE A PONTUAÇÃO DE TEXTOS ESCRITOS José Júnior Dias da Silva 5 (UESB) Vera Pacheco 6 (UESB) RESUMO O presente trabalho visa analisar redações

Leia mais

A CASA DO SIMULADO DESAFIO QUESTÕES MINISSIMULADO 49/360

A CASA DO SIMULADO DESAFIO QUESTÕES MINISSIMULADO 49/360 1 DEMAIS SIMULADOS NO LINK ABAIXO CLIQUE AQUI REDE SOCIAL SIMULADO 49/360 PORTUGUÊS INSTRUÇÕES TEMPO: 30 MINUTOS MODALIDADE: CERTO OU ERRADO 30 QUESTÕES CURTA NOSSA PÁGINA MATERIAL LIVRE Este material

Leia mais

Evento: Seleção para o Semestre I das Casas de Cultura Estrangeira PARECER

Evento: Seleção para o Semestre I das Casas de Cultura Estrangeira PARECER Questão 22 A questão 22 trata de sintaxe, especificamente, item 4.4 do Programa: distinção entre regentes e regidos. É correta a alternativa B. No trecho até incendiar a secretaria da escola para queimar

Leia mais

VARIAÇÃO NÓS E A GENTE NA FALA CULTA DA CIDADE DE MACEIÓ/AL

VARIAÇÃO NÓS E A GENTE NA FALA CULTA DA CIDADE DE MACEIÓ/AL VARIAÇÃO NÓS E A GENTE NA FALA CULTA DA CIDADE DE MACEIÓ/AL Elyne Giselle de Santana Lima Aguiar Vitório 1 RESUMO Analisamos a variação nós e a gente na posição de sujeito na fala culta da cidade de Maceió.

Leia mais

Letras Língua Espanhola

Letras Língua Espanhola Letras Língua Espanhola 1º Semestre Disciplina: Introdução aos Estudos Literários Ementa: Estudo crítico das noções de literatura. Revisão das categorias tradicionais de gêneros literários e estudo dos

Leia mais

RESENHA MARTELOTTA, MÁRIO EDUARDO. MUDANÇA LINGUÍSTICA: UMA ABORDAGEM BASEADA NO USO. SÃO PAULO: CORTEZ, 2011, 135 PÁGS.

RESENHA MARTELOTTA, MÁRIO EDUARDO. MUDANÇA LINGUÍSTICA: UMA ABORDAGEM BASEADA NO USO. SÃO PAULO: CORTEZ, 2011, 135 PÁGS. 319 RESENHA MARTELOTTA, MÁRIO EDUARDO. MUDANÇA LINGUÍSTICA: UMA ABORDAGEM BASEADA NO USO. SÃO PAULO: CORTEZ, 2011, 135 PÁGS. SANTOS, Aymmée Silveira 1 aymmeesst@gmail.com UFPB SILVA, Camilo Rosa 2 camilorosa@gmail.com

Leia mais

Bruno de Andrade Rodrigues. Estudo Descritivo dos Usos do Clítico lhe na Variedade formal do Português DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

Bruno de Andrade Rodrigues. Estudo Descritivo dos Usos do Clítico lhe na Variedade formal do Português DISSERTAÇÃO DE MESTRADO Bruno de Andrade Rodrigues Estudo Descritivo dos Usos do Clítico lhe na Variedade formal do Português DISSERTAÇÃO DE MESTRADO DEPARTAMENTO DE LETRAS Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem Rio

Leia mais

Introdução. 1O objeto direto anafórico

Introdução. 1O objeto direto anafórico Como os falantes de Feira de Santana BA realizam o objeto direto anafórico? Francieli Motta da Silva Barbosa Nogueira (UFBA) francielimotta@yahoo.com.br Introdução O português brasileiro (PB) tem se mostrado,

Leia mais

PLANO DE ENSINO. Dados de Identificação. Ementa. Objetivos

PLANO DE ENSINO. Dados de Identificação. Ementa. Objetivos PLANO DE ENSINO Dados de Identificação Campus: Jaguarão Curso: Letras - Português Componente Curricular: JLEAD004 - Estudos Gramaticais I Código: 41094 Pré-requisito(s): Não se aplica Docentes: Denise

Leia mais

Linguística O Gerativismo de Chomsky

Linguística O Gerativismo de Chomsky Linguística O Gerativismo de Chomsky Profª. Sandra Moreira Conteúdo Programático A Gramática Gerativa Inatismo versus Behaviorismo Competência e Desempenho Estrutura Profunda e Estrutura Superficial Objetivos

Leia mais

Realizações do sujeito expletivo em construções com o verbo ter existencial na fala alagoana

Realizações do sujeito expletivo em construções com o verbo ter existencial na fala alagoana Realizações do sujeito expletivo em construções com o verbo ter existencial na fala alagoana ELYNE GISELLE DE SANTANA LIMA AGUIAR VITÓRIO Doutoranda em Linguística pelo Programa de Pós-Graduação em Letras

Leia mais

II SiS-Vogais. Priscilla Garcia Universidade Federal da Bahia. Belo Horizonte MG Maio de 2009

II SiS-Vogais. Priscilla Garcia Universidade Federal da Bahia. Belo Horizonte MG Maio de 2009 II SiS-Vogais Belo Horizonte MG Maio de 2009 Priscilla Garcia (priscilla_garcia@ymail.com) Universidade Federal da Bahia OBJETIVO Descrever e analisar o comportamento das vogais médias em posição tônica

Leia mais

Juliana da Silva Neto

Juliana da Silva Neto Juliana da Silva Neto "Vai que...": Estruturas alternativas ao período hipotético eventual com o futuro do subjuntivo: uma contribuição para o ensino de português como segunda língua para estrangeiros

Leia mais

1 Introdução. 1.1 O que motivou a pesquisa e objetivos

1 Introdução. 1.1 O que motivou a pesquisa e objetivos 1 Introdução 1.1 O que motivou a pesquisa e objetivos Os conceitos de transitividade verbal e de complementação verbal são de fundamental importância para o estudo da sintaxe na língua portuguesa. Entretanto,

Leia mais

Debora Carvalho Capella. Um estudo descritivo do vocativo em linguagem oral para Português L2. Dissertação de Mestrado

Debora Carvalho Capella. Um estudo descritivo do vocativo em linguagem oral para Português L2. Dissertação de Mestrado Debora Carvalho Capella Um estudo descritivo do vocativo em linguagem oral para Português L2 Dissertação de Mestrado Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre pelo

Leia mais

SUMÁRIO APRESENTAÇÃO...9. A NOÇÃO DE CONSTITUINTE...15 Objetivos gerais do capítulo Leituras complementares...53 Exercícios...

SUMÁRIO APRESENTAÇÃO...9. A NOÇÃO DE CONSTITUINTE...15 Objetivos gerais do capítulo Leituras complementares...53 Exercícios... SUMÁRIO APRESENTAÇÃO...9 A NOÇÃO DE CONSTITUINTE...15 Objetivos gerais do capítulo...15 1. Unidades de análise: constituintes sintáticos...16 2. Testes de identificação de constituintes...21 3. Sintagmas

Leia mais

A indeterminação do sujeito na Bahia: a contribuição do ALiB para o ensino

A indeterminação do sujeito na Bahia: a contribuição do ALiB para o ensino Este é um artigo publicado em acesso aberto (Open Access) sob a licença Creative Commons Attribution, que permite uso, distribuição e reprodução em qualquer meio, sem restrições desde que o trabalho original

Leia mais

Funções gramaticais: Sujeito e predicado. Luiz Arthur Pagani (UFPR)

Funções gramaticais: Sujeito e predicado. Luiz Arthur Pagani (UFPR) Funções gramaticais: Sujeito e predicado (UFPR) 1 1 Tradição gramatical termos essenciais: São termos essenciais da oração o sujeito e o predicado. [2, p. 119] As orações de estrutura favorita em português

Leia mais

NOTAS DE AULA CONSTRUÇÃO DO MARCO TEÓRICO CONCEITUAL 1

NOTAS DE AULA CONSTRUÇÃO DO MARCO TEÓRICO CONCEITUAL 1 NOTAS DE AULA CONSTRUÇÃO DO MARCO TEÓRICO CONCEITUAL 1 Profa. Gláucia Russo Um projeto de pesquisa pode se organizar de diversas formas, naquela que estamos trabalhando aqui, a problematização estaria

Leia mais