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1 02 a 05 setembro 2013 Faculdade de Letras UFRJ Rio de Janeiro - Brasil SIMPÓSIO - PADRÕES DE CONCORDÂNCIA EM VARIEDADES AFRICANAS, BRASILEIRAS E EUROPEIAS DO PORTUGUÊS: CONTRIBUIÇÕES DO PROJETO 21 ALFAL

2 INDÍCE DE TRABALHOS (EM ORDEM ALFABÉTICA) A concordância verbal em Feira de Santana e em Luanda: uma comparação Silvana Silva de Farias Araujo e Dante Lucchesi Página 03 As estratégias de concordância de nós e a gente em estruturas predicativas em variedades do português Juliana Barbosa de Segadas Vianna e Célia Regina dos Santos Lopes Página 04 Categorias pessoa e número, interfaces morfologia/fonologia/ sintaxe e padrões variantes de concordância sujeito-verbo, em português Maria Antónia Mota Página 07 Concordância verbal e passivas sintéticas no Português de Funchal, Oeiras e Cacém Angela Marina Bravin dos Santos Página 09 Contribuições do Projeto 21 da ALFAL: a concordância em variedades do português Silvia Rodrigues Vieira e Silvia Figueiredo Brandão Página 11 Dois pastel e um chopes: a concordância nominal na cidade de São Paulo Livia Oushiro Página 12 Sintaxe e pragmática das formas de tratamento no português: a questão da concordância verbal Leonardo Lennertz Marcotulio e Célia Regina dos Santos Lopes Página 14 Sobre a característica parcialmente pro-drop do Português Brasileiro Silvia Regina de Oliveira Cavalcante Página 16 Sujeitos nulos e marcas de concordância verbal Maria Eugenia Lammoglia Duarte e Filomena de Oliveira Azevedo Varejão Página 18 TER e HAVER e a questão da concordância Dinah Callou, Érica Almeida e Priscila Batista Página 19 Um estudo sincrônico da concordância verbal de terceira pessoa do plural no PB e no PE Alexandre Monte Página 20 Um panorama sociofuncional da norma escrita de concordância nas construções nomeadas tradicionalmente de passivas pronominais Marcia dos Santos Machado Vieira Página 21

3 A CONCORDÂNCIA VERBAL EM FEIRA DE SANTANA E EM LUANDA: UMA COMPARAÇÃO Silvana Silva de Farias Araujo e Dante Lucchesi O uso variável da concordância verbal de número é um fenômeno que tem sido apontado como típico do vernáculo brasileiro. Nesse sentido, desde os trabalhos dos primeiros filólogos e dialetólogos do início do século passado, a ausência do morfema de plural nas formas verbais vem sendo assinalada como um fenômeno que diferencia o português brasileiro (PB) do português europeu (PE) e o assemelha ao português africano (PA) (cf. CHAVES de MELO, 1946, entre outros). Estudos recentes, pautados em materiais sociolinguisticamente constituídos, a exemplo do realizado por Brandão e Vieira (2012), também têm demonstrado semelhanças entre o português falado no Brasil e em países africanos (nesse caso, em São Tomé), no que se refere à corcordância verbal. Sem dúvida, é inegável a importância de trabalhos que comparam a variedade brasileira com as faladas em outros continentes que não apenas o europeu, pois, assim, torna-se possível, a ampliação do debate sobre a influência do contato linguístico na formação das variedades do português, além da discussão sobre questões relativas à atuação de fatores linguísticos e socioculturais no uso de fenômenos linguísticos variáveis. Desse modo, com o trabalho que ora se apresenta, pretendemos apresentar um estudo sociolinguístico contrastivo entre o português falado em Feira de Santana-Bahia-Brasil e o falado em Luanda-Angola-África, tomando como fenômeno linguístico a ser analisado a concordância verbal com a terceira pessoa do plural. Partimos do princípio de que as análises empíricas devam ser realizadas e interpretadas considerandose as particularidades sócio-históricas das variedades e das subvariedades em questão. Assim, são analisadas entrevistas representativas do português popular e culto das duas variedades do português (de forma conjunta e separada). O corpus da pesquisa provém de dados levantados em entrevistas do tipo DID (Diálogo entre informante e documentador) pertencentes ao acervo dos projetos A língua portuguesa do semiárido baiano Fase 3 e Em busca das raízes do português brasileiro, ambos sediados na Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Objetiva-se contribuir com o conhecimento sobre as características do português falado no Brasil e na África, apresentando as frequências de uso e os contextos que atuam no favorecimento ou desfavorecimento da variação. 3

4 AS ESTRATÉGIAS DE CONCORDÂNCIA DE NÓS E A GENTE EM ESTRUTURAS PREDICATIVAS EM VARIEDADES DO PORTUGUÊS Juliana Barbosa de Segadas Vianna e Célia Regina dos Santos Lopes O objetivo do trabalho é analisar as estratégias de concordância de nós e a gente em estruturas predicativas a fim de determinar quais os padrões mais produtivos e frequentes em diferentes variedades do português: o português do Brasil (PB), o português europeu (PE), e o português falado no continente africano (PA) que, por sua vez, abrange variedades distintas. Consideramos como estruturas predicativas as construções nas quais as formas pronominais estabelecem, além da concordância verbal, relações de concordância predicativa com adjetivos como em (i) ou particípios como em (ii): (i) quando eles sabem que nós somos católico querem converter a gente ali... (ii)...era uma coisa normal da gente querer fazer... mas a gente era reprimida Com base em tais estruturas, levando em conta os traços formais (φ-features) e semântico-discursivos de gênero, número e pessoa que são depreendidos a partir dos padrões mais frequentes de concordância predicativa e de concordância verbal, é possível discutir os diferentes níveis de gramaticalização que pronome inovador a gente exibe nas diversas variedades do português (cf. LOPES, 2003, VIANNA, 2006, 2011; entre outros). Para análise do fenômeno em questão, serão utilizadas amostras de fala do português brasileiro (PB) e do português europeu (PE), organizadas pelo Projeto Estudo comparado dos padrões de concordância em variedades africanas, brasileiras e europeias, e, com relação às variedades africanas, faremos uso das amostras provenientes do Corpus Variedades africanas, organizado pelo Centro de Linguística da Universidade de Lisboa (CLUL), e do Corpus Tjerk, organizado pelo pesquisador Tjerk Hagemeijer. Adotando os pressupostos teórico-metodológicos da Sociolinguística quantitativa de base laboviana (WLH, 1968; LABOV, 1994), utilizaremos o programa de regras variáveis Goldvarb 2001, visando o controle estatístico das ocorrências. Associadamente, durante a análise dos dados, serão levados em conta alguns pressupostos teóricos funcionais e formais (cf. HOPPER, 1991; HEINE, 2007) que discutem o fenômeno de gramaticalização. Nessa etapa da pesquisa, pretendemos testar as hipóteses levantadas em estudos descritivos sobre o fenômeno (LOPES, 1999, 2003; MENUZZI, 1999; COSTA ET AL., 2000; PEREIRA, 2001, 2003; 4

5 VIANNA, 2006, 2011) a fim de verificar as semelhanças e as diferenças nos padrões de concordância que caracterizam o PB, o PE e as variedades africanas. As hipóteses norteadoras, levantadas nos trabalhos feitos com base na variedade brasileira e europeia são as seguintes: (i) com relação à concordância de número, o comportamento no PE e nas variedades africanas é semelhante, e a forma a gente ocorre mais frequentemente com predicativos no plural, diferentemente do que acontece no PB; (ii) a concordância de a gente com formas verbais em P4 é mais produtiva no PE e nas variedades africanas; (iii) o comportamento de a gente no PB é bastante distinto do comportamento que se observa nas variedade europeias e nas africanas. Referências Bibliográficas: COSTA, J., MOURA, D. & PEREIRA, S. Concordância com a gente: um problema para a teoria da verificação de traços. In: Actas do XVI Encontro Nacional da Associação Portuguesa de Linguística, Coimbra, HEINE, B. Grammaticalization. In: JOSEPH, B. & JANDA, R. (eds.). The Handbook of Historical Linguistics, Oxford, Blackwell, HOPPER, P. J. On some principles of grammaticalization. In: TRAUGOTT, E. C. & HEINE, B. (eds.): Approaches to grammaticalization, Volume I, Amsterdam/Philadelphia, John Benjamins Company, LABOV, W. Principles of Linguistic Change: Internal Factors. Oxford, Blackwell, LOPES, C. R. S. A inserção de a gente no quadro pronominal do português: percurso histórico. Rio de Janeiro, Tese de Doutorado, Faculdade de Letras/UFRJ, A inserção de a gente no quadro pronominal do português. 01. ed. Frankfurt am Main/ Madrid: Vervuert/Iberoamericana, MENUZZI, S. Binding Theory and Pronominal Anaphora in Brazilian Portuguese. Tese de Doutorado em linguística, Leiden, HIL/LU, PEREIRA, S. M. P. Concordância de a gente à luz da Morfologia Distribuída. Atas do XVIII Encontro Nacional da Associação Portuguesa de Linguística, Porto, Gramática Comparada de a gente: variação no Português Europeu. Dissertação de Mestrado em Gramática Comparada, Lisboa, Faculdade de Letras/ UL, VIANNA, J. B. S. A concordância de nós e a gente em estruturas predicativas na fala e na escrita carioca. Dissertação de Mestrado em Língua Portuguesa. Rio de Janeiro, Faculdade de Letras/UFRJ,

6 . Semelhanças e diferenças na implementação de a gente em variedades do português. Tese de Doutorado em Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Faculdade de Letras/ UFRJ WEINREICH, U., LABOV, W. & HERZOG, M. I. Empirical foundations for a theory of language change. In: LEHMANN, W. & MALKIEL, Y. (eds.). Directions for historical linguistics. Austin, University of Texas Press,

7 CATEGORIAS PESSOA E NÚMERO, INTERFACES MORFOLOGIA/FONOLOGIA/ SINTAXE E PADRÕES VARIANTES DE CONCORDÂNCIA SUJEITO-VERBO, EM PORTUGUÊS Maria Antónia Mota Constatada a existência, em amostras orais de variedades do português do Brasil, de África e de Portugal, de diferente mapeamento entre os traços do pronome sujeito ELE (ele, eles) e os dos sufixos de flexão verbal, mapeamento esse responsável pela existência de concordância canónica e não canónica, à luz da gramática standard do português, procura-se discutir algumas hipóteses explicativas da variação observada, articulando-as entre si: 1. Pessoa e número enquanto categorias conceptuais e gramaticais (Harley e Ritter 2002) o caso do pronome ELE e o dos paradigmas verbais: (a) sendo estas categorias inerentes ao lexema sujeito e sendo a categoria pessoa mais robusta do que número, nos pronomes (Corbett 2003), o traço de pessoa induzirá, de forma também robusta, a diferenciação dos valores [1ª], [2ª], [-2ª/-3ª] no verbo e, na relação sujeito-verbo, a concordância em pessoa; (b) no verbo, as duas categorias encontram-se, no plural, morfologicamente amalgamadas num único constituinte (fonologicamente, um segmento flutuante/n/; Mateus e Andrade 2000; Bisol 2001), pondo-se a hipótese de que a fragilidade do traço de número possa desencadear uma marcação sing. default, idêntica a +sing., ocultando simultaneamente a informação de pessoa: o número é flexional quer em ele(s) quer no verbo, mas só no verbo se atesta redução da marcação do número, em sintaxe (ver 2, segunda hipótese). 2. Estrutura morfológica e fonológica das formas de sexta ordem de um paradigma verbal. Num paradigma verbal, pode haver, em português, entre cinco e seis formas marcadas com sufixos flexionais (expoentes) distintos, diferentemente de outras línguas (Blevins 2006). Se, na ausência de outros factores internos como a ordem VS, que favorece a concordância não canónica, mesmo em falantes instruídos, a marcação da 6ª forma de um paradigma verbal é idêntica à da 3ª (padrão em (b), abaixo), tal decorrerá previsivelmente de um mapeamento particular entre estrutura morfológica, forma fonológica e forma fonética; de (b), resulta uma concordância foneticamente covert (eles sabe), não canónica; (a2), abaixo, embora com diferente interpretação de /vogal temática N/, não implica ausência de marcação, no verbo, nem concordância não canónica: (a) forma morfológica e fonológica canónicas e total mapeamento de traços, (a1) com resolução de / vogal N/ em ditongo nasal (p. e., SAB-e/N/, sabem) ou (a2) com interpretação do segmento flutuante 7

8 /N/ como nasalizando a vogal anterior mas não redundando em ditongo nasal fonético (p. e., SABe/N/, sabẽ ); (b) forma morfológica e fonológica canónicas, mas mapeamento defectivo, com ausência de interpretação fonética de /N/ e, consequentemente, ausência de ditongo nasal fonético (p. e., SAB e/n/, sabe), gerando sincretismo com a terceira célula do paradigma verbal. O tipo de fenómenos em (a2) e (b) ocorre, em variedades não standard, em itens não temáticos de outras classes lexicais (p.e., nome margem /en/, margẽ ou marge ), o que mostra a fragilidade da resolução fonética da sequência /vogaln/, apoiando a hipótese aqui proposta para o verbo, ressalvadas as diferenças. Enquanto o padrão verbal (b) tem consequências na concordância, não as há nos nomes nem na concordância em número no SN: essa sequência faz parte da base, não está associada à marcação de número. A segunda hipótese, variante de (b): em certas variedades do português, a marcação de número fica reservada ao pronome sujeito, item inerentemente marcado para as categorias em causa, diferentemente do verbo, que apenas as herda do sujeito; ambas as formas verbais têm um output idêntico a +sing. e a explicitação do pronome sujeito é tendencialmente categórica. Referências Bisol, L. (2001) Ditongo Nasal: uma hipótese e duas leituras. Razões e Emoção. Miscelânea de estudos oferecida a Maria Helena Mateus. Lisboa. Imprensa Nacional. Blevins, James P. (2006) English inflection and derivation. Bas Aarts; April McMahon (eds.) Handbook of English Linguistics. London. Blackwell: Corbett, G. (2003) Agreement: Canonical instances and the extent of the phenomenon. Booij, Geert et al. (eds.) Topics in Morphology: Selected papers from the Third Mediterranean Morphology Meeting (Barcelona, September 20-22, 2001). Barcelona. Universitat Pompeu Fabra: Harley, Heidi; Elizabeth Ritter (2002) Person and number in pronouns: a feature-geometric analysis. Language 78: Mateus, Maria Helena; Ernesto d Andrade (2000) The Phonology of Portuguese. Oxford. Oxford University Press. 8

9 CONCORDÂNCIA VERBAL E PASSIVAS SINTÉTICAS NO PORTUGUÊS DE FUNCHAL, OEIRAS E CACÉM Angela Marina Bravin dos Santos Esta pesquisa investiga, na modalidade falada do português de Funchal, Oeiras e Cacém, as construções consideradas tradicionalmente passivas sintéticas. Assim, são analisadas estruturas do tipo Comprase livro em que livro recebe estatuto de sujeito gramatical com traço semântico [+passividade], esperando-se, portanto, que a concordância verbal seja também percebida quando livro ocorrer no plural: Compram-se livros. Na língua em uso no português brasileiro, essas construções são próprias da escrita mais formal e realizam-se com e sem concordância, enquanto no português europeu aparecem frequentemente também na modalidade falada, como se verifica em (1) e (2), exemplos do português de Funchal: (1) no arco da calheta nós não tínhamos jornais_ portanto as retretes do funchal usava-se o jornal_ as retretes da calheta usava-se o pão (2) muitos dos problemas resolvem-se por dupla negociação por por cartas Por isso, o objetivo do trabalho é investigar num corpus de fala a realização das passivas sintéticas, atentando para o uso ou não da concordância verbal. Nesse sentido, assume-se a variação entre ausência e presença do elemento flexional do verbo. Em função desse caráter variável do fenômeno, a análise linguística sustenta-se nos pressupostos teórico-metodológicos da sociolinguística laboviana, a partir dos quais se verificam os contextos linguísticos e extralinguísticos que condicionam a realização ou não da concordância. Tomamos como base de dados o corpus organizado por Sílvia Rodrigues e Maria Antônia Estudo comparado dos padrões de concordância em variedades africanas, brasileiras e europeias, sendo as ocorrências submetidas ao Programa computacional Goldvarb. Serão investigadas todas as entrevistas disponíveis no site / no que se refere às variedades europeias: a fala de Funchal, Oeiras e Cacén. O levantamento de parte das ocorrências sugere que o uso das passivas sintéticas se realiza com mais frequência no português de Funchal, com preferência pela ausência de concordância. Esse resultado, ainda que incipiente, serviu de base para as perguntas que direcionam a pesquisa: a) que condicionamentos linguísticos e extralinguísticos estariam influenciando o comportamento das passivas pronominais no português europeu falado? b) é possível traçar um padrão de variável para a concordância nessas construções, tendo em vista cada região investigada? 9

10 Estudos mais recentes têm demonstrado que não se trata de estruturas com estatuto de passiva, mas de indeterminação do sujeito. Nesse caso, questiona-se a realização da concordância verbal. Embora se assuma o caráter passivo das construções sob análise, será estabelecida uma comparação entre os resultados obtidos nesta pesquisa e os resultados de alguns desses recentes estudos. Dessa forma, espera-se contribuir para o Simpósio escolhido, que tem por objetivo congregar estudos que discutem fenômenos de concordância nas variedades do português: brasileiras, europeias e africanas. 10

11 CONTRIBUIÇÕES DO PROJETO 21 DA ALFAL: A CONCORDÂNCIA EM VARIEDADES DO PORTUGUÊS Silvia Rodrigues Vieira e Silvia Figueiredo Brandão A equipe do Projeto Concordância, desenvolvido desde 2011 como Projeto ALFAL, vem investigando a concordância e temas afins, com o objetivo principal de determinar os parâmetros que caracterizam e delimitam variedades brasileiras, europeias e africanas do Português. Almeja-se construir um quadro comparativo global que permita (i) traçar, do ponto de vista geográfico, intercontinental, os padrões de concordância (marcando a diferenciação e os continua linguísticos) nas referidas variedades; e (ii) determinar tendências de mudança linguística em curso ou que se anunciam. O tratamento da multivariada situação linguística em questão realiza-se, fundamentalmente, com base nos pressupostos teóricos da Sociolinguística Variacionista, com apoio, ainda, em outros modelos teóricos. Nesta comunicação, tem-se por objetivo fazer um balanço das pesquisas levadas a cabo até o momento, discutindo os principais resultados das análises realizadas com apoio em amostras referentes a variedades urbanas do Português Europeu, do Português do Brasil e do Português de São Tomé e Príncipe o primeiro representado por Oeiras e Cacém; o segundo, por Nova Iguaçu e Copacabana; e o último, por São Tomé. Embora se proporcione uma visão geral dos estudos empreendidos, centralizam-se as observações nos fenômenos da concordância nominal e da concordância verbal, regras de diferente estatuto (categórico, semicategórico e variável) a depender da variedade nacional ou de subvariedades de cada uma delas. Enfatizam-se os resultados que demonstram que, (i) além de restrições de cunho estrutural nos níveis sintático (posição linear e relativa dos constituintes do SN; posição do sujeito em relação ao verbo), semântico (animacidade) e fonético (saliência fônica), (ii) concorrem para a implementação dos diferentes padrões de concordância verbal e nominal fortes motivações de natureza extralinguística, entre as quais se destaca o nível de escolaridade do falante. Acredita-se que os estudos já finalizados e os que se encontram em curso já fornecem elementos para testar e discutir hipóteses sobre a origem das diferenças constatadas, tendo em conta a história do português. 11

12 DOIS PASTEL E UM CHOPES: A CONCORDÂNCIA NOMINAL NA CIDADE DE SÃO PAULO Livia Oushiro Os paulistanos são nacionalmente conhecidos por falar Dois pastel e um chopes, sem a marca de plural em pastel e com um s adicional em chopes. No entanto, sabe-se que a concordância variável de número em sintagmas nominais ocorre em diversas variedades do português brasileiro, como se verifica pela vasta literatura sobre o assunto (p.ex. Braga 1977 sobre o Triângulo Mineiro, Nina 1980 sobre Bragantina-PA, Dias 1993 sobre Brasília, Naro & Scherre 2003 e Brandão & Vieira 2012 sobre o Rio de Janeiro, inter alia). Esta comunicação apresenta os resultados de análises qualitativas e quantitativas num corpus de 102 entrevistas sociolinguísticas com paulistanos (estratificados de acordo com seu sexo/gênero, três faixas etárias, dois níveis de escolaridade e duas áreas de residência), em que se investigaram (i) se os padrões de variação nessa comunidade seguem aqueles observados em outras variedades do português; e (ii) possíveis motivações para a associação da falta de concordância especificamente com o dialeto paulistano. Atitudes linguísticas dos falantes quanto à falta de concordância nominal foram obtidas a partir de uma pergunta do roteiro de entrevista ( O que você acha desse modo de falar: Me vê dois pastel e um chopes? ); além de avaliações negativas quanto ao erro gramatical, verificou-se que falantes mais velhos associam a expressão ao paulistano prototípico e à influência da imigração italiana na cidade, mas que os falantes mais jovens parecem não mais compartilhar tal percepção. Quantitativamente, a falta de concordância corresponde a cerca 15% dos 14 mil dados nesta amostra. A variante é favorecida, linguisticamente, em contextos de menor saliência fônica, núcleo [+ animado], com demonstrativos e artigos indefinidos, e quando o SN é seguido de consoante; socialmente, a variante é favorecida por homens, falantes de primeira e terceira faixa etária, com menor nível de escolaridade e menor mobilidade. Curiosamente, a falta de concordância é relativamente mais favorecida por habitantes de bairros mais centrais do que por aqueles de áreas mais periféricas e de classe social mais baixa, ao contrário do que se poderia esperar para a variante estigmatizada, de modo que de fato parece se associar aos bairros mais tradicionais de São Paulo. Ao apresentar resultados de análises sobre o discurso metalinguístico dos informantes, bem como de padrões de covariação com grupos de fatores sociais e linguísticos, esta comunicação contribui para a descrição da variável dentro dos objetivos do Projeto 21 ALFAL e para a descrição de uma comunidade ainda pouco estudada de um ponto de vista sociolinguístico. 12

13 Referências Brandão, S.F.; Vieira, S.R. (2012) A concordância nominal e verbal no português do Brasil e no português de São Tomé. Papia 22(1), p Braga, M.L. (1977) A concordância de número no sintagma nominal no Triângulo Mineiro. Dissertação de Mestrado. PUC/RJ. Dias, M.C.A.C. (1993) A variação na concordância nominal. Dissertação de Mestrado. Universidade de Brasília. Nina, T. (1980) Concordância nominal/verbal do analfabeto na micro-região de Bragantina. Dissertação de Mestrado. PUC/RS. Naro, A.; Scherre, M.M.P. (2003) Estabilidade e mudança em tempo real. In: Mudança linguística em tempo real. Rio de Janeiro: FAPERJ/Contracapa. 13

14 SINTAXE E PRAGMÁTICA DAS FORMAS DE TRATAMENTO NO PORTUGUÊS: A QUESTÃO DA CONCORDÂNCIA VERBAL Leonardo Lennertz Marcotulio e Célia Regina dos Santos Lopes Na história do português, o paradigma verbo-pronominal da 2SG apresenta uma série de mudanças que correlacionam a composicionalidade pronominal e a operação de concordância verbal. No português arcaico, observa-se, como herança latina, a coexistência de dois pronomes de 2SG. De um lado, o pronome Tu é encontrado com verbos na 2SG e, de outro, o pronome de cortesia Vós ocorre com verbos cujas marcas morfológicas resultantes da operação sintática de concordância são de 2PL. O português médio conserva as duas formas pronominais do período anterior e acrescenta uma nova forma pronominal de 2SG, Vossa Mercê, resultante do processo de gramaticalização do sintagma possessivo vossa mercê. Essa nova forma gramaticalizada apresenta padrões vacilantes de concordância verbal: 2PL e 3SG. O estágio seguinte, português europeu contemporâneo (PE), mantém a 2SG original Tu, que coexiste com a forma Você, apresentando verbos na 2SG e 3SG, respectivamente. Por fim, o português brasileiro (PB) conserva a gramática do PE, Tu e Você com verbos na 2SG (1) e 3SG (2), respectivamente, e apresenta, também, em seu período de formação/formatação, outros dois padrões de concordância verbal: (i) Tu com verbos na 3SG (3), padrão que se tornará produtivo no PB atual; e (ii) Você com verbos que apresentam morfologia de 2SG (4). Nesse panorama descrito, chamam a atenção as seguintes questões: (i) como definir a composicionalidade dos pronomes de 2SG ao longo da história do português e, mais particularmente, no PB, no que se refere aos traços-phi?; e (ii) como capturar, em termos formais, os padrões vacilantes de concordância verbal da forma Você no PB em função da composicionalidade desse pronome? De modo a levantar elementos que permitam a discussão dos problemas apresentados, o objetivo deste trabalho é descrever, a partir de um corpus constituído de cartas pessoais brasileiras escritas nos séculos XIX e XX (Corpus Compartilhado Diacrônico, disponível em laborhistorico/), os padrões de concordância encontrados no quadro da 2SG no PB e apresentar uma análise teórica sobre a composicionalidade pronominal a partir de uma matriz de traços-phi dispostos hierarquicamente que promovem relações de acarretamento capazes de explicar distintos casos de aparente falta de pareamento de traços (Béjar 2008). Defendemos, assim, a existência de duas formas distintas do pronome Você no PB que podem ser correlacionadas a questões pragmáticas. Em outras palavras, propomos que a polidez pode ser codificada como categoria gramatical à qual a operação sintática de concordância é sensível. 14

15 (1) tu bem sabes que nós não podemos mais nos separar, não podemos viver um sem o outro, haveremos de nos amar eternamente (Corpus Compartilhado Diacrônico, Jayme, 1936). (2) Bebê me diz que você come bem e Ø está engordando muito (Corpus Compartilhado Diacrônico, C. B. Ottoni, 1880). (3) sou tua só e tu é meu só o meu coração e teu e o teu coração é meu (Corpus Compartilhado Diacrônico, Chininha, 1908). (4) eu você já sabes como eu passei muito resfriada e sozinha aqui fez um Domingo (Corpus Compartilhado Diacrônico, Maria, 1936). 15

16 SOBRE A CARACTERÍSTICA PARCIALMENTE PRO-DROP DO PORTUGUÊS BRASILEIRO Silvia Regina de Oliveira Cavalcante O Português Brasileiro (PB) tem sido descrito como uma gramática pro-drop parcial, como o Finlandês, no sentido de que permite sujeito nulo de 3ª. pessoa do singular controlado por um antecedente (1) ou que recebe uma interpretação arbitrária (2) (Rodrigues, 2005; Holmberg, 2010): (1) O Pedro disse que pro vai viajar. (2) Aqui pro conserta sapatos Línguas pro-drop canônicas, como o Português Europeu, não permitem um sujeito nulo arbitrário, a não ser que esteja relacionado com a terceira pessoa do plural (3) ou na presença do pronome SE (4): (3) pro Roubaram a caixa de remédios. (4) Aqui se consertam sapatos. Além disso, o PB apresenta altos índices percentuais de sujeitos referenciais plenos (cf. Duarte, 1995; 2000). Uma das explicações para esses índices de sujeito pleno está ligada à questão do enfraquecimento da morfologia associado à entrada de novas formas pronominais como a gente e você no paradigma pronominal. Entretanto, esse tipo de análise pode ser refutado pelos padrões empíricos de concordância verbal e preenchimento do sujeito em amostras de falantes de diferentes escolaridades: tanto falantes escolarizados quanto não escolarizados, que apresentam padrões de concordância verbal variáveis, apresentam o mesmo comportamento com relação à preferência por sujeitos pronominais plenos. Neste caso, fica claro que a explicação teórica para a preferência por sujeitos plenos no PB não dá conta de explicar as semelhanças encontradas em padrões sociolinguísticos distintos. Argumentarei neste trabalho que a característica parcialmente pro-drop do PB não pode ser diretamente associada à concordância verbal; mas sim à estruturação da sentença em português. Seguindo Moreira da Silva (1986); Galves (1993, 2001) e Cavalcante (2006, 2007), defenderei aqui que no PB, diferentemente das outras línguas de sujeito nulo, não existe uma oposição entre primeira, segunda e terceira pessoas, mas sim uma oposição entre pessoa e não-pessoa como traços-phi na categoria flexional. Assim, os sujeitos nulos do PB são legitimados, mas não propriamente identificados o que faz com que tanto falantes escolarizados quanto não escolarizados apresentem o mesmo comportamento estatístico de preenchimento do sujeito. Além disso, para haver uma interpretação arbitrária para o sujeito nulo de terceira pessoa é necessário um operador Genérico (Chierchia, 1995) que aparece em sentenças com predicados genérico ou habituais (com tempo verbal presente ou imperfeito) e DPs genéricos. Para tanto, tomo como ponto de partida o comportamento do sujeito nulo arbitrário em falantes cultos de 16

17 duas capitais brasileiras Rio de Janeiro e Salvador em tempo real de curta duração, considerando entrevistas do Projeto NURC realizadas nos anos 1970 s e 1990 s (estudo de painel, nos termos de Labov, 1994). Os resultados apontam para uma mudança em progresso, em ambas as capitais, em que os indivíduos mais jovens dos anos 1990 s apresentam índices de sujeito nulo mais alto que os mais velhos (Cavalcante, 2012). Entretanto, essa mudança está restrita a alguns contextos morfossintáticos específicos, como as sentenças genéricas e habituais e com DPs genéricos. Isso faz com que repensemos a questão da característica parcialmente pro-drop, pelo menos na comparação entre o PB e o Finlandês (Holmberg, 2010). 17

18 SUJEITOS NULOS E MARCAS DE CONCORDÂNCIA VERBAL Maria Eugenia Lammoglia Duarte e Filomena de Oliveira Azevedo Varejão O comportamento diferenciado do português europeu e do brasileiro no que se refere à preferência por sujeitos pronominais nulos pela primeira variedade e por sujeitos expressos por esta tem sido atribuído por Duarte (1993; 1995; 2000) a uma sensível redução no número de oposições no quadro flexional verbal do PB. Análises empíricas, baseadas em amostras colhidas na segunda metade do século XX, corroboram essa hipótese e apontam que a identificação do sujeito nulo referencial que ainda ocorre no PB obedece a restrições de natureza diversa. O objetivo deste trabalho é verificar, em amostras recentemente gravadas de PE e PB, em Lisboa e Rio de Janeiro, segundo os mesmos parâmetros de estratificação social (a) como se comportam PB e PB em relação aos sujeitos pronominais de terceira pessoa do plural; qual o papel do uso da marca de concordância e sua relação com a expressão do sujeito; quais os padrões sentenciais propostos em Barbosa, Duarte e Kato (2005) e os feixes de traços semânticos (propostos em Cyrino, Duarte e Kato (2000) que facilitam/dificultam a identificação do sujeito. Além desses aspectos, nossa proposta é fazer uma análise qualitativa dos casos de ausência de marcas de concordância no PE em comparação com os casos do PB, a partir dos dados de Cordial-Sin (c. Varejão 2006) e da proposta de Galves (2012), para quem tais dados não são da mesma natureza que os do PB. 18

19 TER E HAVER E A QUESTÃO DA CONCORDÂNCIA Dinah Callou, Érica Almeida e Priscila Batista Nossa pesquisa se concentra no uso de ter e haver, verbos que têm sido objeto de estudo sistemático, seja no âmbito tradicional, centrado na conjugação dos tempos compostos e na fixação de regras de concordância, seja em estudos descritivos que visam a elucidar o percurso dessas formas na evolução da língua. Apoiado teórica e metodologicamente nos pressupostos da sociolinguística laboviana e com um olhar também voltado para os estudos da história social, o objetivo do trabalho é mostrar (i) como se dá o processo de variação entre os verbos ter e haver, considerando os fatores linguísticos e extralinguísticos que contribuem para a preferência por uma forma em detrimento da outra; e (ii) a questão da concordância em estruturas existenciais. A pesquisa dá continuidade a estudos contrastivos entre as diferentes variedades da língua portuguesa e pretende contribuir para uma descrição mais acurada do português do Brasil, a partir da análise de um fato morfossintático na história do português, com reflexos nos usos do português contemporâneo, através do contato com novas perspectivas teórico-metodológicas. O corpus que está sendo utilizado é o do Projeto Concordância ( A questão da concordância que sempre chamou a atenção dos estudiosos diz respeito ao fato de, no português arcaico, o particípio passado concordar com o seu complemento, não podendo, rigorosamente, a seqüência TER/HAVER + PARTICÍPIO ser interpretada como de tempo composto. No português contemporâneo, a questão em foco são as estruturas existenciais. Durante um longo período da tradição gramatical, o complemento de haver, em construções existenciais, normalmente impessoais, era interpretado como sujeito, ocasionando, assim, a concordância do verbo com o nominativo, sendo considerados pelos gramáticos da época idiotismos da língua os casos em que não se flexionava o verbo. Nos dias atuais, observa-se que essa pluralização do verbo pode ocorrer, principalmente em contextos nos quais o falante se encontra numa situação formal, por exemplo, nos discursos políticos. Por não ser um verbo tão utilizado na língua oral, talvez o falante acabe por levar o verbo ao plural, já que o iguala ao ter e ao existir. A hipótese é a de que essa capacidade de receber flexão seja resultante do fato de haver, embora tendo sido reanalisado como existencial, mantenha ainda as propriedades de seleção de sentenças possessivas, o que demonstra que um item pode emergir em um novo contexto sem mudar totalmente suas propriedades essenciais de seleção. 19

20 UM ESTUDO SINCRÔNICO DA CONCORDÂNCIA VERBAL DE TERCEIRA PESSOA DO PLURAL NO PB E NO PE Alexandre Monte Por meio de um estudo empírico e sincrônico, analisamos a variação na concordância verbal de terceira pessoa do plural na fala de 18 pessoas residentes na cidade de São Carlos, localizada no interior do Estado de São Paulo/Brasil, e na fala de 18 pessoas residentes na cidade de Évora, situada no Alentejo, sul de Portugal. Em cada comunidade de fala, os informantes foram selecionados em função do gênero (9 mulheres e 9 homens) e da escolaridade (6 não alfabetizados, 6 concluintes do ensino fundamental/ básico na EJA (Educação de Jovens e Adultos) e 6 concluintes do ensino médio/secundário). É um estudo norteado pelos pressupostos teórico-metodológicos da Teoria da Variação e Mudança Linguística (WEINREICH, LABOV & HERZOG, 1968; LABOV, 1972, 1994, 2001, 2003). Os nossos resultados com dados do português europeu (PE) revelam uma significativa diferença quantitativa em relação aos nossos resultados com dados do português brasileiro (PB). Na amostra do PB, encontramos 48,2% (686/1.422) de presença de concordância verbal. Já na amostra do PE, 93,1% (1.340/1.440) dos dados trazem a marca explícita de plural nos verbos. De acordo com a tipologia de regras apresentada por Labov (2003), podemos afirmar que no português do Brasil a regra é efetivamente variável. No português de Portugal, a regra parece ter status semicategórico. Controlamos, neste estudo, oito variáveis linguísticas e duas variáveis sociais (gênero/sexo e escolaridade), com o objetivo de verificar quais estariam condicionando ou restringindo a variação na concordância verbal de 3ª pessoa do plural nas duas comunidades estudadas. As diferenças quantitativas e qualitativas encontradas mostram que há uma regra mais consistente do ponto de vista estrutural no PE para a concordância, que vai se pautar em uma percepção mais nítida da função sujeito ou da ideia de que a marca de plural no verbo é um modo de marcar a relação desse verbo com o sujeito. 20

21 UM PANORAMA SOCIOFUNCIONAL DA NORMA ESCRITA DE CONCORDÂNCIA NAS CONSTRUÇÕES NOMEADAS TRADICIONALMENTE DE PASSIVAS PRONOMINAIS Marcia dos Santos Machado Vieira Esta proposta de comunicação centra-se numa descrição sociofuncional de dados do Português do Brasil e do de Portugal no que se refere a padrões de concordância de número em construções com SE classificadas tradicionalmente como passivas pronominais e constituídas de formas verbais simples e complexas que ocorrem relacionadas a sintagmas nominais flexionados no plural. Interessa expor os contextos linguísticos e/ou extralinguísticos que interferem na norma de aplicação da regra de concordância nesse tipo de estrutura, considerando-se os domínios discursivos acadêmico e jornalístico, bem como identificar tendências de mudança linguística que se anunciem, com base na análise de cada domínio discursivo de uso de norma culta e da comparação entre variedades nacionais. Em razão desses interesses e de o estudo integrar o conjunto de pesquisas discutidas no Projeto 21 da ALFAL, vincula-se esta comunicação ao Simpósio Padrões de concordância em variedades africanas, brasileiras e europeias do Português: contribuições do Projeto 21 ALFAL. A investigação a ser apresentada é parte de uma pesquisa que se desenvolve no âmbito do Projeto PREDICAR Formação e expressão de predicados complexos: gramaticalidade e lexicalização a respeito do caráter de auxiliaridade de ocorrências de certos verbos do Português. Nessa perspectiva, importa averiguar a relação entre o nível de gramaticalidade de empregos (semi-)auxiliares e de sua integração ao verbo auxiliado e o fenômeno variável da concordância de número no caso de complexos verbais. Assim sendo, busca-se identificar qual é o comportamento mais produtivo (flexão ou não da forma (semi-)auxiliar de acordo com o SN plural) e qual é a relação entre a maior ou menor tendência à flexão e o grau de auxiliarização de cada item com caráter (semi-) auxiliar registrado em subamostras de predicadores complexos. O estudo fundamenta-se no tratamento estatístico sincrônico de dados do comportamento linguístico observável em alguns gêneros textuais dos domínios acadêmico e jornalístico. A análise do corpus pautase em pressupostos da Teoria de Variação e Mudança, articulados a pressupostos do Funcionalismo. Nela também se consideram orientações relativas ao estudo do processo de gramaticalização verbal, necessárias ao exame qualitativo das construções constituídas de perífrases verbais. Com essa descrição, reúnem-se informações que colaboram para o conhecimento de tendências em variedades do Português no que tange à flexão de formas verbais simples e complexas quando ocorrem nas chamadas construções passivas sintéticas, bem como para o aprimoramento da descrição 21

22 gramatical sobre verbos (semi-)auxiliares. Além disso, consolida-se uma das etapas da pesquisa sobre concordância verbal em construções SE que viabilizará, noutro momento, a comparação da norma escrita acadêmica e jornalística a tendências da norma oral culta, ainda a investigar. 22

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