INSTITUTO BRASILEIRO DE MEDICINA DE REABILITAÇÃO FACULDADE DE CIÊNCIAS E SAÚDE SOCIAIS CURSO DE FONOAUDIOLOGIA A FONOAUDIOLOGIA NA PRÉ-ESCOLA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "INSTITUTO BRASILEIRO DE MEDICINA DE REABILITAÇÃO FACULDADE DE CIÊNCIAS E SAÚDE SOCIAIS CURSO DE FONOAUDIOLOGIA A FONOAUDIOLOGIA NA PRÉ-ESCOLA"

Transcrição

1 INSTITUTO BRASILEIRO DE MEDICINA DE REABILITAÇÃO FACULDADE DE CIÊNCIAS E SAÚDE SOCIAIS CURSO DE FONOAUDIOLOGIA A FONOAUDIOLOGIA NA PRÉ-ESCOLA RIO DE JANEIRO

2 INSTITUTO BRASILEIRO DE MEDICINA DE REABILITAÇÃO FACULDADE DE CIÊNCIAS E SAÚDE SOCIAIS CURSO DE FONOAUDIOLOGIA A FONOAUDIOLOGIA NA PRÉ-ESCOLA MÁRCIA LEODY SILVA CORRÊA RIO DE JANEIRO

3 INSTITUTO BRASILEIRO DE MEDICINA DE REABILITAÇÃO FACULDADE DE CIÊNCIAS E SAÚDE SOCIAIS CURSO DE FONOAUDIOLOGIA A FONOAUDIOLOGIA NA PRÉ-ESCOLA Monografia exigida como requisito básico para conclusão do curso de graduação em Fonoaudiologia, ministrado pela professora Heloísa Mello de Souza, no Instituto Brasileiro de Medicina de Reabilitação no ano de

4 Dedico este trabalho em especial à minha mãe, Mestre em Enfermagem, Professora Universitária, que durante anos e grande parte de sua vida, dedicou a sua paixão pelo desafio de estudar, ensinar e pesquisar. Projetou essa vontade em mim, mostrando a cada passo em sua profissão os desafios de sua coragem e determinação pela vontade de exercê-la. 4

5 AGRADECIMENTOS À professora Heloísa Mello pela orientação, paciência em todos os momentos que precisei para iniciar, direcionar e concretizar a minha monografia. À professora Leila Nogueira pela dedicação, orientação e por sempre se mostrar disponível a ajudar e à professora Francisca ao contribuir indicando a colega de profissão, Fgª Ziléa para esclarecimentos e orientações da avaliação feita em escolas. A Fgª Mônica Cobalea por contribuir com orientações referente à atuação da fonoaudiologia nas escolas. Agradeço de forma especial a uma pessoa que tem participado dos momentos mais importantes da minha vida, ao meu marido Antonio Nascimento. Que tanto acreditou e me apóia para chegar onde estou, e com muita paciência, dedicação e amor, soube compreender este momento tão único, que é a minha realização profissional. Obrigado(a) meu pai, minha avó, meus irmãos Marcel e Marcos, Eunice, meu sogro e sogra Paulo, Aglair e família. À tia Marlene Serruya, por contribuir de uma maneira especial ajudando na revisão e material bibliográfico. As amigas Thaisa, Ana Beatriz, Anne Rose e que colaboraram com o meu material bibliográfico e a todos que de alguma forma colaboraram para a concretização da minha monografia. 5

6 O que as crianças dizem e fazem pode contar muito a respeito de seu pensamento e de sua inteligência; o que não fazem ou não conseguem fazer também pode contar muito a respeito de suas capacidades. Cavalheiro 6

7 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO CONCEITOS Saúde Escolar Fonoaudiologia Clínica e Fonoaudiologia Escolar Linguagem Comunicação Na Educação Infantil, Creche à Pré-escola Creches Pré-Escola Níveis Escolares DESENVOLVIMENTO INFANTIL E APRENDIZAGEM DO PRÉ-ESCOLAR (4 À 6 ANOS) Concepção Neopiagetiana A Criança de 1 Ano A Criança de 2 Anos A Criança de 3 Anos A Criança de 4 à 6 Anos A Criança à partir dos 7 Anos

8 3.2 Concepção de Autores Construtivistas Estágios do Desenvolvimento de Piaget Sinais Observáveis em Crianças com Distúrbios na Fase Pré- Escolar Características Patológicas ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA NA ÁREA ESCOLAR E/OU EDUCACIONAL CONCLUSÃO...60 BIBLIOGRAFIA...61 ANEXOS

9 1 INTRODUÇÃO Este trabalho é voltado para a área da linguagem e seu desenvolvimento, cujo objetivo é ressaltar a importância da atuação da fonoaudiologia nas escolas. A Atuação Fonoaudiológica previne e propicia melhores condições da comunicação humana, em especial à criança pré-escolar, no que se refere ao aparecimento de dificuldades na linguagem oral, escrita, audição e motricidade oral. Tem por finalidade minimizar desvios eventuais nesse período inicial da educação infantil, na área da linguagem, possibilitando soluções para o seu aprendizado, dentro da própria escola. Tanto a atuação quanto integração da fonoaudiologia em escolas, ainda é pouco explorada, devido à necessidade de conscientização de sua atuação. Ainda assim, é rica e pertinente de conhecimentos nesse campo e vem se apresentando com um crescimento considerável, cada vez mais acusando a necessidade de sua integração junto à equipe escolar. Com a Resolução do CFFª, nº 232 regulamentada em 1º de agosto de 1999, Art. 1º, ficou bem clara a abrangência do campo de atuação do fonoaudiólogo, em todos os setores da escola, considerando a 8

10 necessidade de prevenir e orientar as alterações de audição, linguagem, motricidade oral e voz em professores. É comum se observar que na etapa do ensino pré-escolar, as crianças, aparecem com alterações na linguagem de ordem fisiológica consideradas normais ao processo de aquisição no desenvolvimento da linguagem infantil. Tais alterações tornam-se um dos fatores desencadeantes do processo atípico, quando os desvios persistem em etapas seguintes, e ainda, quando há falta de intervenção do fonoaudiólogo sinalizando medidas a serem desenvolvidas em sala de aula. Em etapas seguintes, podem ser desencadeados problemas de linguagem oral e escrita; pedagógico caracterizado pelo insucesso, descontentamento e por conseqüência a evasão escolar. É, portanto da competência do profissional da Fonoaudiologia Escolar, desenvolver uma função de assessoria que se destina a todos ligados a direção da equipe escolar, visando sempre atingir objetivos de caráter preventivo e de orientação em relação ao desenvolvimento da comunicação oral e escrita, assim como outros aspectos que estejam relacionados; percepção auditiva; respiração; motricidade oral (OFas). A Atuação Preventiva do Fonoaudiólogo, em uma equipe de planejamento escolar, requer inserir ações preventivas ligadas a aspectos fonoaudiológicos, seja na orientação aos pais, corpo docente e equipe 9

11 técnica; como em relação a problemas na comunicação em conseqüência às patologias existentes, que afetam a linguagem do pré-escolar, buscando soluções junto à equipe integrante. Através dessa orientação, o fonoaudiólogo proporciona uma atuação abrangendo uma variedade de aspectos interligados a comunicação, viabilizando benefícios sociais e ampliando o alcance da prevenção e multiplicadores da Fonoaudiologia Escolar. Portanto, o perfil do profissional da Fonoaudiologia Escolar é definido, quer nos aspectos legais, quer nos aspectos científicos, por compartilhar e socializar com o educador, cada profissional em seus conhecimentos específicos, visando a multidisciplinaridade necessária para um bom rendimento e saúde escolar do educando. 10

12 2 CONCEITOS 2.1 Saúde Escolar Saúde Escolar corresponde ao conjunto de ações destinadas a promover, proteger e recuperar a saúde das coletividades integrantes do sistema educacional. (Conceição, 1994) Tal medida preventiva privilegia o direito e a participação de todos da comunidade escolar; a criação de ambientes favoráveis à saúde, para melhoria de condições de vida saudável e a qualidade do ensino, sendo realizada, através de ações no próprio espaço escolar. A comunidade escolar depende, portanto da saúde como visão global, seja em seu aspecto físico, psicológico, emocional, social e ambiental, para alcançar sucesso com as atividades diárias e relacionamento social na escola. A escola privilegia a saúde no momento em que visa o equilíbrio saúde & educação, com medidas preventivas no que diz respeito aos aspectos da comunicação humana voltada para alunos, pais, professores e equipe técnica, onde mais uma vez, observa-se a importância da participação do fonoaudiólogo, no planejamento escolar. 11

13 2.2 Fonoaudiologia Clínica e Fonoaudiologia Escolar O Fonoaudiólogo, diz a lei 6965, de 09 de dezembro de 1981, é o profissional com graduação plena em Fonoaudiologia, que atua em pesquisa, prevenção, avaliação e terapia fonoaudiológicas na área da comunicação oral e escrita, voz e audição, bem como em aperfeiçoamento dos padrões de fala e da voz. Como podemos observar, tal perfil profissional configura, com clareza, atividades e áreas de atuação que definem o campo da prática fonoaudiológica. No que diz respeito à atuação do fonoaudiólogo, quando acompanhamos sua história, vemos que, inicialmente, as maiores tendências foram no sentido da avaliação e da terapia fonoaudiológica. Tal fato é compreensível porque nossa profissão surgiu em resposta a uma necessidade de atendimento a pessoas apresentando uma série de problemas ligados à comunicação humana, aos quais os profissionais de outras áreas não conseguiam dar respostas necessárias. Para tanto, cursos de Fonoaudiologia começaram a surgir na década de 60 com o propósito de formar pessoas habilitadas para atender a tal demanda. Como poderia até mesmo ser previsto, ganha corpo, desta forma, a denominada Fonoaudiologia Clínica, com o atendimento a portadores de distúrbios da comunicação em ambulatórios ou outros serviços e, principalmente, em consultórios particulares. 12

14 Temos desse modo, esboçado a forte influência clínica em nosso perfil de atuação definindo os papéis complementares de terapeutas e pacientes. Que tem recebido fortes influências, direcionado o seu fazer clínico para uma prática a serviço da doença, caracterizando-se no sentido da avaliação e terapia fonoaudiológica que buscam a normatização da comunicação oral e escrita. Tal fato é compreensível à necessidade a uma série de problemas ligados à comunicação humana mais uma vez, que vem se interligando com a fonoaudiologia educacional, através de pesquisas e atuações que enfocam os aspectos preventivos em suas áreas relacionadas, a comunicação. A Fonoaudiologia Escolar tem sua ação em uma determinada escola como agente facilitador dos processos de aquisição e desenvolvimento da linguagem, oral e escrita, aos alunos desta entidade educacional. Sua principal preocupação, portanto, é promover ações de apoio à prevenção, objetivando um desenvolvimento pleno da linguagem. É importante salientar que os alunos que apresentam problemas específicos de linguagem, exigindo uma ação clínicaterapêutica, são avaliados e encaminhados aos fonoaudiólogos clínicos. Portanto, não é função do fonoaudiólogo escolar tratar os problemas de linguagem nesta instituição. 13

15 Collaço, 1991 salienta essa diferença referindo que na fonoaudiologia escolar o enfoque é preventivo e a atuação é planejada em equipe e desenvolvida pelo professor em sala de aula. Já o fonoaudiólogo clínico trata o indivíduo com distúrbios da comunicação, individualmente ou em grupo. 2.3 Linguagem A linguagem é a forma básica de comunicação. Ela pode ser oral, gestual ou escrita e está intimamente relacionada ao pensamento. Gerber, 1996 descreve que a linguagem é um sistema finito de princípios e regras que permitem que um falante codifique significado em sons e que um ouvinte decodifique sons em significado. O relacionamento dos sons com seus significados não são limitados por estímulos e são essencialmente arbitrários. Este sistema da linguagem governado por regras é necessariamente finito, pois deve ser passível de ser armazenado no cérebro. Contudo, este sistema finito possui a propriedade de ser infinitamente criativo, no sentido que permite ao falante/ouvinte criar e entender um conjunto infinito de sentenças gramaticais novas. 14

16 Na aquisição da linguagem, vale ressaltar que Vigotsky destina-se o qual a linguagem intervém no processo de desenvolvimento intelectual da criança desde o nascimento. Para ele, no seu curso de desenvolvimento, o pensamento vai do social para o individual, sendo, pois pensamento e linguagem processos interdependentes e de desenvolvimento interligado, onde a interação tem o interlocutor com fonte primordial para a comunicação. Das questões fundamentais nas pesquisas referentes da aquisição da linguagem, não é tanto o que a criança produz, mas muito mais como ela constitui a linguagem que se torna fator importante para se entender o fenômeno e fornecer subsídios para compreender outras questões que coloquem a linguagem ao mesmo tempo como fator de mediação e de construção entre a criança e a integração com o meio. Desse ponto de vista a linguagem é um produto da interação com seu meio e sua formação é ativa e não apenas receptiva como uma resposta a um estímulo recebido. Quanto ao desenvolvimento da linguagem, no que se refere ao período, antes da produção completa da fala, a criança passa por um período denominado Pré-linguístico ou Pré-linguagem. O termo pré-linguagem situa-se antes da linguagem propriamente dita e se estende até aproximadamente o décimo mês. Essa fase é caracterizada por vocalizações e balbucios onde não há relações diretas 15

17 entre sons e conceitos. Porém, este início comunicativo daria conta dos primeiros esquemas interativos e significativos que se organizam entre a criança e o adulto (meio, relação com o outro). Pode-se dizer que nesta fase inicial a criança já está exercitando os seus órgãos fonoarticulatórios, e ainda não utiliza o feedback auditivo por total, como fonte motivadora, pois seus órgãos ainda estão em fase de amadurecimento. Mais a sua voz também, já apresenta variações na entonação, tomando forma de conversação. Portanto, quando a linguagem se desenvolve adequadamente, o desejo de conhecer cresce, o desenvolvimento da linguagem facilita a compreensão, assim o desejo da comunicação aumenta, ocorrendo o mesmo com a troca de experiências da relação com o meio. 2.4 Comunicação A comunicação é uma característica humana que desenvolve padrões desde muito cedo, que não só inclui o ato de falar, ouvir, ler, escrever, de emissões não verbais, expressões, gestos, hesitações, como o silêncio tem grande significação. Sua qualidade é muito importante e permite sensações de segurança, autoconfiança, firmeza, felicidade e enriquecimento interno. Tanto para as crianças e adultos, as diferenças 16

18 nas habilidades em comunicar-se são determinantes do grau de envolvimento com a comunicação intrapessoal e interpessoal, adquirindo a importância fundamental para a saúde e bem estar geral do seu desenvolvimento, enquanto integrante ser humano e social. A efetividade comunicativa dá-se de forma harmoniosa e contínua, embora o sistema envolvido seja dos mais complexos. Os sistemas da comunicação são usados diariamente, automaticamente, sem que se pense sobre eles. As habilidades envolvidas são naturais e conseqüentemente executá-las parece fácil. Tanto a comunicação como a fluência, se desenvolvem de forma gradativa, ainda assim, a criança necessita de um somatório de experiências e estimulações com o meio, viabilizando o desenvolvimento maturacional. A maturação e a aprendizagem são processos diferentes, porém intimamente ligados, pois a maturação é que cria condições para que as aprendizagens ocorram. 2.5 Na Educação Infantil, Creche à Pré-escola Segundo a reforma do ensino, Lei de Diretrizes e Bases da Educação, ART. 30. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até 6 17

19 (seis) anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. A educação infantil será oferecida em: I. Creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até 3 (três) anos de idade; II. Pré-escolas, para as crianças de 4 (quatro) a 6 (seis) anos de idade; A avaliação, na educação infantil, far-se-á mediante acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para acesso ao ensino fundamental Creches O campo de atuação do Fonoaudiólogo, em creches, tem o caráter preventivo, buscando atuar de forma integrada com todos os envolvidos: profissionais, crianças e familiares. A contribuição da creche vinculada ao caráter assistencialista à infância vem transformando-se a cada ano, ampliando dessa forma a atenção voltada a essa parcela da população escolar, promovendo a conscientização de que a responsabilidade do desenvolvimento infantil cabe não só à família como a todos envolvidos com ela. 18

20 2.5.2 Pré-Escola Configura-se, portanto como um espaço intencional e sistemático ordenado para a educação entre 4 e 6 anos de idade. O nome já os define, fase que antecede o Ensino Fundamental (antigo período escolar). É o período de preparação da criança em seu aspecto global. Seu potencial afetivo, social, cognitivo, emocional, motor da criança será estimulado, sob fundamentação pedagógica da realidade e conhecimento infantil, como ponto de partida. Também não deverá ser rotulada como período de brincadeiras, de conforto, bem estar e passatempo escolar. É na Escola que realmente a criança ingressará com o intuito de brincar, mas o enfoque principal não o é, e sim para aprender com esta interação. A partir dos 3 (três) anos de idade ocorrem mudanças nos tipos de brincadeiras, principalmente no que se refere às atividades com outras crianças, daí a importância de brincar nesta fase fundamental de desenvolvimento em construção e aquisição da linguagem, fase da interação com o outro e possibilidade de manipular o concreto, é a linguagem interior que precisa ser sedimentada, na visão fonoaudiológica e concepção Piaget. A criança está se adaptando ao meio, ela absorve nessa fase comparando-a a uma esponja, onde a facilidade de absorção atinge uma velocidade indescritível, que dependerá de todo um contexto 19

21 global. O envolvimento emocional, social, psicomotor, audibilização e cognitivos devem estar atuando em ação conjunta, permitindo o desenvolvimento a cada troca nesse aprendizado. Nessa idade as brincadeiras passam a ser mais cooperativas, onde as crianças se ajudam mutuamente, e associativas desempenham juntas as mesmas atividades. É freqüente nessa fase confundir a fantasia com a realidade. Durante suas brincadeiras imitativas, imaginativas e de dramatização, revela uma das atividades dominantes e mais características do préescolar, havendo preferência por roupas de fantasia, bonecas, utensílios domésticos, casa de bonecas, lojas de brinquedo, telefones, animais e equipamento de fazenda, trens, caminhões, carros, aviões, fantoches e kits de médico. Desempenhando também brincadeiras de super-heróis até o momento de guardá-los e tirar a fantasia, também é importante atitude da criança distribuir atenção a uma coisa só e ter hora para parar e organizá-los no local onde se deve guardar. O objetivo da pré-escola é bem mais amplo. No que se refere a aspectos como a aquisição da linguagem, construção e desenvolvimento social, cognitivo, motor e audição em um comportamento como um todo, onde cada criança é analisada diferentemente. 20

22 O que se pretende é potencializá-los, respeitar a sua idade cronológica, utilizando nesta conduta orientações necessárias e interessantes para que a criança se desenvolva até sentir segurança para aquisição das etapas seguintes. Buscando o seu alicerce, e o conhecimento que se obtém através das etapas da linguagem. Daí a necessidade do questionamento interdisciplinar. Através desta inter-relação com a função pedagógica que requer um objetivo e significado concreto para a vida da criança. Com esse paralelo, simultaneamente irão assegurar a aquisição de outros novos valores a serem conquistados. É certo que para este desenvolvimento ocorrer de maneira correta e gradativo, é necessário que a criança esteja de prontidão. Pois qualquer aquisição não acontece por acaso. Quando falamos em prontidão, não nos referimos a apenas uma habilidade, mas a um conjunto de habilidades que a criança deverá desenvolver até se tornar pronto para novas aquisições. A criança em fase pré-escolar aos quatro anos, seguramente já terá desenvolvido essas capacidades e habilidades, e demonstrado suas dificuldades em sala de aula. Ao contrário, da criança que não recebeu educação pré-escolar, cabe ao professor antes de qualquer tentativa de 21

23 ensino, definir os tipos de testes de prontidão a realizar e estabelecer metas caso persista o problema, sem a orientação fonoaudiológica. Uma aprendizagem para desenvolver-se requer pré-requisitos para a fase seguinte. A tendência é investir cada vez mais em formação. As crianças recebem muita informação fora da sala de aula. (Sylvio Gomide, presidente da associação de escolas particulares). Escola forte ou fraca não existe. O que existe são escolas que priorizam o conteúdo e escolas que privilegiam atividades que estimulam o pensamento autônomo. (Glaura Fernandes, psicopedagoga). Guiar-se pela objetividade e praticidade do mundo moderno e escolher uma escola pela localização é um equívoco. (Rosely Sayão, psicóloga e colunista da Folha de São Paulo). 22

24 2.5.3 Níveis Escolares (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) ART. 21, Lei Darcy Ribeiro - Da composição dos níveis escolares: I. Educação básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio; II. Educação superior. A educação infantil abrange o período da creche à pré-escola; o ensino fundamental é caracterizado pelo antigo 1º grau tendo duração de 8 (oito) anos; e o ensino médio corresponde ao antigo 2º grau. 23

25 3 DESENVOLVIMENTO INFANTIL E APRENDIZAGEM DO PRÉ-ESCOLAR (4 A 6 ANOS) Segundo pesquisas feitas em escolas, observa-se que o método que vem sendo mais aplicado pelos educadores prevalece o método da teoria construtivista, cuja equipe escolar junto à orientação pedagógica que vem a decidir sobre o método a ser utilizado. DOIS TIPOS DE MÉTODOS UTILIZADOS EM ESCOLAS O ENSINO TRADICIONAL E O CONSTRUTIVISTA Ensino Tradicional Método: Transmissão de informações, via oral, na sala de aula, sem intercâmbio externo ou experimentação ativa.(o professor fala, o aluno escuta, decora e não contribui com sua experiência de vida. A leitura de Mundo do aluno não é valorizada). Resultado: Espera-se que o aluno reproduza aquilo que é transmitido e assim ele é avaliado. Erros: Os erros recebem punição, há até certo tempo, inclusive física; hoje, com notas baixas e reprovações. Aluno: É visto como depositário e alvo das informações. Professor: Cumpre o papel de transmissor do conhecimento. Escola: É o lugar onde se reproduz a herança cultural. Ensino Construtivista Método: Integração com o mundo externo e com o mundo interno do aluno.(o professor orienta para que o aluno chegue a sua conclusão. O professor leva o aluno à descoberta da resposta, aproveitando sua leitura de Mundo, sua experiência de vida e o que acontece ao seu redor). Resultado: Incentivar a vontade de aprender, construir e a auto-suficiência na busca de respostas. Erros: Indicam o estágio em que a criança está. A avaliação valoriza o que o aluno transforma e elabora.(a avaliação é feita a todo momento e também indica, se for o caso, a defasagem referente à idade cronológica a corrigir). Aluno: É tomado como um ser pensante, com desenvolvimento próprio. Professor: Procura ser um orientador/mediador que facilita a aprendizagem, criando situações estimulantes e motivadoras de respostas. Escola: É o espaço de busca do saber e integração do indivíduo à sociedade e à cultura. 24

26 Piaget submeteu o ensino à necessidade do aluno. Rompeu com a escola tradicional, que considerava que o conhecimento vinha de fora para dentro. A partir das escolas inspiradas nos conceitos piagetianos, surgiram às chamadas escolas construtivistas, aquelas que partem da noção de que a criança forma seu intelecto aos poucos, em interação com o mundo. Para os construtivistas o importante é formar indivíduos independentes que busquem o conhecimento do seu próprio modo. Conheça alguns métodos pedagógicos: Construtivismo O construtivismo surgiu a partir das idéias do filósofo Jean Piaget ( ). Chegou ao Brasil na década de 70, quando foram criadas algumas escolas conhecidas como experimentais ou alternativas. Elas procuravam dar prioridade à maneira pela qual o aluno compreende o mundo. Todas valorizavam o modo como o estudante descobre suas habilidades. Assim, o desenvolvimento intelectual passou a ser tratado como a capacidade que a criança tem de se adaptar ao meio. E as aulas se desenvolviam guiadas pela curiosidade dos alunos. 25

27 A experiência acabou se transformando, pois logo ficou evidente que era difícil estabelecer metas, que ficavam condicionadas ao interesse do aluno por algum assunto. A aplicação do construtivismo, no entanto, possibilitou a formação de crianças capazes de ir além do mero conhecimento assimilado. Elas se tornaram mais críticas, opinativas e investigáveis. Esse resultado fez com que muitas escolas passassem a adotar o construtivismo associado a outras técnicas pedagógicas. Hoje, a principal associação está vinculada ao conteúdo, que nada mais é do que a informação transmitida. Verifica-se, portanto, o aumento na oferta de atividades extra classe, de cursos de línguas e de informática. Essa tendência agrada a alguns pais, que desejam preparar os filhos para a crescente competitividade no mercado de trabalho. Outros acabam ficando preocupados com uma possível sobrecarga à qual os filhos serão submetidos. Construtivismo pós-piagetiano Aluna de Jean Piaget, a Emilia Ferreiro aplicou as idéias de seu professor também no campo da escrita e da leitura. Seus estudos a levaram a concluir que a criança é capaz de se alfabetizar sozinha, desde que imersa em ambiente propício. Antes mesmo de ir à escola, a maioria das crianças descobre as regras da língua escrita: sabe que a leitura se dá 26

28 da esquerda para a direita e entende que as letras reproduzem os sons da fala. Emilia Ferreiro, em estudos realizados com Ana Teberosky, perceberam que todas as crianças, ao aprender a ler e escrever passam pelas mesmas fases. Essas fases determinam o tipo de erro que cometem. Tais descobertas levaram a uma revolução nas formas mais tradicionais de alfabetização, ou seja, aquelas que utilizavam cartilhas, nas quais apareciam apenas fragmentos da língua escrita. Atualmente, o material didático e também a organização das aulas, estão completamente mudados na maioria das escolas brasileiras. Isso, graças à teoria do construtivismo e às idéias dos teóricos pós-piagetianos. Segundo Emília Ferreiro, a alfabetização inicial é considerada em função da relação entre o método utilizado e o estado de "maturidade" ou de "prontidão" da criança. Os dois pólos do processo de aprendizagem (quem ensina e quem aprende) têm sido caracterizados sem que se leve em conta o terceiro elemento da relação: a natureza do objeto de conhecimento envolvendo esta aprendizagem. Montessori Maria Montessori ( ), elaborou uma teoria científica do desenvolvimento infantil e dirigiu seu trabalho rumo a uma proposta pedagógica. De acordo com sua visão, a criança desenvolve um senso de 27

29 responsabilidade pelo próprio aprendizado e o ensino deve ser ativo. Sua pedagogia enfatiza a manipulação de objetos para se obter a concentração individual. Assim, a atenção do aluno é desviada do professor para as tarefas a serem cumpridas. O professor é apenas um guia que remove obstáculos à aprendizagem e isola as dificuldades da criança. As inovações introduzidas pelo método montessoriano estão presentes, até hoje, nas escolas: a disposição circular dos alunos, os jogos pedagógicos sempre disponíveis e os cubos lógicos de madeira para o ensino de matemática. 3.1 Concepção Neopiagetiana Segundo Piaget (1983), conclui que do nascimento aos 2 anos de idade, as capacidades motoras se desenvolvem ao máximo. Entre a idade de 1 ano e meio e 2 a 3 anos, é a linguagem que dá um avanço. Finalmente, entre 3 anos e 7 anos e meio, desenvolvem-se totalmente as capacidades perceptivas da criança seguidas, daí por diante, do desenvolvimento do pensamento. O sucesso do desenvolvimento depende, na sua maioria, dos progressos obtidos nesta fase inicial, ou anterior, que precede ao longo do desenvolvimento, ou fase de construção e ainda adaptativa. Logo, 28

30 uma boa percepção depende em grande parte de um desenvolvimento satisfatório da fase sensória motora e o desenvolvimento das percepções que dá origem a uma interpretação correta da linguagem. É por isso que os mecanismos do pensamento sustentam em parte sobre as capacidades perceptivas adquiridas anteriormente. A criança segue um ritmo diferente na maturidade perceptiva. Na fase pré-escolar é comum a criança já estar desenvolvendo algumas habilidades, buscando significado e interpretação a intenção do que quer focalizar. Antes de iniciarmos o desenvolvimento do pré-escolar, observaremos a seguir, a divisão de forma didática apenas, e como referência para entender melhor, o desenvolvimento da criança sob perspectiva da integração com o meio, segundo (Sanguedo, C. D., 1980) A Criança de 1 Ano A criança de 1 ano já adquiriu um vocabulário de aproximadamente 10 palavras. Usa gestos indicativos, compreende ordens simples e as executa, nomeia alguns objetos e mostra-se muito interessada pelo meio. Pode fazer perguntas do tipo o quê?, 29

31 acompanhar música vocalmente e usar a terceira pessoa para designar a fala. Na alimentação, começa a comer sozinha e recusa a mamadeira, preferindo a colher e os copinhos com canudinhos. Aproximadamente com 14 meses a criança já exprime palavras e pequenas frases, onde se notam características próprias da fala, como a generalização, como au-au para todos os animais com 4 patas A Criança de 2 Anos Apresenta vocabulário mais intenso e usa frase de duas palavras ou mais. É capaz de dizer seu próprio nome, contar algumas experiências e cantar pequenos trechos musicais. Está entrando na fase da dramatização, onde fala e dá vida aos brinquedos (Animismo) e imita atitudes de adultos. Essa é a fase da fantasia, a criança começa a se desprender do aspecto oral e passa a observar seu corpo diferentemente, percebendo o xixi e o cocô, iniciando o controle dos esfíncteres e o abandonar das fraldas. É muito importante os pais incentivarem a criança a verbalizar suas vontades e estimular a independência, a ida ao banheiro. Para que isso ocorra é necessário que a criança já tenha saído das primeiras palavras e seja capaz de expressar-se mais claramente. 30

32 3.1.3 A Criança de 3 Anos Aos 3 anos o seu vocabulário é amplo, utilizando as palavras usuais de seu cotidiano. Já usa o plural, relata experiências, canta e faz muitas perguntas. Nessa fase a fantasia ainda é bastante presente. Ela inventa e cria brincadeira e histórias e começa a se interessar pelas brincadeiras de grupo A Criança de 4 a 6 Anos De 4 a 6 anos a sua fala apresenta-se correta e poucas são as trocas ou omissões de sons. O vocabulário se amplia e a criança se comunica de forma efetiva, nomeando cores, usando frases completas e fazendo muitas perguntas (é a fase do por quê?). Ela conta histórias, compreende bem regras de jogos e apresenta espontaneidade e iniciativa de comunicação bastante presente. 31

O desenvolvimento infantil de 0 a 6 e a vida pré-escolar ~ 1 ~

O desenvolvimento infantil de 0 a 6 e a vida pré-escolar ~ 1 ~ O desenvolvimento infantil de 0 a 6 e a vida pré-escolar ~ 1 ~ Wagner Luiz Garcia Teodoro ~ 2 ~ O desenvolvimento infantil de 0 a 6 e a vida pré-escolar PREFÁCIO 7 CAPÍTULO I: INSTITUIÇÃO E EDUCAÇÃO 1.1)

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE EDUCAÇÃO LICENCIATURA EM PEDAGOGIA LISIANE CHIARADIA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE EDUCAÇÃO LICENCIATURA EM PEDAGOGIA LISIANE CHIARADIA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE EDUCAÇÃO LICENCIATURA EM PEDAGOGIA LISIANE CHIARADIA FAZ-DE-CONTA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: PREVENÇÃO DE DIFICULDADES E PROMOÇÃO DE APRENDIZAGENS. PORTO

Leia mais

JOGOS EDUCATIVOS MATEMÁTICOS NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL MATHEMATICAL EDUCATION GAMES IN EARLY YEARS BASIC EDUCATION RESUMO

JOGOS EDUCATIVOS MATEMÁTICOS NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL MATHEMATICAL EDUCATION GAMES IN EARLY YEARS BASIC EDUCATION RESUMO JOGOS EDUCATIVOS MATEMÁTICOS NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL MATHEMATICAL EDUCATION GAMES IN EARLY YEARS BASIC EDUCATION Jéssica Beatriz Marostegan * Priscila Ligabó Murarolli ** RESUMO A ciência

Leia mais

A importância do Jogo no desenvolvimento da Criança

A importância do Jogo no desenvolvimento da Criança Isabel Maria da Costa Baranita A importância do Jogo no desenvolvimento da Criança Escola Superior de Educação Almeida Garrett Orientadora Científica: Professora Doutora Ana Saldanha Lisboa, 2012 1. Isabel

Leia mais

PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS

PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS ADAPTAÇÕES CURRICULARES ESTRATÉGIAS PARA A EDUCAÇÃO DE ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS Secretaria de Educação Fundamental Iara Glória Areias Prado Secretaria

Leia mais

DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL

DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ-DIRETORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS PROJETO A VEZ DO MESTRE DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL POR: SÔNIA MARIA SANTANA

Leia mais

MOTIVAÇÃO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA: UM ENFOQUE NO ENSINO MÉDIO Fabiana Franchin 1 Selva Maria G. Barreto (O) 2 INTRODUÇÃO

MOTIVAÇÃO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA: UM ENFOQUE NO ENSINO MÉDIO Fabiana Franchin 1 Selva Maria G. Barreto (O) 2 INTRODUÇÃO MOTIVAÇÃO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA: UM ENFOQUE NO ENSINO MÉDIO Fabiana Franchin 1 Selva Maria G. Barreto (O) 2 1 INTRODUÇÃO Enquanto aluna do curso de pós-graduação em Educação Física Escolar e atuando

Leia mais

8. ENSINO FUNDAMENTAL

8. ENSINO FUNDAMENTAL 8. ENSINO FUNDAMENTAL 8.1 ORGANIZAÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL A legislação educacional brasileira define que o ensino fundamental, com duração de oito anos, é de freqüência obrigatória e oferta gratuita

Leia mais

SOFTWARE EDUCACIONAL: A IMPORTÂNCIA DE SUA AVALIAÇÃO E DO SEU USO NAS SALAS DE AULA

SOFTWARE EDUCACIONAL: A IMPORTÂNCIA DE SUA AVALIAÇÃO E DO SEU USO NAS SALAS DE AULA FACULDADE LOURENÇO FILHO ROMMEL XENOFONTE TELES DE MORAIS SOFTWARE EDUCACIONAL: A IMPORTÂNCIA DE SUA AVALIAÇÃO E DO SEU USO NAS SALAS DE AULA FORTALEZA 2003 1 ROMMEL XENOFONTE TELES DE MORAIS SOFTWARE

Leia mais

EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: DESENVOLVENDO CONHECIMENTO SOBRE O CORPO

EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: DESENVOLVENDO CONHECIMENTO SOBRE O CORPO EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: DESENVOLVENDO CONHECIMENTO SOBRE O CORPO Flaviane da Silva Mendes 1 Paula Hentschel Lobo da Costa (O) 2 I. INTRODUÇÃO Vivendo a realidade de uma professora de Educação Física,

Leia mais

Ministério da Educação Secretaria de Educação Fundamental PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL CONTINUADO PARÂMETROS EM AÇÃO EDUCAÇÃO INFANTIL

Ministério da Educação Secretaria de Educação Fundamental PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL CONTINUADO PARÂMETROS EM AÇÃO EDUCAÇÃO INFANTIL Ministério da Educação Secretaria de Educação Fundamental PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL CONTINUADO PARÂMETROS EM AÇÃO EDUCAÇÃO INFANTIL Brasília 1999 Secretaria de Educação Fundamental Iara

Leia mais

O QUE PENSAM AS CRIANÇAS DE UMA PRÉ-ESCOLA SOBRE O INGRESSO NO ENSINO FUNDAMENTAL: PROJETO EM ANDAMENTO

O QUE PENSAM AS CRIANÇAS DE UMA PRÉ-ESCOLA SOBRE O INGRESSO NO ENSINO FUNDAMENTAL: PROJETO EM ANDAMENTO 1 O QUE PENSAM AS CRIANÇAS DE UMA PRÉ-ESCOLA SOBRE O INGRESSO NO ENSINO FUNDAMENTAL: PROJETO EM ANDAMENTO Lorenzza Bucci, [55] (16) 3610-7751, lorenzza@aluno.ffclrp.usp.br, Faculdade de Filosofia, Ciências

Leia mais

JANE MARY DE PAULA PINHEIRO TEDESCHI A PROFESSORA DE EDUCAÇÃO INFANTIL E A ALFABETIZAÇÃO: RELAÇÃO ENTRE A TEORIA E A PRÁTICA

JANE MARY DE PAULA PINHEIRO TEDESCHI A PROFESSORA DE EDUCAÇÃO INFANTIL E A ALFABETIZAÇÃO: RELAÇÃO ENTRE A TEORIA E A PRÁTICA JANE MARY DE PAULA PINHEIRO TEDESCHI A PROFESSORA DE EDUCAÇÃO INFANTIL E A ALFABETIZAÇÃO: RELAÇÃO ENTRE A TEORIA E A PRÁTICA UNIVERSIDADE CATÓLICA DOM BOSCO Campo Grande - MS Outubro - 2007 JANE MARY DE

Leia mais

Diretrizes do Programa Ensino Integral

Diretrizes do Programa Ensino Integral 1 Diretrizes do Programa Ensino Integral GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO Governador Geraldo Alckmin Vice Governador Guilherme Afif Domingos Secretário da Educação Herman Jacobus Cornelis Voorwald Secretário-Adjunto

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DOS CONTOS DE FADA NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

A IMPORTÂNCIA DOS CONTOS DE FADA NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM FACES FACULDADE DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO E SAÚDE CURSO: PSICOLOGIA DISCIPLINA: MONOGRAFIA EM LICENCIATURA A IMPORTÂNCIA DOS CONTOS DE FADA NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM TATIANNE LOPES DE OLIVEIRA BRASÍLIA

Leia mais

PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS INTRODUÇÃO AOS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS

PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS INTRODUÇÃO AOS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS INTRODUÇÃO AOS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS Secretaria de Educação Fundamental Iara Glória Areias Prado Departamento de Política da Educação Fundamental Virgínia

Leia mais

. INTRODUÇÃO educação especial

. INTRODUÇÃO educação especial 1. INTRODUÇÃO A realização deste trabalho foi motivada pelas inquietações surgidas no Curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná-UNIOESTE Campus de Cascavel, quando, no ano de 2002,

Leia mais

O ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA NAS ESCOLAS PÚBLICAS Celia Araújo Oliveira 1 Stânia Nágila Vasconcelos Carneiro 2 Ana Sandrilá Mandes Vasoncelos 3

O ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA NAS ESCOLAS PÚBLICAS Celia Araújo Oliveira 1 Stânia Nágila Vasconcelos Carneiro 2 Ana Sandrilá Mandes Vasoncelos 3 O ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA NAS ESCOLAS PÚBLICAS Celia Araújo Oliveira 1 Stânia Nágila Vasconcelos Carneiro 2 Ana Sandrilá Mandes Vasoncelos 3 Resumo No presente artigo busquei discutir o ensino da Língua

Leia mais

MARIA ELISANDRE DA SILVA A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL PARA O DESENVOLVIMENTO E A APRENDIZAGEM DA CRIANÇA

MARIA ELISANDRE DA SILVA A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL PARA O DESENVOLVIMENTO E A APRENDIZAGEM DA CRIANÇA MARIA ELISANDRE DA SILVA A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL PARA O DESENVOLVIMENTO E A APRENDIZAGEM DA CRIANÇA LONDRINA 2010 MARIA ELISANDRE DA SILVA A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL PARA O DESENVOLVIMENTO

Leia mais

O JOGO DE FAZ-DE-CONTA EM DIFERENTES ESPAÇOS SÓCIO-CULTURAIS

O JOGO DE FAZ-DE-CONTA EM DIFERENTES ESPAÇOS SÓCIO-CULTURAIS UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC CURSO DE PEDAGOGIA DIANDRA PEREIRA ROSSO O JOGO DE FAZ-DE-CONTA EM DIFERENTES ESPAÇOS SÓCIO-CULTURAIS CRICIÚMA, DEZEMBRO DE 2010. DIANDRA PEREIRA ROSSO O

Leia mais

PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS APRESENTAÇÃO DOS TEMAS TRANSVERSAIS ÉTICA

PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS APRESENTAÇÃO DOS TEMAS TRANSVERSAIS ÉTICA PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS APRESENTAÇÃO DOS TEMAS TRANSVERSAIS ÉTICA Secretaria de Educação Fundamental Iara Glória Areias Prado Departamento de Política da Educação Fundamental Virgínia Zélia de

Leia mais

Guia de Orientações Metodológicas Gerais

Guia de Orientações Metodológicas Gerais Guia de Orientações Metodológicas Gerais MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Secretaria de Educação Fundamental Programa de Formação de Professores Alfabetizadores Guia de Orientações Metodológicas Gerais JANEIRO 2001

Leia mais

UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA. Rogéria Sena Cruz ANÁLISE DAS BRINCADEIRAS DE FAZ-DE-CONTA EM CRIANÇAS SURDAS USUÁRIAS DE LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS.

UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA. Rogéria Sena Cruz ANÁLISE DAS BRINCADEIRAS DE FAZ-DE-CONTA EM CRIANÇAS SURDAS USUÁRIAS DE LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS. UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA Rogéria Sena Cruz ANÁLISE DAS BRINCADEIRAS DE FAZ-DE-CONTA EM CRIANÇAS SURDAS USUÁRIAS DE LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS. Rio de Janeiro 2008 ROGÉRIA SENA CRUZ ANÁLISE DAS BRINCADEIRAS

Leia mais

DESENVOLVER A COMPETÊNCIA LEITORA: DESAFIO AO PROFESSOR DO ENSINO FUNDAMENTAL

DESENVOLVER A COMPETÊNCIA LEITORA: DESAFIO AO PROFESSOR DO ENSINO FUNDAMENTAL 1 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS FACULDADES DE LETRAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGUÍSTICA APLICADA - ESPECIALIZAÇÃO DESENVOLVER A COMPETÊNCIA LEITORA: DESAFIO AO PROFESSOR

Leia mais

SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE DEPARTAMENTO DE PROJETOS DA PAISAGEM PROJETO DE RECUPERAÇÃO DE MATAS CILIARES

SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE DEPARTAMENTO DE PROJETOS DA PAISAGEM PROJETO DE RECUPERAÇÃO DE MATAS CILIARES SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE DEPARTAMENTO DE PROJETOS DA PAISAGEM PROJETO DE RECUPERAÇÃO DE MATAS CILIARES Currso:: Gesttão de Prrojjettos APOSTIILA maio, 2006 Introdução Conseguir terminar o

Leia mais

O PSICOPEDAGOGO E SUA INTERVENÇÃO NAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

O PSICOPEDAGOGO E SUA INTERVENÇÃO NAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NEAD FACULDADES INTEGRADAS DE JACAREPAGUÁ - FIJ CURSO: PSICOPEDAGOGIA Roberta Januth O PSICOPEDAGOGO E SUA INTERVENÇÃO NAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM ITAGUAÇU, 2008 ROBERTA

Leia mais

Vantagens e desvantagens do ensino de. língua estrangeira na educação infantil: um estudo de caso

Vantagens e desvantagens do ensino de. língua estrangeira na educação infantil: um estudo de caso UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL Instituto de Letras Programa de Pós-Graduação em Letras Mestrado em Estudos da Linguagem Área de Aquisição da Linguagem Mestranda: Simone Silva Pires Orientadora:

Leia mais

O Faz de Conta e o Desenvolvimento Infantil

O Faz de Conta e o Desenvolvimento Infantil 1 O Faz de Conta e o Desenvolvimento Infantil Elisangela Modesto Rodrigues de Oliveira 1 Juliana de Alcântara Silveira Rubio 2 Resumo A finalidade deste trabalho é mostrar a importância da brincadeira

Leia mais

docente na Educação Infantil. 1 Agradeço a leitura e as sugestões dos professores da Universidade Federal de Minas Gerais Isabel de

docente na Educação Infantil. 1 Agradeço a leitura e as sugestões dos professores da Universidade Federal de Minas Gerais Isabel de Relações entre crianças e adultos na Educação Infantil Iza Rodrigues da Luz 1 Universidade Federal de Minas Gerais/ Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Infância e a Educação Infantil izaluz@yahoo.com.br

Leia mais

Elizangela Lourdes de Castro

Elizangela Lourdes de Castro UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO Elizangela Lourdes de Castro Análise dos Fatores que Geram Interesse ou Desinteresse dos Alunos do

Leia mais