Luís Montenegro Hospital Veterinário Montenegro Lisboa 2013
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- João Pedro Castelhano Franca
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1 Inseminação artificial Gestação Luís Montenegro Hospital Veterinário Montenegro Lisboa 2013
2 Fisiologia Reprodutiva Canina Cadela Monoéstrica Intervalo interéstrico 4 a 12 meses (média de 7 meses) Variavilidade racial e individual. influência das condições ambientais e interações sociais. Estro: desde o 1º dia em que aceita o macho, até ao momento em que o recusa. Uso de cães vasetomizados deteção de cio A observação dos sinais externos, o comportamento da fêmea e as citologias vaginais são imprescindíveis.
3 Fisiologia Reprodutiva Canina Ciclo Éstrico Proestro Estro Diestro Anestro
4 Fisiologia Reprodutiva Canina Proestro Ciclo Éstrico início do período de atividade sexual (cio) Alterações físicas: Corrimento vaginal sanguinolento a vulva torna-se distintamente edemaciada. Alterações comportamentais: cadela tende a estar excitada, inquieta Perde o apetite Bebe mais água e urina com maior frequência feromonas (secreção vaginal e na urina) atração dos machos Não receptiva à cópula pode ser agressiva. Duração: duração média de 9 dias (2-15 dias) Desde o 1º dia de descarga vaginal, até ao 1º dia de aceitação do macho
5 Fisiologia Reprodutiva Canina Proestro Citologia vaginal: Eritrócitos, células parabasais, evoluíndo para intermédias e depois superficiais, neutrófilos comuns que vão desaparecendo e bactérias podem estar presentes. GV Fonte: HVM Fonte: egaspar.com.br
6 Fisiologia Reprodutiva Canina Transição pro-estro / estro Citologia vaginal: Ausência de neutrófilos, eritrócitos variável. Predominância de células superficiais com núcleo vesiculado, picnótico ou anucleadas. Fonte: HVM
7 Fisiologia Reprodutiva Canina Estro Ciclo Éstrico período de recetividade sexual (cio) Alterações físicas: edema da vulva torna-se menos marcado corrimento sanguíneo dá lugar a um corrimento aquoso e avermelhado ou amarelado. Alterações comportamentais: Flagging - posiciona a cauda de lado e expõe a vulva arqueamento da coluna. Procura ativa de machos para copular Duração: Duração média de 10 dias (3 12 dias) início determinado pela aceitação do macho
8 Fisiologia Reprodutiva Canina Estro Citologia vaginal: Célula superficiais e escamosas, anucleadas (80 100%). Ausência de neutrófilos, eritrócitos ±. Fonte: HVM
9 Fisiologia Reprodutiva Canina Diestro Ciclo Éstrico período de formação do corpo lúteo e da produção de progesterona (no final atinge valores de 1 ng/ml). Alterações físicas: a edemaciação vulvar e a descarga vaginal decrescem Alterações comportamentais: cadela torna-se mais relaxada com a evolução do diestro Duração: Duração média de 65 dias (55 90 dias ou mais) Inicia-se no dia em que a fêmea recusa o macho Risco de falsa gestação: edemaciação abdominal, desenvolvimento da glândula mamária, acompanhada de profundas alterações comportamentais.
10 Diestro Fisiologia Reprodutiva Canina Citologia vaginal: Alteração abrupta com diminuição das células superficiais e aumento das intermediárias ou parabasais, podem reaparecer neutrófilos. Fonte: HVM Fonte: egaspar.com.br
11 Fisiologia Reprodutiva Canina Alterações físicas e comportamentais que ocorrem na cadela durante o proestro, estro e diestro agressividade não aceita cópula aceita cópula agressividade atração do macho não atrai macho tumefação vulvar corrimento sanguinolento PROESTRO 9 dias (2-15d) ESTRO 10 dias (3 12d) DIESTRO 65 dias (55 90d ou +)
12 Fisiologia Reprodutiva Canina Alterações física e citológicas que ocorrem na cadela durante o proestro, estro e diestro tumefação vulvar corrimento sanguinolento PROESTRO 9 dias (2-15d) ESTRO 10 dias (3 12d) DIESTRO 65 dias (55 90d ou +) 90% parabasais intermédias superficiais superficiais Superficiais anucleadas Maturação celular e cornificação 50% superficiais 50% Parabasais Intermédias
13 Fisiologia Reprodutiva Canina Anestro Ciclo Éstrico período de quiescência, definindo-se como o período de inactividade ovárica. Tem uma duração média de Duração: Duração média de 120 dias. Fonte: Fonte: egaspar.com.br
14 Fisiologia Reprodutiva Canina Oogénese na cadela A oogénese na cadela continua na vida pós-natal. A ovulação espontânea ocorre dentro de 5 dias após início do estro. 40% das cadelas ovula nos primeiros 2 dias de estro e 70% ovula em 3 dias. Ovulação ocorre ± horas após o pico de LH. Progesterona > 5.0 ng/ml - bom indicador de que a cadela ovulou.
15 Fisiologia Reprodutiva Canina Oogénese na cadela Cada oócito é libertado do folículo antes de completar a meiose, completando-se esta durante o transporte no oviduto. O O transporte dos oócitos (fertilizados ou não) ao longo do oviducto é cerca de 7 dias Os oócitos são viáveis por vários dias e têm de maturar 2 a 3 dias após a ovulação para serem fertilizados.
16 Fisiologia Reprodutiva Canina Oogénese na cadela Na cadela a concepção é possível, se a cópula tiver lugar desde o 1º dia ao último dia do estro. período prolongado de fertilização longa sobrevivência dos espermatozóides na vagina e útero (até 11d) longa sobrevivência dos oócitos dentro dos oviductos. Variabilidade dos intervalos entre a monta e a fertilização pode contribuir para a maior variação observada do tempo de gestação na cadela.
17 Fisiologia Reprodutiva Canina Alterações hormonais observadas na cadela durante o ciclo éstrico. (Autor: Dorado et al., 2007)
18 Fisiologia Reprodutiva Canina Cão Descida dos testículos pelo canal inguinal ocorre 3-4 dias após o nascimento e a sua localização escrotal final ocorre por volta dos 35 dias após o nascimento. Criptorquídicos exposição do testículo a temperaturas: bloqueio da espermatogénese atrofia da rede testis e do epidídimo secreção de testosterona não parece ser alterada criptorquidismo bilateral esterilidade do macho A espermatogénese dura em média 54 dias. Puberdade - momento a partir do qual há capacidade de cópula e produção de ejaculado fértil, ocorrendo em média ao ano de idade.
19 Fisiologia Reprodutiva Canina Cão Ejaculado 3 frações: 1ª) Fração prostática (pré-espermática) - pequeno volume, clara e usualmente contém poucos espermatozóides. 2ª) Fração espermática - rica em espermatozóides, tem pequeno volume e aparência leitosa. 3ª) Fração prostática (pós-espermática) - mais volumosa; útil para o estudo de doenças prostáticas. Recolhas de sémen: idealmente intervalo de 4 ou 5 dias Recolhas frequentes e por períodos extensos spz por ejaculado. Há depleção da reserva de spz quando 5 ou + ejaculados são obtidos em 5 dias.
20 Fisiologia Reprodutiva Canina Cão Possibilidade de movimento retrógrado de spz e outros componentes seminais para a bexiga Ejaculação retrógrada ++ durante ejaculação ou períodos prolongados de repouso sexual Ejaculado por manipulação digital - perda de 0 a 90% do total de spz para a urina severa oligospermia a azoospermia. Recolha por electroejaculação Sedação com xilazina
21 Fisiologia Reprodutiva Felina Felinos Espécie particular e muito sensível - afetados pela manipulação indesejada stress. Bem adaptados reprodutivamente incomum situações de infertilidade. Grande prolificidade - 1 gata pode ter até 5 ninhadas em 2 anos!!!
22 Fisiologia Reprodutiva Felina Gata Maturidade sexual: aquando do 1º cio ± 7 meses de idade, em média, sendo este tempo ajustado ao início da primavera. Gatas de pêlo curto - + precoces. Raça siamesa - maturidade sexual pode ocorrer a partir dos 4 meses. Gatas de pêlo comprido (ex: persas) - + tardias (1º cio - 1 ano de idade. Ovários são capazes de produzir estrogénios, de ovular, adquirindo portanto a capacidade de produção de progesterona. Término da vida reprodutiva: pode chegar aos anos.
23 Fisiologia Reprodutiva Felina Gata Poliéstrica: podem ter vários ciclos éstricos numa época do ano ++ primavera ao outono repouso sexual no inverno Ovulação induzida pelo coito Pode acasalar com vários machos O cio é influenciado por: nº de horas de luz aumento da temperatura ambiental presença de outros gatos (+ exacerbado) Gatas que habitem dentro de casa podem apresentar cios durante todo o ano > nº diário de horas de luz e temperaturas mais elevadas.
24 Fisiologia Reprodutiva Felina O cio na gata pouca manifestação clínica: não apresenta corrimento vulvar sanguíneo nem tumescência vulvar (como no caso da cadela). manifestação é mais comportamental: apresenta fortes miares roçam-se nas nossas pernas ou objetos tornam-se mais carinhosas adotam posturas de cópula - apoiando-se nas extremidades anteriores, com pélvis levantada, e lateralizando a cauda.
25 Fisiologia Reprodutiva Felina Ciclo éstrico da gata PRO/ESTRO Não ovulação INTERESTRO 12 horas de luz DIESTRO GESTAÇÃO ANESTRO SAZONAL 8 horas de luz Autor: Bruce Eilts
26 Fisiologia Reprodutiva Felina Gato Os machos atingem a puberdade normalmente + tarde do que as fêmeas. O pénis do gato tem umas espiculas, que podem causar algum desconforto na gata. Puberdade: entre os 9 e 12 meses. (+ precoces podem atingi-la, antes dos 7 meses de idade). Após a puberdade como consequência da produção de testosterona, marcam território odor forte e desagradável!
27 Fisiologia Reprodutiva Felina Cópula habitualmente sem problemas; é preferível que seja a fêmea a ir a casa do macho; Depois da corte, no caso de empatia por parte da fêmea, podem ocorrer vários cruzamentos por um período de 3 a 4 horas; aparência violenta - macho imobiliza a fêmea pela pele da nuca; dura ± 15 segundos.
28 Inseminação Artificial Em caninos a 1ª causa de insucesso reprodutivo deve-se a uma falha na cópula ou do momento da sua realização. Raças mais predispostas a fraca aptidão à cópula: São Bernardo, Bulldog, Shi Tzu Os felinos estão bem adaptados em termos reprodutivos - incomum situações de infertilidade. - raramente se recorre à inseminação artificial stress!!
29 Inseminação Artificial O que é a IA? É um procedimento, no qual se realiza a colheita do sémen do macho, e se promove a deposição desse sémen no interior do trato reprodutor da fêmea. Realizada com sémen fresco, refrigerado ou congelado pode ser feita por via intravaginal ou intrauterina. Inseminação artificial: Ultrapassar inabilidade na cópula (sémen fresco, refrigerado ou congelado); Evitar doenças venéreas transmissíveis (sémen fresco, refrigerado ou congelado) Vencer distâncias geográficas (sémen refrigerado ou congelado) Preservação de património genético (sémen congelado)
30 Inseminação Artificial Fatores que impedem o cruzamento: Momento do ciclo éstrico inadequado; Fêmea recusa o macho (antipatia pelo macho) Humanização da fêmea Fêmea dominante Fêmea ou machos inexperientes; Diferenças anatómicas (peso, tamanho) em que o macho não consegue fisicamente realizar a cópula: Alterações físicas da fêmea (anatómicas, doenças sistémica ou localizada ).
31 Inseminação Artificial PREPARAÇÃO DA INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL Idealmente, 3 a 4 semanas antes do cruzamento ou da IA, os reprodutores devem ser examinados para avaliar o seu estado de saúde. A inseminação deve ser planeada, não uma alternativa de recurso!!! A inseminação não deve ser incentivada sem razão justificada sob pena de selecionarmos indiscriminadamente animais sem aptidão para a cópula.
32 Inseminação Artificial PREPARAÇÃO DA INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL Cadela Avaliação da condição corporal se necessário estabelecer um plano de exercícios e dieta adequados. Check-up geral Exame dirigido aparelho reprodutor Vacinação atualizada atualizada máx. 30 dias antes da IA anticorpos para transmitir à ninhada através do colostro nas primeiras 24 horas após o parto. Desparasitada interna e externamente - risco de parasitismo na ninhada.
33 Inseminação Artificial PREPARAÇÃO DA INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL Cão Avaliação prévia importante: se não foi utilizado como reprodutor há + de 1 ano > 7 anos de idade Check-up geral Avaliação do estado de vacinação/desparasitação Exame dirigido ao aparelho reprodutor (pénis, prepucio, testículos, escroto e próstata) Avaliação da fertilidade com base numa amostra de sémen - espermatograma
34 Inseminação Artificial Como determinar o melhor momento para a IA? Avaliar o comportamento de cio da fêmea Citologia vaginal Doseamento sérico de progesterona Importante utilizar mais do que um método de diagnóstico!! Em conjunto, permitem aumentar as probabilidades de sucesso da inseminação.
35 Inseminação Artificial Passos do procedimento 1º) O proprietário observar os primeiros sinais de cio - proestro: edema da vulva e a descarga sanguinolenta; 2º) Citologias vaginais desde o 5º dia de cio a cada 48 horas para diagnosticar a queratinização das células superficiais. Quando entra na fase de estro: aceita o macho; citologia vaginal - 90% células superficiais/cornificadas; 3º) Após a queratinização das células superficiais (estro): doseamento de progesterona a cada 48 horas Doseamento qualitativo / Quantitativo
36 Inseminação Artificial Doseamento qualitativo de P 4 testes rápidos; menos fiável; necessária experiência na realização e leitura de resultados do teste. Sempre disponível.
37 Inseminação Artificial Doseamento qualitativo de P 4
38 Inseminação Artificial Doseamento/ teste quantitativo necessária disponibilidade de laboratório, necessário kit e progesterona canina. Mais preciso.
39 Inseminação Artificial Exemplo:
40 Inseminação Artificial Exemplo:
41 Inseminação Artificial Exemplo:
42 Inseminação Artificial Exemplo:
43 Inseminação Artificial Doseamento de progesterona a cada 48 horas: Quando a progesterona salta de valor basal (>1 ng/ml): pico de LH ± 48 horas Ovulação ± 48 horas maturação dos oócitos Inseminação artificial
44 Inseminação Artificial Progesterona como interpretar os valores? P 4 < 1 ng/ml valor basal P 4 entre 1 1,9 ng/ml pico de LH está a decorrer; P 4 entre 2 3,9 ng/ml um dia depois do pico de LH (e 1 dia antes da ovulação); P 4 entre 4 10 ng/ml dia da ovulação (48 horas após pico LH). Iniciar a inseminação quando P 4 > 1 ng/ml Continuar a IA em dias alternados (ou diariamente disponibilidade). IA durante 8 dias ou até que outro critério demonstre o término do cio (citologia vaginal e/ou comportamento).
45 Inseminação Artificial Autor: Bruce Eilts
46 Inseminação Artificial Colheita e análise de sémen Muito importante a avaliação da fertilidade do macho antes de a fêmea entrar em estro. O material da recolha: temperatura de 37 C evitar o choque térmico spz e morte destes. A colheita do sémen é realizada pela técnica de manipulação digital sendo importante que o local tenha piso antiderrapante. Sempre que possível deve ser realizada na presença da fêmea em cio para estimulação do macho aumenta a concentração espermática do sémen canino.
47 Inseminação Artificial
48 Inseminação Artificial Análise de sémen imediatamente após a colheita: Macroscopicamente: Volume Cor Aspeto Odor Microscopicamente: motilidade progressiva (0-100%) vigor espermático (0-5) Morfologia espermática concentração espermática
49 Inseminação Artificial IA com sémen fresco: IA via intravaginal - técnica + utilizada. relativamente simples elevadas taxas de gestação Se corretamente planeada boas condições sanitárias e técnicas determinação do período fértil resultados aos da monta natural Após a colheita de sémen do macho IA imediata!!!
50 Inseminação Artificial IA com sémen fresco: IA com sémen puro, sem estar diluído; Ou IA com sémen misturado com algum tipo de diluidor; Útil quando volume do ejaculado (ex: raças pequenas) Diluidores: líquido prostático autólogo diluidor próprio sem crioprotector intracelular (ex: glicerol, etilenoglicol) solução fisiológica de NaCl 0,9% Independente do tipo, o diluidor deve ser aquecido previamente para evitar o choque térmico dos spz.
51 Inseminação Artificial IA com sémen fresco: Realizada por via intravaginal com: Sonda de Osíris - sonda flexível, com um pequeno balão na extremidade que imita o papel do bulbo cavernoso do pênis do cão, e recria as contrações vaginais. Catéter de Foley acoplado a uma seringa.
52 Inseminação Artificial IA com sémen fresco procedimento: 1) A fêmea é colocada com os membros posteriores elevados 2) Introduz-se a sonda no canal vaginal, até atingir o fundo vaginal. 3) O sémen é depositado lentamente no fundo do canal vaginal, próximo do cérvix minimizar o refluxo. A 4) Após a retirada da sonda, a cadela deve ser mantida com os membros posteriores elevados por pelo menos 15 minutos. Caso haja disponibilidade de uso do reprodutor: IA a cada 2 dias, num total de 2 a 3 inseminações.
53 Inseminação Artificial IA com sémen fresco procedimento: Procedimento de introdução da sonda de inseminação para deposição do sémen. (Autor: Bruce Eilts)
54 Inseminação Artificial IA com sémen refrigerado : Sémen é recolhido e analisado, diluído e refrigerado. Para garantir a sobrevivência dos spz refrigerados diluidores específicos: Nutrem, protegem e dão energia aos spz Diluição na proporção de 1:1 até 1:10 ( conc. ejaculado) Tris-gema Leite desnatado Depois é refrigerado a 4-6 C durante horas ou alguns dias. O sêmen refrigerado permanece viável durante horas, (em casos excecionais até 4 dias).
55 Inseminação Artificial IA com sémen refrigerado O sêmen diluído deve ser acondicionado em tubos graduados dentro de: recipientes isotérmicos (containers) refrigeradores amostra temperatura de 4-6 C. Se possível enviar 2 amostras de sémen diluídas 2 inseminações com intervalo de 24 a 48 horas aumenta a probabilidade de sucesso
56 Inseminação Artificial IA com sémen refrigerado Antes da IA sémen aquecido em banho-maria a 37 C e analisado novamente. IA por via intravaginal mais simples; via intrauterina - + laborioso; melhores resultados; O sucesso depende de uma boa coordenação entre o envio do sêmen e o momento de realização da inseminação. A legislação relativamente a trocas de sémen canino entre países varia consideravelmente. autorização especial? controlo sanitário (testes sorológicos)? cartão de identidade genética do cão doador do sémen?
57 Inseminação Artificial IA com sémen congelado : O sémen é previamente diluído em meio apropriado; Armazenado a C em azoto líquido conservação por tempo indeterminado. comercialização de sémen entre países preservação de material genético Perda de ± 30-40% dos spz após a descongelação rigoroso seguimento do ciclo éstrico da cadela (IA devem ser feitas próximas da ovulação!!!) deposição intra-uterina de sémen
58 Inseminação Artificial IA com sémen congelado IA intra-uterina: Via transcervical (Método Norueguês ou Escandinavo) Laparotomia Laparoscopia.
59 Inseminação Artificial IA intra-uterina transcervical Método Norueguês ou Escandinavo relativamente difícil requer bastante treino alguns casos, necessário a tranquilização da cadela Cateter metálico revestido por uma bainha de plástico (3 tamanhos adaptados às raças) Autor: Bruce Eilts
60 Inseminação Artificial IA intra-uterina transcervical Método Norueguês ou Escandinavo Catéter é introduzido no canal vaginal, atravessa o cérvix e o sémen é depositado no corpo do útero. Autor: Bruce Eilts
61 Inseminação Artificial IA intra-uterina transcervical por endoscopia vaginal Utiliza-se um endoscópio rígido conectado a uma fonte de luz e um cateter urinário para a deposição do sémen. Permite observar a abertura caudal da cérvix Facilita a realização da IA transcervical Custo e a manutenção do equipamento
62 Inseminação Artificial IA intra-uterina por laparotomia mais invasiva que a IA por laparoscopia (anestesia geral e abertura da cavidade abdominal); Pode ser praticada em casos excecionais; Deposição do sémen no corno uterino; IA intra-uterina por laparoscopia Técnica semi-cirúrgica, pouco invasiva; Rápida; Deposição do sémen no corno uterino;
63 Gestação
64 Gestação - cadela A concepção na cadela é possível se a cópula ocorrer desde ao 1º ao último dia de estro no 1º, 3º ou 4º dia de estro - a possibilidade de gestação A gestação da cadela dura em média: 64 dias, a partir do 1º dia de aceitação de cópula(?) 63 dias após pico de LH. 57 dias a partir do 1º dia de diestro (duração + constante)
65 Institut für Anatomie, Tierspital Bern Gestação - cadela A placenta da cadela é endoteliocorial e zonária. O saco vitelino persiste parte do tempo de gestação e funciona como um fígado suplementar durante parte da gestação. Fonte: Placenta endoteliocorial e zonária
66 Gestação - cadela Desenvolvimento embrionário (pré-implantação) inicia-se no oviduto 8 a 10 dias depois da ovulação - embrião entra no útero (blastocisto ou mórula) A implantação embrionária ocorre ao 10º dia de diestro 16º dia de diestro - expansão da implantação no local 18º dia de diestro - penetração endometrial profunda do trofoblasto fica completa. A edemaciação uterina nos locais de implantação palpada transabdominalmente 20º e o 31º dia de gestação. difícil ou até impossível em fêmeas obesas
67 Gestação - cadela Diagnóstico ecográfico: ± 25 dias após última IA/cruzamento 23º a 25º dia de gestação - batimento cardíaco do feto 28º e 35º dias de gestação - número de fetos (?)
68 Gestação - cadela Contagem dos fetos: entre o 42º e o 50º dia depois do início do estro quando os ossos do feto se tornam radiopacos A excessiva ou prolongada exposição da cadela e fetos à radiação pode alterar função reprodutiva de ambos.
69 Gestação - cadela Progesterona Elevada durante toda a gestação 1 a 2 dias antes do parto diminuição abrupta progesterona exógena atrasa o parto na cadela. Provoca a da temperatura rectal em 1 a 2 ºC (normaliza 12-24h pós-parto) Androgénios declinam no momento do parto papel indeterminado Prolactina Níveis elevados durante o período de lactação (±4 semanas)
70 Gestação - cadela Variações hormonais na cadela gestante Autor: Bruce Eilts
71 Gestação - cadela Dieta durante a gestação proteína, energia, lipídios, vitaminas e minerais manutenção corporal da cadela + nascimento de fetos viáveis < 30% do crescimento fetal nas 1 as 5-6 sem de gestação Desenvolvimento fetal muito rápido Fetos são muito pequenos até o último terço de gestação. Cadela pode 25% do peso normal durante a gestação (perdido no momento do parto). Alimentação durante as 3 últimas semanas de gestação: crescimento e desenvolvimento fetal reservas de gordura necessárias para a lactação
72 Gestação - gata A ovulação é induzida pela cópula 24 a 50 horas após o coito: estimulação dos recetores vaginais pelas espículas penianas reflexo neuro-endócrino GnRh LH. O de LH inicia-se cerca de 15 min após a cópula, atingindo o máximo em 2 horas e regressa ao nível basal em 8 horas. O tamanho da ninhada é dependente do nº de cópulas. A placenta da gata é endoteliocorial e zonária. A gestação da gata: duração média de 60 dias (56 a 69 dias).
73 Gestação - gata Após a ovulação, os oócitos permanecem no oviduto, local onde ocorre a fertilização. A migração dos zigotos para os cornos uterinos como mórulas compactas ocorre 4-5 dias após a fertilização. A migração transuterina dos embriões permite que o nº de fetos nos cornos uterinos direito e esquerdo sejam igualmente distribuídos. A implantação ocorre aproximadamente 15 dias após o coito. Durante os primeiros dias, o embrião encontra-se livre no oviduto e no útero nutre-se de: reservas próprias armazenadas no saco vitelino leite uterino produzido pelas glândulas uterinas estimuladas pela progesterona.
74 Gestação - gata Na gata o ganho de peso é linear desde a concepção até o parto ( da cadela). Ocorre de 40% do peso ( ± g para uma ninhada do tipo médio). No parto, a gata perde 40% do peso adquirido durante a gestação. Durante a lactação perde os restantes 60% do peso acumulado.
75 Gestação - gata O aumento de volume abdominal da gata gestante só se torna externamente visível após a 2ª metade da gestação. Devido ao peso dos fetos, o útero dirige ventralmente, formando um arco desde a borda anterior da pelve até a região sublombar posterior.
76 Gestação - gata Variações hormonais na gata não gestante vs gestante Gata em Estro (ausência de cópula) CÓPULA semanas Fonte:
77 Gestação - gata Diagnóstico de gestação: Palpação abdominal a partir 3ª semana pós-cópula entre 21º e 25º dias de gestação - tumefações embrionárias estão distintamente separadas Em gestações + avançadas (> 58 dias), cabeças e corpos fetais podem ser distinguidos à palpação. a palpação deve ser suave para não causar danos. simples e rápido.
78 Gestação - gata Diagnóstico de gestação: Radiografia Na gata, a mineralização fetal visível a partir de 36 ao 45 dias de gestação. Método de escolha para contagem número de fetos com precisão de 93%. A exposição à radiação pode interferir com o desenvolvimento fetal não deve ser realizado antes do 40 dia de gestação!!! Os fetos são muito sensíveis aos efeitos prejudiciais da radiação ionizante durante a organogénese (1º terço da gestação).
79 Gestação - gata Diagnóstico de gestação: Ecografia abdominal 11 dias após a cópula já é possível o dx de gestação por visualização da ampola gestacional (pequena estrutura anecoica e circular) 16 a 25 dias após a cópula detecção dos batimentos cardíacos fetais Morfologia fetal só é detetável após o 26 dia de gestação Não invasivo e sem riscos para gestação Método de eleição para dix gestacional
80 Gestação - gata Diagnóstico de gestação: Ecografia abdominal
81 Gestação - gata No último terço de gestação mudanças comportamentais evidentes geralmente evitam companhia. 1 semana antes do parto: comportamento de ninho - procura uma área isolada escura e seca, onde possa permanecer relativamente tranquila. O desenvolvimento mamário se intensifica no último terço da gestação e o leite aparece cerca de 24 h antes do nascimento. A temperatura corporal da gata 0,5 a 1 C cerca de 12 h antes do parto.
82 Obrigado
1.1 Revisão de tópicos da morfologia e fisiologia do sistema genital feminino, sob o aspecto clínico nas diferentes espécies domésticas.
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