Integração de Microssistemas da Acupuntura

Transcrição

1 Integração de Microssistemas da Prof. Gustavo Vilela da Silveira. MSc Fisioterapeuta Acupunturista

2 Introdução Apresentação Revisão Aplicação Exemplos Perguntas

3 Introdução Apresentação Dr. Ralph Alan Dale foi o primeiro a utilizar o termo micro-acupuntura, tendo já em 1975 apresentado uma diferenciação entre esta e a acupuntura sistêmica. devemos diferenciar dois tipos de sistemas de acupuntura: 1 o sistema clássico com pontos e Canais distribuídos por toda a superfície do corpo e; 2 qualquer sistema em que uma parte definitiva do corpo, como orelha, manifesta reflexos para todos Canais principais e Órgãos do corpo

4 Introdução Apresentação Desta forma, Dr. Alan também foi o primeiro a utilizar termos que são empregados hoje na sua forma original ou ligeiramente alterados como: Macro- Sistêmica Micro- em Microssistemas

5 Teorias Fundamentais Princípios 1- Há um sistema de micro-acupuntura em cada parte do corpo

6 Teorias Fundamentais Princípios 2- Todos os sistemas de micro-acupuntura são uma réplica holográfica de nossa anatomia

7 Teorias Fundamentais Princípios 3- Todos os sistemas de micro-acupuntura estão intimamente relacionados com o sistema tradicional de macro-acupuntura sistêmica e pode ser utilizado para manipular, equilibrar, o todo.

8 Teorias Fundamentais Princípios 4- Todos os pontos da macro e da micro-acupuntura possuem padrões bidirecionais, apresentando reflexos víscero-cutâneos e cutâneo-viscerais.

9 Teorias Fundamentais Princípios 5- Na prática clínica, a micro-acupuntura pode ser integrada à macro-acupuntura de quatro formas: Simultaneamente Sucessivamente Alternativamente Alternadamente

10 Anatomia - Canais Yang Ming do Pé Yang Ming da mão Shao Yang do Pé Shao Yang da mão Tai Yang do pé Tai Yang da mão

11 Teorias Fundamentais Fractal

12 Teorias Fundamentais Fractal

13 Teorias Fundamentais Revisão Mais uma vez cabe ressaltar uma informação importante que afirma que todos os pontos de microssistemas são padrões bidirecionais; são reflexos orgânico-cutâneos e cutâneo-orgânicos. O reflexo orgânico-cutâneo é um indicador diagnóstico quando o paciente tem sensibilidade no local. O reflexo cutâneo-orgânico, ao contrário, é um gatilho que dispara o efeito terapêutico.

14 Teorias Fundamentais 1- Zonas cutâneas - Pi Bu 2- Colaterais Luo superficiais - Fu Luo Colaterais Luo pequenos ou neto - Sun Luo Colaterais de Sangue - Xue Luo 3- Canais Tendino-musculares - Jing Jin 4- Colaterais Luo - Luo Mai 5- Canais Principais - Jing Mai 6- Colaterais Luo - Luo Mai 7- Canais Extraordinários - Qi Jing Mai 8- Ramificações internas 9- Canais Distintos ou Divergentes - Jing Bie 10- Órgãos e Vísceras - Zang Fu

15 Aplicação Atenção No decorrer do Simpósio, diversas possibilidades de microssistemas foram apresentadas. Porém na hora da prática clínica normalmente vem o questionamento a respeito de qual deve ser selecionado.

16 Aplicação Atenção Para a adequada seleção de um microssistema ou uma técnica em relação a outra, devemos conhecer algumas propriedades das mesmas: Características Vantagens Indicações Limitações

17 Aplicação Características As características de uma técnica devem ser amplamente analisadas. Muitas vezes as características advém das teorias que sustentam a sua prática. Alguns microssistemas tem por característica a pouca quantidade de pontos; em outros a passagem de Canais Regulares por seu trajeto ou proximidades; em outros a possibilidade de movimentação das áreas afetadas... Muitas vezes as características já nos liga diretamente às vantagens das técnicas.

18 Aplicação Vantagens Mediante o conhecimento e análise das características de um microssistema é possível começar a traçarmos as suas vantagens em relação aos demais. Sendo amplamente conhecida a vantagem, de quase todos os microssistemas, de localizarem os estímulos em uma pequena parte do corpo do paciente.

19 Aplicação Indicações Normalmente ao estudarmos os microssistemas, são apresentadas suas principais indicações. Não podemos acreditar que uma única técnica seja eficiente para TUDO, uma Panacéia (pan, todo, e akos, remédio).

20 Aplicação Limitações Por fim, devemos analisar as limitações da técnica em questão, seja ela definitiva, seja ela relativa ou momentânea. O conhecimento das limitações das técnicas faz com que possamos buscar alternativas para as mesmas, assim como formas de superar tais limitações.

21 Aplicação Combinações Compreendendo bem as bases de um microssitema, começamos a estabelecer as relações que estas podem apresentar com outros microssistemas, sejam de: Similaridade; Oposição; Complementaridade.

22 Aplicação Combinações Além disso, é importante notar que um microssistema pode ser muito bem combinado com o tratamento regular por Sistêmica. De modo que um pode potencializar o outro. Seja empregado, antes, durante ou após o estímulo do outro.

23 Aplicação Combinações Exemplo: Dor Lombar Na prática regular da acupuntura sistêmica é conhecida a indicação do ponto ID3 (Houxi) para o tratamento de dores lombares. Assim como também é usual a combinação deste ponto com pontos locais na região lombar para a complementação do estímulo. Esta forma de combinação é amplamente possível e indicada nas práticas com microssistemas.

24 Aplicação Combinações Exemplo: Dor Lombar Perguntas Por que utilizar ID3 (Houxi)? Ba Mai Jiao Hui Xue Por que utilizar mais pontos? Para especificar o estímulo

25 Aplicação Teoria Isofásica Dr. Yoshio Manaka propôs uma teoria que indica que no corpo existem pontos de tratamento que possuem funções, indicações e efeitos similares, como ele mesmo exemplifica através dos pontos dos Cinco Elementos (Wu Xing Xue), onde ele comprovou que todos os pontos de um mesmo Elemento possuem características muito similares, podendo ser empregados pontos do mesmo Elemento de Canais diferentes em combinação, de acordo com cada caso.

26 Aplicação Teoria Isofásica Dr. Yoshio Manaka afirma que a combinação de três pontos com características isofásicas pode apresentar excelentes resultados, sugerindo por exemplo para o caso de uma dor no ombro o de um ponto local, um ponto na região do ombro na orelha, segundo a Auricular, e um ponto na região do ombro na mão, segundo a Koryo Sooji Chim, Coreana nas mãos.

27 Aplicação Teoria Isofásica Mediantes estas informações, é importante ressaltar a indicação, e até mesmo recomendação, de se combinar o estímulo de mais de uma área com a finalidade de potencializar o estímulo geral que se deseja aplicar sobre uma determinada área ou condição do paciente.

28 Aplicações Ponto vivo É necessário sempre lembrar a necessidade de se identificar o ponto a ser estimulado da forma mais precisa possível, visto que um pequeno erro em um microssistema é um grande erro no corpo do paciente.

29 Estímulos Na prática da micro-acupuntura, alguns são os possíveis e mais empregados métodos de estímulo: Agulha sistêmica; Agulha de pressão (auricular); Agulha intradérmica; Agulha dérmica; Sangria; Sementes (semen vaccaria,...); Esferas (outro, prata, cristal, aço, magneto...); Massagem; Aparelhos; Outros...

30 Aplicações Estímulo: acupressão Um método bastante simples e também eficaz de tratamento, é a pressão direta sobre os pontos de tratamento. Esta pressão pode ser realizada com a ponta do dedo ou com o auxílio de algum instrumento pontiagudo porém esta ponta deve ser rombuda, arredondada.

31 Aplicações Estímulo: acupressão A pressão a ser executada não deve ser nem muito forte ao ponto de causar uma dor local insuportável para o paciente, nem tao pouco muito suave pois não causaria efeito algum. Esta pressão também não deve perdurar por um tempo prolongado, com o intuito de se evitar possíveis danos na pele.

32 Aplicações Estímulo: esfera Este método de estímulo, muito empregado nos tratamentos através da Auricular, é bastante simples, e pode ser empregado em praticamente todo e qualquer paciente, até mesmo aqueles mais sensíveis aos mínimos estímulos.

33 Aplicações Estímulo: esfera Na verdade, independentemente do material que for empregado na sua confecção, as esferas produzem grande parte de seus efeitos por exercerem estímulos de pressão sobre os pontos de tratamento. A maioria dos praticantes aceita o fato de que as esferas prateadas possuem capacidades dispersantes e as esferas douradas possuem capacidades tonificantes, enquanto os demais tipos de esferas possuem capacidades simplesmente estimulantes.

34 Aplicações Estímulo: esfera Outra recomendação para a utilização de sementes em pontos de tratamento, segue o conceito de Fitoacupuntura promovido no Brasil pelo biomédico Sérgio Franceschini Filho, onde sementes de diferentes plantas podem ser empregadas nos pontos de tratamento de acordo com cada patologia e as características inerentes a cada planta de acordo com os conceitos da Fitoterapia Tradicional Chinesa.

35 Aplicações Estímulo: Gua Sha Esta é mais um recurso complementar à prática da acupuntura que pode ser aplicado para estimular os pontos da região do segundo metacarpo. Este também é um daqueles, junto com a moxabustão, que não é amplamente empregado com esta finalidade mesmo entre os chineses.

36 Aplicações Estímulo: Gua Sha A Dra. Zhang Xiu Qin, grande pesquisadora e professora de Gua Sha, em uma obra dedicada ao tema apresenta as diversas possibilidades de utuilização deste recurso, demonstrando como integrá-lo com microssistemas. Neste caso não há necessidade de buscar o Sha de maneira forte.

37 Aplicações Ativação do Qi Algo muito importante na prática da micro-acupuntura é a ativação do Qi do paciente, que implica na condução, mobilização e direcionamento do Qi para o local afetado. A ativação do Qi pode ser atingida de três formas básicas: Ativa Passiva Auxiliar

38 Aplicações Ativação Ativa do Qi Uma forma interessante de ativar o Qi é utilizando a Mente ( 神 shén) do paciente para direcionar o Qi, seguindo um princípio do Qi Gong: 以意引气 yǐ yì yǐn qì Usar a Intenção para Conduzir o Qi

39 Aplicações Ativação Ativa do Qi O uso do Shen em combinação com movimentação, ativa de maneira mais importante o Qi e faz com que os efeitos terapêuticos sejam amplificados e potencializados. Dentre as formas ativas, o paciente pode também realizar auto-massagem na parte afetada de acordo com o direcionamento do praticante.

40 Aplicações Ativação Passiva do Qi No caso do paciente não poder realizar movimentos, o praticante pode mobilizar a parte afetada do corpo do paciente com objetivo de mobilizar e desobstruir o Qi. O praticante pode também utilizar de palavras, idéias, para atuar sobre a imaginação do paciente e, conseqüentemente, sobre sua Mente (Shen).

41 Aplicações Ativação Passiva do Qi O praticante pode também aplicar técnicas de Tui Na enquanto o paciente se mantém com as agulhas, estimulando ainda mais o Qi e o Sangue (Xue) no local afetado. Outra possibilidade é a aplicação de Calor sobre o local afetado do paciente, ou ainda em locais com efeitos importantes, como região abdominal ou região lombar.

42 Aplicações Ativação Auxiliar do Qi Dentre as formas auxiliares de Ativar o Qi, alguns optam por empregar músicas, respiração, cores.

43 Protocolos?????

44 Exemplos Insônia Abdominal 引气归元 yǐn qì guī yuán Auricular Shenmen, Occipital, Subcórtex, Coração Sistêmica An Mian, C7 (Shenmen), PC6 (Neiguan)

45 Exemplos Cefaléia Abdominal VC12 (Zhongwan): técnica Mei Hua Ci R19 (Yindu): técnica San Jiao Zhen do lado afetado Auricular Shenmen, Ápice da Orelha, Local + Zang Fu, do 2º Metacarpo Cabeça do Punho-Tornozelo Áreas Superiores de acordo com a localização

46 Exemplos Lombalgia do Filtro Labial Área 6 (de 1 a 9, de inferior a superior) do 2º Metacarpo Rim, Cintura Koryo Sooji Chim Correspondência Posterior, Moxa A3, A5, A8 e A12 Ocular Área 2 (Rim Bexiga), Área 8 (Aquecedor Inferior)

47 Exemplos AVC Craniana Jiao Shu Fa Área Motora, Área Sensitiva, Área da Fala (1, 2 ou 3) Nova Escalpeana de Yamamoto Cérebro, Cerebelo, Gânglios da Base, Pontos Básicos Abdominal Yin Qi Gui Yuan; Lado afetado E24 (Huaroumen), AB1 (Shangfengshidian), E26 (Wailing), AB4 (Xiafengshidian); Lado saudável R17 (Shangqu), AB7 (Qipang), BA15 (Daheng)

48 Exemplos Dor no Joelho Auricular Joelho (com reforço atrás), Shenmen, Rim, Fígado Nova Escalpeana de Yamamoto G1, G2 e G3, D Método Cruzado de Cotovelo do lado oposto Koryo Sooji Chim - do 2º Metacarpo Correspondente

49 Obrigado!!!