VI Seminário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSCar 20 a 24 de setembro de 2010 O ALIENISTA: CRÔNICA DE UMA REVOLUÇÃO BURGUESA NO BRASIL

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "VI Seminário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSCar 20 a 24 de setembro de 2010 O ALIENISTA: CRÔNICA DE UMA REVOLUÇÃO BURGUESA NO BRASIL"

Transcrição

1 O ALIENISTA: CRÔNICA DE UMA REVOLUÇÃO BURGUESA NO BRASIL Caio Souto 1 Elementos que comprovam que O Alienista de Machado de Assis é uma paródia do que poderia ser uma cópia de Revolução Francesa no Brasil não faltam. O texto foi escrito entre , portanto sete anos antes da Proclamação da República pelos militares e seis antes da Lei Áurea. O tráfico externo de escravos já havia se tornado ilícito, por força de determinações estrangeiras, mas o tráfico interno subsistia; a Lei do Ventre Livre tornava anunciada a abolição. Os ideais que norteavam os interessados no fim da monarquia, a exemplo do que ocorrera na França revolucionária, eram burgueses e pretensamente científicos. O racismo científico, repudiado por Machado de Assis, aliava-se ao determinismo geográfico dos positivistas, que diziam ser a raça branca superior à negra, e os habitantes de países onde havia mais calor e sol intenso mais preguiçosos. A burguesia nacional em ascensão, notadamente a cafeeira dos Estados do Sul e Sudeste, organizava-se cautelosamente para adaptar as condições políticas a seus interesses econômicos, com os olhos voltados ao que ocorria nos outros países do mundo. Clarificava-se dia após dia a necessidade de um regime republicano (nos moldes que viríamos a conhecer), quanto mais após as conseqüências da Guerra do Paraguai. Em 1882, Machado de Assis, atento a essas intenções das classes dirigentes, e 1 Mestrando em Filosofia pela UFSCar. Bolsista CAPES. <caiosouto@gmail.com> ISSN PPG-Fil - UFSCar

2 aos acontecimentos políticos que ocorriam, escreveu uma paródia do que seria uma revolução burguesa baseada em ideais científicos em terras tupiniquins, o conhecido conto O Alienista. Numa cidade interiorana, de nome Itaguaí, um médico logra criar um asilo para loucos, onde acaba por trancafiar quase toda a cidade, servindo-se de critérios pretensamente científicos. O capítulo V do conto, intitulado Terror, é clara alusão ao período da Revolução Francesa, que ficou conhecido pela mesma denominação, em que qualquer cidadão poderia ser preso e condenado à guilhotina por motivo de ser contrário aos interesses revolucionários. No conto, o médico Simão Bacamarte (nome que ressoa com o de Napoleão Bonaparte), responsável pelas internações, corresponde à comissão, igualmente arbitrária, dos que decidiam sumariamente pelas vidas da população francesa. Mas por se tratar de uma paródia, O Alienista revela as frustrações e disparates do que seria revolução desse signo no Brasil. Tudo se passa de maneira cômica, a começar pela crítica aos demasiados impostos que já caracterizava o regime tributário brasileiro à época imperial. Para arrecadar fundos destinados à instauração da Casa Verde, nome popular com o qual ficou conhecido o asilo, os governantes instituíram novo imposto sobre a utilização de penachos nos cavalos nos cortejos funerários, pois já estava de resto quase tudo tributado na cidade. De quebra, os mais abastados restariam gratos pois poderiam demonstrar sua riqueza tão simplesmente pela quantidade de penachos com que adornavam os cavalos na cerimônia do morto que estariam a enterrar. Aliada a uma crítica aos ideais científicos em geral, o conto elabora um diagnóstico das condições para uma revolução burguesa no Brasil, com humor e ironia, malgrado tenha sido a Proclamação da República realizada de fato alguns anos depois. ISSN PPG-Fil - UFSCar

3 Outro índice alusivo aos acontecimentos da Revolução Francesa é a fala do barbeiro Porfírio, outro personagem central no conto, que vem a dizer ser a Casa Verde uma verdadeira bastilha da razão humana. Nesse capítulo, A rebelião, ensaia-se a ideia de uma revolta popular, que a história revela terem sido sempre avassaladoramente reprimidas no Brasil. A esposa do médico, representante de uma pequena-burguesia fútil, não se dá por si e perde seu tempo cuidando de suas vestimentas enquanto o povo vai às ruas insurgir-se contra o poderio simbolizado pela Casa Verde. Já aqui se entrevê a ironia com que trabalha o autor no conto, a mostrar que uma revolução no Brasil jamais poderia ter curso similar à da França, justamente porque a burguesia nacional não era similar à francesa. Aqui, um país ainda escravista, os burgueses compartilhavam de benefícios muito próximos da nobreza que, compreenda-se, não possuía de longe o mesmo status da nobreza imperial européia. A divisão de classes no Brasil não se assemelhava à da França de cem anos antes, jamais haveria uma aliança, ainda que passageira, entre o povo e a burguesia para derrubar a monarquia. Além disso, os nomes ridiculamente solenes elegidos para designar, por exemplo, aquela rebelião popular contra a Casa Verde, Revolta dos Canjicas, um ensaio de revolução a ocorrer numa pacata cidade provinciana, que contaria com não mais do que trezentos revoltados, pode ser interpretado como indicativo de sarcasmo, aos fatos históricos do Brasil. E é com grandioso humor também que as expectativas do leitos são frustradas no momento em que a repressão policial à sublevação popular é interrompida, inesperadamente, como anuncia o título do capítulo VII O inesperado, quando parte dos soldados adere à rebelião. Quando um mote assim aconteceria em solo pátrio? Mas eis que, com a adesão dos tenentes, teve-se eleito até um Robespierre: ISSN PPG-Fil - UFSCar

4 Porfírio Caetano das Neves, o barbeiro Canjica (sic). Vale frisar que canjica é um milho de pior qualidade que não pode ser comido senão após várias horas de cozimento. Até uma adesão por parte do clero o conto parodia. O padre Lopes responde solenemente que o governo não tem inimigos, optando por não alistar-se contrariamente aos interesses revolucionários. O clero que, historicamente, sempre se aliou ao lado dos que detiveram o poder. E de fato um governo provisório se estabeleceu, sob as ordens do barbeiro Porfírio. Este foi ter com o alienista, propondo-lhe houvesse um alvitre médio alternativo à destruição da Casa Verde. Nesse momento, exibindo sua fraqueza, prostrase o líder do novo governo aos pés da ciência, dizendo que a revolução pode acabar com hospício, porém não com a loucura, que deverá permanecer como questão de ciência. Mas pede ao alienista que tolere e retire da casa dos loucos os que já estiverem curados ou os doentes inexpressivos, oferecendo ao alienista essa oportunidade de aliança, que iria assomar a um nível de maior confiança o novo governo perante as autoridades do reino. Começaram a se delinear os primeiros traços de traição e de oportunismo por parte do representante à frente da revolução e do povo que lhe confiou poder. Tal fato é logo evidenciado, quando em poucos dias o alienista encarcera alguns aliados da revolução. Surge outro líder que contesta a atuação de Porfírio, logo seguido pelos do povo, desconfiados com a temerária atuação do primeiro. Nomeiam-no novo líder, mas a poderio do levante popular já está se exaurindo e as tropas de el-rei rápido reasseguram o domínio sobre a cidade. Simão Bacamarte, com redobrado poder sobre a população, mandou encarcerar Porfírio e tantos outros, episódio denominado Restauração, em nova alusão aos períodos históricos da Revolução Francesa. ISSN PPG-Fil - UFSCar

5 Tamanhos os efeitos daquele episódio, e tendo o alienista utilizado seu poder de internação sobre a população, escorada em seu balizado conhecimento científico distinto, terminou por encarcerar tantos indivíduos que pôs a si mesmo e à sua teoria sob suspeita. Mandou fossem libertos a todos, sem exceção, e determinou, a bem da ciência, fosse revertida sua teoria, para que todo aquele que gozasse plenamente de suas faculdades mentais fosse internado. Obstinado nesse empenho, o alienista criou um método de cura que consistia em ensandecer os internados um por um até que, declarados doentes, seriam declarados sãos. Mas ao libertar o último deles, após constatá-lo como curado segundo seu novo método, o ímpeto científico do médico o conduzia a uma última guinada em sua elaborada teoria. E absorto na ideia de que reunia em si todos os caracteres da mais perfeita consciência e do pleno exercício de todas as faculdades mentais, o que comprovou por uma pesquisa feita entre moradores da cidade e amigos mais próximos, reconheceu que ele, a própria encarnação da razão e do ideal científico, era quem devia ser guardado na Casa Verde, entregando-se ao recolhimento, ao estudo e à cura de si mesmo. Paródia satírica do advento dos novos ideais científico-positivistas no Brasil, o conto se encerra de maneira tragicômica. O protagonista, agora desferindo contra si próprio o golpe arbitrário de seu idealismo científico apaixonado, simboliza a risível seriedade da qual são acometidos os representantes oficiais no Brasil do modelo civilizatório messiânico europeu. Incutida na narrativa uma crônica do que seria uma revolução nessas terras de ideais estrangeiros, a narrativa ganha envergadura históricocrítica, acertadamente tendo antecipado a Proclamação da República que era iminente, ISSN PPG-Fil - UFSCar

6 outro episódio caricato em nossa história, atestando não só que toda ciência é humana, mas que toda tentativa de revolução no Brasil tenderá a ter um caráter burlesco. Referências Bibliográficas: MACHADO DE ASSIS. O Alienista. Porto Alegre: L&PM, ISSN PPG-Fil - UFSCar

REVOLUÇÃO FRANCESA. Professor Marcelo Pitana

REVOLUÇÃO FRANCESA. Professor Marcelo Pitana REVOLUÇÃO FRANCESA Professor Marcelo Pitana REVOLUÇÃO FRANCESA (1789 Queda da Bastilha) Antecedentes: - Ideais iluministas (liberais); - Abuso de poder da nobreza; - Pompa das cortes; - Déficit orçamentário;

Leia mais

Jornal Literário NOTÍCIAS, REPORTAGENS E ENTREVISTAS SOBRE A OBRA O ALIENISTA, DE MACHADO DE ASSIS.

Jornal Literário NOTÍCIAS, REPORTAGENS E ENTREVISTAS SOBRE A OBRA O ALIENISTA, DE MACHADO DE ASSIS. 21 DE NOVEMBRO DE 2017 Jornal Literário Escola Crescimento 9ºB NOTÍCIAS, REPORTAGENS E ENTREVISTAS SOBRE A OBRA O ALIENISTA, DE MACHADO DE ASSIS. Uma obra antiga, mas atual Há 135 anos, Machado de Assis

Leia mais

Aula 03 1B REVOLUÇÃO FRANCESA I

Aula 03 1B REVOLUÇÃO FRANCESA I APRESENTAÇÃO Aula 03 1B REVOLUÇÃO FRANCESA I Prof. Alexandre Cardoso REVOLUÇÃO FRANCESA Marco inicial da Idade Contemporânea ( de 1789 até os dias atuais) 1º - Foi um movimento liderado pela BURGUESIA

Leia mais

Rei Luís XVI luxo e autoridade em meio a uma nação empobrecida

Rei Luís XVI luxo e autoridade em meio a uma nação empobrecida 1789-1799 Rei Luís XVI luxo e autoridade em meio a uma nação empobrecida Provocada pelos gastos com a Guerra dos Sete Anos e com o apoio francês as colônias americanas lutando por independência. Um país

Leia mais

Século XVIII. Revolução francesa: o fim da Idade Moderna

Século XVIII. Revolução francesa: o fim da Idade Moderna Século XVIII Revolução francesa: o fim da Idade Moderna Marco inicial: tomada da Bastilha Assembleia Nacional Consituinte 1789-1792 Nova Constituição (liberal) para a França; Alta burguesia assume o comando

Leia mais

Lutas e processo de independência. Patrícia Albano Maia

Lutas e processo de independência. Patrícia Albano Maia Lutas e processo de independência Patrícia Albano Maia Crises na Europa Crise do Antigo Regime Absolutismo Mercantilismo Sociedade Estamental Crise do antigo sistema Colonial Metalismo Monopólio Balança

Leia mais

2- POR QUE a família real portuguesa se mudou, em 1808, para sua colônia na

2- POR QUE a família real portuguesa se mudou, em 1808, para sua colônia na Atividade de Estudo Geo/História 5º ano Nome: 1- LIGUE os itens abaixo corretamente. 2- POR QUE a família real portuguesa se mudou, em 1808, para sua colônia na América? 3- ASSINALE as afirmativas erradas

Leia mais

O DESPERTAR DE UM NOVO TEMPO

O DESPERTAR DE UM NOVO TEMPO O DESPERTAR DE UM NOVO TEMPO INTRODUÇÃO: Compreendendo as causas da Revolução Francesa DEFINIÇÃO Revolução burguesa; Marca a transição da Idade Moderna para a Idade Contemporânea; Destruiu o chamado Antigo

Leia mais

HISTÓRIA. aula Revolução Francesa II ( )

HISTÓRIA. aula Revolução Francesa II ( ) HISTÓRIA aula Revolução Francesa II (1789-1799) A Tomada da Bastilha simbolizou o início da mais famosa revolução da história ocidental: a Revolução Francesa A Revolução Assembleia Nacional (1789-1791)

Leia mais

Principais causas para revolução francesa

Principais causas para revolução francesa Revolução Francesa Principais causas para revolução francesa -Empobrecimento do povo francês guerras, luxo, empréstimos. -Cerca de 80% do povo viviam no campo em situação precária. -Os anos que antecederam

Leia mais

Nome: Nº: Turma: Este caderno contém questões de: Português Matemática História Geografia Ciências - Espanhol

Nome: Nº: Turma: Este caderno contém questões de: Português Matemática História Geografia Ciências - Espanhol Nome: Nº: Turma: Este caderno contém questões de: Português Matemática História Geografia Ciências - Espanhol 1 Os exercícios deverão ser feitos no livro. Predicado Verbal Leitura: págs. 91 e 92 do livro

Leia mais

7. Revolução francesa A PARTIR DA PÁGINA 38 ATÉ PÁGINA 47.

7. Revolução francesa A PARTIR DA PÁGINA 38 ATÉ PÁGINA 47. 7. Revolução francesa A PARTIR DA PÁGINA 38 ATÉ PÁGINA 47. Ideias iluministas aliadas a uma grave crise social, deram origem à Revolução Francesa. A partir de 1789, a população francesa se voltou contra

Leia mais

REVOLUÇÃO FRANCESA. Aula 01- Segundo Semestre 2016 Prevest

REVOLUÇÃO FRANCESA. Aula 01- Segundo Semestre 2016 Prevest REVOLUÇÃO FRANCESA Aula 01- Segundo Semestre 2016 Prevest DATAS ACONTECIMENTOS DATAS ACONTECIMENTOS 1788 Convocação dos Estados Gerais 1789 Proclamação da Contituinte; Destruição da Bastilha; Revoltas

Leia mais

Revolução Francesa

Revolução Francesa Revolução Francesa 1789-1799 Contexto Mundial Circulação de ideias iluministas pela sociedade Crescimento econômico e comercial da Inglaterra graças a revolução industrial. Desde o final das Revoluções

Leia mais

FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA HERMENÊUTICA

FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA HERMENÊUTICA FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA HERMENÊUTICA Hermenêutica faz parte das teorias do conhecimento humano. Interpretar é uma das funções produtoras do conhecimento: pensar é interpretar. O conceito da hermenêutica

Leia mais

COLÉGIO XIX DE MARÇO educação do jeito que deve ser

COLÉGIO XIX DE MARÇO educação do jeito que deve ser COLÉGIO XIX DE MARÇO educação do jeito que deve ser 2016 2 a PROVA PARCIAL DE HISTÓRIA Aluno(a): Nº Ano: 8º Turma: Data: 06/08/2016 Nota: Professor(a): Ivana Cavalcanti Riolino Valor da Prova: 40 pontos

Leia mais

A REVOLUÇÃO FRANCESA

A REVOLUÇÃO FRANCESA A REVOLUÇÃO FRANCESA CAUSAS DA REVOLUÇÃO: SOCIEDADE DIVIDIDA EM 3 ESTAMENTOS (CAMADAS SOCIAIS) 1º ESTADO= CLERO (CAMADA MAIS ALTA) NÃO PAGAVA IMPOSTOS 2º ESTADO= NOBREZA (CAMADA INTERMEDIÁRIA) NÃO PAGAVA

Leia mais

IDADE CONTEMPORÂNEA A REVOLUÇÃO FRANCESA. Prof. Iair. Prof. Jorge Diacópulos

IDADE CONTEMPORÂNEA A REVOLUÇÃO FRANCESA. Prof. Iair. Prof. Jorge Diacópulos Prof. Jorge Diacópulos Revolução burguesa. Antecedentes/causas: IDADE CONTEMPORÂNEA Maior população da Europa Ocidental (25 milhões). 80% rural. Absolutismo parasitário Luís XVI Festas, banquetes, pensões,

Leia mais

HISTÓRIA. aula Era Napoleônica, Congresso de Viena e Revoluções Liberais

HISTÓRIA. aula Era Napoleônica, Congresso de Viena e Revoluções Liberais HISTÓRIA aula Era Napoleônica, Congresso de Viena e Revoluções Liberais Era Napoleônica Do Golpe do 18 Brumário (nov/1799) até a Queda de Napoleão (jun/1815) Três fases: Consulado (1799-1804) Império (1804-1815)

Leia mais

ERA NAPOLEÔNICA E CONGRESSO DE VIENA. Professor: Eustáquio Vidigal

ERA NAPOLEÔNICA E CONGRESSO DE VIENA. Professor: Eustáquio Vidigal ERA NAPOLEÔNICA E CONGRESSO DE VIENA Professor: Eustáquio Vidigal ERA NAPOLEÔNICA Domínio Frances na Europa Os processos revolucionários provocaram certa tensão na França, de um lado estava a burguesia

Leia mais

HISTÓRIA. Professor Marcelo Lameirão REVOLUÇÃO FRANCESA

HISTÓRIA. Professor Marcelo Lameirão REVOLUÇÃO FRANCESA HISTÓRIA Professor Marcelo Lameirão REVOLUÇÃO FRANCESA Conceituação Derrubada do Absolutismo francês Ascensão da burguesia ao domínio do poder político Consolidação do Estado Burguês Condições necessárias

Leia mais

IDADE CONTEMPORÂNEA A ERA NAPOLEÔNICA

IDADE CONTEMPORÂNEA A ERA NAPOLEÔNICA ERA NAPOLEÔNICA (1799 1815) Prof. João Gabriel da Fonseca joaogabriel_fonseca@hotmail.com 1 - O CONSULADO (1799 1804): Pacificação interna e externa. Acordos de paz com países vizinhos. Acordo com a Igreja

Leia mais

Antecedentes - O contexto da França no século XVIII. Economia: Agrária sob exploração de base feudal. Manufatureira e bem menos dinâmica do que o

Antecedentes - O contexto da França no século XVIII. Economia: Agrária sob exploração de base feudal. Manufatureira e bem menos dinâmica do que o Antecedentes - O contexto da França no século XVIII. Economia: Agrária sob exploração de base feudal. Manufatureira e bem menos dinâmica do que o modelo inglês. Processo de enriquecimento da camada burguesa

Leia mais

04. REVOLUÇÃO FRANCESA

04. REVOLUÇÃO FRANCESA 04. REVOLUÇÃO FRANCESA Importância do evento Marca o início da Idade Contemporânea (1789 até a atualidade) Processo liderado pela burguesia contra o absolutismo Abriu espaço para o avanço do capitalismo

Leia mais

INTEIRATIVIDADE FINAL CONTEÚDO E HABILIDADES DINÂMICA LOCAL INTERATIVA. Conteúdo: A Revolução Francesa

INTEIRATIVIDADE FINAL CONTEÚDO E HABILIDADES DINÂMICA LOCAL INTERATIVA. Conteúdo: A Revolução Francesa Conteúdo: A Revolução Francesa Habilidades: Reconhecer nas origens e consequências da Revolução Francesa de 1789, os elementos fundamentais da formação política e social contemporânea para a história contemporânea.

Leia mais

1º Bimestre 2018 História/ Romney CONTEÚDO DO BIMESTRE CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO TÓPICOS DO CONTEÚDO CONTEÚDO DO BIMESTRE. Revolução Francesa

1º Bimestre 2018 História/ Romney CONTEÚDO DO BIMESTRE CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO TÓPICOS DO CONTEÚDO CONTEÚDO DO BIMESTRE. Revolução Francesa 1º Bimestre 2018 História/ Romney CONTEÚDO DO BIMESTRE CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO TÓPICOS DO CONTEÚDO CONTEÚDO DO BIMESTRE Revolução Francesa ILUMINISMO (revisão) Chegada da Família Real Período Napoleônico

Leia mais

HISTÓRIA 8 ANO PROF. ARTÊMISON MONTANHO DA SILVA PROF.ª ISABEL SARAIVA ENSINO FUNDAMENTAL

HISTÓRIA 8 ANO PROF. ARTÊMISON MONTANHO DA SILVA PROF.ª ISABEL SARAIVA ENSINO FUNDAMENTAL HISTÓRIA 8 ANO PROF.ª ISABEL SARAIVA ENSINO FUNDAMENTAL PROF. ARTÊMISON MONTANHO DA SILVA CONTEÚDOS E HABILIDADES Unidade II Poder, Estado e Instituições 2 CONTEÚDOS E HABILIDADES Aula 10 Conteúdos A República

Leia mais

Revolução Francesa

Revolução Francesa Revolução Francesa 1789-1799 Marco tradicional do início da Idade Contemporânea: A história moderna termina em 1789, com aquilo que a Revolução batizou de Antigo Regime. (...) 1789 é a chave para o antes

Leia mais

ANTIGO REGIME. Páginas 20 à 31.

ANTIGO REGIME. Páginas 20 à 31. ANTIGO REGIME Páginas 20 à 31. Antigo Regime Período do Absolutismo na Europa durante a Idade Moderna. Denominação dada após as revoluções burguesas que promoveram a implantação de monarquias parlamentaristas

Leia mais

1º - Foi um movimento liderado pela BURGUESIA contra o regime absolutista. 2º - Abriu espaço para o avanço do CAPITALISMO.

1º - Foi um movimento liderado pela BURGUESIA contra o regime absolutista. 2º - Abriu espaço para o avanço do CAPITALISMO. APRESENTAÇÃO Aula 08 3B REVOLUÇÃO FRANCESA Prof. Alexandre Cardoso REVOLUÇÃO FRANCESA Marco inicial da Idade Contemporânea ( de 1789 até os dias atuais) 1º - Foi um movimento liderado pela BURGUESIA contra

Leia mais

Período Regencial Prof. Marcos Roberto

Período Regencial Prof. Marcos Roberto Período Regencial 1831-1840 Prof. Marcos Roberto PRIMEIRO REINADO 1822-1831 PERIODO REGENCIAL 1831-1840 SEGUNDO REINADO 1840-1889 FASES DA REGÊNCIA Transição até a maioridade de D. Pedro II. Regência Trina

Leia mais

As formas de controle e disciplina do trabalho no Brasil pós-escravidão

As formas de controle e disciplina do trabalho no Brasil pós-escravidão Atividade extra As formas de controle e disciplina do trabalho no Brasil pós-escravidão Questão 1 Golpe do 18 Brumário O Golpe do 18 Brumário foi um golpe de estado ocorrido na França, e que representou

Leia mais

Foram movimentos que romperam radicalmente com as estruturas do Antigo Regime e marcou a ascensão da burguesia como nova classe economica.

Foram movimentos que romperam radicalmente com as estruturas do Antigo Regime e marcou a ascensão da burguesia como nova classe economica. Foram movimentos que romperam radicalmente com as estruturas do Antigo Regime e marcou a ascensão da burguesia como nova classe economica. O Absolutismo na Inglaterra a presentava uma característica peculiar:

Leia mais

Atividade de revisão para o Exame final. A Revolução Francesa (14/07/1789)

Atividade de revisão para o Exame final. A Revolução Francesa (14/07/1789) Profª.: Lygia Mânica Costa 7ª série do E. Fundamental Nome: Turma: Data: Atividade de revisão para o Exame final A Revolução Francesa (14/07/1789) A situação social era grave e o nível de insatisfação

Leia mais

REVOLUÇÃO FRANCESA. Prof.: Diego Gomes omonstrodahistoria.blogspot.com.

REVOLUÇÃO FRANCESA. Prof.: Diego Gomes  omonstrodahistoria.blogspot.com. REVOLUÇÃO FRANCESA Prof.: Diego Gomes diegogomes.historia@gmail.com www.facebook.com/profdiegogomes/ omonstrodahistoria.blogspot.com.br/ Objetivos de Ensino/Aprendizagem Conhecer as condições socioeconômicas

Leia mais

O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DO BRASIL COLÉGIO PEDRO II PROFESSOR: ERIC ASSIS

O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DO BRASIL COLÉGIO PEDRO II PROFESSOR: ERIC ASSIS O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DO BRASIL 1820-1822 COLÉGIO PEDRO II PROFESSOR: ERIC ASSIS O 7 DE SETEMBRO: A INDEPENDÊNCIA FOI SOMENTE O GRITO DO IPIRANGA? OS SIGNIFICADOS DA INDEPENDÊNCIA Emancipação ou

Leia mais

REVOLUÇÃO FRANCESA MCC

REVOLUÇÃO FRANCESA MCC REVOLUÇÃO FRANCESA MCC REVOLUÇÃO FRANCESA. MOVIMENTO BURGUÊS França antes da revolução TEVE APOIO DO POVO Monarquia absolutista Economia capitalista.(costumes feudais) sociedade estamental. 1º Estado-

Leia mais

A REVOLUÇÃO FRANCESA

A REVOLUÇÃO FRANCESA A REVOLUÇÃO FRANCESA CAUSAS DA REVOLUÇÃO: SOCIEDADE DIVIDIDA EM 3 ESTAMENTOS (CAMADAS SOCIAIS) 1º ESTADO= CLERO (CAMADA MAIS ALTA) NÃO PAGAVA IMPOSTOS 2º ESTADO= NOBREZA (CAMADA INTERMEDIÁRIA) NÃO PAGAVA

Leia mais

REVOLUÇÕES SÉCULO XIX. 8 º A N O P R O F. ª B I A N C A H I S T Ó R I A

REVOLUÇÕES SÉCULO XIX. 8 º A N O P R O F. ª B I A N C A H I S T Ó R I A REVOLUÇÕES LIBERAIS DO SÉCULO XIX. 8 º A N O P R O F. ª B I A N C A H I S T Ó R I A INÍCIO OséculoXIXfoinaEuropaumperíododerevoltaserevoluções.Cadaumdessesmomentos OséculoXIXfoinaEuropaumperíododerevoltaserevoluções.Cadaumdessesmomentos

Leia mais

Revisão ª série. Roberson de Oliveira

Revisão ª série. Roberson de Oliveira Revisão 2011 3ª série Roberson de Oliveira Iluminismo - séc. XVIII 1. Definição 2. caracterização: valorização da razão oposição/superioridade em relação à fé promotora do bem-estar, do progresso e da

Leia mais

Concurso Nacional de Leitura - 1ª Fase SECUNDÁRIO. Ano letivo 2015/2016. Dia 08 de janeiro de Hora: 12h 30m 13h 20m. Local: Biblioteca Escolar

Concurso Nacional de Leitura - 1ª Fase SECUNDÁRIO. Ano letivo 2015/2016. Dia 08 de janeiro de Hora: 12h 30m 13h 20m. Local: Biblioteca Escolar ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA DE MOIMENTA DA BEIRA CÓDIGO 310402 DIREÇÃO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DO NORTE Concurso Nacional de Leitura - 1ª Fase SECUNDÁRIO Ano letivo 2015/2016 Dia 08 de janeiro de 2016 Hora:

Leia mais

REVOLUÇÃO FRANCESA - Marco Histórico: Fim da Idade Moderna. Símbolo: Queda da Bastilha (1789). Lema: Liberdade, Fraternidade, Igualdade.

REVOLUÇÃO FRANCESA - Marco Histórico: Fim da Idade Moderna. Símbolo: Queda da Bastilha (1789). Lema: Liberdade, Fraternidade, Igualdade. REVOLUÇÃO FRANCESA REVOLUÇÃO FRANCESA - Marco Histórico: Fim da Idade Moderna. 1789 Símbolo: Queda da Bastilha (1789). Lema: Liberdade, Fraternidade, Igualdade. Influência: Iluminista. DIVISÃO SOCIAL 1º

Leia mais

Professor Edmário Vicente 1

Professor Edmário Vicente 1 Professor Edmário Vicente 1 Professor Edmário Vicente 3 ANTECEDENTES DA EMANCIPAÇÃO Ideais Iluministas; Colônias espanholas na América; Independência dos Estados Unidos 1776; Revolução Francesa em 1789.

Leia mais

Período Napoleônico e Restauração

Período Napoleônico e Restauração Aula 15 Período Napoleônico e Restauração 1 O Consulado (1799 1804) Setor 1606 2 O Império (1804 1815) 3 O Congresso de Viena Aula 15 15 Período Napoleônico e e Restauração 1.1 A Pacificação Acordo com

Leia mais

CONSERVADORES LIBERAIS

CONSERVADORES LIBERAIS CONSERVADORES desejavam a criação de um governo fortemente centralizado, com uma monarquia dotada de amplos poderes LIBERAIS desejavam a criação de uma monarquia constitucional e a descentralização administrativa

Leia mais

HISTÓRIA. Construção do Estado Liberal: Independência das colônias latino-americanas Parte 2 Profª. Eulália Ferreira

HISTÓRIA. Construção do Estado Liberal: Independência das colônias latino-americanas Parte 2 Profª. Eulália Ferreira HISTÓRIA Independência das colônias latino-americanas Parte 2 Profª. Eulália Ferreira Como acontece a libertação na Hispano-américa pós Haiti Lembrando como está a área da metrópole espanhola... Revolução

Leia mais

A REVOLUÇAO FRANCESA (1789 A 1799) TEMA DA REVOLUÇÃO: IGUALDADE, LIBERDADE E FRATERNIDADE

A REVOLUÇAO FRANCESA (1789 A 1799) TEMA DA REVOLUÇÃO: IGUALDADE, LIBERDADE E FRATERNIDADE A REVOLUÇAO FRANCESA (1789 A 1799) TEMA DA REVOLUÇÃO: IGUALDADE, LIBERDADE E FRATERNIDADE QUADRO SOCIAL 1º ESTADO CLERO 2º ESTADO NOBREZA Viviam às custas do Rei 3º ESTADO Alta Burguesia, Pequena Burguesia

Leia mais

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI Pró-Reitoria de Graduação PROGRAD - Coordenação de Processos Seletivos COPESE www.ufvjm.edu.br - copese@ufvjm.edu.br UNIVERSIDADE

Leia mais

ASSIS, Machado. O Alienista. São Paulo: Abril Educação, 1980.

ASSIS, Machado. O Alienista. São Paulo: Abril Educação, 1980. DEPARTAMENTO DE LETRAS A RAZÃO E A LOUCURA: ANÁLISE SEMIÓTICA E ANTROPOLÓGICA DO CONTO O ALIENISTA DE MACHADO DE ASSIS Karylleila dos Santos Andrade (UFT) karylleila@gmail.com ASSIS, Machado. O Alienista.

Leia mais

Direito Constitucional. TÍTULO I - Dos Princípios Fundamentais art. 1º ao 4º

Direito Constitucional. TÍTULO I - Dos Princípios Fundamentais art. 1º ao 4º Direito Constitucional TÍTULO I - Dos Princípios Fundamentais art. 1º ao 4º Constituição A constituição determina a organização e funcionamento do Estado, estabelecendo sua estrutura, a organização de

Leia mais

Revolta do Forte de Copacabana O primeiro 5 de julho; Revolta de São Paulo O segundo de 5 de julho; A Coluna Prestes tinha como objetivo espalhar o

Revolta do Forte de Copacabana O primeiro 5 de julho; Revolta de São Paulo O segundo de 5 de julho; A Coluna Prestes tinha como objetivo espalhar o Revolta do Forte de Copacabana O primeiro 5 de julho; Revolta de São Paulo O segundo de 5 de julho; A Coluna Prestes tinha como objetivo espalhar o tenentismo pelo país; Defediam: Voto secreto; Autonomia

Leia mais

Liberté, Egalité e Fraternité

Liberté, Egalité e Fraternité Liberté, Egalité e Fraternité Revolução de caráter burguesa. Antecedentes/causas: Maior população da Europa Ocidental (25 milhões). 80% rural. Participação no processo de Independência dos Estados Unidos.

Leia mais

Colégio Santa Dorotéia

Colégio Santa Dorotéia Colégio Santa Dorotéia Tema Transversal: Casa comum, nossa responsabilidade. Disciplina: História / ORIENTAÇÃO DE ESTUDOS - RECUPERAÇÃO Série: 5ª - Ensino Fundamental Aluno(a): N o : Turma: Professora:

Leia mais

Rev. Liberais do Século XIX e Período Regencial

Rev. Liberais do Século XIX e Período Regencial Rev. Liberais do Século XIX e Período 1. (PUC-RJ) O Congresso de Viena, concluído em 1815, após a derrota de Napoleão Bonaparte, baseou-se em três princípios políticos fundamentais. Assinale a opção que

Leia mais

EUROPA SÉCULO XIX. Revoluções Liberais e Nacionalismos

EUROPA SÉCULO XIX. Revoluções Liberais e Nacionalismos EUROPA SÉCULO XIX Revoluções Liberais e Nacionalismos Contexto Congresso de Viena (1815) Restauração do Absolutismo Princípio da Legitimidade Santa Aliança Equilíbrio Europeu -> Fim Sacro I. Romano Germânico

Leia mais

O IMPÉRIO NAPOLEÔNICO E O CONGRESSO DE VIENA COLÉGIO PEDRO II PROFESSOR: ERIC ASSIS

O IMPÉRIO NAPOLEÔNICO E O CONGRESSO DE VIENA COLÉGIO PEDRO II PROFESSOR: ERIC ASSIS O IMPÉRIO NAPOLEÔNICO E O CONGRESSO DE VIENA 1799-1815 COLÉGIO PEDRO II PROFESSOR: ERIC ASSIS OS SIGNIFICADOS DA ASCENSÃO DE NAPOLEÃO O esgotamento político e social após 10 anos de revolução na França.

Leia mais

Colégio Santa Dorotéia

Colégio Santa Dorotéia Colégio Santa Dorotéia Área de Ciências Humanas Disciplina: História Série: 8ª Ensino Fundamental Professora: Letícia História Atividades para Estudos Autônomos Data: 03 / 10 / 2016 Aluno(a): Nº: Turma:

Leia mais

Colégio Ser! Sorocaba História 8º ano Profª Marilia C Camillo Coltri

Colégio Ser! Sorocaba História 8º ano Profª Marilia C Camillo Coltri Colégio Ser! Sorocaba História 8º ano Profª Marilia C Camillo Coltri Primeira Fase Campanhas sob o Diretório (1796-1799) Enquanto a França organizava-se sob o regime do Diretório (3ª fase da Revolução

Leia mais

A ERA NAPOLEÔNICA

A ERA NAPOLEÔNICA A ERA NAPOLEÔNICA 1799-1815 O golpe de 18 Brumário teria representado o assassinato da revolução? Durante a década revolucionária, a maior parte dos grupos sociais que compunham o antigo Terceiro Estado

Leia mais

COLÉGIO XIX DE MARÇO 3ª PROVA PARCIAL DE HISTÓRIA QUESTÕES ABERTAS

COLÉGIO XIX DE MARÇO 3ª PROVA PARCIAL DE HISTÓRIA QUESTÕES ABERTAS COLÉGIO XIX DE MARÇO Educação do jeito que deve ser. 2016 3ª PROVA PARCIAL DE HISTÓRIA QUESTÕES ABERTAS Aluno(a): Nº Ano: 8º Turma: Data: 11/11/2016 Nota: Professor(a): Ivana Cavalcanti Valor da Prova:

Leia mais

3º ANO / PRÉVEST PROF. Abdulah

3º ANO / PRÉVEST PROF. Abdulah PERÍODO JOANINO (1808-1821) Livro 3 / Módulo 12 (Extensivo Mega) 3º ANO / PRÉVEST PROF. Abdulah TRANSFERÊNCIA DA FAMÍLIA REAL O PROJETO BRAGANTINO (século XVII) de transmigração RAZÕES: - Proximidade com

Leia mais

INTRODUÇÃO. Fonte: http: //www.buscatematica.net/historia.htm

INTRODUÇÃO. Fonte: http: //www.buscatematica.net/historia.htm 3 INTRODUÇÃO A Formação do Grande Exército Napoleônico, a primeira força militar multinacional deu-se com Napoleão Bonaparte, general e imperador dos Franceses, que após derrubar o governo do Diretório

Leia mais

REVOLUÇÃO FRANCESA 1789

REVOLUÇÃO FRANCESA 1789 REVOLUÇÃO FRANCESA 1789 Antecedentes/causas: Considerada um dos marcos da História, a Revolução Francesa alterou profundamente a base do poder político e social da França sob o lema Liberdade, Igualdade

Leia mais

Revolução Russa 1917

Revolução Russa 1917 Revolução Russa 1917 1 A RÚSSIA PRÉ-REVOLUCIONÁRIA Economia Predominantemente rural (latifúndios) com vestígios do feudalismo, muito atrasado economicamente. Mais da metade do capital russo provinha de

Leia mais

ABOLIÇÃO E REPÚBLICA CAP. 13. Marcos Antunes. 2017

ABOLIÇÃO E REPÚBLICA CAP. 13. Marcos Antunes. 2017 ABOLIÇÃO E REPÚBLICA CAP. 13 Marcos Antunes. 2017 ABOLIÇÃO: A RESISTÊNCIA DOS ESCRAVIZADOS DUROU ENQUANTO HOUVE A ESCRAVIDÃO: FUGAS, LEVANTES URBANOS E QUILOMBOS. O MOVIMENTO ABOLICIONISTA DUROU QUASE

Leia mais

BRASIL COLÔNIA ( )

BRASIL COLÔNIA ( ) 2 - REVOLTAS EMANCIPACIONISTAS: Século XVIII (final) e XIX (início). Objetivo: separação de Portugal (independência). Nacionalistas. Influenciadas pelo iluminismo, independência dos EUA e Revolução Francesa.

Leia mais

Movimentos Sociais no Brasil ( ) Formação Sócio Histórica do Brasil Profa. Ms. Maria Thereza Rímoli

Movimentos Sociais no Brasil ( ) Formação Sócio Histórica do Brasil Profa. Ms. Maria Thereza Rímoli Movimentos Sociais no Brasil (1550 1822) Formação Sócio Histórica do Brasil Profa. Ms. Maria Thereza Rímoli No período colonial: Em diversos momentos: Segmentos sociais insatisfeitos promoveram rebeliões,

Leia mais

Uma visão de mundo renovada (Renascimento Cultural);

Uma visão de mundo renovada (Renascimento Cultural); do 3 e 4 períodos 6º ano História 3 período O mundo grego As origens da sociedade grega Esparta e Atenas A cultura grega O período helenístico Roma: Formação e expansão A formação de Roma A República romana

Leia mais

Universidade Federal do Ceará Coordenadoria de Concursos - CCV 2ª ETAPA PROVA ESPECÍFICA DE HISTÓRIA PROVA ESPECÍFICA DE HISTÓRIA

Universidade Federal do Ceará Coordenadoria de Concursos - CCV 2ª ETAPA PROVA ESPECÍFICA DE HISTÓRIA PROVA ESPECÍFICA DE HISTÓRIA 1ª AVALIAÇÃO CORRETOR 1 01 02 03 04 05 06 07 08 Reservado à CCV AVALIAÇÃO FINAL Universidade Federal do Ceará Coordenadoria de Concursos - CCV Comissão do Vestibular Reservado à CCV 2ª ETAPA PROVA ESPECÍFICA

Leia mais

A Crise do Império MARCOS ROBERTO

A Crise do Império MARCOS ROBERTO A Crise do Império MARCOS ROBERTO A crise do 2º Reinado teve início já no começo da década de 1880. Esta crise pode ser entendida através de algumas questões: - Interferência de D. Pedro II em questões

Leia mais

A REVOLUÇÃO FRANCESA ( ) COLÉGIO OLIMPO - BH DISCIPLINA: HISTÓRIA PROFESSORA: FABIANA PATRÍCIA FERREIRA SÉRIE/ANO: 8º.

A REVOLUÇÃO FRANCESA ( ) COLÉGIO OLIMPO - BH DISCIPLINA: HISTÓRIA PROFESSORA: FABIANA PATRÍCIA FERREIRA SÉRIE/ANO: 8º. A REVOLUÇÃO FRANCESA (1789 1799) COLÉGIO OLIMPO - BH DISCIPLINA: HISTÓRIA PROFESSORA: FABIANA PATRÍCIA FERREIRA SÉRIE/ANO: 8º. PRINCÍPIOS Ideais iluministas. Igualdade jurídica. Liberdade econômica. Fraternidade.

Leia mais

HISTÓRIA. Construção do Estado Liberal: Independência das colônias latino-americanas Parte 1 Profª. Eulália Ferreira

HISTÓRIA. Construção do Estado Liberal: Independência das colônias latino-americanas Parte 1 Profª. Eulália Ferreira HISTÓRIA Independência das colônias latino-americanas Parte 1 Profª. Eulália Ferreira como construção da lógica liberal na América- Haiti, Brasil e região hispânica Haiti - 1804 Argentina- 1810 Paraguai-

Leia mais

Está correto o que se afirma somente em a) II e III. b) I. c) I e II. Página 1 de 5

Está correto o que se afirma somente em a) II e III. b) I. c) I e II. Página 1 de 5 1. (Uece 2014) O período historicamente conhecido como Período Regencial foi caracterizado a) por rebeliões populares cujas ações exigiam o retorno da antiga realidade social com a volta de Pedro I ao

Leia mais

Moacyr Scliar. Profª Marta Geraldini

Moacyr Scliar. Profª Marta Geraldini O mistério da casa verde 7 ano CCAT 2018 de Moacyr Scliar Profª Marta Geraldini Através de O Mistério da Casa Verde, de Moacyr Scliar, há a oportunidade de um primeiro contato com o célebre conto O Alienista,

Leia mais

NAPOLEÃO BONAPARTE. mcc

NAPOLEÃO BONAPARTE. mcc NAPOLEÃO BONAPARTE mcc Golpe do 18 Brumário ( 9 de novembro de 1799) Fim da Revolução Francesa. O Diretório foi substituído por uma nova forma de governo- Consulado. Três cônsules passaram a governar a

Leia mais

REVOLUÇÃO FRANCESA 1789-1799

REVOLUÇÃO FRANCESA 1789-1799 REVOLUÇÃO FRANCESA 1789-1799 À procura de solução para a crise: 1787 Luís XVI convocação dos conselheiros para criação de novos impostos Acabar com a isenção fiscal do Primeiro e Segundo Estados CONSEQUÊNCIA

Leia mais

7 - INDEPENDÊNCIAS NA AMÉRICA ESPANHOLA

7 - INDEPENDÊNCIAS NA AMÉRICA ESPANHOLA 7 - INDEPENDÊNCIAS NA AMÉRICA ESPANHOLA Movimentos pela independência Influenciados pela Independência dos Estados Unidos Facilitados pela ocupação da Espanha por Napoleão Afrouxou o controle do país sobre

Leia mais

Os primeiros anos da República no Brasil MCC

Os primeiros anos da República no Brasil MCC Os primeiros anos da República no Brasil MCC blogs.estadao.com.br A Província de São Paulo, 15 de novembro de 1889. Glorioso centenário da grande revolução. Proclamação da República Brazileira. Recebemos

Leia mais

A REVOLUÇÃO FRANCESA ATRAVÉS DA ARTE

A REVOLUÇÃO FRANCESA ATRAVÉS DA ARTE A REVOLUÇÃO FRANCESA ATRAVÉS DA ARTE Prof. Marcos Faber www.historialivre.com A sociedade francesa estava dividida em três Estados (clero, nobres e povo/burguesia). Sendo que o povo e a burguesia sustentavam,

Leia mais

Período Regencial e Revoltas Regenciais

Período Regencial e Revoltas Regenciais Período Regencial e Revoltas Regenciais Transição até a maioridade de D. Pedro II. Instabilidade política (agitações internas). Fases: Regência Trina Provisória (abr/jun. 1831); Regência Trina Permanente

Leia mais

Pagina 27 Questão 1 A frase evidencia que as instituições advindas das práticas feudais foram, de fato, superadas a partir da Revolução Francesa.

Pagina 27 Questão 1 A frase evidencia que as instituições advindas das práticas feudais foram, de fato, superadas a partir da Revolução Francesa. Módulo: 3 A revolução na França Capítulo: 10 - A Revolução Francesa SEÇÃO TEÓRICA ATIVIDADES Pagina 27 A frase evidencia que as instituições advindas das práticas feudais foram, de fato, superadas a partir

Leia mais

2º ano - História - Ruy

2º ano - História - Ruy 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 A REAÇÃO ARISTOCRÁTICA a) Aristocratas exigem que Luis XVI, convoque votação para aumentar impostos. b) Rei convoca os Estados Gerais

Leia mais

Exercícios de Era Napoleônica

Exercícios de Era Napoleônica Exercícios de Era Napoleônica 1. A Era Napoleônica (1799-1815) marcou a conjuntura de transição do mundo moderno para o contemporâneo, alterando o equilíbrio de poder construído pelos Estados europeus.

Leia mais

Segundo Reinado 2ª Fase e Crise. Prof. Thiago Aula 07 Frente C

Segundo Reinado 2ª Fase e Crise. Prof. Thiago Aula 07 Frente C Segundo Reinado 2ª Fase e Crise Prof. Thiago Aula 07 Frente C O Ouro Verde Inicialmente produzido no Vale do Paraíba (RJ/SP) depois se expande ao Oeste de São Paulo; Estrutura semelhante à da cana de Açúcar:

Leia mais

AS VÉSPERAS DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

AS VÉSPERAS DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL AS VÉSPERAS DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL CRISE DO SISTEMA COLONIAL Portugal perde colônias no Oriente e o monopólio da Produção de açúcar na América. Pressão da Metrópole x Enriquecimento de da elite Brasileira

Leia mais

IDADE CONTEMPORÂNEA AMÉRICA NO SÉCULO XIX

IDADE CONTEMPORÂNEA AMÉRICA NO SÉCULO XIX 1 - Independências das nações latino-americanas: Processo de libertação das colônias espanholas. Quando: Aproximadamente entre 1810 e 1830. Fatores externos: Crise geral do Antigo Regime (enfraquecimento

Leia mais

França e as Guerras Napoleônicas. Conteúdo cedido, organizado e editado pelos profs. Rodrigo Teixeira e Rafael Ávila

França e as Guerras Napoleônicas. Conteúdo cedido, organizado e editado pelos profs. Rodrigo Teixeira e Rafael Ávila França e as Guerras Napoleônicas Conteúdo cedido, organizado e editado pelos profs. Rodrigo Teixeira e Rafael Ávila A França do Século XVIII 3 a. maior economia europeia; problemas econômicos domésticos

Leia mais

FAMÍLIA REAL NO BRASIL. Prof. Filipe Viana da Silva

FAMÍLIA REAL NO BRASIL. Prof. Filipe Viana da Silva FAMÍLIA REAL NO BRASIL Prof. Filipe Viana da Silva 1. A CONJUNTURA EUROPEIA Fim do século XVIII, França e Inglaterra em estágio superior do capitalismo; Portugal apresenta-se estagnado e dependente do

Leia mais

EMENTÁRIO HISTÓRIA LICENCIATURA EAD

EMENTÁRIO HISTÓRIA LICENCIATURA EAD EMENTÁRIO HISTÓRIA LICENCIATURA EAD CANOAS, JULHO DE 2015 DISCIPLINA PRÉ-HISTÓRIA Código: 103500 EMENTA: Estudo da trajetória e do comportamento do Homem desde a sua origem até o surgimento do Estado.

Leia mais

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE UERN HISTÓRIA MODERNA II. Prof.º Me. Halyson Oliveira

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE UERN HISTÓRIA MODERNA II. Prof.º Me. Halyson Oliveira UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE UERN HISTÓRIA MODERNA II. Prof.º Me. Halyson Oliveira 2014.2. A R E VO L U Ç Ã O I N G L E S A D E 1 6 4 0 H I L L, C H R I S T O P H E R. A R E V O L U Ç

Leia mais

Período Regencial Prof. Thiago História C Aula 11

Período Regencial Prof. Thiago História C Aula 11 Período Regencial 1831-1840 Prof. Thiago História C Aula 11 Regência Trina Provisória formada desde que Dom Pedro I abdicou ao trono do Brasil, responsável organizar a eleição da Regência Trina Permanente.

Leia mais

SINGULARIDADES DE UMA NARRATIVA REALISTA

SINGULARIDADES DE UMA NARRATIVA REALISTA SINGULARIDADES DE UMA NARRATIVA REALISTA Cid Seixas O Romantismo foi um dos mais importantes movimentos artísticos e sociais vividos pelo mundo ocidental; além de ter sido o momento de afirmação maior

Leia mais

QUESTÃO 01 EXPLIQUE o processo político que resultou na abdicação de D. Pedro I em 1831.

QUESTÃO 01 EXPLIQUE o processo político que resultou na abdicação de D. Pedro I em 1831. DISCIPLINA: História PROFESSORES: Leonardo, Renata e Paula. DATA: /12/2014 VALOR: 20,0 pts. NOTA: ASSUNTO: Trabalho de Recuperação Final SÉRIE: 8º ANO/E.F. TURMA: NOME COMPLETO: Nº: Caro Aluno (a), A avaliação

Leia mais

A RÚSSIA IMPERIAL monarquia absolutista czar

A RÚSSIA IMPERIAL monarquia absolutista czar A RÚSSIA IMPERIAL Desde o século XVI até a Revolução de 1917 a Rússia foi governada por uma monarquia absolutista; O rei era chamado czar; O czar Alexandre II (1818-1881) deu início, na metade do século

Leia mais

O Segundo Reinado Golpe da Maioridade

O Segundo Reinado Golpe da Maioridade O Segundo Reinado O Segundo Reinado foi o período da História do Brasil Império em que Dom Pedro II governou o país. Iniciou-se em 1840 com o Golpe da Maioridade e terminou com a Proclamação da República

Leia mais

França Napoleônica. Periodização. Consulado Cem Dias Império

França Napoleônica. Periodização. Consulado Cem Dias Império França Napoleônica Revolução Francesa Diretório Napoleão - Cônsul 18 Brumário - 1799 Segunda Coligação - 1799 Conservadora Áustria, Prússia e Rússia Nascimento Campanha da Itália -1797 Ilha francesa Córsega

Leia mais

As Revoluções Francesas ( )

As Revoluções Francesas ( ) As Revoluções Francesas (1789 1815) 1. Observe a obra do pintor Delacroix, intitulada A Liberdade guiando o povo (1830), e assinale a alternativa correta. a) Os sujeitos envolvidos na ação política representada

Leia mais

Orientação de estudo 3º bimestre

Orientação de estudo 3º bimestre Nome: Ano: 8 ano Disciplina: História Professor: Eder Nº: Data: Orientação de estudo 3º bimestre Para a realização da regulação o aluno deverá: - Estudar a Unidade 4 sobre As lutas pela independência na

Leia mais