EXTERNATO FERNÃO MENDES PINTO
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- Orlando Gentil Molinari
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1 EXTERNATO FERNÃO MENDES PINTO Autores: João Varejão e Vasco Costeira
2 ÍNDICE 1. Plano de Projecto O que é um sismo? Como se prevê um sismo? Como se mede um sismo? Que fazer em caso de um sismo? a. Antes b. Durante c. Depois A zona de Lisboa Grandes sismos do mundo O grande terramoto de Bibliografia
3 PLANO DE PROJECTO 2
4 O QUE É UM SISMO? Os sismos são fenómenos naturais, resultantes da fricção ou do choque entre as placas tectónicas que constituem a crosta terrestre. Quando isto ocorre, há libertação de uma grande quantidade de energia, originando ondas vibratórias de choque, que se propagam em todas as direcções, até atingirem a superfície terrestre. A zona no interior da terra, onde é libertada a energia que desencadeia o sismo, chama-se o hipocentro. O ponto à superfície da crosta, localizando na vertical em relação ao foco, designa-se por epicentro. É precisamente neste local que o sismo tem maior intensidade. A duração de um sismo raramente ultrapassa um minuto, mas os seus efeitos podem ser sentidos num raio de 400 km. Os movimentos sísmicos podem ser registados graficamente, por meio de pêndulos de grande precisão, os sismógrafos. Raio Hipocentro 3
5 COMO SE PREVÊ UM SISMO? Ainda não se consegue prever a hora e o local exactos de um sismo. No entanto, estudos recentes descobriram uma possibilidade de ligar entre sismos silenciosos e outro tipo de abalos de profundidade. Às vezes mudanças no comportamento de certos animais podem ser indicadores que vai ocorrer um sismo. Este aspecto ainda não está cientificamente estudado e provado. Apesar de tudo há zonas com maior ou menor probabilidade sísmica. Sismicidade instrumental (registos de sismos) Sismicidade histórica (história) Conhecimento de falhas Sismógrafo. Os sismógrafos servem para registar os movimentos dos sismos. 4
6 COMO SE MEDE UM SISMO? A grandeza de um sismo pode ser medida de duas formas: MEDIR Magnitude (quantidade de energia Intensidade (efeitos) Escala Mercali Pela MAGNITUDE, através da amplitude das ondas sísmicas registadas nos sismogramas, a qual está relacionada com a quantidade de energia libertada no foco. Trata-se de uma forma quantitativa de medir o sismo. A escala mais utilizada é a escala da magnitude de Richter, composta por 9 graus. Cada grau desta escala corresponde a um aumento de energia cerca de 30 vezes superior, em relação ao grau anterior. Mag Escala Richter e efeitos associados 1 Não é sentido pelas pessoas. Só os sismógrafos registram 2 É sentido nos andares mais altos dos edifícios 3 Lustres podem balançar. A vibração é igual à de um caminhão passando 3.5 Carros parados balançam, peças feitas em louça vibram e fazem barulho Pode acordar as pessoas que estão dormindo, abrir portas, parar relógios de pêndulos e cair reboco de paredes É percebido por todos. As pessoas caminham com dificuldades, livros caem de estantes; os móveis podem ficar virados 5.5 As pessoas têm dificuldades de caminhar, as paredes racham, louças quebram Difícil dirigir automóveis, forros desabam, casas de madeira são arrancadas de fundações. Algumas paredes caem Pânico geral, danos nas fundações dos prédios, encanamentos se rompem, fendas no chão, danos em represas e queda de pontes. Maioria dos prédios desaba, grandes deslizamentos de terra, rios transbordam, represas e diques são destruídos 8.5 Trilhos retorcidos nas estradas de ferro, tubulações de água e esgoto totalmente destruídas 9 Destruição total. Grandes pedaços de rocha são deslocados, objetos são lançados no ar 5
7 Pela INTENSIDADE, através da avaliação dos efeitos produzidos em termos de danos nas estruturas edificadas e no modo como as vibrações são sentidas pela população. Os efeitos são escalonados em 12 níveis, segundo uma escala de intensidades de natureza qualitativa A escala mais conhecida é a escala de Mercalli. M Escala Mercalli e os efeitos percebidos 1 Nenhum movimento é percebido 2 Algumas pessoas podem sentir o movimento se elas estão em repouso e/ou em andares elevados de edifícios 3 Diversas pessoas sentem um movimento leve no interior de prédios. Os objetos suspensos se mexem. No exterior, no entanto, nada se sente 4 No interior de prédios, a maior parte das pessoas sentem o movimento. Os objetos suspensos se mexem, e também as janelas, pratos, armação de portas 5 A maior parte das pessoas sente o movimento. As pessoas adormecidas se acordam. As portas fazem barulho, os pratos se quebram, os quadros se mexem, os objetos pequenos se deslocam, as árvores oscilam, os líquidos podem transbordar de recipientes abertos 6 Todo mundo sente o terremoto. As pessoas caminham com dificuldade, os objetos e quadros caem, o revestimento dos muros pode rachar, árvores e os arbustos são sacudidos. Danos leves podem acontecer em imáveis mal construídos, mas nehum dano estrutural 7 As pessoas têm dificuldade de se manter em pé, os condutores sentem seus carros sacudirem, alguns prédios podem desmoronar. Tijolos podem se desprender dos imóveis. Os danos são moderados em prédios bem construídos, mas podem ser importantes no resto 8 Os condutores têm dificuldade em dirigir, casas com fundações fracas tremem, grandes estruturas, como chaminés e prédios podem se torcer e quebrar. Prédios bem construídos sofrem danos leves, contrariamente aos outros, que sofrem severos danos. Os galhos das árvores se quebram, colinas podem ter fissuras se a terra está úmida e o nível d'água nos poços artesianos pode se modificar 9 Todos os prédios sofrem grandes danos. As casas sem alicerces se deslocam. Algumas canalizações subterrânes se quebram, a terra se fissura 10 A maior parte dos prédios e suas fundações são destruídos, assim como algumas pontes. As barragens são significativamente danificadas. A água é desviada de seu leito, largas fissuras aparecem no solo, os trilhos das ferrovias entortam 11 Grande parte das construções desabam, as pontes e as canalizações subterrâneas são destruídas 12 Quase tudo é destruído. O solo ondula. Rochas podem se deslocar QUE FAZER EM CASO DE UM SISMO? 6
8 Em caso de um sismo temos de ter atenção ao que se deve fazer antes, durante e depois deste acontecer. ANTES Certifique-se que todos sabem o que fazer. Combine previamente um local para todos se encontrarem, no caso das pessoas se separarem durante um sismo. Prepare a sua casa por forma a facilitar os movimentos, libertando os corredores e passagens, arrumando móveis e brinquedos. Organize o seu kit emergência: o Lanterna o Rádio portátil a pilhas o Reservas para ambas as coisas o Extintor o Estojo de primeiros socorros o Armazene água em recipientes de plástico o Arranje alimentos enlatados, para dois ou três dias. (atenção: verifique com periodicidade os prazos de validade destes componentes). Conheça os locais mais perigosos: elevadores e saídas para a rua. 7
9 Fixe as estantes, os vasos e floreiras às paredes da sua casa. Coloque os objectos pesados, ou de grande volume, no chão ou nas estantes mais baixas. Ensine todos as pessoas como desligar a electricidade e cortar a água e o gás. Tenha à mão, em local acessível, os números de telefone dos serviços de emergência. Telefones úteis na cidade de Lisboa: N Nacional Emergência: 112 Regº Sapadores Bombeiros: Departamento de Protecção Civil da Câmara Municipal de Lisboa: Rua Cardeal Saraiva Lisboa Telef Fax dfi@cm-lisboa.pt Voluntários Protec.Civil Telheiras: / / /
10 DURANTE Se está dentro de uma casa ou de um edifício Se estiver num dos andares superiores de um edifício, não se precipite para as escadas. Nunca utilize elevadores. Abrigue-se no vão de uma porta interior, nos cantos das salas ou debaixo de uma mesa ou uma cama. Mantenha-se afastado de janelas ou espelhos. Tenha cuidado com a queda de candeeiros, móveis ou outros objectos. Se está na rua Dirija-se para um local aberto com calma e serenidade, longe do mar ou de outros cursos de água. Não corra nem ande a vaguear pelas ruas. 9
11 Mantenha-se afastado de edifícios (sobretudo dos mais degradados, altos ou isolados), dos postes de electricidade e outros objectos que lhe possam cair em cima. Afaste-se de taludes, muros, chaminés e varandas que possam desabar. Se está num local com muitas pessoas Fique dentro do edifício, até o sismo acabar. Saia depois com calma tendo em atenção as paredes, chaminés, fios eléctricos, candeeiros e outros objectos que possam cair. Não se precipite para as saídas. As escadas e portas são pontos que facilmente se enchem de escombros e podem ficar muito ocupado por pessoas que tentam deixar o edifício. Nas fábricas mantenha-se afastado das máquinas que podem tombar ou deslizar. Se está a conduzir Pare a viatura longe de edifícios, muros, taludes, postes e cabos de alta tensão e permaneça dentro dela. 10
12 Depois Mantenha a calma e conte com a ocorrência de possíveis réplicas. Não se precipite para as escadas ou saídas. Não fume, nem acenda fósforos ou isqueiros. Pode haver fugas de gás. Corte o gás a água e a electricidade. Utilize lanternas e pilhas. Ligue o rádio e cumpra as recomendações que lhe forem difundidas. Limpe urgentemente os produtos inflamáveis que tenham sido derramados (álcool ou tintas, por exemplo). Evite passar por locais onde existam fios eléctricos soltos. Não utilize o telefone, excepto em caso de extrema urgência (feridos graves) Não circule pelas ruas para observar o que aconteceu. Liberte-as para as viaturas de emergência. 11
13 A ZONA DE LISBOA Lisboa situa-se numa das áreas que sofreu maior intensidade sísmica. A carta de intensidades de Lisboa, corresponde a um cenário sísmico possível: Magnitude 7.5, Ritchter, originado a 220 Km de distância, no Banco Gorringe. A zona ocidental de Lisboa regista, em média, menores intensidades do que a zona oriental. Baixa e colinas circundantes apresentam, em geral, intensidades um pouco superiores. A zona ribeirinha ocidental e os vales correspondentes às antigas linhas de água registam intensidades ainda mais elevadas. 12
14 GRANDES SISMOS DO MUNDO Data Tipo Local Mortos 1138 terramoto Síria, Allepo 230 mil 1556 terramoto China, Shaansi 830 mil 1737 terramoto Índia, Calcutá 300 mil 1755 Terramoto Portugal, Lisboa 100 mil 1883 Tsunami Indonésia 36 mil 1908 terramoto Itália, Messina 100mil 1920 Terramoto China, Gansu 200 mil 1923 Terramoto Japão, Kanto 143 mil 1948 Terramoto Turcomenistão 110 mil 1976 Terramoto China, Tangshan 255 mil 2003 Terramoto Irã, Bam 31 mil 2004 Terramoto/Tsunami Ásia/África 255 mil Em 2004, o grande Tsunami arrastou tudo e todos. 13
15 O GRANDE TERRAMOTO DE 1755 RELATO da Gazeta de Lisboa O Primeiro abalo fez-se sentir cerca de um quarto de hora antes das 10h00 da manhã e, pelo que me pude aperceber, durou seis ou sete minutos, pelo que num quarto de hora, esta grande cidade estava em ruínas. Pouco depois, acenderam-se vários fogos durante cinco ou seis dias. A força do tremor de terra parecia estar imediatamente abaixo da cidade... Pensa-se que terá vindo à superfície no cais da Alfândega e termina no Palácio Real, que foi completamente arrastado e desapareceu por completo. Na altura do terramoto, as águas do rio subiram de 6 a 9 metros. De repente ouvi um clamor geral:«o mar está a subir vamos todos morrer». Ao escutar isto, que naquele lugar tem uns seis ou oito quilómetros de largura, pode observá-lo a ondear e a elevar-se de uma 14
16 maneira inexplicável, pois não havia mais leve brisa. De repente, apareceu a uma pequena distância uma enorme massa de água a erguer-se como uma montanha, aproximando-se espumando e rugindo, precipitando-se em direcção à terra tão impetuosamen-te que, não obstante temos imediatamente fugido com a maior rapidez para salvar as nossas vidas, muitos foram arrastados para o largo. Entre os horrorosos efeitos do terramoto, que se sentiu nesta Cidade no primeiro do corrente, experimentou ruína a grande torre chamada do tombo, em que se guardava o archivo real do reino, o qual se anda restaurando das ruínas da mesma torre, e se anda arrumando; e muitos outros edifícios tiveram a mesma infelicidade. 15
17 BIBLIOGRAFIA Gazeta de Lisboa turais O planeta Terra, Visionarium História da Terra 16
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