Conectando neurônios: uma abordagem neurocomputacional utilizando o modelo de Izhikevich e funções Alfa

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Conectando neurônios: uma abordagem neurocomputacional utilizando o modelo de Izhikevich e funções Alfa"

Transcrição

1 Conectando neurônios: uma abordagem neurocomputacional utilizando o modelo de Izhikevich e funções Alfa (Connecting neurons: a neurocomputational approach using the Izhikevich model and alpha functions) Luan Feitoza 1, Thiago Borduqui 1 1 Curso de Física - Universidade Católica de Brasília Resumo Simulações computacionais podem ser utilizadas para estudar fenômenos que ocorrem no cérebro (CHAVES & BORGES, 2007; MAGELA & BORGES, 2007). Neste trabalho tratamos da simulação computacional de modelos matemáticos que descrevem a conexão entre dois neurônios pulsantes. Para simular o comportamento eletrofisiológico dos neurônios utilizamos um modelo que alia baixo custo computacional e diversidade de padrões de disparo (IZHIKEVICH, 2003). Para modelar a conexão destes neurônios, nas sinapses, utilizamos a função alfa (ERMENTROUT & TERMAN, 2003). Foram realizados experimentos computacionais conectando neurônios com diferentes padrões de disparo, realizando sinapses com diferentes receptores. Este trabalho tem o intuito de ser um estudo que envolve conceitos de Física Computacional, Física Matemática e um treinamento inicial em Neurociência Computacional. Palavras-chave: Modelos computacionais, neurônio, sinapse, Izhikevich, função alfa. Abstract Computer simulations can be used to study phenomena that occur in the brain. In this paper we deal with the computer simulation of mathematical models that describe the connection between two pulsing neurons. To simulate the electrophysiological behavior of neurons we use a model that combines computational low cost and diversity of firing patterns. To model the connection of these neurons we use the alpha function. Computational experiments were performed connecting neurons with different firing patterns, making synapses with different receptors. This work is intended to be a study that involves concepts of Computational Physics, Mathematical Physics and an initial training in Computational Neuroscience. Keywords: Computational models, neuron, synapse, Izhikevich, alpha function. 1

2 1. Introdução Este é um projeto na área de Neurociência Computacional que trata de modelos matemáticos para se conectar neurônios pulsantes 1. Utilizaremos o modelo de Izhikevich (IZHIKEVICH, 2003), para simular o comportamento eletrofisiológico do neurônio, e também o modelo para simulação de sinapses, conhecido por função alfa (ERMENTROUT & TERMAN, 2003). As simulações computacionais têm propiciado a investigação de fenômenos cerebrais que não eram interpretados com precisão devido a limitações nos procedimentos experimentais. Através da simulação computacional é possível fazer previsões e estudos relacionados a doenças mentais, a produção de robôs com inteligência artificial, modelar o comportamento de regiões específicas do cérebro e outras atividades científicas (DIOGO & ROQUE, 2007; IZHIKEVICH & EDELMAN, 2008; CHAVES & BORGES, 2007; MAGELA & BORGES, 2007). A motivação deste trabalho vem de recentes avanços em Neurociência Computacional de trabalhos que procuram recriar, em simulações computacionais, o funcionamento do córtex cerebral humano, baseados na conexão de milhares de equações que modelam os milhares de neurônios. (ERMENTROUT & TERMAN, 2003; DECO & ROLLS, 2005; IZHIKEVICH & EDELMAN, 2008; ROLLS, et al., 2008). Neste trabalho, além da descrição das bases teóricas, realizamos experimentos (simulações computacionais), ilustrando propriedades dos modelos. 2. Fundamentação Teórica 2.1. Morfologia Neuronal O sistema nervoso é constituído por dois tipos de células: os neurônios e as células gliais. Os neurônios (também chamados de células nervosas) sempre tiveram um papel de destaque nas pesquisas relacionadas ao cérebro humano, sendo considerado a unidade básica do sistema nervoso (BEAR et al., 2008). As células gliais são responsáveis por realizar funções de agregação e sustentação entre os neurônios. Acredita-se que elas contribuem para a função encefálica 1 Modelos que incluem o comportamento do potencial da membrana axonal (IZHIKEVICH, 2003). 2

3 principalmente por isolar, sustentar e nutrir os neurônios, embora muitas de suas características ainda sejam pouco conhecidas. As células gliais não serão discutidas neste trabalho, pois pouco se conhece de sua natureza e as ferramentas matemáticas utilizadas nas simulações se aplicam exclusivamente a neurônios (CHAVES & BORGES, 2007; BEAR et al., 2008). Os neurônios possuem três partes principais, (ver Figura 1). Uma é o corpo celular, ou soma, que está relacionado a importantes funções fundamentais como produção de proteínas e outras moléculas fundamentais para a sobrevivência da célula e o armazenamento genético. O corpo celular dos neurônios contém as mesmas organelas presentes nas demais células animais e realiza funções semelhantes. A diferença anatômica mais marcante está nos anexos que os neurônios possuem, ou neuritos, que são os dendritos e os axônios. Os dendritos são numerosos prolongamentos que partem do soma e ramificam-se múltiplas vezes como os ramos de uma árvore. O axônio é um único prolongamento mais longo, que funciona como um fio de telégrafo, o qual envia informações ao longo de grandes distâncias para músculos ou outros neurônios (BEAR et al., 2008; ASSIS et al., 2010). Figura 1: Representação de um neurônio tendo indicado o soma, os dendritos, um axônio e sinapses. Fonte: Wikipédia (2011). 3

4 2.2. Eletrofisiologia do Neurônio O potencial de membrana (V m ) é a tensão gerada pela separação não uniforme de íons ao longo da membrana neuronal (BEAR et al., 2008). Quando o axônio não estiver transmitindo impulsos elétricos, a diferença de potencial constante caracteriza o potencial de repouso (V rep ). Para um neurônio típico, V rep é de cerca de 65 mv (milivolts) negativos no interior da membrana (assume-se que o potencial elétrico do meio exterior é a referência). Durante a transmissão do sinal elétrico são gerados potenciais de ação, ou seja, ondas de perturbação elétrica que percorrem a membrana axonal, se distanciando do corpo celular, consistindo em um fenômeno cuja principal característica é a redistribuição de carga elétrica através da membrana (BEAR et al., 2008; ERMENTROUT & TERMAN, 2010; ASSIS et al., 2010). Uma representação gráfica de um potencial de ação típico emitido por um neurônio é mostrado na Figura 2. Nessa figura é ilustrado o potencial de membrana em função do tempo. O gráfico possui algumas partes de destaque. A primeira, chamada fase ascendente, é caracterizada por uma rápida despolarização da membrana. A mudança no potencial da membrana continua até um pico de cerca de 30 mv, chamado pico de ultrapassagem, nesta fase o interior do neurônio está positivamente carregado. A fase seguinte, a fase descendente, consiste na repolarização até o potencial de membrana atingir um valor mais negativo do que o Figura 2: Potencial de ação esquemático. Fonte: Adaptado de Wikipédia (2011). 4

5 potencial de repouso. A fase em que o potencial da membrana é mais negativo que o potencial de repouso é chamado hiperpolarização. Após esses eventos ocorre uma restauração gradativa do potencial até o repouso (BEAR et al., 2008). Um estímulo tátil, por exemplo, pode disparar potenciais de ação que levarão a informação sobre o estímulo até o cérebro. Esse fato segue uma cadeia de eventos que se inicia com a distensão de terminais nervosos táteis e consequente abertura de canais iônicos, permitindo o movimento direcionado de íons sódio (Na + ) para o interior celular devido à difusão passiva (os íons Na + estão mais concentrados fora da célula), oriunda do gradiente de concentração desse íon, superando a repulsão eletrostática dos íons de carga positiva que já estavam dentro da célula e a atração dos íons de carga oposta do exterior celular. A entrada destes íons despolariza a membrana. Se essa despolarização alcançar um nível crítico, chamado limiar de disparo, outros canais de sódio dependentes de voltagem se abrem, aumentando a permeabilidade da membrana ao sódio, despolarizando ainda mais a membrana (BEAR et al., 2008). Todos estes eventos caracterizam a fase ascendente do potencial. Na fase descendente dois tipos de canais contribuem para a repolarização. Os canais de sódio são inativados e os canais de potássio, que ficam abertos durante todo o processo, permitem a saída do K + que é impulsionado devido à despolarização da célula que a tornou positivamente carregada, sendo levado pela atuação do gradiente de concentração (os íons K + estão mais concentrados dentro da célula). A saída dos íons K + permite que a célula volte a ter o potencial de membrana negativo. Na última fase do potencial de ação, a hiperpolarização, os canais de potássio dependentes de voltagem que estão abertos aumentam a permeabilidade ao potássio em relação à permeabilidade que era no potencial de repouso. Como o sódio está pouco permeável, o potencial de membrana passa a ir em direção ao potencial de equilíbrio do potássio, causando a hiperpolarização em relação ao potencial de repouso da membrana até que os canais de potássio se fechem (ASSIS et al., 2010). Os gradientes de concentração do sódio e do potássio são estabelecidos por enzimas chamadas bomba de sódio e potássio. A ação dessa bomba garante que o K + esteja mais concentrado dentro do neurônio e que o Na + esteja mais concentrado fora. Após o potencial de ação, na fase de hiperpolarização, 5

6 as enzimas, com gasto de energia do encéfalo, transportam novamente os íons K + e Na + para o interior e exterior celular (transporte ativo), respectivamente, reconfigurando a célula para que seja possível a emissão de outros impulsos nervosos (BEAR et al., 2008) Sinapses As terminações axonais de um neurônio se conectam em outros neurônios (ou em células musculares) por uma proximidade (20 a 50 nm), chamada fenda sináptica, e não por um contato físico. Quando um potencial de ação alcança a terminação axonal, são liberados neurotransmissores na fenda sináptica, que são substâncias químicas que possibilitam a passagem de estímulos nervosos por essa proximidade (BEAR et al., 2008; ERMENTROUT & TERMAN, 2010). A corrente sináptica, para dois diferentes neurotransmissores, esta mostrada na Figura 3. Em uma sinapse, os neurônios podem ser pré-sinápticos, quando seus axônios estão antes da sinapse, armazenam neurotransmissores em vesículas sinápticas, e enviam estes sinais; ou pós-sinápticos, quando, por intermédio de seus dendritos, localizados depois da sinapse, recebem o sinal químico por receptores em suas membranas, dando continuidade ao processo (CHAVES & BORGES, 2007; MAGELA & BORGES, 2007; BEAR et al., 2008).. Figura 3: Visualização da corrente sináptica de neurônios gabaérgicos, com receptores AMPA (ácido α-amino-3-hidroxi-metil-4-isoexazolepropriônico), NMDA (N-metil-D-aspartato) e a corrente somada destes dois neurônios. Fonte: Adaptado de (PURVES et al., 2004). 6

7 2.4. O Modelo de Izhikevich O modelo matemático dos neurônios adotado neste trabalho é regido pelo formalismo de Izhikevich (IZHIKEVICH, 2003). O modelo, que descreve o comportamento do potencial de membrana, é representado pelo sistema de equações diferenciais de primeira ordem: = 0,04v(t) 2 + 5v(t) u(t) + I(t) = a(bv(t) u(t)) (1) se v(t) > 30 mv, v(t) = c, u(t) = u(t) + d A variável v(t) representa o potencial de membrana do neurônio, expresso em mv. Não mensurado fisicamente, u(t), em unidade de mv/s, provê uma realimentação negativa para v(t) e contabiliza a ativação de corrente iônica para K + e a inativação da corrente de Na +. I(t) representa algum estímulo externo, seja oriundo de outros neurônios ou de estímulos experimentais, medido em mv/s. Os parâmetros do modelo são representados pelas constantes a, b, c, d. À medida que os parâmetros são alterados, para determinados valores, obtêm-se diferentes padrões de disparos neuronais (ver Figura 4). Figura 4: Exemplos de padrões de disparo obtido pela simulação do modelo de Izhikevich. Fonte: Adaptado de (IZHIKEVICH, 2003). O significado dos parâmetros pode ser resumido da seguinte maneira: O parâmetro a determina a escala de tempo da variável u(t), expresso em s -1. O parâmetro b, em escala de s -1, descreve a sensibilidade da variável u(t). O parâmetro c trata do valor da restauração da voltagem depois que o potencial atinge o seu valor de pico (30 mv), sua dimensão está em mv. 7

8 O parâmetro d, expresso em mv/s, descreve o valor da restauração da variável u(t) após o pulso. Quando o potencial de membrana alcança um valor igual ou superior a 30 mv um pulso será disparado pelo neurônio. Por ocasião desse fenômeno, as variáveis v(t) e u(t) têm seus valores modificados de acordo com os parâmetros c e d, respectivamente. Entre os modelos de neurônios pulsantes, o que reproduz as características de um neurônio real com mais detalhes é o modelo de Hodking e Huxley (1952). O problema em se utilizar esse modelo é o alto custo computacional, pois é descrito por quatro equações diferenciais não-lineares acopladas (CHAVES & BORGES, 2007; MAGELA & BORGES, 2007). O modelo do neurônio proposto por Izhikevich tem a capacidade de exigir um baixo custo computacional e ao mesmo tempo apresentar plausividade biológica com os neurônios reais. Por essas características esse modelo se mostra como uma boa opção para a realização de simulações em que haja uma grande quantidade de neurônios. A figura 5 apresenta um comparativo da plausividade biológica versus o custo computacional de diversos modelos matemáticos de neurônios (IZHIKEVICH, 2003; DIOGO & ROQUE, 2007, CHAVES & BORGES, 2007; OLIVEIRA & BORGES, 2007). Figura 5: Plausividade Biológica versus Custo Computacional de diversos modelos de neurônios. Fonte: Adaptado de (MAGELA & BORGES, 2007). 8

9 2.5. O modelo para sinapses O modelo da sinapse consiste em adicionar uma corrente sináptica ao modelo do neurônio, quando este dispara. Essa corrente pode ser modelada pela seguinte equação, que tem a mesma forma da primeira lei de Ohm (DIOGO & ROQUE, 2007; ERMENTROT & TERMAN, 2010). I syn = g(t). (V pós E syn ) (2) E syn é chamado de potencial de reversão e seu valor determina se a sinapse é excitatória ou inibitória (BEAR et al, 2008). O termo g(t) representa a condutância sináptica, seu comportamento é dependente do tempo e da ocorrência de potenciais de ação provindos do neurônio pré-sináptico. V pós é o potencial de membrana da célula pós-sináptica. Para modelar o comportamento da condutância, neste trabalho, será utilizada a chamada Função Alfa (α), dada pela equação: α(t) = A( - ) (3) Os tempos, τ 1 e τ 2, representam o carregamento e o decaimento da condutância, respectivamente, e são medidos em ms. O parâmetro A é uma constante de normalização adimensional para que α(t), também adimensional, varie entre zero e um. A condutância pode então ser escrita como g(t) = g max α(t) (4) g max é a condutância máxima, em unidade de ms. A função alfa será calculada até o instante T C, chamado tempo de corte ou truncamento (considerado quando a condutância atinge a ordem de 10-5 ms), medido em ms, que é o momento no qual a função se aproxima de zero. 3. Materiais e Métodos Para realizar as simulações utilizamos a linguagem de programação C, por intermédio do compilador Dev C++ versão , obtido gratuitamente pela internet 9

10 (NZN, 2011). O compilador foi instalado em um computador de processador pentium dual-core com processador de 2,3 GHz e memória cache de 3 MB L3. Como o modelo de Izhikevich é composto de duas equações diferenciais de primeira ordem acopladas, sua solução pode ser obtida pelo método numérico de Euler (BRONSON & COSTA, 2008; ZILL, 2003). Através do método de Euler o algoritmo solucionou as equações diferenciais e gravou os resultados em arquivos de blocos de notas. Esses dados foram transportados para o programa Origin versão 6.0, onde os gráficos foram plotados. Os experimentos realizados foram os seguintes: 1) Neurônio pré e pós-sinápticos do tipo phasic spiking (ver Figura 4B da página 7), conectados por sinapse do tipo AMPA. 2) Neurônio pré e pós-sinápticos do tipo tonic spiking (ver Figura 4A da página 7), conectados por sinapse do tipo GABA A. Os valores numéricos utilizados nos experimentos estão na Tabela I, (ERMENTROUT & TERMAN, 2010). Esta tabela é composta das seguintes colunas: Exp, numerando os experimentos; a, b, c, d são os parâmetros do modelo de Izhikevich (ver equação 1), τ 1 e τ 2 são o carregamento e o decaimento da função alfa, respectivamente (ver equação 3); A é a constante adimensional de normalização (equação 3); g max é a condutância máxima (ver equação 4); T C é o tempo de corte até o qual a função alfa será calculada; I ext é o valor da corrente externa aplicada no neurônio pré-sináptico, medido em ma, t i é o tempo de início do estímulo externo, t T é o tempo total de simulação, medidos em ms, h é o tamanho do passo, relativo ao método de Euler. Tabela I: Valores utilizados nos experimentos computacionais. Exp a b c d τ 1 τ 2 A g max T c I ext t i t T h 1 0,02 0, ,19 1,1 1,74 0, , ,25 2 0,02 0, ,18 5 1,18 0, ,25 4. Resultados e Análise 10

11 Condutância (ms) Corrente Sináptica (ma) Potencial de Membrana (mv) Potencial de Membrana (mv) Estímulo Externo (ma) Função Alfa Nesta seção são apresentados separadamente os resultados e discussão para cada experimento. 4.1 Experimento 1 1,0 Estímulo do pré-sináptico (a) 1,0 Função Alfa para AMPA (b) 0,8 0,8 0,6 0,6 0,4 0,4 0,2 0,2 0,0 0, Neurônio pré-sináptico (c) Neurônio pós-sináptico (d) ,6 0,5 Condutância pré-sináptica (e) Corrente Sináptica (f) 30 0,4 20 0,3 10 0,2 0 0,1-10 0, Figura 6: Resultados do Experimento 1. 11

12 Na Figura 6(a), é mostrado um impulso elétrico injetado no neurônio présináptico. É um pulso do tipo degrau, ou seja, até 20 ms, este estímulo externo é nulo e após este momento, passa a ter o valor constante de 0,5 ma. Na Figura 6(b), é representado o comportamento da função alfa. Assim como previsto pela equação 3, o valor da função varia entre zero e um. Em relação ao momento de truncamento (ver T c na Tabela I), que é o instante em que a função alfa é interrompida, acontece em 50 ms. A figura 6(c) simula o potencial de membrana do neurônio pré-sináptico. Percebe-se nesta figura que o potencial se altera com o início do estímulo externo e no instante 45 ms o potencial passa por uma rápida inversão, disparando o potencial de ação. Como era esperado, a partir de medidas in vitro, neurônios do tipo phasic spiking (ver figura 4B, na página 7) disparam uma única vez quando estimulados desta maneira (PURVES et al., 2004). Na figura 6(d) é notado que, poucos milissegundos após o disparo présináptico, o potencial da membrana do neurônio pós-sináptico responde com pulsos sucessivos. A figura 6(e) mostra a condutância da membrana do neurônio pré- sináptico. Nota-se que seu valor se mantém nulo até o instante em que o potencial de ação é disparado (45 ms), a partir desse instante o valor da condutância cresce rapidamente e, 50 ms depois (este é o tempo de truncamento, T c ), volta a ser zero. Em resposta ao disparo causado pelo neurônio pré-sináptico, a corrente sináptica é acionada, figura 6(f). As figuras 6(a), 6(c), 6(e), que compõe a coluna esquerda, mostram, para a mesma escala de tempo, os eventos ligados ao neurônio pré-sináptico. Nas figuras 6(d), 6(f), nota-se, para a mesma escala temporal, como a corrente sináptica se relaciona com o potencial do neurônio pós-sináptico, assim como descrito pela equação 2, na página 9. 12

13 Condutância (ms) Corrente (ma) Potencial de Membrana (mv) Potencial de Membrana (mv) Estímulo (ma) Função Alfa 4.2 Experimento Estímulo do pré-sináptico (a) 1,0 Função Alfa para GABAa (b) 12 0, , ,4 0,2 0 0, Neurônio pré-sináptico (c) Neurônio pós-sináptico (d) Condutância pré sináptica Corrente Sináptica 0,6 (e) 50 (f) 0,5 40 0,4 0,3 0,2 0, , Figura 7: Resultados do Experimento 2. 13

14 Nesta situação, na figura 7(a), tem-se o comportamento da corrente externa. A corrente é do tipo degrau e inicia a partir do instante 10 ms, mantendo esse valor constante até o instante 100 ms. Semelhantemente ao experimento 1, o valor da função alfa varia de 0 a 1 e é interrompida no instante T c, conforme indica a figura 7(b). O estímulo despolariza a membrana do neurônio pré-sináptico, levando-o a emitir impulsos elétricos. No experimento 1 observou-se um pulso decorrente da despolarização causada pelo estímulo, neste segundo experimento a figura 7(c) mostra que são efetuados cinco pulsos neste tipo de neurônio. Isso indica a diferença do comportamento individual dos neurônios. O neurônio pós-sináptico responde aos potenciais de ação provenientes do primeiro neurônio, executando a integração sináptica. A integração sináptica pode ser espacial, quando dois ou mais sinais de entrada pré-sinápticos simultâneos têm seu sinais pós-sinápticos somados, ou temporal, quando a mesma fibra présináptica dispara potenciais de ação em uma rápida sucessão, somando seus potenciais pós-sinápticos (BEAR et al., 2008). A figura 7(d) simula a resposta da membrana pós-sináptica aos sucessivos potenciais de ação emitidos pelo neurônio pré-sináptico. Este é um exemplo de integração sináptica temporal. Na figura 7(e) é representada a condutância sináptica. Neste experimento nota-se que a condutância também evidencia a integração sináptica temporal nos disparos até 30 ms. A corrente sináptica plotada na figura 7(f) apresenta uma configuração no qual se observam conjuntos de picos sucessivos em determinados intervalos de tempo; o intervalo entre uma sequência de picos e outra vai aumentando à medida que o tempo prossegue. 14

15 5. Conclusão Neste trabalho estudamos as principais propriedades relacionadas à eletrofisiologia dos neurônios por aspectos biológicos e as representamos graficamente por intermédio do modelo de Izhikevich e pelas funções alfa. Apesar de serem modelos relativamente simples, pode-se observar que os mesmos foram capazes de reproduzir com plausividade biológica os fenômenos elétricos do potencial de ação e a sinapse de dois neurônios. Os resultados gráficos oriundos das simulações computacionais comprovaram as características eletrofisiológicas esperadas para os tipos de neurônios usados nos experimentos. Tais aspectos confirmam, portanto, o potencial descritivo de tais ferramentas. Como perspectiva de trabalhos futuros, pode-se fazer alterações no código fonte para se obter a integração sináptica de neurônios de tipos diferentes e com maior número de células. Referências ASSIS, Thiago Albuquerque; MIRANDA, José Garcia Vivas; CAVALCANTE, Sílvia Larisse do Patrocínio. A dinâmica de condução nervosa via modelo de FitzHugh- Nagumo. Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 32, n. 1, 1307 (2010). BEAR, Mark; CONNORS, Barry; PARADISO, Michael; Neurociências - Desvendando o Sistema Nervoso. 3 ª edição, Artmed (2008). BRONSON, Richard; COSTA, Gabriel. Coleção SCHAUM - Equações Diferenciais. 3 ed. Porto Alegre: Bookman, CHAVES, Jeferson Figueiredo; BORGES, Henrique Elias. Síntese de Estruturas Bioinspiradas Baseada em Redes de Neurônios Pulsantes. Minas Gerais. Dissertação de Mestrado (Mestrado em Modelagem Matemática e computacional) Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, Belo Horizonte (2007). DECO, Gustavo; ROLLS, Edmund. Attention, short-term memory, and action selection - A unifying theory. Progress in Neurobiology (2005). ERMENTROUT, Bard; TERMAN, David. Foundations of Mathematical Neuroscience. Springerlink (2010). 15

16 IZHIKEVICH, Eugene M. Simple Model of Spiking Neurons. IEEE Transactions on Neural Networks. 14 (2003). IZHIKEVICH, Eugene; EDELMAN, Gerald M. Large-scale model of mammalian thalamocortical systems. PNAS. 9, (2008). NZN. Dev-C Disponível em < Acesso em 31/10/2011. OLIVEIRA, Geraldo Magela Couto; BORGES, Henrique Elias. Emergência de Sincronismo em um Sistema de Neurônios Pulsantes Acoplados. Minas Gerais. Dissertação de Mestrado (Mestrado em Modelagem Matemática e computacional) Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, Belo Horizonte (2007). PURVES, Dale, et al. Neuroscience. Terceira edição. Massachusstes USA (2004). ROLLS, Edmund; LOH, Marco; DECO, Gustavo; WINTERER, Geeorge. Computational models of schizophrenia and dopamine modulation in the prefrontal cortex. Nature. 9, (2008). VIEIRA, Diogo Porfírio de Castro; ROQUE, Antônio Carlos. Um modelo computacional bio-inspirado para estudo de processamento metamodal no cérebro. São Paulo. Qualificação de Doutorado (Doutorado em Física Aplicada à Medicina e Biologia) Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto (2007). ZILL, Denis G. Equações diferenciais com aplicações em modelagem. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, WIKIPEDIA. Neuron Disponível em < Acesso em: 31/10/

17 Apêndice Código Fonte comentado utilizado no Experimento 2 #include<iostream> #include<fstream> #include<math.h> using namespace std; // Tonic Spiking double a = 0.02; double b = 0.2; double c = -65.0; double d = 6.0; //tamanho do passo double h = 0.25; //parâmetros da corrente double I[400]; double Iext = 14; int ti = 40; //contador principal int t; //interações totais int it = 400; //potencial de membrana e variável de recuperação //na primeira coluna: 0 para pré-sináptico, 1 para pós-sináptico double v[2][400]; double u[2][400]; /*sinapse. Eventos, guarda o momento do disparo do neurônio pré-sináptico, g a condutância, i o estímulo externo, isyn a corrente sináptica, alfa a função alfa, ar e ad são parâmetros da função alfa*/ int eventos[400]; double g[400]; double i[400]; double isyn[400]; double alfa[200]; double tau1 = 0.18*h; double tau2 = 5*h; int cont = 0; int n = -1000; double A = 1/ ; double gmax = 0.6; 17

18 int main(void) { /*cria arquivos de saída cujos dados serão gravados em arquivos do bloco de notas e, posteriormente, serão transferidos para o programa Origin versão 6.0 para plotar os gráficos utilizados no trabalho.*/ ofstream myfile1; ofstream myfile2; ofstream myfile3; ofstream myfile4; ofstream myfile5; ofstream myfile6; ofstream myfile7; myfile1.open("1) TS + GABAa - vpre.txt"); myfile2.open("1) TS + GABAa - Eventos.txt"); myfile3.open("1) TS + GABAa - Condutância.txt"); myfile4.open("1) TS + GABAa - Estímulo.txt"); myfile5.open("1) TS + GABAa - Alfa.txt"); myfile6.open("1) TS + GABAa - Corrente.txt"); myfile7.open("1) TS + GABAa - vpos.txt"); /*preenche o vetor alfa (AMPA), a variável j é iniciada com o valor zero, enquanto esta for menor do que 200 ela vai ser incrementada de uma unidade e o algoritmo irá calcular o valor numérico da função alfa para cada interação. Quando se passarem as duzentas interações e o valor de j for duzentos, o laço é finalizado e a função alfa é formada. */ for(int j=0; j<200; j++) { alfa[j] = A*(exp(-j*tau1)-exp(-j*tau2)); myfile5 << alfa[j] << endl; } //Zera o vetor eventos. for(int i=0; i<400; i++) eventos[i] = 0; //Inicializa variáveis do modelo de Izhikevich v[0][0] = -70; v[1][0] = -70; u[0][0] = b*(-70); u[1][0] = b*(-70); g[0] = 0; //Laço principal for(t=0; t<it; t++) 18

19 { //*****estímulo externo Se a variável t indicar um valor maior ou igual ao tempo inicial de disparo do estímulo, ti, a corrente de entrada passa ser o valor de Iext e o neurônio pré-sináptico será excitado, caso isso não ocorra, o valor da corrente de entrada será zero. if(t >= ti) I[t] = Iext; else I[t] = 0.0; //*****Euler para pré-sináptico Quando o neurônio pré-sináptico receber o estímulo externo, o modelo de Izhikevich é solucionado pelo método de Euler, os dados do potencial de membrana em função do tempo são obtidos e mandados para um arquivo do bloco de notas. O aspecto do gráfico mostrará que o potencial de ação foi desencadeado. v[0][t+1] = v[0][t] + h*( (0.04*v[0][t]*v[0][t]) + (5*v[0][t]) u[0][t] + I[t] ); u[0][t+1] = u[0][t] + h*a*((b*v[0][t])-u[0][t]); //condição auxiliar de disparo do pré-sináptico if( v[0][t+1] > 30 ) { v[0][t] = 30; v[0][t+1] = c; u[0][t+1] = u[0][t+1] + d; eventos[t] = 1; } //****sinapse Quando o potencial de ação dispara é atribuído o valor um ao vetor eventos e o momento do disparo é guardado na variável n, o instante do último disparo é guardado na variável cont. O valor de cont é transferido à função alfa para que, caso ocorra outro impulso, ela continue a partir do valor que tinha no impulso anterior. if(eventos[t] == 1) { //guarda o momento do evento n = t; //guarda qual tempo desde o último disparo cont = 0; while(alfa[cont] < g[t-1]) cont = cont + 1; } //g recebe alfa nesta condição (distância entre tempo atual e o tempo do disparo for menor que o tamanho de alfa). A condutância sináptica recebe os valores de alfa e a corrente sináptica é disparada. if((t-n) < (700-cont)) g[t] = gmax*alfa[cont + t-n]; else g[t] = 0; 19

20 //corrente sinaptica. (0 é o potencial de reversão do AMPA) isyn[t] = -g[t]*(v[1][t-1]-0); //*****Euler para pós-sináptico. O algoritmo aciona o valor um para as variáveis v e u do modelo de Izhikevich e o potencial de membrana do neurônio pós-sináptico é calculado. v[1][t+1] = v[1][t] + h*((0.04*v[1][t]*v[1][t])+(5*v[1][t])+140-u[1][t]+isyn[t]); u[1][t+1] = u[1][t] + h*a*((b*v[1][t])-u[1][t]); //condição auxiliar de disparo do pós-sináptico if( v[1][t+1] > 30 ) { v[1][t] = 30; v[1][t+1] = c; u[1][t+1] = u[1][t+1] + d; } } //Saída de valores myfile1 << v[0][t] << endl; myfile2 << eventos[t] << endl; myfile3 << g[t] << endl; myfile4 << I[t] << endl; myfile6 << isyn[t] << endl; myfile7 << v[1][t] << endl; } myfile1.close(); myfile2.close(); myfile3.close(); myfile4.close(); myfile5.close(); myfile6.close(); myfile7.close(); system("pause"); return 0; 20

TRANSMISSÃO DE INFORMAÇÃO

TRANSMISSÃO DE INFORMAÇÃO Capítulo 3: Parte 2 1 TRANSMISSÃO DE INFORMAÇÃO Quando um neurônio recebe um estímulo, se este é forte o suficiente, leva a produção de um impulso nervoso. O impulso nervoso corresponde a uma corrente

Leia mais

POTENCIAL DE MEMBRANA E POTENCIAL DE AÇÃO

POTENCIAL DE MEMBRANA E POTENCIAL DE AÇÃO POTENCIAL DE MEMBRANA E POTENCIAL DE AÇÃO AULA 3 DISCIPLINA: FISIOLOGIA I PROFESSOR RESPONSÁVEL: FLÁVIA SANTOS Potencial de membrana Separação de cargas opostas ao longo da membrana plasmática celular

Leia mais

POTENCIAIS DE MEMBRANA: POTENCIAL DE REPOUSO E POTENCIAL DE AÇÃO. MARIANA SILVEIRA

POTENCIAIS DE MEMBRANA: POTENCIAL DE REPOUSO E POTENCIAL DE AÇÃO. MARIANA SILVEIRA POTENCIAIS DE MEMBRANA: POTENCIAL DE REPOUSO E POTENCIAL DE AÇÃO. MARIANA SILVEIRA COLETA, DISTRIBUIÇÃO E INTEGRAÇÃO DE INFORMAÇÃO Para o cérebro Medula espinhal Corpo celular do neurônio motor Corpo celular

Leia mais

13/08/2016. Movimento. 1. Receptores sensoriais 2. Engrama motor

13/08/2016. Movimento. 1. Receptores sensoriais 2. Engrama motor Movimento 1. Receptores sensoriais 2. Engrama motor 1 Movimento Componentes Celulares e Funcionamento do Sistema Nervoso 2 O Sistema nervoso desempenha importantes funções, como controlar funções orgânicas

Leia mais

Sinapse. Permitem a comunicação e funcionamento do sistema nervoso. Neurónio pré-sináptico (envia a informação)

Sinapse. Permitem a comunicação e funcionamento do sistema nervoso. Neurónio pré-sináptico (envia a informação) Sinapse Medeia a transferência de informação de um neurónio para o seguinte, ou de um neurónio para uma célula efectora (ex.: célula muscular ou glandular); Permitem a comunicação e funcionamento do sistema

Leia mais

Sistema Nervoso Central Quem é o nosso SNC?

Sistema Nervoso Central Quem é o nosso SNC? Controle Nervoso do Movimento Muscular Sistema Nervoso Central Quem é o nosso SNC? 1 SNC Encéfalo Medula espinhal Encéfalo - Divisão anatômica Cérebro Cerebelo Tronco encefálico 2 Condução: Vias ascendentes

Leia mais

Tema 07: Propriedades Elétricas das Membranas

Tema 07: Propriedades Elétricas das Membranas Universidade Federal do Amazonas ICB Dep. Morfologia Disciplina: Biologia Celular Aulas Teóricas Tema 07: Propriedades Elétricas das Membranas Prof: Dr. Cleverson Agner Ramos Permeabilidade da Membrana

Leia mais

Terceiro Projeto Computacional (data de entrega: 02/05/18)

Terceiro Projeto Computacional (data de entrega: 02/05/18) Terceiro Projeto Computacional (data de entrega: 0/05/18) 1. Nesta questão, você deverá aproveitar o código escrito no Projeto Computacional em que implementou a solução numérica do modelo de Hodgkin-Huxley.

Leia mais

As aulas anteriores trataram do modelo de Hodgkin-Huxley e do formalismo de Hodgkin- Huxley para modelar neurônios.

As aulas anteriores trataram do modelo de Hodgkin-Huxley e do formalismo de Hodgkin- Huxley para modelar neurônios. Modelos de neurônios do tipo integra-e-dispara Introdução As aulas anteriores trataram do modelo de Hodgkin-Huxley e do formalismo de Hodgkin- Huxley para modelar neurônios. Como a estratégia de Hodgkin

Leia mais

CURSO DE EXTENSÃO. Neurofisiologia. Profa. Ana Lucia Cecconello

CURSO DE EXTENSÃO. Neurofisiologia. Profa. Ana Lucia Cecconello CURSO DE EXTENSÃO Neurofisiologia Profa. Ana Lucia Cecconello Transmissão Sináptica Informação sensorial (dor) é codificada Comportamento: erguer o pé Neurônio pré-sináptico Neurônio pós-sináptico sinapse

Leia mais

O POTENCIAL DE AÇÃO 21/03/2017. Por serem muito evidentes nos neurônios, os potenciais de ação são também denominados IMPULSOS NERVOSOS.

O POTENCIAL DE AÇÃO 21/03/2017. Por serem muito evidentes nos neurônios, os potenciais de ação são também denominados IMPULSOS NERVOSOS. O POTENCIAL DE AÇÃO 1 2 0 amplitude duração tempo 0 repouso 1 2 Por serem muito evidentes nos neurônios, os potenciais de ação são também denominados IMPULSOS NERVOSOS. O potencial de ação é causado pela

Leia mais

Papel das Sinapses no processamento de informações

Papel das Sinapses no processamento de informações Papel das Sinapses no processamento de informações Impulsos Nervosos Pequenas correntes elétricas passando ao longo dos neurônios Resultam do movimento de íons (partículas carregadas eletricamente) para

Leia mais

Tema 07: Propriedades Elétricas das Membranas

Tema 07: Propriedades Elétricas das Membranas Universidade Federal do Amazonas ICB Dep. Morfologia Disciplina: Biologia Celular Aulas Teóricas Tema 07: Propriedades Elétricas das Membranas Prof: Dr. Cleverson Agner Ramos Permeabilidade da Membrana

Leia mais

ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO FUNÇÕES BÁSICAS DAS SINAPSES E DAS SUBSTÂNCIAS TRANSMISSORAS

ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO FUNÇÕES BÁSICAS DAS SINAPSES E DAS SUBSTÂNCIAS TRANSMISSORAS ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO FUNÇÕES BÁSICAS DAS SINAPSES E DAS SUBSTÂNCIAS TRANSMISSORAS AULA 4 DISCIPLINA: FISIOLOGIA I PROFESSOR RESPONSÁVEL: FLÁVIA SANTOS Divisão sensorial do sistema nervoso Receptores

Leia mais

Origens do potencial de membrana Excitabilidade celular

Origens do potencial de membrana Excitabilidade celular Origens do potencial de membrana Excitabilidade celular Algumas medidas elétricas Potencial (E,V) V (volt) Carga C (coulomb) Corrente (I) A (ampere = C/s) Resistência (R) W (ohm = V/A) Condutância (G)

Leia mais

Modelagem de Sinapses

Modelagem de Sinapses Modelagem de Sinapses Introdução à Neurociência Computacional (Graduação) Antonio Roque Aula 15 Há dois tipos de sinapses, químicas e elétricas. Vamos começar considerando apenas a sinapse química, que

Leia mais

Origens do potencial de membrana Excitabilidade celular

Origens do potencial de membrana Excitabilidade celular Origens do potencial de membrana Excitabilidade celular Origens do potencial de repouso Todas as células apresentam uma diferença de potencial elétrico (voltagem) através da membrana. Alterações na permeabilidade

Leia mais

EXCITABILIDADE I POTENCIAL DE MEMBRANA EM REPOUSO POTENCIAL DE MEMBRANA EM REPOUSO POTENCIAL DE MEMBRANA EM REPOUSO POTENCIAL DE MEMBRANA EM REPOUSO

EXCITABILIDADE I POTENCIAL DE MEMBRANA EM REPOUSO POTENCIAL DE MEMBRANA EM REPOUSO POTENCIAL DE MEMBRANA EM REPOUSO POTENCIAL DE MEMBRANA EM REPOUSO EXCITABILIDADE I 1 - Introdução 1.1 Objetivo da aula: Estudar os mecanismos fisiológicos responsáveis pelos potenciais elétricos através das membranas celulares 1.2 Roteiro da aula: 1.2.1- Estudar o potencial

Leia mais

HHSim Dr. Walter F. de Azevedo Jr. Prof. Dr. Walter F. de Azevedo Jr.

HHSim Dr. Walter F. de Azevedo Jr. Prof. Dr. Walter F. de Azevedo Jr. HHSim 2018 Dr. Walter F. de Azevedo Jr. Prof. Dr. Walter F. de Azevedo Jr. 1 O modelo de Hodgkin-Huxley foi proposto em 1952 para modelar o potencial de ação do axônio de sépia. Os dados sobre a corrente

Leia mais

2015 Dr. Walter F. de Azevedo Jr. Potencial de Ação

2015 Dr. Walter F. de Azevedo Jr. Potencial de Ação Potencial de Ação Objetivos Apresentar conhecimentos relacionados ao potencial de ação. Aprender o uso do programa HHsim para simular potencial de ação. Materiais 1. Computador imac; 2. Programa HHSim.

Leia mais

GÊNESE E PROPAGAÇÃO DO POTENCIAL DE AÇÃO

GÊNESE E PROPAGAÇÃO DO POTENCIAL DE AÇÃO GÊNESE E PROPAGAÇÃO DO POTENCIAL DE AÇÃO Comunicação entre os neurônios no sistema nervoso Introdução Mesmo para um simples reflexo é necessário que o SN, colete, distribua e integre a informação que

Leia mais

SINAPSE. Sinapse é um tipo de junção especializada, em que um neurônio faz contato com outro neurônio ou tipo celular.

SINAPSE. Sinapse é um tipo de junção especializada, em que um neurônio faz contato com outro neurônio ou tipo celular. Disciplina: Fundamentos em Neurociências Profa. Norma M. Salgado Franco SINAPSE Sinapse é um tipo de junção especializada, em que um neurônio faz contato com outro neurônio ou tipo celular. Podem ser:

Leia mais

SINAPSE: PONTO DE CONTATO ENTRE DOIS NEURONIOS SINAPSE QUIMICA COM A FENDA SINAPTICA SINAPSE ELETRICA COM GAP JUNCTIONS

SINAPSE: PONTO DE CONTATO ENTRE DOIS NEURONIOS SINAPSE QUIMICA COM A FENDA SINAPTICA SINAPSE ELETRICA COM GAP JUNCTIONS SINAPSE: PONTO DE CONTATO ENTRE DOIS NEURONIOS SINAPSE QUIMICA COM A FENDA SINAPTICA POTENCIAL DE REPOUSO E SUAS ALTERAÇÕES DESPOLARIZAÇÃO REPOLARIZAÇÃO HIPERPOLARIZAÇÃO POTENCIAL DE ACAO SINAPSE ELETRICA

Leia mais

CURSO DE EXTENSÃO. Neurofisiologia I. Giana Blume Corssac

CURSO DE EXTENSÃO. Neurofisiologia I. Giana Blume Corssac 2017 CURSO DE EXTENSÃO Neurofisiologia I Giana Blume Corssac Tópicos da aula: Bioeletrogênese Potenciais de membrana Transmissão sináptica Sinapses Neurotransmissores Sistema nervoso autônomo Bioeletrogênese

Leia mais

Transmissão Sináptica

Transmissão Sináptica Transmissão Sináptica Objetivos: Rever conhecimentos relacionados ao potencial de ação. Aprender o uso do programa HHsim para simular potencial de ação. Apresentar as bases moleculares para o entendimento

Leia mais

Sistema Nervoso e Potencial de ação

Sistema Nervoso e Potencial de ação Sistema Nervoso e Potencial de ação ELYZABETH DA CRUZ CARDOSO. PROFA TITULAR DA UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - UFF INSTITUTO DE SAÚDE DE NOVA FRIBURGO. DISCIPLINAS DE FISIOLOGIA HUMANA CURSOS DE ODONTOLOGIA

Leia mais

Regulação nervosa e hormonal nos animais

Regulação nervosa e hormonal nos animais HOMEOSTASIA Todos os seres vivos são sistemas abertos As trocas que os organismos estabelecem com o meio conduzem a mudanças constantes nos deus componentes No entanto, os seres vivos possuem mecanismos

Leia mais

Biofísica. Potencial de Ação. Prof. Dr. Walter F. de Azevedo Jr Dr. Walter F. de Azevedo Jr.

Biofísica. Potencial de Ação. Prof. Dr. Walter F. de Azevedo Jr Dr. Walter F. de Azevedo Jr. 2017 Dr. Walter F. de Azevedo Jr. Biofísica Potencial de Ação Prof. Dr. Walter F. de Azevedo Jr. 1 Neurônio Canal de Sódio Bomba de Sódio/Potássio Íon Sódio Canal de Potássio Íon Potássio 2 Anatomia de

Leia mais

Funções do Sistema Nervoso Integração e regulação das funções dos diversos órgãos e sistemas corporais Trabalha em íntima associação com o sistema end

Funções do Sistema Nervoso Integração e regulação das funções dos diversos órgãos e sistemas corporais Trabalha em íntima associação com o sistema end FISIOLOGIA DO SISTEMA S NERVOSO Funções do Sistema Nervoso Integração e regulação das funções dos diversos órgãos e sistemas corporais Trabalha em íntima associação com o sistema endócrino (neuroendócrino)

Leia mais

Bioeletricidade e Bioeletrogênese

Bioeletricidade e Bioeletrogênese Bioeletricidade e Bioeletrogênese Física e Biofísica Prof. Patrícia Costa Eletricidade A eletricidade é um fenômeno físico originado por cargas elétricas paradas, ou em movimento, e por sua interação.

Leia mais

Roteiro MetaNeuron. Problemas sobre bioeletrogênese

Roteiro MetaNeuron. Problemas sobre bioeletrogênese Roteiro MetaNeuron Vá em http://www.metaneuron.org/ e baixe o software MetaNeuron. Baixe também o manual do programa. Potencial de membrana (Lesson 1). Problemas sobre bioeletrogênese Essa lição simula

Leia mais

Desenvolveram a Equação para a propagação do impulso nervoso e suas generalizações para outros tecidos.

Desenvolveram a Equação para a propagação do impulso nervoso e suas generalizações para outros tecidos. Desenvolveram a Equação para a propagação do impulso nervoso e suas generalizações para outros tecidos. Um modelo de equações diferenciais originalmente proposto para a propagação de sinais elétricos no

Leia mais

Potencial de Repouso e Potencial de Ação. Profa. Dra. Eliane Comoli Depto de Fisiologia da FMRP-USP

Potencial de Repouso e Potencial de Ação. Profa. Dra. Eliane Comoli Depto de Fisiologia da FMRP-USP Potencial de Repouso e Potencial de Ação Profa. Dra. Eliane Comoli Depto de Fisiologia da FMRP-USP ROTEIRO: POTENCIAL DE REPOUSO E POTENCIAL DE AÇÃO 1. Potencial de Membrana de Repouso Papel da bomba de

Leia mais

Sistema Nervoso Central - SNC Sistema Nervoso Central Quem é o nosso SNC?

Sistema Nervoso Central - SNC Sistema Nervoso Central Quem é o nosso SNC? Sistema Nervoso Central - SNC Sistema Nervoso Central Quem é o nosso SNC? 1 Divisão funcional do SN SNC Encéfalo Medula espinhal 2 Composição do sistema nervoso central HEMISFÉRIOS CEREBRAIS O Encéfalo

Leia mais

Excitabilidade elétrica

Excitabilidade elétrica Excitabilidade elétrica O que é uma célula excitável? É uma célula que altera ativamente o potencial da membrana em resposta a algum estímulo (elétrico, físico ou químico). Exemplos: Neurônios e células

Leia mais

Potencial de membrana e potencial de ação

Potencial de membrana e potencial de ação Potencial de membrana e potencial de ação Curso de Nutrição Disciplina Fisiologia Humana I Prof. Dr. Leandro Cattelan leandrocattelan@hotmail.com Agosto 2017 Conteúdos a serem abordados O potencial de

Leia mais

Prof. João Ronaldo Tavares de Vasconcellos Neto

Prof. João Ronaldo Tavares de Vasconcellos Neto Prof. João Ronaldo Tavares de Vasconcellos Neto A habilidade mais marcante do sistema nervoso baseiam-se nas interações entre os neurônios conectados. O grande número de neurônios e interações entre estas

Leia mais

2. Redes Neurais Artificiais

2. Redes Neurais Artificiais Computação Bioinspirada - 5955010-1 2. Redes Neurais Artificiais Prof. Renato Tinós Depto. de Computação e Matemática (FFCLRP/USP) 1 2.1. Introdução às Redes Neurais Artificiais (RNAs) 2.1.1. Motivação

Leia mais

Introdução à Neurociência Computacional

Introdução à Neurociência Computacional Introdução à Neurociência Computacional Antonio C. Roque USP, Ribeirão Preto, SP Aula 3 A base iônica do potencial de ação Qual o mecanismo responsável pela geração de um potencial de ação? O mecanismo

Leia mais

Prof. João Ronaldo Tavares de Vasconcellos Neto

Prof. João Ronaldo Tavares de Vasconcellos Neto Prof. João Ronaldo Tavares de Vasconcellos Neto A habilidade mais marcante do sistema nervoso baseiam-se nas interações entre os neurônios conectados. O grande número de neurônios e interações entre estas

Leia mais

BLOCO SISTEMA NERVOSO (SN)

BLOCO SISTEMA NERVOSO (SN) FACULDADE de MOTRICIDADE HUMANA ANATOMOFISIOLOGIA I 2008-2009 Prof. SISTEMA NERVOSO Noções Fundamentais BLOCO SISTEMA NERVOSO (SN) TEMAS 1. Organização funcional do SN 2. Noções Fundamentais: unidade básica

Leia mais

INSTITUTO DE PÓS GRADUAÇÃO ICPG GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

INSTITUTO DE PÓS GRADUAÇÃO ICPG GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO INSTITUTO DE PÓS GRADUAÇÃO ICPG GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Prof. Msc. Saulo Popov Zambiasi (saulopz@gmail.com) 12/07/08 08:09 Informação - ICPG - Criciuma - SC 1 Fundamentação Biológica, O Neurônio

Leia mais

Bioeletrogênese 21/03/2017. Potencial de membrana de repouso. Profa. Rosângela Batista de Vasconcelos

Bioeletrogênese 21/03/2017. Potencial de membrana de repouso. Profa. Rosângela Batista de Vasconcelos Bioeletrogênese CONCEITO: É o estudo dos mecanismos de transporte dos eletrólitos e de outras substâncias nos líquidos intra e extracelular através das membranas celulares dos organismos vivos. Profa.

Leia mais

Anatomia e Fisiologia Humana NEURÔNIOS E SINAPSES. DEMONSTRAÇÃO (páginas iniciais)

Anatomia e Fisiologia Humana NEURÔNIOS E SINAPSES. DEMONSTRAÇÃO (páginas iniciais) Anatomia e Fisiologia Humana NEURÔNIOS E SINAPSES DEMONSTRAÇÃO (páginas iniciais) 1ª edição novembro/2006 NEURÔNIOS E SINAPSES SUMÁRIO Neurônios... 04 O neurônio conduzindo informação... 05 Impulso nervoso:

Leia mais

Organização geral. Organização geral SISTEMA NERVOSO. Organização anatómica. Função Neuromuscular. Noções Fundamentais ENDÓCRINO ENDÓCRINO

Organização geral. Organização geral SISTEMA NERVOSO. Organização anatómica. Função Neuromuscular. Noções Fundamentais ENDÓCRINO ENDÓCRINO TP0 Função Neuromuscular TP1 Apresentação T1 (29/IX) Aspectos fundamentais da estrutura e funcionamento do sistema nervoso TP2 Aspectos fundamentais da estrutura e funcionamento do sistema nervoso (cont.)

Leia mais

FISIOLOGIA I. Potencial de Membrana e Potencial de Ação. Introdução

FISIOLOGIA I. Potencial de Membrana e Potencial de Ação. Introdução FISIOLOGIA I Potencial de Membrana e Potencial de Ação Introdução Existem potenciais elétricos através das membranas de, praticamente, todas as células do corpo. Além disso, algumas células, como as nervosas

Leia mais

Biofísica Molecular. Potencial de Ação. Prof. Dr. Walter F. de Azevedo Jr Dr. Walter F. de Azevedo Jr.

Biofísica Molecular. Potencial de Ação. Prof. Dr. Walter F. de Azevedo Jr Dr. Walter F. de Azevedo Jr. 2017 Dr. Walter F. de Azevedo Jr. Biofísica Molecular Potencial de Ação Prof. Dr. Walter F. de Azevedo Jr. 1 Biofísica e sua Relação com Outras Disciplinas Biologia tecidual Bioinformática Química Bioquímica

Leia mais

O que é uma lesão neurológica???????

O que é uma lesão neurológica??????? PLASTICIDADE NEURAL O que é uma lesão neurológica??????? Sistema Nervoso Central (SNC) Sistema Nervoso Periférico (SNP) Estruturas cerebrais Recuperação funcional? Como ocorre? Quais são as bases fisiológicas?

Leia mais

Introdução à Neurociência Computacional (Graduação) Prof. Antônio Roque Aula 6

Introdução à Neurociência Computacional (Graduação) Prof. Antônio Roque Aula 6 Variações do modelo integra-e-dispara Nesta aula vamos apresentar algumas variações do modelo LIF visto na aula passada. Modelo integra-e-dispara com adaptação Estudos in vitro mostram que muitos tipos

Leia mais

SISTEMA NERVOSO MARCOS WESLEY. Função Integradora Coordenação das funções do vários órgãos / PA / TFG / FR

SISTEMA NERVOSO MARCOS WESLEY. Função Integradora Coordenação das funções do vários órgãos / PA / TFG / FR SISTEMA NERVOSO MARCOS WESLEY FUNÇÕES BÁSICAS Função Integradora Coordenação das funções do vários órgãos / PA / TFG / FR Função Sensorial Sensações gerais e especiais. Função Motora Contrações musculares

Leia mais

Prof. João Ronaldo Tavares de Vasconcellos Neto

Prof. João Ronaldo Tavares de Vasconcellos Neto Prof. João Ronaldo Tavares de Vasconcellos Neto Compreende basicamente dois tipos de células Neurônios Unidade fundamental função básica de receber, processar e enviar informações Células gliais ou neuroglia

Leia mais

POTENCIAIS ELÉTRICOS DAS CÉLULAS

POTENCIAIS ELÉTRICOS DAS CÉLULAS POTENCIAIS ELÉTRICOS DAS CÉLULAS ESTRUTURA DO NEURÔNIO POTENCIAIS ELÉTRICOS DAS CÉLULAS POTENCIAL DE REPOUSO - Conceito; - Origem do potencial de repouso; POTENCIAL DE AÇÃO - Conceito; - Fases do potencial

Leia mais

Biofísica. Prof. Dr. Walter F. de Azevedo Jr Dr. Walter F. de Azevedo Jr.

Biofísica. Prof. Dr. Walter F. de Azevedo Jr Dr. Walter F. de Azevedo Jr. 2018 Dr. Walter F. de Azevedo Jr. Biofísica Prof. Dr. Walter F. de Azevedo Jr. E-mail: walter@azevedolab.net 1 Busca de Informação Científica na Internet Você pode acessar o PubMed no endereço: Campo para

Leia mais

Excitabilidade elétrica

Excitabilidade elétrica Excitabilidade elétrica O que é uma célula excitável? É uma célula que altera ativamente o potencial da membrana em resposta a algum estímulo (elétrico, físico ou químico). Exemplos: Neurônios e células

Leia mais

21/03/2016. NEURÓGLIA (Células da Glia) arredondadas, possuem mitose e fazem suporte nutricional aos neurônios.

21/03/2016. NEURÓGLIA (Células da Glia) arredondadas, possuem mitose e fazem suporte nutricional aos neurônios. NEURÓGLIA (Células da Glia) arredondadas, possuem mitose e fazem suporte nutricional aos neurônios. 1 NEURÔNIO responsável pela condução impulso nervoso, possibilitando a execução de ações e promoção da

Leia mais

Bioeletricidade. Bioeletrogênese. Atividade elétrica na célula animal

Bioeletricidade. Bioeletrogênese. Atividade elétrica na célula animal Bioeletricidade Bioeletrogênese Atividade elétrica na célula animal Papel fisiológico dos eventos elétricos Células excitáveis: neurônios células musculares células sensoriais Importância na área biológica:

Leia mais

SINAPSE E TRANSMISSÃO SINÁPTICA

SINAPSE E TRANSMISSÃO SINÁPTICA SINAPSE E TRANSMISSÃO SINÁPTICA Prof. João M. Bernardes Uma vez que o sistema nervoso é composto por células distintas, torna-se necessário que os neurônios estejam conectados de alguma forma, a fim de

Leia mais

O neurônio. Alguns íons podem utilizar esses poros para passar através da membrana (para dentro ou para fora da célula).

O neurônio. Alguns íons podem utilizar esses poros para passar através da membrana (para dentro ou para fora da célula). O neurônio O objetivo desta aula é fazer uma rápida revisão sobre as propriedades essenciais dos neurônios, utilizados como inspiração para os modelos de unidades das redes neurais artificiais. Ela servirá

Leia mais

BIOELETROGÊNESE. Propriedade de certas células (neurônios e células musculares) gerar e alterar a diferença de potencial elétrico através da membrana.

BIOELETROGÊNESE. Propriedade de certas células (neurônios e células musculares) gerar e alterar a diferença de potencial elétrico através da membrana. Profa Silvia Mitiko Nishida Depto de Fisiologia BIOELETROGÊNESE Propriedade de certas células (neurônios e células musculares) gerar e alterar a diferença de potencial elétrico através da membrana. Afinal

Leia mais

I Curso de Férias em Fisiologia - UECE

I Curso de Férias em Fisiologia - UECE I Curso de Férias em Fisiologia - UECE Realização: Instituto Superior de Ciências Biomédicas Mestrado Acadêmico em Ciências Biológicas Apoio: 1 FISIOLOGIA CELULAR Laboratório de Eletrofisiologia 1. POTENCIAL

Leia mais

Introdução ao estudo de neurofisiologia

Introdução ao estudo de neurofisiologia Introdução ao estudo de neurofisiologia Introdução ao estudo de neurofisiologia Peixe Réptil Ave Boi Humano Por que os cérebros são diferentes entre as espécies? Introdução ao estudo de neurofisiologia

Leia mais

TECIDO NERVOSO HISTOLOGIA NUTRIÇÃO UNIPAMPA

TECIDO NERVOSO HISTOLOGIA NUTRIÇÃO UNIPAMPA TECIDO NERVOSO HISTOLOGIA NUTRIÇÃO UNIPAMPA TECIDO NERVOSO: DISTRIBUIÇÃO SNP Gânglios e Nervos SNC SNP Gânglios e Nervos DIVISÕES ESQUEMÁTICAS DO SISTEMA NERVOSO TECIDO NERVOSO Nervos: constituídos por

Leia mais

Redes Neurais Pulsadas. João Fausto Lorenzato Robson David Montenegro Tarcísio Lucas

Redes Neurais Pulsadas. João Fausto Lorenzato Robson David Montenegro Tarcísio Lucas Redes Neurais Pulsadas João Fausto Lorenzato Robson David Montenegro Tarcísio Lucas Introdução Modelos de redes neurais podem ser classificados em gerações. Primeira Geração Neurônios de McCulloch-Pitts

Leia mais

c= εa/d C m = ε/d Q = CV

c= εa/d C m = ε/d Q = CV http://www.icb.ufmg.br/biq/neuronet/grupoa/.html 1 de 8 06/06/2007 08:36 Balanço eletroquímico em bicamadas Introdução: Os axônios são responsáveis pela transmissão de informação entre diferentes pontos

Leia mais

Neurônio. Neurônio 15/08/2017 TECIDO NERVOSO. corpo celular, dendrito e axônio

Neurônio. Neurônio 15/08/2017 TECIDO NERVOSO. corpo celular, dendrito e axônio TECIDO NERVOSO Neurônio corpo celular, dendrito e axônio Neurônio Corpos celulares (pericário) se concentram no Sistema Nervoso Central (encéfalo e medula) e em pequenas concentrações ao longo do corpo

Leia mais

FISIOLOGIA HUMANA UNIDADE II: SISTEMA NERVOSO

FISIOLOGIA HUMANA UNIDADE II: SISTEMA NERVOSO FISIOLOGIA HUMANA UNIDADE II: SISTEMA NERVOSO ORGANIZAÇÃO MORFOFUNCIONAL DO SISTEMA NERVOSO CANAIS IÔNICOS E BOMBAS CONDUÇÃO DE IMPULSOS NERVOSOS (SINÁPSES QUÍMICAS E ELÉTRICAS) SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO

Leia mais

Introdução à Neurociência Computacional

Introdução à Neurociência Computacional Introdução à Neurociência Computacional Antonio C. Roque USP, Ribeirão Preto, SP Aula 2 Potenciais de membrana e de ação Membrana neuronal Membrana neuronal: fina membrana (60-70 Å de espessura) que recobre

Leia mais

Capa do programa da cerimônia de entrega do Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia de 1963.

Capa do programa da cerimônia de entrega do Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia de 1963. Os mecanismos iônicos responsáveis pela geração de um potencial de ação foram elucidados pelos trabalhos de Hodgkin e Huxley com o axônio gigante de lula na primeira metade do Século XX. Capa do programa

Leia mais

Coordenação nervosa e hormonal COORDENAÇÃO NERVOSA. Prof. Ana Rita Rainho. Interação entre sistemas. 1

Coordenação nervosa e hormonal COORDENAÇÃO NERVOSA. Prof. Ana Rita Rainho. Interação entre sistemas.  1 COORDENAÇÃO NERVOSA Prof. Ana Rita Rainho Interação entre sistemas www.biogeolearning.com 1 Sistema Nervoso Estímulo (sensorial) Receptor sensorial Integração da informação Resposta (motora) Efector Sistema

Leia mais

SISTEMA NERVOSO MORFOLOGIA DO NEURÓNIO IMPULSO NERVOSO SINAPSE NERVOSA NATUREZA ELECTROQUÍMICA DA TRANSMISSÃO NERVOSA INTERFERÊNCIA DE SUBSTÂNCIAS

SISTEMA NERVOSO MORFOLOGIA DO NEURÓNIO IMPULSO NERVOSO SINAPSE NERVOSA NATUREZA ELECTROQUÍMICA DA TRANSMISSÃO NERVOSA INTERFERÊNCIA DE SUBSTÂNCIAS SISTEMA NERVOSO MORFOLOGIA DO NEURÓNIO IMPULSO NERVOSO SINAPSE NERVOSA NATUREZA ELECTROQUÍMICA DA TRANSMISSÃO NERVOSA INTERFERÊNCIA DE SUBSTÂNCIAS NA TRANSMISSÃO NERVOSA LOBOS CEREBRAIS LOBO FRONTAL: Pensamento

Leia mais

Bioeletricidade. Bioeletrogênese. Atividade elétrica na célula animal

Bioeletricidade. Bioeletrogênese. Atividade elétrica na célula animal Bioeletricidade Bioeletrogênese Atividade elétrica na célula animal Existência da eletricidade em tecido animal histórico 2600 anos a.c. Século XVIII Luigi Galvani (rã/eletricidade animal) Século XIX Koelliker

Leia mais

Transmissão de Impulso Nervoso

Transmissão de Impulso Nervoso Universidade Estadual do Centro-Oeste, UNICENTRO Departamento de Física III Ciclo de Seminários do DEFIS Organização PET - Física Transmissão de Impulso Nervoso Prof. Dr. Ricardo Yoshimitsu Miyahara Menbrana

Leia mais

Eletrofisiologia 13/03/2012. Canais Iônicos. Proteínas Integrais: abertas permitem a passagem de íons

Eletrofisiologia 13/03/2012. Canais Iônicos. Proteínas Integrais: abertas permitem a passagem de íons Eletrofisiologia Proteínas Integrais: abertas permitem a passagem de íons Seletividade Alguns íons podem passar outros não Tamanho do canal Distribuição de cargas Aberto ou fechado Proteínas Integrais:

Leia mais

1) Neurônios: Geram impulsos nervosos quando estimulados;

1) Neurônios: Geram impulsos nervosos quando estimulados; 1) Neurônios: Geram impulsos nervosos quando estimulados; Partes de um neurônio: Dendritos (captam estímulos do meio ambiente); Corpo celular (centro metabólico); Axônio (conduz impulsos nervosos). Estrato

Leia mais

Propriedades eléctricas dos neurónios

Propriedades eléctricas dos neurónios Propriedades eléctricas dos neurónios Estímulo Impulso nervoso (impulso eléctrico ou potencial de acção) Corrente eléctrica fluxo de iões através da membrana Importância dos canais iónicos e transportadores

Leia mais

CONSIDERAÇÕES SOBRE POTENCIAIS DE MEMBRANA A DINÂMICA DOS FUNCIONAMENTO DOS CANAIS ATIVADOS POR NEUROTRANSMISSORES

CONSIDERAÇÕES SOBRE POTENCIAIS DE MEMBRANA A DINÂMICA DOS FUNCIONAMENTO DOS CANAIS ATIVADOS POR NEUROTRANSMISSORES CONSIDERAÇÕES SOBRE POTENCIAIS DE MEMBRANA A DINÂMICA DOS FUNCIONAMENTO DOS CANAIS ATIVADOS POR NEUROTRANSMISSORES PEÇAS QUE DEFINEM OS POTENCIAIS DE MEMBRANA Canais vazantes de potássio K Canais Sódio

Leia mais

Computação Evolutiva e Cognitiva Simulação de Vida Artificial e Cognição

Computação Evolutiva e Cognitiva Simulação de Vida Artificial e Cognição Computação Evolutiva e Cognitiva Simulação de Vida Artificial e Cognição PROVA DIDÁTICA Tema 01 Neurônios ESCOLA POLITÉCNICA DA USP Engenharia de Sistemas Eletrônicos Especialidade 1 PROVA DIDÁTICA Tema

Leia mais

HISTOLOGIA DO TECIDO E SISTEMA NERVOSO

HISTOLOGIA DO TECIDO E SISTEMA NERVOSO HISTOLOGIA DO TECIDO E SISTEMA NERVOSO CARACTERÍSTICAS GERAIS Transmissão de impulsos nervosos Relação direta com o sistema endócrino Organização do Sistema Nervoso Humano Divisão Partes Funções Gerais

Leia mais

TECIDO NERVOSO (parte 2)

TECIDO NERVOSO (parte 2) TECIDO NERVOSO (parte 2) Profª Patrícia Mendes Disciplina: Histologia Geral e Embriologia Curso: Medicina Veterinária www.faculdadevertice.com.br Propagação do impulso nervoso A membrana do axônio permite

Leia mais

Células da Glia Funções das células da Glia

Células da Glia Funções das células da Glia Estrutura e Função do Sistema Nervoso Controle Nervoso do Movimento Células do Sistema Nervoso Células da glia (gliais ou neuróglias) Células neurais (neurônios) 2 Células da Glia Funções das células da

Leia mais

BIOELETROGÊNESE. Capacidade de gerar e alterar a diferença de potencial elétrico através da membrana. - Neurônios. esqueléticas lisas cardíacas

BIOELETROGÊNESE. Capacidade de gerar e alterar a diferença de potencial elétrico através da membrana. - Neurônios. esqueléticas lisas cardíacas BIOELETROGÊNESE Capacidade de gerar e alterar a diferença de potencial elétrico através da membrana - Neurônios - células musculares esqueléticas lisas cardíacas Membrana citoplasmática Os neurônios geram

Leia mais

Profa. Dra. Eliane Comoli Depto de Fisiologia da FMRP-USP

Profa. Dra. Eliane Comoli Depto de Fisiologia da FMRP-USP Profa. Dra. Eliane Comoli Depto de Fisiologia da FMRP-USP Neurotransmissão ROTEIRO DE AULA TEÓRICA: NEUROTRANSMISSÃO 1. Definição de sinapse a. sinápse elétrica b. sinápse química 2. Princípios da Transmissão

Leia mais

Fisiologia do Sistema Nervoso 1B

Fisiologia do Sistema Nervoso 1B Fisiologia do Sistema Nervoso 1B Células da Glia Neuroglia Células da Glia / Neuroglia Diversos tipos celulares: 1. Oligodendrócitos 2. Células de Schwann 3. Astrócitos 4. Células ependimárias 5. Microglia

Leia mais

Redes Neurais Noções Gerais

Redes Neurais Noções Gerais Redes Neurais Noções Gerais Segundo Loesch (apupt Fernandes), Redes Neurais Artificiais são sistemas computacionais, de implementação em hardware e software, que imitam as habilidades computacionais do

Leia mais

Anatomia e Fisiologia Animal Sistema Nervoso

Anatomia e Fisiologia Animal Sistema Nervoso O que é o sistema nervoso? Como é constituído? Quais são suas funções? Qual é a sua importância para o organismo? : Anatomia e Fisiologia Animal É uma rede de comunicações Capacitam animal a se ajustar

Leia mais

ENSINO MÉDIO SISTEMA NERVOSO

ENSINO MÉDIO SISTEMA NERVOSO ENSINO MÉDIO SISTEMA NERVOSO O sistema nervoso é responsável pelo ajustamento do organismo ao ambiente. Sua função é perceber e identificar as condições ambientais externas, bem como as condições reinantes

Leia mais

Modelagem matemática e computacional de neurônios

Modelagem matemática e computacional de neurônios Modelagem matemática e computacional de neurônios www.lncc.br/ alm Laboratório Nacional de Computação Científica LNCC Petrópolis - RJ Jornada em Neuropsiquiatria Computacional LNCC 02 e 03 de fevereiro

Leia mais

SIMULAÇÃO DA ATIVIDADE ELETROFISIOLÓGICA DE NEURÔNIOS

SIMULAÇÃO DA ATIVIDADE ELETROFISIOLÓGICA DE NEURÔNIOS 1 SIMULAÇÃO DA ATIVIDADE ELETROFISIOLÓGICA DE NEURÔNIOS O Programa AXOVACS [baseado no modelo proposto por Hodgkin e Huxley (1952) (J.Physiol. 117, 500)], que permite simular a atividade eletrofisiológica

Leia mais

GUARANTÃ DO NORTE» AJES FACULDADE NORTE DE MATO GROSSO POTENCIAL DE AÇÃO

GUARANTÃ DO NORTE» AJES FACULDADE NORTE DE MATO GROSSO POTENCIAL DE AÇÃO GUARANTÃ DO NORTE» AJES FACULDADE NORTE DE MATO GROSSO POTENCIAL DE AÇÃO Professor Thiago Machado Pereira Cirurgião-Dentista Universidade Estadual de Londrina PR 2004 Especialista em Endodontia Universidade

Leia mais

Questões Modelo Olimpíada Gaúcha de Neurociências. 1. Quanto aos impulsos nervosos, analise as assertivas e responda corretamente o que é pedido:

Questões Modelo Olimpíada Gaúcha de Neurociências. 1. Quanto aos impulsos nervosos, analise as assertivas e responda corretamente o que é pedido: Questões Modelo Olimpíada Gaúcha de Neurociências 1. Quanto aos impulsos nervosos, analise as assertivas e responda corretamente o que é pedido: I. O impulso nervoso é um sinal elétrico que proporciona

Leia mais

NEUROMORFOLOGIA. Neurônio célula esquisita com estranhos poderes

NEUROMORFOLOGIA. Neurônio célula esquisita com estranhos poderes NEUROMORFOLOGIA 8 Neurônio célula esquisita com estranhos poderes O Sistema Nervoso (SN) apresenta duas principais divisões: o Sistema Nervoso Central (SNC) e o Sistema Nervoso Periférico (SNP). O SNC

Leia mais

BIOLOGIA. Identidade do Seres Vivos. Sistema Nervoso Humano Parte 2. Prof. ª Daniele Duó

BIOLOGIA. Identidade do Seres Vivos. Sistema Nervoso Humano Parte 2. Prof. ª Daniele Duó BIOLOGIA Identidade do Seres Vivos Parte 2 Prof. ª Daniele Duó Função: ajustar o organismo animal ao ambiente. Perceber e identificar as condições ambientais externas e as condições internas do organismo.

Leia mais

ELECTROENCEFALOGRAFIA

ELECTROENCEFALOGRAFIA ELECTROENCEFALOGRAFIA ELECTRICIDADE Capaz de transportar e sincronizar informação de um modo muito eficiente. Importante na actividade neuronal e muscular. ELECTRICIDADE DO SISTEMA NERVOSO As células gliais

Leia mais

Bioquímica. Prof. Dr. Walter F. de Azevedo Jr Dr. Walter F. de Azevedo Jr.

Bioquímica. Prof. Dr. Walter F. de Azevedo Jr Dr. Walter F. de Azevedo Jr. 2018 Dr. Walter F. de Azevedo Jr. Bioquímica Prof. Dr. Walter F. de Azevedo Jr. E-mail: walter@azevedolab.net 1 Busca de Informação Científica na Internet Você pode acessar o PubMed no endereço: Campo

Leia mais

BIOLOGIA - 2 o ANO MÓDULO 14 SISTEMA NERVOSO

BIOLOGIA - 2 o ANO MÓDULO 14 SISTEMA NERVOSO BIOLOGIA - 2 o ANO MÓDULO 14 SISTEMA NERVOSO Como pode cair no enem (UFRR) O ecstasy é uma das drogas ilegais mais utilizadas atualmente, conhecida como a píula-do-amor, possui uma substância chamada

Leia mais

FISIOLOGIA HUMANA. Prof. Vagner Sá UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO

FISIOLOGIA HUMANA. Prof. Vagner Sá UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO FISIOLOGIA HUMANA Prof. Vagner Sá UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO E-mail: savagner@ig.com.br Introdução A fisiologia tenta explicar os fatores físicos e químicos responsáveis pela origem, desenvolvimento e

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA. Hormônios. Disciplina: Bioquímica 7 Turma: Medicina

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA. Hormônios. Disciplina: Bioquímica 7 Turma: Medicina UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA Hormônios Disciplina: Bioquímica 7 Turma: Medicina Profa. Dra. Nereide Magalhães Recife, 2004 Interação

Leia mais

FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO HUMANO

FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO HUMANO FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO HUMANO Controle do funcionamento do ser humano através de impulsos elétricos Prof. César Lima 1 Sistema Nervoso Função: ajustar o organismo animal ao ambiente. Perceber e

Leia mais

Sistema nervoso. Cérebro, espinha, nervos e órgãos do sentido

Sistema nervoso. Cérebro, espinha, nervos e órgãos do sentido Tecido nervoso Sistema nervoso Cérebro, espinha, nervos e órgãos do sentido Função Detectar mudanças, receber e interpretar informação sensorial, estimular músculos e glândulas Neurônios Corpo celular-

Leia mais