Fluminense isola Ronaldinho e aproveita ídolos do time nos EUA

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1 B O L E T I M OFERECIMENTO SEXTA-FEIRA, 8 DE JANEIRO DE 2016 NÚMERO DO DIA R$ 586 mi serão pagos pelo governo da Argentina pelos direitos de TV do campeonato local EDIÇÃO 416 Fluminense isola Ronaldinho e aproveita ídolos do time nos EUA POR ERICH BETING Primeiro time brasileiro a ir para os Estados Unidos para a disputa da Florida Cup, o Fluminense vai adotar estratégias distintas para a competição de pré-temporada. Como parte do acordo para a participação do clube no torneio, firmado em meados do ano passado, o meia Ronaldinho Gaúcho terá de atuar pelo Fluminense na competição. Dispensado em outubro, Ronaldinho foi o trunfo usado pelo clube para receber o convite para a competição. No acordo de saída do jogador, ficou acertado que ele estaria nos EUA. Assim, Ronaldinho servirá como um dos embaixadores da Florida Cup para o torcedor americano, mas ficará isolado das ações de marketing do Fluminense, que estarão voltadas especialmente para os torcedores do clube que moram nos Estados Unidos. Nesse sentido, quem vai entrar em campo pelo Flu será, principalmente, o atacante Fred, maior ídolo do time na atualidade. O jogador é quem deve estrelar ações que estão sendo programadas para acontecer com a torcida. Outros jogadores também serão usados pelo clube em ações. Nesta noite, o atacante Gustavo Scarpa, uma das revelações do time em 2015, vai representar o clube na Disney Parade, um desfile ao lado dos personagens da Disney pelo parque temático. O Fluminense estreará apenas no dia 17 de janeiro na Florida Cup. Até lá, o time treina na IMG Academy e realiza ações pontuais de marketing. Ronaldinho Gaúcho é aguardado apenas para os dias de jogo do clube. Até lá, seu rosto fará parte do material de promoção do campeonato. Outro que deverá figurar em algumas ações é o meia Diego Souza, principal contratação do clube para esta temporada. As ações, porém, ainda estão sendo estudadas pelos executivos de marketing presentes nos EUA. 1

2 Há algo de errado com ativações da NFL no Brasil POR DUDA LOPES Diretor de Novos Negócios da Máquina do Esporte O problema não é a NFL. As ativações recentes de Visa, Gillette e Budweiser no Brasil são excelentes para a liga de futebol americano e é um grande exemplo de que parceiras têm utilidade muito maior do que a cor do primeiro cheque. Mas há algo errado por aqui, e a Visa, que saiu da Libertadores para priorizar a NFL, deixa isso claro. Uma pesquisa do Lance! indicou, em 2011, que 93% dos homens brasileiros acompanham futebol. Futebol americano nem apareceu na lista. A Nielsen, no ano seguinte, teve número parecido com o futebol, e outros 3% com o futebol americano. Basicamente, por mais que tenha crescido, a NFL ainda é insignificante para o público geral do Brasil. Nem mesmo o argumento social é válido; o futebol é mais acompanhado pela classe A no país do que pelas demais. Por que, então, prioriza-se a ativação de algo tão pouco popular? Há, claro, uma resposta simples: porque a NFL oferece uma plataforma de ativação. E de forma mais segura, sem os escândalos que o futebol explicita diariamente. Mas isso também não pode ser suficiente. É também responsabilidade do patrocinador saber driblar algumas adversidades e chegar a ativações que promovam um produto mais interessante, como a Libertadores. Não porque exista alguma obrigação, mas porque o grande vencedor dessa manobra é a própria empresa. As entidades esportivas no Brasil são por vezes medonhas. Mas abraçar um esporte americano de apelo menor e preterir propriedades que envolvem a paixão de milhões é, no mínimo, pouco inteligente. Gillette é mais uma marca a fazer ativação da NFL para o público brasileiro POR REDAÇÃO A Gilette anunciou o lançamento de promoção para ofercer a cinco consumidores a oportunidade de ter uma jogada de futebol americano para ser narrada por Everaldo Marques, locutor da NFL na ESPN Brasil. O vencedor vai poder acompanhar a transmissão de um jogo da temporada de futebol americano, ao vivo, nos estúdios da emissora em São Paulo. O futebol americano está ganhando cada vez mais fãs entre os brasileiros. Tanto a NFL como a marca Gillette têm a precisão como bem maior, tanto nas regras do jogo como em nossos produtos de barbear, diz Juliana Moretti, gerente de marketing da marca. A Gillette se une à Visa como marca que decidiu apostar no futebol americano para fazer ações com o público brasileiro. A Gillette é parceria da NFL globalmente e, notando a tendência crescente do esporte no Brasil, buscamos estimular que os consumidores conheçam e apreciem mais a modalidade, completa a executiva. A promoção é válida em todo o território nacional e estará no ar até 20 de janeiro, com divulgação dos vencedores até o dia 22. Para participar é necessário enviar um vídeo de 30 segundos com a jogada para um site. Serão premiados os melhores pela criatividade, originalidade e técnica. 2

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4 POR REDAÇÃO Dois dias após volta, Marco Polo Del Nero sai da CBF Dois dias depois de voltar ao cargo de presidente da CBF, Marco Polo Del Nero voltou a se licenciar do cargo. Dessa vez, porém, o indicado para ocupar a vaga é o coronel Antônio Carlos Nunes de Lima, presidente da federação do Pará, que foi eleito para uma das vice-presidências da entidade no mês passado. Na terça-feira, Del Nero havia reassumido o posto no lugar do deputado federal Marcus Vicente. Apesar de capixaba, Vicente ocupava o cargo de vice-presidente para a região Centro-Oeste. Na peculiar geografia da CBF, Nunes foi eleito para ocupar a vice-presidência para a região Sudeste, apesar de representar o Pará. A saída de Del Nero foi anunciada em um curto comunicado oficial. Segundo ele, o presidente alegou motivos de ordem pessoal para se licenciar do cargo novamente por período de até cinco meses. A entrada e saída relâmpago de Del Nero à frente da CBF é mais uma manobra política do dirigente. O presidente da confederação ficou insatisfeito com a curta gestão de Vicente, que teria mostrado excesso de independência ao propor melhorias na gestão do futebol brasileiro, em artigo assinado na Folha de S. Paulo, no final de dezembro. Del Nero deve levar suspensão de alguns anos pelo Conselho de Ética da Fifa, que já afastou do futebol nomes como o ex-presidente da entidade Josehp Blatter o ex-mandatário da Uefa Michel Platini e o ex-secretário-geral Jérôme Valcke. Caso isso aconteça, o dirigente conseguirá ter o coronel Nunes à frente da CBF, um homem de sua confiança. Atlético faz ação em rodoviária Mineiro terá naming right Sete meses após envelopar o Aeroporto de Confins, o Atlético-MG voltou a expor seu programa de sócio-torcedor Galo na Veia, mas agora na rodoviária municipal. O escudo do clube e a logomarca do projeto passaram a estampar a fachada do espaço. O Atlético trata a ação como continuidade do que fez em Confins, mas o dizer Você é sempre bem-vindo à Cidade do Galo, verdadeiro Time do Povo. Desde 1908, implicam em resposta ao Cruzeiro, que usou a alcunha time do povo para anunciar seu programa de sócios na rodoviária, em dezembro. A Federação Mineiro de Futebol (FMF) acertou contrato de naming right para a próxima temporada do Campeonato Mineiro, com início marcado para o dia 31 de janeiro. Depois de um ano de acordo não remunerado com a Unicef, o torneio terá o patrocínio da rede atacadista Apoio, tradicional no mercado mineiro. Valores não foram revelados. A FMF articulava a recuperação da fonte de receia desde outubro do ano passado. Em 2014, a competição teve a assinatura da Chevrolet. Naquele ano, a montadora esteve presente em 23 federações estaduais no país. 4

5 CPB vê necessidade de apoio privado para ativar paralímpicos POR ERICH BETING Em 2015, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) celebrou a realização do primeiro contrato firmado por uma empresa privada a uma modalidade paralímpica. O acordo da Braskem com o paratletismo foi visto como uma quebra de barreira pelo CPB do que representa o esporte. Nós não somos uma modalidade, nós somos um movimento. Quando a Braskem vem e entra no paratletismo, é a primeira vez que uma empresa privada decide entrar numa única modalidade, querendo ativar uma modalidade. Isso era algo que nós perseguiamos há tempos, diz Andrew Parsons, presidente do CPB. Segundo o dirigente, essa foi a maior conquista em termos de negócios da entidade no ano que se encerrou. A visão de Parsons é de que, com a participação de uma empresa privada no esporte, as ações de ativação aumentam. O raciocínio faz sentido. Na primeira semana do ano, o aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, passou a ostentar campanha da marca com os principais atletas da modalidade, já de olho nos Jogos Paralímpicos do Rio-16. O patrocinador privado tem isso. Ele ativa bastante. Desde 2004, a Caixa é a principal patrocinadora do movimento paralímpico. São mais de uma dezena de modalidades patrocinadas pelo banco estatal, que faz ações esporádicas de ativação. Por conta disso, o CPB espera que a performance dos atletas do país nos Jogos, em conjunto com as ações de ativação, possam mudar o cenário após A ideia é conseguir algo como o comitê britânico, que após Londres-2012 reteve sete patrocinadores. Acho que não seria possível esse movimento antes. É um processo. Nós estamos nos tornando grandes dentro de um negócio que é grande, finaliza Parsons. Centro de Treinamento é considerado grande legado O grande legado dos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro ficará em São Paulo. A construção do centro de treinamento do CPB, na capital paulista, é vista como o maior legado que o megaevento trará para o movimento paralímpico. Com investimento de R$ 288,7 milhões, entre aportes dos governos federal e estadual, o CT vai abrigar espaço para 15 modalidades distintas, além de alojamento para abrigar 280 pessoas eum Centro de Medicina e Ciências do Esporte. Para Parsons, o CT, aliado ao aumento da verba recebida pelo CPB das loterias (em 2016 haverá incremento de R$ 90 milhões no que o comitê recebe), trará um salto de performance ao país. 5