POZOLANA DE ESTERIL ARGILOSO DA MINERAÇÃO DE FOSFATADOS
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- Nicholas Neves Canejo
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1 POZOLANA DE ESTERIL ARGILOSO DA MINERAÇÃO DE FOSFATADOS José Afonso de Matos Neto 1, Domingos Sávio de Resende 1, João Trajano da Silva Neto 2, Antônio Maria Claret de Gouveia 3, Maria Teresa Paulino de Aguilar 4, Augusto Cesar da Silva Bezerra 1* (1) Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (2) Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais (3) Universidade Federal de Ouro Preto (4) Universidade Federal de Minas Gerais RESUMO O trabalho apresenta a caracterização de argilas oriundas de estéril de mineração de concentrado fosfático de Araxá - MG, como adição pozolânica. Foram utilizadas três argilas de tonalidades distintas denominadas argila amarela (AA), vermelha (AV) e intermediaria (AI) coletas em condição in natura em diferentes níveis de profundidade de escavação. As argilas foram beneficiadas por moagem e peneiramento, sendo utilizado o material passante na peneira de abertura de malha 0,075mm. Foram realizados ensaios de difratometria de raios-x, análise térmica diferencial, termogravimetria, espectroscopia de fluorescência de raio-x por energia dispersiva e microscopia eletrônica de varredura. Após a caracterização, as argilas foram calcinadas em três temperaturas (680, 760 e 840ºC) em forno elétrico do tipo mufla. Os níveis de atividade pozolânica das argilas calcinadas foram medidas através da variação da condutividade elétrica em solução saturada de Ca(OH)2, e também a partir do resultado da carga de ruptura à compressão alcançada por argamassas com substituição de 35% do cimento Protland pelo material calcinado. Os resultados indicaram que as argilas calcinadas apresentaram alto nível de atividade pozolânica podendo ser utilizadas como substitutas parciais do cimento portland, apontando assim como uma possibilidade de aproveitamento deste material considerado estéril. Palavras-chave: estéril, argila, atividade pozolânica, sustentabilidade 1174
2 1 INTRODUÇÃO No Estado de Minas Gerais existe uma grande concentração de atividades mineradoras. A Mesorregião do Alto Paranaíba e Triângulo Mineiro, mas especificamente a Microrregião de Araxá, possui três mineradoras, sendo duas extratoras de fosfatados e uma extratora de pirocloro. Os fosfatados possuem como destinação principal a produção de fertilizantes. O pirocloro é beneficiado para produção de nióbio metálico e seus derivados. A Microrregião de Araxá possui dois complexos mineradores, o complexo do Barreiro e o Complexo da Tapira. O complexo de Barreiro está localizado no município de Araxá - MG e existem nele atualmente duas empresas mineradoras. O Complexo de Mineração de Tapira (CMT) está localizado no município de Tapira - MG, distante cerca de 35 km da cidade de Araxá. Segundo SANTOS et al. (2002), as atividades do complexo ocupam uma área de aproximadamente, 78 milhões de m² com uma produção anual de concentrado (em termos de P 2 O 5 contido) em torno de 1,6 milhões de toneladas/ano. Com o crescimento na demanda de produção de fertilizantes, ocorre de maneira proporcional a este, o aumento do passivo ambiental representado pelos materiais considerados rejeitos e estéris e que atualmente são acondicionados em barragens de contenção de lamas e rejeitos ou em enormes monturos que cada vez mais, requerem grandes áreas para sua disposição. O processo industrial do Complexo de Mineração de Tapira gera rejeitos da ordem de 85% da massa alimentada na usina de concentração (SANTOS et al., 2002). Dada a importância do cimento para o desenvolvimento mundial, fazendo do concreto o segundo produto mais consumido no mundo, perdendo, apenas, para a água. Sabe-se que os produtos à base de cimento portland possuem um grande potencial de promover soluções para a imobilização de resíduos industriais, tornando-os economicamente viáveis, e ainda contribuindo para o desenvolvimento sustentável das atividades industriais. Neste sentido, este trabalho contribuirá para o estudo de um resíduo industrial, constituído essencialmente de argilas, objetivando investigar a possibilidade de estas argilas, quando termicamente ativadas, possuírem um considerável potencial 1175
3 pozolânico de maneira que possam vir a serem utilizadas como matéria-prima na substituição parcial do cimento portland. 2 MATERIAIS E MÉTODOS 2.1 Materiais O material de pesquisa abordado neste trabalho foi o estéril gerado no Complexo de Mineração da Tapira (CMT). Analisando o processo minerador deste complexo que compreende uma área de 35km² que em grande parte, acorre uma cobertura normalmente com profundidade média de 30m predominantemente de solo argiloso que corresponde a zona de estéril, com características físicas e texturais distintas, apresentando tonalidade vermelha e amarelada de aspecto granular (SANTOS et al., 2002). As argilas foram coletadas em três níveis de profundidade de escavação na mina de extração de concentrado fosfático do (CMT) os pontos de coleta foram identificados com auxílio de um GPS (GARMIN GPS 12) e estão listados na Tabela 1. Tabela 1 - Localização geográfica das amostras. Tipo de argila Latitude Longitude Altitude Amarela (AA) 19º53 20,7 S 46º51 0,36 W 1315m Intermediária (AI) 19º53 19,2 S 46º51 02,0 W 1290m Vermelha (AV) 19º52 50,5 S 46º51 24,6 W 1354m O aglomerante utilizado foi o cimento portland composto com escória classe 32MPa (CPII E 32). A escolha deste cimento deve-se ao fato de a sua composição não apresentar adições pozolânicas e por ser o tipo mais comumente encontrado no comércio local na região onde foi realizada esta pesquisa. Como agregado miúdo para a confecção dos compósitos cimentícios, foi utilizada areia natural normalizada. 2.2 Métodos O estéril argiloso foi coletado na condição in natura na mina do CMT e armazenados em sacos plásticos sendo aproximadamente 50kg de cada amostra de material. Na Figura 1 é possível observar bancadas da mina do CMT que apresenta uma camada superficial de solo mais avermelhado, denominado argila vermelha (AV), logo abaixo 1176
4 do solo vermelho apresenta-se um solo de cor mais amarelada, conhecido por argila amarela (AA). Entre a zona de estéril (solo amarelo-avermelhado) e a zona de mineralização (solo acinzentado) está o solo intermediário que contém a argila chamada de intermediaria (AI) neste trabalho. Figura 1 - Vista frontal da mina de fosfatados do CMT Após a coleta do material, o mesmo foi secado e homogeneizado em laboratório. O material foi quarteado para se obter uma amostra em quantidade suficiente. Foi realizada a preparação de amostras para os ensaios de caracterização e foi feita caracterização do material, através dos ensaios de umidade, granulometria por peneiramento, determinação da liquidez e plasticidade. Após, o material passou por um processo de beneficiamento por moagem e peneirado na peneira com abertura de 0,075mm. A calcinação foi realizada em forno elétrico tipo mufla com temperatura controlada, com câmara de aquecimento de dimensões internas de 200x150x150mm, potência de 3,5kW, tensão de alimentação 220V e aquecimento máximo de 1200ºC. O material foi colocado em cadinhos de porcelana e submetido às condições de calcinação em três temperaturas e dois intervalos de tempo conforme tabela 2 e taxa de aquecimento de 25ºC/min. Após o beneficiamento, os materiais foram caracterizados físico-quimicamente e morfologicamente. A caracterização física das argilas beneficiadas foi feita pelos ensaios de massa específica e perda ao fogo. A caracterização química e o grau de cristalinidade foram determinados pelos ensaios de espectometria de fluorescência de raios-x (EDX) e de difração de raios-x (DRX). A morfologia das argilas foi analisada macroscopicamente por fotografias com câmera fotográfica digital e microestruturalmente por microscopia eletrônica de varredura (MEV). O 1177
5 comportamento térmico das argilas beneficiadas foram analisados através de ensaios de Análise Térmica Diferencial (DTA) e Termogravimetria (TGA). Após a caracterização das argilas, estas tiveram sua atividade pozolânica avaliada pelos métodos de determinação da condutividade elétrica em solução saturada de hidróxido de cálcio (LUXAN, 1989), e índice de atividade pozolânica com cimento segundo a norma NBR 5752 (ABNT, 1992). Tabela 2 - Condições de calcinação Identificação da amostra Tipo de argila Temperatura ( C) Tempo de queima (min.) AA Argila Amarela AI Argila Intermediária AV Argila Vermelha AA Argila Amarela AI Argila Intermediária AV Argila Vermelha AA Argila Amarela AI Argila Intermediária AV Argila Vermelha AA Argila Amarela AI Argila Intermediária AV Argila Vermelha AA Argila Amarela AI Argila Intermediária AV Argila Vermelha AA Argila Amarela AI Argila Intermediária AV Argila Vermelha RESULTADOS Na Tabela 3 são apresentados os resultados da caracterização das argilas estudadas. Observando a tabela percebe-se que os teores de umidade das argilas podem estar associados a sua umidade higroscópica, adquirida em diferentes níveis de profundidade dos pontos de coleta das amostras in natura, o que justificaria a AI apresentar o maior resultado de umidade em condição ambiente dada a sua localização em maior profundidade de escavação, próxima ao lençol freático, e por outro lado, a AV apresentar o menor teor de umidade por estar localizada em camadas mais superficiais. Correlacionando os resultados de teor de umidade com a massa específica e percentual de partículas maiores de 38μm percebe-se que as argilas no quesito umidade apresentaram comportamento diferente do esperado, uma vez que comumente materiais com massas específicas e dimensões de partículas menores levam a teores de umidade maiores. 1178
6 Quanto às massas específicas podemos presumir com relação aos valores encontrados, que estas sendo proporcionais às dimensões das partículas, ou seja, quanto menor o diâmetro do grão menor sua massa específica, sendo assim temos, em ordem crescente de massa específica AV(2,727) < AA(2,871) < AI(3,046) em g/cm³. Vendo os valores encontrados na determinação da finura por meio da peneira 0,038(#400), temos a confirmação do que foi dito anteriormente em mesma ordem de grandeza, sendo o percentual retido em AV(4,4) < AA(8,6) < AI(16,25). Os diferentes níveis de perda ao fogo das argilas ensaiadas se devem principalmente a perda de águas ligadas estruturalmente sob a forma de grupos de hidroxilas (OH), e a volatilização de matéria orgânicas que no caso das AV, apresentaram um número mais expressivo. Tabela 3 Caracterização das argilas Caracterização AA AI AV Teor de umidade (%) 1,57 2,55 1,44 Massa especifica (g/cm³) 2,871 3,046 2,727 Partículas maiores que 38μm (%) 8,60 16,25 4,40 Perda ao fogo (%) 13,00 9,00 21,00 Limite de liquidez (%) 44,00 39,00 53,00 Limite de plasticidade (%) 29,00 26,00 34,00 Índice de plasticidade (%) 15,00 13,00 19,00 Na Tabela 4 estão apresentados os resultados obtidos na análise química das argilas por fluorescência de raios-x, expresso em função dos elementos puros. A partir destes dados, pode-se observar que os principais elementos constituintes das argilas estudas são: ferro (Fe), com percentuais variando de 39,78 a 45,44%, alumínio (Al), com variações de 10,05 a 37,77% e entre 13,03 a 21,21% de silício (Si), corroborando com a possibilidade das argilas apresentarem algum grau de pozolanicidade. Em nível baixo, apresenta-se o bário (Ba), cálcio (Ca), fósforo (P), potássio (K) e titânio (Ti). Além destes, os resultados apresentam traços de zinco (Zn), manganês (Mn), zircônio (Zr), cobre (Cu), nióbio (Nb), estrôncio (Sr), vanádio (V), ítrio (Y), e cério (Ce). A argila AA apresenta elevado teor de Si quando comparado com as demais argilas. Observa-se que a argila AV, apresenta um maior teor de alumínio que é um indicativo da existência de um maior percentual de argilominerais. Os teores elevados de Fe nas argilas são suficientes para assegurar a cor avermelhada após a queima. A razão sílica/alumina é um parâmetro indicativo do teor de argilominerais 1179
7 presentes, sendo assim, quanto menor for este quociente, maior será o conteúdo de argilominerais presentes numa argila e, conseqüentemente, maior será sua plasticidade, o que justificaria o maior índice de plasticidade da argila AV e também, pode-se observar nesta argila, a ocorrência de um elevado teor de ferro, responsável pela sua cor vermelha antes e após a queima. Tabela 4 - Análise da composição química das argilas - EDX Al Ba Ca Ce Cu Fe K Mn Nb P Si Sr Ti V Zr AA 23,1 1,2 1,1 0,6 0,1 40,8 0,6 0,3 0,3 3,0 21,2 1,0 6,0-0,7 AI 10,1 1,3 8,3 0,7 0,1 45,4 2,3 0,9 0,4 6,0 14,2 0,8 8,1-1,3 AV 37,8 3,7 0,2 0,6-39, ,1-13,0 0,2 3,4 0,8 0,4 O grau de cristalinidade foi avaliado qualitativamente por difração de raios-x. Nas Figura 2 são apresentados os difratogramas das argilas. Em ambos os difratogramas das amostras podemos notar em sua composição a presença de vários picos de materiais cristalinos, tais como; caulinita, goethita, anatásio, apatita e gibbsita. A de se observar nos espectros uma coerência, com os resultados apontados no ensaio de espectrometria de fluorescência de raios X, dada a predominância de elementos como (Al, Fe, Si, Ti, e P), que fazem parte da composição química dos minerais apresentados. No difratograma DRX AA, podemos verificar reflexões bem agudas e intensas de caulinita, apatita e goethita nos ângulos 12,26, 21,34 e 36,9(2θ) respectivamente, e ainda reflexões distintas e de intensidade mediana em 20,1(2θ) para caulinita e em 30,26(2θ) para apatita. No difratograma DRX AI, também apresenta reflexões bem agudas e de alta intensidade típicas de caulinita, goethita e anatásio nos ângulos 12,34, 21,24 e 25,36(2θ) respectivamente. Quanto ao difratograma DRX AV, destaca-se uma reflexão bem marcada por um pico fortemente agudo de alta intensidade de gibbsita em 18,27(2θ). Outros característicos da caulinita podem ser notados porém de intensidade inferior nos ângulos 12,26, 20,25 e 24,78(2θ), e ainda há uma reflexão de goethita de baixa intensidade em 21,4(2θ). A Tabela 5 apresenta a medida de perda de massa das argilas após o processo de calcinação de amostras de 20g de material passante na peneira de abertura de 0,075mm (#200) nas condições de temperatura e tempo estabelecidas. Observa-se que as AV foram as que apresentaram maiores percentuais de perda de massa (14 15,3%) enquanto as AA perderam em torno de (6,6 7,3%) e as AI (2,45 3,15%) com as menores perdas, estes valores tem correspondência direta com os valores 1180
8 de perda ao fogo das respectivas argilas. As amostras calcinadas foram utilizadas para a avaliação do nível de atividade pozolânica pelo método da condutividade elétrica em solução. Os resultados das medições realizadas são apresentadas na Tabela 4. Observando a diferença da condutividade inicial e final verifica-se que na maioria das condições de queima, as argilas calcinadas apresentam alto nível de atividade com a solução de hidróxido de cálcio, o que indica que estas argilas podem ser consideradas de alto índice de atividade pozolânica, com exceção das argilas AI.840.(60-120) consideradas moderadas. Figura 2 Difratograma de raios- X das argilas Tabela 5 - Perda de massa e Índice de atividade pozolânica Índice de atividade Perda de massa (%) Δ(mS/cm) Identificação da amostra pozolânica AA ,8 2,935 Alta AI ,45 1,624 Alta AV ,1 3,526 Alta AA ,6 2,595 Alta AI ,6 1,409 Alta AV ,883 Alta AA ,4 2,054 Alta AI ,1 0,940 Moderada AV ,15 3,984 Alta AA ,95 2,885 Alta AI ,95 1,699 Alta AV ,55 4,064 Alta AA ,3 2,573 Alta AI ,15 1,304 Alta AV ,3 3,869 Alta AA ,4 1,584 Alta AI ,4 0,795 Moderada 1181
9 Resistência à compressão (MPa) 21º CBECIMAT - Congresso Brasileiro de Engenharia e Ciência dos Materiais AV ,2 3,823 Alta Na Figura 3 são apresentados os resultados do ensaio de índice de atividade pozolânica por resistência à compressão dos corpos-de-prova confeccionados com as três argilas calcinadas nas temperaturas de 680, 760, e 840ºC e sem calcinar (S/C). Foi possível perceber que em alguns corpos-de-prova moldados com a adição de argila calcinada foi atingida a resistência à compressão dentro dos parâmetros de exigências físicas estabelecidas na NBR (ABNT, 1992) equivalente a 75% da resistência à compressão (linha vermelha) alcançada pela argamassa de referência sem a adição, podendo o material ser considerado pozolânico, em conformidade com a norma citada. Pode-se observar que a argila vermelha calcinada a 680 e 840ºC apresentou comportamento pozolânico no ensaio de índice de atividade pozolânica. Observar que a argila amarela calcinada a 680, 760 e 840ºC apresentou comportamento pozolânico no ensaio de índice de atividade pozolânica. A argila intermediaria calcinada a 760ºC apresentou comportamento pozolânico no ensaio de índice de atividade pozolânica Sem calc 680ºC 760ºC 840ºC Sem calc 680ºC 760ºC 840ºC Sem calc 680ºC 760ºC 840ºC 5 0 Referência AA AI AI Figura 3 - Índice de atividade pozolânica com cimento 5 CONCLUSÕES O presente trabalho conclui que: - as argilas residuais do processo minerador de fosfato possuem características físicas e químicas próximas das características de pozolanas conhecidas; 1182
10 - as argilas residuais calcinadas apresentaram-se pozolânicas no método de condutividade elétrica em solução saturada de hidróxido de cálcio; - o processo de calcinação aumenta o índice de atividade pozolânica com cimento; - a argila amarela apresentou-se como uma ótima pozolana. 8 AGRADECIMENTOS Os autores agradecem a CEMIG e às agências ANEEL, FAPEMIG, CNPq, CAPES e CEFET-MG pelo auxílio financeiro e pelas bolsas de iniciação científica. As empresas BEM Brasil e a Brennand Cimentos pela doação do material de pesquisa e suporte tecnológico. 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT) - NBR Materiais pozolânicos Determinação de atividade pozolânica com cimento Portland Índice de atividade pozolânica com cimento. Rio de Janeiro, NBR Materiais Pozolânicos - Especificação. Rio de Janeiro, LUXAN, M.P.; Madruga, F.; Saavedra, J.. Rapid Evaluation of Pozzolanic Activity of Natural Products by Conductivity Measurement. Cement and Concrete Research. Vol. 19, p.63-68, Printed in the USA. Copyright (c) 1989 Pergamon Press plc. SANTOS, R. L. C.; SOBRAL, L. G. S.; ARAÚJO, R. V. V. Equipe Técnica Fosfertil/CMT. Produção de Fosfato no Brasil: Complexo de Mineração de Tapira / Fosfertil. Contribuição Técnica do Centro de Tecnologia Mineral Ministério da Ciência e Tecnologia Coordenação de Metalurgia Extrativa - CETEM/MCT. XIX ENTMME Recife, POZZOLAN OF STERILE CLAY MINING OF PHOSPHATE 1183
11 ABSTRACT This paper presents a characterization and evaluation of sterile clays derived from mining of phosphate concentrate micro Araxá, MG, as pozzolanic addition. We used three different shades of clay called yellow clay (AA) red clay (AV) and clay intermediate (AI) collections in fresh condition at different levels of depth of excavation in the mine for the extraction of phosphate. Initially was first characterized to know their physical size distribution of liquidity limits and plasticity. Soon after, the clays were benefited by grinding and screening being the pass through a sieve opening 0,075mm (#200) used in a characterization by x-ray diffraction XRD, DTA and TGA thermal analysis, fluorescence spectroscopy by, x-ray energy dispersive EDX and scanning electron microscopy SEM. In a second step the clays were calcined in an electric oven type furnace, and subjected to the firing conditions at three temperatures (680, 760 and 840ºC). The level of activity of the pozzolanic calcined clays were measured by varying the electrical conductivity in saturated Ca(OH) 2, and also from the result of the breaking load of the compression achieved by replacement of mortars with 35% of the volume of cement the calcined material. The results indicated that the calcined clays showed high pozzolanic activity can be used as partial replacement of portland cement, as well as pointing to recovery of the material considered sterile. Keywords: : sterile, clay, pozzolanic activity. 1184
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