FABRICAÇÃO DE POSTES DE CONCRETO PADRÃO ENTRADA DE CONSUMIDOR
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- Fernando Coimbra Tomé
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1 REQUISITOS JURIDICOS Os fornecedores de Postes Padrão entrada de Consumidor, tem a possibilidade de Cadastro junto a Celesc, homologando seus produtos para a revenda no comércio em geral. Esta homologação se da através do documento CERTIFICADO DE HOMOLOGAÇÃO DE PRODUTO, emitido pela divisão de controle de qualidade (DVCQ) após realização de visita técnica (AVALIAÇÃO INDUSTRIAL) nas instalações do fornecedor. Cabe um breve esclarecimento sobre CHP (Certificado de Homologação de Produto) e CRC (Certificado de Registro Cadastral). O CHP esta vinculado aos produtos homologados na Celesc, tem validade de dois anos, sendo especificada no próprio documento expedido pela DVCQ, e é obrigatório aos fornecedores de Postes. Deve estar claro que somente o CHP não habilita o fornecedor a participar de Licitações. Já o CRC esta vinculado a empresa cadastrada, relaciona os sub grupos que esta empresa esta habilitada a fornecer a Celesc e tem validade de um ano especificado no documento expedido pelo cadastro de fornecedores. Neste caso, habilita o fornecedor a participar de Licitações, e especificamente os fornecedores de postes que o desejarem, devem possuir os dois documentos. Para os fornecedores que pretendem possuir somente o CHP e ou renová lo, os documentos necessários são: FICHA DE INSCRIÇÃO CADASTRAL CARTÃO DE INSCRIÇÃO DO CNPJ CONTRATO SOCIAL ATUALIZADO CERTIDÕES DO CREA PESSOA FISICA E JURIDICA CÓPIA DO CHP VENCIDO ( em caso de renovação) Estes documentos deverão ser encaminhados ao setor de cadastro de fornecedores, com requerimento especificando a solicitação, ou seja a emissão e ou renovação do CHP. Página 1 de 5
2 REQUISITOS TÉCNICOS INTRODUÇÃO Este documento tem como objetivo orientar fabricantes de postes de concreto padrão para entrada de consumidor, no que se refere aos requisitos técnicos necessários para sua inscrição no Cadastro de Fornecedores da CELESC. As exigências abaixo descritas serão verificadas quanto ao seu cumprimento, em visita técnica, a ser executada por um funcionário da Divisão de Inspeção e Controle de Qualidade do DPEP, e são fatores condicionantes para o cadastro. Salientamos ainda que este documento aplica se apenas aos Fabricantes de Postes de Entrada de Consumidor. Abrange aos postes com as seguintes características técnicas: seção transversal DT, comprimentos entre seis (6) e oito (8) metros e com cargas nominais de 100, 150 e 300 dan. 1 EQUIPE TÉCNICA O fabricante deverá dispor da assistência técnica de um engenheiros civil ou profissional equivalente responsável. A empresa deverá apresentar cópia atualizada do seu registro junto ao CREA/SC. 2 INSTALAÇÃO FABRIL 2.1 Formas A área de instalação das formas deve estar livre de materiais estranhos e/ ou resto deconcreto ou entulho. As formas deverão ser confeccionadas em chapa de aço e estar em bom estado deconservação. Serão observados aspectos tais como : Dimensões em relação ao padrão CELESC Limpeza Alinhamento (Inclusive da furação) Ausência de empenos Estado de conservação (Corrosão) Articulação Vedação satisfatória Tamanho 2.2 Equipamentos de concretagem As betoneiras ou planetárias devem estar instalada em área coberta e em bom estado de conservação. Cuidado especial deve ser tomado com a instalação elétrica das mesmas, não se admitindo fios e tomadas inadequadas e com isolamento deficiente. 2.3 Dosadores A carga das betoneiras deve ser controlada através de dosadores para a água, cimento, areia e brita, de forma a garantir as suas características de proporcionalidade definidas pelo responsável técnico. Estes devem estar identificados e em bom estado de conservação. Página 2 de 5
3 2.4 Estoque de matéria prima (Agregados) VERGALHÕES DE AÇO: Deverão estar estocados sobre estaleiros de forma a manterem uma distância mínima de 20 cm do solo. Se a sua rotatividade for muito baixa, o mesmo deverá ser estocado em local abrigado. AREIA: As áreas destinadas para estocagem de areia deverão estar em local preferencialmente coberto para evitar excesso de umidade e consequentemente correções constantes na quantidade de água utilizada na confecção do concreto. BRITA: As áreas destinadas para estocagem de brita deverão apresentar, quando necessário, tapumes laterais ( Baias ) de modo a garantir a integridade do material. Recomenda se o critério para a estocagem da areia. CIMENTO: Deverá estar abrigado, em galpão provido de estrado de madeira afastado do mínimo 15 cm do solo. Deve ser observado rigorosamente o prazo de validade do cimento utilizado. 3 CONTROLE DA PRODUÇÃO 3.1 Armaduras Os estribos deverão ser amarrados corretamente às barras longitudinais, de forma a não deixar protuberâncias e pontas aparentes. O cobrimento de armadura deverá ser garantido com a correta instalação de separadores (arruelas de concreto) de forma a ser obter cobrimento mínimo de 1,5 cm em qualquer ponto do poste. O Número de separadores deverá ser de no mínimo 4 ( quatro ) a cada metro de armadura montada. 3.2 Concreto a Resistência do concreto à compressão Deverá ser realizado periodicamente (30 dias no máximo), o ensaio de compressão de corpos de prova padrão, nos tamanhos de 15 x 30 cm ou 10 x 20 cm, de forma a garantir que o concreto produzido esteja de acordo com suas características de resistência à compressão mínima exigida por norma. O valor mínimo especificado para o concreto usado na fabricação do poste de concreto é de 250 Kgf/cm2 com 28 dias de cura. O prazo poderá ser reduzido para 15 dias, desde que comprovado através da apresentação das NF s do fornecedor, de que foi utilizado o cimento ARI (Alta resistência inicial) na confecção do lote sob inspeção. Recomenda se a realização do ensaio de compressão em pelo menos 2 (dois) corpos de prova do mesmo lote de concreto produzido para fabricação de postes, sendo que os mesmos deverão ser rompidos aos 15/28 dias de cura, conforme o caso. b Teor de água O teor de água e consistência do concreto deverá ser verificado pelo menos duas vezes ao dia e sempre no início dos turnos de trabalho, através da realização do ensaio de slump ou também chamado de teste do abatimento do cone. O resultado não deve ser superior a 4 cm de abatimento do cone. Página 3 de 5
4 c Cura do concreto Recomenda se a manutenção de umidade do concreto nas primeiras 72 horas, molhando se os postes periodicamente. d Ensaio de absorção de água O ensaio de absorção d água será realizado durante a avaliação industrial da empresa, ou a qualquer solicitação do cliente e deverá atender aos valores especificados na NBR PRODUTO ACABADO A ser verificado na visita de técnica O fabricante deverá providenciar duas peças de cada tipo de poste DT da sua linha de fabricação. No dia programado para a realização da visita técnica, os postes prontos e curados serão examinados quanto ao seu acabamento, dimensões, identificação, elasticidade, resistência mecânica à ruptura, absorção de água e cobrimento da armadura. O ensaio de absorção de água será realizado no Laboratório Químico da CELESC. Na verificação visual serão observados principalmente a ausência de arestas cortantes, segregação do concreto, remendos, trincas, desalinhamentos e rugosidades. Os furos deverão estar alinhados e desobstruídos. A identificação deverá ser completa e legível. Dimensões, ensaio de elasticidade e de resistência mecânica serão verificados conforme a especificação CELESC E e normas ABNT NBR 6124/80 e NBR s 8451/98 e 8452/98. 5 CONTROLE DE QUALIDADE FINAL 5.1 Equipamentos O fabricante deverá dispor de banca de ensaio capaz de suportar os esforços mecânicos correspondentes ao maior poste fabricado. Deve possuir, no mínimo os seguintes acessórios: a. Dispositivo de engastamento completo (estrutura de concreto e suas ferragens). b. Carrinho de apoio metálico. c. Chapa de rolamento de aço com espessura mínima de 6,35 mm, largura mínima de 15 cm e comprimento de 1,2 m. d. Cinta ou corrente de aço para aplicação da carga no topo do poste. e. Dispositivo de tração que permita aplicação do esforço de tração no topo do poste sem solavancos ou retornos. Equipamento tirfor não é aceitável. f. Trena de 3 metros, no mínimo. g. Escala métrica dobrável. h. Baliza metálica para referência e medição das flechas nominal e residual. i. Dinamômetro para medição das cargas com capacidade máxima de carga de 600 Kgf. Página 4 de 5
5 5.2 Formulários Deverão ser providenciados formulários de ensaios adequados para registros de ensaio de elasticidade, medição dos ensaios de slump realizados e anotação dos resultados dos ensaios de resistência à compressão dos corpos de prova rompidos. 5.3 Procedimentos O fabricante deverá submeter todos os postes as verificações mencionadas no item 4 deste documento, refugando ou retrabalhando as peças que não satisfazerem estas exigências. Deverá também submeter os postes a ensaios de elasticidade periodicamente, (no mínimo mensalmente) e manter os registros dos ensaios em arquivo adequado, que deverá ser apresentado ao avaliador da DVCQ/DPEP/CELESC, quando solicitado. Página 5 de 5
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