II Jornadas do Curso do de Engenharia do Ambiente e Biológica Sustentabilidade, Recursos e Resíduos
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- Maria Fernanda Amorim Borja
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1 II Jornadas do Curso do de Engenharia do Ambiente e Biológica Sustentabilidade, Recursos e Resíduos Humberto Marques e Humberto Gonçalves Tomar, 3 de Março 2012
2 INDUSTRIA DA CONSTRUÇÃO A indústria da construção causa um impacte ambiental significativo. Lida com milhares de toneladas dos mais diversos materiais. Grande são considerados Resíduos de Construção e Demolição (RCD); Sector da Construção é responsável pela geração 35 % dos resíduos; Em Portugal a produção de resíduos da construção é da ordem de 6 a 10 Milhões toneladas/ano. (sendo que em Portugal não há estatísticas fiáveis). Fonte: J. Brito - Reciclagem de resíduos da construção e demolição Março 2006; Esta industria consome cerca de 50% de todos os materiais extraídos do planeta (Fortunato Roque, 2009), sendo a terceira maior emissora de CO 2, cerca de 10% das emissões totais (Habert et al., 2009). O desafio do Sector será aproveitar os novos padrões de exigência ambiental de forma a seguir um modelo de desenvolvimento Sustentável.
3 REQUISITOS LEGAIS INDUSTRIA DA CONSTRUÇÃO (RESUMO) -Decreto-Lei 73/2011 de 17 de Junho procede à terceira alteração ao decreto-lei 178/2006 de 5 de Setembro e altera outros diplomas, nomeadamente o Decreto-Lei 46/2008 de 12 de Março; Estabelece metas de reciclagem de RCD bastante ambiciosas: em 2020, 70% dos RCD produzidos na EU terão de ser encaminhados para a reciclagem. - Portaria 417/2008 de 11 de Junho de 2008 Define as guias específicas de acompanhamento do transporte de RCD; - Decreto-Lei 266/2007 de 24 Julho Proteção sanitária dos trabalhadores contra os riscos de exposição ao amianto durante o trabalho; -Lei 2/2011 de 9 de Fevereiro Remoção de amianto em edifícios, instalações e equipamentos públicos; - Despacho n.º4015/2007 de 2 de Março de 2007 Estabelece a utilização de borrachas provenientes da reciclagem de pneus em fim de vida em pavimentos; -Especificações LNEC E ; E ; E ; E
4 ORIGEM DOS RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO (RCD S) Demolição de edifícios; Construção, Reparação e Conservação de Infraestruturas Rodoviárias; Reabilitação de edifícios A Esperança do Futuro da Construção; Construção de edifícios; Composição dos RCD s muito dependente da origem, práticas locais de construção (materiais de construção) da época da infra-estrutura demolida. Tipo Percentagem (%) Resíduos de Construção 10 a 20 Resíduos de Remodelação, Reabilitação Renovação 30 a 40 Resíduos de Demolição 40 a 50 Tipos de RCD e sua percentagem no espaço comunitário
5 Evolução dos Processos Construtivos Correntes do Edificado Edifícios com estrutura de alvenaria (< 1755); Terramoto de Lisboa em 1755 necessidade de construção anti-sismica; Edifícios com estrutura de alvenaria da época pombalina e similares (1755 a 1880); Edifícios com estrutura de alvenaria tipo gaioleiro (1880 a 1930); Edifícios com estrutura mista de alvenaria e betão (1930 a 1940); Edifícios com estrutura mista de betão e alvenaria (1940 a 1960); Edifícios recentes de betão armado (> 1960) Evidenciamos uma constante evolução no número, tipos e natureza dos materiais aplicados na construção.
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7 No Futuro a demolição dos novos edifícios originará um maior número de tipos de resíduos e novas técnicas de demolição para seleção, separação dos resíduos A Complexidade dos projetos exige novos materiais
8 Identificação e Classificação dos Resíduos de Construção e Demolição Portaria n.º 209/2004 de 3 de Março
9 Materiais Constituintes do núcleo dos RCD (% em peso) Adaptado, Gestão dos Resíduos de Construção e Demolição, L. pereira, S. Jalali e B. Aguiar DEC, UM, Guimarães
10 Acondicionamento Adequado dos Resíduos em Obra Zona do Estaleiro Contentor (10 m3) Mistura de resíduos de construção e demolição, inertes. Utilizado para resíduos em grande quantidade e dimensão. Identificação dos Resíduos e acondicionamento adequado ao tipo de resíduos e quantidades Tambor de 200 litros para resíduos sólidos ou líquidos perigosos ou não perigosos. Ex. Solos contaminados por substâncias perigosas (derrames de combustíveis).
11 DEMOLIÇÕES CUIDADOS PRÉVIOS PLANEAMENTO - Estudo Estrutural do Edifício, processos construtivos da época da construção do Edifício; -Avaliar a Natureza dos Materiais do Edifícios a Demolir; - Quantificar os resíduos e o tipo de Resíduos; - Proceder ao desfardamento do Edifício (Retirar todos os elementos frágeis, como envidraçados, revestimentos e assegurar o corte dos serviços (água, gás, eletricidade); - Escolha do Método de Demolição, respeitando as medidas de segurança; - Planear os meios para recolha, separação e reutilização de resíduos em obra
12 Requisitos a cumprir em Trabalhos com amianto (DL 266/2007 de 24 Julho); -Plano de trabalho a aprovar pelo ACT; (inclui a identificação dos trabalhadores e sua documentação (ficha Médica) sequência de trabalhos, quantidade de resíduos a remover (previsto), datas de intervenção, registo de pausas, identificação da câmara de descontaminação, caminhos de acesso, importância da vedação da zona de operação e acesso até a câmara de descontaminação).
13 Requisitos a cumprir em Trabalhos com amianto (DL 266/2007 de 24 Julho); -Palatização e transporte com filme plásticos dos materiais e resíduos contaminados com amianto; -Empresa tem de ser certificada pelo ACT para remoção do amianto; - Trabalhadores com formação especifica para a realização dos Trabalho -Medição das fibras em suspensão de amianto medida de monitorização; - Identificação dos aterros licenciados para receber amianto - Aterro de Resíduos não perigosos.
14 Ciclo de Vida dos Resíduos Recicláveis na Construção
15 Remoção de Betuminoso em Infraestruturas Rodoviárias Resíduo não perigoso (sem alcatrão) Britagem para reincorporação em obra em camadas de leito de pavimento ou fundação, Sub-base e Base
16 1- Separação (triagem, transporte e armazenamento); 2- Tratamento (selecção, britagem e crivagem); 3- Processamento (separação magnética, química, etc.) 4 Transporte para os locais de aplicação; 5 Reutilização. FASES DA PRODUÇÃO DE AGREGADOS RECICLADOS
17 Como podemos utilizar RCD em Obra Obra de Origem Cumprimento das Especificações do LNEC Aplicação de Resíduos de Construção e Demolição Outras Obras Marcação CE dos Agregados
18 -Especificação LNEC E Guia para utilização de agregados reciclados grossos em betões de ligantes hidráulicos; - Especificação LNEC E Guia para a reciclagem de misturas betuminosas a quente em central; - Especificação LNEC E Guia para a utilização de agregados reciclados em camadas não ligadas de pavimentos; - Especificação LNEC E Guia para a utilização de materiais reciclados provenientes de resíduos de construção e demolição em aterro e camada de leito de infraestruturas de transporte.
19 A Borracha Reciclada de Pneus Incorporada no Betume para Utilização em Misturas Betuminosas Despacho n.º4015/2007 de 2 de Março de 2007 Estabelece a utilização de borrachas provenientes da reciclagem de pneus em fim de vida em pavimentos) CONSTRUÇÃO DE ESTRADAS: 48% do uso total de Reciclados de Betão nos E.U.A.
20 Ponte Manises Paterna (Espanha) -Estrutura de Betão de 145,90 metros; - Construção de ponte atirantada de vãos assimétricos (55 90 m); - Incorporação de 400 m 3 de betão reciclado Fonte: CEDEX
21 TAXAS DE RECICLAGEM E DE DEPOSIÇÃO EM ATERROS DE RCD S Taxa de reciclagem e de deposição em aterro de RCD, em alguns países da União Europeia (adaptado de Gonçalves, 2007; waste Centre Denmark, 2010; weisleder e Nasseri, 2006
22 Exemplos de aplicação de Reciclagem na Industria da Construção 65% Madeira reciclada pré consumo 35% cimento portland virgem
23 Exemplos de aplicação de Reciclagem na Industria da Construção
24 Correta Gestão de RCD Vantagens Vantagens Económicas -Redução dos custos de transporte e deposição em Aterros; - Redução da dependência de matérias-primas; -Melhoria da situação económica da industria da reciclagem; - Criação de mais empregos; - Melhoria da qualidade dos materiais reciclados estimulada por melhores preços; - Redução dos custos das novas construções. Vantagens Ambientais - Menor extração de recursos naturais; - Redução de emissões CO2; - Eliminação de despejos ilegais e não autorizados; - Melhoria da qualidade do ar; Vantagens Sociais - Redução dos riscos de saúde pelos depósitos ilegais; - Redução dos riscos de saúde pela incineração; - Melhor utilização do espaço público. Adaptado de Spies, 2009
25 SUSTENTABILIDADE Regime capaz de permitir a existência continuada do ser humano, possibilitando uma vida segura, saudável e produtiva às sucessivas gerações, em harmonia com a natureza e com os valores culturais e espirituais locais. (Chrisna du Plessis, Agenda 21 para os países em desenvolvimento) FIM
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