ESTRUTURAS MONO-ARGUMENTAIS DO PORTUGUÊS BRASILEIRO * À LUZ DA HIPÓTESE INACUSATIVA

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1 Anais do 6º Encontro Celsul - Círculo de Estudos Lingüísticos do Sul ESTRUTURAS MONO-ARGUMENTAIS DO PORTUGUÊS BRASILEIRO * À LUZ DA HIPÓTESE INACUSATIVA Núbia Saraiva Ferreira RECH (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ABSTRACT: The aim of this article is: a) to investigate the scope of Burzio s Generalization (1986) in the Brazilian Portuguese; b) to present the most determinant traits in the unaccusativity phenomena; c) to provide the evidence of the postulation of unaccusative class in the Brazilian Portuguese through syntheticsemantic application tests. KEYWORDS: unaccusativity; unergativity; Burzio s Generalization. 0. Introdução O fenômeno da inacusatividade pode ser examinado sob uma perspectiva semântica (Perlmutter: 1976), sintática (Burzio: 1986) ou sintático-semântica (Levin & Hovav: 1995). Optamos por priorizar em nossa investigação fatores sintáticos por permitirem uma análise uniforme, à medida que todos os verbos pertencentes a uma determinada classe apresentam a mesma configuração sintática no estrato inicial. Em (1) representamos a estrutura da classe dos inacusativos: (1) A composição do VP revela que essa classe seleciona um único argumento, o interno, que pode assumir diferentes formas; por essa razão o representamos como XP. As possibilidades de complemento revelam que os integrantes de uma determinada classe podem diferir em relação à c-seleção, o que nos permite identificar subgrupos no interior da classe inacusativa. Temos por hipótese que o fato de o argumento interno poder ser expresso por um DP, uma forma nominal, uma small clause ou por um CP interfere na configuração que as construções inacusativas assumem na SS, mascarando, assim, sua semelhança estrutual na DS. Empregando a c-seleção como critério, a classe dos inacusativos seria constituída por verbos que selecionam: (2) (i) DP semanticamente paciente; (ii) formas nominais (PartP, GerP, InfP); (iii) small clause; (iv) DP que sofre mudança de estado; (v) PartP (construções passivas); (vi) DP que permanece à direita do verbo na SS; (vii) CP. * Doravante PB.

2 Para a formação dos subgrupos presentes em (2), utilizamos, paralelamente ao critério sintático da c-seleção, critérios semânticos, como a atribuição de papéis temáticos e a ocorrência de mudança de estado do DP. Se considerássemos apenas a c-seleção, os verbos pertencentes aos grupos (i), (iv) e (vi) seriam incorporados a um mesmo grupo, dificultando a depreensão dos fatores semânticos determinantes da inacusatividade de uma construção. 1. Descrição dos fatores As análises de Burzio (1986), Belletti (1988), Levin e Hovav (1995) entre outra s nos revelam manifestações explícitas da hipótese inacusativa para línguas como italiano, finlandês, inglês, francês e alemão. Burzio aponta os fatores da ne-cliticização e da seleção do auxiliar como as principais evidências de uma classe inacusativa. Be lletti apresenta, com base na análise do finlandês, a distinção entre DPs pós-verbais que recebem Caso partitivo dos que recebem acusativo, associando a marcação de Caso à noção semântica de definitude. A autora fundamenta sua análise com exemplos do francês, do inglês, do italiano e do alemão, demonstrando, assim, a abrangência dessas propriedades. Levin & Hovav, a partir da análise de sentenças do inglês, conseguem comprovar a existência de importantes restrições sintáticas, que conduziram à postulação de uma nova estrutura na DS, representante da classe inacusativa. Estudos da inacusatividade no português, tanto europeu quanto brasileiro, não revelaram marcas lingüísticas explícitas que justificassem uma subdivisão da classe dos intransitivos em duas subclasses, a dos inergativos e a dos inacusativos; os autores investigam, entretanto, alguns processos lingüísticos que evidenciem propriedades típicas da classe dos inacusativos. Eliseu (1984) apresenta, em seu estudo dos inacusativos, critérios morfossemânticos e sintáticos relevantes para a depreensão de propriedades dessa classe de verbos. Embora sua proposta seja formulada a partir de sentenças do português europeu (PE), demonstra processos aplicáveis também a dados do PB, manifestando, em sua investigação, alguns fatores determinantes para a distinção entre as construções monoargumentais. Apontando as semelhanças entre as construções transitivas e inacusativas quanto à relação que estabelecem com seu argumento interno, o autor demonstra que a estrutura sintática das construções inacusativas difere das inergativas na DS, mesmo revelando semelhanças na SS. Para depreender essas distinções, Eliseu testa diversos fatores ao longo de sua abordagem. Pretendemos, entretanto, analisar com maior detalhamento apenas três, por constituírem fatores gerais, que permitem correlações entre as diferentes línguas. O primeiro deles é a formação do particípio absoluto, que pode ocorrer apenas com verbos transitivos e inacusativos, que apresentam argumento interno, constituindo, portanto, um importante indício da inacusatividade. A nominalização dos verbos a partir do acréscimo do sufixo [-or] também será transformada em um fator, por revelar a presença de um argumento externo que pode receber a marcação-θ de agente, não selecionado em construções inacusativas. As construções alternantes serão incluídas em nossa análise por apresentarem indícios do argumento que se mantém na versão mono-argumental. A permanência do argumento interno revela propriedades inacusativas do verbo; quando, entretanto, o externo é mantido na sentença, o verbo adquire uma leitura inergativa. O quarto e quinto fatores que investigaremos em sentenças do PB foram extraídos de Levin & Hovav (1995). Examinaremos a DOR (Restrição do Objeto Direto) a partir da análise das construções resultantes com estruturas mono-argumentais, a fim de verificarmos se essa restrição é manifestada em sentenças inergativas do PB, constituindo, portanto, uma nova evidência para a subdivisão da classe dos intransitivos. Na seqüência, testaremos a possibilidade de objetos cognatos serem adjungidos em contruções mono-argumentais do PB. Segundo as autoras, verbos inacusativos contrastam com inergativos em relação a esse fator. Os inergativos manifestaram, em sentenças do inglês, a propriedade de aceitarem objetos cognatos, ao passo que esses objetos foram rejeitados em construções inacusativas. Baseados nas asserções de autores como Kato & Tarallo (1988), Berlinck (1989), Duarte (1993), Luersen (2004) entre outros, decidimos transforma r a ordem SV/VS em um fator na distinção entre construções inacusativas e inergativas. Segundo esses autores, o PB estaria passando por um processo de mudança paramétrica, de uma língua pro-drop para uma língua não-pro-drop, parâmetro relacionado à posição dos constituintes em relação ao verbo, que, por sua vez, é apresentada por Burzio (1986) como um dos fatores importantes na investigação do fenômeno da inacusatividade. Esperamos em relação à ordem no PB que, com inergativos, a inversão tenha um emprego exclusivamente estilístico; ao passo que, com inacusativos, ela seja determinada gramaticalmente. A concordância verbal constitui uma outra evidência para a inacusatividade, considerando que inergativos e inacusativos revelam um comportamento diferente em relação a esse fator. Nossa hipótese

3 quanto à concordância está baseada na atribuição de Caso nominativo ao DP argumento do verbo. Com verbos inergativos, a concordância é obrigatória, pois o alçamento do argumento externo para a atribuição de nominativo ocorre sempre. Com os inacusativos, entretanto, a concordância pode ou não ser estabelecida, o que irá depender da realização de movimento em busca de Caso. Se o DP argumento de um inacusativo receber nominativo em Spec/IP ou por CADEIA com proexpl, a concordância será acionada; quando permanecer in situ, entretanto, será marcado apenas com Caso partitivo (cf. Belletti: 1988), não ativando a concordância. Na seqüência, testaremos o Efeito de Definitude (DE), uma propriedade que relaciona a ordem à definitude. Segundo Belletti (1988), a exigência de indefinitude recai sobre DPs argumentos de inacusativos quando estes ocupam a posição pós-verbal; quando ocorre alçamento para a posição Spec/IP, resultando na ordem SV, o sujeito pode ser indefinido ou definido. Logo, o DE é um fenômeno que manifesta uma incompatibilidade entre Caso partitivo, atribuído na DS aos DPs que permanecem in situ, e definitude. A realização de pesquisas em diferentes línguas revelaram que o DE contitui uma propriedade importante na investigação da hipótese inacusativa. Por essa razão, optamos por analisar a manifestação desse fator no PB. Seguindo a proposta de Enç (1991), examinaremos o Efeito de Especificidade paralelamente ao de Definitude, considerando que este último não tem aplicação categórica no PB. Por fim, investigaremos a possibilidade de formação de passivas impessoais a partir de construções mono-argumentais do PB. Temos por hipótese, com base em Perlmutter (1976: 166), que as construções inacusativas não permitem a formação de passiva impessoal, por envolver dois alçamentos do DP argumento interno a V, o que constitui a violação de um princípio universal. Por essa razão, a impossibilidade de formação dessa passiva constituiria mais uma evidência para a distinção entre construções inergativas e inacusativas. 3. Análise dos resultados Por nossa pesquisa estar em andamento, apresentamos a seguir uma tabela com a sistematização dos resultados obtidos apenas com o grupo (i). Os verbos analisados foram extraídos do Dicionário Gramatical de Verbos, organizado por Borba et alii (1990), e da listagem de inacusativos fornecida por Eliseu (1984). Testamos, dentre os inacusativos que selecionam DP, os exemplos mais citados na bibliografia consultada, o que nos permite o estabelecimento de comparações com outros estudos ao longo de nossa abordagem. As propriedades testadas estão dispostas na tabela com a seguinte identificação 1 : 1. Possibilidade de formação do particípio absoluto; 2. Possibilidade de ocorrência do particípio passado em posição predicativa; 3. Impossibilidade de nominalização com o acréscimo do sufixo [ or]; 4. Possibilidade de ocorrência em pares AVB/BV; 5. Possibilidade de figurar com sintagmas resultantes (DOR); 6. Impossibilidade de adjunção de objetos cognatos; 7. Po ssibilidade de posposição do DP (Ordem VS); 8. Possibilidade de não-concordância com sujeito posposto; 9. Impossibilidade de formação das passivas impessoais. Fatores Fatores Verbos acontecer Embora tenhamos investigado os fatores Efeito de Definitude e Efeito de Especificidade, os resultados obtidos não foram transcritos para a tabela por apresentarem variação, já que são determinados pelo contexto. 2 A coluna correspondente ao fator 4 não está preenchida devido à impossibilidade de investigar o fenômeno da alternância AVB BV com verbos pertencentes ao grupo (i). 3 De acordo com Levin & Hovav (1995), a DOR não atua com verbos de estado nem com verbos de movimento inerente; por essa razão, não os classificamos para esse fator. A impossibilidade desses verbos figurarem com sintagmas resultantes está relacionada a restrições semânticas.

4 adoecer agonizar aparecer arder brotar caducar cair cessar chegar crescer decair desfalecer desmaiar emagrecer empobrecer evoluir falecer falir florescer germinar morrer murchar nascer naufragar ocorrer partir sobreviver suceder surgir vir viver A leitura dos dados apresentados na tabela evidencia que os fatores mais importantes para a classificação de uma estrutura como inacusativa são a impossibilidade de nominalização em [-or], a ordem VS, a possibilidade de não-concordância entre o verbo e o DP quando este ocupa a posição pós-verbal e a impossibilidade de formação das passivas impessoais, pois foram manifestos em todas as construções analisadas. A impossibilidade de adjunção de objetos cognatos também demonstrou um comportamento favorável ao fenômeno da inacusatividade em PB, mas não categórico, à medida que não atua em todos os integrantes da classe. O fator que se revelou menos relevante para a determinação desse fenômeno lingüístico para os verbos pertencentes ao grupo (i) foi a ocorrência do particípio passado em função predicativa. Os dados transcritos na tabela acima nos mostram que há diferentes graus de inacusatividade no interior da classe. Enquanto alguns verbos são marcados positivamente para todas as propriedades inacusativas, como ocorre com crescer, falecer, etc.; outros revelam variações no grau de inacusatividade, por não exibirem algumas dessas propriedades, conforme verificamos com agonizar, cair, viver, etc. Os dados nos permitem, portanto, concluir que as propriedades presentes em todos os verbos listados na tabela são as mais determinantes da inacusatividade de uma construção no PB; assim como os verbos que são marcados positivamente para todos os fatores testados podem ser compreendidos como protótipos dessa classe. Os verbos manifestaram um comportamento diferenciado em relação às propriedades expressas na tabela. Um grupo foi marcado positivamente para todos os fatores: cessar, chegar, crescer, decair, desmaiar, emagrecer, empobrecer, evoluir, falecer, florescer, ger minar, murchar, nascer e naufragar; outro foi marcado negativamente para apenas um dos fatores: adoecer, arder, brotar, caducar, cair, desfalecer, falir e morrer; um terceiro grupo não manifestou dois dos fatores investigados: acontecer, agonizar, aparecer, ocorrer, partir, sobreviver, suceder, surgir e vir; e, finalmente, apenas o verbo viver foi marcado negativamente para três dos fatores. Esse resultado nos permite concluir que, para os integrantes do grupo (i),

5 há preponderância das propriedades inacusativas em relação às inergativas, pois viver é o único verbo que manifesta três propriedades não características da classe; os demais alternaram entre duas, uma ou nenhuma marcação negativa para os fatores investigados. Os resultados vão, até certo ponto, ao encontro de nossas expectativas em relação às propriedades mais atuantes na determinação do fenômeno da inacusatividade e aos verbos que as revelam. Surpreendeu-nos, entretanto, o índice de marcações negativas para o fator 2, proposto por Eliseu (1984). Os dados presentes na tabela revelam que cerca de 35% dos verbos analisados não manifestaram a propriedade referente ao emprego do particípio com função predicativa. Para o PE, de acordo com a classificação proposta por Eliseu (1984), esse índice ficou em torno de 38% para os verbos que selecionam como complemento um DP paciente, ou seja, para os integrantes do grupo (i). Esses dados demonstram que, tanto no PB quanto no PE, o fator 2 não é categórico, devendo ser analisado paralelamente a outras propriedades mais determinantes do fenômeno da inacusatividade. Embora seja possível a formação do particípio de viver, seu emprego em função predicativa gera uma construção agramatical, conforme demonstramos em (21): (21) a. Pedro vive bem. b. *Pedro é vivido. A sentença Pedro é vivido só é possível com o sentido de quem tem uma intensa experiência da vida, não indicando, portanto, o término de um processo. Por essa razão, esse verbo foi marcado negativamente para o fator 2, pois a flexão altera seu significado. Em relação à DOR, optamos por investigá-la para depreendermos a atuação dos fatores semânticos na determinação da inacusatividade de uma construção e, ainda, por não termos encontrado, dentre a bibliografia que consultamos, nenhum trabalho que a examinasse no PB. Os resultados obtidos para esse fator vão, até certo ponto, ao encontro da proposta apresentada por Levin & Hovav (1995), pois alguns dos verbos que não admitem adjunção de sintagmas resultantes pertencem à classe dos estativos ou, então, à dos verbos de movimento inerente. Há, entretanto, verbos de processo que foram marcados negativamente para a DOR (acontecer, adoecer, aparecer, desfalecer, falir, ocorrer, suceder e surgir), sugerindo não se tratar de uma propriedade definitiva da classe, mas de um indício da inacusatividade de uma construção. Verifiquemos o comportamento do verbo aparecer em relação ao acréscimo de sintagmas resultantes: (22) Vívian apareceu cansada. Embora a construção em (22) admita a presença de um sintagma, o cansaço de Vívian não pode ser compreendido como resultado de aparecer, evidenciando que a DOR não atua com esse verbo. Temos por hipótese que a DOR representará uma propriedade importante na determinação da inacusatividade para os verbos alternantes, grupo (iv), por o DP complemento dessa subclasse de inacusativos sofrer um processo de mudança de estado, fator relacionado à Restrição do Objeto Direto, conforme observam Levin & Hovav (1995). A possibilidade de formar os termos chegador, emagrecedor, empobrecedor e germinador vai de encontro à classificação dos verbos correspondentes como inacusativos, pois essa derivação constitui um forte indício da inergatividade de uma construção, à medida que o sufixo [-or] sinaliza a presença de argumento com traços agentivos. Na seqüência do artigo, apresentamos as razões pelas quais optamos por não marcar negativamente esses verbos para o fator 3, embora reconheçamos a legitimidade das formas nominalizadas. Eliseu (1984: 43) apresenta a forma chegador como agramatical no PE, forn ecendo, assim, uma importante evidência da inacusatividade desse verbo. No PB, entretanto, essa forma está, inclusive, dicionarizada, conforme transcrevemos a seguir: Chegador: adjetivo e substantivo masculino 1. que ou aquele que chega; 2. diz-se de ou indivíduo encarregado de chegar o combustível às fornalhas de uma máquina a vapor ou de um

6 forno; 3. Diacronismo: antigo: que ou aquele que cobra direitos e rendas; 4. Regionalismo: Rio Grande do Sul: que ou aquele que agride, provoca, que não hesita em ir às vias de fato; 5. Regionalismo: Rio Grande do Sul.: diz-se de ou cavalo muito veloz. (HOUAISS: 2001) A descrição acima deixa claro que o verbo chegar seleciona como seu argumento um DP agentivo, à medida que realiza ações como chegar o combustível às fornalhas, cobrar direitos e rendas, agredir, provocar. Contudo, marcamos esse verbo positivamente para a propriedade relativa à impossibilidade de nominalização em [-or] por acreditarmos que, em PB, chegar é um termo homônimo, cujos sentidos remetem a construções inergativa, em que o argumento ocupa a posição ext erna a V e recebe o papel-? de agente, e inacusativa, em que o DP subcategorizado pelo verbo ocupa a posição de argumento interno, recebendo marcação temática de paciente ou de experienciador. A descrição correspondente aos termos emagrecedor, empobrecedor e germinador sugere a presença de um elemento causativo, e não necessariamente de um agente. A noção de predicados complexos, apresentada por Levin & Hovav (1995), nos permite explicar essas derivações. De acordo com a proposta das autoras, podemos pressupor que verbos como emagrecer, empobrecer e germinar são causativos na base, ou seja, apresentam uma representação lexical associada a construções transitivas e inacusativas. Observemos atentamente os exemplos a seguir: (23) (24) (25) a. A secura dos campos emagrecia o gado. b. O gado emagrecia. a. Suas dívidas de jogo empobreciam a família. b. A família empobrecia. a. O ódio germina o crime. b. O crime germina. Esses verbos seriam causativos tanto nas construções transitivas, em que o elemento causativo está explícito na sentença, quanto nas inacusativas, em que foi apagado. Poderíamos representar uma construção inacusativa de base causativa através do esquema (26): (26) emagrecer: [[A faz algo] causa [B tornar-se magro]] A representação em (26) corresponde à de um predicado complexo, revelando uma estrutura argumental básica para verbos transitivos e inacusativos. Quando empregados como transitivos, os verbos emagrecer, empobrecer e germinar são acompanhados de um sujeito, que constitui o elemento causativo, e de um objeto, que sofre a ação, recebendo papel-? de paciente. Em construções inacusativas, o causativo não é expresso, figurando na construção apenas o argumento interno. Conforme verificamos acima, emagrecer, empobrecer e germinar podem selecionar argumento externo, o que os tornaria integrantes do grupo que permite alternância AVB/BV. Incorporamos, entretanto, esses verbos ao grupo (i) por acreditarmos que seu emprego como inacusativo é preponderante, figurando raramente em construções transitivas. Nossa classificação está de acordo com a adotada por Eliseu (1984: 107), pelo menos para os verbos emagrecer e germinar, que são marcados pelo autor com o traço negativo para o fator alternância AVB/BV. Todos os verbos pertencentes ao grupo (i) foram marcados positivamente para o fator 9, impossibilidade de formação das passivas impessoais, por a partícula se, quando admitida, retomar um DP [+animado], que assume a função de sujeito na SS. Observemos as construções a seguir, com os verbos cair e acontecer:

7 (27) (28) a. Meu pai caiu ontem. b. Cai-se muito na velhice. a. Aconteceu um fato curioso. b. *Acontece-se inesperadamente. A partícula -se, em (27b), retoma o DP meu pai, constituindo, portanto, índice de indeterminação do sujeito, e não partícula apassivadora. Em (28), um fato curioso não pode ser retomado por se, por esse DP apresentar o traço [ animado]. O bloqueio dessa partícula, em (28b), constitui evidência suficiente a favor da impossibilidade de formação de passivas impessoais com inacusativos que selecionam DPs [ animados], pois a presença do se é condição para a formação dessas passivas. Apresentamos, a seguir, um exemplo do verbo chegar com DP posposto, marcado positivamente para definitude e especificidade, traços não característicos de construções inacusativas. A sentença que analisamos está acompanhada das informações presentes no discurso prévio, que nos possibilitaram a classificação desses fatores de acordo com a proposta de Enç (1991): (29) Agora esse ano a gente foi <pra->, na Copa, o último fim-de-semana, estava zero graus lá. Nós chegamos dois dias depois de ter caído neve. (inint) (est)(risos gerais) Ah! Digo: Não, né? Chegou o fim-de-semana e, no sábado, quinta-feira eu tinha, tinha perdido neve. (RSPOA31: 479) Nessa abordagem, os DPs são classificados a partir de suas relações de ligação, e não pelo determinante que o antecede. Logo, o DP o fim de semana é marcado como [+definido] e [+específico] por estabelecer com seu antecedente uma relação de completa identidade, pois já havia sido mencionado no discurso prévio. Embora tenhamos encontrado casos em que os inacusativos selecionem DPs [+definidos] e [+específicos], como demonstramos em (29), os DPs em posição pós-verbal exibiram, predominantemente, os traços [-definidos] e[+/-específicos]. Nossos dados confirmam, portanto, as restrições apresentadas por Belletti (1988) e Enç (1991) em relação à definitude e à especificidade, revelando que, no PB, essas propriedades são importantes na determinação do fenômeno da inacusatividade. 4. Considerações finais Neste artigo, apresentamos os resultados de testes sintático-semânticos aplicados em verbos que selecionam como complemento um DP paciente ou experienciador. Os dados obtidos apontaram os fatores nominalização em [ or], ordem VS, corcordância e formação das passivas impessoais como os mais significativos na determinação da inacusatividade com grupo (i), pois atuaram de forma categórica nessas construções. Em relação aos verbos, verificamos que essa subclasse de inacusativos não é homogênea, considerando que manifestaram um comportamento diferenciado para algumas das propriedades investigadas. Os resultados aqui apresentados oferecem indícios suficientes para a postulação da classe inacusativa no PB, pois revelam propriedades de argumento interno no DP que figura nessas construções. Essas propriedades sugerem uma nova organização estrutural de base, em que o único argumento de um verbo ocupa a posição interna a V, conhecida como construção inacusativa. RESUMO: A proposta deste artigo é a) investigar a abrangência da Generalização de Burzio (1986) em construções mono-argumentais do português brasileiro (PB); b) apresentar as propriedades mais determinantes do fenômeno da inacusatividade; c) a partir da aplicação de testes sintático-semânticos, fornecer evidências para a postulação da classe inacusativa no PB. PALAVRAS-CHAVE: inacusatividade; inergatividade; Generalização de Burzio.

8 REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS BELLETTI, A. The case of unaccusatives. Linguistic Inquiry, New York, v. 19, n. 1, p. 1-34, BERLINCK, R de. A construção V SN no português do Brasil: uma visão diacrônica do fenômeno da ordem. In: TARALLO, F. (org.) Fotografias sociolingüísticas. Campinas: Pontes, p BORBA, F.; et al. Dicionário Gramatical de Verbos. 2. ed. São Paulo: Unesp, BURZIO, L. Italian syntax. Dordrecht: Reidel, CARDINALETTI, A. Agreement and control in expletive constructions. Linguistic Inquiry, New York, v. 28, n. 3, p , DUARTE, Y. A hipótese inacusativa e as evidências do português. D. E. L. T. A., São Paulo, v. 9, n. 1, p , ELISEU, A. M. G. Verbos ergativos no português: descrição e análise f. Dissertação. (Mestrado em Letras), Lisboa, ENÇ, M. The semantics of specificity. Linguistic Inquiry, New York, v. 22, n. 1, p. 1-25, HOUAISS, Antônio. Dicionário eletrônico da língua portuguesa: versão 1.0, Rio de Janeiro: Objetiva, cd-room. Windows KATO, M. Inversão da ordem SV em interrogativas em português: uma questão sintática ou estilística? D. E. L. T. A., São Paulo, v. 3, n. 2, p , KATO, M.; TARALLO, F. Restrictive VS Syntax in Brazilian Portuguese: its correlation with invisible clitics and visible subjects. In: GEORGETOWN ROUNDTABLE IN LANGUAGE AND LINGUISTICS, 34., 1988, [s.l.]. Comunicação [S.l.: s.n.], p Mimeografado. LEVIN, B.; HOVAV, M. R. Unaccusativity: at the syntax-lexical semantics interface, Cambridge (MA): MIT, LUERSEN, R. W. A concordância verbal na ordem VS do português falado f. Dissertação. (Mestrado em Letras), Porto Alegre: PUCRS, Março/2004. LUFT, C. P. Moderna gramática brasileira. São Paulo: Globo, MIOTO, C.; SILVA, M. C. F; LOPES, R. E. V. Manual de sintaxe. Florianópolis: Insular, MIOTO, C. Lingüística e ensino da gramática. In: SEMINÁRIO DE LINGÜÍSTICA E ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA, 1994, Porto Alegre.Anais... Porto Alegre: EDIPUCRS, NASCIMENTO, M. do; KATO, M. O estatuto dos nominais pós -verbais dos verbos inacusativos. Revista de Estudos da Linguagem, Belo Horizonte, v. 4, n.1, p , NASCIMENTO, S.H.L do. Inacusatividade no Português do Brasil, f. Tese.(Doutorado em Letras), Florianópolis, UFSC, PERLMUTTER, D. Personal vs impersonal constructions. Natural language and linguistic theory, Dordrecht, v. 1, p , Impersonal passives and the unaccusative hypothesis. In: ANNUAL MEETING OF THE BERKELEY LINGUISTICS SOCIETY, 4.; 1978, Berkeley. Anais Berkeley: UCSD, p , Evidence for subject downgrading in Portuguese. In: SCHMINDT -RADEFELT, J. Readings in Portuguese Linguistics. Amsterdam: North-Holland Publishing Company, PONTES, E. S. L. Sujeito: da sintaxe ao discurso. São Paulo: Ática; São Paulo: Fundação Nacional Prómemória, SCHAF, M. Do acusativo com infinitivo latino ao nominativo com infinitivo português f. Tese. (Doutorado em Letras), Florianópolis: UFSC, p , 2003.

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