ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA. Considerando que a AFNtem vindo a alerta r os Fornecedores de Materiais Florestais de
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- Maria da Assunção Sintra Vilarinho
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1 D REQUERIMENTO Número /XI ( Expeça-se Publique-se IZI PERGUNTA Número3St>3/XI( ).!) Assunto:CancroResinosodo Pinheiro.lo\O/o 109 <l SecretáriCl da Mesa rtec.w/cà =--.- Destinatário:Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas Ex.moSr. Presidenteda Assembleiada República Considerando que a AFNtem vindo a alerta r os Fornecedores de Materiais Florestais de Reprodução (MFR) para a existência de uma nova doença, o cancro resinoso do pinheiro (Gibberella circinata Nirenberg & Q'Donnell), a qual é provoca da por um fungo, a Gibberella circinata. Considerando que a primeira ocorrência na Europa, em 2005, surgiu em Espanha, tendo-se depois propagado para Itália e Portugal. Pensa-se que a doença é originária dos Estados Unidos, local onde se conhece a primeira ocorrência no mundo, em 1946, e está presente também México, Haiti, Chile,Japão e Iraque, no que ao resto do mundo diz respeito. na África do Sul, Q fungo pode infectar todas as espécies de Pinus sendo o Pinus radiata, espécie de pinheiro originária do novo mundo, das mais sensíveis. Para além destas,.a única outra espécie considerada susceptível é a Pseudotsuga menziesil
2 Considerando que o fungo pode afectar o hospedeiro em todos os seus estados de desenvolvimento e em qualquer altura do ano. As partes afectadas podem ser sementes, agulhas, pinhas, ramos, rebentos, troncos e raízes. Considerando que é necessária a confirmação da presença do fungo através de análises laboratoriais, uma vez que os sintomas se confundem com os de Sphaeropsis sapinea (dieback do pinheiro). Com o-objectivo de controlar e erradicar a doença, evitando assim a sua dispersão e propagação no território da UEe países terceiros, foram postas em vig()r,em 18 de Junho de 2007, medidas de emergência temporárias contra esta doença, através da Decisão2007/433/CEda Comissão,para o que a AFNelencou quais os procedimentos, bem como, quais as medidas preventivasa adoptar. Considerando que se for confirmada a ocorrência de um foco da doença quer em plantas de viveiro quer em povoamentos, os Serviços Oficiais devem' proceder à aplicaçãodas medidas descritas na decisão acimareferida, nomeadamente, estabelecer uma área demarcada. Considerando que essa área demarcada será constituída por uma Zona infestada e Lima Zona tampão. A Zona infestada é a área na qual a presença do organismo foi confirmada e que incluirátodos os vegetais que manifestem sintomas suspeitos, sendo nesta área onde serão tomadas medidas com vistaà erradicaçãoda doença. AZonatampão é a área circundanteà zona infestada com pelo menos 1 kmde largura. Todas as plantas hospedeiras localizadasna zona tampão deverão, pelo menos nos dois anos seguintes ao estabelecimento da zona, ser submetidas a inspecção fitossanitária intensivae mantidas sob controlo permanente, tendo em vista a detecção de eventuais
3 ~CDS.PP sintomas da doença para que, caso se observem sintomas suspeitos, se proceda à colheita de amostras e à sua análise laboratorial, no sentido de tomar as medidas fitossanitáriasapropriadas. Considerandoque caso a doença afecte povoamentos dever-se-á, entre outros, cortar as árvores atacadas, o mais cedo possível,e não fazer plantações novas com qualquer espécie de pinheiroou com Pseudotsugamenziesii,na área afectada. Caso afecte viveiros,as plantas infectadas devem ser retiradas e queimadas o mais próximopossíveldo localonde estão, para evitar a disseminaçãodo fungo para além de outras medidas de acção como a desinfecção das sementes,. das instalações e das ferramentas. Considerando que há ainda que aplicar medidas preventivas ao pessoal e ao manuseamento de materiais, equipamentos e maquinaria que estejam em contacto com plantas ou sementes das espécies susceptíveis,bem como proceder ao tratamento de desinfecção das sementes e à aplicaçãode insecticidaspara evitar a propagação do fungo dentro do viveiroe de fungicidaspara evitar o desenvolvimentodo fungo. Considerando que deve Portugal notificar a Comissão Europeia da primeira e subsequentes detecções de Gibberella circinata Nirenberg & Q'Donnell no seu território. Considerando a iniciativa do Eurodeputado Nuno Meio questionando a Comissão Europeiasobre a situação desta doença em Portugal,nomeadamente sobre se haviajá Portugalsolicitadoalgumco-financiamento. Considerando que em resposta, a Comissão informou que não havia recebido até à data nenhum pedido das autoridades fitossanitárias nacionais portuguesas referente à Gibberella circinata para um possível co-financiamento pela Comunidade ao abrigo dos
4 artigos 22.Qe 23.0 da Directiva 2000/29/CE do Conselho. Tendo presente que: Nos termos do disposto no artq. 156Q, alínea d) da Constituição, é direito dos Deputados «requerer e obter do Governo ou dos órgãos de qualquer entidade pública os elementos, informações e publicações oficiais que considerem úteis para o exercício do mandato»; Nos termos do artq. 155Q,nQ.3 da Constituição e do artq. 12Q.'nQ.3 do Estatuto dos Deputados, «todas as entidades públicas estão sujeitas ao dever geral de cooperação com os Deputados no exercício das suas funções ou por causa delas»; Nos termos do disposto no artq. 229Q, nq. 1 do Regimento da Assembleia da República, as perguntas apresentadas pelos Deputados são tramitadas por intermédio do Presidente da Assembleia da República com destino à entidade requerida, tendo esta o dever de responder conforme o disposto no nq.3 do mesmo preceito; O(s) Deputado(s) do CDS-PP,abaixo-assinado(s), vêm por este meio requerer ao Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, nos termos e fundamentos que antecedem, a resposta urgente às seguintes p'erguntas: 1. Quando foi detectado pela primeira vez o agente responsável. pelo cancro resinoso do pinheiro em Portugal? Onde se localizaesse foco? Dizrespeito a um povoamento ou a um viveiro? 2. Portugal notificoua ComissãoEuropeia? Quando? 3. Qual o ponto de situação da disseminação desta doença em Portugal? Quantos focos foram já detectados até ao dia de hoje? Quando foram detectados? Onde se localizam,por viveiroe povoamento?
5 4. Foramjá definidas as zonas demarcadas para todos esses focos? 5. Houvejá alguma inspecção da ComissãoEuropeia a Portugal, sobre a situação de Gibberellacircinata no território nacional?se sim, o que concluiu? 6. Vão ser disponibilizados apoios aos proprietários de viveiros afectados? De que forma? 7. Vai Portugal, através da AFN, solicitar o co-financiamento comunitário ao abrigo dos artigos 22.2e 23.2da Directiva2000/29/CEdo Conselho? Paláciode São Bento,9 de Junho2010 Deputado(a)s: )'- ~(t~~ 4_1- lt'-
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