Direito Empresarial III Prof Eduardo Goulart Pimenta

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1 Direito Empresarial III Prof Eduardo Goulart Pimenta Conteúdo programático Legislação de referência a) Dec /1966 lei uniforme de Genebra (LUG). Ela disciplina a letra de câmbio e a nota promissória. b) Lei n 7.357/1985 é a chamada lei do cheque. Ela vai disciplinar os aspectos fundamentais do cheque. Com relação ao cheque, o Banco Central tem uma competência análoga a que a CVM faz em relação às SAs. O BC é um órgão executivo com competência complementar. c) Lei n 5.474/1968 disciplina a duplicata e suas variações. É a chamada lei das duplicatas. Teoria Geral dos Títulos de Crédito: saque, aceite, endosso, aval, protesto, ação cambial, etc. Sugestões bibliográficas: Tomazette, Fabio Ulhôa Coelho, Ricardo Negrão, Rubens Requião. Livros específicos: Arnaldo Isaque, Luiz Emydgio da Rosa Júnior (livro: títulos de crédito), Amador Paes de Almeida, etc. Avaliações: 30, 30, 40 Tópico 1 : Títulos de crédito: O Direito empresarial III trata dos títulos de crédito e seu regime jurídico. Os títulos de crédito tem uma função econômica extremamente relevante e são uma realidade próxima de qualquer pessoa, independentemente da formação econômica, pessoal, cultural dela. Os títulos de crédito são ordenados em espécies, modelos: a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata e o cheque. Esses títulos são de utilização ampla. Qualquer pessoa pode, desde que tenha capacidade civil, figurar em um título de crédito desse, figurando dele de alguma forma. Não há na lei hipóteses nas quais limita-se a emissão de títulos de créditos. Além desses títulos, há alguns específicos, como os títulos de crédito rurais, os títulos de crédito bancários, tem-se os imobiliários, etc. Esses títulos são restritos a uma determinada área econômica por lei. Por lei, eles só podem ser usados nestas operações. 1) Definição e princípios do direito cambiário Direito cambiário é a expressão que se utiliza para se referir ao estudo dos títulos de crédito. É como se fosse uma Teoria Geral dos Títulos de Crédito: as normas cambiárias, os direitos cambiários e os tipos cambiários. Título de crédito só pode haver se haver anteriormente a ele uma relação creditícia, uma relação de crédito e débito entre duas pessoas. Se for estabelecida essa relação creditícia, dela pode recorrer um título de crédito. Da relação creditícia é que pode decorrer um título de crédito. Mas enfim, o que é o crédito, o que nele consiste? A relação creditícia é uma relação econômica. Os títulos de créditos são institutos jurídicos, mas a relação de crédito é uma relação econômica. Crédito é o uso presente de recursos financeiros futuros. Está-se usando no presente recursos financeiros futuros. Não é preciso dispor desses recursos no presente. Só será preciso isso no futuro. 2) Crédito a) Elementos: o primeiro elemento constitutivo do crédito é o tempo. Há um lapso temporal entre o uso de dinheiro e a necessidade de dispor-se deste recurso. Tem-se que dispor no presente do recurso. Há um segundo elemento, que é o da confiança. Quem dá crédito é o credor. Ele dará crédito para outra pessoa. Ele tem de ter confiança na outra pessoa. Em que consiste essa confiança do credor? Na capacidade de pagamento do devedor. A existência do crédito pressupõe um grau de confiança do credor sobre o grau de pagamento do devedor. Outra coisa que o credor confia são os instrumentos jurídicos que o credor possui para exercer seu crédito. O credor confia que o ordenamento jurídico retornará seu direito de crédito. Os títulos de crédito são instrumentos jurídicos para constituir e exercer o crédito. Crédito é uma operação econômica. Crédito tem haver com a economia. Título de crédito tem haver com o Direito. Título de crédito é um instrumento jurídico para constituir e disciplinar os efeitos da relação jurídica. O título de crédito é uma forma

2 de dar efeito à relação econômica de crédito. Sai-se do campo econômico e passa para o campo jurídico. Nem toda relação creditícia dá origem a uma relação jurídica. b) Função econômicas: o crédito é essencial para o bom funcionamento da economia. Ele tem um efeito multiplicador dos recursos financeiros. A capacidade econômica é multiplicada pelo crédito. 3) Títulos de crédito a) Definição: é possível definir o que é um título de crédito? Tem-se uma conceituação feliz elaborada por Cesare Vivante. Essa definição é repetida particularmente por todos os livros de títulos de crédito. a1) Cesare Vivante: Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito literal e autônomo nele mencionado. Para Vivante, isso é a essência dos títulos de crédito. Dizem alguns autores que esta definição é praticamente um artigo de lei. a2) Art. 887 CC: reproduz a definição de Vivante. Na definição de Vivante estão contidos todos os princípios gerais dos títulos de crédito 4) Princípios: são três os princípios essenciais dos títulos de crédito: cartularidade, literalidade e autonomia. a) Cartularidade: Documento necessário cartularidade remete a cártula, papel. Isso significa que o título de crédito tem de ser materialmente constituído, tem de ter existência física, tem de ter constituição material, tem de estar corporificado em uma cártula. O que se pode usar como cártula? O que é utilizado na generalidade das vezes? O próprio papel. Todavia, pode-se usar qualquer material em que deixa estar materializado a vontade, como um pedaço de madeira, de metal, etc. Na prática, usa-se majoritariamente o papel. O direito incorpora-se àquela base material. Para se exercer o direito constante do título, precisa-se daquele documento. É o documento necessário para exercer o título contido. Pelo princípio da cartularidade, um direito contido no título está incorporado na cártula, a existência do direito depende da existência da cártula. Prova-se apenas que se tem aquele direito exibindo-se o documento ao devedor. a1) Posse (art. 893 CC) a transferência do documento implica na transferência dos direitos nele contidos. Ao transferir a posse do documento, está-se transferindo o direito nele contido. Ao destruir a cártula, está-se destruindo o direito de crédito. A forma específica de transferir o título de crédito é o endosso. a2) Relação Fundamental (art. 888 CC) toda emissão de título de crédito é porque antes dessa omissão houve uma criação de relação jurídica entre credor e devedor. Em virtude dessa relação de compra e venda é que se emite o título de crédito. Cria-se a posição de credor e devedor. A relação fundamental é aquela que dá origem à posição de credor e devedor. É essa relação jurídica que é chamada de relação fundamental. A relação fundamental não necessariamente é uma relação de natureza contratual. O título de crédito, ao ser emitido, ele se separa da relação fundamental. Ele vale por ele mesmo. Não é preciso invocar a relação fundamental para exercer o direito constante da relação fundamental. Tem-se ali, em poder dele, um direito de crédito incorporado. É necessário e ao mesmo tempo suficiente. O título de crédito vale por si só. b) Literalidade a literalidade é o documento necessário ao exercício literal nele mencionado. Isso significa que o direito de crédito é exclusivamente pelo que está na cártula. A cártula é o único elemento que delimita o direito de crédito do credor. Tudo que está dentro da cártula é exigível pelo credor. O que está na cártula estabelece um limite. Nada que está fora da cártula pode ser exigível. O direito constante do título é literal, valendo o que está estabelecido na cártula. Se a cártula diz que se tem RS100,00 de crédito, só se pode invocar os RS100,00. c) Autonomia 13/03/12 Avaliações: 1a prova: 10/04/13 30pts; 2a prova: 15/05/13 30pts; 3a prova: 19/06/13 40pts; Exame Especial: 26/06/13

3 Princípios de direito cambiário quando se faz uso do termo direito cambiário, fala-se dos títulos de crédito em geral. Cambiário remete à letra de câmbio, que é a base da disciplina dos direitos de crédito, não apenas da letra de câmbio. 1) Cartularidade: corporificação em um documento, em base fisicamente existente, na qual serão alçadas as declarações jurídicas constantes naquele documento 2) Literalidade: é a cártula que vai delimitar os direitos do credor e as obrigações dos devedores. Um princípio complementa o outro. 3) Autonomia: é fundamental para compreender-se os títulos de crédito. Para se compreender tal princípio, é necessário questionar o porquê da criação dos títulos de crédito. Os títulos de crédito são oriundos da Idade Média, resultado de usos reiterados, práticas, com o objetivo de combinar segurança e agilidade na circulação do crédito. Por que o crédito precisa circular de forma ágil e seguro? Assim, as pessoas em geral tem acesso a uma maior condição de aquisição de bens e serviços do que elas teriam. Ordem de pagamento: um dá a ordem de pagamento, o outro recebe e vai cumprir a ordem e o terceiro será favorecido pela ordem (A B C). A relação que dá origem a emissão do título de crédito é chamada de relação fundamental. (A C) É a compra e venda de bem móvel. Essa relação fundamental se estabeleceu entre A e C. A é o comprador e C o vendedor. Relação fundamental: compra e venda de um celular. O vício constante da relação fundamental pode ser oposto como forma de evitar o pagamento do título de crédito? Pode. O Vício da relação fundamental pode ser usado contra uma pessoa que participa da relação fundamental. Entre as partes da relação fundamental, os vícios inerentes a ela podem ser discutidos como forma de oposição ao pagamento do título de crédito. E se houver transferência do título de crédito de C para outro indivíduo, D? O indivíduo A pode opor a D o vício existente na relação fundamental? Não, pois aí se tem o princípio da autonomia das relações cambiárias. Cada relação que se estabelece no título de crédito é autônoma em relação às anteriores, o que significa que só podem ser alegados os vícios inerentes a essas relações entre as pessoas que participarem diretamente dela. Obs: existem duas modalidades de devedor nas relações de título de crédito: o obrigado principal e o obrigado de regresso. O devedor (obrigado) principal é a lei que define, dependendo do título de crédito que se está falando. Exemplo: quem é o devedor principal em um cheque? É o emitente do cheque. Todos os outros são obrigados de regresso. É, por exemplo, o indivíduo C no caso apresentado. Pelo fato de emitir o título de crédito, o indivíduo coloca-se como obrigado de título principal. Obs2: O titular do cheque é o credor. Obs3: o que o terceiro de boa-fé deve verificar sobre o título de crédito é a cartularidade do título de crédito e a relação fundamental sem vícios. Obs4: Se um indivíduo F for credor, ele cobrará do obrigado principal, o indivíduo A. Se o obrigado principal não pagar, todos os obrigados de regresso são solidariamente responsáveis pelo pagamento a F. Obs5: O princípio da autonomia das relações cambiárias também é chamado de princípio da inoponibilidade de exceções pessoais contra terceiro de boa-fé 4) Independência: os três princípios que regem qualquer título de crédito são os três primeiros. Esses outros, dá a eles uma certa relatividade. O que é independência do título de crédito? É significar que não é necessário produzir prova nenhuma além do que está no próprio título. Exercese o direito nele, com base nele, sendo ele independente de prova. Todavia, nem todos os títulos de crédito são independentes. Existem modalidades do título de crédito que são vinculadas a outros documentos, ou pela vontade do emitente ou por lei. A independência do título de crédito pode ser quebrada tanto pela vontade de quem emitiu ou por lei. Por exemplo, a cédula de crédito rural está vinculada ao contrato de financiamento de atividade rural. 5) Abstração x causalidade os títulos de créditos são divididos em duas grandes modalidades: os abstratos e os causais. Ou é um ou é outro. Isso tem haver com a relação fundamental. O título de crédito é abstrato quando ele pode ser emitido independentemente da relação fundamental, seja qual for a relação fundamental. Por exemplo, pode-se emitir o cheque independentemente da relação fundamental. Pode-se emitir o cheque como pagamento de contrato de compra e venda, de

4 pagamento de contrato de prestação de serviços, de contrato de mútuo, doação, ato ilícito, etc. Cheque é abstrato. Título causal é aquele que limita as hipóteses de emissão dele. A lei diz que se pode emitir tal título se a relação fundamental for esta. A cédula de crédito rural é um título causal. Não é essa a relação fundamental prevista na lei no caso da cédula. Outro título causal é a duplicata. Ela só pode ser emitida se a compra e venda for mercantil a prazo, ou uma prestação de serviço. Relação Fundamental 6) Tipicidade CC 2002: Arts. 887 e seguintes os títulos de crédito, obviamente, tem uma capacidade muito grande de gerar direitos e obrigações. Por isso, somente aqueles documentos enumerados e disciplinados por lei são títulos de crédito. Eles não são documentos quaisquer, tendo uma capacidade própria de gerar direitos e obrigações. O CC de 2002, no arts. 887 e seguintes, disciplinou os títulos de crédito. Ele disciplina requisitos gerais de validade dos títulos de crédito. Há uma parte da doutrina que entende que existem títulos de crédito atípicos, criados a partir do atendimento a todos os requisitos dos títulos de crédito em geral. Todavia, não se vê na prática empresarial um título de crédito atípico ser utilizado, uma vez que os típicos são já bem consolidados. Espécies de títulos de crédito Letra de câmbio e nota promissória o regime jurídico é praticamente o mesmo para ambos. 1) Código Comercial (1850) 2) Lei n 2044/1908 3) Convenção de Genebra de 1930 se realizou na década de 30, com o objetivo de uniformizar as normas sobre letra de câmbio, nota promissória e cheque. Reuniram-se representantes de diversos países com esse objetivo. Eles conseguiram elaborar duas convenções internacionais, as chamadas convenções de Genebra a) Lei Uniforme uma para a letra de câmbio e nota promissória e outra para o cheque. b) Decreto lei n /1966 é a lei uniforme de Genebra sobre letra de Câmbio e nota promissória. O do cheque foi o decreto /66, mas ele já foi revogado pela nova lei do cheque. A lei uniforme de Genebra só vigora para a letra de câmbio e nota promissória. O objetivo dessas convenções foi facilitar as relações comerciais exercida entre os países. b1) Anexo I normas que disciplinam letra de câmbio e nota promissória b2) Reservas enumeram as reservas que podem ser utilizados pelo país em relação a normas do anexo I. O Brasil usou algumas das reservas. Se não se aplica o anexo I, aplica-se a lei anterior. A doutrina preenche as lacunas deixadas pelo anexo com a lei /04/13 Títulos de crédito: Decreto 57663/63 Endosso: arts. 11 a 20 é um dos grandes avanços do título de crédito, juntamente ao aval. A essência do endosso é a transferência do direito expresso na carta Circulação transferência é a declaração que tem por objetivo realizar a transferência do crédito, permitindo a sua circulação. A essência do endosso é ser um mecanismo de transferência, de alienação do direito expresso na carta. Não se pode endossar um contrato, qualquer direito. Endosso é uma forma específica de transferência dos títulos de crédito Endosso x Cessão civil o endosso é um ato unilateral de vontade e a cessão um contrato. Para endossar, não é preciso o consentimento do devedor. Na cessão civil, é preciso o consentimento do obrigado, do devedor. Quem é a única pessoa que irá fazer a declaração é quem vai endossar o título. Quem faz o endosso é o endossante. Quem recebe, o destinatário do endosso, é o endossatário. O devedor não pode usar contra o endossatário as defesas que ele usaria contra o endossante. Não se tem contra o endossatário as defesas que se tem contra o endossante. a) Ato unilateral b) Exceções c) Nulidades a nulidade de um endosso não compromete dos endossos posteriores. Ao contrário

5 da cessão civil, em que uma nulidade contamina as demais. Cláusula à ordem é a possibilidade de endossar um título. A possibilidade de que o título seja endossado está expresso nessa cláusula, chamada cláusula à ordem. Ela está no contexto do título. Pague à ou a sua ordem. Pague a fulano de tal ou a sua ordem. A cláusula à ordem deixa expressa essa possibilidade no título. a) Presunção a cláusula à ordem é presumida. O contexto do cheque expressa a cláusula ordem. O título da letra de câmbio é um título presumível à ordem. O cheque e o título de câmbio são títulos endossáveis. O fato da cláusula à ordem ser presumida ou estar expressa não significa que ela seja essencial b) Retirada (art. 11) é possível tirar a cláusula à ordem. Se no cheque risca-se essa expressão, ou na nota promissória, ou na letra de câmbio, a cláusula à ordem é retirada. Apenas quem cria o título pode retirar a cláusula à ordem. No caso da letra de câmbio, apenas o sacador. No caso do cheque, o remitente. Somente quem cria o título pode retirar dele a cláusula à ordem. Endossante responsabilidade (art. 15) importante característica do endosso. O endossante é responsável pelo pagamento, ele é responsável pelo regresso, garantindo o pagamento ao título a quem vier depois dele. O endossante é responsável pelo pagamento do título, é garantidor do endossatário e depois de todos eles que vierem na carta. Pode-se ter endossante 1, endossante 2, endossante 3, endossante 4, endossante 5... Todos os obrigados de regresso são solidários. 1 é responsável por 2, 3, 4, 5, assim como 2 em relação a 3, 4 e 5. Deve-se cobrar do endossante principal. Ao pagar o título, o endossante não principal se sub-roga dos direitos de credor. Forma existem duas formas de endosso a) Em branco não há referência ao nome do endossatário, ao contrário do endosso em preto. Quem é considerado endossatário é quem estiver na posse do título. Basta realizar a assinatura no verso do título. b) Em preto indica expressamente o nome do endossatário. Pode ser feito pela simples assinatura do verso, ou em qualquer lugar do título, desde que em cláusula expressa. A lei também admite endosso em folha anexa, desde que ela seja fisicamente aderida. No verso é só assinar, no anverso deve-se dizer expressamente endosso à:.... Modalidades especiais todos devem vir por expressa declaração, não admitindo presunção a) Endosso sem garantia endosso sem que o endossante responda pelo pagamento. Pode-se endossar o título e não garantir o pagamento. Como o endossante pode fazer isso com o endossatário? Com o consentimento deste último. Como se faz o endosso sem garantia? Basta expressar: endosso sem garantia b) Endosso mandato ou endosso procuração ou endosso cobrança: o endossante não transfere o direito de crédito, apenas constituindo um mandatário, apenas tendo o direito de cobrar o título em nome do mandante, não se tornando credora. c) Endosso caução ou endosso garantia: é a mesma coisa do cheque caução. É a garantia do pagamento de uma outra dívida. Pode-se endossar o título como pagamento do título de outra dívida. Endosso por garantia; Endosso por caução. É o chamado endosso garantia ou endosso caução. No cheque caução, se se é o emitente. Aqui ou se é o credor ou devedor. d) Endosso póstumo ou endosso tardio: foi realizado após o vencimento do título. A lógica do título de crédito é circular até o vencimento. Ao atingir o vencimento, ele deve ser pago. A consequência dele é que se ele foi realizado após o vencimento mas antes do protesto, ele vale normalmente. Ele valerá como endosso normalmente. Protesto é que comprova a exigência do título pelo credor. O endosso tardio foi realizado depois do vencimento, mas antes da formalização da cobrança, do protesto. O endosso depois do protesto já não é a mesma coisa. O endosso depois do protesto terá os efeitos de cessão civil. Quando o título já é protestado, comprova-se que já houve a exigibilidade dele.

6 d1) Vencimento (art. 20) d2) Protesto e) Endosso limitado o endosso limitado não é válido, de forma alguma. O que vale é o aval limitado. Endosso limitado é endossar-se uma parte do título. A lógica é ou se endossa tudo ou se endossa nada. f) Endosso condicional não é válido de forma alguma. Endosso se acontecer:.... Não é válido o endosso com condição (art. 12 da lei), seja ela suspensiva ou resolutiva. Aval (arts. 30 a 32) aval é a declaração pela qual a pessoa voluntariamente garante o valor expresso no título. Essa pessoa que vai fazer a declaração é chamada de avalista. O avalista garante com seu patrimônio pessoal. O que o avalista ganha em ser avalista? Nada objetivamente. Garantia Pessoal a) Avalista (art. 32) pagamento é o que garante com seu patrimônio pessoal o título do devedor. Ele avaliza a dívida b) Avalizado é o beneficiado pelo aval. O avalizado é o devedor que tem sua posição reforçada pelo avalista. Aval x fiança diferenças entre o avalista e o fiador: a) Nulidade: a nulidade da obrigação do avalizado não compromete a relação com o avalista. Isso tem fundamento pelo princípio da autonomia das relações cambiárias. A obrigação do avalista continua. Na fiança, se a obrigação do afiançado for nula, não há obrigação do fiador com o credor. Terá-se direito de regresso contra as pessoas que o avalizado poderia cobrar, mas não se tem direito de regresso contra o avalizado propriamente. b) Exceções: é uma mera consequência. O avalista não pode opor ao credor as exceções pessoais que o avalizado teria. O avalista não pode usar as defesas que o avalizado teria contra o credor. Isso na fiança não é assim, visto que o fiador tem as defesas que o devedor tem contra o credor c) Benefício de ordem: entre avalista e avalizado não há benefício de ordem. O credor pode cobrar o título do avalista antes mesmo do avalizado Forma 1) Aval em branco não indica-se o nome do avalizado. A lei dirá quem se está avalizando. A lei dirá quem é o avalizado. Na letra de câmbio, o avalizado é o sacador. Na nota provisória, o avalizado é o emitente. O avalista do obrigado principal é obrigado principal. a) Letra (art. 31) b) Nota (art. 77) 2) Aval em preto quem se pode avalizar? O sacador, o emitente, etc. Aval em preto indica-se o avalizado. Como se formaliza o aval? Aceitando o título. Se se assina o título no anverso, aquilo é aval, desde que não seja sacador ou aceitante. Aval a) Limitado aval limitado é válido. Avaliza-se uma parte do valor. b) Antecipado é um aval anterior à obrigação do avalizado. Pode-se avalizar o sacado. Se o sacado não aceitar o título, a obrigação prevalece. c) Sucessivo é o avalista do avalista. Há direito de regresso contra o avalista anterior. d) Simultâneo são dois ou mais avalistas da mesma pessoa. Não há direito de regresso contra outros avalistas. A jurisprudência já entendeu que em assinaturas acima do nome do avalizado é aval simultâneo. Pode ser sucessivo, desde que seja expressamente. Se não se fizer isso, o aval será presumido como simultâneo. Quando o aval é simultâneo, o avalista que paga libera todos os outros avalistas.

7 24/04/13 Vencimento: arts. 33 a 37 os títulos de crédito criam relações entre devedores e credores e a forma de vencimento dessas obrigações não têm grandes diferenças em relação ao vencimento de outros institutos. O que é vencimento em títulos de crédito? É o momento em que a obrigação expressa no título se torna exigível. O direito estabelecido no título de crédito é o recebimento em quantia em moeda. A obrigação é pagar quantia em dinheiro. A partir da data de vencimento é que essa obrigação se torna exigível pelo credor dos devedores. A data de vencimento tem de ser precisa, expressa e única, como requisito da letra de câmbio e da nota promissória. Não pode haver datas múltiplas de vencimento, vencimento aleatório, vencimento impreciso, etc. O vencimento é o mesmo para todos os credores. Não é possível prever uma data de vencimento para um devedor A e uma data de vencimento para um devedor B. Quebrar-se-ia os requisitos extrínsecos da letra. Além disso, a data de vencimento dispara o início dos prazos prescricionais expressos na carta. Os prazos prescricionais contam-se a partir da data de vencimento. O vencimento é um ato divisório na existência do título de crédito. Até esta data o título de crédito vai circular, será ou poderá ser garantido pelo aval, etc. O título de crédito gera direitos e obrigações, circula e é garantido. Isso tudo até o momento do vencimento. 1) Exigibilidade a) Prescrição b) Circulação adimplemento no momento do vencimento, o título de crédito deve deixar de circular e ele deve ser pago, adimplido. Ele passa a cumprir a obrigação expressa na cártula. 2) Letra: modalidades de vencimento somente as duas primeiras modalidades (à vista e a dia certo) são utilizadas na prática. a) À vista qual é a data do vencimento do título à vista? A data do vencimento é a data em que é dada vista ao sacado do título. a1) Vencimento vista Na hora que se dê vista ao sacado, na hora em que se apresenta o título ao sacado, deve-se pagar. Se se recusa o pagamento, deve-se cobrar dos outros obrigados. a2) Prazo de apresentação Tem-se um prazo da vista. A lei fixa um prazo de vista, um prazo de apresentação. Qual é este prazo? Um ano contado da data de emissão do título (art. 34 da lei). O sacador pode modificar esse prazo. Se estiver fora do prazo, estará prescrito o direito do credor. b) A dia certo tem-se uma data futura, certa e única de vencimento expresso nela. A data de vencimento é uma data posterior à data de emissão. Não há vencimento duplo, vencimento múltiplo. OBS: a nota promissória comporta as modalidades à vista e a dia certo. c) A certo termo de vista (art. 35) esta modalidade só é cabível na letra de câmbio. A data de vencimento é contada a partir da vista da apresentação. A vista ou apresentação é o termo inicial da contagem do prazo. A data de vencimento é contada a partir da data de vencimento ou da vista. Pague-se por essa letra de câmbio em 30 dias da vista. A vista ou apresentação não é a data de vencimento. Ela é o início da contagem do prazo de vencimento. Se não houver aceite, deve-se provar a recusa do aceite. d) A certo termo de data (art. 36) existe na letra uma data futura que é o início da contagem da data de vencimento. Ex: pague por essa letra em 30 dias contados a partir do dia 20 de novembro de 2013 a quantia de 10 mil reais. O termo inicial é uma data futura. Esse termo pode ser fixado em semanas, em meses. Na LUG, um mês é igual a 30 dias. OBS: a data de vencimento é o início do prazo prescricional. 3) Vencimento antecipado o que pode provocar o vencimento antecipado de um título? Duas ocorrências: a) Aceite recusa do aceite pelo sacado. Se o sacado recusar o aceite, isso provoca a antecipação do vencimento do título. b) Falência se o obrigado principal tiver sua falência decretada. Isso aqui é uma consequência prevista na lei de falências (11.101/2005). Quando uma pessoa tem sua falência decretada, suas obrigações estão automaticamente vencidas. Todos os credores precisam participar da falência. Para

8 eles participarem da falência, eles precisam de exigibilidade do direito deles. Pagamento o pagamento extingue a obrigação expressa no título. O pagamento é a forma normal de extinção de qualquer obrigação pecuniária. 1) Extinção da obrigação 2) Apresentação fala-se em apresentação do título vencido, para pagamento. Título vencido que se apresenta ao devedor, apresenta-se para ele pagar. Se se apresenta título ao devedor e ele recusa o pagamento, a única maneira de se provar que procurou o devedor, que não quer deixar que a prescrição incida sobre o direito creditício, que demonstra que o credor é diligente, é o protesto. a) Prova protesto. Para se demonstrar que é credor, a prova utilizada é o documento original. b) Local 3) Regras a) Entrega do título Se eu vou pagar, eu tenho direito de exigir a entrega do título original. Por isso quando se propõe uma ação de execução com base no título de crédito, deve-se instruir o processo com base na carta. O documento tem de ser apresentado e o devedor tem direito de receber a carta. b) Quitação a quitação deve ser dada na própria carta. Recibo não é oponível a terceiros de boafé. É direito do devedor exigir a quitação, de forma que possa exigir o direito de regresso. Precisa-se do título para ir atrás do reembolso do pagamento. Recebi em tal e tal data o valor referente a tal. c) Antecipação (art. 40) Não é direito do devedor pagar antes da data de vencimento. O credor não está obrigado a receber antes da data de vencimento. Não existe lugar para se dar quitação. 4) Modalidades existem duas modalidades de pagamento: a) Extintivo pagamento extintivo é que ele tem o poder de extinguir todas as relações existentes no título. O pagamento do título põe fim a todas as relações previstas naquela carta. Ele extingue todas as relações de débito e crédito. A única pessoa que pode realizar o pagamento extintivo é o obrigado principal. Apesar de tudo, ele tem direito de regresso contra o avalizado. Somente a pessoa do obrigado principal é que realiza este pagamento. b) Recuperatório Todos os demais pagamentos, todos os demais devedores que pagaram. Eles podem exercer o direito de regresso contra alguém. Quem paga, libera os obrigados posteriores e preserva direito contra os obrigados anteriores. Protesto cambiário lei n 9492/1997 é algo que perpassa o funcionamento dos títulos de crédito em geral. A lei 9492 disciplina o protesto. O protesto é de um título e não de uma pessoa. Ninguém é protestado. Protesta-se um título 1) Definição (art. 1 ) é um ato formal extrajudicialmente realizado e que serve como prova. Portanto, são três as características fundamentais do protesto: forma, extrajudicial, e prova. a) Formal não está-se discutindo o caráter do protesto. O protesto ele prova o descumprimento de uma obrigação prevista em um título de crédito. Quer se provar que alguma obrigação prevista no título foi descumprida. O protesto é uma prova formal, extrajudicial e inerente aos títulos de crédito. Além disso, ele é uma prova insubstituível. O que se prova com o protesto, só se prova com o protesto. O que eu preciso provar com o protesto eu só provo com o protesto cambiário. Por que o protesto tem tanta capacidade cambiária? Por sua formalidade. O protesto é um ato extremamente solene. É a forma dada a ele que lhe confere credibilidade. Tabelionatos de protesto (cartórios de protesto) que desempenham essa atribuição. Todos os títulos de crédito podem ser protestados, mas não só títulos de crédito são protestados. b) Extrajudicial (art. 3 ) c) Prova modalidades (art. 21) existem três modalidades de protesto. Tem-se uma modalidade de protesto para cada obrigação que é descumprida. c1) falta de aceite: se o sacado não aceitou, precisa-se cobrar dos outros obrigados. c2) falta de pagamento: é o protesto em que não houve o pagamento do devedor

9 c3) por falta de devolução: o protesto por falta de devolução só existe no caso das duplicatas. Temse a remessa delas ao sacado para aceite e devolução. A duplicata prevê esta remessa e devolução dela, para que o sacado aceite e devolva o título. Se o sacado da duplicata não devolver o título, protestará-se o título por falta de devolução. 2) Efeitos a) Direito de regresso (art. 53 LUG): protesto necessário é pelo protesto que se garante o direito de regresso. Na hora que se protesta um título, já se prova que tentou-se receber o título do obrigado principal. Automaticamente, já se pode cobrar o título de qualquer obrigado, inclusive os de regresso. Sem protestar, libera-se todos os obrigados de regresso. A falta de protesto libera todos os obrigados de regresso. Por isso a necessidade de se protestar para preservar o direito contra todos os obrigados de regresso. O obrigado principal será intimado. c) Mora protesto facultativo constituir o obrigado principal em mora. É o chamado protesto facultativo. Não se precisa protestar o título para cobrar do obrigado principal. Você protesta se você quer formalizar a mora do obrigado principal. Preserva-se o direito contra o obrigado principal, ainda que não se proteste o título. d) Prescrição art. 202 Código Civil o protesto interrompe o prazo prescricional. Interrompe-se a prescrição, o credor não está mais inerte. Ele prova isso protestando o título. Ele está diligenciando isso a título de receber. e) Insolvência Lei n /2005 prova-se que o obrigado principal não pode pagar suas dívidas, podendo-se decretar a falência do obrigado principal. É a possibilidade de pedir a decretação de falência do obrigado principal. 15/05/13 2 a prova para 29/05 Prova final 26/06 Exame especial 03/07 Protesto Cambiário lei 9492/1997-> é cercado por formalidades extremamente rígidas. A força probatória do protesto é muito grande. O protesto é um meio de prova insubstituível. O que se prova com o protesto só se prova com a realização do protesto, como a diligência do credor, a falta de aceite, e a falta no caso da duplicata. Com o protesto acontece exatamente isso. Como o protesto tem uma força probante muito grande, essas formalidades devem ser seguidas à risca. Se uma delas for descumprida, o protesto será nulo. Os tabeliães do tabelionato de protesto são muito preocupados em torno disso, pois pode comprometer a eficiência do cartório. 1) Protocolo -> o chamado apresentante apresenta o título e pede para ser realizado o seu protesto. Ele protocolorá isso, ou seja, entregará formalmente isso no cartório. Os protestos são organizados em ordem cronológica, não sendo baseada no valor do título, em qualidade do devedor, do credor, etc. Os títulos chegam no cartório e são ordenados em ordem cronológica. O Título ficará em cartório e o apresentante receberá um recibo que comprova a entrega do título para protesto. A cártula deve ficar no cartório, pelo princípio da cartularidade. O título estará no tabelionato de protesto e o apresentante terá um recibo descrevendo os dados pessoais e os dados do título. a) Ordem (art. 5) b) Recibo 2) Exame -> o cartório de protestos tem o dever de examinar os requisitos extrínsecos do título. Tem o dever de verificar os títulos extrínsecos. Os requisitos extrínsecos são aqueles requisitos que transformam aquele papel em título de crédito. São, por exemplo, os requisitos do art. 1 o da LUG. O cartório não verifica a presença de requisitos intrínsecos, por exemplo, verificar se o obrigado principal é ou não civilmente capaz, se o título está prescrito, se a assinatura é falsa, etc. O cartório verifica a perfeição do documento.

10 a) Requisitos extrínsecos (art. 9) b) Prescrição e decadência -> estão fora dos requisitos extrínsecos. 3) Intimação (art. 14) -> o cartório providenciará a intimação da pessoa que consta no documento como obrigado principal. Essa pessoa será intimada com o objetivo de dar ciência ao obrigado principal de que o título foi apresentado em cartório para ser protestado no qual o intimado é o obrigado principal. Faz-se através de AR (correspondência registrada), ou por meio de protocolo próprio intimado. Quem tem de fornecer o endereço do obrigado principal é quem apresenta o título para protesto. Em tese, o endereço do obrigado principal está no título. Na letra de câmbio e na nota promissória o endereço é até um requisito extrínseco do título. a) Obrigado principal b) Forma c) Conteúdo (parágrafo 2) -> a lei também diz qual será o conteúdo da intimação. Faz referência aos dados do título, o número do título, qual o tipo de título, e o valor a pagar, discriminados os valores dos emolumentos de cartório, das despesas do protesto, e do valor do título. - Título - Valor Edital (art. 15) -> se a pessoa do obrigado principal não for encontrada ou a pessoa recusou a intimação, ela será convocada por edital. Quem irá fazer isso é o próprio cartório. Esse edital é afixado no próprio cartório, em local visível. Não é necessário a publicação em jornal. 4) Pagamento (art. 19) -> depois de intimada a pessoa, espera-se que ela vá ao cartório realizar o pagamento do título. Não há título protestado ainda. Ele foi apontado a protesto. Foi-se intimado antes que haja o protesto. a) Prazo (art. 12) -> depois de intimado e antes de realizado o protesto, tem-se três dias para pagamento do título, mais os valores dos emonumentos e despesas do protesto. b) Valor -> o pagamento deve ser feito integralmente em espécie, ou por meio eletrônico em transferência. c) Emolumentos (art. 37) -> o valor deve ser o valor integral do título mais os emolumentos do cartório. Isso é calculado na forma de lei estadual. d) Local/quitação -> ao pagar é seu direito como devedor receber o título original devidamente quitado pelo cartório. É um direito de exigir a entrega do título original. É um direito exigir a entrega da cártula. A quitação tem de ser dada na cártula como espécie de comprovante de que o título foi quitado. 5) Desistência (art. 16) -> é possível que haja a desistência do protesto. Paga-se em cartório, deposita-se em conta no cartório e tem-se até o dia útil seguinte para transferir-se isso. Tem-se o direito de desistir do protesto antes que ele seja realizado. Quem pode desistir do protesto? Quem apresentou o título para ser protestado. A desistência só pode ser feita desde que se desista de pagar as taxas do cartório e os emolumentos dele. A desistência também não impede reapontamento do processo. 6) Registro (art. 20) instrumento (art. 22) -> Se em três dias não houve pagamento nem desistência, o protesto será registrado. O protesto será lavrado. É o registro ou lavratura do protesto. É a partir deste momento em que se há verdadeiramente o protesto. O cartório irá emitir outro documento chamado instrumento do protesto. É ele que prova que o protesto foi lavrado. Inclusive a lei diz qual o conteúdo do instrumento de protesto. Cancelamento de protesto lei n 6690/79 -> o protesto lavrado pode passar por duas situações: cancelamento de protesto ou sustação do protesto. A diferença básica entre cancelamento e sustação é que cancelamento é do protesto que já foi registrado. Já houve a emissão do instrumento de protesto. Só se pode cancelar o protesto, tornar-se sem efeito o processo realizado. Irá se

11 descontistuir os efeitos do protesto. Tornará sem efeitos o protesto constituido. Sustar protesto, por sua vez, é colocar em suspenso, suspender o procedimento de protesto. Quando se susta o protesto, na realidade se põe em suspenso o procedimento de protesto. Não se chega até aquela fase de registro. Barra-se temporariamente o procedimento de protesto para evitar que ele seja registrado. Sustar é o protesto que não foi realizado, enquanto cancelar é o protesto já realizado. São situações distintas. 1) Extrajudicial (art. 2) -> extrajudicialmente é pelo próprio tabelionato de protesto. O próprio cartório de protesto pode cancelar o protesto que ele lavrou. a) Pagamento -> O cartório de protesto pode realizar isso pelo pagamento do valor expresso no título. Tem-se a atualização monetária do valor b) Vício -> o cartório constata que há um vício no procedimento de protesto. Se houve um defeito no procedimento, ele tem de cancelar o protesto, tornar sem efeito o protesto. Se, por exemplo, o cartório intima um homônimo do obrigado principal, percebendo isso posteriormente, tem-se o cancelamento do protesto por vício no procedimento de intimação. 2) Judicial (art. 4) -> se houver uma ordem judicial neste sentido. Se se emite o título com formalidades intrínsecas deve-se haver um pedido que declare a inexistência do título por falta de obrigação, não a sua nulidade. Se o protesto foi realizado, deve-se pedir ao juiz que mande cancelar o protesto, depois que ele foi realizado. O juiz competente é o da vara cível. Sustação de protesto -> só há uma forma de sustar o protesto: por ordem judicial 1) Ordem judicial -> só a autoridade judicial, o juiz, pode sustar o protesto. a) Ação cautelar -> a sustação é feita através de uma ação cautelar. É provar que a assinatura é falsa, que o título é nulo, etc. A ação cautelar é preparatória da ação ordinária que irá discutir a dívida. O prazo para se fazer isso é de três dias. São três dias para mover-se a ação cautelar, distribuí-la e tentar com o juiz uma medida liminar. Deve-se provar fumus boni iuris, verossimilhança do direito, etc e é comum o juiz requisitar, como garantia, o depósito em juízo. b) Liminar garantia do juízo -> move-se a ação cautelar e pede-se liminarmente que o juiz suste o protesto. O juiz tem que proferir a decisão liminar e providenciar que o cartório seja intimado. Ação Cambial -> pedir ao juiz que o devedor pague, mesmo que penhorando seus bens nesse sentido 1) Objetivo e rito processual -> é uma ação de execução, com base no título de crédito. Está-se propondo a ação de execução com base no título judicial. Se for contra obrigado de regresso devese apresentar o instrumento de protesto, contra o devedor principal não. 2) Prazos prescricionais (art. 70) a) Devedor de regresso x devedor de regresso -> o devedor de regresso paga e tem direito de voltar-se contra os obrigados de regresso anteriores. Tem-se 6 meses a contar da data de pagamento. b) Portador x obrigado de regresso -> o portador é o credor do título na data do vencimento. É a pessoa que está com o título na data em que ele atinge sua data do vencimento. Para cobrar do obrigado de regresso, tem-se um ano, contado da data do protesto. Se se não protestar, liberar-se-á os obrigados de regresso. b1) Protesto -> data do protesto é a data do registro do protesto. b2) Vencimento -> se se trata daquela letra sem despesas, o sacador lança no título a declaração sem despesas. Neste caso ele está liberando o protesto no título. Letra sem despesas é criada no sacador, escrevendo nela a cláusula sem despesas. Sem despesas significa que é sem necessidade de protesto. O sacador dispensa o protesto para quaisquer efeitos. c) Contra o obrigado principal -> é o prazo de todo mundo contra o obrigado principal. O prazo de prescrição é de três anos contados a partir da data de vencimento do título. Se o título está prescrito, isso significa que ele não possui nenhuma utilidade? Não, o que está prescrito é a força executiva do crédito. Tem-se o direito de crédito, mas não a força executiva. Pode-se ter ação ordinária, ação monitória. Na ação monitória, não precisa se ter um título extrajudicial para requerer-se o pagamento da dívida

12 22/05/13 Matéria da prova: Vencimento, pagamento, protesto, ação cambial e cheque (requisitos formais) Cheque: origem e disciplina legal 1) Idade Média: é de origem medieval, assim como a letra de câmbio. Sua estrutura fundamental também é muito parecida. Isso não é uma consequência, uma vez que o cheque se desenvolveu a partir do modelo da letra de câmbio. Não é uma mera coincidência eles se parecerem tanto. Ele ganhou, a partir do século XVII, autonomia em relação à letra de câmbio. a) Letra de câmbio b) Provisão de fundos século XVII -> o cheque, originalmente, era uma ordem de pagamento emitida pelo rei, para o tesouro pagar alguém uma quantia determinada. O pagamento só se dava se houvesse fundos disponíveis naquele momento para a realização daquele pagamento. Por isso vem o termo cheque, vindo do verbo to check, para verificar se havia fundos disponíveis para a realização do pagamento. Essa provisão de fundos existe até hoje 2) Direito brasileiro a) Lei n o 2591/1912 -> vigorou por mais de 50 anos b) Decreto lei n o 57595/1966 -> Lei Uniforme de Genebra sobre o cheque. Foi revogada em 85. c) Lei n o 7357/1985 -> é a atual lei do cheque. Tem muito em comum com a LUG. Caracterização -> deve-se lembrar do poder regulamentar que o bassen tem sobre cheque. Art. 69 da lei do cheque: o BC é o regulador de todo o sistema financeiro. Há inúmeras resoluções da CVM sobre mercado de capitais, assim como se tem centenas de resoluções sobre mercado financeiro. Para se estudar o cheque é indispensável referir-se às resoluções do banco central. A começar do modelo, causas de devolução do cheque, etc. A disciplina do cheque passa pele 7357 e pelas inúmeras resoluções do BC. Assim como a letra de câmbio, o cheque é uma ordem de pagamento: quem dá a ordem, quem recebe a ordem e a pessoa favorecida pela ordem. A pessoa que dá a ordem é a pessoa emitente do cheque. Pode-se chamá-lo de sacador também. Tem-se o sacado, que é a pessoa que recebe a ordem de pagar e terá que cumprí-la. Tem-se, ainda, o beneficiário, que é a pessoa favorecida pela ordem. É a mesma estrutura da letra de câmbio. Todavia, as diferenças são: a) o emitente não pode ser qualquer pessoa. Somente pessoas que tem com o sacado uma relação contratual de conta corrente é que podem emitir cheque em direção a esse sacado. Apenas se tiver-se essa relação contratual de conta corrente. Quem pode deter conta corrente? Pessoas capazes civilmente. b) Além disso, quanto ao sacado, somente instituições financeiras podem configurar como sacado. Instituição financeira: lei 4595/64. A definição é restritiva. Só é instituição financeira aquela definida em lei e aquelas regulamentadas pelo BC. A lei do cheque fala em banco sacado. c) O beneficiário não há nenhuma restrição, sendo equivalente ao da nota promissória. d) Provisão de fundos. A emissão do cheque só pode ser feita pelo correntista se ele dispõe naquele momento de fundos disponíveis em poder do banco sacado. Aqui é uma outra particularidade. O banco sacado não entra na relação cambiária. Ele não é cambiariamente responsável pelo pagamento do cheque. O banco sacado cumpre a ordem dos fundos do emitente que esteja em poder do banco em conta corrente. O banco só cumpre a ordem com dinheiro do correntista, só se houver provisão de fundos. 1) Origem de pagamento a) Emitente b) Sacado (art. 3 o ) lei 4595/64 c) beneficiário Provisão de fundos (art. 4 o )

13 1) Fundos disponíveis -> fundos disponíveis é aquilo que estiver em conta corrente e decorrer de um contrato de abertura de crédito (chamado cheque especial). Cheque especial é um contrato de abertura de crédito. Se você precisar de dinheiro emprestado, já está estabelecido que emprestarei até esse limite. Cheque especial não é uma modalidade especial de cheque, é apenas um crédito atrelado a ele. Fundos disponíveis: também, são aqueles valores em aplicações automaticamente resgatáveis. a) Conta corrente b) Abertura de crédito 2) Disponibilidade -> tem-se a disponibilidade do valor na data de emissão do cheque. Quando se verifica a existência de fundos disponíveis? No momento de apresentação do cheque ao banco sacado. Não é no momento de emissão. Cheque sem provisão de fundos -> Cheque é ordem de pagamento a vista (art. 32 da lei de cheque). O banco sacado tem duas opções: pagar, ou não pagar fundamentadamente. Não existe cheque a prazo. O banco paga o cheque se houver fundos disponíveis ou recusa o pagamento. Se o cheque não tiver fundos disponíveis, pode-se recusar o pagamento. O banco lançará no cheque uma declaração, dizendo que deixará de pagar por não haver fundos. 1) Administrativo - CCF -> Cadastro de emitentes de Cheques sem Fundos. Será incluído pelo banco sacado no cadastro de emitentes de cheques sem fundos no prazo de 15 dias e lá ficará no prazo de 5 anos caso não haja nenhuma outra providência e não emita nenhum outro cheque sem fundos. Cadastro de emitentes a) Prazo: 15 dias. A consequência é dificuldades na vida financeira, tal como a obtenção de crédito. b) Retirada (Resolução Bacen 2989/2000) -> são quatro as hipóteses para retirar o nome do cadastro. b1) Prazo: 5 anos. b2) Erro: o nome foi equivocadamente lançado no cadastro. b3) Pagamento: realizar-se o pagamento do cheque sem fundo. Pagamento é a quitação da obrigação. E o interessado tem de pedir que seu nome seja retirado do CCF b4) Determinação: determinação do Bacen ou de ordem judicial. 2) Cível responsabilidade: será responsável pelo patrimônio pelo pagamento do cheque. Do ponto de vista cível, ele se sujeita a uma cobrança judicial do cheque. O patrimônio do emitente está sujeito a responder pelo pagamento. Quem tem de pagar é o emitente, através de uma ação de execução. 3) Art. 171 código penal: crime de estelionato. Requisitos formais (arts. 1 o e 2 o ) -> todo título de crédito está baseado em seus requisitos de forma, que são requisitos extrínsecos. Os arts. 1 o e 2 o que disciplinam os requisitos extrínsecos do cheque. Modelo padrão de cheque - Bacen -> é um modelo regulamentado pelo Bacen. Existem resoluções do Bacen que tratam de um modelo de cheque. Só vale como cheque aquela folha constante como talão regulamentado pelo Bacen. O modelo do padrão do cheque é extremamente detalhado, até mesmo em questão de milímetros. Cheque só é cheque se for de acordo com o modelo padrão que é confeccionado necessariamente pela instituição bancária. Só aquela folha constante do talão é cheque. Muitos dos requisitos extrínsecos vem do próprio modelo padrão do cheque. Alguns deles são mais importantes pois tem de ser preenchidos pelo emitente. 1) Denominação: denominação cheque mencionada no contexto do título e no idioma do documento. O modelo padrão diz até o tipo de papel, a qualidade do papel, etc. 2) Ordem de pagar quantia certa: cheque é ordem de pagar valor em dinheiro determinado. É ordem pura e simples, não existindo condição, evento futuro incerto. A ordem é pura e simples e deve ser à vista. Uma vez apresentada ao banco, ou se paga ou devolve-se fundamentadamente porque não se está cumprindo a ordem. A ordem tem de ser dada em moeda nacional. Se for pagamento em território nacional, cheque deve ser em moeda pátria. - Divergência art. 12 o : em havendo divergência, vai-se pelo valor por extenso. Se há mais de um

14 valor por extenso, prevalece-se o valor menor. - Aceite art. 6 o : não há aceite em cheque. O banco sacado não entra na relação cambiária. Ele não assume relação nenhuma, a não ser de pagar com os fundos disponíveis. O banco cumprirá essa ordem com os fundos da conta corrente. - Correção monetária/juros art. 10 o : qualquer previsão de correção monetária ou juros no cheque é considerada inexistente. Fala-se aqui de juros remuneratórios, pelo uso do dinheiro alheio. Se o pagamento é à vista, por que deve-se pagar com correção monetária e juros? Aqui fala-se em juros remuneratórios. Tem-se o cheque pós-datado e o cheque pré datado. O cheque pós datado é o cheque com emissão posterior a data de lançamento do cheque. Lança-se uma data futura de lançamento do cheque. Pósdatação: a datação futura não é oponível ao banco sacado, sendo o banco sacado obrigado a pagar se houver fundo disponível. O banco é obrigado a pagar o valor integral do cheque no momento em que ele é apresentado. Cheque pré-datado: lança-se um cheque com sua data anterior a sua real data de emissão. Emite-se o cheque hoje com data anterior a sua data de emissão. 3) Sacado art. 67 o : o nome do banco sacado deve constar no cheque 4) Lugar de pagamento art. 2 o : deve constar o endereço do sacado, abaixo do nome do banco sacado. 5) Data e lugar de emissão -> lançar a data e o lugar de emissão (cidade). 6) Assinatura: assinatura do emitente tem um local próprio para isso. A assinatura pode ser dada pelo correntista, por chancela eletrônica, ou através de mandatário com poderes especiais, como no caso de pessoas com deficiências motoras ou analfabetas. A responsabilidade pela verificação da assinatura do emitente é do banco sacado. Se o banco paga cheque com assinatura falsa, a responsabilidade é do banco. 7) Beneficiário: outro requisito que pode ser suprido (preenchido) pelo beneficiário. Está-se tacitamente autorizando o beneficiário a colocar o seu nome ali, caso deixe-se esse espaço sem preenchimento. obs: Todo requisito não preenchido pelo emitente pode ser preenchido pelo beneficiário de boa-fé. Isso significa ser conforme a relação fundamental. Cheque nominal (tem-se o nome beneficiário); cheque ao portador (em branco): só pode ser pago até o limite de R$100,00, conforme lei 8021/1990. Anotações diversas Câmara de compensação: transferência de cheque de um banco para o outro 12/06/13 Duplicata mercantil: lei N o 5474/78 Caracterização causalidade -> A primeira coisa a chamar atenção sobre a duplicata, é o fato dela ser um título causal. Todos os outros títulos estudados até agora são títulos abstratos. Título causal é aquele que só pode ser emitido quando a relação fundamental que dá origem ao título é daquela modalidade prevista na lei que tipifica este título. A duplicata só pode ser emitida em relação de compra e venda em que pelo menos o vendedor é empresário, ou seja, faz de sua atividade autorizada e o prazo de pagamento não pode ser inferior a 30 dias. Neste caso, neste tipo de relação, é possível a emissão de duplicata. Outro caso é quando a relação fundamental é prestação de serviço, também realizada por profissional. O prazo para pagamento também é não inferior a 30 dias. Temos, então, dois tipos de casos em que é possível a emissão de duplicata. A primeira é chamada de duplicata mercantil, a segunda de duplicata de serviços. Nesses casos é que se pode ser emitida a duplicata. Requisitos (art. 2 o ) -> A duplicata, assim como os outros títulos de crédito, é baseada na ideia de requisitos, que são chamados de requisitos extrínsecos, requisitos de forma, tornando o documento uma duplicata. Esses requisitos estão presentes no art. 2 o da lei Primeira coisa é criar-se o título de crédito.

15 1) Denominação e número de ordem (art. 19) -> é o primeiro requisito, lançado no contexto e no idioma em que for realizada a ordem de pagamento. A duplicata é uma ordem de pagamento, e, como ordem de pagamento, é lançada em uma das faces do título. O art. 19 exige que todo aquele que emite duplicatas em sua atividade, ou seja, aquele empresário ou prestador de serviços precisa manter um livro de registros de duplicata. Esse livro identifica as duplicatas pelo seu número. É com esse número que se tem o número de ordem 2) Data de emissão -> lugar -> a data em que se praticou aquele ato de emissão do título de crédito. O lugar de emissão é dispensado, pois reputa-se que a duplicata seja emitida no local onde o vendedor das mercadorias ou prestador de serviços tem seu domicílio. A lei não exige lugar de emissão pois se presume que a duplicata foi emitida no lugar onde foi vendida as mercadorias/prestado o serviço, no domícilio do vendedor/emprestador. Isso é algo diferente de outros títulos de crédito 3) Número da fatura -> sem fatura não dá para existir duplicata. Duplicata significa que ela duplica a fatura, é emitida com base neste outro documento chamado de fatura. Fatura não é título de crédito, é documento de natureza contábil. O prestador de serviços ou vendedor sempre precisa emitir uma fatura. Fatura é o registro contábil da venda ou da prestação de serviços. Hoje, temos o que se chama nota fiscal-fatura. A fatura seria necessária por questão contábil. A nota fiscal descreve a operação de compra e venda ou prestação de serviços. Tudo isso está na nota fiscal. É com base na nota fiscal-fatura que pode ser emitida a duplicata. Se a operação tiver com prazo de pagamento não inferior a 30 dias, pode-se emitir a duplicata. Quer-se ter em seu poder um documento que seja título de crédito, que pode ser avalizado, endossar, protestado, etc. A duplicata é emitida com base no que consta da nota-fiscal fatura. Quem é o emitente da duplicata? É o vendedor das mercadorias ou pelo prestador de serviços. Ele emite com base no que consta da notafiscal fatura. Tem como emitente o vendedor das mercadorias/prestador de serviços e tem como sacado quem comprou as mercadorias ou prestou os serviços. Quem emite manda pagar o preço da compra ou valor de serviços, em favor dele próprio. O emitente é beneficiário na duplicata. Eu, que vendi, mando quem comprou, me pagar a quantia expressa no título. A duplicata é emitida pelo vendedor, contra o comprador, que, se aceitar, deverá pagar a quantia expressa. Quem emite é o credor, não o devedor. É o único título que o credor emite o título, quantia esta que está referida na nota-fiscal fatura. Por isso que a duplicata é emitida com base neste outro documento chamado nota-fiscal fatura. a) Caracterização b) Multiplicidade (art. 2, parágrafo 2 o ) -> pode-se emitir várias duplicatas com base em uma mesma fatura. Não se pode emitir uma duplicata com base em duas ou mais faturas. 4) Data de vencimento -> não pode ser inferior a 30 dias da data da compra ou da prestação de serviços. O pagamento deve ser dado a prazo. 5) Qualificação -> qualificação do emitente e do sacado. Ambos devem ser qualificados na duplicata. Nome, domícilio, pessoa física ou jurídica, endereço, cnpj ou cpf e inscrição estadual se tiverem na receita estadual. O modelo de duplicata é igual ao do cheque. 6) Valor a pagar -> valor dos serviços. Resolução n o 102 BACEN -> estipulou três modelos de duplicata. A duplicata é hoje um título de modelo vinculado. Se se quiser criar uma duplicata deve-se criar em três modelos e usá-lo como duplicata. Usa-se um dos modelos padronizados pelo BACEN. Hoje, tem-se três modelos de duplicata. Nesses modelos já se tem um espaço reservado para isso. Tem-se a confecção desses modelos. Padrões a) 1 o pagamento -> Um é para pagamento único. A compra e venda e a prestação de serviços será paga de uma vez só. b) Parcelamento -> pagamento da compra ou dos serviços será feito em parcelas. Tem-se dois modelos a isso. Um modelo em que cada duplicata faz valor da parcela. O número de ordem delas é acompanhado de letras. É uma duplicata para cada parcela. Sai-se da loja, por exemplo, com 10 duplicatas. Outro modelo para pagamento parcelado é quando tem-se os espaços reservados em uma

16 só duplicata, com o valor do pagamento em cada espaço. Sai-se com uma só duplicata da loja com os valores discriminados de cada parcela em uma mesma duplicata. 7) Local de pagamento -> em princípio é o domicílio do sacado. Onde se paga a duplicata? Presumivelmente no domicílio do sacado. 8) Cláusula à ordem -> possibilidade do credor endossar o título. Pode-se retirar essa cláusula à ordem, bastando riscar esta expressão do contexto. Não se quer que o beneficiário endosse a carta. 9) Declaração de exatidão -> tem-se também um texto padronizado. Isso vem escrito na duplicata. É uma declaração de que os produtos vendidos ou serviço prestado foram integralmente entregues. É declarar que o que foi entregue ou o que foi prestado foi entregue ou prestado perfeitamente. O sacado, ao aceitar a duplicata, está declarando que os produtos que foram comprados foram recebidos ou o serviço que foi prestado foi feito nos moldes do que foi acordado. Quem vendeu cria duplicata, manda para quem comprou, para que esta pessoa aceite e devolva a duplicata para o vendedor. Quando o sacado aceita, ele passa a ser aceitante, se tornando obrigado principal. Ao aceitar, o aceite não é puro e simples. 10) Assinatura -> assinatura do título pelo emitente. O emitente é o vendedor e ele que vai assinar a duplicata, criando a duplicata. Qual é a segunda assinatura que se terá? Ao do sacado, que corresponderá ao aceite. Remessa e devolução -> Como irá funcionar a duplicata? A duplicata tem um esquema de funcionamento na lei e outro na prática. Tem-se a previsão de remessa e devolução da duplicata. 1) Prazos -> qual é o prazo que o emitente tem para remeter a duplicata? Ele tem 30 dias no máximo. A compra e venda não tem um prazo mínimo de 30 dias? Ele deve enviar a duplicata em 30 dias. A duplicata tem de ser remetida pelo emitente para o comprador sacado no prazo de 30 dias. O comprador tem 10 dias para aceitar e devolver a duplicata. Nesses 10 dias ele tem a opção de recusar o aceite. A recusa do aceite na duplicata é um pouco diferente da da letra de câmbio. A recusa tem de ser formalizada e fundamentada. Formalmente é por escrito. Tem-se forma e prazo para recusar o aceite, no prazo máximo de 10 dias. Por que o aceite tem de ser recusado formalmente e fundamentadamente? Art. 8 para a duplicata mercantil e art. 21 para aceitação de serviços. 2) Aceite Recusa de aceite (arts. 8 o e 21) 1) Não recebimento -> fundamenta-se a recusa do aceite pois não foi prestado o serviço corretamente ou os produtos não foram entregues. 2) Divergência -> a duplicata veio com valor maior do que o que foi acertado na nota fiscal-fatura. 3) Vício/defeito -> vício ou defeito no produto ou serviço. Fundamenta-se que, na forma do art. 8, os produtos são inferiores ao que eu comprei. Suprimento de aceite (arts. 13 a 15) -> não vai nem se aceitar nem fazer a recusa do aceite. O vendedor tem como suprir a falta do aceite. Ele pode usar esse mecanismo se não veio a recusa do aceite ou não veio a duplicata devolvida com aceite. - Comprovante de entrega/recebimento -> é preciso de uma prova escrita de que entregou as mercadorias vendidas, ou prestou serviço. O que é este comprovante? Ele é o canhoto da nota fiscal. Este canhoto é utilizado como comprovante de entrega e recebimento das mercadorias. Alguma coisa o sacado recebeu. Se ele recebeu alguma coisa, ele recebeu porque ele quis. - Certidão de protesto -> protesta-se a duplicata por falta de devolução. Como protesta-se um título que não está comigo? Em tese, o título foi remetido e não devolvido. Protesta-se a duplicata por indicações (art. 13, parágrafo único). Fará o protesto com base nas indicações da nota fiscal-fatura. Tem o número de ordem, o que foi vendido, quem comprou, quando comprou, qual valor, etc. - Inexistência de recusa -> se se tem essas três circunstâncias pode se propor ação de execução com base nestes documentos contra o comprador das mercadorias ou o beneficiário do serviço (art. 15 da lei de duplicatas). Esses dois documentos são um título executivo.

17 Duplicata virtual -> a doutrina tem chamado isso de duplicata virtual. Na verdade, a duplicata não existe aqui. A duplicata sequer for emitida. Não se exige que se prove que foi emitida a duplicata. Só se for emitida e mandar por AR (aviso de recebimento), para provar que se emitiu no prazo. Último detalhe: o vendedor manda as mercadorias, colhe o comprovante e ele informa isso para o banco. O banco manda para o comprador o boleto bancário. Ele vai lá no banco e paga aquilo. Ele aceitou alguma duplicata? Não. Esse boleto bancário, se ele não for pago, vira um título de crédito? Não. Protesta-se a duplicata que, em tese foi emitida e não foi devolvida. Isso tudo é duplicata, não é boleto bancário. Se se aceita a duplicata e chega o boleto bancário e se paga, não se deveria ter feito isso. Anotações

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