DIREÇÃO DE SERVIÇOS DE EDUCAÇÃO ARTÍSTICA E MULTIMÉDIA (DSEAM) DOCUMENTO ORIENTADOR
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- Aníbal Carvalhal Cunha
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1 DIREÇÃO DE SERVIÇOS DE EDUCAÇÃO ARTÍSTICA E MULTIMÉDIA (DSEAM) DIVISÃO DE APOIO À EDUCAÇÃO ARTÍSTICA DOCUMENTO ORIENTADOR Modalidades Artísticas nas Escolas dos 2/3 CEB/S com a orientação da DSEAM ANO LETIVO 2013/2014
2 Nota Introdutória Em 1980 a Secretaria Regional de Educação, atual Secretaria Regional de Educação e Recursos Humanos, deu início a um projeto no âmbito das expressões artísticas no ensino genérico. Decorrente desse projeto, nasceram algumas modalidades mais específicas instrumental e canto coral que em 1995, com a implementação da Escola a Tempo Inteiro viriam a dar corpo ao atual projeto de Modalidades Artísticas desenvolvidas ao nível do enriquecimento curricular no 1CEB. No ano letivo 2002/03 foi inserido nos 2/3 CEB/S, dando, assim, continuidade ao trabalho realizado no 1CEB. Aquelas práticas encontram-se organizadas e distribuídas pelas modalidades de canto coral, cordofones tradicionais madeirenses, dança, expressão dramática/teatro, expressão plástica/artes plásticas e instrumental (flautas, Orff, percussão, violas, outros instrumentos). Nos últimos anos tem havido uma evolução na formação de bandas rock nas escolas (que se inserem na modalidade instrumental) como forma de responder a novos contextos, resultantes das vivências e experiências dos alunos. Além das aptidões artísticas específicas, este tipo de práticas artísticas fomenta o desenvolvimento global do aluno, através de atividades que promovem a expressividade, a criatividade, a sensibilidade, entre outros. Por ouro lado, a dinamização, tanto de espaços escolares e intercâmbios, quanto projetos de âmbito regional, proporciona a vivência e a experimentação de contextos que são basilares para o desenvolvimento de competências sociais. O projeto das Modalidades Artísticas, representa, deste modo, a possibilidade de os alunos terem acesso, no seu espaço escolar, a um leque de atividades artísticas que de outro modo não seria possível. Pág.2
3 Objetivos: Considerando a importância das áreas artísticas no desenvolvimento das crianças e jovens; Considerando a Lei de Base do Sistema Educativo: c) Proporcionar o desenvolvimento (...) valorizar a educação artística, de modo a sensibilizar para as diversas formas de expressão estética, detetando e estimulando aptidões nesses domínios (artigo 7.º) 3-b) Para o 2 CEB, a formação, artística,... Visando habilitar os alunos a assimilar e interpretar crítica e criativamente a informação... e c) Para o 3 CEB, a aquisição sistemática e diferenciada da cultura moderna, nas suas dimensões (...) artística.... (artigo 8.º) 3-f) Assegurar a ocupação criativa dos tempos livres de jovens com atividades de natureza cultural. (artigo 23.º) Porquê o projeto Modalidades Artísticas? o Considerando o projeto inovador que a Secretaria Regional de Educação iniciou no ano de 1980 no 1CEB, através do apoio sistemático na área das expressões artísticas, cujos resultados podem ser constatados publicamente; o Atendendo a que a educação artística propõe-se a criar nos indivíduos não tanto as aptidões artísticas específicas, mas sobretudo o desenvolvimento global da personalidade, através de formas as mais diversificadas e complementares possíveis de atividades expressivas, criativas e sensibilizadoras (Porcher, 1982: 25); o Atendendo a que a educação artística (...) pressupõe a utilização de métodos pedagógicos específicos, progressivos e controlados, os únicos capazes de produzirem a alfabetização estética, sem a qual toda a expressão permanece impotente e toda a criação é ilusória (Ibidem); o Considerando a importância da qual se reveste este projeto, o qual proporciona às crianças que terminam o 1CEB, a continuidade nas práticas artísticas nos 2/3 CEB/S; o Considerando a importância de todas as escolas terem no seu seio grupos artísticos que promovam a cultura dentro e fora do espaço escolar, dignificando cada vez mais a Educação, numa perspetiva de abertura da escola ao seu meio envolvente, tendo como Pág.3
4 meta a verdadeira ESCOLA CULTURAL. Conforme refere Ferreira Patrício, (...) esta escola unidimensional é insuficiente, qualitativamente, para as exigências da educação contemporânea. Os responsáveis sabem que é preciso pôr de pé outra escola. Os educandos sentem na alma o terrível vazio da escola unidimensional. É, pois, necessário e urgente promover a escola pluridimensional. O que é a escola pluridimensional? É a que tem a dimensão curricular, a dimensão extracurricular e a dimensão da interação daquelas duas. É, para empregar uma fórmula sintética e expressiva, a escola cultural» (Patrício, 1990: 183). o Considerando a adesão das escolas e a vontade manifestada em continuar/aderir a este projeto, bem como o interesse do ensino secundário em aderir as estas práticas; o Considerando o Ofício Circular nº 42/2013, e atendendo ao previsto no despacho nº 120 de 2013 que aprova o crédito horário a atribuir às escolas dos 2/3 CEB/S; o Considerando que o número de horas para cada modalidade, a aprovação atenderá às dimensões do projeto, às atividades desenvolvidas e ao número de alunos participantes A Secretaria Regional de Educação continuará a apostar neste projeto artístico, de modo a proporcionar aos alunos dos 2/3 CEB/S a possibilidade de beneficiarem destas práticas basilares no seu percurso formativo, numa perspetiva holística da educação. Organização das Modalidades Artísticas : o Entendemos por Modalidades Artísticas as práticas corais, musicais/instrumentais, corporais e plásticas a desenvolver com os alunos, em espaços de enriquecimento curricular/extracurricular; o Estas atividades são de caráter facultativo e de oferta de cada escola, de preferência, no momento da matrícula. o As modalidades propostas são: Canto Coral Instrumental (bandas rock, flautas, Orff, percussão, violas, outros instrumentos) Cordofones (Instrumentos de corda tradicionais madeirenses - braguinha, rajão, viola de arame) Dança Expressão dramática/teatro Artes plásticas Pág.4
5 o Estas Modalidades deverão ser orientadas pelos professores de áreas artísticas ou outros docentes da escola, ou ainda por outros docentes recrutados pela escola, através de oferta pública, com o conteúdo funcional apropriado. Reforçamos a extrema importância da formação contínua na aquisição e desenvolvimento de competências nas áreas artísticas. Como tal, o docente que orienta projetos naquele âmbito, deverá frequentar no mínimo uma formação na área da modalidade artística que desenvolve consultar Plano Anual de Formação na nossa página da net. o No que se refere ao número de alunos, para cada modalidade recomendamos, como mínimo: Canto coral: 12 Instrumental: 15 Cordofones: 10 Dança: 10 Teatro: 10 Artes plásticas: 12 o A organização dos horários deve ser compatível com a possibilidade da continuidade dos projetos já existentes. o Como horário, propõe-se como mínimo um bloco de 90 minutos semanal e como ideal dois blocos de 90 minutos semanais. o As inscrições deverão ser feitas, de preferência, no momento da matrícula. Cada grupo deverá ter, à semelhança das outras atividades de enriquecimento do currículo, um docente responsável que deverá registar a assiduidade dos alunos inscritos. o O professor responsável por cada projeto deverá entregar o relatório e projeto de continuidade de atividades que orienta na direção da escola, que depois os encaminhará através de ofício para o DSEAM, até ao final do mês de junho. o Considerando a aprovação/homologação dos projetos e a integração das respetivas horas nos horários dos professores. o A Direção de Serviços de Educação Artística e Multimédia, através da Divisão de Apoio à Educação Artística, prestará todo o apoio necessário à implementação deste projeto, nomeadamente: Fornecendo os programas de cada modalidade; Prestando os esclarecimentos e os dados necessários à eventual aquisição por parte de cada escola de instrumentos e outros equipamentos; Pág.5
6 Disponibilizando os seus serviços de estúdio de gravações, guarda-roupa e bibliografia; Reunindo os docentes com os coordenadores de modalidades artísticas para planificação a nível regional. Calendário a definir no início do ano letivo; Promovendo ações de formação destinadas aos docentes; Promovendo anualmente eventos regionais, nos quais as escolas deverão participar, em pelo menos, num dos espetáculos; Promovendo a participação dos grupos interessados em eventuais programas de rádio e televisão. o Coordenadores de Modalidade Artística: Compete a estes coordenadores, integrados na orgânica do DSEAM/DAEA: Elaborar toda a documentação julgada conveniente para o funcionamento dos grupos de modalidade artística; Dinamizar o trabalho da equipa constituída pelos docentes que orientam grupos daquela modalidade, coordenando e orientando sempre que estejam em causa atividades a nível regional da sua modalidade; Orientar ações de formação na sua área específica; Apoiar diretamente todos os docentes, inclusive, em contexto de sala de aula ao longo do ano letivo. Eventos Regionais: o Semana Regional das Artes, 16 a 22 de junho de o Todos os docentes que estão a desenvolver projetos de modalidades artísticas nas escolas deverão participar nos eventos regionais. Quando não participam, deverão enviar as atividades dinamizadas em formato digital (vídeo) anexado ao relatório. o As gravações dos eventos regionais encontram-se disponíveis na biblioteca da DSEAM, podendo ser solicitada uma cópia pelos docentes participantes. ANEXOS - disponíveis em Listagem de edições de materiais de apoio às áreas artísticas Projeto de canto coral Projeto de instrumental Projeto de cordofones tradicionais madeirenses Projeto de dança Projeto de expressão dramática e teatro Projeto de artes plásticas Pág.6
7 Funchal, 10 de setembro de 2013 A Chefe de Divisão de Apoio à Educação Artística (CDAEA) da Direção de Serviços de Educação Artística e Multimédia (DSEAM) (Natalina Cristóvão Santos) O Diretor de Serviços (DS) da Direção de Serviços de Educação Artística e Multimédia (DSEAM) (Carlos Gonçalves) Homologado a / / O Diretor Regional de Educação (João Estanqueiro) Pág.7
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