Introdução ao Céu Profundo. Guião para Stellarium
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- João Pedro Covalski Arruda
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1 Introdução ao Céu Profundo Guião para Stellarium Carlos Brás
2 Atividade Céu profundo uma visita guiada. Serão mostrados, nesta visita guiada, alguns dos diferentes tipos objectos do céu profundos (objectos exteriores ao Sistema Solar). Esta actividade ajudará igualmente à familiarização com o céu e algumas constelações. É importante conhecer o céu. Na verdade as constelações ajudam a identificar a zona do céu que pretendemos observar. De nada serve possuir um telescópio 1, ou uns binóculos se não se conhecer o céu. Para esta actividade será utilizado o Stellarium, um pequeno planetário para computador (ver recursos). Identificação e nomes dos objectos estelares Os nomes dos objectos do céu profundo são objecto de classificação em diversos catálogos, ou listas de objectos. Charles Messier (sec.xviii) era um caçador de cometas e começou por elaborar uma lista de objectos a ignorar. Apesar de o seu catálogo ter cerca de 200 anos continua a ser o mais usado. O catálogo Messier possui os mais brilhantes e difusos objectos do céu de 2/3 do hemisfério norte. Todos os 110 objectos podem ser observados com telescópios de 6, mesmo a partir de cidades. É igualmente possível a partir de locais muito escuros a sua observação com binóculos 8X50. Posteriormente foram elaborados catálogos mais completos segundo catálogo mais conhecido é o NGC. Um objecto messier é identificado pelo seu número, por exemplo M51 identifica a galáxia Whirlpool. Na verdade sabemos hoje que se trata não de uma mas de duas galáxias. Uma segunda galáxia (NGC5195) orbita a espiral mãe. Ilustração 1 M51 galáxia Whirlpool 1 Existem sistemas go-to que permitem assistir na localização dos objectos. São telescópios computadorizados e com motor que facilitam ao amador, e não só, na localização dos astros.
3 Introdução O nosso sistema Solar situa-se na Via Láctea ou simplesmente Galáxia. Na zona central encontramos muitas estrelas na sua maioria são mais antigas. Nos braços em espiral constituídos por poeiras e gás encontramos estrelas jovens e nebulosas associadas ao seu nascimento. O nosso Sol reside numa zona suburbana vizinha denominada por Braço de Orion Na zona limite um vasto halo pontilhado com enxames de estrelas anciãs. Da Terra podemos observar os vários braços da nossa Galáxia misturados. É uma banda do céu onde os objectos abundam. 1. Abra o programa Stellarium e garanta que está devidamente configurado (ver instruções). 2. Procure a via láctea. É uma zona do céu claramente distinta. (use as setas no teclado) 3. Garanta que pode ver nebulosas (Tecla N) e as constelações (Tecla C) 4. Retire a Atmosfera (Tecla A) e o chão (Tecla G), pode assim ver os objectos que se encontram abaixo do horizonte. 5. Assegure-se que tem nevoeiro (Tecla F), apesar de introduzir o problema da poluição luminosa, permite identificar o horizonte. Caso este esteja a perturbar pode sempre desliga-lo carregando novamente na Tecla F Não se esqueça de apreciar a figura da constelação (Tecla C). Pode igualmente ver as figuras míticas associadas (Tecla R) mas não é aconselhável que esteja ligado uma vez que perturba a familiarização com o céu tal como observado na realidade. O nome das constelações aparecerá em português nestas instruções com a designação em Latim entre parênteses. Pode activar/desactivar o nome das constelações no programa com a Tecla V Como orientação não se esqueça que as constelações do Zodíaco se situam na zona da ecliptica. Enxames estelares As estrelas não estão dispersas ao acaso pelo Universo. Estas tendem a formar grupos. Os maiores são as galáxias. Na nossa galáxia e nas suas imediações há muitos grupos de estrelas a que chamamos enxames estelares. Estes podem ser de dois tipos: abertos e globulares. Num Enxame Aberto várias dúzias a várias centenas de estrelas reunidas por gravidade. Apresentam uma forma irregular. Estes enxames tipicamente têm uma idade de cerca de poucas centenas de milhões de anos. São brilhantes e passíveis de se observarem com binóculos.
4 Procure M45 em Touro (Taurus)as Plêiades. Conhecido por sete-esterelo. Estas estrelas nasceram no mesmo ninho mantêm ainda um discreto halo gasoso. Muitas têm movimento de rotação acelerado. Plêione gira 100 vezes mais rápido que o nosso Sol e lança para o espaço anéis de gás, a intervalos regulares. Procure M37 em Cocheiro (Auriga) Procure em Perseu (Perseus) M34. Um Enxame Globular é algo diferente. São esféricos, muito densos e contêm entre 10 mil e um milhão de estrelas. São estrelas antigas com 13 mil milhões de anos. São portanto muito idosos, sendo constituídos por muitas estrelas gigantes vermelhas. A zona do halo possui cerca de 150 enxames globulares. Procure M13 e M92 em Hércules. Contém à volta mais de um milhão de estrelas. Procure M22 em Sagitário (Sagittarius) Procure M5 em Serpente (Serpens) e M15 em Pégaso (Pegasus). Nebulosas As nebulosas são nuvens de gás (principalmente de hidrogénio) e de poeira. Não brilham com luz própria e só se tornam visíveis quando iluminadas pela luz das estrelas. Existem vários tipos de nebulosas. Os dois principais tipos de nebulosas são as nebulosas de emissão e as nebulosas planetárias. Nebulosas de emissão São um imenso armazém de hidrogénio que se encontra excitado à incandescência por estrelas quentes e recém nascidas no seu interior ou nas suas proximidades. Algumas nebulosas de emissão são locais de formação activa de estrelas. Procurar M42 e M43 em Orionte (Orion). É a nebulosa de Orionte. Um verdadeiro berçário de estrelas visível com binóculos. Nebulosas planetárias Este tipo de nebulosas representa um breve momento no ciclo de vida de uma estrela. Trata-se de uma concha de gás que resulta da ejecção de gás de uma estrela moribunda. Não sendo capaz de gerar energia por fusão nuclear no seu núcleo está destinada a desaparecer. Tons azul esverdeado `a semelhança de um disco planetário. Procurar M57 em Lira (Lyra) nebulosa do anel. Procurar M97 em Ursa Maior (Ursa Major) nebulosa da coruja
5 Fora da Via Láctea Fora da Via Láctea encontramos outras galáxias. As galáxias agrupam-se em enxames; assim a Via Láctea faz parte de um enxame local de galáxias que se movem juntas no espaço O Grupo Local Alguns enxames de galáxias são muito maiores que o nosso: o da Virgem, por exemplo contém cerca de mil galáxias, uma das quais a M87, uma supergaláxia um sistema elíptico gigantesco com um buraco negro no centro. Procure as seguintes galáxias: M31 -Galáxia de Andrómeda Na constelação de Andrómeda. É a maior de todas as que constituem o nosso Grupo Local, sendo a Via Láctea a segunda. M51 Galáxia Whirlpool em Cães de Caça (Canis Venatici) M87- Supergaláxia em Virgem (Virgo) Hubble Deep Field Hubble Deep-Field. Uma imagem feita com uma exposição de 10 dias a uma zona do céu onde as placas de Monte Palomar indicavam nada haver permitiu a telescópio espacial Hubble verificar a existência de uma miríade de galáxias.
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