Motores de Combustão Interna

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Motores de Combustão Interna"

Transcrição

1 1. Introdução Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias - Laboratório de Engenharia Agrícola EAG Mecânica Aplicada Prof. Ricardo Ferreira Garcia garcia@uenf.br Motores de Combustão Interna O motor de combustão interna é uma máquina que obtém energia mecânica diretamente do consumo de energia química de combustível queimado em uma câmara de combustão que é uma parte integral de um motor. Em 1867 na Alemanha, foi desenvolvido o motor com pistão livre, por Nicolaus August Otto ( ) e Eugen Langen ( ), baseado na queima de uma mistura de ar e combustível por uma chama de gás dentro de um cilindro (Figura 1). Tal motor atingia uma eficiência térmica de 11%. Após evoluções no aspecto funcional visando maior eficiência térmica, Otto, em 1876, conseguiu desenvolver o motor baseado nos quatro tempos admissão, compressão, expansão ou potência e descarga. Foi obtido um motor com peso e volume reduzidos e grande eficiência térmica. Este foi o avanço que efetivamente fundou a indústria de motores de combustão interna. Figura 1. Motor criado por Otto e Langen em 1867.

2 Em 1892, Rudolf Diesel ( ) desenvolveu um motor diferente onde a alta taxa de compressão era utilizada na queima do combustível (Figura 2). O combustível era injetado próximo ao final da fase de compressão onde era então queimado pelo ar comprimido altamente aquecido. A eficiência deste motor era aumentada devido à alta taxa de compressão e relações de expansão. O motor Diesel atual é projetado no mesmo princípio de funcionamento e é desenvolvido em quatro tempos e dois tempos. No setor agrícola, os principais motores utilizados são de ciclo Otto de quatro tempos e dois tempos, e ciclo Diesel de quatro tempos. Figura 2. Motor criado por Diesel em Componentes dos motores As partes essenciais dos motores de ciclo Otto e Diesel de quatro tempos são praticamente as mesmas e são classificadas da seguinte forma: - estacionários: bloco, cárter e cabeçote; móveis: pistão, biela, eixo virabrequim, eixo de comando de válvulas, válvulas, conjunto de acionamento de válvulas (tuchos, balancins, varetas), e engrenagens e polias diversas; bombas: bomba de óleo e bomba de água; mancais: de escorregamento e de rolamento; e componentes de vedação: juntas, anéis e retentores. A particularidade do motor Otto é que possui sistema de ignição com distribuidor, ou central eletrônica de ignição, e vela de ignição, além do sistema de alimentação, que pode ser um sistema mecânico como o carburador, ou sistema de injeção eletrônico composto pela central eletrônica e bico injetor de combustível. No motor Diesel, a alimentação é realizada por uma bomba injetora de combustível e o bico injetor, sem contar com a presença de sistema de ignição. Além destes detalhes construtivos, existem vários detalhes funcionais, como aspiração de ar e combustível dentro do cilindro no Otto e apenas ar no Diesel.

3 Enquanto isto, o motor dois tempos possui menos partes móveis, não apresentando válvulas de admissão e descarga e seu respectivo comando. Apresenta ainda como diferencial as janelas de admissão, descarga e transferência. A Figura 3 apresenta os componentes de um motor de ciclo Otto de quatro tempos, no exemplo um modelo Chrysler 2,2 L de quatro cilindros. Figura 3. Motor de ciclo Otto de quatro tempos modelo Chrysler 2,2 L de quatro cilindros. No bloco do motor estão localizados os cilindros. Na sua parte superior, está o cabeçote e na parte inferior o cárter. O bloco normalmente é construído por ferro fundido cinzento, por apresentar grande resistência ao desgaste, resistência à compressão e baixo custo de fabricação. Motores de veículos mais

4 modernos, que buscam leveza, já são construídos em alumínio. O bloco possui dutos internos para passagem de água para seu arrefecimento. Em alguns modelos, os cilindros são revestidos com uma camisa de liga de aço e níquel ou revestido de cromo duro, normalmente mais resistentes que o bloco, para permitir maior vida útil ao bloco, pois as camisas podem ser trocadas quando apresentam desgaste. O pistão, normalmente fabricado em alumínio, trabalha em movimento alternado no cilindro transmitindo a força do gás de expansão à biela e então ao ressalto do eixo virabrequim, que gira fornecendo a potência do motor aos demais setores. No pistão, estão localizados anéis de compressão e raspadores de óleo. Três anéis em aço são responsáveis pela compressão do motor, podendo ser cromados ou nitretados. Os anéis de óleo de duas peças são produzidos tanto em ferro fundido cinzento ou nodular e também em aço. O primeiro anel que fica quase na cabeça do pistão tem a função de conter a pressão gerada pela explosão e evitando a perda de pressão na compressão. O segundo e terceiro anel têm funções de ajudar a reter a compressão como o primeiro e de criar uma película de óleo quando o mesmo raspa as paredes internas do cilindro. O anel de óleo tem a função de raspar o excesso de óleo e criar uma fina película de lubrificação para que os outros anéis tenham o mínimo de atrito evitando o desgaste entre anéis e cilindro. A biela e o ressalto do eixo virabrequim transmitem o movimento linear do pistão em movimento circular do virabrequim. A extremidade menor da biela trabalha em movimento alternado junto ao pistão e a parte maior realiza o movimento rotacional com o virabrequim. A biela é normalmente fabricada em aço forjado, possuindo uma bucha e pino em liga de aço que a fixa ao pistão. Na parte oposta, possui casquilhos ou bronzinas de chumbo e estanho ou bronze (Figura 4). Figura 4. Partes de um conjunto pistão e biela.

5 O cabeçote é a tampa dos cilindros e é feito em alumínio ou ferro fundido (Figura 5). Nos motores Otto, ele contém as velas de ignição e nos motores Diesel, possui bicos injetores. O cabeçote contém o sistema de acionamento das válvulas de admissão e descarga. Normalmente, há duas válvulas por cilindro uma de admissão para permitir a entrada da carga no cilindro e uma de descarga para a saída dos gases queimados do cilindro. A válvula de admissão possui maior diâmetro que a de descarga e são fabricadas em liga de aço. Como trabalham no ambiente de queima de combustível, estão expostas a temperatura de aproximadamente 700 o C. As válvulas são acionadas através de um sistema de comando de válvulas e balancins. Normalmente estão fechadas por meio da pressão de molas. São abertas quando o ressalto do eixo de comando de válvulas aciona cada balancim. O eixo de comando de válvulas é acionado pelo eixo virabrequim por engrenagens, correia ou corrente dentada. Duas voltas do virabrequim fornecem uma volta ao comando de válvulas. A imagem do virabrequim e comando de válvulas está na Figura 6. Figura 5. Partes de um cabeçote. Na parte inferior do bloco do motor está o cárter, que fecha o bloco com uma tampa em aço moldado ou alumínio. O cárter funciona como o reservatório de óleo que lubrifica o sistema. O óleo lubrificante é succionado por uma bomba de óleo, acionada pelo eixo virabrequim, e é dirigido às partes móveis do motor através de canais internos. A bomba de água, eixo do ventilador e dínamo são movidos pelo eixo virabrequim por um sistema de correias e polias.

6 Figura 6. Eixo virabrequim e eixo de comando de válvulas. No motor Otto, um distribuidor é montado na parte posterior do bloco e possui um sistema de avanço acionado por um mecanismo mecânico ou à vácuo que controla o ponto de ignição da vela. O distribuidor é acionado por engrenagens pelo eixo do comando de válvulas e trabalha com metade da velocidade do virabrequim. No motor Diesel, uma bomba injetora, acionada pelo comando de válvulas do motor, e bicos injetores são utilizados e um bico injetor é montado na parte superior de cada cilindro. 3. Funcionamento dos motores O cilindro, usualmente fixo, é fechado em uma extremidade e é onde desliza um pistão intimamente ajustado. O movimento de ida e volta do pistão varia o volume do cilindro entre a face superior do pistão e a extremidade fechada do cilindro. A face inferior do pistão é ligada ao eixo virabrequim por meio de uma biela de conexão. O virabrequim transforma o movimento alternativo do pistão em movimento circular. Em motores com vários cilindros, o virabrequim tem uma parte excêntrica para cada biela, de modo que a potência de cada cilindro seja aplicada ao virabrequim no ponto apropriado de sua rotação. Os eixos virabrequins têm volantes pesados e contrapesos, que pelas suas inércias minimizam a irregularidade do movimento do eixo. Um motor pode ter de um a vários cilindros. O sistema de fornecimento de combustível de um motor de combustão interna consiste de um tanque, uma bomba de combustível, e um dispositivo para vaporizar ou atomizar o combustível líquido. Nos motores de ciclo Otto este dispositivo é o carburador, ou nos modelos mais recentes, um sistema de injeção de

7 combustível. Na maioria dos motores com carburador, o combustível vaporizado é conduzido aos cilindros através dutos de admissão. O combustível é admitido por cada cilindro e os gases são expelidos através de válvulas operadas mecanicamente. As válvulas são normalmente mantidas fechadas por meio da pressão de molas e são abertas no instante apropriado durante o ciclo de operação por ressaltos que são engrenados ao eixo virabrequim. Por volta dos anos 80, sistemas mais sofisticados de injeção de combustível, também usados em motores de ciclo Diesel, têm substituído largamente os métodos tradicionais de fornecimento da mistura apropriada de ar e combustível. Em motores com injeção de combustível, sistemas de monitoramento controlados mecanicamente ou eletronicamente injetam a quantidade apropriada de mistura diretamente no cilindro ou na válvula de admissão no instante oportuno. A mistura vaporiza assim que entra no cilindro. Este sistema é mais eficiente que o carburador gerando maior potência e produz menos poluição. Em todos os motores deve existir algum meio de ignição do combustível. Por exemplo, o sistema de ignição do motor de ciclo Otto consiste em uma fonte de baixa voltagem, de corrente contínua que é conectada ao enrolamento primário de um transformador, chamado de bobina de ignição. A corrente é interrompida várias vezes por segundo por uma chave automática chamada de platinado. A pulsação da corrente no primário induz a uma alta voltagem pulsante no enrolamento secundário. A alta voltagem é distribuída para cada cilindro em seqüência por meio de um mecanismo de rotação chamado de distribuidor. O dispositivo de ignição é a vela de centelha, ou vela de ignição, um condutor isolado disposto na parede ou no topo de cada cilindro. Na parte inferior da vela existe uma pequena folga entre dois condutores. A alta voltagem forma um arco voltaico entre esta folga, formando uma faísca que faz a ignição da mistura no cilindro. Figura 7. Conjunto pistão-biela-virabrequim do motor de Ciclo Otto. Devido ao calor da combustão, todos os motores devem ser equipados com algum tipo de sistema de refrigeração. Alguns motores de avião e automóveis, pequenos motores estacionários, e motores externos de barcos são refrigerados pelo ar. Neste sistema, a superfície externa do cilindro tem várias aletas

8 dispostas com uma grande área de radiação do calor do cilindro. Outros motores são refrigerados por água e têm dutos internos no cilindro por onde circula água responsável por roubar o calor do motor. A água circula pelos dutos forçada por meio de uma bomba de água e é resfriada nas serpentinas finas do radiador. Diferentes das máquinas a vapor e turbinas, os motores de combustão interna não desenvolvem torque quando dão partida, e um torque inicial deve ser fornecido para girar o eixo virabrequim por meio de um motor elétrico ou um motor de arranque que é conectado por meio de engrenagens ao virabrequim com uma embreagem automática que desengata as engrenagens após a partida do motor. Pequenos motores podem ter partida manual girando o virabrequim com uma alavanca ou puxando uma corda enrolada várias vezes no volante do motor. Métodos de partida de grandes motores incluem partida com inércia, que consiste em um volante que é girado manualmente ou por motor elétrico até a energia cinética ser suficiente para girar o virabrequim, e partida por explosão, que consiste na explosão de um cartucho que movimenta uma roda acoplada ao motor. Estes tipos de partida são largamente usados em partidas de motores de avião. 3.1 Motores de ciclo Otto Um motor de ciclo Otto típico é um motor de quatro tempos, ou seja, em um ciclo completo, seus pistões desenvolvem quatro tempos, dois próximos da cabeça do cilindro e dois distantes da cabeça do cilindro. Os motores de dois tempos combinam em dois cursos as funções dos de quatro tempos, sendo assim, há um curso motor para cada volta completa do virabrequim. Porém, possuem eficiência menor do que os de quatro tempos. A eficiência de um motor de ciclo Otto moderno é limitada por vários fatores, incluindo perdas por refrigeração e por atrito. Em geral, a eficiência destes tipos de motores é determinada pela taxa de compressão do motor. A taxa de compressão, relação entre os volumes máximos e mínimos da câmara de combustão, é usualmente cerca de 8:1 ou 10:1. Maiores taxas de compressão, acima de 15:1, com um conseqüente incremento de eficiência, são possíveis com o uso de combustíveis antidetonantes de alta octanagem. A eficiência de um moderno motor Otto varia na faixa de 20 a 25%, em outras palavras, somente esta porcentagem da energia calorífica do combustível é transformada em energia mecânica Funcionamento do motor de ciclo Otto de quatro tempos Seu ciclo é dividido em quatro tempos a seguir: admissão, compressão, expansão (ou potência), e descarga. Em cada tempo, o virabrequim gira 180 o em torno de seu eixo, sendo necessários 720 o para um ciclo completo. Admissão Durante o primeiro tempo do ciclo, a admissão, o pistão se move do ponto morto superior (PMS) para o ponto morto inferior (PMI) do cilindro enquanto que simultaneamente a válvula de admissão se abre, formando-se uma pressão abaixo da atmosférica no interior do cilindro. O movimento do pistão durante este tempo suga uma quantidade de mistura de ar e combustível para dentro do cilindro devido à diferença de pressão.

9 Figura 8. Fase de admissão. Compressão Durante a compressão, o pistão se move do PMI ao PMS do cilindro comprimindo a mistura ar e combustível na câmara de combustão, espaço vazio no topo do cilindro quando o pistão está no PMS. Neste tempo as válvulas de admissão e descarga se encontram fechadas. Figura 9. Fase de compressão. Expansão Pouco antes de o pistão atingir o PMS, o sistema de ignição transmite corrente elétrica à vela, fazendo soltar uma faísca entre seus eletrodos, que inflama a mistura fortemente comprimida, havendo grande incremento de pressão e temperatura. A combustão ocorre principalmente na condição de volume constante. Os gases queimados expandem exercendo pressão sobre o pistão, que é movido do PMS para o PMI no terceiro tempo. A expansão também ocorre com as duas válvulas fechadas. Pouco antes do PMI, a válvula de descarga se abre. A pressão e temperatura se reduzem durante a expansão. É nesta fase que se produz energia mecânica.

10 Figura 10. Fase de expansão. Descarga Durante o último tempo, a descarga, o pistão se desloca do PMI para o PMS, encaminhando os gases queimados para fora do cilindro por meio da válvula de descarga, que é aberta, deixando assim o cilindro pronto para repetir um novo ciclo. A válvula de admissão permanece fechada. A pressão durante esta fase é pouco superior à pressão atmosférica. A válvula de descarga se fecha próxima do fim da fase. Parte dos gases ainda permanece no volume da câmara de combustão. A nova carga de ar e combustível que será admitida no próximo ciclo é misturada a estes gases residuais. Figura 11. Fase de descarga Funcionamento do motor de ciclo Otto de dois tempos O princípio geral de um motor dois tempos é encurtar o período em que o combustível é introduzido à câmara de combustão e em que os gases liberados são expelidos em uma pequena fração da duração do tempo ao invés de permitir que cada uma destas operações ocupe um tempo inteiro. Nos motores de dois tempos mais simples, as válvulas do cabeçote são substituídas por válvulas tubulares ou janelas de transferências aberturas na parede do cilindro que são cobertas pelo pistão no final de seu percurso para cima.

11 A lubrificação do conjunto pistão-biela-virabrequim é feita adicionando-se óleo ao combustível, e ocorre no momento em que a mistura de ar, combustível e óleo é introduzida no cilindro para posterior queima. No primeiro tempo do ciclo, quando ocorrem a admissão e compressão simultaneamente, durante o movimento ascendente do pistão, do PMI ao PMS, a janela de transferência e as janelas de admissão e descarga permanecem fechadas, devido à geometria de posição das mesmas em relação ao curso do pistão. Nessas condições, origina-se vácuo parcial na parte inferior do motor, ao mesmo tempo em que ocorre compressão da mistura na câmara de compressão acima do pistão. Próximo ao PMS, a saia do pistão permite a abertura da janela de admissão e o vácuo succiona a mistura para a parte inferior do motor. Figura 12. Fase de admissão e compressão do motor de ciclo Otto de dois tempos. Quando o pistão aproxima-se do PMS, o sistema de ignição transmite corrente elétrica à vela, fazendo soltar uma faísca entre seus eletrodos, que inflama a mistura fortemente comprimida na parte superior do pistão. A pressão de expansão dos gases provenientes da combustão atua sobre o pistão, empurrando-o em direção ao PMI. Ocorrem então o segundo tempo, a expansão e descarga. Durante o curso descendente do pistão, a janela de transferência e o canal de admissão permanecem fechados, comprimindo-se assim a mistura admitida na parte inferior do motor. Próximo ao PMI, a cabeça do pistão permite a abertura da janela de transferência e o canal de descarga, permitindo que os gases queimados sejam expelidos, ao mesmo tempo em que a nova mistura é injetada para a câmara do cilindro, através da janela de transferência. Desta forma, a nova mistura, ao entrar no cilindro, ajuda a expelir os gases queimados pela janela de descarga. Figura 13. Fase de expansão e descarga do motor de ciclo Otto de dois tempos.

12 3.2 Motores de ciclo Diesel Teoricamente, o motor de ciclo Diesel difere do ciclo Otto por ter sua combustão a volume constante ao invés de ocorrer à pressão constante e utiliza alta taxa de compressão. A eficiência do motor tipo Diesel, que é geralmente determinada pelos mesmos fatores que do ciclo Otto, é maior que de qualquer motor do ciclo Otto e atualmente atingem mais que 40%. Motores tipo Diesel são, geralmente, motores de baixa rotação, com a velocidade do virabrequim entre 100 a 750 rpm quando comparados aos a rpm de um motor típico de ciclo Otto. Alguns tipos de Diesel, porém, trabalham em velocidades até rpm. Devido ao fato de motores de ciclo Diesel usarem taxas de compressão de 14:1 ou mais, estes são geralmente mais pesados, e esta desvantagem é compensada pela sua grande eficiência e pelo fato de poderem ser operados com óleos combustíveis mais baratos Funcionamento do motor de ciclo Diesel de quatro tempos Na admissão, só ocorre entrada de ar pela válvula de admissão, quando o pistão percorre o cilindro do PMS ao PMI. Nesta fase, apenas a válvula de admissão está aberta. No segundo tempo, a compressão, com as válvulas fechadas, o ar é comprimido a uma pequena fração de seu volume inicial e é aquecido a aproximadamente 440 o C devido a esta compressão, com a pressão também sofrendo elevação. Quando o pistão quase atinge o PMS, o combustível é injetado na câmara de combustão e se queima instantaneamente devido à alta temperatura do ar na câmara. A ignição ocorre depois de curto atraso e a pressão aumenta rapidamente ocorrendo uma onda de pressão. Esta combustão movimenta o pistão para baixo no terceiro tempo, ou expansão. O trabalho é realizado pela pressão do gás sobre o pistão. Durante a fase de expansão, a temperatura e pressão do gás queimado se reduzem. Quando o pistão se aproxima do PMI, a válvula de descarga se abre. O quarto tempo, a descarga, ocorre com o pistão expulsando os gases queimados pela válvula de descarga. Próximo ao PMS, a válvula de admissão se abre novamente e o ciclo é repetido. Figura 14. Fases do motor ciclo Diesel de quatro tempos: admissão; compressão; expansão; e descarga.

13 4. Comparativo entre motores Otto e Diesel de quatro tempos Motor Otto É desejável um combustível com maior temperatura de autoignição, como a gasolina e etanol. Uma mistura de ar e combustível em forma de gás é induzida no cilindro na fase de admissão através do carburador ou sistema de injeção com bomba e bico injetor. Uma faísca é requerida para queimar o combustível, sendo necessário um sistema de ignição. É aplicada uma taxa de compressão de 6 a 10,5:1. O limite superior é definido pela qualidade antidetonante do combustível. O motor tende a ter pré-ignição com alta taxa de compressão. A eficiência em carga parcial é baixa, uma vez que a relação ar/combustível não sofre muita variação. Um sistema de injeção de combustível multi ponto (MPFI) é utilizado para aumentar a eficiência. O custo do combustível é mais alto. O ruído e vibração do motor são inferiores. Os principais poluentes são monóxido de carbono (CO), óxidos de nitrogêncio (NO x ) e hidrocarbonetos (HC) Motor Diesel É desejável um combustível com baixa temperatura de autoignição, como o óleo diesel. A quantidade de ar induzida é fixa, mas a quantidade de combustível injetada varia de acordo com a bomba. A relação ar-combustível é variada de acordo com a variação da carga. A combustão ocorre devido à autoignição do combustível, não sendo necessário um sistema de ignição. Taxa de 14 a 22:1 é aplicada. O limite superior da taxa é definido pela alto aumento de peso do motor. O motor tende a ter pré-ignição com baixa taxa de compressão do motor. A eficiência em carga parcial é boa. Assim que a carga se reduz, o fornecimento de combustível pode ser reduzido e uma mistura pobre pode ser utilizada. O custo do diesel é mais baixo. Além disto, como possui maior densidade e é vendido em base de volume, maior massa é obtida com 1 L. Maior vibração e ruído devido a componentes mais pesados devido à maior taxa de compressão. Além de CO, NO x e HC, fuligem e fumaça também são expelidos na atmosfera. 6. Comparativo entre motores dois tempos e quatro tempos Motor dois tempos Uma fase de potência e um ciclo completo são obtidos a cada volta do virabrequim. O movimento circular do virabrequim é mais uniforme e portanto um volante de inércia mais leve é exigido pra girar o eixo uniformemente. A potência gerada para um mesmo tamanho de motor quatro tempos é maior, e para a mesma potência gerada, o motor é menor em tamanho, pois uma fase de potência ocorre a cada revolução. O motor é leve em peso e não possui sistema de válvulas. Desta forma, seu custo inicial é menor. Possui menor eficiência térmica e volumétrica. Parte dos gases não queimados escapa durante a fase de descarga. Usado onde é importante o baixo custo, baixo peso e compacidade, como motores costais, scooters, ciclomotores, cortadores de grama, barcos, motocicletas, etc. Motores diesel dois tempos são utilizados em navios grandes e locomotivas. Normalmente, são arrefecidos a ar e o desgaste é maior. Usualmente, o óleo é misturado ao combustível. Motor quatro tempos Uma fase de potência e um ciclo são obtidos a cada duas voltas do virabrequim. O movimento do virabrequim é mais desuniforme por existir apenas uma fase de potência a cada duas revoluções do eixo. Portanto um volante de inércia mais pesado é exigido pra girar o eixo uniformemente. A potência gerada para um mesmo tamanho de motor dois tempos é menor, e para a mesma potência gerada, o motor é maior em tamanho, pois uma fase de potência ocorre a cada revolução. Devido ao maior peso e presença de mecanismo de válvulas, o custo inicial é maior. Devido ao fato da descarga ocorrer numa fase separada e maior tempo de indução, possui maior eficiência. Utilizado onde a alta eficiência é exigida como automóveis, geradores e aviões. Normalmente, são arrefecidos a água, com menor desgaste. Consome menor quantidade de lubrificante e este é colocado no cárter, não sendo misturado ao combustível.

14 5. Sistemas complementares do motor O motor exige sistemas complementares para seu funcionamento, destacando os sistemas de combustível, admissão e descarga, lubrificação, refrigeração, elétrico e governador. 6. Terminologia básica Diâmetro do cilindro (d) é o diâmetro interno do cilindro do motor. Curso do pistão (L) durante o percurso do pistão, existem limites superiores e inferiores onde o movimento do pistão é revertido. A distância linear entre estes limites é o curso do pistão. É igual a duas vezes o tamanho do ressalto, L = 2a, onde a é o raio do ressalto. Ponto morto superior (PMS) é a posição que o pistão atinge na parte superior do cilindro de seu curso. Ponto morto inferior (PMI) é a posição que o pistão atinge na parte inferior do cilindro de seu curso. Câmara de compressão (V c ) é o volume contido no cilindro na parte superior do pistão quando este se encontra no PMS. Volume do curso do pistão (V p ) é o volume varrido pelo pistão quando este se desloca do PMI ao PMS. V p d 2 L eq. 1 4 A cilindrada do motor é calculada multiplicando-se o volume do curso V p pelo número de cilindros do motor, e se refere a capacidade que um motor tem de absorver, em volume, uma quantidade de mistura ar e combustível para dentro do cilindro do motor. Volume do cilindro (V) é o volume total do cilindro, incluindo o volume do curso do pistão e o volume da câmara de compressão. V V p V c eq. 2 Taxa de compressão (TC) é a relação entre o volume quando o pistão está no PMI pelo volume quando o pistão está no PMS. Portanto, é a relação do volume total do cilindro (V) pelo volume da câmara (V c ). TC V V p c eq. 3 V c

15 7. Exercícios 1) Um motor ciclo Otto 4T de quatro cilindros tem o diâmetro do cilindro de 8,3 cm e curso do pistão de 6,9 cm. Calcule sua cilindrada. (4T = quatro tempos). (R: 1.492,6 cm 3 ). 2) Considerando o motor acima, calcule a taxa de compressão (TC) se o volume de cada câmara de compressão mede 54 cm 3. (R: 7,9:1 ou 7,9 para 1). 3) Um motor 3.0 L de seis cilindros ciclo Otto trabalha no ciclo de quatro tempos. O motor tem taxa de compressão de 9:1 e é quadrado (o diâmetro do cilindro tem a mesma medida do curso do pistão). Determine o diâmetro do cilindro (d), curso do pistão (L) e a câmara de compressão (V c ). (R: 8,6 cm, 8,6 cm e 62,5 cm 3 ). 4) Considere um motor de quatro cilindros 4T com diâmetro de 8,5 cm e curso do pistão de 8,8 cm e taxa de compressão de 9:1. Calcule o volume do curso do pistão (V p ), volume do cilindro (V), cilindrada e câmara de compressão (V c ). (R: 499 cm 3, 561,4 cm 3, 1996 cm 3, 62,4 cm 3 ).

MECÂNICA APLICADA. FONTES DE POTÊNCIA RENOVÁVEIS E MOTORES CICLO OTTO E DIESEL (2 e 4 TEMPOS) PROF Msc. Rui Casarin

MECÂNICA APLICADA. FONTES DE POTÊNCIA RENOVÁVEIS E MOTORES CICLO OTTO E DIESEL (2 e 4 TEMPOS) PROF Msc. Rui Casarin MECÂNICA APLICADA FONTES DE POTÊNCIA RENOVÁVEIS E MOTORES CICLO OTTO E DIESEL (2 e 4 TEMPOS) PROF Msc. Rui Casarin CONCEITOS BÁSICOS DE MECANIZAÇÃO Máquinas Implementos Ferramentas Operações Agrícolas

Leia mais

Universidade Paulista Unip

Universidade Paulista Unip Elementos de Produção de Ar Comprimido Compressores Definição Universidade Paulista Unip Compressores são máquinas destinadas a elevar a pressão de um certo volume de ar, admitido nas condições atmosféricas,

Leia mais

Máquinas Térmicas Τ = Q Q 1 2 T

Máquinas Térmicas Τ = Q Q 1 2 T Máquinas Térmicas T Τ = Q Q 1 2 O Refrigerador Ciclo Otto Motor à combustão Ciclo Otto Motor à combustão Ciclo Otto Motor à combustão Ciclo Otto Motor à combustão 1- Admissão 2- Compressão 3- Explosão

Leia mais

SISTEMAS AUXILIARES DOS MOTORES

SISTEMAS AUXILIARES DOS MOTORES SISTEMAS AUXILIARES DOS MOTORES 1. SISTEMA DE VÁLVULAS 2. SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO 3. SISTEMA DE ARREFECIMENTO 4. SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO 5. SISTEMA ELÉTRICO SISTEMA DE VÁLVULAS Responsável pelo fechamento

Leia mais

Motor de combustão interna

Motor de combustão interna 38 4 Motor de combustão interna 4.1 Considerações gerais Os motores de combustão interna são máquinas térmicas alternativas, destinadas ao suprimento de energia mecânica ou força motriz de acionamento.

Leia mais

Acumuladores hidráulicos

Acumuladores hidráulicos Tipos de acumuladores Compressão isotérmica e adiabática Aplicações de acumuladores no circuito Volume útil Pré-carga em acumuladores Instalação Segurança Manutenção Acumuladores Hidráulicos de sistemas

Leia mais

CAPÍTULO 8 - SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO (MOTORES OTTO) CARBURAÇÃO INJEÇÃO INTRODUÇÃO

CAPÍTULO 8 - SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO (MOTORES OTTO) CARBURAÇÃO INJEÇÃO INTRODUÇÃO CAPÍTULO 8 - SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO (MOTORES OTTO) CARBURAÇÃO INJEÇÃO INTRODUÇÃO Requisitos de mistura. Em geral, a ótima razão ar/combustível com determinada velocidade do motor consiste naquela em que

Leia mais

Os motores de CA podem ser monofásicos ou polifásicos. Nesta unidade, estudaremos os motores monofásicos alimentados por uma única fase de CA.

Os motores de CA podem ser monofásicos ou polifásicos. Nesta unidade, estudaremos os motores monofásicos alimentados por uma única fase de CA. Motores elétricos Os motores de CA podem ser monofásicos ou polifásicos. Nesta unidade, estudaremos os motores monofásicos alimentados por uma única fase de CA. Para melhor entender o funcionamento desse

Leia mais

COMPRESSORES. Ruy Alexandre Generoso

COMPRESSORES. Ruy Alexandre Generoso COMPRESSORES Ruy Alexandre Generoso É o componente básico de qualquer sistema pneumático. O ar é comprimido em um sistema pneumático, de forma que possa ser usado para puxar, empurrar, realizar trabalho

Leia mais

Descrever o princípio de funcionamento dos motores Ciclo Otto Identificar os componentes básicos do motor.

Descrever o princípio de funcionamento dos motores Ciclo Otto Identificar os componentes básicos do motor. Objetivos Descrever o princípio de funcionamento dos motores Ciclo Otto Identificar os componentes básicos do motor. Descrição Neste módulo são abordados os princípios de funcionamento do motor Ciclo Otto,

Leia mais

Sensores de detonação (KS ou Knock Sensor)

Sensores de detonação (KS ou Knock Sensor) Flavio Xavier www.flaviocursos.com.br Técnico em injeção eletronica Sensores de detonação Página Sensores de detonação (KS ou Knock Sensor) Flavio Xavier www.flaviocursos.com.br Técnico em injeção eletronica

Leia mais

Figura 6.1 - Ar sangrado do compressor da APU

Figura 6.1 - Ar sangrado do compressor da APU 1 Capítulo 6 - SANGRIA DE AR 6.1 - Finalidade e características gerais A finalidade da APU é fornecer ar comprimido para os sistemas pneumáticos da aeronave e potência de eixo para acionar o gerador de

Leia mais

TECNOLOGIA DOS MOTORES ALTERNATIVOS 1993

TECNOLOGIA DOS MOTORES ALTERNATIVOS 1993 TECNOLOGIA DOS MOTORES ALTERNATIVOS 1993 2 ÍNDICE 1- Introdução... 3 2- Constituição dos motores de combustão interna de quatro tempos... 3 2.1- Cabeça motor... 4 2.2- Bloco motor... 4 2.3- O cárter de

Leia mais

MÁQUINAS AGRÍCOLAS PROF. ELISEU FIGUEIREDO NETO

MÁQUINAS AGRÍCOLAS PROF. ELISEU FIGUEIREDO NETO MÁQUINAS AGRÍCOLAS PROF. ELISEU FIGUEIREDO NETO COLHEITA NA AUSTRALIA Hoje nós temos que preocupar não só em aprimorar as MÁQUINAS, mas também os OPERADORES que com elas trabalham. PARTES CONSTITUINTES

Leia mais

Lubrificação IV. Notou-se excessivo ruído no sistema de mudança. Sistema selado

Lubrificação IV. Notou-se excessivo ruído no sistema de mudança. Sistema selado A U A UL LA Lubrificação IV Introdução Notou-se excessivo ruído no sistema de mudança da caixa de câmbio de um automóvel. Um mecânico verificou que a caixa de câmbio estava com problemas por falta de óleo.

Leia mais

Hidráulica móbil aplicada a máquina agrícolas 1. 1. Bombas e Motores

Hidráulica móbil aplicada a máquina agrícolas 1. 1. Bombas e Motores Hidráulica móbil aplicada a máquina agrícolas 1 BOMBAS: 1. Bombas e Motores As bombas hidráulicas são o coração do sistema, sua principal função é converter energia mecânica em hidráulica. São alimentadas

Leia mais

AS CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DO MOTOR INCLUEM...

AS CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DO MOTOR INCLUEM... Motores H-Compact COMPACTO, REFRIGERAÇÃO EFICIENTE A importância crescente da economia de energia, dos requerimentos ambientais, da procura por dimensões menores e das imposições dos mercados nacionais

Leia mais

FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DE TRANSMISSÃO:

FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DE TRANSMISSÃO: FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DE TRANSMISSÃO: 1 - EMBREAGEM 2 - CÂMBIO 3 - DIFERENCIAL 4 - REDUÇÃO FINAL Luiz Atilio Padovan Prof. Eng. Agrônomo 1 EMBREAGEM LOCALIZAÇÃO 1 EMBREAGEM LOCALIZAÇÃO 1 EMBREAGEM LOCALIZAÇÃO

Leia mais

ALISADOR DE CONCRETO MANUAL DO USUÁRIO NAC2. Por favor, leia este Manual com atenção pára uso do equipamento.

ALISADOR DE CONCRETO MANUAL DO USUÁRIO NAC2. Por favor, leia este Manual com atenção pára uso do equipamento. ALISADOR DE CONCRETO MANUAL DO USUÁRIO NAC2 Por favor, leia este Manual com atenção pára uso do equipamento. Aviso Importante Certifique-se de verificar o nível de óleo como é descrito a seguir: 1. Nível

Leia mais

Período de injeção. Período que decorre do início da pulverização no cilindro e o final do escoamento do bocal.

Período de injeção. Período que decorre do início da pulverização no cilindro e o final do escoamento do bocal. CAPÍTULO 9 - MOTORES DIESEL COMBUSTÃO EM MOTORES DIESEL Embora as reações químicas, durante a combustão, sejam indubitavelmente muito semelhantes nos motores de ignição por centelha e nos motores Diesel,

Leia mais

Operação: Máquinas Térmicas I Prof. Eduardo Loureiro Motores de combustão por compressão (DIESEL).

Operação: Máquinas Térmicas I Prof. Eduardo Loureiro Motores de combustão por compressão (DIESEL). Máquinas Térmicas I Prof. Eduardo Loureiro Motores de combustão por compressão (DIESEL). Operação: Nos motores de ignição por compressão, apenas ar é induzido para dentro do cilindro no tempo de admissão.

Leia mais

PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO DOS MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA

PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO DOS MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO IT Departamento de Engenharia ÁREA DE MÁQUINAS E ENERGIA NA AGRICULTURA IT 154- MOTORES E TRATORES PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO DOS MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA

Leia mais

Procedimento Prático Para Manutenção de Cabine Introdução Manutenção preventiva Manutenção corretiva Procedimento, verificações e ensaios

Procedimento Prático Para Manutenção de Cabine Introdução Manutenção preventiva Manutenção corretiva Procedimento, verificações e ensaios Procedimento Prático Para Manutenção de Cabine Introdução Nos equipamentos elétricos se faz necessária a manutenção, para que os mesmo possam estar sempre disponível, prolongando sua vida útil, Esta manutenção

Leia mais

Válvulas controladoras de vazão

Válvulas controladoras de vazão Generalidades Válvula controladora de vazão variável Válvula de controle de vazão variável com retenção integrada Métodos de controle de vazão Válvula de controle de vazão com pressão compensada temperatura

Leia mais

2.5 Sistema de recuperação de energia. Funcionamento em alívio

2.5 Sistema de recuperação de energia. Funcionamento em alívio Funcionamento em alívio Se o consumo de ar for inferior a descarga de ar do compressor, a pressão da rede aumenta. Quando a pressão da rede atinge o limite superior da pressão de trabalho (pressão de descarga),

Leia mais

ESTUDO EXPERIMENTAL DA COMBUSTÃO DO ETANOL ADITIVADO NA MÁQUINA DE COMPRESSÃO RÁPIDA

ESTUDO EXPERIMENTAL DA COMBUSTÃO DO ETANOL ADITIVADO NA MÁQUINA DE COMPRESSÃO RÁPIDA ESTUDO EXPERIMENTAL DA COMBUSTÃO DO ETANOL ADITIVADO NA MÁQUINA DE COMPRESSÃO RÁPIDA Aluno: Dayana Siqueira de Azevedo Orientador: Carlos Valois Maciel Braga Introdução Hoje em dia, muitas pesquisas estão

Leia mais

Fontes de potência para acionamento de máquinas agrícolas

Fontes de potência para acionamento de máquinas agrícolas Universidade Estadual do Norte Fluminense Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias Laboratório de Engenharia Agrícola EAG 03204 Mecânica Aplicada * Fontes de potência para acionamento de máquinas

Leia mais

TÉCNICO EM MECÂNICA NOME: Nº INSC.: PRRH. Pró-Reitoria de Recursos Humanos

TÉCNICO EM MECÂNICA NOME: Nº INSC.: PRRH. Pró-Reitoria de Recursos Humanos TÉNIO M MÂNI NOM: Nº INS.: PRRH Pró-Reitoria de Recursos Humanos Para a usinagem de uma engrenagem de 55 dentes, de módulo 2 mm, foi utilizada uma barra de seção circular de 5". onsiderando a necessidade

Leia mais

Transmissões de Potência

Transmissões de Potência Transmissões de Potência PMR 2201 Transmissões O emprego de transmissões torna-se necessário para compatibilizar a velocidade angular ou conjugado da máquina motriz com a necessidade da máquina acionada,

Leia mais

DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRÂNSITO DE ALAGOAS - DETRAN/AL QUESTÕES SOBRE MECÂNICA

DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRÂNSITO DE ALAGOAS - DETRAN/AL QUESTÕES SOBRE MECÂNICA A quilometragem percorrida pelo veículo é indicada pelo: 1 velocímetro. 2 hodômetro. 3 manômetro. 4 conta-giros. O termômetro é utilizado para indicar a temperatura: 1 do motor. 2 do combustível. 3 no

Leia mais

COMPRESSORES PARAFUSO

COMPRESSORES PARAFUSO COMPRESSORES PARAFUSO PARTE 1 Tradução e adaptação da Engenharia de Aplicação da Divisão de Contratos YORK REFRIGERAÇÃO. Introdução Os compressores parafuso são hoje largamente usados em refrigeração industrial

Leia mais

Ciclo de motor de combustão interna, que se completa em duas revoluções(rotação) da árvore de manivelas.

Ciclo de motor de combustão interna, que se completa em duas revoluções(rotação) da árvore de manivelas. 1 3.0 Descrição do Funcionamento dos Motores O conjunto de processo sofrido pelo fluido ativo que se repete periodicamente é chamado de ciclo. Este ciclo pode acontecer em 2 ou 4 tempos. Figura 3: Nomenclatura

Leia mais

PROCESSOS DE TRANSFORMAÇÃO PARA MATERIAIS PLÁSTICOS

PROCESSOS DE TRANSFORMAÇÃO PARA MATERIAIS PLÁSTICOS PROCESSOS DE TRANSFORMAÇÃO PARA MATERIAIS PLÁSTICOS 1 - Introdução Este texto tem o objetivo de informar conceitos básicos dos principais processos de transformação para materiais plásticos. 2 - Moldagem

Leia mais

1 ATUADORES HIDRÁULICOS

1 ATUADORES HIDRÁULICOS 1 ATUADORES HIDRÁULICOS Danniela Rosa Sua função é aplicar ou fazer atuar energia mecânica sobre uma máquina, levando-a a realizar um determinado trabalho. Aliás, o motor elétrico também é um tipo de atuador.

Leia mais

(a) a aceleração do sistema. (b) as tensões T 1 e T 2 nos fios ligados a m 1 e m 2. Dado: momento de inércia da polia I = MR / 2

(a) a aceleração do sistema. (b) as tensões T 1 e T 2 nos fios ligados a m 1 e m 2. Dado: momento de inércia da polia I = MR / 2 F128-Lista 11 1) Como parte de uma inspeção de manutenção, a turbina de um motor a jato é posta a girar de acordo com o gráfico mostrado na Fig. 15. Quantas revoluções esta turbina realizou durante o teste?

Leia mais

lubrificantes e combustíveis

lubrificantes e combustíveis lubrificantes e combustíveis Lubrificantes A lubrificação é um dos principais itens de manutenção de máquinas agrícolas e deve ser entendida e praticada para aumento da vida útil das mesmas,devido se tornarem

Leia mais

Miguel C. Branchtein, Delegacia Regional do Trabalho no Rio Grande do Sul

Miguel C. Branchtein, Delegacia Regional do Trabalho no Rio Grande do Sul DETERMINAÇÃO DE CONDIÇÃO DE ACIONAMENTO DE FREIO DE EMERGÊNCIA TIPO "VIGA FLUTUANTE" DE ELEVADOR DE OBRAS EM CASO DE QUEDA DA CABINE SEM RUPTURA DO CABO Miguel C. Branchtein, Delegacia Regional do Trabalho

Leia mais

V.7. Noções Básicas sobre o uso da Potência e do Torque do Motor.

V.7. Noções Básicas sobre o uso da Potência e do Torque do Motor. V.7. Noções Básicas sobre o uso da Potência e do Torque do Motor. V.7.1. Torque Quando você faz força para desrosquear uma tampa de um vidro de conservas com a mão, se está aplicando torque. O torque é

Leia mais

Termelétrica de Ciclo Combinado

Termelétrica de Ciclo Combinado Termelétrica de Ciclo Combinado As usinas termelétricas são máquinas térmicas que têm como objetivo a conversão da energia de um combustível em energia elétrica. A eficiência térmica de conversão destas

Leia mais

Ciclos de operação. Motores alternativos: Razão de compressão. Máquinas Térmicas I Prof. Eduardo Loureiro

Ciclos de operação. Motores alternativos: Razão de compressão. Máquinas Térmicas I Prof. Eduardo Loureiro Ciclos de operação Motores alternativos: O pistão move-se pra frente e pra trás no interior de um cilindro transmitindo força para girar um eixo (o virabrequim) por meio de um sistema de biela e manivela.

Leia mais

BRITADORES DE CONE 1. DESCRIÇÃO:

BRITADORES DE CONE 1. DESCRIÇÃO: SISTEMA MECÂNICO DE ALÍVIO SISTEMA HIDRÁULICO DE ALÍVIO 1. DESCRIÇÃO: Os britadores de cone Piacentini, são equipamentos robustos que proporcionam alta produtividade, baixo custo operacional e longa vida

Leia mais

CONVERSOR DE TORQUE PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO

CONVERSOR DE TORQUE PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO CONVERSOR DE TORQUE PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO Em matérias anteriores, conhecemos algumas noções básicas do funcionamento de uma transmissão automática, com seus componentes principais, informando ao técnico

Leia mais

Lubrificação III. Após a visita de um vendedor de lubrificante. Outros dispositivos de lubrificação

Lubrificação III. Após a visita de um vendedor de lubrificante. Outros dispositivos de lubrificação A U A UL LA Lubrificação III Introdução Após a visita de um vendedor de lubrificante ao setor de manutenção de uma indústria, o pessoal da empresa constatou que ainda não conhecia todos os dispositivos

Leia mais

PRINCIPAIS DEFICIÊNCIAS EM CIRCUITOS HIDRÁULICOS QUE OCASIONAM FALHAS EM BOMBAS HIDRÁULICAS

PRINCIPAIS DEFICIÊNCIAS EM CIRCUITOS HIDRÁULICOS QUE OCASIONAM FALHAS EM BOMBAS HIDRÁULICAS INFORMATIVO TÉCNICO N 019/09 INFORMATIVO TÉCNICO PRINCIPAIS DEFICIÊNCIAS EM CIRCUITOS HIDRÁULICOS QUE OCASIONAM FALHAS EM BOMBAS HIDRÁULICAS 1/21 INFORMATIVO TÉCNICO N 019/09 O PRINCIPAL COMPONENTE DE

Leia mais

Motores alternativos de combustão interna. Parte 1

Motores alternativos de combustão interna. Parte 1 Motores alternativos de combustão interna Parte 1 Introdução Sistemas de potência utilizando gás: Turbinas a gás Motores alternativos (ICE, ICO) Ciclos a gás modelam estes sist. Embora não trabalhem realmente

Leia mais

Tratamentos térmicos. 1. Introdução

Tratamentos térmicos. 1. Introdução Universidade Estadual do Norte Fluminense Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias Laboratório de Engenharia Agrícola EAG 3204 Mecânica Aplicada * Tratamentos térmicos 1. Introdução O tratamento

Leia mais

Sensores e Atuadores (2)

Sensores e Atuadores (2) (2) 4º Engenharia de Controle e Automação FACIT / 2009 Prof. Maurílio J. Inácio Atuadores São componentes que convertem energia elétrica, hidráulica ou pneumática em energia mecânica. Através dos sistemas

Leia mais

n 1 L 1 n 2 L 2 Supondo que as ondas emergentes podem interferir, é correto afirmar que

n 1 L 1 n 2 L 2 Supondo que as ondas emergentes podem interferir, é correto afirmar que QUESTÃO 29 QUESTÃO 27 Uma escada de massa m está em equilíbrio, encostada em uma parede vertical, como mostra a figura abaixo. Considere nulo o atrito entre a parede e a escada. Sejam µ e o coeficiente

Leia mais

Disjuntor a Vácuo uso Interno

Disjuntor a Vácuo uso Interno Disjuntor a Vácuo uso Interno D27 - U 1 Sumário 1. Aplicação... 3 2. Condições Normais de Serviço... 4 3. Principais Parâmetros Técnicos... 4 4. Estrutura e Operação do Disjuntor... 5 4.1. Estrutura Geral:...

Leia mais

MÁQUINA PARA COSTURAR BOCA DE SACO

MÁQUINA PARA COSTURAR BOCA DE SACO MANUAL DE INSTRUÇÃO MÁQUINA PARA COSTURAR BOCA DE SACO MODELO: SS-26-1W - 1 - MÁQUINA PARA COSTURAR BOCA DE SACO Leia atentamente as instruções antes de iniciar o uso: a) Verificar se a voltagem está correta

Leia mais

BORRA DE ÓLEO. Qual o motivo da formação da borra?

BORRA DE ÓLEO. Qual o motivo da formação da borra? BORRA DE ÓLEO Uma vez que um grande número de veículos vem apresentando problemas de borra de óleo, acendimento intermitente de luz de óleo no painel, ruído no motor e possível travamento do motor por

Leia mais

Seção 12 Conjunto do motor

Seção 12 Conjunto do motor Seção 12 Conjunto do motor Página CONJUNTO DO MOTOR... 164 Instalação do virabrequim... 164 Instale o pistão e a biela... 164 Instalação do eixo de cames... 164 Instalação da bomba de óleo... 165 Instalação

Leia mais

DIRETORIA ACADÊMICA COORDENAÇÃO DO CURSO DE ELETROTÉCNICA. Disciplina: Máquinas e Acionamentos Elétricos. Prof.: Hélio Henrique

DIRETORIA ACADÊMICA COORDENAÇÃO DO CURSO DE ELETROTÉCNICA. Disciplina: Máquinas e Acionamentos Elétricos. Prof.: Hélio Henrique DIRETORIA ACADÊMICA COORDENAÇÃO DO CURSO DE ELETROTÉCNICA Disciplina: Máquinas e Acionamentos Elétricos Prof.: Hélio Henrique 2 MÁQUINAS DE CORRENTE CONTÍNUA 2.1 - COMPONENTES DA MÁQUINA CC Fig. 2-1 :

Leia mais

MANUTENÇÃO CENTRADA NA CONFIABILIDADE DE SUBESTAÇÕES

MANUTENÇÃO CENTRADA NA CONFIABILIDADE DE SUBESTAÇÕES Comitê de Estudo B3 Subestações Força Tarefa - Manutenção Centrada na Confiabilidade MANUTENÇÃO CENTRADA NA CONFIABILIDADE DE SUBESTAÇÕES Comutadores de tap INTRODUÇÃO Os comutadores de tap são utilizados

Leia mais

Centro de Seleção/UFGD Técnico em Refrigeração ==Questão 26==================== Assinale a alternativa que define refrigeração.

Centro de Seleção/UFGD Técnico em Refrigeração ==Questão 26==================== Assinale a alternativa que define refrigeração. Técnico em Refrigeração ==Questão 26==================== Assinale a alternativa que define refrigeração. (A) O movimento de energia de frio dentro de um espaço onde ele é necessário. (B) A remoção de calor

Leia mais

Considerações sobre redimensionamento de motores elétricos de indução

Considerações sobre redimensionamento de motores elétricos de indução Considerações sobre redimensionamento de motores elétricos de indução Artigo publicado na revista Lumiere Electric edição nº 166 Aplicações de investimentos dentro das empresas sempre são questionadas

Leia mais

Sistema de Lubrificação dos Motores de Combustão Interna. Sistemas auxiliares dos motores

Sistema de Lubrificação dos Motores de Combustão Interna. Sistemas auxiliares dos motores Sistema de Lubrificação dos Motores de Combustão Interna Sistemas auxiliares dos motores SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO O sistema de lubrificação tem como função distribuir o óleo lubrificante entre partes móveis

Leia mais

1 a QUESTÃO Valor 1,0

1 a QUESTÃO Valor 1,0 1 a QUESTÃO Valor 1,0 Um esquimó aguarda a passagem de um peixe sob um platô de gelo, como mostra a figura abaixo. Ao avistá-lo, ele dispara sua lança, que viaja com uma velocidade constante de 50 m/s,

Leia mais

Fundamentos de Automação. Atuadores e Elementos Finais de Controle

Fundamentos de Automação. Atuadores e Elementos Finais de Controle Ministério da educação - MEC Secretaria de Educação Profissional e Técnica SETEC Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul Campus Rio Grande Fundamentos de Automação Atuadores

Leia mais

Tipos de Poços. escavação..

Tipos de Poços. escavação.. O que é um poço Tubular Chamamos de poço toda perfuração através da qual obtemos água de um aqüífero e há muitas formas de classificá-los. Usaremos aqui uma classificação baseada em sua profundidade e

Leia mais

Acionamento de Motores CA

Acionamento de Motores CA Fundação Universidade Federal ACIONAMENTOS de Mato Grosso do CA Sul 1 Acionamentos Eletrônicos de Motores Acionamento de Motores CA Prof. Márcio Kimpara Prof. João Onofre. P. Pinto Universidade Federal

Leia mais

76. A resultante das forças que atuam nesse automóvel, enquanto ele se move no trecho plano e reto da estrada, é nula.

76. A resultante das forças que atuam nesse automóvel, enquanto ele se move no trecho plano e reto da estrada, é nula. PROVA DE FÍSICA Um automóvel move-se em uma estrada plana e reta, com velocidade constante. Ele entra em uma curva, também plana, que tem a forma de um arco de um círculo. Nessa curva, o módulo da velocidade

Leia mais

Automatismos Industriais

Automatismos Industriais Automatismos Industriais Introdução à Pneumática Nos actuais sistemas de automação a pneumática é um elemento muito importante pois está presente num vasto numero de aplicações, seja como sistema totalmente

Leia mais

SISTEMAS TÉRMICOS DE POTÊNCIA

SISTEMAS TÉRMICOS DE POTÊNCIA SISTEMAS TÉRMICOS DE POTÊNCIA PROF. RAMÓN SILVA Engenharia de Energia Dourados MS - 2013 MÁQUINAS TÉRMICAS MOTORES A PISTÃO Também conhecido como motor alternativo, por causa do tipo de movimento do pistão.

Leia mais

Apostila Didática Nº 2. Motores de Combustão Interna. Prof. Dr. Carlos Eduardo Angeli Furlani Prof. Dr. Rouverson Pereira da Silva

Apostila Didática Nº 2. Motores de Combustão Interna. Prof. Dr. Carlos Eduardo Angeli Furlani Prof. Dr. Rouverson Pereira da Silva Apostila Didática Nº 2 Motores de Combustão Interna Prof. Dr. Carlos Eduardo Angeli Furlani Prof. Dr. Rouverson Pereira da Silva Jaboticabal SP 2006 1 INDICE 1. Introdução..............................................................

Leia mais

Controle II. Estudo e sintonia de controladores industriais

Controle II. Estudo e sintonia de controladores industriais Controle II Estudo e sintonia de controladores industriais Introdução A introdução de controladores visa modificar o comportamento de um dado sistema, o objetivo é, normalmente, fazer com que a resposta

Leia mais

Instruções para uso do peso de bater automático

Instruções para uso do peso de bater automático Este equipamento foi desenvolvido com as finalidades de: 1) Agilizar e otimizar o tempo necessário para os testes de penetração de solo; 2) Melhorar a ergonomia do procedimento, evitando esforços físicos

Leia mais

EXERCÍCIOS ON LINE DE CIÊNCIAS - 9 ANO

EXERCÍCIOS ON LINE DE CIÊNCIAS - 9 ANO EXERCÍCIOS ON LINE DE CIÊNCIAS - 9 ANO 1- Com a finalidade de diminuir a dependência de energia elétrica fornecida pelas usinas hidroelétricas no Brasil, têm surgido experiências bem sucedidas no uso de

Leia mais

1. A Função da Vela de Ignição

1. A Função da Vela de Ignição 1. A Função da Vela de Ignição A função da vela de ignição é conduzir a alta voltagem elétrica para o interior da câmara de combustão, convertendo-a em faísca para inflamar a mistura ar/combustível. Apesar

Leia mais

2. ORIENTAÇÕES DE SEGURANÇA

2. ORIENTAÇÕES DE SEGURANÇA MANUAL DE INSTRUÇÕES COMPRESSOR DE AR ÍNDICE 1. PREPARAÇÃO 2. ORIENTAÇÕES DE SEGURANÇA 3. PRECAUÇÕES 4. DESCRIÇÃO BREVE 5. VISÃO GERAL E COMPONENTES PRINCIPAIS 6. PRINCIPAIS PARÂMETROS TÉCNICOS 7. VISÃO

Leia mais

Projeto rumo ao ita. Química. Exercícios de Fixação. Exercícios Propostos. Termodinâmica. ITA/IME Pré-Universitário 1. 06. Um gás ideal, com C p

Projeto rumo ao ita. Química. Exercícios de Fixação. Exercícios Propostos. Termodinâmica. ITA/IME Pré-Universitário 1. 06. Um gás ideal, com C p Química Termodinâmica Exercícios de Fixação 06. Um gás ideal, com C p = (5/2)R e C v = (3/2)R, é levado de P 1 = 1 bar e V 1 t = 12 m³ para P 2 = 12 bar e V 2 t = 1m³ através dos seguintes processos mecanicamente

Leia mais

Chemguard - Sistemas de Espuma. Sistemas de espuma de alta expansão DESCRIÇÃO: SC-119 MÉTODO DE OPERAÇÃO

Chemguard - Sistemas de Espuma. Sistemas de espuma de alta expansão DESCRIÇÃO: SC-119 MÉTODO DE OPERAÇÃO Sistemas de espuma de alta expansão DESCRIÇÃO: O Gerador de Espuma de Alta Expansão (Hi-Ex) Chemguard é um componente em um Sistema de Supressão de Incêndios de Espuma de Alta Expansão. Não requer nenhuma

Leia mais

9. MANUTENÇÃO DE TRANSFORMADORES:

9. MANUTENÇÃO DE TRANSFORMADORES: 9. MANUTENÇÃO DE TRANSFORMADORES: 9.1 OTIMIZAÇÃO E MONITORAMENTO DA OPERAÇÃO DOS TRANSFORMADORES Os transformadores são máquinas estáticas que transferem energia elétrica de um circuito para outro, mantendo

Leia mais

Princípios de Funcionamento do Filtro de do Combustível

Princípios de Funcionamento do Filtro de do Combustível 10 Princípios Princípios de Funcionamento do Sistema de Filtração de Combustível O sistema de alimentação de combustível tem a finalidade de conduzir o combustível, do tanque até a camara de combustão,

Leia mais

DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA COORDENAÇÃO DO CURSO DE ELETROTÉCNICA. Disciplina: Máquinas e Automação Elétrica. Prof.

DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA COORDENAÇÃO DO CURSO DE ELETROTÉCNICA. Disciplina: Máquinas e Automação Elétrica. Prof. DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA COORDENAÇÃO DO CURSO DE ELETROTÉCNICA Disciplina: Máquinas e Automação Elétrica Prof.: Hélio Henrique INTRODUÇÃO IFRN - Campus Mossoró 2 MOTORES TRIFÁSICOS CA Os motores

Leia mais

Motores elétricos Siemens e a Economia de Energia

Motores elétricos Siemens e a Economia de Energia Jornadas Técnicas Novas perspectivas Drive Technology Mundo em Motores elétricos Siemens e a Economia de Energia Tópicos Instalando o motor elétrico com inversor de freqüência Princípio de funcionamento

Leia mais

ELEMENTOS ORGÂNICOS DE MÁQUINAS II AT-102

ELEMENTOS ORGÂNICOS DE MÁQUINAS II AT-102 Universidade Federal do Paraná Curso de Engenharia Industrial Madeireira ELEMENTOS ORGÂNICOS DE MÁQUINAS II AT-102 Dr. Alan Sulato de Andrade alansulato@ufpr.br INTRODUÇÃO: Embreagens são elementos que

Leia mais

Um sistema bem dimensionado permite poupar, em média, 70% a 80% da energia necessária para o aquecimento de água que usamos em casa.

Um sistema bem dimensionado permite poupar, em média, 70% a 80% da energia necessária para o aquecimento de água que usamos em casa. Mais Questões Isildo M. C. Benta, Assistência Técnica Certificada de Sistemas Solares Quanto poupo se instalar um painel solar térmico? Um sistema bem dimensionado permite poupar, em média, 70% a 80% da

Leia mais

Núcleo de Pós-Graduação Pitágoras Escola Satélite. Curso de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho

Núcleo de Pós-Graduação Pitágoras Escola Satélite. Curso de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho Núcleo de Pós-Graduação Pitágoras Escola Satélite Curso de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho Núcleo de Pós-Graduação Pitágoras Escola Satélite Aula 17 Combustíveis e inflamáveis Núcleo

Leia mais

MULTISPRAY 2000 RECOMENDAÇÕES CUIDADOS NO MANUSEIO DE PRODUTOS QUÍMICOS

MULTISPRAY 2000 RECOMENDAÇÕES CUIDADOS NO MANUSEIO DE PRODUTOS QUÍMICOS RECOMENDAÇÕES CUIDADOS NO MANUSEIO DE PRODUTOS QUÍMICOS Os defensivos agrícolas são classificados de acordo com a sua classe toxicológica. Para cada uma das classes existe uma recomendação especial em

Leia mais

EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE. 1.0 Introdução

EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE. 1.0 Introdução EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE 1.0 Introdução O presente trabalho é resultado de uma visão futurística acerca da preservação do meio ambiente e da manutenção da vida. Alguns anos de estudo e pesquisas na área

Leia mais

MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA

MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA FRANCISCO LORENZO MAGALHÃES LIMA INÊS FERNANDES MOURA SOARES MARIANA MORAIS SANTOS GIL DA COSTA NUNO FILIPE PINTO MARTINS SILVA PEDRO JOSÉ DA SILVA CARVALHO PEREIRA DE SOUSA

Leia mais

MÁQUINAS TÉRMICAS AT-101

MÁQUINAS TÉRMICAS AT-101 Universidade Federal do Paraná Curso de Engenharia Industrial Madeireira MÁQUINAS TÉRMICAS AT-101 Dr. Alan Sulato de Andrade alansulato@ufpr.br 1 HISTÓRICO: O desenvolvimento inicial das turbinas, ocorreu

Leia mais

Objetivo Geral: - Conhecer as semelhanças e diferenças entre máquinas de corrente contínua e máquinas síncronas.

Objetivo Geral: - Conhecer as semelhanças e diferenças entre máquinas de corrente contínua e máquinas síncronas. ( ) Prova ( ) Prova Semestral ( ) Exercícios ( ) Prova Modular ( ) Segunda Chamada ( ) Exame Final ( ) Prática de Laboratório ( ) Aproveitamento Extraordinário de Estudos Nota: Disciplina: Turma: Aluno

Leia mais

Como funciona o motor de corrente contínua

Como funciona o motor de corrente contínua Como funciona o motor de corrente contínua Escrito por Newton C. Braga Este artigo é de grande utilidade para todos que utilizam pequenos motores, principalmente os projetistas mecatrônicos. Como o artigo

Leia mais

Bomba d água rara: a solução é a remanufaturar!

Bomba d água rara: a solução é a remanufaturar! Bomba d água rara: a solução é a remanufaturar! Os primeiros motores faziam uso do sistema de termossifão, que utilizava o aquecimento da própria água para circulá-la pelo motor. Porém, com o aumento da

Leia mais

DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA PROTEÇÃO DE SISTEMA AÉREO DE DISTRIBUIÇÃO 2B CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO

DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA PROTEÇÃO DE SISTEMA AÉREO DE DISTRIBUIÇÃO 2B CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO 1 DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA PROTEÇÃO DE SISTEMA AÉREO DE DISTRIBUIÇÃO 2B CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO Durante um curto-circuito, surge uma corrente de elevada intensidade

Leia mais

11.1 EQUAÇÃO GERAL DOS BALANÇOS DE ENERGIA. Acúmulo = Entrada Saída + Geração Consumo. Acúmulo = acúmulo de energia dentro do sistema

11.1 EQUAÇÃO GERAL DOS BALANÇOS DE ENERGIA. Acúmulo = Entrada Saída + Geração Consumo. Acúmulo = acúmulo de energia dentro do sistema 11 BALANÇOS DE ENERGIA EM PROCESSOS FÍSICOS E QUÍMICOS Para utilizar adequadamente a energia nos processos é preciso que sejam entendidos os princípios básicos envolvidos na geração, utilização e transformação

Leia mais

Geração de Energia Elétrica

Geração de Energia Elétrica Geração de Energia Elétrica Geração Termoelétrica a Gás Joinville, 07 de Maio de 2012 Escopo dos Tópicos Abordados Conceitos básicos de termodinâmica; Centrais Térmicas a Gás: Descrição de Componentes;

Leia mais

NOSSA MISSÃO, NESTE DIA, É TENTAR MOSTRAR AOS SENHORES, QUE A CO LHEDORA SANTAL TANDEM SII, NÃO É O CORTE DE MUDAS, MAS TAMBÉM É

NOSSA MISSÃO, NESTE DIA, É TENTAR MOSTRAR AOS SENHORES, QUE A CO LHEDORA SANTAL TANDEM SII, NÃO É O CORTE DE MUDAS, MAS TAMBÉM É ALTO RENDIMENTO DE COLHEITA MECANIZADA COM BAIXO CONSUMO DE COMBUSTÍVEL. NOSSA MISSÃO, NESTE DIA, É TENTAR MOSTRAR AOS SENHORES, QUE A CO LHEDORA SANTAL TANDEM SII, NÃO É SOMENTE A MELHOR MÁQUINA PARA

Leia mais

Elementos de máquina. Curso de Tecnologia em Mecatrônica 6º fase. Diego Rafael Alba

Elementos de máquina. Curso de Tecnologia em Mecatrônica 6º fase. Diego Rafael Alba E Curso de Tecnologia em Mecatrônica 6º fase Diego Rafael Alba 1 Mancais De modo geral, os elementos de apoio consistem em acessórios para o bom funcionamento de máquinas. Desde quando o homem passou a

Leia mais

Balanceamento em campo

Balanceamento em campo Balanceamento e Desbalanceamento TIPOS DE DESBALANCEAMENTO DESBALANCEAMENTO EM 1 PLANO Rotor em forma de disco Geralmente em forma de disco onde o diâmetro é representativo em relação a altura do rotor.

Leia mais

Cap. 04 - Sistema de Alimentação e Combustível

Cap. 04 - Sistema de Alimentação e Combustível Cap. 04 - Sistema de Alimentação e Combustível SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO O Sistema de Alimentação, como o nome já diz, se destina a fornecer a mistura ar-combustível ao motor, na pressão e temperatura apropriada.

Leia mais

Aula -2 Motores de Corrente Contínua com Escovas

Aula -2 Motores de Corrente Contínua com Escovas Aula -2 Motores de Corrente Contínua com Escovas Introdução Será descrito neste tópico um tipo específico de motor que será denominado de motor de corrente contínua com escovas. Estes motores possuem dois

Leia mais

Dinâmica do movimento de Rotação

Dinâmica do movimento de Rotação Dinâmica do movimento de Rotação Disciplina: Mecânica Básica Professor: Carlos Alberto Objetivos de aprendizagem Ao estudar este capítulo você aprenderá: O que significa o torque produzido por uma força;

Leia mais

EXPERIMENTO 11: DEMONSTRAÇÕES SOBRE ELETROMAGNETISMO. Observar, descrever e explicar algumas demonstrações de eletromagnetismo.

EXPERIMENTO 11: DEMONSTRAÇÕES SOBRE ELETROMAGNETISMO. Observar, descrever e explicar algumas demonstrações de eletromagnetismo. EXPERIMENTO 11: DEMONSTRAÇÕES SOBRE ELETROMAGNETISMO 11.1 OBJETIVOS Observar, descrever e explicar algumas demonstrações de eletromagnetismo. 11.2 INTRODUÇÃO Força de Lorentz Do ponto de vista formal,

Leia mais

Inversores de Frequência Aplicados em Processos de Mineração Trazem Ganho de Produtividade, Economia de Energia e Manutenção Reduzida.

Inversores de Frequência Aplicados em Processos de Mineração Trazem Ganho de Produtividade, Economia de Energia e Manutenção Reduzida. Inversores de Frequência Aplicados em Processos de Mineração Trazem Ganho de Produtividade, Economia de Energia e Manutenção Reduzida. Eng. Cristian Benedet Tezza - cristian@weg.net WEG AUTOMAÇÃO Av. Prefeito

Leia mais

Motores de Combustão Interna MCI

Motores de Combustão Interna MCI Motores de Combustão Interna MCI Aula 3 - Estudo da Combustão Componentes Básicos dos MCI Combustão Combustão ou queima é uma reação química exotérmica entre um substância (combustível) e um gás (comburente),

Leia mais

INSTALAÇÃO, LUBRIFICAÇÃO E MANUTENÇÃO DAS CORRENTES TRANSPORTADORAS PROCEDIMENTO DE INSTALAÇÃO DA CORRENTE

INSTALAÇÃO, LUBRIFICAÇÃO E MANUTENÇÃO DAS CORRENTES TRANSPORTADORAS PROCEDIMENTO DE INSTALAÇÃO DA CORRENTE UNP-130408 1 de 6 INSTALAÇÃO, LUBRIFICAÇÃO E MANUTENÇÃO DAS CORRENTES TRANSPORTADORAS A vida útil das correntes transportadoras e elevadoras está diretamente ligada aos cuidados com a instalação, lubrificação

Leia mais

Introdução ao Controlo Numérico Computorizado I Conceitos Gerais

Introdução ao Controlo Numérico Computorizado I Conceitos Gerais Introdução ao Controlo Numérico Computorizado I Conceitos Gerais João Manuel R. S. Tavares Joaquim Oliveira Fonseca Bibliografia Controlo Numérico Computorizado, Conceitos Fundamentais Carlos Relvas Publindústria,

Leia mais