PANORAMA SOBRE DISCURSO DE ÓDIO NO BRASIL

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "PANORAMA SOBRE DISCURSO DE ÓDIO NO BRASIL"

Transcrição

1 PANORAMA SOBRE DISCURSO DE ÓDIO NO BRASIL O que é Discurso do Ódio? É o discurso que visa à promoção do ódio e incitação a discriminação, hostilidade e violência contra uma pessoa ou grupo em virtude de raça, religião, nacionalidade, orientação sexual, gênero, condição física ou outra característica de um determinado grupo. O discurso do ódio tem sido empregado para insultar, perseguir e justificar a privação dos direitos humanos e, em casos extremos, para dar razão a homicídios. 1 As diversas experiências mundiais em relação ao discurso de ódio, principalmente com o Holocausto na Alemanha Nazista durante a Segunda Guerra Mundial, geraram a preocupação com as consequências nocivas de tais discursos e a necessidade de se criarem legislações que impedissem sua disseminação. Entretanto, a proibição do discurso do ódio entra em conflito com o direito à liberdade de expressão, garantido por diversos documentos e legislações internacionais e de essencial importância para a democracia. Neste sentido, como combater o discurso do ódio sem que isto represente uma ameaça ao direito à liberdade de expressão? Porque restringir a Liberdade de Expressão? A liberdade de expressão é um direito consagrado mundialmente como essencial à realização e proteção de todos os direitos humanos. A Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948, em seu Artigo 19 garante que toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras. 1 Hate Speech and the American Convention on the Human Rights, by the Office of the Special Rapporteur for Freedom of Expression, 2004, Organization of the American States. Página 1 de 18

2 Da mesma forma, o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos (PIDCP), tratado das Nações Unidas ratificado por diversos países, em seu artigo 19(2) estabelece que: Toda pessoa terá direito à liberdade de expressão; esse direito incluirá a liberdade de procurar, receber e difundir informações e idéias de qualquer natureza, independentemente de considerações de fronteiras, verbalmente ou por escrito, em forma impressa ou artística, ou qualquer outro meio de sua escolha. E ainda, a Convenção Americana sobre Direitos Humanos, ratificada pelo Brasil em setembro de 1992, protege a liberdade de expressão e acesso à informação em seu artigo 13(1): Artigo 13 - Liberdade de pensamento e de expressão 1. Toda pessoa tem o direito à liberdade de pensamento e de expressão. Esse direito inclui a liberdade de procurar, receber e difundir informações e idéias de qualquer natureza, sem considerações de fronteiras, verbalmente ou por escrito, ou em forma impressa ou artística, ou por qualquer meio de sua escolha. Entretanto, este direito não é absoluto. O direito à liberdade de expressão é limitado por outros direitos igualmente consagrados, como o direito à imagem, à intimidade, à honra. Desta forma, são impostas responsabilidades e restrições ao exercício da liberdade de expressão. O artigo19(3) do PIDCC determina responsabilidades no exercício da liberdade de expressão e restrições em alguns casos, mas somente se a restrição for (a) prevista em lei, (b) necessária, (c) para proteção de um dos objetivos listados no artigo, quais sejam: assegurar o respeito do direito e reputação dos outros, a segurança nacional, a ordem, saúde ou moral pública. A Convenção Americana de Direitos Humanos garante, em seu artigo 13(2) que não haverá censura prévia (com exceção daquela com o objetivo de proteção moral de crianças e adolescentes no acesso à espetáculos públicos), mas impõe a responsabilização posterior do autor no exercício da liberdade de expressão. Ambos os tratados trazem também a obrigação de a lei proibir a propaganda em favor da guerra e a apologia do ódio nacional, radical, racial ou religioso que constitua incitamento à discriminação, à hostilidade ou à violência o discurso de ódio. Página 2 de 18

3 A Convenção Internacional sobre Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial 2, por sua vez, é mais incisiva e traz em seu artigo 4(a) um texto mais abrangente a respeito do discurso de ódio: [Os Estados Membros comprometem-se] a declarar como delitos puníveis por lei, qualquer difusão de idéias baseadas na superioridade ou ódio raciais, qualquer incitamento à discriminação racial, assim como quaisquer atos de violência ou provocação a tais atos, dirigidos contra qualquer raça ou qualquer grupo de pessoas de outra cor ou de outra origem étnica, como também qualquer assistência prestada a atividades racistas, inclusive seu financiamento Sobre o discurso de ódio o Relator Especial sobre Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana sobre Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos, em declaração conjunta com o Relator sobre Liberdade de Expressão e Opinião da ONU e com a Organização para Segurança e Cooperação Europeia, reconheceu o caráter nocivo de declarações que incitem e promovam ódio racial, discriminação, violência e intolerância, e que crimes contra a humanidade são frequentemente precedidos deste tipo de discurso. 3 Qualquer restrição à liberdade de expressão deve respeitar a chamada regra dos três passos contidos no artigo 19 (3) do PIDCP: (a) A restrição deve ser prevista em lei. Este requisito estará preenchido somente se a lei for acessível e sua formulação for precisa de modo que o cidadão seja capaz de regular sua própria conduta 4 ; (b) A restrição deve objetivar resguardar um interesse legitimo. Exclusivamente aqueles definidos pelos tratados internacionais; (c) A restrição deve ser necessária em uma sociedade democrática. Deve haver uma premente necessidade social 5 para restrição. A justificativa dada deve ser relevante e suficiente e a restrição deve ser proporcional ao objetivo visado. 6 2 Adotada pela Resolução A (XX) da Assembleia Geral das Nações Unidas, em , e ratificada pelo Brasil em Ibid. nota 1 4 The Sunday Times x. United Kingdom, 26 de abril de 1979, Pedido No. 6538/74, parágrafo 49 (Corte Européia de Direitos Humanos) 5 Zana v Turkey, julgado da Suprema Corte de 25 de novembro de 1997, Pedido No /91, parágrafo 51; Ligens v Austria, julgado de 8 de julho de Pedido No 9815/82, parágrafos Ligens v Austria, julgado de 8 de julho de Pedido No 9815/82, parágrafos (Corte Européia de Direitos Humanos) Página 3 de 18

4 Como determinar que um discurso é considerado de ódio? O discurso de ódio deve ser aquele que se enquadre dentro dos padrões definidos pelos tratados internacionais e deve seguir os parâmetros da jurisprudência das cortes internacionais. A Artigo 19 defende que deve haver uma rigorosa padronização dos termos a serem utilizados nas legislações domésticas sobre discurso de ódio, de preferência usando o exato texto do artigo 20 da PIDCP, de forma a torná-los o mais claros possíveis: ARTIGO Será proibido por lei qualquer propaganda em favor de guerra. 2. Será proibida por lei qualquer apologia do ódio nacional, radical, racial ou religioso que constitua incitamento à discriminação, à hostilidade ou à violência. Neste sentido a Artigo 19, com base em estudos e discussões sobre liberdade de expressão e igualdade envolvendo um grupo de oficiais de alto nível da ONU e de outras organizações, elaborou os Princípios Camden sobre Liberdade de Expressão e Igualdade. O 12 Princípio, deste texto é dedicado a fornecer uma proposta de texto legal sobre discurso de ódio e de interpretação de seus termos, com base no artigo 20(2) do PIDCP: Todos os Estados devem adotar legislação que proíba qualquer promoção de ódio religioso, racial ou nacional que constitua uma incitação à discriminação, hostilidade ou violência (discurso do ódio). Sistemas jurídicos nacionais devem deixar claro, seja de forma explícita ou por meio de interpretação impositiva, que: i. Os termos ódio e hostilidade se referem a emoções intensas e irracionais de opróbrio, animosidade e aversão ao grupo visado. ii. O termo promoção deve ser entendido como a existência de intenção de promover publicamente o ódio ao grupo visado. iii. O termo incitação se refere a declarações sobre grupos religiosos, raciais ou nacionais que criam risco iminente de discriminação, hostilidade ou violência a pessoas pertencentes a esses grupos. Página 4 de 18

5 iv. A promoção, por parte de comunidades diferentes, de um sentido positivo de identidade de grupo não constitui discurso do ódio. Além disso, a Artigo 19 recomenda a adoção de alguns critérios para enquadrar um discurso como discurso do ódio, tornando-o passível de punição. Tais critérios são considerados pela Artigo 19 como elementos constitutivos da incitação, conforme o artigo 20 da PIDCP, e foram elaborados para servir de orientação às Cortes para identificar o discurso de ódio. São eles 7 : i. severidade: a ofensa deve ser a mais severa e profunda forma de opróbrio 8 ii. intenção: deve haver a intenção de incitar o ódio iii. conteúdo o forma do discurso: devem ser consideradas a forma, estilo e natureza dos argumentos empregados iv. extensão do discurso: o discurso deve ser dirigido ao público em geral ou à um número de indivíduos em um espaço público. v. probabilidade de ocorrência de dano: o crime de incitação não necessita que o dano ocorra de fato, entretanto é necessária a averiguação de algum nível de risco de que algum dano resulte de tal incitação. vi. iminência: o tempo entre o discurso e a ação (discriminação, hostilidade ou violência) não pode ser demasiado longo de forma que não seja razoável imputar ao emissor do discurso a responsabilidade pelo eventual resultado. v. contexto: o contexto em que é proferido o discurso é de suma importância para verificar se as declarações tem potencial de incitar ódio e gerar alguma ação. Racismo e Discurso de Ódio no Brasil Segundo dados do IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, colhidos no Censo Demográfico realizado em 2010, a população total brasileira em 2010 chegou a Freedom of expression and Equality: The prohibition of incitement to hatred in Latin America. A study prepared by ARTICLE 19 s Director for South America, Paula Martins. 8 Decisão da Suprema Corte do Canada no caso R v Keegstra, [1990] 3 S.C.R. 697, 13/12/90, em 697 (Can.), parágrafo 1 Página 5 de 18

6 de pessoas, sendo que aproximadamente 50,74% desta população se autodeclara negra ou parda. 9 Apesar de negros e pardos representarem a maior parte da população, sua representação na política, no governo, nas universidades e no acesso à renda em geral está muito aquém da sua proporção real na população brasileira. Esta marginalização da população negra e parda no Brasil vem de um histórico de marginalização social dos afrodescendentes e remonta a própria história do País. A escravidão africana no Brasil data do início da colonização portuguesa no século XVI e perdurou mesmo após a independência. A abolição da escravidão africana se deu através de um lento processo e uma série de leis, até a abolição total pela Lei Áurea em 1988, um ano antes de o Brasil se tornar República e a mais tardia dentre os países independentes do Continente Americano. Entretanto, após a abolição iniciou-se um processo de marginalização da população afrodescendente no Brasil, impulsionado inclusive pelo governo com a produção de leis com o intuito de dificultar a integração social dos negros. Os efeitos dessa marginalização são visíveis até hoje e o racismo no Brasil, embora se dê de forma velada, ainda é muito latente. I - Legislação sobre discriminação e discurso de ódio no Brasil Não há no Brasil legislação especifica em relação ao discurso de ódio. Contudo, a Constituição Federal de 1988, promulgada após o fim da ditadura militar, garante a igualdade dos indivíduos perante a lei e a proteção legal contra a discriminação. A Constituição estabelece: Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. 9 Dados do Censo 2010 do IBGE, acessíveis pelo link: ftp://ftp.ibge.gov.br/censos/censo_demografico_2010/resultados_do_universo/tabelas_pdf/tab3.pdf Página 6 de 18

7 Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais; XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei; Um ano após a promulgação da Constituição foi sancionada a lei 7.716/89 que define crimes resultantes de preconceito de raça e de cor e dando corpo à determinação constitucional do art. 5º, XLII. Esta lei em seu artigo 20º determina pena de reclusão de um a três anos e multa para quem praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. A pena pode chegar a cinco anos nos casos de fabricação, comercialização, distribuição ou veiculação de símbolos para fins de divulgação do nazismo, ou caso o crime seja cometido pela utilização de meios de comunicação social ou pública. Em 1997 a Comissão Interamericana em um relatório sobre a situação dos direitos humanos no Brasil onde se concluiu que havia baixa eficácia da lei 7.716/89 devido a lei não estabelecer mecanismos que facilitassem a prova da ocorrência do crime de racismo. A partir de lutas de grupos do movimento negro no Brasil pela efetivação da igualdade racial, em 2010 foi promulgado o Estatuto da Igualdade Racial com o objetivo de garantir à população negra a efetivação da igualdade de oportunidades e combater a discriminação, estabelecendo não somente sanções e punições mas também uma série de obrigações aos Estados para inclusão social de minorias raciais no País. A comunidade LGBT a anos vem pressionando para que seja modificada a lei 7.716/89 para que seja incluindo em seu texto os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero. Atualmente tramita no Senado o Projeto de Lei Nº 122/2006. II Monitoramento e aplicação da Lei 7716/89 Página 7 de 18

8 Em 25 de abril de 2012 a ARTIGO 19 expediu às Secretarias de Segurança Pública de 19 Estados Brasileiros e à Secretaria de Política de Promoção de Igualdade Racial - SEPPIR, pedido de informação referente ao mapeamento e monitoramento da Lei 7.716/89, especialmente no tocante ao artigo No Estado de São Paulo foram registradas na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância DECRADI, 39 ocorrências no ano de 2011 e 21 até maio de 2012, referentes aos crimes de discriminação e racismo e, apesar de todas as ocorrências serem convertidas em inquérito, a delegacia informou que não há acompanhamento após a conversão em processo criminal. No Estado de Minas Gerais o Relatório de Análise Criminal, Crimes Resultantes de Preconceito de Raça ou de Cor, elaborado pela Superintendência de Investigações e Polícia Judiciária da Polícia Civil, apontou 244 ocorrências no ano de 2011 e 119 ocorrências até maio de Entretanto, conforme apontou o relatório, a demanda é parcial pois o sistema utilizado não adota as naturezas de preconceito de etnia, religião ou procedência nacional. Este relatório ainda apontou que em 2011, 87% das ocorrências tiveram como principais condutas a prática, induzimento ou incitação ao preconceito, incidindo no artigo 20 da Lei 7716/89. No Estado do Rio de Janeiro a Chefia da Polícia Civil informou que foram registrados 42 crimes referentes à lei 7716/89 no período de 17 de julho de 2010 à 16 de julho 2011 e 52 crimes no período de 17 de julho 2011 à 16 de julho de Em Sergipe o Departamento Especializado em Atendimento a Grupos Vulneráveis DGVA informou que foram instaurados 12 inquéritos policiais em 2010, 9 inquéritos em 2011 e, até 02 de julho, 4 inquéritos em 2012, constando como vítimas pessoas vulneráveis em razão da raça e da cor. No Rio Grande do Sul foram registradas no ano de 2011, 981 ocorrências enquadradas no artigo 20, parágrafos 2º, 3º e 4º da Lei 7716/89, sendo 243 ocorrências de preconceito de raça, cor, origem, etnia ou nacionalidade, e 738 ocorrências por injúria qualificada referente à raça, cor, etnia, religião ou origem. 10 Pedido solicitado com base no artigo 11 da Lei de Acesso à Informação nº /11 e enviado às Secretarias de Segurança Pública dos Estados do Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Rio Grande do Norte, Sergipe, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, além da Secretaria de Política de Promoção de Igualdade Racial SEPPIR. Ainda aguarda-se a resposta de alguns dos pedidos. Página 8 de 18

9 Em Alagoas foram registrados no ano de crimes referentes ao artigo 20 da lei 7.716/89, sendo que não houve incidência dos 2º, 3º e 4º. No Rio Grande do Norte a Delegacia Geral da Polícia Civil informou que foram registradas 32 ocorrências em 2010 e 15 ocorrências em No Paraná a Coordenadoria de Análise e Planejamento Estratégico da Secretaria de Segurança Pública informou em seu relatório estatístico de registros criminais da Lei 7716/89 que foram registradas 76 ocorrências em 2009, 72 ocorrências em 2010 e 78 ocorrências em Em Goiás o relatório da Gerência de Análise de Informações da Secretaria de Segurança Pública apontou a ocorrência de crimes enquadrados no art. 20 da Lei 7716/89 sendo que foram 8 ocorrências em 2010, 13 ocorrências em 2011 e 4 ocorrências até maio de No Estado do Mato Grosso a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos humanos informou que houve 192 ocorrências de crimes de racismo registrados em Cuiabá no ano de No Piauí a Delegacia de Defesa e Proteção dos Direitos Humanos e Repressão às Condutas Discriminatórias informou que não houve nenhum registro de ocorrência de crime previsto no artigo 20, 2º, 3º e 4º da Lei 7.716/89 no ano de No Mato Grosso do Sul o Núcleo de Estatísticas e Analise Criminal da Coordenadoria de Fiscalização e Controle informou que foram registradas ocorrências enquadradas no artigo 20, parágrafos 2º, 3º e 4º, sendo que foram 8 ocorrências em 2010, 05 ocorrências em 2011 e 03 ocorrências até 17 de outubro de Todas as ocorrências registradas foram convertidas em inquéritos policiais, sendo que foram encaminhados ao Poder Judiciário 04 inquéritos em 2010, 03 inquéritos em 2011 e 02 inquéritos em 2012, 01 inquérito policial foi arquivado. Na Bahia a Ouvidoria Geral da Secretaria de Segurança Pública informou que em 2010 foram registradas 94 ocorrências enquadradas na Lei 7.716/89, 89 ocorrências em 2011 e 35 ocorrências em A ouvidoria informou todas as ocorrências são transformadas em Inquéritos Policiais ou Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCO) e encaminhados para uma das Varas Crimes da Comarca. Em Recife recebemos resposta do Grupo de Trabalho Racismo da Polícia Civil de Pernambuco, grupo instituído em setembro de 2012 com o objetivo de melhorar os serviços prestados aos cidadãos, banindo toda a forma de discussão e ampliando a discussão sobre o enfrentamento ao racismo institucional. Página 9 de 18

10 O grupo informou em seu relatório que vem desde sua instituição buscando melhorar o sistema de acompanhamento destes crimes, mas não informou sobre o registro de ocorrências. Ressaltaram que o grupo tem participado de encontros e trabalhos junto com o CEPIR Comitê Estadual de Políticas para Igualdade Racial e com o Grupo de Trabalho Racismo do Ministério Público, acompanhando inclusive o processo de criação da campanha RACISMO. COMEÇA COM OFENSA. TERMINA COM JUSTIÇA, iniciada em novembro de 2011 e que recebeu em julho de 2012 o Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça. A Secretaria de Política de Promoção de Igualdade Racial SEPPIR, cujas funções incluem o acompanhamento da implementação de legislação de ação afirmativa e definição de ações públicas que visem o cumprimento de acordos, convenções e outros instrumentos congêneres assinados pelo Brasil, nos aspectos relativos à promoção da igualdade e combate à discriminação racial ou étnica 11, respondeu informando que não acompanha questões de mapeamento e monitoramento da Lei 7.716/89, como também não possui dados de todos os procedimentos em que se aplica o artigo 20, 2º, 3º e 4º da referida lei. A SEPPIR informou, entretanto, que está constituindo um sistema de acompanhamento e monitoramento das Políticas Públicas de enfrentamento ao racismo e promoção da igualdade racial, no qual foi incluso o monitoramento da Lei 7.716/89. Em enviamos novo pedido a SEPPIR para acompanhar o andamento da instituição do sistema e a secretaria respondeu que faz o monitoramento da implementação da Lei 7.716/89 por meio do recebimento de informações e denúncias por meio da sua Ouvidoria Nacional da Igualdade Racial. Informou ainda a SEPPIR que está prevista ano de 2013 a implementação de um código tridígito de telefonia de fácil memorização, destinado à prestação de serviço de utilidade pública, para acolhimento das denúncias de vítimas de discriminação e racismo. Quanto ao discurso do ódio a SEPPIR apontou a existência do Programa Juventude Viva, recém lançado em sua em sua experiência-piloto no Estado de Alagoas, em quatro municípios, e que será estendido a outros 128 municípios no Brasil todo, que tem como um de seus objetivos a desconstrução da cultura da violência por meio de campanhas nacionais e mobilização da sociedade civil em torno da discussão de valores com fito na valorização da vida o que, segundo eles, em última instância, tem rebatimento no enfrentamento ao discurso do ódio. Por fim a SEPPIR destacou o acompanhamento do Programa 2034 Enfrentamento ao Racismo e Promoção da Igualdade Racial Página 10 de 18

11 Aguarda-se ainda respostas das Secretarias de Segurança Pública dos Estados do Ceará, Espírito Santo, Santa Catarina, Paraíba. Estas respostas recebidas demonstram que não há uma padronização no sistema de mapeamento e monitoramento dos crimes da Lei 7.716/89, o que dificulta a correlação de dados para análise do tema no quadro nacional como um todo. Além disso, muitas das respostas evidenciam um despreparo dos órgãos públicos no acompanhamento de questões relacionadas aos crimes de racismo e discriminação, e, ainda, um despreparo para o atendimento dos pedidos de informação nos termos da Lei Geral de Acesso à Informação nº /2011. Casos judiciais Apesar da legislação vigente no Brasil proibindo a prática da discriminação racial e de um número considerável de ocorrências registradas nas delegacias de todo o país o número de casos que chegam ao judiciário ainda é muito pequeno. Selecionamos abaixo três dos principais casos que já foram julgados pelo nosso judiciário envolvendo discriminação racial e liberdade de expressão. São casos emblemáticos e que tiveram repercussão na mídia. Caso Ellwanger Em 2003 o Supremo Tribunal Federal julgou o caso de Siegfried Ellwanger, condenado pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul pelo crime de racismo pela edição e publicação de livros considerados como apologia de ideias preconceituosas e discriminatórias contra a comunidade judaica. O Habbeas Corpus foi o primeiro caso de prática de racismo a chegar ao Supremo e o caso judicial mais importante sobre discurso do ódio no País. No julgamento finalizado em Setembro de 2003 o Supremo Tribunal Federal decidiu, por 7 votos a 3 por manter a condenação de Ellwanger pela prática de racismo nos termos da Lei 7716/89. Foram analisados principalmente dois aspectos chave sobre o caso: se o crime de racismo da Lei 7716/89 também abrange o preconceito contra os judeus; como resolver o conflito entre a liberdade de expressão e a igualdade e não discriminação. Página 11 de 18

12 A maioria dos ministros entendeu que embora com a descoberta do genoma humano saiba-se que só existe uma raça, a raça humana, o racismo resulta de um processo histórico, político, social e cultural, e, portanto, o crime de racismo também abarca o preconceito contra os judeus. Quanto ao conflito entre o discurso do ódio e a liberdade de expressão, foram usadas diversas metodologias e argumentos para decidir qual dos princípios constitucionais a liberdade de expressão e a igualdade e não discriminação deveria prevalecer no caso, sendo que o principal método utilizado foi o da proporcionalidade (Fórmula de Alex Weiss), mas que foi usada inclusive para se chegar a conclusões diversas. Veja no quadro abaixo quais foram os principais argumentos dos ministros: Ministro Moreira Alves (Relator) Carlos Ayres Britto Marco Aurélio Votou contra ou a favor do réu? A favor A favor A favor Qual o argumento? Aplicando interpretação restritiva da constituição, entendeu que não sendo os judeus uma raça, não houve crime de racismo, portanto há prescrição. A obra do réu está situada no plano da convicção política, protegida constitucionalmente pela liberdade de expressão, e quantos as obras editadas elas levam assinatura de outros autores e o réu não deve o autor responder nem civil ou criminalmente. A imprescritibilidade é instituto gravíssimo para a segurança jurídica e deve, no caso do racismo, ser interpretada da forma mais restritiva possível e, considerando a história e a realidade brasileira, aplicável apenas ao preconceito contra Como solucionou o conflito entre liberdade de expressão x discurso do ódio? Não analisa por entender que não é objeto do habeas corpus. A constituição protege a liberdade de expressão para defender convicção político-ideológica. A restrição à liberdade de expressão não deve ocorrer pela simples alegação de que a opinião seja discriminatória sem que haja elementos concretos que demonstrem a existência de motivos suficientes Página 12 de 18

13 o negro. para a limitação. A restrição deve seguir a regra da proporcionalidade: adequação dos meios, necessidade dos meios e proporcionalidade em sentido estrito. No caso entende que a defesa de uma ideologia não é crime e que as ideias do livro devem ser combatidas com confronto de ideias e não com proibição. Embora cientificamente não - Liberdade de expressão Maurício Contra existam subdivisões da raça não é absoluta, devendo Corrêa humana, o racismo persiste ser exercida de maneira como fenômeno social, harmônica. decorrente da concepção - Conflito de direitos histórica política e social. O direito individual não combate ao racismo tem pode ser salvaguarda inspiração no direito à para cometer-se ato igualdade e no ilícito, no caso incitação reconhecimento mundial do ao racismo. direito dos homens. - Deve preponderar o direito de toda a parcela da sociedade atingida Celso de Mello Contra Preservação da causa dos direitos essenciais da pessoa humana, sendo a prática do racismo ofensa inaceitável a esses direitos. Entende que racismo não se resume à conceito estritamente antropológico ou biológico mas se projeta numa dimensão abertamente cultural e sociológica. pela publicação das obras - Nenhum direito ou garantia tem caráter absoluto. - A liberdade de expressão não pode compreender, em seu âmbito de tutela, manifestações revestidas de ilicitude penal - O caso não traduz conflito entre direitos básicos titularizados por sujeitos diversos. - A igualdade e da dignidade pessoal dos Página 13 de 18

14 seres humanos constituem limitações externas à liberdade de expressão. - deve ser utilizado método da ponderação de bens e valores O conceito jurídico de racismo - A liberdade de Contra não se dissocia do conceito expressão não é absoluta. Gilmar Mendes histórico, sociológico e - A discriminação racial cultural, que inclui o compromete um dos antissemitismo. pilares do sistema democrático: a igualdade - Para restringir liberdade de expressão usa-se o princípio da proporcionalidade: adequação, necessidade e proporcionalidade em Carlos Velloso Nelson Jobim Contra Contra Necessidade de proteção dos direitos humanos. Racismo constitui-se no atribuir a seres humanos características raciais para instaurar a desigualdade e a discriminação. Entende que a discriminação contra os judeus está enquadrada nos termos da constituição federal como racismo, sendo imprescritível. sentido estrito. - A incitação ao ódio público contra o povo judeu não está protegida pela liberdade de expressão. - Quando há conflito aparente de direitos fundamentais prevalece o direito que melhor realiza o sistema de proteção dos direitos e garantias da Constituição. - A liberdade de expressão não pode sobrepor-se à dignidade da pessoa humana - A liberdade de expressão é pressuposto e instrumento para a produção do debate democrático e, assim, para a formação da convicção da maioria. - A igualdade é Página 14 de 18

15 precondição para a democracia e o objetivo da liberdade de opinião - O discurso do ódio não tem a intenção de gerar um debate democrático sobre uma ideologia, mas apenas de impor condutas antiigualitárias de extermínio, ódio e linchamento, ferindo o princípio da igualdade, o que a constituição não tolera. Preconceito de raça conforme Não mencionou. Ellen Gracie Contra a Constituição não se dá segundo critérios científicos, pois não existem, mas na percepção do outro como diferente e inferior, revelada na atuação carregada de menosprezo e no desrespeito a seu direito fundamental à igualdade. A constituição tende, em A edição e publicação de Cezar Peluso Contra última instância, a resguardar forma sistemática de a integridade biopsicológica livros com o propósito de de grupos sociais difundir o antissemitismo, diferenciáveis por caracteres instigando e reforçando físicos, religiosos, étnicos, de preconceitos e ódios procedência ou origem, que históricos, trata-se de podem ser alvo de ideologia conduta contrária à racista e manifestações constituição e fora dos concretas de discriminação e limites à liberdade de violência. expressão. Sepúlveda Pertence Contra Entende o preconceito antissemita como racismo e que o livro do autor tinha intenção de incitar o ódio. O exercício da liberdade de expressão se exaure quando da manifestação do pensamento, mas a partir daí o autor está sujeito a responder civil e criminalmente por esta manifestação. Página 15 de 18

16 Embora tenha sido dada uma conclusão ao caso concreto, devido às particularidades do caso Ellwanger e à variedade de argumentos, sem uma metodologia bem definida entre os ministros, não foi dada uma solução definitiva ao conflito entre a liberdade de expressão e a vedação ao racismo. Na opinião de Samantha Meyer-Plufg, autora da obra Discurso do Ódio e Liberdade de Expressão, o Supremo Tribunal Federal teve a oportunidade neste caso de explorar todos os direitos em jogo e firmar uma jurisprudência consolidada, mas não o fez. Ela afirma que quando o Tribunal perde esta oportunidade a questão se repete 12. Além disto, apesar de terem sido citadas as legislações e tratados internacionais sobre o tema, os ministros não seguiram os padrões internacionais definidos para a resolução do conflito. Unidos do Viradouro Outro caso emblemático foi o da escola de samba Unidos do Viradouro, que em 2008 apresentou o samba-enredo É de arrepiar, trazendo carros alegóricos fazendo referencia à coisas que causam arrepio, como aranhas, exorcismo, cadeiras elétricas, guilhotinas. Um dos carros alegóricos faria referência ao Holocausto, com esculturas representando cadáveres nus empilhados e sapatos e trazendo um dos membros da escola de samba vestido de Adolf Hitler sobre os corpos. Ao saber disto o presidente da Federação Israelita do Rio de Janeiro (Fierj) entrou com um pedido liminar que foi concedido pela justiça do Rio de Janeiro que determinou uma multa de R$ ,00 caso a escola de samba apresentasse o carro alegórico no Sambódromo no carnaval e mais R$ ,00 caso algum dos membros da escola aparecesse fantasiado de Hitler. A decisão mostrou que a falta de parâmetros claros na resolução do caso Ellwanger resultou em interpretações erradas a cerca da proteção contra o discurso de ódio, especialmente no que tange à verificação da intenção de promover o ódio e a discriminação 13. No lugar do carro alegórico do Holocausto os membros da Viradouro desfilaram usando mordaças e com a frase não se constrói o futuro enterrando a história em protesto contra decisão judicial. 12 MEYER-PLUFG, Samantha Ribeiro, Ideias devem ser confrontadas com ideias, Revista Problemas Brasileiros, nº 406, julho/agosto de Ibid. nota 7 Página 16 de 18

17 Monteiro Lobato Atualmente tramita no Supremo Tribunal Federal ação proposta pelo Instituto de Advocacia Racial e Ambiental (Iara) que discute a adoção do livro infantil Caçadas de Pedrinho, de Monteiro Lobato, pelo Programa Nacional Biblioteca na Escola (PNBE), do Ministério da Educação. 14 O instituto e o técnico em gestão educacional Antônio Gomes da Costa Neto afirmam que o livro faz referências ao negro com estereótipos fortemente carregados de elementos racistas e pediram a anulação do parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE) que libera a adoção do livro nas escolas públicas. Caso o livro permaneça como parte do acervo do PNBE o Iara pede a elaboração de uma nota explicativa com esclarecimentos sobre a presença de elementos racistas na literatura e a capacitação e formação de educadores para a utilização adequada da obra na Educação Básica. Foram realizadas audiências de conciliação nos dias 11 e 25 de setembro de 2012 convocadas pelo relator Ministro Luiz Fux, que decidirá sobre o caso, e embora não tenha sido firmado acordo o ministro afirmou que houve avanços e o resultado dos encontros foi positivo. Em nota publicada sem seu portal oficial na internet o Ministério da Educação reafirmou sua posição absolutamente contrária à censura da obra e em defesa da plena liberdade de ideias e o acesso dos estudantes a produções culturais e científicas com a mediação de um professor. O Iara por sua vez afirma que o pede não é censura, mas esclarecimento. Após a realização segunda audiência de conciliação as informações da reunião foram encaminhadas ao ministro Luiz Fux e aguarda-se o desfecho que será dado ao caso 15. Conclusão O escasso número de ações judiciais envolvendo o crime de racismo e de certa forma os próprios número apresentados pelas Secretarias de Segurança Pública corroboram com a ideia 14 Mandado de Segurança nº 30952, STF, min. rel. Luiz Fux 15 Página 17 de 18

18 de que o discurso de ódio no Brasil se dá de forma velada, implícita e muitas vezes travestida na forma de humor. Segundo Samantha Meyer-Plufg isto caracteriza um discurso de ódio material, ou seja, um discurso que materialmente se reveste de todas as características do discurso do ódio, mas que se não se dá de maneira explícita. Para ela o discurso do ódio material atinge os mesmos objetivos do discurso do ódio formal, porém é mais dificultoso o seu combate justamente por ocorrer de maneira velada. Isso implica que o discurso do ódio no Brasil deve ser combatido não somente com base nos padrões internacionais e tratados ratificados pelo Brasil, mas também considerando suas particularidades, sob o risco de não serem eficientes as políticas de combate à discriminação. Além disso, a ARTIGO 19 defende que a criminalização do discurso de ódio deve se limitar à um número muito restrito de situações e deve seguir rigorosos procedimentos para a determinação de sua aplicação de modo que não represente uma desproporcional e injustificada restrição à liberdade de expressão. Ainda sim, simplesmente restringir a liberdade de expressão nos casos do discurso de ódio, ainda mais sob a égide do direito penal, não tem o condão de de fato impedir o preconceito a discriminação, qualquer que seja, mas apenas de punir sua exteriorização e proteger os indivíduos que dele sejam alvo. O combate ao preconceito e à discriminação deve se dar através da educação, do diálogo, e através de políticas que garantam efetivamente o acesso às mídias e aos meios de comunicação aos grupos geralmente alvos de preconceito em nossa sociedade, de forma que às diversidades étnicas, religiosas, sociais, culturais, sexuais, de gênero, regionais, estejam de fato refletidas nos meios de comunicação. Somente garantindo voz e visibilidade à esses grupos é que de fato teremos uma sociedade igualitária, plural e diversa e livre de quaisquer formas de discriminação e preconceito. Página 18 de 18

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2004

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2004 PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2004 Define os crimes resultantes de discriminação e preconceito de raça, cor, etnia, religião ou origem. Seção I Disposição preliminar Art. 1º Serão punidos, na forma desta

Leia mais

Promulga o Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos da Criança relativo ao envolvimento de crianças em conflitos armados.

Promulga o Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos da Criança relativo ao envolvimento de crianças em conflitos armados. DECRETO Nº 5.006, DE 8 DE MARÇO DE 2004. Promulga o Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos da Criança relativo ao envolvimento de crianças em conflitos armados. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA,

Leia mais

CONVENÇÃO INTERNACIONAL SOBRE A ELIMINAÇÃO DE TODAS AS FORMAS DE DISCRIMINAÇÃO RACIAL (DECRETO Nº 65.810, DE 8 DE DEZEMBRO DE 1969)

CONVENÇÃO INTERNACIONAL SOBRE A ELIMINAÇÃO DE TODAS AS FORMAS DE DISCRIMINAÇÃO RACIAL (DECRETO Nº 65.810, DE 8 DE DEZEMBRO DE 1969) Normas internacionais sistema global DECLARAÇÃO UNIVERSAL DE DIREITOS HUMANOS Art. 2º - Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidas nesta Declaração, sem distinção de

Leia mais

Declaração de Salvador

Declaração de Salvador Declaração de Salvador Os Chefes de Estado da República Federativa do Brasil, da República de Cabo Verde, da República da Guiné, da República Oriental do Uruguai, o Vice-Presidente da República da Colômbia,

Leia mais

Apoiando Entidades EXTRAÍDO

Apoiando Entidades EXTRAÍDO Apoiando Entidades EXTRAÍDO ANO CXLIII N.º 138 - BRASÍLIA - DF, 20 DE JULHO DE 2006. REPRODUZIDO DE CONFORMIDADE COM A PORTARIA 209 DE 10.09.2003/I.N. MINISTÉRIO DA JUSTIÇA GABINETE DO MINISTRO PORTARIA

Leia mais

Estado da Paraíba PREFEITURA MUNICIPAL DE TAVARES GABINETE DO PREFEITO

Estado da Paraíba PREFEITURA MUNICIPAL DE TAVARES GABINETE DO PREFEITO LEI Nº 704/2013 DISPÕE SOBRE A CRIAÇÃO DO CONSELHO MUNICIPAL DE PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL COMPIR E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. O PREFEITO CONSTITUCIONAL DO MUNICÍPIO DE TAVARES, Estado da Paraíba, usando

Leia mais

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PROJETO DE LEI Nº 6.124 DE 2005. (Apensados: PL nº 5.448/01 e PL nº 2.276/07)

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PROJETO DE LEI Nº 6.124 DE 2005. (Apensados: PL nº 5.448/01 e PL nº 2.276/07) COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PROJETO DE LEI Nº 6.124 DE 2005 (Apensados: PL nº 5.448/01 e PL nº 2.276/07) Define o crime de discriminação dos portadores do vírus da imunodeficiência

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº. Do Sr. Deputado Vanderlei Macris. O Congresso Nacional decreta:

PROJETO DE LEI Nº. Do Sr. Deputado Vanderlei Macris. O Congresso Nacional decreta: PROJETO DE LEI Nº, DE Do Sr. Deputado Vanderlei Macris Institui o monitoramento do uso de trabalho forçado e de trabalho infantil em Estados estrangeiros. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica instituído

Leia mais

COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL. MENSAGEM N o 479, DE 2008

COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL. MENSAGEM N o 479, DE 2008 COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL MENSAGEM N o 479, DE 2008 Submete à consideração do Congresso Nacional o texto do Tratado de Extradição entre a República Federativa do Brasil e o Governo

Leia mais

PROJETO DE LEI N 4.596/09

PROJETO DE LEI N 4.596/09 1 COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL PROJETO DE LEI N 4.596/09 (Do Sr. Capitão Assumção) Altera os artigos 3 e 41 da Lei n 9.474, de 22 de julho de 1997, que "Define mecanismos para a

Leia mais

Cooperação Internacional de Autoridades em investigações de Corrupção

Cooperação Internacional de Autoridades em investigações de Corrupção RELAÇOES INTERNACIONAIS Cooperação Internacional de Autoridades em investigações de Corrupção Cetina Ozorio Cynthia Kramer Sílvia Julio Bueno de /vliranda 1. Introdução A prevenção e o combate à corrupção

Leia mais

COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E MINORIAS

COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E MINORIAS COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E MINORIAS PROJETO DE LEI N o 844, DE 2011 Dá nova redação aos art. 33, 34 e 35 da Lei nº 9.474, de 1997, que Define mecanismos para a implementação do Estatuto dos Refugiados

Leia mais

Antirracismo e Não Discriminação

Antirracismo e Não Discriminação Antirracismo e Não Federal Ministry for Foreign Affairs of Austria Todos os seres humanos podem invocar os direitos e as liberdades proclamados na presente Declaração, sem distinção alguma, nomeadamente

Leia mais

A violação do direito ao sigilo das conversas telefônicas

A violação do direito ao sigilo das conversas telefônicas 1 www.oxisdaquestao.com.br A violação do direito ao sigilo das conversas telefônicas Texto de CARLOS CHAPARRO A transcrição jornalística de conversas telefônicas violadas é, sem dúvida, uma questão complicada.

Leia mais

COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO

COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO PROJETO DE LEI N o 1.549, DE 2003 (Apensos os Projetos de Lei nº 2.284, de 2003, e nº 2.626, de 2003) Disciplina o exercício profissional de Acupuntura

Leia mais

*C38FEB74* PROJETO DE LEI

*C38FEB74* PROJETO DE LEI ** PROJETO DE LEI Altera a Lei nº 12.850, de 2 de agosto de 2013, e a Lei nº 10.446, de 8 de maio de 2002, para dispor sobre organizações terroristas. O CONGRESSO NACIONAL decreta: alterações: Art. 1º

Leia mais

3ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE VOTORANTIM PORTARIA DE INQUÉRITO CIVIL N

3ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE VOTORANTIM PORTARIA DE INQUÉRITO CIVIL N 3ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE VOTORANTIM PORTARIA DE INQUÉRITO CIVIL N O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO, pela Promotora de Justiça que esta subscreve, com fundamento nos artigos 127 e 129, incisos

Leia mais

a convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência 2007 e o decreto n o 6.949, de 25 de agosto de 2009. 1

a convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência 2007 e o decreto n o 6.949, de 25 de agosto de 2009. 1 a convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência 2007 e o decreto n o 6.949, de 25 de agosto de 2009. 1 Depois de concluídas todas as etapas, podemos inferir que a Convenção sobre os Direitos

Leia mais

PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL COMO UM DIREITO FUNDAMENTAL

PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL COMO UM DIREITO FUNDAMENTAL PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL COMO UM DIREITO FUNDAMENTAL Fernando Souza OLIVEIRA 1 Pedro Anderson da SILVA 2 RESUMO Princípio do Desenvolvimento Sustentável como um direito e garantia fundamental,

Leia mais

A QUESTÃO ÉTNICO-RACIAL NA ESCOLA: REFLEXÕES A PARTIR DA LEITURA DOCENTE

A QUESTÃO ÉTNICO-RACIAL NA ESCOLA: REFLEXÕES A PARTIR DA LEITURA DOCENTE A QUESTÃO ÉTNICO-RACIAL NA ESCOLA: REFLEXÕES A PARTIR DA LEITURA DOCENTE Kallenya Kelly Borborema do Nascimento 1 Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) E-mail: kallenyakelly2@hotmail.com Patrícia Cristina

Leia mais

DECRETO Nº 3.956, DE 8 DE OUTUBRO DE

DECRETO Nº 3.956, DE 8 DE OUTUBRO DE Convenção da Organização dos Estados Americanos 08/10/2001 - Decreto 3956 promulga a Convenção Interamericana para Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra as Pessoas Portadoras de Deficiência

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos DECRETO Nº 3.956, DE 8 DE OUTUBRO DE 2001. Promulga a Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação

Leia mais

CAPÍTULO 2 DEMOCRACIA E CIDADANIA

CAPÍTULO 2 DEMOCRACIA E CIDADANIA CAPÍTULO 2 DEMOCRACIA E CIDADANIA Nos dias de hoje os conceitos de democracia e cidadania são cada vez mais reconhecidos e relevantes para a realidade actual (Menezes, 2005; Ferreira, 2010; Perrenoud,

Leia mais

5 Instrução e integração

5 Instrução e integração SEÇÃO 5 Instrução e integração no meio de trabalho Quando um novo funcionário entra para uma organização, é importante que ele receba um bom apoio para entender sua função e a organização. Instrução é

Leia mais

OUVIDORIA NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS. Balanço das Denúncias de Violações de Direitos Humanos

OUVIDORIA NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS. Balanço das Denúncias de Violações de Direitos Humanos OUVIDORIA NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS Balanço das Denúncias de Violações de Direitos Humanos 2015 Departamento de Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos Competências do Departamento: Receber, examinar

Leia mais

PROPOSTA DE LEI N.º 233/XII

PROPOSTA DE LEI N.º 233/XII PROPOSTA DE LEI N.º 233/XII PLANO NACIONAL DE AÇÃO PARA OS DIREITOS DA CRIANÇA As crianças são encaradas como sujeitos de direitos, a partir do momento em que o seu bem-estar é concebido como uma consequência

Leia mais

JULGAMENTO DE IMPUGNAÇÃO

JULGAMENTO DE IMPUGNAÇÃO JULGAMENTO DE IMPUGNAÇÃO Referência: Licitação Concorrência Técnica e Preço Processo Administrativo n : 21221.001621/2012-28 1. Cuida-se de reposta ao Pedido de Impugnação ao Edital interposto pela Sociedade

Leia mais

ANEXO RESOLUÇÃO SEDPAC Nº 15/2015 CRITÉRIOS PARA HABILITAÇÃO PARA ENTIDADES E INSTITUIÇÕES PARA INTEGRAR O COMITRATE

ANEXO RESOLUÇÃO SEDPAC Nº 15/2015 CRITÉRIOS PARA HABILITAÇÃO PARA ENTIDADES E INSTITUIÇÕES PARA INTEGRAR O COMITRATE ANEXO RESOLUÇÃO SEDPAC Nº 15/2015 CRITÉRIOS PARA HABILITAÇÃO PARA ENTIDADES E INSTITUIÇÕES PARA INTEGRAR O COMITRATE Dispõe dos critérios de habilitação e da comprovação da regularidade da personalidade

Leia mais

澳 門 金 融 管 理 局 AUTORIDADE MONETÁRIA DE MACAU

澳 門 金 融 管 理 局 AUTORIDADE MONETÁRIA DE MACAU DIRECTIVA CONTRA O BRANQUEAMENTO DE CAPITAIS E O FINANCIAMENTO DO TERRORISMO SOBRE TRANSACÇÕES EM NUMERÁRIO 1. INTRODUÇÃO 1.1 Esta Directiva contra o branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo

Leia mais

CAPÍTULO 25 COERÊNCIA REGULATÓRIA

CAPÍTULO 25 COERÊNCIA REGULATÓRIA CAPÍTULO 25 COERÊNCIA REGULATÓRIA Artigo 25.1: Definições Para efeito deste Capítulo: medida regulatória coberta significa a medida regulatória determinada por cada Parte a ser objeto deste Capítulo nos

Leia mais

DECRETO Nº 1.973, DE 1º DE AGOSTO DE 1996. (Publicado no D.O.U. de 02.08.1996)

DECRETO Nº 1.973, DE 1º DE AGOSTO DE 1996. (Publicado no D.O.U. de 02.08.1996) DECRETO Nº 1.973, DE 1º DE AGOSTO DE 1996. (Publicado no D.O.U. de 02.08.1996) Promulga a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher, concluída em Belém do Pará,

Leia mais

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2009 (de autoria do Senador Pedro Simon)

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2009 (de autoria do Senador Pedro Simon) 1 PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2009 (de autoria do Senador Pedro Simon) Acrescenta e altera dispositivos na Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, para incluir no ensino fundamental e médio, e nos

Leia mais

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA DA ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO CEARÁ

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA DA ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO CEARÁ COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA DA ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO CEARÁ 1. ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DO TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE) A importância do TCLE. A Resolução CNS 196/96 afirma

Leia mais

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ RESOLUÇÃO Nº 17/CEPE, DE 03 DE MAIO DE 2006 Aprova normas para os cursos de especialização da Universidade Federal do Ceará. O Reitor da UNIVERSIDADE

Leia mais

PROJETO DE LEI N.º, DE 2006

PROJETO DE LEI N.º, DE 2006 PROJETO DE LEI N.º, DE 2006 (Da Sra. Nice Lobão) Dispõe sobre o patrimônio cultural brasileiro subaquático. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Constituem patrimônio cultural brasileiro subaquático as

Leia mais

Conselho da Justiça Federal

Conselho da Justiça Federal RESOLUÇÃO Nº 058, DE 25 DE MAIO DE 2009 Estabelece diretrizes para membros do Poder Judiciário e integrantes da Polícia Federal no que concerne ao tratamento de processos e procedimentos de investigação

Leia mais

PROJETO DE LEI N.º 647/XII ALTERA O CÓDIGO PENAL, CRIMINALIZANDO A PERSEGUIÇÃO E O CASAMENTO FORÇADO. Exposição de motivos

PROJETO DE LEI N.º 647/XII ALTERA O CÓDIGO PENAL, CRIMINALIZANDO A PERSEGUIÇÃO E O CASAMENTO FORÇADO. Exposição de motivos PROJETO DE LEI N.º 647/XII ALTERA O CÓDIGO PENAL, CRIMINALIZANDO A PERSEGUIÇÃO E O CASAMENTO FORÇADO Exposição de motivos A Convenção do Conselho da Europa para a Prevenção e o Combate à Violência contra

Leia mais

COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E MINORIAS

COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E MINORIAS COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E MINORIAS PROJETO DE LEI N o 1.057, DE 2007 Dispõe sobre o combate a práticas tradicionais nocivas e à proteção dos direitos fundamentais de crianças indígenas, bem como pertencentes

Leia mais

RESOLUÇÃO 23.190 INSTRUÇÃO Nº 127 CLASSE 19ª BRASÍLIA DISTRITO FEDERAL. Relator: Ministro Arnaldo Versiani. Interessado: Tribunal Superior Eleitoral.

RESOLUÇÃO 23.190 INSTRUÇÃO Nº 127 CLASSE 19ª BRASÍLIA DISTRITO FEDERAL. Relator: Ministro Arnaldo Versiani. Interessado: Tribunal Superior Eleitoral. RESOLUÇÃO 23.190 INSTRUÇÃO Nº 127 CLASSE 19ª BRASÍLIA DISTRITO FEDERAL. Relator: Ministro Arnaldo Versiani. Interessado: Tribunal Superior Eleitoral. Dispõe sobre pesquisas eleitorais (Eleições de 2010).

Leia mais

CAPÍTULO II DOS DIREITOS SOCIAIS

CAPÍTULO II DOS DIREITOS SOCIAIS DA LEGALIDADE DO INTERCÂMBIO CULTURAL A legislação brasileira regulamentadora dos cursos de Pós-Graduação nas modalidades de Educação Presencial e Educação a Distância (EaD), para que seja aplicada no

Leia mais

CADERNO DE EXERCÍCIOS 3F

CADERNO DE EXERCÍCIOS 3F CADERNO DE EXERCÍCIOS 3F Ensino Médio Ciências Humanas Questão Conteúdo Habilidade da Matriz da EJA/FB 1 Movimentos Sociais e Lei Maria da Penha H33 2 Arte, Cultura Global e Identidade Cultural H58, H59

Leia mais

JORNAL OFICIAL. Sumário REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA. Quarta-feira, 2 de julho de 2014. Série. Número 99

JORNAL OFICIAL. Sumário REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA. Quarta-feira, 2 de julho de 2014. Série. Número 99 REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA JORNAL OFICIAL Quarta-feira, 2 de julho de 2014 Série Sumário ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA REGIÃO AUTÓNOMA DAMADEIRA Resolução da Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira

Leia mais

A PROTEÇÃO E OS DIREITOS HUMANOS DO IDOSO E A SUA DIGNIDADE

A PROTEÇÃO E OS DIREITOS HUMANOS DO IDOSO E A SUA DIGNIDADE A PROTEÇÃO E OS DIREITOS HUMANOS DO IDOSO E A SUA DIGNIDADE Maíra Sgobbi de FARIA 1 Resumo: O respeito e a proteção que devem ser concedidos aos idosos sempre foram um dever da sociedade, uma vez que as

Leia mais

Maurício Piragino /Xixo Escola de Governo de São Paulo. mauxixo.piragino@uol.com.br

Maurício Piragino /Xixo Escola de Governo de São Paulo. mauxixo.piragino@uol.com.br Democracia Participativa e Direta: conselhos temáticos e territoriais (Conselhos Participativos nas Subprefeituras); Iniciativa Popular, Plebiscitos e Referendo" Maurício Piragino /Xixo Escola de Governo

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL PODER LEGISLATIVO

DIREITO CONSTITUCIONAL PODER LEGISLATIVO DIREITO CONSTITUCIONAL PODER LEGISLATIVO Atualizado em 03/11/2015 PODER LEGISLATIVO No plano federal temos o Congresso Nacional composto por duas casas (Câmara dos Deputados e Senado Federal). No âmbito

Leia mais

CARTILHA SOBRE RACISMO E INVIOLABILIDADE DE DOMICÍLIO DAS POPULAÇÕES CIGANAS, NÔMADES E DE RELIGIÕES DE MATRIZ AFRICANA

CARTILHA SOBRE RACISMO E INVIOLABILIDADE DE DOMICÍLIO DAS POPULAÇÕES CIGANAS, NÔMADES E DE RELIGIÕES DE MATRIZ AFRICANA Escola Superior Dom Helder Câmara CARTILHA SOBRE RACISMO E INVIOLABILIDADE DE DOMICÍLIO DAS POPULAÇÕES CIGANAS, NÔMADES E DE RELIGIÕES DE MATRIZ AFRICANA Introdução A Constituição da República Federativa

Leia mais

PROJETO DE LEI N O, DE 2006. (Do Sr. Ivo José) O Congresso Nacional decreta:

PROJETO DE LEI N O, DE 2006. (Do Sr. Ivo José) O Congresso Nacional decreta: PROJETO DE LEI N O, DE 2006 (Do Sr. Ivo José) Regulamenta o inciso LI do Art. 5º da Constituição Federal. O Congresso Nacional decreta: Art. 1 o Esta lei regulamenta o inciso LI do Art. 5º da Constituição

Leia mais

Eixo Temático ET-10-002 - Direito Ambiental OS IMPASSES DA LEGISLAÇÃO AMBIENTAL PARA ATIVIDADE OLEIRA EM IRANDUBA (AM): ENTRE A LEI E OS DANOS

Eixo Temático ET-10-002 - Direito Ambiental OS IMPASSES DA LEGISLAÇÃO AMBIENTAL PARA ATIVIDADE OLEIRA EM IRANDUBA (AM): ENTRE A LEI E OS DANOS 434 Eixo Temático ET-10-002 - Direito Ambiental OS IMPASSES DA LEGISLAÇÃO AMBIENTAL PARA ATIVIDADE OLEIRA EM IRANDUBA (AM): ENTRE A LEI E OS DANOS Neyla Marinho Marques Pinto¹; Hamida Assunção Pinheiro²

Leia mais

Vedação de transferência voluntária em ano eleitoral INTRODUÇÃO

Vedação de transferência voluntária em ano eleitoral INTRODUÇÃO Vedação de transferência voluntária em ano eleitoral INTRODUÇÃO Como se sabe, a legislação vigente prevê uma série de limitações referentes à realização de despesas em ano eleitoral, as quais serão a seguir

Leia mais

CONVENÇÃO INTERAMERICANA SOBRE CUMPRIMENTO DE MEDIDAS CAUTELARES

CONVENÇÃO INTERAMERICANA SOBRE CUMPRIMENTO DE MEDIDAS CAUTELARES CONVENÇÃO INTERAMERICANA SOBRE CUMPRIMENTO DE MEDIDAS CAUTELARES Os Governos dos Estados Membros da Organização dos Estados Americanos, desejosos de concluir uma convenção sobre cumprimento de medidas

Leia mais

Preconceito juízo pré-concebido atitude discriminatória

Preconceito juízo pré-concebido atitude discriminatória PRECONCEITO RACIAL O QUE É PRECONCEITO? Preconceito é um juízo pré-concebido, que se manifesta numa atitude discriminatória, perante pessoas, crenças, sentimentos e tendências de comportamento. O preconceito

Leia mais

Disposições Preliminares do DIREITO DO IDOSO

Disposições Preliminares do DIREITO DO IDOSO Disposições Preliminares do DIREITO DO IDOSO LESSA CURSOS PREPARATÓRIOS CAPÍTULO 1 O ESTATUTO DO IDOSO O Estatuto do Idoso - Lei 10.741/2003, é o diploma legal que tutela e protege, através de um conjunto

Leia mais

Quanto ao órgão controlador

Quanto ao órgão controlador Prof. Ms. Cristian Wittmann Aborda os instrumentos jurídicos de fiscalização sobre a atuação dos Agentes públicos; Órgãos públicos; Entidades integradas na Administração Pública; Tem como objetivos fundamentais

Leia mais

CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO. (Alterada pelas Resoluções nº 65/2011 e 98/2013) RESOLUÇÃO Nº 20, DE 28 DE MAIO DE 2007.

CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO. (Alterada pelas Resoluções nº 65/2011 e 98/2013) RESOLUÇÃO Nº 20, DE 28 DE MAIO DE 2007. CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO (Alterada pelas Resoluções nº 65/2011 e 98/2013) RESOLUÇÃO Nº 20, DE 28 DE MAIO DE 2007. Regulamenta o art. 9º da Lei Complementar nº 75, de 20 de maio de 1993 e

Leia mais

O caso trata da situação de trabalho forçado e servidão por dívidas na Fazenda Brasil Verde, situada no norte do Estado do Pará.

O caso trata da situação de trabalho forçado e servidão por dívidas na Fazenda Brasil Verde, situada no norte do Estado do Pará. 4 de março de 2015 Ref.: Caso Nº 12.066 Trabalhadores da Fazenda Brasil Verde Brasil Senhor Secretário: Em nome da Comissão Interamericana de Direitos Humanos tenho honra de dirigir-me a Vossa Excelência

Leia mais

TRATADOS INTERNACIONAIS E SUA INCORPORAÇÃO NO ORDENAMENTO JURÍDICO 1. DIREITOS FUNDAMENTAIS E TRATADOS INTERNACIONAIS

TRATADOS INTERNACIONAIS E SUA INCORPORAÇÃO NO ORDENAMENTO JURÍDICO 1. DIREITOS FUNDAMENTAIS E TRATADOS INTERNACIONAIS Autora: Idinéia Perez Bonafina Escrito em maio/2015 TRATADOS INTERNACIONAIS E SUA INCORPORAÇÃO NO ORDENAMENTO JURÍDICO 1. DIREITOS FUNDAMENTAIS E TRATADOS INTERNACIONAIS Nas relações internacionais do

Leia mais

Dispõe sobre a divulgação de dados processuais eletrônicos na rede mundial de computadores, expedição de certidões judiciais e dá outras providências.

Dispõe sobre a divulgação de dados processuais eletrônicos na rede mundial de computadores, expedição de certidões judiciais e dá outras providências. (Publicada no DJ-e nº 187/2010, em 11/10/2010, pág. 4-6) RESOLUÇÃO Nº 121, DE 5 DE OUTUBRO DE 2010. Dispõe sobre a divulgação de dados processuais eletrônicos na rede mundial de computadores, expedição

Leia mais

PROPOSTA DE REVISÃO CURRICULAR APRESENTADA PELO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA POSIÇÃO DA AMNISTIA INTERNACIONAL PORTUGAL

PROPOSTA DE REVISÃO CURRICULAR APRESENTADA PELO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA POSIÇÃO DA AMNISTIA INTERNACIONAL PORTUGAL PROPOSTA DE REVISÃO CURRICULAR APRESENTADA PELO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA POSIÇÃO DA AMNISTIA INTERNACIONAL PORTUGAL A Amnistia Internacional Portugal defende a manutenção Formação Cívica nos 2.º

Leia mais

REGULAMENTO PROJETO SERVIÇOS E CIDADANIA

REGULAMENTO PROJETO SERVIÇOS E CIDADANIA REGULAMENTO PROJETO SERVIÇOS E CIDADANIA Este documento descreve as práticas gerais de uso do PROJETO SERVIÇOS E CIDADANIA do Grupo Paranaense de Comunicação, administrado pelo Instituto GRPCOM. O PROJETO

Leia mais

MATERIAL DE AULA LEI Nº 9.296, DE 24 DE JULHO DE 1996.

MATERIAL DE AULA LEI Nº 9.296, DE 24 DE JULHO DE 1996. MATERIAL DE AULA I) Ementa da aula Interceptação Telefônica. II) Legislação correlata LEI Nº 9.296, DE 24 DE JULHO DE 1996. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono

Leia mais

Ensino Religioso no Brasil

Ensino Religioso no Brasil Ensino Religioso no Brasil Frederico Monteiro BRANDÃO 1 Cláudio José Palma SANCHEZ 2 José Artur Teixeira GONÇALVES³ RESUMO: Esse artigo tem como objetivo expor uma parte da história do ensino religioso

Leia mais

Divisão de Atos Internacionais

Divisão de Atos Internacionais Divisão de Atos Internacionais Âmbito de AplicaçãoConvenção Interamericana Sobre Obrigação Alimentar (Adotada no Plenário da Quarta Conferência Especializada Interamericana sobre Direito Internacional

Leia mais

O PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, no uso de suas atribuições legais,

O PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, no uso de suas atribuições legais, RESOLUÇÃO N.º102 /97 - P.G.J. Estabelece normas para o exercício do controle externo da atividade de Polícia Judiciária pelo Ministério Público, previsto no artigo 129, inciso VII, da Constituição Federal

Leia mais

Marco legal. da política indigenista brasileira

Marco legal. da política indigenista brasileira Marco legal da política indigenista brasileira A política indigenista no país tem como base a Constituição Federal de 1988, o Estatuto do Índio (Lei nº 6.001/1973) e instrumentos jurídicos internacionais,

Leia mais

RESOLUÇÃO N 08/2013 TCE, DE 23 DE ABRIL DE 2013

RESOLUÇÃO N 08/2013 TCE, DE 23 DE ABRIL DE 2013 RESOLUÇÃO N 08/2013 TCE, DE 23 DE ABRIL DE 2013 Dispõe sobre os procedimentos a serem adotados em auditoria operacional no âmbito do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte. O TRIBUNAL DE CONTAS

Leia mais

: 200900044000310 : ABGLT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE GAYS, LÉSBISCAS, BISSEXUAIS, TRAVESTIS E TRANSEXUAIS : SOLICITAÇÃO

: 200900044000310 : ABGLT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE GAYS, LÉSBISCAS, BISSEXUAIS, TRAVESTIS E TRANSEXUAIS : SOLICITAÇÃO CONSElHO fstaoual DE EOUCAÇAO ), i PARECER N. _---l(..lj_'...,/-1,/2009 Histórico A ABGL T - Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais, por encaminhamento eletrônico,

Leia mais

4.1 CADASTRAMENTO DE ASSUNTOS PROCESSUAIS NA ÁREA CÍVEL 4.2 CADASTRAMENTO DE ASSUNTOS PROCESSUAIS NA ÁREA CRIMINAL

4.1 CADASTRAMENTO DE ASSUNTOS PROCESSUAIS NA ÁREA CÍVEL 4.2 CADASTRAMENTO DE ASSUNTOS PROCESSUAIS NA ÁREA CRIMINAL 1 SUMÁRIO: 1. APRESENTAÇÃO 2. TABELAS PROCESSUAIS UNIFICADAS DO PODER JUDICIÁRIO 3. TABELA DE CLASSES PROCESSUAIS 4. TABELA DE ASSUNTOS PROCESSUAIS 4.1 CADASTRAMENTO DE ASSUNTOS PROCESSUAIS NA ÁREA CÍVEL

Leia mais

www.fundep.br/programacaptar, juntamente com este regulamento.

www.fundep.br/programacaptar, juntamente com este regulamento. PROGRAMA DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS FUNDEP REGULAMENTO PARA CADASTRAMENTO DE PROJETOS UFMG A Fundep//Gerência de Articulação de Parcerias convida a comunidade acadêmica da UFMG a cadastrar propostas de acordo

Leia mais

Educação ambiental na gestão das bacias hidrográficas

Educação ambiental na gestão das bacias hidrográficas Boletim ABLimno 42(1), 14-19, 2016 Educação ambiental na gestão das bacias hidrográficas Ana Tiyomi Obara 1 e Mara Luciane Kovalski 2 1- Departamento de Biologia, Área de Ensino, Universidade Estadual

Leia mais

Ministério da Educação. Universidade Tecnológica Federal do Paraná Reitoria Conselho de Graduação e Educação Profissional

Ministério da Educação. Universidade Tecnológica Federal do Paraná Reitoria Conselho de Graduação e Educação Profissional Ministério da Educação Universidade Tecnológica Federal do Paraná Reitoria Conselho de Graduação e Educação Profissional Conselho de Graduação e Educação Profissional COGEP PROCESSO Nº. 038/13-COGEP Câmara

Leia mais

CÓDIGO DE ÉTICA AGÊNCIA DE FOMENTO DE GOIÁS S/A GOIÁSFOMENTO

CÓDIGO DE ÉTICA AGÊNCIA DE FOMENTO DE GOIÁS S/A GOIÁSFOMENTO CÓDIGO DE ÉTICA DA AGÊNCIA DE FOMENTO DE GOIÁS S/A GOIÁSFOMENTO 0 ÍNDICE 1 - INTRODUÇÃO... 2 2 - ABRANGÊNCIA... 2 3 - PRINCÍPIOS GERAIS... 2 4 - INTEGRIDADE PROFISSIONAL E PESSOAL... 3 5 - RELAÇÕES COM

Leia mais

PNDH - 3 DECRETO Nº 7.037, DE 21 DE DEZEMBRO DE

PNDH - 3 DECRETO Nº 7.037, DE 21 DE DEZEMBRO DE CURSO NEON PNDH - 3 DECRETO Nº 7.037, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2009. Profª Andréa Azevêdo Disciplina: DIREITOS HUMANOS E PARTICIPAÇÃO SOCIAL ANDRÉA AZEVÊDO Professora. e-mail: professoraandreaazevedo@yahoo.com.br

Leia mais

Código de Ética e de Conduta

Código de Ética e de Conduta Preâmbulo A CASES, consciente do seu papel no âmbito da economia social, considera importante colocar a questão da ética como prioridade na sua agenda. O presente documento apresenta os princípios gerais

Leia mais

DECRETO N. 52.288 DE 24 DE JULHO DE 1963

DECRETO N. 52.288 DE 24 DE JULHO DE 1963 DECRETO N. 52.288 DE 24 DE JULHO DE 1963 Promulga a Convenção sobre Privilégios e Imunidades das Agências Especializadas das Nações Unidas, adotada, a 21 de novembro de 1947, pela Assembléia Geral das

Leia mais

LEVANTAMENTO SOBRE A POLÍTICA DE COTAS NO CURSO DE PEDAGOGIA NA MODALIDADE EAD/UFMS

LEVANTAMENTO SOBRE A POLÍTICA DE COTAS NO CURSO DE PEDAGOGIA NA MODALIDADE EAD/UFMS LEVANTAMENTO SOBRE A POLÍTICA DE COTAS NO CURSO DE PEDAGOGIA NA MODALIDADE EAD/UFMS 5 Educação Superior Karoline dos Reis Macedo 1 Carina Elisabeth Maciel 2 Pôster Resumo: Este texto é parte da pesquisa

Leia mais

Brasil. 5 O Direito à Convivência Familiar e Comunitária: Os abrigos para crianças e adolescentes no

Brasil. 5 O Direito à Convivência Familiar e Comunitária: Os abrigos para crianças e adolescentes no Introdução A convivência familiar e comunitária é um dos direitos fundamentais 1 garantidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, 1990). A lei ainda enfatiza que: Toda criança ou adolescente

Leia mais

Considerando a importância da divulgação de imagens das unidades de conservação para sensibilização da sociedade sobre o tema;

Considerando a importância da divulgação de imagens das unidades de conservação para sensibilização da sociedade sobre o tema; PORTARIA Nº 19/2011 O PRESIDENTE DO INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE INSTITUTO CHICO MENDES, nomeado pela Portaria nº 532, de 30 de julho de 2008, da Ministra de Estado Chefe da

Leia mais

3. QUEM PODE PRESTAR O SERVIÇO DE RADCOM?

3. QUEM PODE PRESTAR O SERVIÇO DE RADCOM? 1. O QUE É RADIODIFUSÃO COMUNITÁRIA? A Radiodifusão Comunitária RadCom é o serviço de radiodifusão sonora, em frequência modulada (FM), operado em baixa potência (25 watts ERP) e que tem por finalidade

Leia mais

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XVII EXAME DE ORDEM UNIFICADO

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XVII EXAME DE ORDEM UNIFICADO PADRÃO DE RESPOSTA - PEÇA PROFISSIONAL A sociedade empresária XYZ Ltda., citada em execução fiscal promovida pelo município para a cobrança de crédito tributário de ISSQN, realizou depósito integral e

Leia mais

JOVEM ÍNDIO E JOVEM AFRODESCENDENTE/JOVEM CIGANO E OUTRAS ETNIAS OBJETIVOS E METAS

JOVEM ÍNDIO E JOVEM AFRODESCENDENTE/JOVEM CIGANO E OUTRAS ETNIAS OBJETIVOS E METAS JOVEM ÍNDIO E JOVEM AFRODESCENDENTE/JOVEM CIGANO E OUTRAS ETNIAS OBJETIVOS E METAS 1. Assegurar com políticas públicas e programas de financiamento o direito dos jovens índios, afrodescendentes, camponeses

Leia mais

Atribuições dos Tecnólogos

Atribuições dos Tecnólogos UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO CIVIL TECNOLOGIA EM CONTRUÇÃO CIVIL EDIFÍCIOS E ESTRADAS Atribuições dos Tecnólogos Prof.ª Me. Fabiana Marques Maio / 2014 SOBRE O TECNÓLOGO Segundo

Leia mais

Recomendação CM/Rec (2013)1 do Comité de Ministros aos Estados-Membros sobre a Igualdade de Género e Media (adotada pelo Comité de Ministros a 10 de

Recomendação CM/Rec (2013)1 do Comité de Ministros aos Estados-Membros sobre a Igualdade de Género e Media (adotada pelo Comité de Ministros a 10 de Recomendação CM/Rec (2013)1 do Comité de Ministros aos Estados-Membros sobre a Igualdade de Género e Media (adotada pelo Comité de Ministros a 10 de julho de 2013, na 1176.ª reunião dos Delegados dos Ministros)

Leia mais

Art. 1º Definir o ensino de graduação na UNIVILLE e estabelecer diretrizes e normas para o seu funcionamento. DA NATUREZA

Art. 1º Definir o ensino de graduação na UNIVILLE e estabelecer diretrizes e normas para o seu funcionamento. DA NATUREZA UNIVERSIDADE DA REGIÃO DE JOINVILLE UNIVILLE CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO RESOLUÇÃO Nº 07/04 Define o ensino de graduação na UNIVILLE e estabelece diretrizes e normas para seu funcionamento.

Leia mais

9. EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA

9. EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA 9. EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA 9.1 ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO INDÍGENA 9.1.1 Objetivos gerais A Constituição Federal assegura às comunidades indígenas o direito de uma educação escolar diferenciada e a utilização

Leia mais

MANUAL TEÓRICO DAS TABELAS PROCESSUAIS UNIFICADAS DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Diretoria de Modernização Judiciária

MANUAL TEÓRICO DAS TABELAS PROCESSUAIS UNIFICADAS DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Diretoria de Modernização Judiciária MANUAL TEÓRICO DAS TABELAS PROCESSUAIS UNIFICADAS DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA Diretoria de Modernização Judiciária Aracaju, 29 de agosto de 2008 1 1 APRESENTAÇÃO Este Manual tem por escopo apresentar

Leia mais

A EDUCAÇÃO QUILOMBOLA

A EDUCAÇÃO QUILOMBOLA A EDUCAÇÃO QUILOMBOLA Moura (2001) nos traz um desafio preocupante, não só a partir do debate sobre a melhoria estrutural das escolas em comunidades quilombola, da qualificação continuada dos professores,

Leia mais

COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO PROJETO DE LEI Nº 398, DE 2003

COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO PROJETO DE LEI Nº 398, DE 2003 COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO PROJETO DE LEI Nº 398, DE 2003 Dispõe sobre a vedação de toda e qualquer forma de discriminação em relação aos portadores do vírus HIV e aos atingidos

Leia mais

ACORDO PARA A PROMOÇÃO E A PROTEÇÃO RECÍPROCA DE INVESTIMENTOS ENTRE O GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O GOVERNO DA REPÚBLICA DA CORÉIA

ACORDO PARA A PROMOÇÃO E A PROTEÇÃO RECÍPROCA DE INVESTIMENTOS ENTRE O GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O GOVERNO DA REPÚBLICA DA CORÉIA ACORDO PARA A PROMOÇÃO E A PROTEÇÃO RECÍPROCA DE INVESTIMENTOS ENTRE O GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O GOVERNO DA REPÚBLICA DA CORÉIA O Governo da República Federativa do Brasil e o Governo

Leia mais

Kelly Neres da Silva 1

Kelly Neres da Silva 1 A DEFINIÇÃO DO DIREITO INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS E O PAPEL DO DIREITO HUMANITÁRIO INTERNACIONAL PERANTE O DIREITO DE ASILO E A PROTEÇÃO AO REFUGIADO Kelly Neres da Silva 1 RESUMO: A proposta deste

Leia mais

PROPOSTA DE LEI N.º 151/IX APROVA O REGIME DA RESPONSABILIDADE PENAL DAS PESSOAS COLECTIVAS. Exposição de motivos

PROPOSTA DE LEI N.º 151/IX APROVA O REGIME DA RESPONSABILIDADE PENAL DAS PESSOAS COLECTIVAS. Exposição de motivos PROPOSTA DE LEI N.º 151/IX APROVA O REGIME DA RESPONSABILIDADE PENAL DAS PESSOAS COLECTIVAS Exposição de motivos Vários instrumentos de direito convencional comunitário, assim como diversas decisões-quadro

Leia mais

convicções religiosas...

convicções religiosas... apresenta Cartilha O termo DISCRIMINAR significa separar; diferenciar; estabelecer diferença; distinguir; não se misturar; formar grupo à parte por alguma característica étnica, cultural, religiosa etc;

Leia mais

DIREITO FUNDAMENTAL À ACESSIBILIDADE NO BRASIL: UMA REVISÃO NARRATIVA SOBRE O TEMA

DIREITO FUNDAMENTAL À ACESSIBILIDADE NO BRASIL: UMA REVISÃO NARRATIVA SOBRE O TEMA DIREITO FUNDAMENTAL À ACESSIBILIDADE NO BRASIL: UMA REVISÃO NARRATIVA SOBRE O TEMA Autoria: Tâmara Mirely Silveira Silva Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) (FACISA) Daniel Ferreira de Lima (orientador)

Leia mais

TERMO DE ORIENTAÇÃO ATUAÇÃO DE ASSISTENTES SOCIAIS EM ABORDAGEM SOCIAL NA RUA

TERMO DE ORIENTAÇÃO ATUAÇÃO DE ASSISTENTES SOCIAIS EM ABORDAGEM SOCIAL NA RUA TERMO DE ORIENTAÇÃO ATUAÇÃO DE ASSISTENTES SOCIAIS EM ABORDAGEM SOCIAL NA RUA Este Termo de Orientação tem por objetivo orientar o trabalho de assistentes sociais ao realizarem, em sua intervenção profissional,

Leia mais