ÍNDICE. DECRETO-LEI N.º 197/2012 de 24 de agosto DECRETO-LEI N.º 198/2012 de 24 de agosto DECRETO-LEI N.º 147/2003 de 11 de Julho...

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "ÍNDICE. DECRETO-LEI N.º 197/2012 de 24 de agosto DECRETO-LEI N.º 198/2012 de 24 de agosto DECRETO-LEI N.º 147/2003 de 11 de Julho..."

Transcrição

1

2 LEGISLAÇÃO 1

3 2

4 ÍNDICE DECRETO-LEI N.º 197/2012 de 24 de agosto... 5 DECRETO-LEI N.º 198/2012 de 24 de agosto DECRETO-LEI N.º 147/2003 de 11 de Julho LEI N.º 66-B/2012, de 31 de dezembro ( Art. 201.º) PORTARIA N.º 161/2013, de 23 de abril LEI N.º 51/2013 de 24 de julho DECRETO-LEI N.º 71/2013 de 30 de maio PORTARIA N.º 255/2013 de 12 de agosto OFÍCIO CIRCULADO N.º 30150/ OFÍCIO CIRCULADO N.º 30149/

5 4

6 DECRETO-LEI N.º 197/2012 de 24 de agosto 5

7 4656 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de 2012 MINISTÉRIO DAS FINANÇAS Decreto-Lei n.º 197/2012 de 24 de agosto O presente diploma transpõe para a ordem jurídica interna o artigo 4.º da Diretiva n.º 2008/8/CE, do Conselho, de 12 de fevereiro, e a Diretiva n.º 2010/45/UE, do Conselho, de 13 de julho, que alteraram a Diretiva n.º 2006/112/CE, do Conselho, de 28 de novembro, relativa ao sistema comum do imposto sobre o valor acrescentado (IVA), respetivamente, no que respeita ao lugar das prestações de serviços e às regras em matéria de faturação. A transposição do disposto no artigo 4.º da Diretiva n.º 2008/8/CE, do Conselho, de 12 de fevereiro, implica a alteração da redação do artigo 6.º do Código do IVA no sentido de alterar a regra de localização aplicável à locação de meios de transporte, que não seja de curta duração, efetuada a não sujeitos passivos. Esta prestação de serviços passa, por via de regra, a ser tributada no lugar onde o destinatário está estabelecido, tem domicílio ou residência habitual. Esta regra é, contudo, afastada no caso da locação de embarcações de recreio, que se considera localizada no lugar onde a embarcação é colocada à disposição do não sujeito passivo, quando a prestação de serviços for realizada por um prestador a partir da sua sede ou estabelecimento estável situados no mesmo lugar. Por sua vez, a transposição da Diretiva n.º 2010/45/UE, do Conselho, de 13 de julho, implica diversas alterações ao Código do IVA e, bem assim, alguns ajustamentos de noutros diplomas do sistema fiscal português. De entre as diversas alterações, destaca -se, nomeadamente, a introdução de alterações em matéria de exigibilidade do imposto, a simplificação dos requisitos para a utilização de faturação eletrónica por parte dos operadores económicos, a uniformização no plano da União Europeia das menções referentes aos regimes de tributação aplicáveis a constar das faturas, a fixação uniforme de um prazo máximo para emissão da fatura no caso de serviços intracomunitários cujo imposto seja devido no Estado membro do adquirente e a introdução de faturas simplificadas. Adicionalmente, ao clarificar -se que a emissão de fatura é obrigatória para todas as transmissões de bens e prestações de serviços, independentemente da qualidade do adquirente dos bens ou destinatário dos serviços e ainda que estes não a solicitem, qualquer que seja o sector de atividade em causa, e se explicitar que nas faturas emitidas por meios eletrónicos todo o seu conteúdo deve ser processado eletronicamente, são ainda adotadas medidas que visam combater a economia informal, a fraude e a evasão fiscais. Evidencia -se ainda que os sujeitos passivos não podem emitir e entregar documentos de natureza diferente da fatura para titular a transmissão de bens ou prestação de serviços aos respetivos adquirentes ou destinatários, sob pena de aplicação das penalidades legalmente previstas. No entanto, de modo a assegurar que não são aumentados os encargos administrativos para os sujeitos passivos, permite -se que sejam emitidas faturas simplificadas nas transmissões de bens efetuadas por retalhistas a particulares quando o valor da fatura seja inferior a 1000, bem como em quaisquer outras transmissões de bens e prestações de serviços de montante não superior a 100, neste caso quer os adquirentes sejam sujeitos passivos ou particulares. Assim: No uso da autorização legislativa concedida pelo artigo 128.º da Lei n.º 64 -B/2011, de 30 de dezembro, e nos termos das alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: Artigo 1.º Objeto 1 O presente diploma procede à transposição para a ordem jurídica interna do artigo 4.º da Diretiva n.º 2008/8/CE, do Conselho, de 12 de fevereiro, que altera a Diretiva n.º 2006/112/CE, do Conselho, de 28 de novembro, no que respeita ao lugar das prestações de serviços, e da Diretiva n.º 2010/45/UE, do Conselho, de 13 de julho, que altera a Diretiva n.º 2006/112/CE, do Conselho, de 28 de novembro, relativa ao sistema comum do imposto sobre o valor acrescentado no que respeita às regras em matéria de faturação, introduzindo alterações na legislação do imposto sobre o valor acrescentado (IVA). 2 O presente diploma procede à alteração dos seguintes diplomas: a) Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 394 -B/84, de 26 de dezembro; b) Regime do IVA nas Transações Intracomunitárias, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 290/92, de 28 de dezembro; 6

8 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de c) Decreto -Lei n.º 221/85, de 3 de julho, alterado pelo Decreto -Lei n.º 206/2006, de 26 de outubro, e pela Lei n.º 32 -B/2002, de 30 de dezembro; d) Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 442 -A/88, de 30 de novembro; e) Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 442 -B/88, de 30 de novembro; f) Decreto -Lei n.º 198/90, de 19 de junho, com as alterações introduzidas pelo Decreto -Lei n.º 256/2003, de 21 de outubro, e pela Lei n.º 60 -A/2005, de 30 de dezembro; g) Regime especial de tributação dos bens em segunda mão, objetos de arte, de coleção e antiguidades, aprovado em anexo ao Decreto -Lei n.º 199/96, de 18 de outubro, e alterado pela Lei n.º 4/98, de 12 de janeiro; h) Regime especial de exigibilidade do imposto sobre o valor acrescentado nas empreitadas e subempreitadas de obras públicas, aprovado em anexo ao Decreto- -Lei n.º 204/97, de 9 de agosto, e alterado pelas Leis n. os 3 -B/2000, de 4 de abril, e 109 -B/2001, de 27 de dezembro, e pelo Decreto -Lei n.º 21/2007, de 29 de janeiro; i) Regime especial aplicável ao ouro para investimento, aprovado em anexo ao Decreto -Lei n.º 362/99, de 16 de setembro, e alterado pela Lei n.º 3 -B/2000, de 4 de abril; j) Regime especial de exigibilidade do imposto sobre o valor acrescentado nas entregas de bens às cooperativas agrícolas, aprovado em anexo ao Decreto -Lei n.º 418/99, de 21 de outubro; k) Decreto -Lei n.º 196/2007, de 15 de maio; l) Regime especial de exigibilidade do IVA dos serviços de transporte rodoviário nacional de mercadorias, aprovado em anexo à Lei n.º 15/2009, de 1 de abril. Artigo 2.º Alteração ao Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado Os artigos 2.º, 6.º, 7.º, 8.º, 16.º, 19.º, 22.º, 27.º, 29.º, 36.º, 37.º, 38.º, 40.º, 45.º, 46.º, 47.º, 48.º, 51.º, 52.º, 62.º, 65.º, 72.º, 78.º, 79.º e 97.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 394 -B/84, de 26 de dezembro, passam a ter a seguinte redação: «Artigo 2.º a) b) c) As pessoas singulares ou coletivas que mencionem indevidamente IVA em fatura; d) e) f) g) h) i) j) l) Artigo 6.º a) b) c) d) e) f) g) Locação de um meio de transporte, que não seja de curta duração, quando o destinatário for uma pessoa estabelecida ou domiciliada fora do território nacional a) b) c) d) e) f) g) Locação de um meio de transporte, que não seja de curta duração, quando o destinatário for uma pessoa estabelecida ou domiciliada no território nacional a) b) c) Locação de um meio de transporte, que não seja de curta duração, efetuada a pessoa que não seja um sujeito passivo, quando este esteja estabelecido ou domiciliado fora da Comunidade e a utilização ou exploração efetivas do meio de transporte ocorram no território nacional; d) e) Locação de uma embarcação de recreio, que não seja de curta duração, efetuada a pessoa que não seja um sujeito passivo, quando o locador tenha no território nacional sede, estabelecimento estável ou, na sua falta, domicílio, a partir do qual os serviços são prestados, e a efetiva colocação da embarcação à disposição do destinatário ocorra no território nacional. 13 O disposto na alínea g) do n.º 10 não tem aplicação relativamente à locação de uma embarcação de recreio, que não seja de curta duração, quando o locador tenha sede, estabelecimento estável ou, na sua falta, domicílio fora do território nacional, a partir do qual os serviços são prestados, e a efetiva colocação da embarcação à disposição do destinatário ocorra no mesmo território. Artigo 7.º

9 4658 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de Nas transmissões de bens isentas nos termos do artigo 14.º do Regime do IVA nas Transações Intracomunitárias, efetuadas de forma continuada por um período superior a um mês, o imposto é devido e torna -se exigível no final de cada mês, pelo montante correspondente. Artigo 8.º 1 Não obstante o disposto no artigo anterior, sempre que a transmissão de bens ou prestação de serviços dê lugar à obrigação de emitir uma fatura nos termos do artigo 29.º, o imposto torna -se exigível: a) Se o prazo previsto para a emissão da fatura for respeitado, no momento da sua emissão; b) c) Se a transmissão de bens ou a prestação de serviços derem lugar ao pagamento, ainda que parcial, anteriormente à emissão da fatura, no momento do recebimento desse pagamento, pelo montante recebido, sem prejuízo do disposto na alínea anterior. 2 O disposto no número anterior é ainda aplicável aos casos em que se verifique emissão de fatura ou pagamento, precedendo o momento da realização das operações tributáveis, tal como este é definido no artigo anterior. 3 Nas prestações intracomunitárias de serviços, cujo imposto seja devido no território de outro Estado membro em resultado da aplicação do disposto na alínea a) do n.º 6 do artigo 6.º, a exigibilidade ocorre nos termos do artigo 7.º 4 Nas transmissões de bens isentas nos termos do artigo 14.º do Regime do IVA nas Transações Intracomunitárias o imposto torna -se exigível no momento da emissão da fatura ou, quando esta não tenha sido emitida dentro do prazo previsto no n.º 2 do artigo 27.º daquele Regime, no momento em que aquele prazo termina. Artigo 16.º a) b) c) d) As quantias respeitantes a embalagens, desde que as mesmas não tenham sido efetivamente transacionadas e da fatura constem os elementos referidos na parte final da alínea b) do n.º 5 do artigo 36.º Quando os elementos necessários à determinação do valor tributável sejam expressos em moeda diferente da moeda nacional, a taxa de câmbio a utilizar é a última divulgada pelo Banco Central Europeu ou a de venda praticada por qualquer banco estabelecido no território nacional Artigo 19.º a) Em faturas passadas na forma legal; b) No recibo de pagamento do IVA que faz parte das declarações de importação, bem como em documentos emitidos por via eletrónica pela Autoridade Tributária e Aduaneira, nos quais constem o número e a data do movimento de caixa. 3 Não pode deduzir -se imposto que resulte de operação simulada ou em que seja simulado o preço constante da fatura No caso de faturas emitidas pelos próprios adquirentes dos bens ou serviços, o exercício do direito à dedução fica condicionado à verificação das condições previstas no n.º 11 do artigo 36.º 6 Para efeitos do exercício do direito à dedução, consideram -se passadas na forma legal as faturas que contenham os elementos previstos nos artigos 36.º ou 40.º, consoante os casos Artigo 22.º Sem prejuízo do disposto no artigo 78.º, a dedução deve ser efetuada na declaração do período ou de período posterior àquele em que se tiver verificado a receção das faturas ou de recibo de pagamento do IVA que fizer parte das declarações de importação Em qualquer caso, a Autoridade Tributária e Aduaneira pode exigir, quando a quantia a reembolsar exceder , caução, fiança bancária ou outra garantia adequada, que determina a suspensão do prazo de contagem dos juros indemnizatórios referidos no número seguinte, até à prestação da mesma, a qual deve ser mantida pelo prazo de seis meses. 8 Os reembolsos de imposto, quando devidos, devem ser efetuados pela Autoridade Tributária e Aduaneira até ao fim do 2.º mês seguinte ao da apresentação do pedido ou, no caso de sujeitos passivos que estejam 8

10 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de inscritos no regime de reembolso mensal, até aos 30 dias posteriores ao da apresentação do referido pedido, findo os quais podem os sujeitos passivos solicitar a liquidação de juros indemnizatórios nos termos do artigo 43.º da lei geral tributária. 9 O Ministro das Finanças pode autorizar a Autoridade Tributária e Aduaneira a efetuar reembolsos em condições diferentes das estabelecidas nos números anteriores relativamente a sectores de atividade cujo volume de negócios seja constituído essencialmente por operações previstas na alínea b) do n.º 1 do artigo 20.º ou relativamente às quais a obrigação de liquidação do imposto seja de responsabilidade do adquirente A inscrição no regime de reembolso mensal a que se refere o n.º 8 é efetuada a pedido do sujeito passivo, por transmissão eletrónica de dados através do sítio eletrónico da Autoridade Tributária e Aduaneira, até ao final do mês de novembro do ano anterior àquele em que se destina a produzir efeitos, devendo os termos e as condições de acesso ser definidos por despacho normativo do Ministro das Finanças Artigo 27.º As pessoas referidas na alínea c) do n.º 1 do artigo 2.º, bem como as que pratiquem uma só operação tributável nas condições referidas na alínea a) da mesma disposição, devem entregar nos locais de cobrança legalmente autorizados o correspondente imposto nos prazos de, respetivamente, 15 dias a contar da emissão da fatura e até ao final do mês seguinte ao da conclusão da operação Quando o valor do imposto apurado pelo sujeito passivo na declaração periódica apresentada nos termos do n.º 1 do artigo 41.º for superior ao montante do respetivo meio de pagamento, é extraída, pela Autoridade Tributária e Aduaneira, certidão de dívida, pela diferença entre o valor apurado e o valor do respetivo meio de pagamento, ou pela totalidade do valor declarado no caso da falta do meio de pagamento, nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 88.º do Código de Procedimento e de Processo Tributário Artigo 29.º 1 Para além da obrigação do pagamento do imposto, os sujeitos passivos referidos na alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º devem, sem prejuízo do previsto em disposições especiais: a) b) Emitir obrigatoriamente uma fatura por cada transmissão de bens ou prestação de serviços, tal como vêm definidas nos artigos 3.º e 4.º, independentemente da qualidade do adquirente dos bens ou destinatário dos serviços, ainda que estes não a solicitem, bem como pelos pagamentos que lhes sejam efetuados antes da data da transmissão de bens ou da prestação de serviços; c) d) e) f) g) h) i) Quando o valor tributável de uma operação ou o imposto correspondente sejam alterados por qualquer motivo, incluindo inexatidão, deve ser emitido documento retificativo de fatura (Revogado.) 14 Para cumprimento do disposto na alínea b) do n.º 1, as faturas podem ser elaboradas pelo próprio adquirente dos bens ou serviços ou por um terceiro, em nome e por conta do sujeito passivo Não é permitida aos sujeitos passivos a emissão e entrega de documentos de natureza diferente da fatura para titular a transmissão de bens ou prestação de serviços aos respetivos adquirentes ou destinatários, sob pena de aplicação das penalidades legalmente previstas. Artigo 36.º Prazo de emissão e formalidades das faturas 1 A fatura referida na alínea b) do n.º 1 do artigo 29.º deve ser emitida: a) O mais tardar no 5.º dia útil seguinte ao do momento em que o imposto é devido nos termos do artigo 7.º; b) O mais tardar no 15.º dia do mês seguinte àquele em que o imposto é devido nos termos do artigo 7.º, no caso das prestações intracomunitárias de serviços que sejam tributáveis no território de outro Estado membro em resultado da aplicação do disposto na alínea a) do n.º 6 do artigo 6.º; c) Na data do recebimento, no caso de pagamentos relativos a uma transmissão de bens ou prestação de serviços ainda não efetuada, bem como no caso em que o pagamento coincide com o momento em que o imposto é devido nos termos do artigo 7.º

11 4660 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de As faturas são substituídas por guias ou notas de devolução, quando se trate de devoluções de mercadorias anteriormente transacionadas entre as mesmas pessoas, devendo a sua emissão processar -se o mais tardar no 5.º dia útil seguinte à data da devolução As faturas devem ser datadas, numeradas sequencialmente e conter os seguintes elementos: a) b) c) d) e) f) As guias ou notas de devolução e outros documentos retificativos de faturas devem conter, além da data e numeração sequencial, os elementos a que se refere a alínea a) do número anterior, bem como a referência à fatura a que respeitam e as menções desta que são objeto de alterações No caso de sujeitos passivos que não disponham de sede, estabelecimento estável ou domicílio em território nacional, que tenham nomeado representante nos termos do artigo 30.º, as faturas emitidas, além dos elementos previstos no n.º 5, devem conter ainda o nome ou denominação social e a sede, estabelecimento estável ou domicílio do representante, bem como o respetivo número de identificação fiscal. 10 As faturas podem, sob reserva de aceitação pelo destinatário, ser emitidas por via eletrónica desde que seja garantida a autenticidade da sua origem, a integridade do seu conteúdo e a sua legibilidade através de quaisquer controlos de gestão que criem uma pista de auditoria fiável, considerando -se cumpridas essas exigências se adotada, nomeadamente, uma assinatura eletrónica avançada ou um sistema de intercâmbio eletrónico de dados. 11 A elaboração de faturas por parte do adquirente dos bens ou dos serviços fica sujeita às seguintes condições: a) b) c) Conter a menção autofaturação. 12 Sem prejuízo do disposto no número anterior, a elaboração de faturas pelos próprios adquirentes dos bens ou dos serviços ou por terceiros que não disponham de sede, estabelecimento estável ou domicílio em qualquer Estado membro está sujeita a autorização prévia da Autoridade Tributária e Aduaneira, que pode fixar condições específicas para a sua efetivação. 13 Nas situações previstas nas alíneas i), j) e l) do n.º 1 do artigo 2.º, bem como nas demais situações em que o destinatário ou adquirente for o devedor do imposto, as faturas emitidas pelo transmitente dos bens ou prestador dos serviços devem conter a expressão IVA autoliquidação. 14 Nas faturas processadas através de sistemas informáticos, todas as menções obrigatórias, incluindo o nome, a firma ou a denominação social e o número de identificação fiscal do sujeito passivo adquirente, devem ser inseridas pelo respetivo programa ou equipamento informático de faturação. 15 A indicação na fatura da identificação e do domicílio do adquirente ou destinatário que não seja sujeito passivo não é obrigatória nas faturas de valor inferior a 1000, salvo quando o adquirente ou destinatário solicite que a fatura contenha esses elementos. 16 A indicação na fatura do número de identificação fiscal do adquirente ou destinatário não sujeito passivo é sempre obrigatória quando este o solicite. Artigo 37.º 1 A importância do imposto liquidado deve ser adicionada ao valor da fatura, para efeitos da sua exigência aos adquirentes dos bens ou destinatários dos serviços. 2 Nas operações pelas quais seja emitida uma fatura nos termos do artigo 40.º, o imposto pode ser incluído no preço, para efeitos do disposto no número anterior Artigo 38.º 1 No caso de entrega de mercadorias à consignação, procede -se à emissão de faturas no prazo de cinco dias úteis a contar: a) b) A fatura, processada de acordo com a alínea b) do número anterior, deve fazer sempre apelo à documentação emitida aquando da situação referida na alínea a) do referido número. Artigo 40.º Faturas simplificadas 1 A obrigatoriedade de emissão de fatura prevista na alínea b) do n.º 1 do artigo 29.º pode ser cumprida através da emissão de uma fatura simplificada em transmissões de bens e prestações de serviços cujo imposto seja devido em território nacional, nas seguintes situações: a) Transmissões de bens efetuadas por retalhistas ou vendedores ambulantes a não sujeitos passivos, quando o valor da fatura não for superior a 1000; b) Outras transmissões de bens e prestações de serviços em que o montante da fatura não seja superior a As faturas referidas no número anterior devem ser datadas, numeradas sequencialmente e conter os seguintes elementos: a) Nome ou denominação social e número de identificação fiscal do fornecedor dos bens ou prestador dos serviços; b) Quantidade e denominação usual dos bens transmitidos ou dos serviços prestados; 10

12 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de c) O preço líquido de imposto, as taxas aplicáveis e o montante de imposto devido, ou o preço com a inclusão do imposto e a taxa ou taxas aplicáveis; d) Número de identificação fiscal do adquirente ou destinatário, quando for sujeito passivo. 3 As faturas referidas nos números anteriores devem ainda conter o número de identificação fiscal do adquirente ou destinatário que não seja sujeito passivo quando este o solicite. 4 As faturas referidas nos números anteriores podem ser processadas nos termos previstos no artigo 5.º do Decreto -Lei n.º 198/90, de 19 de junho, ou ainda por outros meios eletrónicos, nomeadamente máquinas registadoras, terminais eletrónicos ou balanças eletrónicas, com registo obrigatório das operações no rolo interno da fita da máquina ou em registo interno por cada transmissão de bens ou prestação de serviços, sendo -lhes aplicável, em qualquer caso, quanto às matérias não especificamente reguladas neste artigo, as restantes disposições que regem a emissão de faturas. 5 Sem prejuízo da obrigação de registo das transmissões de bens e das prestações de serviços efetuadas, a obrigação referida na alínea b) do n.º 1 do artigo 29.º pode ser cumprida mediante a emissão de documentos ou do registo das operações, respetivamente, nas seguintes operações: a) Prestações de serviços de transporte, de estacionamento, portagens e entradas em espetáculos, quando seja emitido um bilhete de transporte, ingresso ou outro documento ao portador comprovativo do pagamento; b) Transmissões de bens efetuadas através de aparelhos de distribuição automática que não permitam a emissão de fatura. 6 A faculdade referida no número anterior pode ser declarada aplicável pelo Ministro das Finanças a outras categorias de sujeitos passivos que forneçam a consumidores finais serviços caracterizados pela sua uniformidade, frequência e valor limitado. 7 O Ministro das Finanças pode, nos casos em que julgue conveniente, e para os fins previstos neste Código, equiparar certos documentos de uso comercial a faturas. Artigo 45.º Para tal efeito, as faturas, guias ou notas de devolução e outros documentos retificativos de faturas, incluindo os emitidos, em nome e por conta do sujeito passivo, pelo próprio adquirente dos bens ou por um terceiro, são identificados através das referidas designações e numerados sequencialmente, em uma ou mais séries convenientemente referenciadas, devendo conservar -se na respetiva ordem os seus duplicados e, bem assim, todos os exemplares dos que tiverem sido anulados ou inutilizados, com os averbamentos indispensáveis à identificação daqueles que os substituíram, se for caso disso. Artigo 46.º Registo das operações em caso de emissão de faturas simplificadas 1 Os sujeitos passivos que emitam faturas nos termos do artigo 40.º e não utilizem sistemas informáticos integrados de faturação e contabilidade podem efetuar o registo das operações, realizadas diariamente com não sujeitos passivos, pelo montante global das contraprestações recebidas pelas transmissões de bens e prestações de serviços tributáveis, imposto incluído, assim como pelo montante das contraprestações relativas às operações não tributáveis ou isentas. 2 O registo referido no número anterior deve ser efetuado, o mais tardar, no 1.º dia útil seguinte ao da realização das operações, com base em duplicados das faturas emitidas, em extratos diários produzidos pelos equipamentos eletrónicos relativos a todas as operações realizadas ou em folhas de caixa, que podem substituir o mesmo registo desde que contenham a indicação inequívoca de um único total diário (Revogado.) 5 A opção pela elaboração de folhas de caixa a que se refere o n.º 2 não dispensa a obrigatoriedade de conservação dos duplicados das faturas e dos demais documentos ali referidos nas condições e prazo previstos no artigo 52.º (Revogado.) Artigo 47.º Artigo 48.º 1 O registo das operações mencionadas nas alíneas b) e c) do n.º 2 do artigo 44.º deve ser efetuado após a receção das correspondentes faturas e guias ou notas de devolução, até à apresentação das declarações a que se referem os artigos 41.º ou 43.º, se enviadas dentro do prazo legal, ou até ao fim desse prazo, se essa obrigação não tiver sido cumprida. 2 Para tal efeito, as faturas, guias ou notas de devolução e outros documentos retificativos de faturas, incluindo os que sejam emitidos na qualidade de adquirente ao abrigo dos n. os 14 e 15 do artigo 29.º, são numerados seguidamente, em uma ou mais séries convenientemente referenciadas, devendo conservar -se na respetiva ordem os seus originais e, bem assim, todos os exemplares dos que tiverem sido anulados, com os averbamentos indispensáveis à identificação daqueles que os substituíram, se for caso disso. Artigo 51.º a) Da data da receção da fatura que certifique a aquisição; b) c)

13 4662 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de 2012 Artigo 52.º É permitido o arquivamento em suporte eletrónico das faturas emitidas por via eletrónica desde que se encontre garantido o acesso completo e em linha aos dados e assegurada a integridade da origem e do conteúdo e a sua legibilidade. 5 Os sujeitos passivos com sede, estabelecimento estável ou domicílio em território nacional que pretendam proceder ao arquivamento em suporte eletrónico dos documentos referidos no número anterior fora do território da Comunidade devem solicitar autorização prévia à Autoridade Tributária e Aduaneira, a qual pode fixar condições específicas para a sua efetivação. 6 Os sujeitos passivos que não disponham de sede, estabelecimento estável ou domicílio em território nacional que pretendam manter o arquivo dos livros, registos e demais documentos, incluindo os referidos no n.º 4, fora do território da Comunidade, devem solicitar autorização prévia à Autoridade Tributária e Aduaneira, a qual pode fixar condições específicas para a sua efetivação. 7 É ainda permitido o arquivamento em suporte eletrónico das faturas ou de quaisquer outros documentos com relevância fiscal desde que processados por computador, nos termos definidos por portaria do Ministro das Finanças. Artigo 62.º Salvo no caso das vendas referidas no n.º 9 do artigo 60.º, as faturas emitidas por retalhistas sujeitos ao regime especial de tributação previsto no artigo 60.º não conferem direito à dedução, devendo delas constar a menção IVA não confere direito à dedução. Artigo 65.º 1 Os retalhistas sujeitos ao regime especial de tributação previsto no artigo 60.º são obrigados a registar no prazo de 30 dias a contar da respetiva receção as faturas e guias ou notas de devolução relativas aos bens ou serviços adquiridos e a conservá -las com observância do disposto no n.º 2 do artigo 48.º Artigo 72.º O direito à dedução referido no número anterior só pode ser exercido com base em faturas passadas na forma legal, podendo, porém, os elementos relativos à identificação do adquirente, com exceção do número de identificação fiscal, ser substituídos pela simples indicação da matrícula do veículo abastecido. 3 As faturas emitidas pelos revendedores devem conter a indicação do preço líquido, da taxa aplicável e do montante de imposto correspondente ou, em alternativa, a indicação do preço com inclusão do imposto e da taxa aplicável. 4 No caso de entregas efetuadas por revendedores por conta dos distribuidores, as faturas emitidas pelos revendedores devem conter a menção IVA não confere direito à dedução ou expressão similar. Artigo 78.º 1 As disposições dos artigos 36.º e seguintes devem ser observadas sempre que, emitida a fatura, o valor tributável de uma operação ou o respetivo imposto venham a sofrer retificação por qualquer motivo Artigo 79.º 1 O adquirente dos bens ou serviços tributáveis que seja um sujeito passivo dos referidos na alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º, agindo como tal, e não isento, é solidariamente responsável com o fornecedor pelo pagamento do imposto quando a fatura obrigatória não tenha sido passada, contenha uma indicação inexata quanto ao nome ou endereço das partes intervenientes, à natureza ou à quantidade dos bens transmitidos ou serviços fornecidos, ao preço ou ao montante de imposto devido Sem prejuízo da responsabilidade solidária pelo pagamento prevista nos números anteriores, a responsabilidade pela emissão das faturas, pela veracidade do seu conteúdo e pelo pagamento do respetivo imposto, nos casos previstos no n.º 14 do artigo 29.º, cabe ao sujeito passivo transmitente dos bens ou prestador dos serviços. 4 Não obstante o disposto nos números anteriores, nos casos em que o imposto resulte de operação simulada ou em que seja simulado o preço constante da fatura, o adquirente dos bens ou serviços que seja um sujeito passivo dos referidos na alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º, agindo como tal, e ainda que isento de imposto, é solidariamente responsável, pelo pagamento do imposto, com o sujeito passivo que na fatura figura como fornecedor dos bens ou prestador dos serviços. 5 A responsabilidade solidária prevista no número anterior é aplicável ainda que o adquirente dos bens ou 12

14 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de serviços prove ter pago a totalidade ou parte do imposto ao sujeito passivo que na fatura figura como fornecedor dos bens ou prestador dos serviços. Artigo 97.º As liquidações só podem ser anuladas quando esteja provado que o imposto não foi incluído na fatura passada ao adquirente nos termos do artigo 37.º » Artigo 3.º Alteração ao Regime do IVA nas Transações Intracomunitárias Os artigos 6.º, 13.º, 23.º, 27.º e 28.º do Regime do IVA nas Transações Intracomunitárias, aprovado pelo Decreto- -Lei n.º 290/92, de 28 de dezembro, passam a ter a seguinte redação: «Artigo 6.º Para efeitos do disposto na alínea a) do número anterior, a data da primeira utilização é a constante do título de registo de propriedade ou documento equivalente quando se trate de bens sujeitos a registo, licença ou matrícula, ou, na sua falta, a da fatura emitida aquando da aquisição pelo primeiro proprietário. Artigo 13.º a) b) Na data da emissão da fatura, se tiver sido emitida antes do prazo previsto na alínea a). 2 O disposto na alínea b) do número anterior não é aplicável quando a fatura respeitar a pagamentos parciais que precedam o momento em que os bens são colocados à disposição do adquirente. Artigo 23.º 1 Sem prejuízo do disposto no n.º 1 do artigo 29.º do Código do IVA, os sujeitos passivos referidos no artigo 2.º devem: a) b) Emitir obrigatoriamente uma fatura por cada transmissão de bens efetuada nas condições previstas no artigo 7.º, bem como pela transmissão ocasional de um meio de transporte novo isenta nos termos do artigo 14.º; c) Artigo 27.º 1 O imposto devido pelas aquisições intracomunitárias de bens deve ser liquidado pelo sujeito passivo na fatura emitida pelo vendedor ou em documento interno emitido pelo próprio sujeito passivo. 2 As faturas relativas às transmissões de bens isentas nos termos do artigo 14.º devem ser emitidas o mais tardar até ao 15.º dia do mês seguinte àquele em que os bens foram colocados à disposição do adquirente. 3 As faturas a que se refere o número anterior devem ser emitidas pelo valor total das transmissões de bens, ainda que tenham sido efetuados pagamentos ao sujeito passivo anteriormente à data da transmissão dos bens. 4 A obrigação de emitir fatura, a que se refere a alínea b) do n.º 1 do artigo 29.º do Código do IVA, não é aplicável aos pagamentos efetuados ao sujeito passivo anteriormente à data das transmissões de bens isentas nos termos do artigo 14.º 5 Sem prejuízo do disposto no n.º 5 do artigo 36.º do Código do IVA, as faturas referidas nos números anteriores devem ainda conter o número de identificação fiscal do sujeito passivo do imposto, precedido do prefixo PT e o número de identificação para efeitos do imposto sobre o valor acrescentado do destinatário ou adquirente, que deve incluir o prefixo do Estado membro que o atribuiu, conforme a norma internacional código ISO alfa 2, bem como o local de destino dos bens. 6 (Revogado.) Artigo 28.º 1 As pessoas singulares ou coletivas que efetuem aquisições intracomunitárias de meios de transporte novos devem exigir que a fatura emitida pelo vendedor contenha os seguintes elementos: a) b) c) d) e) As pessoas singulares ou coletivas que efetuem transmissões de meios de transporte novos para outros Estados membros são obrigadas a emitir uma fatura, que deve conter todos os elementos referidos no número anterior.» Artigo 4.º Alteração ao Decreto -Lei n.º 221/85, de 3 de julho O artigo 4.º do Decreto -Lei n.º 221/85, de 3 de julho, alterado pelo Decreto -Lei n.º 206/2006, de 26 de outubro, e pela Lei n.º 32 -B/2002, de 30 de dezembro, passa a ter a seguinte redação: «Artigo 4.º As faturas respeitantes a prestações de serviços abrangidas pelo presente diploma não podem dis- 13

15 4664 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de 2012 criminar o imposto devido e devem conter a menção Regime da margem de lucro Agências de viagens, não conferindo, em qualquer caso, direito à dedução do imposto.» Artigo 5.º Alteração ao Código do IRS O artigo 115.º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 442 -A/88, de 30 de novembro, passa a ter a seguinte redação: «Artigo 115.º a) b) A emitir fatura nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 29.º do Código do IVA por cada transmissão de bens, prestação de serviços ou outras operações efetuadas e a emitir documento de quitação de todas as importâncias recebidas. 2 (Revogado.) As pessoas que paguem rendimentos previstos no artigo 3.º são obrigadas a exigir os respetivos recibos ou faturas.» Artigo 6.º Alteração ao Código do IRC O artigo 132.º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 442 -B/88, de 30 de novembro, passa a ter a seguinte redação: «Artigo 132.º Pagamento de rendimentos 1 (Anterior corpo do artigo.) 2 O disposto no n.º 4 do artigo 115.º do Código do IRS é aplicável com as necessárias adaptações aos rendimentos sujeitos a IRC.» Artigo 7.º Alteração ao Decreto -Lei n.º 198/90, de 19 de junho O artigo 5.º do Decreto -Lei n.º 198/90, de 19 de junho, com as alterações introduzidas pelo Decreto -Lei n.º 256/2003, de 21 de outubro, e pela Lei n.º 60 -A/2005, de 30 de dezembro, passa a ter a seguinte redação: «Artigo 5.º 1 As faturas referidas na alínea b) do n.º 1 do artigo 29.º do Código do IVA devem ser processadas através de sistemas informáticos ou ser pré -impressas em tipografias autorizadas, de acordo com as regras previstas no n.º 1 do artigo 8.º e nos artigos 9.º a 11.º do regime de bens em circulação objeto de transações entre sujeitos passivos do IVA, aprovado em anexo ao Decreto -Lei n.º 147/2003, de 11 de julho, alterado pelo Decreto -Lei n.º 238/2006, de 20 de dezembro, pela Lei n.º 3 -B/2010, de 28 de abril, e pelo Decreto -Lei n.º 198/ » Artigo 8.º Alteração ao regime especial de tributação dos bens em segunda mão, objetos de arte, de coleção e antiguidades O artigo 6.º do regime especial de tributação dos bens em segunda mão, objetos de arte, de coleção e antiguidades, aprovado em anexo ao Decreto -Lei n.º 199/96, de 18 de outubro, e alterado pela Lei n.º 4/98, de 12 de janeiro, passa a ter a seguinte redação: «Artigo 6.º 1 As faturas relativas às transmissões efetuadas ao abrigo do regime especial de tributação da margem, emitidas pelos sujeitos passivos revendedores, não podem discriminar o imposto devido e devem conter a menção Regime da margem de lucro Bens em segunda mão, Regime da margem de lucro Objetos de arte ou Regime da margem de lucro Objetos de coleção e antiguidades, conforme os casos » Artigo 9.º Alteração ao regime especial de exigibilidade do imposto sobre o valor acrescentado nas empreitadas e subempreitadas de obras públicas O artigo 7.º do regime especial de exigibilidade do imposto sobre o valor acrescentado nas empreitadas e subempreitadas de obras públicas, aprovado em anexo ao Decreto -Lei n.º 204/97, de 9 de agosto, e alterado pelas Leis n. os 3 -B/2000, de 4 de abril, e 109 -B/2001, de 27 de dezembro, e pelo Decreto -Lei n.º 21/2007, de 29 de janeiro, passa a ter a seguinte redação: «Artigo 7.º 1 As faturas relativas a operações abrangidas pelo artigo 1.º devem ser numeradas seguidamente numa série especial, convenientemente referenciada, e conter a menção Exigibilidade de caixa » Artigo 10.º Alteração ao regime especial aplicável ao ouro para investimento Os artigos 5.º e 10.º do regime especial aplicável ao ouro para investimento, aprovado em anexo ao Decreto- -Lei n.º 362/99, de 16 de setembro, e alterado pela Lei n.º 3 -B/2000, de 4 de abril, passam a ter a seguinte redação: «Artigo 5.º

16 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de A renúncia à isenção deve ser exercida caso a caso e a respetiva fatura, quando o adquirente seja um sujeito passivo dos mencionados na alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º do Código do IVA, deve conter a menção IVA autoliquidação. Artigo 10.º As faturas referentes às transmissões de ouro sob a forma de matéria -prima ou de produtos semitransformados de toque igual ou superior a 325 milésimos devem conter expressamente a menção IVA autoliquidação, quando o adquirente seja um sujeito passivo dos mencionados na alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º do Código do IVA, que tenha direito à dedução total ou parcial do imposto.» Artigo 11.º Alteração ao regime especial de exigibilidade do imposto sobre o valor acrescentado nas entregas de bens às cooperativas agrícolas O artigo 5.º do regime especial de exigibilidade do imposto sobre o valor acrescentado nas entregas de bens às cooperativas agrícolas, aprovado em anexo ao Decreto- -Lei n.º 418/99, de 21 de outubro, passa a ter a seguinte redação: «Artigo 5.º 1 As faturas relativas a operações abrangidas pelo artigo 1.º devem ter uma série especial e conter a menção Exigibilidade de caixa » Artigo 12.º Alteração ao Decreto -Lei n.º 196/2007, de 15 de maio O artigo 3.º do Decreto -Lei n.º 196/2007, de 15 de maio, passa a ter a seguinte redação: «Artigo 3.º 1 As faturas podem, sob reserva de aceitação pelo destinatário, ser emitidas por via eletrónica desde que seja garantida a autenticidade da sua origem, a integridade do seu conteúdo e a sua legibilidade. 2 Para efeitos do número anterior, entende -se por: a) Fatura eletrónica uma fatura que contenha os elementos referidos nos artigos 36.º ou 40.º, n.º 2, do Código do IVA e que tenha sido emitida e recebida em formato eletrónico; b) Autenticidade da origem a comprovação da identidade do fornecedor ou prestador ou do emitente da fatura; c) Integridade do conteúdo o facto de o conteúdo da fatura não ter sido alterado. 3 A garantia da autenticidade da origem e a integridade do conteúdo podem ser asseguradas mediante quaisquer controlos de gestão que criem uma pista de auditoria fiável entre as faturas e as transmissões de bens ou prestações de serviços. 4 Considera -se garantida a autenticidade da origem e a integridade do conteúdo das faturas eletrónicas se adotado, nomeadamente, um dos seguintes procedimentos: a) Aposição de uma assinatura eletrónica avançada nos termos do Decreto -Lei n.º 290 -D/99, de 2 de agosto, alterado pelos Decretos -Leis n. os 62/2003, de 3 de abril, 165/2004, de 6 de julho, 116 -A/2006, de 16 de junho, e 88/2009, de 9 de abril; b) Utilização de um sistema de intercâmbio eletrónico de dados, desde que os respetivos emitentes e destinatários outorguem um acordo que siga as condições jurídicas do Acordo tipo EDI europeu, aprovado pela Recomendação n.º 1994/820/CE, da Comissão, de 19 de outubro. 5 No caso de lotes que compreendam várias faturas eletrónicas transmitidas ou disponibilizadas ao mesmo destinatário, as menções comuns às várias faturas podem ser feitas apenas uma vez, na medida em que, para cada fatura, esteja acessível a totalidade da informação.» Artigo 13.º Aditamento ao Decreto -Lei n.º 196/2007, de 15 de maio É aditado o artigo 6.º -A ao Decreto -Lei n.º 196/2007, de 15 de maio, com a seguinte redação: «Artigo 6.º -A Direito de acesso das autoridades competentes dos Estados membros 1 A Autoridade Tributária e Aduaneira tem direito ao acesso em linha, ao carregamento e à utilização dos dados constantes das faturas emitidas e recebidas por via eletrónica por: a) Sujeitos passivos que disponham de sede, estabelecimento estável ou domicílio em território nacional; b) Sujeitos passivos que disponham de sede, estabelecimento estável ou domicílio em outro Estado membro, relativamente às faturas em que o IVA seja devido em território nacional. 2 A autoridade competente de outro Estado membro tem direito ao acesso em linha, ao carregamento e à utilização dos dados constantes das faturas emitidas e recebidas por via eletrónica por sujeitos passivos que disponham de sede, estabelecimento estável ou domicílio em território nacional, relativamente às faturas em que o IVA seja devido nesse Estado membro.» Artigo 14.º Alteração ao regime especial de exigibilidade do IVA dos serviços de transporte rodoviário nacional de mercadorias O artigo 4.º do regime especial de exigibilidade do IVA dos serviços de transporte rodoviário nacional de mercadorias, aprovado em anexo à Lei n.º 15/2009, de 1 de abril, passa a ter a seguinte redação: «Artigo 4.º 1 As faturas relativas a operações abrangidas pelo n.º 1 do artigo 1.º devem ter uma série especial e conter a menção Exigibilidade de caixa

17 4666 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de » Artigo 15.º Caducidade de autorizações As autorizações concedidas ao abrigo do n.º 5 do artigo 40.º do Código do IVA, na redação anterior à entrada em vigor do presente diploma, caducam em 31 de março de Artigo 16.º Disposição final Com a entrada em vigor do presente diploma, consideram- -se derrogadas todas as referências a «fatura ou documento equivalente» constantes da legislação em vigor, devendo entender -se como sendo feitas apenas à «fatura» a que se refere a alínea b) do n.º 1 do artigo 29.º do Código do IVA, na sua atual redação. Artigo 17.º Norma revogatória São revogados: a) Os n. os 13 do artigo 29.º e 4 do artigo 46.º e o artigo 47.º do Código do IVA, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 394 -B/84, de 26 de dezembro; b) O n.º 6 do artigo 27.º do Regime do IVA nas Transações Intracomunitárias, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 290/92, de 28 de dezembro; c) O n.º 2 do artigo 115.º do Código do IRS, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 442 -A/88, de 30 de novembro. Artigo 18.º Entrada em vigor 1 Sem prejuízo do disposto no número seguinte, o presente diploma entra em vigor em 1 de janeiro de As alterações introduzidas pelos artigos 12.º e 13.º e, bem assim, a alteração introduzida pelo presente diploma ao n.º 10 do artigo 36.º do Código do IVA entram em vigor em 1 de outubro de Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 12 de julho de Pedro Passos Coelho Luís Filipe Bruno da Costa de Morais Sarmento. Promulgado em 14 de agosto de Publique -se. O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA. Referendado em 21 de agosto de O Primeiro -Ministro, Pedro Passos Coelho. 16

18 DECRETO-LEI N.º 198/2012 de 24 de agosto 17

19 4666 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de 2012 Decreto-Lei n.º 198/2012 de 24 de agosto Um dos vetores essenciais da Lei n.º 64 -B/2011, de 30 de dezembro, que aprova o orçamento do Estado para o ano de 2012 (LOE 2012), consiste no reforço significativo do combate à fraude e à evasão fiscais de forma a garantir uma justa repartição do esforço fiscal. Neste contexto, o presente diploma visa concretizar a autorização legislativa concedida ao Governo pelo artigo 172.º da LOE 2012, instituindo um regime que regule, nomeadamente, a transmissão eletrónica dos elementos das faturas e outros documentos com relevância fiscal, para reforçar o combate à informalidade e à evasão fiscal e para auxiliar os contribuintes a evitar o incumprimento das suas obrigações fiscais. Pretende -se, assim, criar um instrumento eficaz para combater a economia paralela, alargar a base tributável e reduzir a concorrência desleal, promovendo -se a exigência de fatura por cada transação e reduzindo -se as situações de evasão fiscal associadas à omissão do dever de emitir documento comprovativo da transação. Adicionalmente, não obstante a existência de um quadro sancionatório para a violação do dever de emitir e exigir faturas ou recibos, previsto no artigo 123.º do Regime Geral das Infrações Tributárias, pretende -se que essa exigência seja também sustentada num dever de cidadania. Neste sentido, é criada uma dedução em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS), correspondente a uma parte do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) suportado por qualquer membro do agregado familiar, incluído em faturas que titulam prestações de serviços em determinados setores de atividade e comunicadas à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT). Atendendo ao carácter inovador deste incentivo fiscal, optou- -se por introduzir esta medida de forma gradual, aplicando -a, numa primeira fase, a apenas determinados setores de atividade qualificados, a nível internacional, como setores de risco acrescido em termos de informalidade. Pretende -se que, no futuro, este incentivo fiscal seja gradualmente alargado a outros setores de atividade em que esta medida possa eficazmente combater a fraude e evasão fiscais. Em face da importância de concretização da presente medida e como forma de apoiar os contribuintes, será disponibilizada, gratuitamente, uma aplicação informática destinada a extrair dos ficheiros SAF -T (PT) das empresas os elementos relevantes das faturas a serem enviadas à AT, bem como os meios necessários para permitir a submissão direta dos dados das faturas através do Portal das Finanças. Com efeito, a disponibilização desta aplicação destina -se a garantir um princípio estruturante de todo o sistema, que é o da gratuidade, evitando assim que os sujeitos passivos e os consumidores finais sejam onerados com custos adicionais decorrentes da aplicação desta medida. Finalmente, pretende -se ainda com o presente diploma proceder à alteração do regime de bens em circulação objeto de transações entre sujeitos passivos de IVA, aprovado em anexo ao Decreto -Lei n.º 147/2003, de 11 de julho, alterado pelo Decreto -Lei n.º 238/2006, de 20 de dezembro, e pela Lei n.º 3 -B/2010, de 28 de abril, no sentido de se estabelecerem regras que assegurem a integridade dos documentos de transporte e que garantem à AT um controlo mais eficaz destes documentos, obstando à sua posterior viciação ou ocultação. Foi ouvida a Comissão Nacional de Proteção de Dados. Assim: No uso da autorização legislativa concedida pelo artigo 172.º da Lei n.º 64 -B/2011, de 30 de dezembro, e nos termos das alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: Artigo 1.º Objeto O presente diploma procede à criação de medidas de controlo da emissão de faturas e outros documentos com relevância fiscal e respetivos aspetos procedimentais, bem como a criação de um incentivo de natureza fiscal à exigência daqueles documentos por adquirentes que sejam 18

20 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de pessoas singulares, alterando -se o Estatuto dos Benefícios Fiscais, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 215/89, de 1 de julho, e efetuando -se um conjunto de alterações ao regime de bens em circulação objeto de transações entre sujeitos passivos de IVA, aprovado em anexo ao Decreto -Lei n.º 147/2003, de 11 de julho, alterado pelo Decreto -Lei n.º 238/2006, de 20 de dezembro, e pela Lei n.º 3 -B/2010, de 28 de abril. Artigo 2.º Finalidade do incentivo e âmbito 1 O incentivo de natureza fiscal tem por finalidade valorizar a participação dos adquirentes que sejam pessoas singulares na prevenção da evasão fiscal e na prossecução de um sistema fiscal mais equitativo. 2 As pessoas singulares que sejam sujeitos passivos de Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) apenas podem beneficiar do incentivo referido no número anterior quanto às faturas que titulem operações efetuadas fora do âmbito da sua atividade empresarial ou profissional. Artigo 3.º Comunicação dos elementos das faturas 1 As pessoas, singulares ou coletivas, que tenham sede, estabelecimento estável ou domicílio fiscal em território português e aqui pratiquem operações sujeitas a IVA, são obrigadas a comunicar à Autoridade Tributária a Aduaneira (AT), por transmissão eletrónica de dados, os elementos das faturas emitidas nos termos do Código do IVA, por uma das seguintes vias: a) Por transmissão eletrónica de dados em tempo real, integrada em programa de faturação eletrónica; b) Por transmissão eletrónica de dados, mediante remessa de ficheiro normalizado estruturado com base no ficheiro SAF -T (PT), criado pela Portaria n.º 321 -A/2007, de 26 de março, alterada pela Portaria n.º 1192/2009, de 8 de outubro, contendo os elementos das faturas; c) Por inserção direta no Portal das Finanças; d) Por outra via eletrónica, nos termos a definir por portaria do Ministro das Finanças. 2 A comunicação referida no número anterior deve ser efetuada até ao dia 8 do mês seguinte ao da emissão da fatura, não sendo possível alterar a via de comunicação no decurso do ano civil. 3 Os sujeitos passivos que sejam obrigados a produzir o ficheiro SAF -T (PT), criado pela Portaria n.º 321 -A/2007, de 26 de março, alterada pela Portaria n.º 1192/2009, de 8 de outubro, devem optar por uma das modalidades constantes das alíneas a) e b) do n.º 1. 4 A AT disponibiliza no Portal das Finanças o modelo de dados para os efeitos previstos nos n. os 1 e 2, devendo dele constar os seguintes elementos relativamente a cada fatura: a) Número de identificação fiscal do emitente; b) Número da fatura; c) Data de emissão; d) Tipo de documento, nos termos referidos na Portaria n.º 321 -A/2007, de 26 de março, alterada pela Portaria n.º 1192/2009, de 8 de outubro, que regula o ficheiro normalizado, designado SAF -T (PT); e) Número de identificação fiscal do adquirente que seja sujeito passivo de IVA, quando tenha sido inserido no ato de emissão; f) Número de identificação fiscal do adquirente que não seja sujeito passivo de IVA, quando este solicite a sua inserção no ato de emissão; g) Valor tributável da prestação de serviços ou da transmissão de bens; h) Taxas aplicáveis; i) O motivo justificativo da não aplicação do imposto, se aplicável; j) Montante de IVA liquidado. 5 Até ao final do mês seguinte ao da sua emissão, a AT disponibiliza às pessoas singulares, no Portal das Finanças, os elementos indicados no número anterior relativamente às faturas que titulem prestações de serviços em que constem como adquirentes e que sejam emitidas por sujeitos passivos enquadrados para efeitos fiscais, de acordo com a Classificação Portuguesa das Atividades Económicas, Revisão 3, CAE Rev. 3, aprovada pelo Decreto -Lei n.º 381/2007, de 14 de novembro, nos seguintes setores de atividade: a) Secção G, Classe 4520 Manutenção e reparação de veículos automóveis; b) Secção G, Classe Manutenção e reparação de motociclos, de suas peças e acessórios; c) Secção I Alojamento, restauração e similares; d) Secção S, Classe 9602 Atividades de salões de cabeleireiro e institutos de beleza. 6 As pessoas singulares podem comunicar à AT os elementos das faturas em que constem como adquirentes, que tenham na sua posse, e que não tenham sido disponibilizados nos termos do número anterior, após a data aí prevista, devendo manter na sua posse as faturas registadas para exibi -las à AT sempre que solicitadas por um período de quatro anos, contado a partir do final do ano em que ocorreu a aquisição. 7 As pessoas singulares devem indicar no Portal das Finanças, a partir da data referida no n.º 5, quais as faturas em que constem como adquirentes que titulam prestações de serviços enquadradas nos setores de atividade mencionados naquele número, sempre que o sujeito passivo emitente esteja também enquadrado, para efeitos fiscais, noutros setores de atividade, sob pena de aquelas faturas não serem elegíveis para o incentivo fiscal. 8 As pessoas singulares que sejam sujeitos passivos de IVA devem também indicar no Portal das Finanças, a partir da data referida no n.º 5, quais as faturas que titulam aquisições efetuadas fora do âmbito da sua atividade empresarial ou profissional, sob pena de todas as faturas em que constam como adquirentes não serem elegíveis para o incentivo fiscal. Artigo 4.º Aditamento ao Estatuto dos Benefícios Fiscais 1 É aditado o artigo 66.º -B ao Estatuto dos Benefícios Fiscais, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 215/89, de 1 de julho, com a seguinte redação: «Artigo 66.º -B Dedução em sede de IRS de IVA suportado em fatura 1 À coleta do IRS devido pelos sujeitos passivos é dedutível um montante correspondente a 5 % do IVA suportado por qualquer membro do agregado familiar, 19

21 4668 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de 2012 com o limite global de 250, que conste de faturas que titulem prestações de serviços comunicadas à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) nos termos do Decreto-Lei n.º 197/2012, enquadradas, de acordo com a Classificação Portuguesa das Atividades Económicas, Revisão 3, CAE Rev. 3, aprovada pelo Decreto -Lei n.º 381/2007, de 14 de novembro, nos seguintes setores de atividade: a) Secção G, Classe 4520 Manutenção e reparação de veículos automóveis; b) Secção G, Classe Manutenção e reparação de motociclos, de suas peças e acessórios; c) Secção I Alojamento, restauração e similares; d) Secção S, Classe 9602 Atividades de salões de cabeleireiro e institutos de beleza. 2 O incentivo previsto no número anterior opera por dedução à coleta do IRS do ano em que as faturas foram emitidas, desde que a declaração de rendimentos do agregado familiar seja entregue nos prazos previstos no artigo 60.º do Código do IRS. 3 Os adquirentes que pretendam beneficiar do incentivo devem exigir ao emitente a inclusão do seu número de identificação fiscal nas faturas. 4 As pessoas singulares que sejam sujeitos passivos de IVA apenas podem beneficiar do incentivo relativamente às faturas que titulam aquisições efetuadas fora do âmbito da sua atividade empresarial ou profissional. 5 O valor do incentivo é apurado pela AT com base nas faturas que lhe forem comunicadas, por via eletrónica, até ao dia 31 de janeiro do ano seguinte ao da sua emissão, relativamente a cada adquirente nelas identificado. 6 A AT disponibiliza no Portal das Finanças o montante do incentivo até ao dia 10 do mês de fevereiro do ano seguinte ao da emissão das faturas. 7 Do cálculo do montante do incentivo referido no número anterior, pode o adquirente reclamar, até ao final do mês de março do ano seguinte ao da emissão, de acordo com as normas aplicáveis ao procedimento de reclamação graciosa com as devidas adaptações. 8 Os adquirentes que pretendam beneficiar deste incentivo devem manter na sua posse as faturas que não tenham sido regularmente comunicadas pelo sujeito passivo emitente à AT e disponibilizadas no Portal das Finanças, por um período de quatro anos, contado a partir do final do ano em que ocorreu a aquisição. 9 Havendo divergências entre os elementos comunicados pelos adquirentes e pelos sujeitos passivos emitentes, ou havendo indícios de que as faturas não correspondem a prestações de serviços reais enquadradas no n.º 1, o direito ao incentivo depende de confirmação pela AT da veracidade da operação. 10 Este incentivo não se encontra abrangido pelos limites constantes da tabela do n.º 2 do artigo 88.º do Código do IRS.» 2 É aditado à parte II do EBF, aprovado pelo Decreto- -Lei n.º 215/89, de 1 de julho, o capítulo XII com a epígrafe «Benefícios pela exigência de fatura», constituído pelo artigo 66.º -B. Artigo 5.º Conservação dos dados pessoais comunicados Os dados pessoais comunicados relativos a faturas em que os adquirentes sejam pessoas singulares devem ser mantidos até ao final do quarto ano seguinte àquele a que respeitem, sendo obrigatoriamente destruídos no prazo de seis meses após o decurso deste prazo. Artigo 6.º Confidencialidade e segurança da informação 1 Os dados pessoais comunicados à AT nos termos do artigo 3.º estão abrangidos pelo dever de confidencialidade previsto no artigo 64.º da Lei Geral Tributária, aprovada pelo Decreto -Lei n.º 398/98, de 17 de dezembro, e apenas podem ser utilizados para as finalidades previstas no presente diploma. 2 A AT deve adotar as medidas de segurança necessárias relativamente aos dados pessoais comunicados para impedir a respetiva consulta ou utilização indevida por qualquer pessoa ou forma não autorizada e para garantir que o acesso aos dados pessoais está limitado às pessoas autorizadas no âmbito das suas atribuições legais. Artigo 7.º Alteração ao anexo ao Decreto -Lei n.º 147/2003, de 11 de julho Os artigos 2.º, 4.º, 5.º, 6.º, 7.º, 8.º, 10.º, 11.º, 12.º, 13.º, 14.º, 16.º, 17.º e 18.º do regime de bens em circulação objeto de transações entre sujeitos passivos de IVA, aprovado em anexo ao Decreto -Lei n.º 147/2003, de 11 de julho, alterado pelo Decreto -Lei n.º 238/2006, de 20 de dezembro, e pela Lei n.º 3 -B/2010, de 28 de abril, passam a ter a seguinte redação: «Artigo 2.º a) b) Documento de transporte a fatura, guia de remessa, nota de devolução, guia de transporte ou documentos equivalentes; c) d) e) f) g) h) i) j) Artigo 4.º 1 As faturas devem conter obrigatoriamente os elementos referidos no n.º 5 do artigo 36.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado

22 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de Os documentos de transporte, quando o destinatário não seja conhecido na altura da saída dos bens dos locais referidos no n.º 2 do artigo 2.º, são processados globalmente, nos termos referidos nos artigos 5.º e 8.º, e impressos em papel, devendo proceder -se do seguinte modo à medida que forem feitos os fornecimentos: a) b) As alterações ao local de destino, ocorridas durante o transporte, ou a não aceitação imediata e total dos bens transportados, obrigam à emissão de documento de transporte adicional em papel, identificando a alteração e o documento alterado Em relação aos bens transportados por vendedores ambulantes e vendedores em feiras e mercados, destinados a venda a retalho, abrangidos pelo regime especial de isenção ou regime especial dos pequenos retalhistas a que se referem os artigos 53.º e 60.º do Código do IVA, respetivamente, o documento de transporte pode ser substituído pelas faturas de aquisição processadas nos termos e de harmonia com o artigo 36.º do mesmo Código. 11 Os documentos referidos nas alíneas a) e b) do n.º 6 e as alterações referidas no n.º 8 são comunicados na forma prevista na alínea b) do n.º 6 do artigo seguinte. Artigo 5.º 1 Os documentos referidos na alínea b) do n.º 1 do artigo 2.º devem ser emitidos por uma das seguintes vias: a) Por via eletrónica, devendo estar garantida a autenticidade da sua origem e a integridade do seu conteúdo, de acordo com o disposto no Código do IVA; b) Através de programa informático que tenha sido objeto de prévia certificação pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), nos termos da Portaria n.º 363/2010, de 23 de junho, alterada pela Portaria n.º 22 -A/2012, de 24 de janeiro; c) Através de software produzido internamente pela empresa ou por empresa integrada no mesmo grupo económico, de cujos respetivos direitos de autor seja detentor; d) Diretamente no Portal das Finanças; e) Em papel, utilizando -se impressos numerados seguida e tipograficamente. 2 Os documentos emitidos nos termos das alíneas b) a e) do número anterior devem ser processados em três exemplares. 3 A numeração dos documentos emitidos nos termos do n.º 1 deve ser progressiva, contínua e aposta no ato de emissão. 4 (Anterior n.º 3.) 5 Os sujeitos passivos são obrigados a comunicar à AT os elementos dos documentos processados nos termos referidos no n.º 1, antes do início do transporte. 6 A comunicação prevista no número anterior é efetuada da seguinte forma: a) Por transmissão eletrónica de dados para a AT, nos casos previstos nas alíneas a) a d) do n.º 1; b) Através de serviço telefónico disponibilizado para o efeito, com indicação dos elementos essenciais do documento emitido, com inserção no Portal das Finanças até ao 5.º dia útil seguinte. 7 Nas situações previstas na alínea a) do número anterior, a AT atribui um código de identificação ao documento. 8 Nos casos previstos na alínea a) do n.º 1, sempre que o transportador disponha de código fornecido pela AT fica dispensado da impressão do documento de transporte. 9 A AT disponibiliza no Portal das Finanças o sistema de emissão referido na alínea d) do n.º 1 e o modelo de dados para os efeitos previstos na alínea a) do n.º A comunicação prevista nos n. os 5 e 6 não é obrigatória para os sujeitos passivos que, no período de tributação anterior, para efeitos dos impostos sobre o rendimento, tenham um volume de negócios inferior ou igual a Artigo 6.º a) b) Que tenha cessado atividade nos termos dos artigos 33.º ou 34.º do Código do IVA; c) Que esteja em falta relativamente ao cumprimento das obrigações constantes do artigo 41.º do Código do IVA, durante três períodos consecutivos Os exemplares dos documentos de transporte referidos no n.º 2 do artigo anterior são destinados: a) b) Outro, que igualmente acompanha os bens, à inspeção tributária, sendo recolhido nos atos de fiscalização durante a circulação dos bens pelas entidades referidas no artigo 13.º, e junto do destinatário pelos serviços da AT; c) No caso referido na alínea a) do n.º 1 do artigo 5.º, consideram -se exibidos os documentos comunicados à AT, desde que apresentado o código atribuído de acordo com o n.º 7 do mesmo artigo Artigo 7.º 1 Os transportadores de bens, seja qual for o seu destino e os meios utilizados para o seu transporte, devem exigir sempre aos remetentes dos mesmos o original e o duplicado do documento referido no artigo 1.º ou, sendo caso disso, o código referido no n.º 7 do artigo 5.º 21

23 4670 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de Quando o transporte dos bens em circulação for efetuado por transportador público regular coletivo de passageiros ou mercadorias ou por empresas concessionárias a prestarem o mesmo serviço, o documento de transporte ou código referido no n.º 7 do artigo 5.º pode acompanhar os respetivos bens em envelope fechado, sendo permitida a abertura às autoridades referidas no artigo 13.º Artigo 8.º 1 A impressão tipográfica dos documentos de transporte referidos na alínea e) do n.º 1 do artigo 5.º só pode ser efetuada em tipografias devidamente autorizadas pelo Ministro das Finanças, devendo obedecer a um sistema de numeração unívoca. 2 (Revogado.) 3 (Revogado.) O pedido de autorização referido no número anterior deve ser entregue por via eletrónica, no Portal das Finanças, contendo a identificação, as atividades exercidas e o local do estabelecimento da tipografia, devendo ser acompanhado dos seguintes elementos: a) b) Artigo 10.º O fornecimento dos impressos é registado previamente pela tipografia autorizada, em suporte informático, devendo conter os elementos necessários à comunicação referida no n.º 5. 3 (Revogado.) 4 As requisições e os registos informáticos referidos nos números anteriores devem ser mantidos em arquivo, por ordem cronológica, pelo prazo de quatro anos. 5 Por cada requisição dos sujeitos passivos, as tipografias comunicam à AT por via eletrónica, no Portal das Finanças, previamente à impressão nos respetivos documentos, os elementos identificativos dos adquirentes e as gamas de numeração dos impressos referidos no n.º 1 do artigo 8.º (Revogado.) Artigo 11.º O Ministro das Finanças, por proposta do diretor- -geral da AT, pode determinar a revogação da autorização concedida nos termos do artigo 8.º em todos os casos em que se deixe de verificar qualquer das condições referidas no seu n.º 4, sejam detetadas irregularidades relativamente às disposições do presente diploma ou se verifiquem outros factos que ponham em causa a idoneidade da empresa autorizada. (Revogado.) Artigo 12.º Artigo 13.º 1 Sem prejuízo das competências atribuídas por lei a outras entidades, a fiscalização do cumprimento das normas previstas no presente diploma compete à AT e à unidade com as atribuições tributárias, fiscais e aduaneiras da Guarda Nacional Republicana, cabendo também a esta última, conjuntamente com as restantes autoridades, designadamente a Polícia de Segurança Pública, prestar toda a colaboração que lhes for solicitada para o efeito Os funcionários a quem incumbe a fiscalização prevista no n.º 1 consultam os elementos constantes da base de dados dos bens em circulação disponibilizada pela AT, mediante acesso individual e certificado, e sempre que se verifiquem quaisquer infrações às normas do presente diploma, devem levantar o respetivo auto de notícia, com a ressalva do disposto no número seguinte. 5 Sempre que as outras autoridades atuem em conjunto com a AT, cabe aos funcionários desta autoridade levantar os autos de notícia a que haja lugar Sempre que aplicável, as entidades referidas neste artigo devem averbar no original do documento de transporte o facto de ter sido recolhido o respetivo duplicado. Artigo 14.º Consideram -se não emitidos os documentos de transporte sempre que não tenham sido observadas as normas de emissão ou de comunicação constantes dos artigos 5.º e 8.º Sempre que aplicável, considera -se falta de exibição do documento de transporte a não apresentação imediata do código previsto no n.º 7 do artigo 5.º Artigo 16.º No caso de os bens apreendidos nos termos do número anterior estarem sujeitos a fácil deterioração, observa -se o preceituado no artigo 886.º -C do Código de Processo Civil, bem como as disposições do Código de Procedimento e de Processo Tributário aplicáveis

24 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de Artigo 17.º 1 Nos 15 dias seguintes à apreensão ou à notificação referida no n.º 7 do artigo anterior, podem os infratores regularizar a situação encontrada em falta, mediante exibição ou emissão dos documentos em falta nos termos do presente diploma, bem como dos documentos referidos no n.º 2 do artigo 7.º, ou dos documentos comprovativos da regularização das situações previstas nos n. os 2 e 4 do artigo 6.º e do pagamento das coimas aplicáveis, com redução a metade, no serviço de finanças a que se refere o n.º 4 do mesmo artigo Artigo 18.º a) Forem pagas as coimas aplicadas e as despesas originadas pela apreensão e, bem assim, exibidos o comprovativo de emissão ou, sendo caso disso, o original e o duplicado ou, no caso de extravio, segunda via ou fotocópia do documento de transporte ou dos documentos mencionados no n.º 2 do artigo 7.º, ou se encontrem regularizadas as situações previstas nos n. os 2 e 4 do artigo 6.º; b) c) » Artigo 8.º Disposição regulamentar O modo de cumprimento das obrigações de comunicação previstas nas alterações introduzidas pelo presente diploma ao regime de bens em circulação objeto de transações entre sujeitos passivos de IVA, aprovado em anexo ao Decreto -Lei n.º 147/2003, de 11 de julho, alterado pelo Decreto -Lei n.º 238/2006, de 20 de dezembro, e pela Lei n.º 3 -B/2010, de 28 de abril, é regulamentado por portaria do Ministro das Finanças. Artigo 9.º Norma revogatória São revogados os n. os 2 e 3 do artigo 8.º, os n. os 3 e 7 do artigo 10.º e o artigo 12.º do regime de bens em circulação objeto de transações entre sujeitos passivos de IVA, aprovado em anexo ao Decreto -Lei n.º 147/2003, de 11 de julho, alterado pelo Decreto -Lei n.º 238/2006, de 20 de dezembro, e pela Lei n.º 3 -B/2010, de 28 de abril. Artigo 10.º Republicação É republicado em anexo, que faz parte integrante do presente diploma, o regime de bens em circulação objeto de transações entre sujeitos passivos de IVA, aprovado em anexo ao Decreto -Lei n.º 147/2003, de 11 de julho, com a redação atual. Artigo 11.º Entrada em vigor O presente diploma entra em vigor em 1 de janeiro de Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 18 de julho de Pedro Passos Coelho Luís Filipe Bruno da Costa de Morais Sarmento. Promulgado em 16 de agosto de Publique -se. O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA. Referendado em 21 de agosto de O Primeiro -Ministro, Pedro Passos Coelho. ANEXO (a que se refere o artigo 10.º) Republicação do regime de bens em circulação objeto de transações entre sujeitos passivos de IVA, aprovado em anexo ao Decreto -Lei n.º 147/2003, de 11 de julho Artigo 1.º Âmbito de aplicação Todos os bens em circulação, em território nacional, seja qual for a sua natureza ou espécie, que sejam objeto de operações realizadas por sujeitos passivos de imposto sobre o valor acrescentado deverão ser acompanhados de documentos de transporte processados nos termos do presente diploma. Artigo 2.º Definições 1 Para efeitos do disposto no presente diploma considera -se: a) «Bens» os que puderem ser objeto de transmissão nos termos do artigo 3.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado; b) «Documento de transporte» a fatura, guia de remessa, nota de devolução, guia de transporte ou documentos equivalentes; c) «Valor normal» o preço de aquisição ou de custo devidamente comprovado pelo sujeito passivo ou, na falta deste o valor normal determinado nos termos do n.º 4 do artigo 16.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado; d) «Remetente» a pessoa singular ou coletiva ou entidade fiscalmente equiparada que colocou os bens em circulação à disposição do transportador para efetivação do respetivo transporte ou operações de carga, bem como o transportador quando os bens em circulação lhe pertençam; 23

25 4672 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de 2012 e) «Transportador» a pessoa singular ou coletiva ou entidade fiscalmente equiparada que, recebendo do remetente ou de anterior transportador os bens em circulação, realiza ou se propõe realizar o seu transporte até ao local de destino ou de transbordo ou, em caso de dúvida, a pessoa em nome de quem o veículo transportador se encontra registado, salvo se o mesmo for objeto de um contrato de locação financeira, considerando -se aqui o respetivo locatário; f) «Transportador público regular coletivo» a pessoa singular ou coletiva ou entidade fiscalmente equiparada que exerce a atividade de exploração de transportes coletivos e que se encontra obrigada ao cumprimento de horários e itinerários nas zonas geográficas que se lhes estão concessionadas; g) «Destinatário ou adquirente» a pessoa singular ou coletiva ou entidade fiscalmente equiparada a quem os bens em circulação são postos à disposição; h) «Local de início de transporte ou de carga» o local onde o remetente tenha entregue ou posto à disposição do transportador os bens em circulação, presumindo -se como tal o constante no documento de transporte, se outro não for indicado; i) «Local de destino ou descarga» o local onde os bens em circulação forem entregues ao destinatário, presumindo- -se como tal o constante no documento de transporte, se outro não for indicado; j) «Primeiro local de chegada» o local onde se verificar a primeira rutura de carga. 2 Para efeitos do disposto no presente diploma: a) Consideram -se «bens em circulação» todos os que se encontrem fora dos locais de produção, fabrico, transformação, exposição, dos estabelecimentos de venda por grosso e a retalho ou de armazém de retém, por motivo de transmissão onerosa, incluindo a troca, de transmissão gratuita, de devolução, de afetação a uso próprio, de entrega à experiência ou para fins de demonstração, ou de incorporação em prestações de serviços, de remessa à consignação ou de simples transferência, efetuadas pelos sujeitos passivos referidos no artigo 2.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado; b) Consideram -se ainda bens em circulação os bens encontrados em veículos nos atos de descarga ou transbordo mesmo quando tenham lugar no interior dos estabelecimentos comerciais, lojas, armazéns ou recintos fechados que não sejam casa de habitação, bem como os bens expostos para venda em feiras e mercados a que se referem os Decretos -Leis n. os 252/86, de 25 de agosto, e 259/95, de 30 de setembro. Artigo 3.º Exclusões 1 Excluem -se do âmbito do presente diploma: a) Os bens manifestamente para uso pessoal ou doméstico do próprio; b) Os bens provenientes de retalhistas, sempre que tais bens se destinem a consumidores finais que previamente os tenham adquirido, com exceção dos materiais de construção, artigos de mobiliário, máquinas elétricas, máquinas ou aparelhos recetores, gravadores ou reprodutores de imagem ou de som, quando transportados em veículos de mercadorias; c) Os bens pertencentes ao ativo imobilizado; d) Os bens provenientes de produtores agrícolas, apícolas, silvícolas ou de pecuária resultantes da sua própria produção, transportados pelo próprio ou por sua conta; e) Os bens dos mostruários entregues aos pracistas e viajantes, as amostras destinadas a ofertas de pequeno valor e o material de propaganda, em conformidade com os usos comerciais e que, inequivocamente, não se destinem a venda; f) Os filmes e material publicitário destinados à exibição e exposição nas salas de espetáculos cinematográficos, quando para o efeito tenham sido enviados pelas empresas distribuidoras, devendo estas fazer constar de forma apropriada nas embalagens o respetivo conteúdo e a sua identificação fiscal; g) Os veículos automóveis, tal como se encontram definidos no Código da Estrada, com matrícula definitiva; h) As taras e embalagens retornáveis; i) Os resíduos sólidos urbanos provenientes das recolhas efetuadas pelas entidades competentes ou por empresas a prestarem o mesmo serviço. 2 Encontram -se ainda excluídos do âmbito do presente diploma: a) Os produtos sujeitos a impostos especiais de consumo, tal como são definidos no artigo 4.º do Código dos Impostos Especiais de Consumo, publicado em anexo ao Decreto- -Lei n.º 566/99, de 22 de dezembro, quando circularem em regime suspensivo nos termos desse mesmo Código; b) Os bens respeitantes a transações intracomunitárias a que se refere o Decreto -Lei n.º 290/92, de 28 de dezembro; c) Os bens respeitantes a transações com países ou territórios terceiros quando em circulação em território nacional sempre que sujeitos a um destino aduaneiro, designadamente os regimes de trânsito e de exportação, nos termos do Regulamento (CEE) n.º 2913/92, do Conselho, de 12 de outubro; d) Os bens que circulem por motivo de mudança de instalações do sujeito passivo, desde que o facto e a data da sua realização sejam comunicados às direções de finanças dos distritos do itinerário, com pelo menos oito dias úteis de antecedência, devendo neste caso o transportador fazer -se acompanhar de cópia dessas comunicações. 3 Relativamente aos bens referidos nos números anteriores, não sujeitos à obrigatoriedade de documento de transporte nos termos do presente diploma, sempre que existam dúvidas sobre a legalidade da sua circulação, pode exigir -se prova da sua proveniência e destino. 4 A prova referida no número anterior pode ser feita mediante a apresentação de qualquer documento comprovativo da natureza e quantidade dos bens, sua proveniência e destino. Artigo 4.º Documentos de transporte 1 As faturas devem conter obrigatoriamente os elementos referidos no n.º 5 do artigo 36.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado. 2 Sem prejuízo do disposto no n.º 6 do presente artigo, as guias de remessa ou documentos equivalentes devem conter, pelo menos, os seguintes elementos: a) Nome, firma ou denominação social, domicílio ou sede e número de identificação fiscal do remetente; 24

26 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de b) Nome, firma ou denominação social, domicílio ou sede do destinatário ou adquirente; c) Número de identificação fiscal do destinatário ou adquirente, quando este seja sujeito passivo, nos termos do artigo 2.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado; d) Designação comercial dos bens, com indicação das quantidades. 3 Os documentos de transporte referidos nos números anteriores cujo conteúdo não seja processado por computador devem conter, em impressão tipográfica, a referência à autorização ministerial relativa à tipografia que os imprimiu, a respetiva numeração atribuída e ainda os elementos identificativos da tipografia, nomeadamente a designação social, sede e número de identificação fiscal. 4 As faturas, guias de remessa ou documentos equivalentes devem ainda indicar os locais de carga e descarga, referidos como tais, e a data e hora em que se inicia o transporte. 5 Na falta de menção expressa dos locais de carga e descarga e da data do início do transporte, presumir -se- -ão como tais os constantes do documento de transporte. 6 Os documentos de transporte, quando o destinatário não seja conhecido na altura da saída dos bens dos locais referidos no n.º 2 do artigo 2.º, são processados globalmente, nos termos referidos nos artigos 5.º e 8.º, e impressos em papel, devendo proceder -se do seguinte modo à medida que forem feitos os fornecimentos: a) No caso de entrega efetiva dos bens, devem ser processados em duplicado, utilizando -se o duplicado para justificar a saída dos bens; b) No caso de saída de bens a incorporar em serviços prestados pelo remetente dos mesmos, deve a mesma ser registada em documento próprio, nomeadamente folha de obra ou qualquer outro documento equivalente. 7 Nas situações referidas nas alíneas a) e b) do número anterior, deve sempre fazer -se referência ao respetivo documento global. 8 As alterações ao local de destino, ocorridas durante o transporte, ou a não aceitação imediata e total dos bens transportados, obrigam à emissão de documento de transporte adicional em papel, identificando a alteração e o documento alterado. 9 No caso em que o destinatário ou adquirente não seja sujeito passivo, far -se -á menção do facto no documento de transporte. 10 Em relação aos bens transportados por vendedores ambulantes e vendedores em feiras e mercados, destinados a venda a retalho, abrangidos pelo regime especial de isenção ou regime especial dos pequenos retalhistas a que se referem os artigos 53.º e 60.º do Código do IVA, respetivamente, o documento de transporte pode ser substituído pelas faturas de aquisição processadas nos termos e de harmonia com o artigo 36.º do mesmo Código. 11 Os documentos referidos nas alíneas a) e b) do n.º 6 e as alterações referidas no n.º 8 são comunicados na forma prevista na alínea b) do n.º 6 do artigo seguinte. Artigo 5.º Processamento dos documentos de transporte 1 Os documentos referidos na alínea b) do n.º 1 do artigo 2.º devem ser emitidos por uma das seguintes vias: a) Por via eletrónica, devendo estar garantida a autenticidade da sua origem e a integridade do seu conteúdo, de acordo com o disposto no Código do IVA; b) Através de programa informático que tenha sido objeto de prévia certificação pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), nos termos da Portaria n.º 363/2010, de 23 de junho, alterada pela Portaria n.º 22 -A/2012, de 24 de janeiro; c) Através de software produzido internamente pela empresa ou por empresa integrada no mesmo grupo económico, de cujos respetivos direitos de autor seja detentor; d) Diretamente no Portal das Finanças; e) Em papel, utilizando -se impressos numerados seguida e tipograficamente. 2 Os documentos emitidos nos termos das alíneas b) a e) do número anterior devem ser processados em três exemplares. 3 A numeração dos documentos emitidos nos termos do n.º 1 deve ser progressiva, contínua e aposta no ato de emissão. 4 Quando, por exigência de ordem prática, não seja bastante a utilização de um único documento dos referidos na alínea b) do n.º 1 do artigo 2.º, deve utilizar -se o documento com o número seguinte, nele se referindo que é a continuação do anterior. 5 Os sujeitos passivos são obrigados a comunicar à AT os elementos dos documentos processados nos termos referidos no n.º 1, antes do início do transporte. 6 A comunicação prevista no número anterior é efetuada da seguinte forma: a) Por transmissão eletrónica de dados para a AT, nos casos previstos nas alíneas a) a d) do n.º 1; b) Através de serviço telefónico disponibilizado para o efeito, com indicação dos elementos essenciais do documento emitido, com inserção no Portal das Finanças até ao 5.º dia útil seguinte. 7 Nas situações previstas na alínea a) do número anterior, a AT atribui um código de identificação ao documento. 8 Nos casos previstos na alínea a) do n.º 1, sempre que o transportador disponha de código fornecido pela AT fica dispensado da impressão do documento de transporte. 9 A AT disponibiliza no Portal das Finanças o sistema de emissão referido na alínea d) do n.º 1 e o modelo de dados para os efeitos previstos na alínea a) do n.º A comunicação prevista nos n. os 5 e 6 não é obrigatória para os sujeitos passivos que, no período de tributação anterior, para efeitos dos impostos sobre o rendimento, tenham um volume de negócios inferior ou igual a Artigo 6.º Circuito e validade dos documentos de transporte 1 Os documentos de transporte são processados pelos sujeitos passivos referidos na alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º do Código do IVA e pelos detentores dos bens e antes do início da circulação nos termos do n.º 2 do artigo 2.º do presente diploma. 2 Ainda que processados nos termos do número anterior, para efeitos do presente diploma consideram -se não exibidos os documentos de transporte emitidos por 25

27 4674 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de 2012 sujeito passivo que se encontre em qualquer das seguintes situações: a) Que não esteja registado; b) Que tenha cessado atividade nos termos dos artigos 33.º ou 34.º do Código do IVA; c) Que esteja em falta relativamente ao cumprimento das obrigações constantes do artigo 41.º do Código do IVA, durante três períodos consecutivos. 3 O disposto no número anterior aplica -se apenas aos casos em que simultaneamente se verifiquem a qualidade de remetente e transportador. 4 Consideram -se ainda não exibidos os documentos de transporte na posse de um sujeito passivo que, sendo simultaneamente transportador e destinatário, se encontre em qualquer das situações referidas no n.º 2 do presente artigo. 5 Os exemplares dos documentos de transporte referidos no n.º 2 do artigo anterior são destinados: a) Um, que acompanha os bens, ao destinatário ou adquirente dos mesmos; b) Outro, que igualmente acompanha os bens, à inspeção tributária, sendo recolhido nos atos de fiscalização durante a circulação dos bens pelas entidades referidas no artigo 13.º, e junto do destinatário pelos serviços da AT; c) O terceiro, ao remetente dos bens. 6 Sem prejuízo do disposto no artigo 52.º do Código do IVA, devem ser mantidos em arquivo, até ao final do 2.º ano seguinte ao da emissão, os exemplares dos documentos de transporte destinados ao remetente e ao destinatário, bem como os destinados à inspeção tributária que não tenham sido recolhidos pelos serviços competentes. 7 No caso referido na alínea a) do n.º 1 do artigo 5.º, consideram -se exibidos os documentos comunicados à AT, desde que apresentado o código atribuído de acordo com o n.º 7 do mesmo artigo. 8 Sempre que exigidos os documentos de transporte ou de aquisição relativos aos bens encontrados nos locais referidos na alínea a) do n.º 2 do artigo 2.º, cujo transporte ou circulação tenha estado sujeita à disciplina do presente diploma, e o sujeito passivo ou detentor dos bens alegue que o documento exigido não está disponível no local, por este ser diferente da sua sede ou domicílio fiscal ou do local de centralização da escrita, notificar -se -á aquele para no prazo de cinco dias úteis proceder à sua apresentação, sob pena da aplicação da respetiva penalidade. 9 Relativamente aos bens sujeitos a fácil deterioração, o documento exigido no número anterior deve ser exibido de imediato. 10 Se ultrapassado o prazo estabelecido na parte final do n.º 6 do presente artigo, considera -se exibido o documento exigido nos termos do n.º 8 se os bens em causa se encontrarem devidamente registados no inventário final referente ao último exercício económico. Artigo 7.º Transportador 1 Os transportadores de bens, seja qual for o seu destino e os meios utilizados para o seu transporte, devem exigir sempre aos remetentes dos mesmos o original e o duplicado do documento referido no artigo 1.º ou, sendo caso disso, o código referido no n.º 7 do artigo 5.º 2 Tratando -se de bens importados em Portugal que circulem entre a estância aduaneira de desalfandegamento e o local do primeiro destino, o transportador deve fazer -se acompanhar, em substituição do documento referido no número anterior, de documento probatório do desalfandegamento dos mesmos. 3 Quando o transporte dos bens em circulação for efetuado por transportador público regular coletivo de passageiros ou mercadorias ou por empresas concessionárias a prestarem o mesmo serviço, o documento de transporte ou código referido no n.º 7 do artigo 5.º pode acompanhar os respetivos bens em envelope fechado, sendo permitida a abertura às autoridades referidas no artigo 13.º 4 A disciplina prevista neste artigo não se aplica ao transportador público de passageiros quando os bens em circulação pertencerem aos respetivos passageiros. Artigo 8.º Impressão dos documentos de transporte 1 A impressão tipográfica dos documentos de transporte referidos na alínea e) do n.º 1 do artigo 5.º só pode ser efetuada em tipografias devidamente autorizadas pelo Ministro das Finanças, devendo obedecer a um sistema de numeração unívoca. 2 (Revogado.) 3 (Revogado.) 4 Nos casos em que, por exigências comerciais, for necessário o processamento de mais de três exemplares dos documentos referidos, é permitido à tipografia autorizada executá -los, com a condição de imprimir nos exemplares que excedam aquele número uma barra com a seguinte indicação: «Cópia de documento não válida para os fins previstos no Regime dos Bens em Circulação». 5 A autorização referida no n.º 1 é concedida, mediante a apresentação do respetivo pedido, às pessoas singulares ou coletivas ou entidades fiscalmente equiparadas que exerçam a atividade de tipografia ou que a iniciem, na condição de que: a) Não tenham sofrido condenação nos termos dos artigos 87.º a 91.º, 103.º a 107.º, 113.º, 114.º, 116.º a 118.º, 120.º, 122.º e 123.º do Regime Geral das Infrações Tributárias, aprovado pela Lei n.º 15/2001, de 5 de junho, nem nos termos das normas correspondentes do Regime Jurídico das Infrações Fiscais não Aduaneiras, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 20 -A/90, de 15 de janeiro; b) Não estejam em falta relativamente ao cumprimento das obrigações constantes do n.º 1 do artigo 26.º e dos n. os 1 e 2 do artigo 40.º do Código do IVA, do n.º 1 do artigo 57.º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares ou do n.º 1 do artigo 96.º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas; c) Não se encontrem em estado de falência; d) Não tenham sido condenadas por crimes previstos nos artigos 256.º, 258.º, 259.º, 262.º, 265.º, 268.º e 269.º do Código Penal. 6 O pedido de autorização referido no número anterior deve ser entregue por via eletrónica, no Portal das Finanças, contendo a identificação, as atividades exercidas e o local do estabelecimento da tipografia, devendo ser acompanhado dos seguintes elementos: a) Certificado do registo criminal do proprietário da empresa, ou, tratando -se de sociedade, de cada um dos sócios gerentes ou administradores em exercício; 26

28 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de b) Certificado, processado pela entidade judicial respetiva, para efeitos da alínea c) do número anterior. Artigo 9.º Subcontratação 1 É permitido às tipografias autorizadas encarregar outras tipografias, desde que também autorizadas, da impressão dos documentos que lhes forem requisitados, desde que façam acompanhar os seus pedidos da fotocópia das requisições recebidas. 2 Tanto a tipografia que efetuou a impressão como a que a solicitou devem efetuar os registos e a comunicação referidos no artigo 10.º Artigo 10.º Aquisição de documentos de transporte 1 A aquisição dos impressos referidos no n.º 1 do artigo 8.º é efetuada mediante requisição escrita do adquirente utilizador, a qual contém os elementos necessários ao registo a que se refere o n.º 2 do presente artigo. 2 O fornecimento dos impressos é registado previamente pela tipografia autorizada, em suporte informático, devendo conter os elementos necessários à comunicação referida no n.º 5. 3 (Revogado.) 4 As requisições e os registos informáticos referidos nos números anteriores devem ser mantidos em arquivo, por ordem cronológica, pelo prazo de quatro anos. 5 Por cada requisição dos sujeitos passivos, as tipografias comunicam à AT por via eletrónica, no Portal das Finanças, previamente à impressão nos respetivos documentos, os elementos identificativos dos adquirentes e as gamas de numeração dos impressos referidos no n.º 1 do artigo 8.º 6 A comunicação referida no número anterior deve conter o nome ou denominação social, número de identificação fiscal, concelho e distrito da sede ou domicílio da tipografia e dos adquirentes, documentos fornecidos, respetiva quantidade e numeração atribuída. 7 (Revogado.) Artigo 11.º Revogação da autorização de impressão de documentos de transporte O Ministro das Finanças, por proposta do diretor -geral da AT, pode determinar a revogação da autorização concedida nos termos do artigo 8.º em todos os casos em que se deixe de verificar qualquer das condições referidas no seu n.º 4, sejam detetadas irregularidades relativamente às disposições do presente diploma ou se verifiquem outros factos que ponham em causa a idoneidade da empresa autorizada. (Revogado.) Artigo 12.º Artigo 13.º Entidades fiscalizadoras 1 Sem prejuízo das competências atribuídas por lei a outras entidades, a fiscalização do cumprimento das normas previstas no presente diploma compete à AT e à unidade com as atribuições tributárias, fiscais e aduaneiras da Guarda Nacional Republicana, cabendo também a esta última, conjuntamente com as restantes autoridades, designadamente a Polícia de Segurança Pública, prestar toda a colaboração que lhes for solicitada para o efeito. 2 Para assegurar a eficácia das ações de fiscalização, as entidades fiscalizadoras podem proceder à abertura das embalagens, malas ou outros contentores de mercadorias. 3 Relativamente à abertura de embalagens ou contentores acondicionantes de produtos que, pelas suas características de fácil deterioração ou perigo, não devam ser manuseados ou expostos ao meio ambiente, devem ser tomadas as seguintes providências: a) As embalagens ou contentores de tais produtos devem ser sempre rotulados ou acompanhados de uma declaração sobre a natureza do produto; b) As entidades fiscalizadoras, em tais casos, não devem abrir as referidas embalagens, sem prejuízo de, em caso de dúvida quanto aos bens transportados, serem tomadas as medidas adequadas para que se verifique, em condições aconselháveis, se os bens em circulação condizem com os documentos de transporte que os acompanham. 4 Os funcionários a quem incumbe a fiscalização prevista no n.º 1 consultam os elementos constantes da base de dados dos bens em circulação disponibilizada pela AT, mediante acesso individual e certificado, e sempre que se verifiquem quaisquer infrações às normas do presente diploma devem levantar o respetivo auto de notícia, com a ressalva do disposto no número seguinte. 5 Sempre que as outras autoridades atuem em conjunto com a AT, cabe aos funcionários desta autoridade levantar os autos de notícia a que haja lugar. 6 Sempre que a infração for detetada no decurso de operações em que colaborem duas ou mais autoridades, a parte do produto das coimas que se mostrem devidas destinadas ao autuante será repartida, em partes iguais, pelos serviços envolvidos. 7 Sempre que aplicável, as entidades referidas neste artigo devem averbar no original do documento de transporte o facto de ter sido recolhido o respetivo duplicado. SECÇÃO I Infrações Artigo 14.º Infrações detetáveis no decurso da circulação de bens 1 A falta de emissão ou de imediata exibição do documento de transporte ou dos documentos referidos no artigo 1.º e no n.º 2 do artigo 7.º e ainda as situações previstas nos n. os 2 e 4 do artigo 6.º farão incorrer os infratores nas penalidades previstas no artigo 117.º do Regime Geral das Infrações Tributárias, aprovado pela Lei n.º 15/2001, de 5 de junho, aplicáveis quer ao remetente dos bens quer ao transportador que não seja transportador público regular de passageiros ou mercadorias ou empresas concessionárias a prestar o mesmo serviço. 2 As omissões ou inexatidões praticadas nos documentos de transporte referidos no artigo 1.º e no n.º 2 do artigo 7.º que não sejam a falta de indicação do número 27

29 4676 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de 2012 de identificação fiscal do destinatário ou adquirente dos bens ou de qualquer das menções referidas nos n. os 4 e 8 do artigo 4.º e no n.º 3 do artigo 8.º ou ainda o não cumprimento do disposto no n.º 7 do artigo 4.º farão incorrer os infratores nas penalidades referidas no artigo 117.º do Regime Geral das Infrações Tributárias, aprovado pela Lei n.º 15/2001, de 5 de junho, aplicáveis quer ao remetente dos bens quer ao transportador que não seja transportador público regular de passageiros ou mercadorias ou empresas concessionárias a prestar o mesmo serviço. 3 Será unicamente imputada ao transportador a infração resultante da alteração do destino final dos bens, ocorrida durante o transporte, sem que tal facto seja por ele anotado. 4 Quando os bens em circulação, transportados num único veículo, provierem de mais de um remetente, a cada remetente será imputada a infração resultante dos bens por ele remetidos. 5 Sempre que o transportador dos bens em circulação em situação irregular não identifique o seu remetente, ser- -lhe -á imputada a respetiva infração. 6 Consideram -se não emitidos os documentos de transporte sempre que não tenham sido observadas as normas de emissão ou de comunicação constantes dos artigos 5.º e 8.º 7 Somente são aplicáveis as sanções referidas no presente artigo quando as infrações forem verificadas durante a circulação dos bens. 8 É sempre competente para a aplicação de coimas por infrações ao presente diploma o chefe do serviço de finanças da área onde foram detetadas. 9 Sempre que aplicável, considera -se falta de exibição do documento de transporte a não apresentação imediata do código previsto no n.º 7 do artigo 5.º SECÇÃO II Da apreensão Artigo 15.º Apreensão provisória 1 Quando, em relação aos bens encontrados em circulação nos termos dos artigos 1.º e 3.º, o seu detentor ou transportador declare que os mesmos não são provenientes de um sujeito passivo de IVA ou face à sua natureza, espécie e quantidade, se possa concluir que os mesmos não integram nenhuma das situações de exclusão previstas e em todos os casos em que haja fundadas suspeitas da prática de infração tributária, pode exigir -se prova da sua proveniência ou destino, a qual deve ser imediatamente feita, sob pena de se proceder à imediata apreensão provisória dos mesmos e do veículo transportador, nos termos do artigo 16.º 2 Do auto devem obrigatoriamente constar os fundamentos que levaram à apreensão provisória, designadamente os requisitos exigidos no número anterior. 3 Se a prova exigida no n.º 1 não for feita de imediato ou não for efetuada dentro de cinco dias úteis, a apreensão provisória converter -se -á em definitiva, passando a observar -se o disposto no artigo 17.º 4 O disposto no presente artigo aplica -se, com as devidas adaptações, às situações previstas nos n. os 2 e 4 do artigo 6.º Artigo 16.º Apreensão dos bens em circulação e do veículo transportador 1 Independentemente das sanções aplicáveis, as infrações referidas nos n. os 1 e 2 do artigo 14.º relativas aos bens em circulação implicam a apreensão destes, bem como dos veículos que os transportarem, sempre que estes veículos não estejam afetos aos transportes públicos regulares de passageiros ou mercadorias ou afetos a empresas concessionárias a prestarem o mesmo serviço por conta daqueles. 2 No caso de os bens apreendidos nos termos do número anterior estarem sujeitos a fácil deterioração, observa -se o preceituado no artigo 886.º -C do Código de Processo Civil, bem como as disposições do Código de Procedimento e de Processo Tributário aplicáveis. 3 Da apreensão dos bens e dos veículos será lavrado auto em duplicado ou, no caso do n.º 6 do presente artigo, em triplicado, sendo os mesmos entregues a um fiel depositário, de abonação correspondente ao valor normal dos bens apreendidos expressamente referido nos autos, salvo se puderem ser removidos, sem inconveniente, para qualquer depósito público. 4 O original do auto de apreensão será entregue no serviço de finanças da área onde foi detetada a infração. 5 O duplicado do auto de apreensão será entregue ao fiel depositário mediante recibo. 6 Quando o fiel depositário não for o condutor do veículo ou o transportador, será entregue a este último, ou na sua ausência ao primeiro, um exemplar do auto de apreensão. 7 Nos casos de apreensão em que o remetente não seja o transportador dos bens, proceder -se -á, no prazo de três dias úteis, à notificação do remetente para efeitos do disposto no n.º 1 do artigo 17.º Artigo 17.º Regularização das apreensões 1 Nos 15 dias seguintes à apreensão ou à notificação referida no n.º 7 do artigo anterior, podem os infratores regularizar a situação encontrada em falta, mediante exibição ou emissão dos documentos em falta nos termos do presente diploma, bem como dos documentos referidos no n.º 2 do artigo 7.º, ou dos documentos comprovativos da regularização das situações previstas nos n. os 2 e 4 do artigo 6.º e do pagamento das coimas aplicáveis, com redução a metade, no serviço de finanças a que se refere o n.º 4 do mesmo artigo. 2 As despesas originadas pela apreensão são da responsabilidade do infrator, sendo cobradas conjuntamente com a coima. 3 Decorrido o prazo referido no n.º 1 sem que se encontre regularizada a situação, e sem prejuízo do disposto nos n. os 5 e 6 deste artigo, são levantados os autos de notícia relativos às infrações verificadas. 4 Para efeitos do número anterior, o serviço de finanças comunica o facto ao apreensor, que, após o levantamento do auto respetivo, lho remete. 5 Nos casos em que o chefe do serviço de finanças competente constate que a apreensão foi feita sem preencher os requisitos previstos no presente diploma ou de que foi feita a prova referida no n.º 1 do artigo 15.º, não deverá ser levantado auto de notícia, arquivando -se o auto 28

30 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de de apreensão, depois de ouvido o apreensor sempre que tal se mostre conveniente. 6 Nos casos de haver manifesta impossibilidade em fazer a prova referida no n.º 1 do artigo 15.º, pode o chefe do serviço de finanças proceder de conformidade com o disposto no número anterior após proceder às diligências que se mostrarem necessárias. 7 As decisões proferidas nos termos dos n. os 5 e 6 do presente artigo podem ser alteradas, no prazo de 30 dias, por despacho do diretor de finanças do distrito, a quem o respetivo processo será remetido. 8 O despacho proferido nos termos do número anterior pode determinar o prosseguimento do processo, unicamente para pagamento das coimas que se mostrem devidas, considerando -se sempre definitiva a libertação dos bens e meios de transporte. 9 Nos casos referidos no número anterior são os infratores notificados do despacho do diretor de finanças, podendo utilizar a faculdade prevista no n.º 1 do presente artigo, contando -se o prazo aí referido a partir da data da notificação. 10 As decisões a que se referem os n. os 5 e 7 serão sempre comunicadas ao apreensor. 11 Da decisão de apreensão cabe recurso para o tribunal tributário de 1.ª instância. Artigo 18.º Decisão quanto à apreensão 1 À decisão sobre os bens em circulação e veículos de transporte apreendidos ou ao produto da sua venda é aplicável o disposto do n.º 4 do artigo 73.º do Regime Geral das Infrações Tributárias com as necessárias adaptações. 2 O levantamento da apreensão do veículo e dos bens respetivos só se verificará quando: a) Forem pagas as coimas aplicadas e as despesas originadas pela apreensão e, bem assim, exibidos o comprovativo de emissão ou, sendo caso disso, o original e o duplicado ou, no caso de extravio, segunda via ou fotocópia do documento de transporte ou dos documentos mencionados no n.º 2 do artigo 7.º, ou se encontrem regularizadas as situações previstas nos n. os 2 e 4 do artigo 6.º; b) For prestada caução, por meio de depósito em dinheiro ou de fiança bancária, que garanta o montante das coimas e dos encargos referidos na alínea a); c) Se verificar o trânsito em julgado da decisão que qualifica a infração ou apreensão insubsistente. 3 Nos casos de apreensão em que o remetente não seja transportador dos bens, o levantamento da apreensão, quer dos bens quer do veículo, será efetuado nos termos do número anterior, relativamente a cada um deles, independentemente da regularização efetuada pelo outro infrator. Artigo 19.º Legislação subsidiária Ao presente regime complementar é aplicável subsidiariamente o Regime Geral das Infrações Tributárias, aprovado pela Lei n.º 15/2001, de 5 de junho. 29

31 30

32 DECRETO-LEI N.º 147/2003 de 11 de julho 31

33 3928 DIÁRIO DA REPÚBLICA I SÉRIE-A N. o de Julho de 2003 n. o Em consequência do referido e da experiência adquirida, tornou-se evidente a necessidade de proceder à sua substituição, de modo a eliminar, tanto quanto possível, situações menos justas e, simultaneamente, tornar a sua aplicação mais precisa e flexível, sem prejuízo da eficácia a atingir no campo do combate à fraude e evasão fiscal, especialmente na área do imposto sobre o valor acrescentado, que se pretende agora incrementada e substancialmente mais abrangente. É também por isso que a vertente sancionatória por infracções às obrigações emergentes do diploma deixa de ser autonomamente consagrada para passar a ser disciplinada pelo Regime Geral das Infracções Tributárias. Assim: Nos termos da alínea a) don. o 1 do artigo 198. o da Constituição, o Governo decreta o seguinte: o 57/2003 Artigo 1. o Objecto É aprovado o regime de bens em circulação objecto de transacções entre sujeitos passivos de IVA, nomeadamente quanto à obrigatoriedade e requisitos dos documentos de transporte que os acompanham, anexo ao presente diploma e que dele faz parte integrante. Artigo 2. o Revogação 1 Sem prejuízo do disposto nos números seguintes é revogado o Decreto-Lei n. o 45/89, de 11 de Fevereiro. 2 São válidas para os efeitos deste diploma as autorizações concedidas na vigência do Decreto-Lei n. o 45/89, de 11 de Fevereiro, e do Decreto-Lei n. o 97/86, de 16 de Maio. 3 Os processos pendentes à data da entrada em vigor do presente diploma continuam a reger-se, até trânsito em julgado da respectiva decisão, pela legislação que lhes era aplicável. MINISTÉRIO DAS FINANÇAS Decreto-Lei n. o 147/2003 de 11 de Julho O regime regulador dos documentos que devem acompanhar as mercadorias em circulação que ora se substitui datava de 1989, sem que até agora tivesse tido qualquer revisão sensível. A evolução entretanto verificada nos regimes tributários substantivos e, mais recentemente, as profundas modificações operadas no quadro sancionatório das infracções fiscais impunham uma revisão profunda do regime em causa no sentido não apenas de o adequar a tais quadros normativos mas também de actualizar algumas das soluções normativas que ao tempo nele foram acolhidas. Por outro lado, a experiência adquirida com a vigência do Decreto-Lei n. o 45/89, de 11 de Fevereiro, permitiu constatar a necessidade de se proceder a ajustamentos em diversas das suas disposições, cuja aplicação conduzia a situações de injustiça ou dificultava a acção dos agentes económicos. Acresce que a simplicidade de algumas das formalidades exigidas era, com frequência, abusivamente utilizada por alguns operadores económicos. Artigo 3. o Entrada em vigor O presente diploma entra em vigor 60 dias após a data da sua publicação. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 9 de Maio de José Manuel Durão Barroso Maria Manuela Dias Ferreira Leite Maria Celeste Ferreira Lopes Cardona. Promulgado em 26 de Junho de Publique-se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO. Referendado em 2 de Julho de O Primeiro-Ministro, José Manuel Durão Barroso. ANEXO (a que se refere o artigo 1. o ) Artigo 1. o Âmbito de aplicação Todos os bens em circulação, em território nacional, seja qual for a sua natureza ou espécie, que sejam 32

34 N. o de Julho de 2003 DIÁRIO DA REPÚBLICA I SÉRIE-A 3929 objecto de operações realizadas por sujeitos passivos de imposto sobre o valor acrescentado deverão ser acompanhados de documentos de transporte processados nos termos do presente diploma. Artigo 2. o Definições 1 Para efeitos do disposto no presente diploma considera-se: a) «Bens» os que puderem ser objecto de transmissão nos termos do artigo 3. o do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado; b) «Documento de transporte» a factura, guia de remessa, nota de venda a dinheiro, nota de devolução, guia de transporte ou documentos equivalentes; c) «Valor normal» o preço de aquisição ou de custo devidamente comprovado pelo sujeito passivo ou, na falta deste o valor normal determinado nos termos do n. o 4 do artigo 16. o do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado; d) «Remetente» a pessoa singular ou colectiva ou entidade fiscalmente equiparada que colocou os bens em circulação à disposição do transportador para efectivação do respectivo transporte ou operações de carga, bem como o transportador quando os bens em circulação lhe pertençam; e) «Transportador» a pessoa singular ou colectiva ou entidade fiscalmente equiparada que, recebendo do remetente ou de anterior transportador os bens em circulação, realiza ou se propõe realizar o seu transporte até ao local de destino ou de transbordo ou, em caso de dúvida, a pessoa em nome de quem o veículo transportador se encontra registado, salvo se o mesmo for objecto de um contrato de locação financeira, considerando-se aqui o respectivo locatário; f) «Transportador público regular colectivo» a pessoa singular ou colectiva ou entidade fiscalmente equiparada que exerce a actividade de exploração de transportes colectivos e que se encontra obrigada ao cumprimento de horários e itinerários nas zonas geográficas que se lhes estão concessionadas; g) «Destinatário ou adquirente» a pessoa singular ou colectiva ou entidade fiscalmente equiparada a quem os bens em circulação são postos à disposição; h) «Local de início de transporte ou de carga» o local onde o remetente tenha entregue ou posto à disposição do transportador os bens em circulação, presumindo-se como tal o constante no documento de transporte, se outro não for indicado; i) «Local de destino ou descarga» o local onde os bens em circulação forem entregues ao destinatário, presumindo-se como tal o constante no documento de transporte, se outro não for indicado; j) «Primeiro local de chegada» o local onde se verificar a primeira ruptura de carga. 2 Para efeitos do disposto no presente diploma: a) Consideram-se «bens em circulação» todos os que se encontrem fora dos locais de produção, fabrico, transformação, exposição, dos estabelecimentos de venda por grosso e a retalho ou de armazém de retém, por motivo de transmissão onerosa, incluindo a troca, de transmissão gratuita, de devolução, de afectação a uso próprio, de entrega à experiência ou para fins de demonstração, ou de incorporação em prestações de serviços, de remessa à consignação ou de simples transferência, efectuadas pelos sujeitos passivos referidos no artigo 2. o do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado; b) Consideram-se ainda bens em circulação os bens encontrados em veículos nos actos de descarga ou transbordo mesmo quando tenham lugar no interior dos estabelecimentos comerciais, lojas, armazéns ou recintos fechados que não sejam casa de habitação, bem como os bens expostos para venda em feiras e mercados a que se referem os Decretos-Leis n. os 252/86, de 25 de Agosto, e 259/95, de 30 de Setembro. Artigo 3. o Exclusões 1 Excluem-se do âmbito do presente diploma: a) Os bens manifestamente para uso pessoal ou doméstico do próprio; b) Os bens provenientes de retalhistas, sempre que tais bens se destinem a consumidores finais que previamente os tenham adquirido, com excepção dos materiais de construção, artigos de mobiliário, máquinas eléctricas, máquinas ou aparelhos receptores, gravadores ou reprodutores de imagem ou de som, quando transportados em veículos de mercadorias; c) Os bens pertencentes ao activo imobilizado; d) Os bens provenientes de produtores agrícolas, apícolas, silvícolas ou de pecuária resultantes da sua própria produção, transportados pelo próprio ou por sua conta; e) Os bens dos mostruários entregues aos pracistas e viajantes, as amostras destinadas a ofertas de pequeno valor e o material de propaganda, em conformidade com os usos comerciais e que, inequivocamente, não se destinem a venda; f) Os filmes e material publicitário destinados à exibição e exposição nas salas de espectáculos cinematográficos, quando para o efeito tenham sido enviados pelas empresas distribuidoras, devendo estas fazer constar de forma apropriada nas embalagens o respectivo conteúdo easua identificação fiscal; g) Os veículos automóveis, tal como se encontram definidos no Código da Estrada, com matrícula definitiva; h) As taras e embalagens retornáveis; i) Os resíduos sólidos urbanos provenientes das recolhas efectuadas pelas entidades competentes ou por empresas a prestarem o mesmo serviço. 2 Encontram-se ainda excluídos do âmbito do presente diploma: a) Os produtos sujeitos a impostos especiais de consumo, tal como são definidos no artigo 4. o do Código dos Impostos Especiais de Consumo, 33

35 3930 DIÁRIO DA REPÚBLICA I SÉRIE-A N. o de Julho de 2003 publicado em anexo ao Decreto-Lei n. o 566/99, de 22 de Dezembro, quando circularem em regime suspensivo nos termos desse mesmo Código; b) Os bens respeitantes a transacções intracomunitárias a que se refere o Decreto-Lei n. o 290/92, de 28 de Dezembro; c) Os bens respeitantes a transacções com países ou territórios terceiros quando em circulação em território nacional sempre que sujeitos a um destino aduaneiro, designadamente os regimes de trânsito e de exportação, nos termos do Regulamento (CEE) n. o 2913/92, do Conselho, de 12 de Outubro; d) Os bens que circulem por motivo de mudança de instalações do sujeito passivo, desde que o facto e a data da sua realização sejam comunicados às direcções de finanças dos distritos do itinerário, com pelo menos oito dias úteis de antecedência, devendo neste caso o transportador fazer-se acompanhar de cópia dessas comunicações. 3 Relativamente aos bens referidos nos números anteriores, não sujeitos à obrigatoriedade de documento de transporte nos termos do presente diploma, sempre que existam dúvidas sobre a legalidade da sua circulação, pode exigir-se prova da sua proveniência e destino. 4 A prova referida no número anterior pode ser feita mediante a apresentação de qualquer documento comprovativo da natureza e quantidade dos bens, sua proveniência e destino. Artigo 4. o Documentos de transporte 1 As facturas devem conter, obrigatoriamente, os elementos referidos no n. o 5 do artigo 35. o do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado. 2 Sem prejuízo do disposto no n. o 6 do presente artigo, as guias de remessa ou documentos equivalentes devem conter, pelo menos, os seguintes elementos: a) Nome, firma ou denominação social, domicílio ou sede e número de identificação fiscal do remetente; b) Nome, firma ou denominação social, domicílio ou sede do destinatário ou adquirente; c) Número de identificação fiscal do destinatário ou adquirente, quando este seja sujeito passivo, nos termos do artigo 2. o do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado; d) Designação comercial dos bens, com indicação das quantidades. 3 Os documentos de transporte referidos nos números anteriores cujo conteúdo não seja processado por computador devem conter, em impressão tipográfica, a referência à autorização ministerial relativa à tipografia que os imprimiu, a respectiva numeração atribuída e ainda os elementos identificativos da tipografia, nomeadamente a designação social, sede e número de identificação fiscal. 4 As facturas, guias de remessa ou documentos equivalentes devem ainda indicar os locais de carga e descarga, referidos como tais, e a data e hora em que se inicia o transporte. 5 Na falta de menção expressa dos locais de carga e descarga e da data do início do transporte, presumir-se-ão como tais os constantes do documento de transporte. 6 Os documentos de transporte, quando o destinatário não seja conhecido na altura da saída dos bens dos locais referidos no n. o 2 do artigo 2. o, são processados globalmente, devendo proceder-se do seguinte modo à medida que forem feitos fornecimentos: a) No caso de entrega efectiva dos bens, devem ser processados em duplicado, utilizando-se o duplicado para justificar a saída dos bens; b) No caso de saída de bens a incorporar em serviços prestados pelo remetente dos mesmos, deve a mesma ser registada em documento próprio, nomeadamente folha de obra ou qualquer outro documento equivalente. 7 Nas situações referidas nas alíneas a) eb) do número anterior, deve sempre fazer-se referência ao respectivo documento global. 8 As alterações ao local de destino, ocorridas durante o transporte, ou a não aceitação imediata e total dos bens transportados devem ser anotadas pelo transportador nos respectivos documentos de transporte. 9 No caso em que o destinatário ou adquirente não seja sujeito passivo, far-se-á menção do facto no documento de transporte. 10 Em relação aos bens transportados por vendedores ambulantes e vendedores em feiras e mercados, destinados a venda a retalho, abrangidos pelo regime especial de isenção ou regime especial dos pequenos retalhistas a que se referem os artigos 53. o e 60. o do Código do IVA, respectivamente, o documento de transporte poderá ser substituído pelas facturas de aquisição processadas nos termos e de harmonia com o artigo 35. o do mesmo Código. Artigo 5. o Processamento dos documentos de transporte 1 Os documentos referidos na alínea b) don. o 1 do artigo 2. o devem ser processados em três exemplares, utilizando-se impressos numerados seguida e tipograficamente ou processados por computador, com uma ou mais séries, convenientemente referenciadas. 2 A numeração dos documentos referidos no número anterior deve ser aposta no acto da impressão, ser progressiva e não conter mais de 11 dígitos. 3 Quando, por exigência de ordem prática, não seja bastante a utilização de um único documento dos referidos na alínea b) don. o 1 do artigo 2. o, deve utilizar-se o documento com o número seguinte, nele se referindo que é a continuação do anterior. Artigo 6. o Circuito e validade dos documentos de transporte 1 Os documentos de transporte são processados pelos sujeitos passivos referidos na alínea a) don. o 1 do artigo 2. o do Código do IVA e pelos detentores dos bens e antes do início da circulação nos termos do n. o 2 do artigo 2. o do presente diploma. 2 Ainda que processados nos termos do número anterior, para efeitos do presente diploma consideram-se não exibidos os documentos de transporte emi- 34

36 N. o de Julho de 2003 DIÁRIO DA REPÚBLICA I SÉRIE-A 3931 tidos por sujeito passivo que se encontre em qualquer das seguintes situações: a) Que não esteja registado; b) Que tenha cessado actividade nos termos dos artigos 32. o ou 33. o do Código do IVA; c) Que esteja em falta relativamente ao cumprimento das obrigações constantes do artigo 40. o do Código do IVA, durante três períodos consecutivos. 3 O disposto no número anterior aplica-se apenas aos casos em que simultaneamente se verifiquem a qualidade de remetente e transportador. 4 Consideram-se ainda não exibidos os documentos de transporte na posse de um sujeito passivo que, sendo simultaneamente transportador e destinatário, se encontre em qualquer das situações referidas no n. o 2 do presente artigo. 5 Os exemplares dos documentos de transporte referidos no n. o 1 do artigo anterior são destinados: a) Um, que acompanha os bens, ao destinatário ou adquirente dos mesmos; b) Outro, que igualmente acompanha os bens, à inspecção tributária, sendo recolhido nos actos de fiscalização durante a circulação dos bens pelas entidades referidas no artigo 13. o, e junto do destinatário pelos serviços da Direcção-Geral dos Impostos; c) O terceiro, ao remetente dos bens. 6 Sem prejuízo do disposto no artigo 52. o do Código do IVA, devem ser mantidos em arquivo, até ao final do 2. o ano seguinte ao da emissão, os exemplares dos documentos de transporte destinados ao remetente e ao destinatário, bem como os destinados à inspecção tributária que não tenham sido recolhidos pelos serviços competentes. 7 Os sujeitos passivos que utilizem documentos de transporte cujo conteúdo seja processado por computador são obrigados a conservar em boa ordem até final do 4. o ano seguinte ao da sua emissão os suportes informáticos relativos à análise, programação e execução dos respectivos tratamentos. 8 Sempre que exigidos os documentos de transporte ou de aquisição relativos aos bens encontrados nos locais referidos na alínea a) don. o 2 do artigo 2. o, cujo transporte ou circulação tenha estado sujeita à disciplina do presente diploma, e o sujeito passivo ou detentor dos bens alegue que o documento exigido não está disponível no local, por este ser diferente da sua sede ou domicílio fiscal ou do local de centralização da escrita, notificar-se-á aquele para no prazo de cinco dias úteis proceder à sua apresentação, sob pena da aplicação da respectiva penalidade. 9 Relativamente aos bens sujeitos a fácil deterioração, o documento exigido no número anterior deve ser exibido de imediato. 10 Se ultrapassado o prazo estabelecido na parte final do n. o 6 do presente artigo, considera-se exibido o documento exigido nos termos do n. o 8 se os bens em causa se encontrarem devidamente registados no inventário final referente ao último exercício económico. Artigo 7. o Transportador 1 Os transportadores de bens, seja qual for o seu destino e os meios utilizados para o seu transporte, devem exigir sempre aos remetentes dos mesmos o original e o duplicado do documento referido no artigo 1. o 2 Tratando-se de bens importados em Portugal que circulem entre a estância aduaneira de desalfandegamento e o local do primeiro destino, o transportador deve fazer-se acompanhar, em substituição do documento referido no número anterior, de documento probatório do desalfandegamento dos mesmos. 3 Quando o transporte dos bens em circulação for efectuado por transportador público regular colectivo de passageiros ou mercadorias ou por empresas concessionárias a prestarem o mesmo serviço, o documento de transporte pode acompanhar os respectivos bens em envelope fechado, sendo permitida a abertura às autoridades referidas no artigo 13. o 4 A disciplina prevista neste artigo não se aplica ao transportador público de passageiros quando os bens em circulação pertencerem aos respectivos passageiros. Artigo 8. o Impressão dos documentos de transporte 1 A impressão dos documentos de transporte referidos no presente diploma só pode ser efectuada em tipografias devidamente autorizadas pelo Ministro das Finanças. 2 Os sujeitos passivos podem optar pelo processamento dos referidos documentos através de computador, desde que utilizem software que garanta a sua numeração conforme o disposto no n. o 2 do artigo 5. o, e o comuniquem previamente à direcção de finanças do distrito da sua sede. 3 Os documentos de transporte processados nos termos do número anterior devem conter a expressão «processado por computador». 4 Nos casos em que, por exigências comerciais, for necessário o processamento de mais de três exemplares dos documentos referidos, é permitido à tipografia autorizada executá-los, com a condição de imprimir nos exemplares que excedam aquele número uma barra com a seguinte indicação: «Cópia de documento não válida para os fins previstos no Regime Tributário Complementar dos Bens em Circulação.» 5 A autorização referida no n. o 1 é concedida, mediante a apresentação do respectivo pedido, às pessoas singulares ou colectivas ou entidades fiscalmente equiparadas que exerçam a actividade de tipografia ou que a iniciem, na condição de que: a) Não tenham sofrido condenação nos termos dos artigos 87. o a 91. o, 103. o a 107. o, 113. o, 114. o, 116. o a 118. o, 120. o, 122. o e 123. o do Regime Geral das Infracções Tributárias, aprovado pela Lei n. o 15/2001, de 5 de Junho, nem nos termos das normas correspondentes do Regime Jurídico das Infracções Fiscais não Aduaneiras, aprovado pelo Decreto-Lei n. o 20-A/90, de 15 de Janeiro; b) Não estejam em falta relativamente ao cumprimento das obrigações constantes do n. o 1do artigo 26. o e dos n. os 1e2doartigo 40. o do Código do IVA, do n. o 1 do artigo 57. o do 35

37 3932 DIÁRIO DA REPÚBLICA I SÉRIE-A N. o de Julho de 2003 Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares ou do n. o 1 do artigo 96. o do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas; c) Não se encontrem em estado de falência; d) Não tenham sido condenadas por crimes previstos nos artigos 256. o, 258. o, 259. o, 262. o, 265. o, 268. o e 269. o do Código Penal. 6 O pedido deve ser apresentado no serviço de finanças da área da sede ou domicílio do requerente, contendo a identificação, actividades exercidas e local dos estabelecimentos de tipografia, devendo ser acompanhado dos seguintes elementos: a) Certificado do registo criminal do proprietário da empresa, ou, tratando-se de sociedade, de cada um dos sócios gerentes ou administradores em exercício; b) Certificado, processado pela entidade judicial respectiva, para efeitos da alínea c) do número anterior. Artigo 9. o Subcontratação 1 É permitido às tipografias autorizadas encarregar outras tipografias, desde que também autorizadas, da impressão dos documentos que lhes forem requisitados, desde que façam acompanhar os seus pedidos da fotocópia das requisições recebidas. 2 Tanto a tipografia que efectuou a impressão como a que a solicitou devem efectuar os registos e a comunicação referidos no artigo 10. o Artigo 10. o Aquisição de documentos de transporte 1 A aquisição dos impressos referidos no n. o 1do artigo 8. o é efectuada mediante requisição escrita do adquirente utilizador, a qual contém os elementos necessários ao registo a que se refere o n. o 2 do presente artigo. 2 O fornecimento dos impressos é registado previamente pela tipografia autorizada, em livro próprio, cujo registo contém os elementos necessários à comunicação referida no n. o 5 do presente artigo. 3 Podem as tipografias optar, em substituição do livro referido no número anterior, por registo informático adequado que contenha os mesmos elementos, sendo, neste caso, obrigatória a entrega em suporte informático da comunicação referida no n. o 5 do presente artigo. 4 Os livros, as requisições e os registos informáticos referidos nos números anteriores devem ser mantidos em arquivo, por ordem cronológica, pelo prazo de quatro anos. 5 Até 15 de Março de cada ano, as tipografias autorizadas devem comunicar à direcção de finanças da área da respectiva sede ou domicílio os dados identificativos dos adquirentes a quem no ano anterior foram fornecidos os impressos referidos no n. o 1 do artigo 8. o 6 A comunicação referida no número anterior deve conter o nome ou denominação social, número de identificação fiscal, concelho e distrito da sede ou domicílio da tipografia e dos adquirentes, documentos fornecidos, respectiva quantidade e numeração atribuída. 7 Esta comunicação pode ser substituída pela remessa de duplicados ou fotocópias das requisições ou fotocópias das folhas do livro a que se referem os n. os 1 e 2 do presente artigo com a menção de que está conforme o original, aposta pela tipografia. Artigo 11. o Revogação da autorização de impressão de documentos de transporte O Ministro das Finanças, por proposta do director- -geral dos Impostos, pode determinar a revogação da autorização concedida nos termos do artigo 8. o em todos os casos em que se deixe de verificar qualquer das condições referidas no seu n. o 5, sejam detectadas irregularidades relativamente às disposições do presente diploma ou se verifiquem outros factos que ponham em causa a idoneidade da empresa autorizada. Artigo 12. o Obrigação de utilização de documentos de transporte impressos tipograficamente Quando forem detectadas situações irregulares ou anómalas resultantes da utilização dos documentos processados por computador, o Ministro das Finanças, por proposta do director-geral dos Impostos, pode determinar, por despacho, a obrigatoriedade de os sujeitos passivos utilizarem exclusivamente documentos de transporte impressos tipograficamente, por um período não inferior ao determinado no referido despacho, num mínimo de um ano civil e máximo de quatro anos civis. Artigo 13. o Entidades fiscalizadoras 1 Sem prejuízo das competências atribuídas por lei a outras entidades, a fiscalização do cumprimento das normas previstas no presente diploma compete à Direcção-Geral dos Impostos, à Direcção-Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo e à Brigada Fiscal da Guarda Nacional Republicana, cabendo também a esta última, conjuntamente com as restantes autoridades, designadamente a Polícia de Segurança Pública, prestar toda a colaboração que lhes for solicitada para o efeito. 2 Para assegurar a eficácia das acções de fiscalização, as entidades fiscalizadoras podem proceder à abertura das embalagens, malas ou outros contentores de mercadorias. 3 Relativamente à abertura de embalagens ou contentores acondicionantes de produtos que, pelas suas características de fácil deterioração ou perigo, não devam ser manuseados ou expostos ao meio ambiente, devem ser tomadas as seguintes providências: a) As embalagens ou contentores de tais produtos devem ser sempre rotulados ou acompanhados de uma declaração sobre a natureza do produto; b) As entidades fiscalizadoras, em tais casos, não devem abrir as referidas embalagens, sem prejuízo de, em caso de dúvida quanto aos bens transportados, serem tomadas as medidas adequadas para que se verifique, em condições aconselháveis, se os bens em circulação condizem com os documentos de transporte que os acompanham. 36

38 N. o de Julho de 2003 DIÁRIO DA REPÚBLICA I SÉRIE-A Os funcionários a quem incumbe a fiscalização prevista no n. o 1, sempre que se verifiquem quaisquer infracções às normas do presente diploma, devem levantar o respectivo auto de notícia, com a ressalva do disposto no número seguinte. 5 Sempre que as outras autoridades actuem em conjunto com a Direcção-Geral dos Impostos ou com a Direcção-Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo, cabe aos funcionários destes dois organismos levantar os autos de notícia a que haja lugar. 6 Sempre que a infracção for detectada no decurso de operações em que colaborem duas ou mais autoridades, a parte do produto das coimas que se mostrem devidas destinadas ao autuante será repartida, em partes iguais, pelos serviços envolvidos. 7 As entidades referidas neste artigo devem averbar no original do documento de transporte o facto de ter sido recolhido o respectivo duplicado. SECÇÃO I Infracções Artigo 14. o Infracções detectáveis no decurso da circulação de bens 1 A falta de emissão ou de imediata exibição do documento de transporte ou dos documentos referidos no artigo 1. o enon. o 2 do artigo 7. o e ainda as situações previstas nos n. os 2e4doartigo 6. o farão incorrer os infractores nas penalidades previstas no artigo 117. o do Regime Geral das Infracções Tributárias, aprovado pela Lei n. o 15/2001, de 5 de Junho, aplicáveis quer ao remetente dos bens quer ao transportador que não seja transportador público regular de passageiros ou mercadorias ou empresas concessionárias a prestar o mesmo serviço. 2 As omissões ou inexactidões praticadas nos documentos de transporte referidos no artigo 1. o enon. o 2 do artigo 7. o que não sejam a falta de indicação do número de identificação fiscal do destinatário ou adquirente dos bens ou de qualquer das menções referidas nos n. os 4e8doartigo 4. o enon. o 3 do artigo 8. o ou ainda o não cumprimento do disposto no n. o 7do artigo 4. o farão incorrer os infractores nas penalidades referidas no artigo 117. o do Regime Geral das Infracções Tributárias, aprovado pela Lei n. o 15/2001, de 5 de Junho, aplicáveis quer ao remetente dos bens quer ao transportador que não seja transportador público regular de passageiros ou mercadorias ou empresas concessionárias a prestar o mesmo serviço. 3 Será unicamente imputada ao transportador a infracção resultante da alteração do destino final dos bens, ocorrida durante o transporte, sem que tal facto seja por ele anotado. 4 Quando os bens em circulação, transportados num único veículo, provierem de mais de um remetente, a cada remetente será imputada a infracção resultante dos bens por ele remetidos. 5 Sempre que o transportador dos bens em circulação em situação irregular não identifique o seu remetente, ser-lhe-á imputada a respectiva infracção. 6 Presume-se não emitido o documento de transporte que não seja imediatamente exibido pelo transportador. 7 Somente são aplicáveis as sanções referidas no presente artigo quando as infracções forem verificadas durante a circulação dos bens, sendo competente para a sua determinação o chefe do serviço de finanças da área onde foram detectadas. SECÇÃO II Da apreensão Artigo 15. o Apreensão provisória 1 Quando, em relação aos bens encontrados em circulação nos termos dos artigos 1. o e3. o, o seu detentor ou transportador declare que os mesmos não são provenientes de um sujeito passivo de IVA ou face à sua natureza, espécie e quantidade, se possa concluir que os mesmos não integram nenhuma das situações de exclusão previstas e em todos os casos em que haja fundadas suspeitas da prática de infracção tributária, pode exigir-se prova da sua proveniência ou destino, a qual deve ser imediatamente feita, sob pena de se proceder à imediata apreensão provisória dos mesmos e do veículo transportador, nos termos do artigo 16. o 2 Do auto devem obrigatoriamente constar os fundamentos que levaram à apreensão provisória, designadamente os requisitos exigidos no número anterior. 3 Se a prova exigida no n. o 1 não for feita de imediato ou não for efectuada dentro de cinco dias úteis, a apreensão provisória converter-se-á em definitiva, passando a observar-se o disposto no artigo 17. o 4 O disposto no presente artigo aplica-se, com as devidas adaptações, às situações previstas no n. os 2e 4 do artigo 6. o Artigo 16. o Apreensão dos bens em circulação e do veículo transportador 1 Independentemente das sanções aplicáveis, as infracções referidas nos n. os 1 e 2 do artigo 14. o relativas aos bens em circulação implicam a apreensão destes, bem como dos veículos que os transportarem, sempre que estes veículos não estejam afectos aos transportes públicos regulares de passageiros ou mercadorias ou afectos a empresas concessionárias a prestarem o mesmo serviço por conta daqueles. 2 No caso de os bens apreendidos nos termos do número anterior estarem sujeitos a fácil deterioração, observar-se-á o preceituado no artigo 851. o do Código Civil, bem como as disposições do Código de Procedimento e de Processo Tributário aplicáveis. 3 Da apreensão dos bens e dos veículos será lavrado auto em duplicado ou, no caso do n. o 6 do presente artigo, em triplicado, sendo os mesmos entregues a um fiel depositário, de abonação correspondente ao valor normal dos bens apreendidos expressamente referido nos autos, salvo se puderem ser removidos, sem inconveniente, para qualquer depósito público. 4 O original do auto de apreensão será entregue no serviço de finanças da área onde foi detectada a infracção. 5 O duplicado do auto de apreensão será entregue ao fiel depositário mediante recibo. 6 Quando o fiel depositário não for o condutor do veículo ou o transportador, será entregue a este último, ou na sua ausência ao primeiro, um exemplar do auto de apreensão. 7 Nos casos de apreensão em que o remetente não seja o transportador dos bens, proceder-se-á, no prazo 37

39 3934 DIÁRIO DA REPÚBLICA I SÉRIE-A N. o de Julho de 2003 de três dias úteis, à notificação do remetente para efeitos do disposto no n. o 1 do artigo 17. o Artigo 17. o Regularização das apreensões 1 Nos 15 dias seguintes à apreensão ou à notificação referida no n. o 7 do artigo anterior, podem os infractores regularizar a situação encontrada em falta, mediante a exibição do original e do duplicado do documento de transporte ou dos documentos referidos no n. o 2 do artigo 7. o, ou dos documentos comprovativos da regularização das situações previstas nos n. os 2e4 do artigo 6. o e do pagamento das coimas aplicáveis, com redução a metade, no serviço de finanças a que se refere o n. o 4 do mesmo artigo. 2 As despesas originadas pela apreensão são da responsabilidade do infractor, sendo cobradas conjuntamente com a coima. 3 Decorrido o prazo referido no n. o 1 sem que se encontre regularizada a situação, e sem prejuízo do disposto nos n. os 5 e 6 deste artigo, são levantados os autos de notícia relativos às infracções verificadas. 4 Para efeitos do número anterior, o serviço de finanças comunica o facto ao apreensor, que, após o levantamento do auto respectivo, lho remete. 5 Nos casos em que o chefe do serviço de finanças competente constate que a apreensão foi feita sem preencher os requisitos previstos no presente diploma ou de que foi feita a prova referida no n. o 1 do artigo 15. o, não deverá ser levantado auto de notícia, arquivando-se o auto de apreensão, depois de ouvido o apreensor sempre que tal se mostre conveniente. 6 Nos casos de haver manifesta impossibilidade em fazer a prova referida no n. o 1 do artigo 15. o, pode o chefe do serviço de finanças proceder de conformidade com o disposto no número anterior após proceder às diligências que se mostrarem necessárias. 7 As decisões proferidas nos termos dos n. os 5e 6 do presente artigo podem ser alteradas, no prazo de 30 dias, por despacho do director de finanças do distrito, a quem o respectivo processo será remetido. 8 O despacho proferido nos termos do número anterior pode determinar o prosseguimento do processo, unicamente para pagamento das coimas que se mostrem devidas, considerando-se sempre definitiva a libertação dos bens e meios de transporte. 9 Nos casos referidos no número anterior são os infractores notificados do despacho do director de finanças, podendo utilizar a faculdade prevista no n. o 1do presente artigo, contando-se o prazo aí referido a partir da data da notificação. 10 As decisões a que se referem os n. os 5 e 7 serão sempre comunicadas ao apreensor. 11 Da decisão de apreensão cabe recurso para o tribunal tributário de 1. a instância. 2 O levantamento da apreensão do veículo e dos bens respectivos só se verificará quando: a) Forem pagas as coimas aplicadas e as despesas originadas pela apreensão e, bem assim, exibidos o original e o duplicado ou, no caso de extravio, segunda via ou fotocópia do documento de transporte ou dos documentos mencionados no n. o 2 do artigo 7. o, ou se encontrem regularizadas as situações previstas nos n. os 2 e 4 do artigo 6. o ; b) For prestada caução, por meio de depósito em dinheiro ou de fiança bancária, que garanta o montante das coimas e dos encargos referidos na alínea a); c) Se verificar o trânsito em julgado da decisão que qualifica a infracção ou apreensão insubsistente. 3 Nos casos de apreensão em que o remetente não seja transportador dos bens, o levantamento da apreensão, quer dos bens quer do veículo, será efectuado nos termos do número anterior, relativamente a cada um deles, independentemente da regularização efectuada pelo outro infractor. Artigo 19. o Legislação subsidiária Ao presente regime complementar é aplicável subsidiariamente o Regime Geral das Infracções Tributárias, aprovado pela Lei n. o 15/2001, de 5 de Junho. Artigo 18. o Decisão quanto à apreensão 1 À decisão sobre os bens em circulação e veículos de transporte apreendidos ou ao produto da sua venda é aplicável o disposto do n. o 4 do artigo 73. o do Regime Geral das Infracções Tributárias com as necessárias adaptações. 38

40 LEI N.º 66-B/2012 de 31 de dezembro 39

41 Diário da República, 1.ª série N.º de dezembro de (113) Lei nº 66-B/2012, de 31/12 - Orçamento do Estado para 2013 Artigo 201.º Regime transitório no âmbito do Decreto- -Lei n.º 147/2003, de 11 de julho Os sujeitos passivos que se encontrem abrangidos pela obrigação prevista no n.º 1 do artigo 1.º do Decreto -Lei n.º 147/2003, de 11 de julho, podem utilizar, até 31 de dezembro de 2013, os documentos de transporte impressos ao abrigo do regime em vigor até 1 de maio de 2013, sem prejuízo do cumprimento da obrigação de comunicação dos mesmos, nos termos do disposto no artigo 5.º do referido diploma legal. 40

42 PORTARIA N.º 161/2013 de 23 de abril 41

43 Diário da República, 1.ª série N.º de abril de Portaria n.º 161/2013 de 23 de abril O Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto, introduz alterações ao regime de bens em circulação aprovado pelo Decreto-Lei n.º 147/2003, de 11 de julho, determinando, designadamente, a obrigação de comunicação à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) dos elementos dos documentos de transporte. O novo regime permite à AT um reforço do controlo efetivo das operações realizadas pelos agentes económicos. Por outro lado, o novo regime foi concebido para tornar mais simples e mais rápido o cumprimento de obrigações de emissão dos documentos de transporte pelas empresas. A definição dos meios de emissão dos documentos de transporte e das formas de comunicação dos seus elementos encontra-se prevista no artigo 5.º do referido regime. O modo de cumprimento das obrigações de comunicação foi, porém, remetido para portaria do Ministro das Finanças. No âmbito desta portaria, estabelece-se ainda a exclusão das obrigações de comunicação dos documentos de transporte sempre que o destinatário ou adquirente seja consumidor final. Esta exclusão visa reforçar a proteção dos dados pessoais dos consumidores finais, em linha com o disposto no Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto. Por fim, de forma a permitir uma melhor adaptação dos agentes económicos às novas regras aplicáveis aos bens em circulação e por razões operacionais relacionadas com o novo sistema de comunicação por transmissão electrónica de dados, estabelece-se que o novo regime apenas entrará em vigor no dia 1 de julho de Assim: Manda o Governo, pelo Ministro de Estado e das Finanças, ao abrigo do disposto no artigo 8.º do Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto, o seguinte: Artigo 1.º Objeto O presente diploma regulamenta o modo de cumprimento das obrigações de comunicação dos elementos dos documentos de transporte previstas no regime de bens em circulação, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 147/2003, de 11 de julho, e republicado pelo Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto. Artigo 2.º Âmbito de aplicação 1 O presente diploma aplica-se às entidades referidas no n.º 1 do artigo 6.º do regime de bens em circulação, sem prejuízo da dispensa de comunicação prevista no n.º 10 do artigo 5.º do mesmo regime. 2 São excluídos das obrigações de comunicação previstas no artigo anterior os documentos de transporte em que o destinatário ou adquirente seja consumidor final. 3 A comunicação dos elementos dos documentos de transporte é efetuada pelos sujeitos passivos remetentes dos bens, podendo estes habilitar terceiros a fazê-la, em seu nome e por sua conta, em funcionalidade disponibilizada no Portal das Finanças. 4 As alterações referidas no n.º 8 do artigo 4.º do regime de bens em circulação, quando estas forem efetuadas em documentos de transporte impressos em tipografias autorizadas e processadas pelos transportadores, 42

44 2484 Diário da República, 1.ª série N.º de abril de 2013 são comunicadas pelos remetentes, até ao 5.º dia útil seguinte ao do transporte, sem prejuízo do disposto no número anterior. 5 O disposto no número anterior é também aplicável quando, após a comunicação de dados prevista na alínea a) do n.º 6 do artigo 5º do regime dos bens em circulação, se verifique, antes do início do transporte, a necessidade de retificação em particular da data e hora em que aquele se inicia, e estas alterações sejam efetuadas pelos transportadores em documentos de transporte impressos em tipografias autorizadas, devendo nestes referenciar-se o documento alterado. Artigo 3.º Comunicação por transmissão eletrónica de dados 1 A comunicação por transmissão eletrónica de dados prevista na alínea a) do n.º 6 do artigo 5.º do regime de bens em circulação é efetuada por uma das seguintes vias: a) Por transmissão electrónica em tempo real, integrada em programa informático, utilizando o Webservice disponibilizado pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT); b) Através do envio de ficheiro exportado pelo programa informático de emissão, recorrendo à aplicação de envio de dados disponibilizada no Portal das Finanças na Internet ( c) Através da emissão direta no Portal das Finanças do documento de transporte. 2 A obrigação de comunicação efetuada nos termos do número anterior considera-se cumprida no momento em que é disponibilizado o código de identificação atribuído ao documento. 3 As entidades referidas no artigo anterior que se encontrem sujeitas às obrigações previstas na Portaria n.º 363/2010, de 23 de junho, alterada pela Portaria n.º 22 -A/2012, de 24 de janeiro, e pela Portaria n.º 160/2013, ou que emitam os documentos de transporte através de sistemas informáticos, utilizam um dos meios de comunicação referidos no n.º 1. 4 Para efeitos do disposto na alínea c) do n.º 1, a AT disponibiliza no Portal das Finanças uma aplicação informática, com as funcionalidades de emissão e comunicação necessárias ao cumprimento das obrigações previstas no regime de bens em circulação. 5 Não obstante o disposto no n.º 11 do artigo 4.º do regime de bens em circulação, a comunicação do documento de transporte adicional, previsto no n.º 8 daquele artigo, pode ser efetuada por transmissão electrónica de dados, sendo-lhe aplicável o disposto no n.º 8 do artigo 5.º do referido regime. 6 Em caso de transporte dos bens referidos na alínea d) do n.º 1 do artigo 3.º do regime de bens em circulação, que não seja efectuado pelo produtor ou por sua conta, a obrigação de comunicação considera-se também cumprida, desde que, cumulativamente: a) Seja comunicado previamente pelo adquirente, nos termos e condições previstas no presente artigo, e em documento próprio, pelo menos o número de identificação fiscal de cada produtor e a data do início do transporte; b) Sejam emitidos documentos de transporte em papel, impressos em tipografias autorizadas, à medida que os bens forem objeto de carga, identificando o número de identificação fiscal do produtor, a designação comercial dos bens e as quantidades, bem como o local, o dia e a hora de carga, devendo tais documentos acompanhar o transporte de bens; c) Os elementos dos documentos referidos na alínea anterior sejam inseridos no Portal das Finanças, até ao 5.º dia útil seguinte ao do início do transporte, fazendo menção do documento comunicado nos termos da alínea a). Artigo 4.º Comunicação através de serviço telefónico 1 A comunicação dos elementos dos documentos de transporte é realizada através de serviço telefónico automático, nos seguintes casos: a) Quando os documentos de transporte sejam emitidos nos termos da alínea e) do n.º 1 do artigo 5.º do regime de bens em circulação, pelas entidades não abrangidas pelo disposto no artigo anterior; b) Durante o período de inoperacionalidade do sistema de comunicação utilizado pelas entidades referidas no n.º 3 do artigo anterior, desde que devidamente comprovada pelo respetivo operador. 2 Para efeitos do disposto no número anterior, a AT disponibiliza no Portal das Finanças, mediante autenticação das entidades que a solicitem, uma senha individual de acesso ao serviço telefónico automático. 3 As entidades referidas no n.º 1 do artigo 2.º acedem ao serviço telefónico automático da AT, identificado no Portal das Finanças, fornecendo o seu número de identificação fiscal e a senha referida no número anterior. 4 Na comunicação telefónica indicam-se os seguintes elementos do documento de transporte: a) Os quatro últimos dígitos do número do documento de transporte, devendo, se inferior ao milhar, ser precedido de zeros até completar os quatro dígitos; b) A data de início do transporte (dia e mês, por esta ordem, com a inserção de quatro dígitos); c) A hora do início do transporte (hora e minuto, por esta ordem, com a inserção de quatro dígitos); d) O número de identificação fiscal do adquirente, quando aplicável. 5 A AT valida a comunicação efetuada nos termos dos números anteriores com a atribuição de um código de comunicação telefónica, através de mensagem de voz e escrita, que atesta que a comunicação daqueles elementos foi efetuada com sucesso. 6 Nos casos de comunicação através de serviço telefónico automático, as entidades referidas no n.º 1 do artigo 2.º devem inserir no Portal das Finanças, até ao 5.º dia útil seguinte ao do início do transporte, os elementos do documento de transporte ainda não comunicados na forma prevista no n.º 4, mediante o acesso ao registo do documento através do código de comunicação telefónica. Artigo 5.º Comunicação em caso de inoperacionalidade dos sistemas da Autoridade Tributária e Aduaneira 1 Em caso de inoperacionalidade dos sistemas da AT que suportam a gestão da comunicação dos elementos dos 43

45 Diário da República, 1.ª série N.º de abril de documentos de transporte, as entidades referidas no n.º 1 do artigo 2.º ficam dispensadas da comunicação prévia prevista no n.º 5 do artigo 5.º do regime de bens em circulação, sendo obrigadas a comunicar os elementos dos documentos de transporte, até ao 5.º dia útil seguinte ao do início do transporte. 2 No caso previsto no número anterior, o transportador deve fazer-se acompanhar dos documentos de transporte em suporte de papel. Artigo 6.º Inoperacionalidade dos sistemas da Autoridade Tributária e Aduaneira Nos casos em que ocorra indisponibilidade dos sistemas da AT que suportam a gestão da comunicação dos elementos dos documentos de transporte, a AT deverá conservar, por um período de 60 dias, o registo histórico das ocorrências e a sua delimitação temporal, para efeitos da verificação da prática de infrações e levantamento do auto de notícia, quando a ele haja lugar. Artigo 7.º Inserção dos elementos dos documentos de transporte A inserção no Portal das Finanças dos elementos dos documentos de transporte emitidos em papel pode também ser efetuada através de uma das vias previstas nas alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo 3.º. Artigo 8.º Instruções e especificações técnicas A AT disponibiliza no Portal das Finanças as instruções e especificações técnicas, para cumprimento das obrigações previstas no presente diploma. Artigo 9.º Produção de efeitos As alterações ao Decreto-Lei n.º 147/2003, de 11 de julho, previstas no artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto, e na Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro, entram em vigor no dia 1 de julho de Artigo 10.º Entrada em vigor A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação. Pelo Ministro de Estado e das Finanças, Luís Filipe Bruno da Costa de Morais Sarmento, Secretário de Estado do Orçamento, em substituição, em 18 de abril de

46 LEI N.º 51/2013 de 24 de julho 45

47 4282 Diário da República, 1.ª série N.º de julho de Lei n.º 51/2013 de 24 de julho Procede à primeira alteração à Lei n.º 66 -B/2012, de 31 de dezembro (Orçamento do Estado para 2013), à alteração do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares, do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado, do Código dos Impostos Especiais de Consumo, do Estatuto dos Benefícios Fiscais, à segunda alteração ao Decreto -Lei n.º 172/94, de 25 de junho, e à Lei n.º 28/2012, de 31 de julho, e à terceira alteração ao Decreto -Lei n.º 113/2011, de 29 de novembro. A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea g) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte: Artigo 1.º Objeto 1 A presente lei altera a Lei n.º 66 -B/2012, de 31 de dezembro, que aprova o Orçamento do Estado para A presente lei altera, ainda, o Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 442 -A/88, de 30 de novembro, o Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 394-B/84, de 26 de dezembro, o Código dos Impostos Especiais de Consumo, aprovado pelo Decreto- -Lei n.º 73/2010, de 21 de junho, o Estatuto dos Benefícios Fiscais, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 215/89, de 1 de julho, o Decreto -Lei n.º 172/94, de 25 de junho, alterado pelo Decreto -Lei n.º 60/95, de 7 de abril, a Lei n.º 28/2012, de 31 de julho, alterada pela Lei n.º 66 -B/2012, de 31 de dezembro, e o Decreto -Lei n.º 113/2011, de 29 de novembro,

48 Diário da República, 1.ª série N.º de julho de alterado pelo Decreto -Lei n.º 128/2012, de 21 de junho, e pela Lei n.º 66 -B/2012, de 31 de dezembro. Artigo 2.º Alteração à Lei n.º 66 -B/2012, de 31 de dezembro Os artigos 3.º, 11.º, 31.º, 51.º, 96.º, 119.º, 124.º, 131.º, 143.º, 144.º, 148.º e 194.º da Lei n.º 66 -B/2012, de 31 de dezembro, passam a ter a seguinte redação: «Artigo 3.º (Revogado.) a) 2,5 % das dotações iniciais do subagrupamento 0101 «Remunerações certas e permanentes»; b) [Anterior alínea a).] c) [Anterior alínea b).] d) [Anterior alínea c).] e) [Anterior alínea d).] f) [Anterior alínea e).] g) [Anterior alínea f).] Artigo 11.º Fica a Direção -Geral de Proteção Social aos Trabalhadores em Funções Públicas (ADSE) autorizada a transferir a totalidade do montante da contribuição da entidade empregadora para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) Artigo 31.º 1 O disposto no artigo 27.º é ainda aplicável a todos os contratos a celebrar, por instituições de direito privado, que visem o desenvolvimento de atividades de docência, de investigação ou com ambas conexas, sempre que os mesmos sejam expressamente suportados por financiamento público, no âmbito dos apoios ao Sistema Científico e Tecnológico Nacional. 2 Aos diferentes tipos de contratos em vigor, celebrados nos termos do número anterior, continuam a aplicar -se as reduções entretanto determinadas. Artigo 51.º Sem prejuízo do disposto no n.º 8 do artigo 62.º da Lei n.º 50/2012, de 31 de agosto, que aprova o regime jurídico da atividade empresarial local e das participações locais, durante o ano de 2013 e tendo em vista o cumprimento das medidas de redução de pessoal previstas no PAEF, os candidatos a que se refere a alínea b) do número anterior não podem ser opositores a procedimentos concursais exclusivamente destinados a trabalhadores com relação jurídica de emprego público por tempo indeterminado previamente constituída, considerando -se suspensas todas as disposições em contrário Artigo 96.º (Revogado.) Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, o aumento de receita do imposto municipal sobre imóveis (IMI), resultante do processo de avaliação geral dos prédios urbanos constante do Decreto -Lei n.º 287/2003, de 12 de novembro, na redação que lhe foi dada pela Lei n.º 60 -A/2011, de 30 de novembro, é obrigatoriamente utilizado na redução do endividamento de médio e longo prazo do município e ou, pagamento de dívidas a fornecedores registadas no SIIAL a 30 de junho de Os municípios que cumpram os limites de endividamento líquido calculado nos termos da Lei n.º 2/2007, de 15 de janeiro, podem substituir as reduções de endividamento referidas no número anterior por uma aplicação financeira a efetuar obrigatoriamente junto do Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública IGCP, E. P. E. (IGCP, E. P. E.), no mesmo montante em falta para integral cumprimento das reduções previstas no presente artigo No caso de incumprimento das obrigações previstas no presente artigo, há lugar a uma redução das transferências do Orçamento do Estado no montante equivalente a 20 % do valor da redução respetivamente em falta. Artigo 119.º 1 Fica o Governo autorizado, nos termos da alínea h) do artigo 161.º da Constituição, através do membro do Governo responsável pela área das finanças, com a faculdade de delegação, a conceder empréstimos e a realizar outras operações de crédito ativas, até ao montante contratual equivalente a , incluindo a eventual capitalização de juros, não contando para este limite os montantes referentes a reestruturação ou consolidação de créditos do Estado Artigo 124.º

49 4284 Diário da República, 1.ª série N.º de julho de As empresas públicas não financeiras devem manter as suas disponibilidades e aplicações financeiras junto do IGCP, E. P. E., nos termos do n.º 1, sendo -lhes para esse efeito aplicável o regime da tesouraria do Estado, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 191/99, de 5 de junho, alterado pelas Leis n. os 3 -B/2000, de 4 de abril, e 107 -B/2003, de 31 de dezembro Artigo 131.º 1 Para fazer face às necessidades de financiamento decorrentes da execução do Orçamento do Estado, incluindo os serviços e fundos dotados de autonomia administrativa e financeira, fica o Governo autorizado, nos termos da alínea h) do artigo 161.º da Constituição e do artigo 133.º da presente lei, a aumentar o endividamento líquido global direto, até ao montante máximo de Artigo 143.º A redução de encargos brutos para o erário público expectável em 2013 é de 35 % face ao valor originalmente contratado. Artigo 144.º a) b) O pessoal com funções policiais da Polícia de Segurança Pública, os militares da Guarda Nacional Republicana, o pessoal da Polícia Judiciária, bem como de outras forças policiais, os militares das Forças Armadas e militarizados, no ativo, quando em serviço que implique a deslocação no meio de transporte público; c) Artigo 148.º 1 Os contratos -programa a celebrar pelas administrações regionais de saúde, I. P. (ARS, I. P.), com os hospitais integrados no SNS ou pertencentes à rede nacional de prestação de cuidados de saúde, nos termos do n.º 2 da base XII da Lei n.º 48/90, de 24 de agosto, alterada pela Lei n.º 27/2002, de 8 de novembro, e do n.º 2 do artigo 1.º do regime jurídico da gestão hospitalar, aprovado em anexo à Lei n.º 27/2002, de 8 de novembro, são autorizados pelos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e da saúde e podem envolver encargos até um triénio. 2 Os contratos -programa a que se refere o número anterior tornam -se eficazes com a sua assinatura e são publicados em extrato na 2.ª série do Diário da República. 3 O contrato -programa a celebrar entre a Administração Central do Sistema de Saúde, I. P. (ACSS, I. P.), e a SPMS Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, E. P. E., relativo aos sistemas de informação e comunicação e mecanismo de racionalização de compras a prover ao SNS, fixa os encargos com esta atividade até ao limite de um triénio, mediante aprovação dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e da saúde, sendo -lhe aplicável o disposto no número anterior. 4 Os contratos -programa celebrados no âmbito do funcionamento ou implementação da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados podem envolver encargos até um triénio e tornam -se eficazes com a sua assinatura Artigo 194.º O regime previsto nos números anteriores é igualmente aplicável às desvalorizações excecionais e despesas suportadas em 2013 como decorrência da entrada em vigor do Decreto -Lei n.º 71/2013, de 30 de maio, que aprova o regime de contabilidade de caixa em sede de Imposto sobre o Valor Acrescentado (regime de IVA de caixa).» Artigo 3.º Alteração dos mapas I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII, IX, X, XI, XII, XIII, XIV e XV anexos à Lei n.º 66 -B/2012, de 31 de dezembro 1 Os mapas I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII, IX, X, XI, XII, XIII, XIV e XV a que se refere o artigo 1.º da Lei n.º 66 -B/2012, de 31 de dezembro, são alterados de acordo com as redações constantes dos anexos I a XV à presente lei, da qual fazem parte integrante. 2 No que se refere às transferências para a Assembleia da República, não incluindo as entidades com autonomia administrativa que funcionam junto deste órgão de soberania, mantêm -se os valores constantes dos mapas anexos à Lei n.º 66 -B/2012, de 31 de dezembro. Artigo 4.º Alteração ao Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares O artigo 115.º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 442 -A/88, de 30 de novembro, abreviadamente designado por Código do IRS, passa a ter a seguinte redação: «Artigo 115.º a) A passar fatura, recibo ou fatura -recibo, em modelo oficial, de todas as importâncias recebidas dos 48

50 Diário da República, 1.ª série N.º de julho de seus clientes, pelas prestações de serviços referidas na alínea b) do n.º 1 do artigo 3.º, ainda que a título de provisão, adiantamento ou reembolso de despesas, bem como dos rendimentos indicados na alínea c) do n.º 1 do mesmo artigo; ou b) » Artigo 5.º Alteração ao Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado Os artigos 29.º, 40.º, 57.º e 58.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 394 -B/84, de 26 de dezembro, abreviadamente designado por Código do IVA, passam a ter a seguinte redação: «Artigo 29.º A obrigação referida na alínea b) do n.º 1 pode ser cumprida mediante a emissão de outros documentos pelas pessoas coletivas de direito público, organismos sem finalidade lucrativa e instituições particulares de solidariedade social, relativamente às transmissões de bens e prestações de serviços isentas ao abrigo do artigo 9.º Artigo 40.º a) b) c) d) e) O motivo justificativo da não aplicação do imposto, se for caso disso Artigo 57.º As faturas emitidas pelos sujeitos passivos referidos no artigo 53.º no exercício da sua atividade devem sempre conter a menção «IVA regime de isenção». Artigo 58.º Obrigações de faturação, declarativas e período em que passa a ser devido o imposto 1 Sem prejuízo do disposto nos números seguintes, os sujeitos passivos isentos nos termos do artigo 53.º devem cumprir o disposto nas alíneas b) e i) do n.º 1 do artigo 29.º e nos artigos 31.º, 32.º e 33.º » Artigo 6.º Alteração ao Código dos Impostos Especiais de Consumo O artigo 89.º do Código dos Impostos Especiais de Consumo, abreviadamente designado por Código dos IEC, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 73/2010, de 21 de junho, passa a ter a seguinte redação: «Artigo 89.º a) b) c) d) e) f) Sejam utilizados em instalações sujeitas ao regime de comércio europeu de emissão de licenças de gases com efeitos de estufa (CELE), identificadas no anexo II do Decreto -Lei n.º 38/2013, de 15 de março, ou a um acordo de racionalização dos consumos de energia (ARCE), no que se refere aos produtos energéticos classificados pelos códigos NC 2701, 2702, 2704 e 2713, ao fuelóleo com teor de enxofre igual ou inferior a 1 %, classificado pelo código NC e aos produtos classificados pelo código NC 2711; g) h) i) j) l) a) b) c) d) e) Utilizada nas instalações previstas na alínea f) do número anterior

51 4286 Diário da República, 1.ª série N.º de julho de As isenções previstas nas alíneas a), c), d), e), f), h), i) e j) do n.º 1 e nas alíneas a), c) e e) do n.º 2 dependem de reconhecimento prévio da autoridade aduaneira competente.» Artigo 7.º Alteração do Estatuto dos Benefícios Fiscais 1 O artigo 66.º -B do Estatuto dos Benefícios Fiscais, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 215/89, de 1 de julho, abreviadamente designado por EBF, passa a ter a seguinte redação: «Artigo 66.º -B 1 À coleta do IRS devido pelos sujeitos passivos é dedutível um montante correspondente a 15 % do IVA suportado por qualquer membro do agregado familiar, com o limite global de 250, que conste de faturas que titulem prestações de serviços comunicadas à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) nos termos do Decreto -Lei n.º 197/2012, de 24 de agosto, enquadradas, de acordo com a Classificação Portuguesa das Atividades Económicas, Revisão 3, CAE Rev. 3, aprovada pelo Decreto -Lei n.º 381/2007, de 14 de novembro, nos seguintes setores de atividade: a) b) c) d) » 2 A alteração introduzida pela presente lei ao artigo 66.º -B do Estatuto dos Benefícios Fiscais, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 215/89, de 1 de julho, reporta os seus efeitos a 1 de janeiro de Artigo 8.º Alteração ao Decreto -Lei n.º 172/94, de 25 de junho Os artigos 1.º, 7.º, 9.º e 10.º do Decreto -Lei n.º 172/94, de 25 de junho, que regula a atribuição de alojamento aos militares dos quadros permanentes, quando colocados em localidade situada fora do local da sua residência habitual, alterado pelo Decreto -Lei n.º 60/95, de 7 de abril, passam a ter a seguinte redação: «Artigo 1.º 1 Os militares das Forças Armadas dos quadros permanentes na efetividade de serviço têm direito a alojamento condigno, para si e para o seu agregado familiar, a fornecer pelo Estado mediante o pagamento de uma contraprestação mensal, quando sejam colocados em local distanciado de mais de 100 km da localidade da sua residência habitual, contados de acordo com o previsto no artigo 12.º Artigo 7.º Não se fazendo o militar acompanhar do seu agregado familiar para o concelho do local em que foi colocado ou para localidade de distância daquele local de menos de 100 km, a percentagem referida no número anterior será de: a) b) c) Artigo 9.º a) O militar é colocado em local situado dentro dos limites do concelho onde tem a sua residência habitual ou em local distanciado destes limites menos de 100 km; b) O cônjuge do militar, dele não separado judicialmente de pessoas e bens, usufrua de casa do Estado em localidade distanciada de menos de 100 km do local onde este tenha sido colocado, ou no concelho em que este local se situa, ou ainda de suplemento de residência ou equivalente, e destes direitos não prescinda; c) O militar ou o seu cônjuge, quando não separados judicialmente de pessoas e bens, disponha de habitação própria, condigna e disponível, em localidade distanciada de menos de 100 km do local onde o primeiro foi colocado ou no concelho onde este local se situa; d) e) Não é conferido o direito a suplemento de residência quando o militar é colocado em local situado dentro dos limites do concelho da colocação que, tendo nela cabimento orgânico, declarar preferir, ou em local distanciado destes limites menos de 100 km Artigo 10.º Durante o período de colocação do militar, o direito a alojamento ou a suplemento de residência caduca a partir do momento em que aquele deixe de dispor de residência habitual, em casa própria ou do seu cônjuge, desde que não separados judicialmente de pessoas e bens, ou por qualquer deles arrendada, em 50

52 Diário da República, 1.ª série N.º de julho de localidade distanciada de mais de 100 km do local onde foi colocado, mas nunca antes de decorridos dois anos desde o momento da aquisição do direito. 3 Em qualquer caso, o direito a suplemento de residência caduca decorridos três anos desde a data em que o militar se apresenta para iniciar funções, mantendo- -se ele colocado dentro dos limites do mesmo concelho ou em local distanciado destes limites menos de 50 km, exceto no caso de se manter colocado numa região autónoma na qual não tenha a sua residência habitual, situação em que o direito ao suplemento de residência caduca decorridos cinco anos.» Artigo 9.º Alteração à Lei n.º 28/2012, de 31 de julho A coluna relativa ao ano de 2013, do quadro plurianual de programação orçamental , constante do anexo a que se refere o artigo 2.º da Lei n.º 28/2012, de 31 de julho, alterada pela Lei n.º 66 -B/2012, de 31 de dezembro, passa a ter a seguinte redação: Despesa coberta por receitas gerais Unidade: milhões de euros 2013 Soberania P001 Órgãos de soberania P002 Governação e Cultura 222 P005 Representação Externa 319 P008 Justiça 721 Subtotal agrupamento Segurança P006 Defesa P007 Segurança Interna Subtotal agrupamento Social P011 Saúde P012 Ensino Básico e Secundário e Administração Escolar P013 Ciência e Ensino Superior P014 Solidariedade e Segurança Social Subtotal agrupamento Económica P003 Finanças e Administração Pública P004 Gestão da Dívida Pública P009 Economia e Emprego 160 P010 Agricultura, Mar e Ambiente 422 Subtotal agrupamento Agrupamentos de programas Artigo 10.º Contribuição sobre prestações de doença e de desemprego 1 Sem prejuízo da cláusula de salvaguarda prevista no número seguinte, as prestações do sistema previdencial concedidas no âmbito das eventualidades de doença e desemprego são sujeitas a uma contribuição nos seguintes termos: a) 5 % sobre o montante dos subsídios concedidos no âmbito da eventualidade de doença; b) 6 % sobre o montante dos subsídios de natureza previdencial concedidos no âmbito da eventualidade de desemprego. 2 A aplicação do disposto no número anterior não prejudica, em qualquer caso, a garantia do valor mínimo das prestações, nos termos previstos nos respetivos regimes jurídicos. 3 O disposto na alínea a) do n.º 1 não se aplica a subsídios referentes a período de incapacidade temporária de duração inferior ou igual a 30 dias. 4 O disposto na alínea b) do n.º 1 não se aplica às situações de majoração do subsídio de desemprego, previstas no artigo 118.º da Lei n.º 66 -B/2012, de 31 de dezembro. 5 A contribuição prevista no presente artigo reverte a favor do IGFSS, I. P., sendo deduzida pelas instituições de segurança social do montante das prestações por elas pagas, constituindo uma receita do sistema previdencial. Artigo 11.º Saldos globais Os serviços e fundos autónomos não podem apresentar saldos globais inferiores aos aprovados pela Lei n.º 66 -B/2012, de 31 de dezembro, salvo autorização expressa do membro do Governo responsável pela área das finanças. Artigo 12.º Suspensão das atividades do Dia da Defesa Nacional no 2.º semestre de As atividades do Dia da Defesa Nacional são suspensas durante o 2.º semestre de Para as atividades a reiniciar em janeiro de 2014, deve ser estudado e proposto um novo modelo que, cumprindo os objetivos fixados no artigo 11.º da Lei do Serviço Militar, aprovada pela Lei n.º 174/99, de 21 de setembro, alterada pela Lei Orgânica n.º 1/2008, de 6 de maio, promova um maior envolvimento das diferentes entidades públicas previstas no n.º 1 do artigo 20.º do Regulamento da Lei do Serviço Militar, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 289/2000, de 14 de novembro, alterado pelo Decreto- -Lei n.º 52/2009, de 2 de março. Artigo 13.º Transferências para o Fundo de Pensões dos Militares das Forças Armadas 1 Fica o Governo autorizado a transferir do orçamento do Ministério da Defesa Nacional para o Fundo de Pensões dos Militares das Forças Armadas o montante máximo de , para fazer face ao pagamento dos complementos de pensão a que se referem os n. os 2 e 3 do artigo 1.º do Decreto -Lei n.º 269/90, de 31 de agosto, alterado pelos Decretos -Leis n. os 73/91, de 9 de fevereiro, 328/91, de 5 de setembro, 160/94, de 4 de junho, e 76/2009, de 1 de abril. 2 Os montantes transferidos nos termos do número anterior são obrigatoriamente restituídos ao Ministério da Defesa Nacional pelo Fundo de Pensões dos Militares das Forças Armadas, mediante retenção por parte deste Ministério do produto da rentabilização dos bens imóveis que lhe estejam afetos. Artigo 14.º Alterações orçamentais no agrupamento de despesas com pessoal As alterações orçamentais que se revelem necessárias ao pagamento do subsídio de férias ou prestações equivalentes, às pessoas a que se refere o n.º 9 do artigo 27.º da Lei n.º 66 -B/2012, de 31 de dezembro, são da competência do membro do Governo da tutela, quando aplicável. 51

53 4288 Diário da República, 1.ª série N.º de julho de 2013 Artigo 15.º Alteração ao Decreto -Lei n.º 113/2011, de 29 de novembro O artigo 8.º -A do Decreto -Lei n.º 113/2011, de 29 de novembro, que regula o acesso às prestações do Serviço Nacional de Saúde por parte dos utentes no que respeita ao regime das taxas moderadoras e à aplicação de regimes especiais de benefícios, alterado pelo Decreto -Lei n.º 128/2012, de 21 de junho, e pela Lei n.º 66 -B/2012, de 31 de dezembro, passa a ter a seguinte redação: «Artigo 8.º -A Contraordenação pelo não pagamento de taxas moderadoras devidas pela utilização dos serviços de saúde 1 Constitui contraordenação, punível com coima, o não pagamento pelos utentes, no prazo de 10 dias seguidos após notificação para o efeito, das taxas moderadoras devidas pela utilização dos serviços de saúde num período de 90 dias, em cada uma das entidades referidas no artigo 2.º 2 (Revogado.) 3 A notificação a que se refere o n.º 1 é efetuada por carta registada para o domicílio fiscal constante da base de dados da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) A contraordenação prevista no n.º 1 é punida com coima de valor mínimo correspondente a cinco vezes o valor das taxas moderadoras em dívida, mas nunca inferior a 30, e de valor máximo correspondente ao quíntuplo do valor mínimo da coima, com respeito pelos limites máximos previstos no artigo 17.º do regime geral do ilícito de mera ordenação social, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 433/82, de 27 de outubro, alterado pelos Decretos-Leis n. os 356/89, de 17 de outubro, 244/95, de 14 de setembro, e 323/2001, de 17 de dezembro Na falta de pagamento das taxas moderadoras devidas, é lavrado auto de notícia com os seguintes elementos: a) b) Domicílio fiscal; c) d) Data de início e data de fim das prestações de saúde e valor das taxas moderadoras; e) f) g) h) Pela entidade referida no número anterior é extraída a certidão de dívida, composta pelas taxas moderadoras e custos administrativos associados, que são remetidos à entidade competente para proceder à cobrança coerciva Compete à AT promover a cobrança coerciva dos créditos compostos pelas taxas moderadoras, coima e custos administrativos, nos termos do Código de Procedimento e de Processo Tributário, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 433/99, de 26 de outubro Para efeitos do disposto no n.º 3 e com observância do disposto na Lei da Proteção de Dados Pessoais, aprovada pela Lei n.º 67/98, de 26 de outubro: a) A ACSS, I. P., comunica à AT, por via eletrónica e automatizada, o número de identificação fiscal dos utentes a notificar; b) A AT fica autorizada a disponibilizar à ACSS, I. P., também por via eletrónica e automatizada, o domicílio fiscal associado ao número de identificação fiscal do utente a notificar, constante da sua base de dados fiscal.» Artigo 16.º Norma revogatória São revogados o n.º 2 do artigo 3.º, o n.º 2 do artigo 96.º, e os n. os 2 a 4 do artigo 117.º da Lei n.º 66 -B/2012, 31 de dezembro, e o n.º 2 do artigo 8.º -A do Decreto -Lei n.º 113/2011, de 29 de novembro, alterado pelo Decreto -Lei n.º 128/2012, de 21 de junho, e pela Lei n.º 66 -B/2012, de 31 de dezembro. Artigo 17.º Entrada em vigor e produção de efeitos 1 A presente lei entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação. 2 A alteração introduzida pela presente lei ao artigo 51.º da Lei n.º 66 -B/2012, de 31 de dezembro, reporta os seus efeitos à data da entrada em vigor da referida lei. Aprovada em 19 de junho de A Presidente da Assembleia da República, Maria da Assunção A. Esteves. Promulgada em 12 de julho de Publique -se. O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA. Referendada em 15 de julho de O Primeiro -Ministro, Pedro Passos Coelho. 52

54 DECRETO-LEI N.º 71/2013 de 30 de maio 53

55 3142 Diário da República, 1.ª série N.º de maio de 2013 MINISTÉRIO DAS FINANÇAS Decreto-Lei n.º 71/2013 de 30 de maio Em cumprimento do programa de Governo, e de forma a promover a melhoria das condições de tesouraria do tecido empresarial Português, o Governo aprova, para vigorar já a partir do último trimestre de 2013, um regime de contabilidade de caixa em sede de Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), o qual terá carácter facultativo e será estruturado de forma simplificada. Nos termos da autorização legislativa contida na Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro (Lei do Orçamento do Estado para 2013), a exigibilidade do IVA devido nas operações ativas efetuadas no âmbito deste regime apenas ocorrerá no momento do recebimento do seu pagamento pelos clientes. Este regime tem, desta forma, em vista, promover a melhoria da situação financeira das empresas abrangidas, por via da diminuição da pressão de tesouraria e dos custos financeiros associados à entrega do IVA ao Estado antes do respetivo recebimento. Em complemento, a dedução do imposto suportado nas aquisições de bens e serviços destinadas à atividade do sujeito passivo apenas será possível no momento do respetivo pagamento aos seus fornecedores, observando as regras previstas na Diretiva n.º 2006/112/CE do Conselho, de 28 de novembro, relativa ao sistema comum do imposto sobre o valor acrescentado. Atendendo ao seu caráter inovador, o Governo optou por introduzir esta medida de forma gradual, pelo que o regime abrangerá, nesta fase, apenas os sujeitos passivos de IVA com um volume de negócios anual até ,00 EUR, e que não beneficiem de isenção do imposto. Este limiar, no entanto, corresponde ao limite máximo que os Estados-membros, à luz das regras comunitárias, podem adotar unilateralmente, sem intervenção da União Europeia. Com a criação deste regime, estão potencialmente abrangidas por esta medida mais de 85% das empresas portuguesas, bem como um número muito significativo de sujeitos passivos titulares de rendimentos empresariais e profissionais. Dado que a aplicação do regime de contabilidade de caixa não é compatível com a existência em simultâneo de outros regimes especiais de exigibilidade, são revogados os Decretos-Leis n.ºs 204/97, de 9 de agosto e 418/99, de 21 de outubro, e a Lei n.º 15/2009, de 1 de abril. Não obstante, permite-se que os sujeitos passivos que se encontrem abrangidos pelos regimes especiais agora revogados, e que reúnam as condições exigidas, possam exercer a opção pelo regime de contabilidade de caixa. Assim: No uso da autorização legislativa concedida pelo artigo 241.º da Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro, e nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: Artigo 1.º Objeto O presente decreto-lei aprova o regime de contabilidade de caixa em sede de Imposto sobre o Valor Acrescentado (regime de IVA de caixa), e altera o Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado (Código do IVA), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 394-B/84, de 26 de dezembro. Artigo 2.º Aprovação do regime de IVA de caixa É aprovado o regime de IVA de caixa, em anexo ao presente decreto-lei, que dele faz parte integrante. Artigo 3.º Alteração ao Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado Os artigos 8.º e 19.º do Código do IVA, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 394-B/84, de 26 de dezembro, passam a ter a seguinte redação: «Artigo 8.º [ ] 1 - Não obstante o disposto no artigo anterior e no regime de IVA de caixa, sempre que a transmissão de bens ou prestação de serviços dê lugar à obrigação de emitir uma fatura nos termos do artigo 29.º, o imposto torna-se exigível: a) [ ]; b) [ ]; c) [ ]. 2 - [ ]. 3 - [ ]. 4 - [ ]. Artigo 19.º [ ] 1 - [ ]. 2 - [ ]: a) [ ]; b) [ ]; c) Nos recibos emitidos a sujeitos passivos enquadrados no «regime de IVA de caixa», passados na forma legal prevista neste regime. 3 - [ ]. 4 - [ ]. 5 - [ ]. 6 - [ ]. 7 - [ ]. 8 - [ ].» Artigo 4.º Alteração à Lei Geral Tributária O artigo 63.º-B da Lei Geral Tributária, aprovada pelo Decreto-Lei n.º 398/98, de 17 de dezembro, passa a ter a seguinte redação: «Artigo 63.º-B [ ] 1 - [ ]: a) [ ]; b) [ ]; c) [ ]; d) Quando se trate da verificação de conformidade de documentos de suporte de registos contabilísticos dos sujeitos passivos de IRS e IRC que se encontrem sujeitos a contabilidade organizada ou dos sujeitos passivos de IVA que tenham optado pelo regime de IVA de caixa; e) [ ]; f) [ ]; g) [ ]. 2 - [ ]. 3 - [ ]. 4 - [ ]. 5 - [ ]. 6 - [ ]. 7 - [ ]. 8 - [ ]. 54

56 Diário da República, 1.ª série N.º de maio de [ ] [ ] [ ].» Artigo 5.º Alteração ao Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto Os artigos 1.º e 3.º do Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto, alterado pela Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro, passam a ter a seguinte redação: «Artigo 1.º [ ] 1 - [ ]. 2 - O presente diploma aplica-se ainda, com as devidas adaptações, aos documentos referidos no n.º 6 do artigo 36.º e no n.º 1 do artigo 40.º do Código do IVA, bem como aos recibos comprovativos de pagamento emitidos por sujeitos passivos enquadrados no regime de IVA de caixa, ou emitidos a estes sujeitos passivos, quando estes os solicitem, em ambos os casos na forma legal prevista neste regime. Artigo 3.º [ ] 1 - [ ]. 2 - [ ]. 3 - [ ]. 4 - [ ]: a) [ ]; b) [ ]; c) [ ]; d) [ ]; e) [ ]; f) [ ]; g) [ ]; h) [ ]; i) [ ]; j) [ ]; k) A menção «IVA regime de caixa», se aplicável. 5 - [ ]. 6 - [ ]. 7 - [ ]. 8 - [ ].» Artigo 6.º Norma transitória 1 - Os sujeitos passivos que, à data da publicação do presente decreto-lei, reúnam as condições para optar pelo regime de IVA de caixa, podem exercer essa opção, nas condições previstas no artigo 4.º do referido regime, até ao dia 30 de setembro de Os sujeitos passivos que, à data da publicação do presente decreto-lei, se encontrem abrangidos pelos regimes especiais de exigibilidade agora revogados e que exerçam a opção prevista no número anterior, estão sujeitos à regra de exigibilidade do imposto prevista na alínea a) do n.º 3 do artigo 2.º do regime de IVA de caixa, quanto às faturas que transitam do anterior regime e relativamente às quais ainda não ocorreu o recebimento total ou parcial do preço, nos seguintes termos: a) No momento do pagamento das referidas faturas; ou b) No 12.º mês posterior à data de produção de efeitos do presente decreto-lei, sempre que o pagamento das referidas faturas não tenha ocorrido em momento anterior. 3 - Os sujeitos passivos que, à data da publicação do presente decreto-lei, se encontrem abrangidos pelos regimes especiais de exigibilidade agora revogados e que não exerçam a opção pelo regime de IVA de caixa, devem entregar o imposto incluído em faturas relativamente às quais ainda não ocorreu o recebimento total ou parcial do preço na primeira declaração a submeter ao abrigo das regras gerais de exigibilidade, aplicáveis aos mesmos a partir da entrada em vigor do presente regime. Artigo 7.º Norma revogatória São revogados: a) O Regime Especial de Exigibilidade do Imposto sobre o Valor Acrescentado dos Serviços de Transporte Rodoviário Nacional de Mercadorias, aprovado pela Lei n.º 15/2009, de 1 de abril, alterada pelo Decreto-Lei n.º 197/2012, de 24 de agosto; b) O Regime Especial de Exigibilidade do Imposto sobre o Valor Acrescentado nas Empreitadas e Subempreitadas de Obras Públicas, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 204/97, de 9 de agosto, alterado pelas Leis n.ºs 127-B/97, de 20 de dezembro, 3-B/2000, de 4 de abril, e 109-B/2001, de 27 de dezembro, e pelos Decretos-Leis n.ºs 21/2007, de 29 de janeiro, e 197/2012, de 24 de agosto; c) O Regime Especial de Exigibilidade do Imposto sobre o Valor Acrescentado nas Entregas de Bens às Cooperativas Agrícolas, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 418/99, de 21 de outubro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 197/2012, de 24 de agosto. Artigo 8.º Produção de efeitos Com exceção do disposto no n.º 1 do artigo 6.º, as demais disposições do presente decreto-lei produzem efeitos a partir de 1 de outubro de Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 9 de maio de Pedro Passos Coelho Vítor Louçã Rabaça Gaspar. Promulgado em 27 de maio de Publique-se. O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA. Referendado em 29 de maio de O Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho. ANEXO (a que se refere o artigo 2.º) Regime de IVA de caixa Artigo 1.º Âmbito 1 - Podem optar pelo regime de contabilidade de caixa em sede de Imposto sobre o Valor Acrescentado (regime de IVA de caixa), os sujeitos passivos de IVA que, não tendo atingido no ano civil anterior um volume de negócios, para efeitos de IVA, superior a ,00 EUR, não exerçam exclusivamente uma atividade prevista no artigo 9.º, e não estejam abrangidos pelo regime de isenção previsto no artigo 53.º, ou pelo regime dos pequenos retalhistas previsto no artigo 60.º, todos do Código do IVA. 2 - O presente regime aplica-se a todas as transmissões de bens e prestações de serviços efetuadas pelos sujeitos passivos de IVA que preencham as condições previstas no número 55

57 3144 Diário da República, 1.ª série N.º de maio de 2013 anterior, sempre que as mesmas tenham por destinatários outros sujeitos passivos de IVA, com exceção das seguintes: a) Importação, exportação e atividades conexas, previstas nos artigos 13.º, 14.º e 15.º do Código do IVA; b) Transmissões e aquisições intracomunitárias de bens e operações assimiladas nos termos previstos no Regime do IVA nas Transações Intracomunitárias; c) Prestações intracomunitárias de serviços; d) Operações em que o adquirente seja o devedor do imposto; e) Operações em que os sujeitos passivos tenham relações especiais, nos termos dos n.ºs 10 e 12 do artigo 16.º do Código do IVA. 3 - Sem prejuízo do disposto no n.º 1, apenas podem optar pelo regime de IVA de caixa os sujeitos passivos registados para efeitos deste imposto há, pelo menos, doze meses, cuja situação tributária se encontre regularizada, nos termos do Código de Procedimento e de Processo Tributário e sem obrigações declarativas em falta. Artigo 2.º Exigibilidade 1 - O imposto relativo às operações abrangidas pelo regime, nos termos do artigo anterior, é exigível no momento do recebimento total ou parcial do preço, pelo montante recebido. 2 - O imposto é, ainda, exigível quando o recebimento total ou parcial do preço preceda o momento da realização das operações tributáveis. 3 - Não obstante o disposto nos números anteriores, o imposto incluído em faturas relativamente às quais ainda não ocorreu o recebimento total ou parcial do preço é exigível: a) No 12.º mês posterior à data de emissão da fatura, no período de imposto correspondente ao fim do prazo; b) No período seguinte à comunicação de cessação da inscrição no regime nos termos do artigo 5.º; c) No período correspondente à entrega da declaração de cessação da atividade a que se refere o artigo 33.º do Código do IVA, nos casos previstos no artigo 34.º do mesmo diploma. Artigo 3.º Dedução do imposto pelo sujeito passivo abrangido pelo regime 1 - Os sujeitos passivos enquadrados no presente regime apenas podem deduzir o imposto que incide sobre todas as transmissões de bens ou as prestações de serviços que lhes forem efetuadas desde que tenham na sua posse fatura-recibo ou recibo comprovativo de pagamento emitido de acordo com os requisitos previstos no artigo 6.º. 2 - Não obstante o disposto no número anterior, o imposto que incida sobre as transmissões de bens ou as prestações de serviços efetuadas aos sujeitos passivos enquadrados no presente regime é considerado dedutível no 12.º mês posterior à data de emissão da fatura sempre que o pagamento desta, e a consequente dedução do imposto, não tenha ocorrido em momento anterior, bem como nas situações das alíneas b) e c) do n.º 3 do artigo anterior. 3 - A dedução nos termos dos números anteriores deve ser efetuada na declaração do período ou do período seguinte àquele em que se tiver verificado a receção da fatura-recibo ou recibo comprovativo de pagamento emitido de acordo com os requisitos previstos no artigo 6.º ou o decurso do prazo mencionado no número anterior. 4 - O disposto no n.º 1 não se aplica às operações em que a obrigação de liquidação do imposto compete ao adquirente dos bens e serviços. Artigo 4.º Opção pelo regime 1 - Os sujeitos passivos que reúnam as condições do artigo 1.º podem exercer a opção pelo regime de IVA de caixa mediante comunicação, à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), por via eletrónica, no Portal das Finanças, até ao dia 31 de outubro de cada ano. 2 - Os sujeitos passivos que exerçam a opção prevista no número anterior são obrigados a permanecer no regime de IVA de caixa durante um período de, pelo menos, dois anos civis consecutivos. 3 - Findo o prazo previsto no número anterior, os sujeitos passivos que pretendam voltar a aplicar as regras gerais de exigibilidade previstas nos artigos 7.º e 8.º do Código do IVA deverão comunicar tal opção à AT, por via eletrónica, no Portal das Finanças. 4 - No caso de reingresso no regime geral de exigibilidade do imposto, os sujeitos passivos são obrigados a permanecer neste regime durante um período de, pelo menos, dois anos civis consecutivos. 5 - As opções previstas nos números anteriores produzem efeitos nos seguintes termos: a) A opção prevista no n.º 1 produz efeitos no mês de janeiro do ano seguinte ao da comunicação; b) A comunicação a que se refere o n.º 3 é feita a todo o tempo e produz efeitos no período de imposto seguinte ao da comunicação. 6 - Os termos e as condições das comunicações previstas no presente artigo são definidos por portaria do Ministro das Finanças. Artigo 5.º Alteração do regime de exigibilidade 1 - Os sujeitos passivos abrangidos pelas disposições do presente regime devem comunicar à AT, por via eletrónica, no Portal das Finanças, qualquer dos seguintes factos, logo que estes ocorram: a) Tenha sido atingido no ano civil um volume de negócios, para efeitos de IVA, superior a ,00 EUR; b) Sempre que os sujeitos passivos passem a efetuar exclusivamente operações excluídas pelo n.º 2 do artigo 1.º. 2 - A cessação do regime será efetuada oficiosamente pela AT nos casos em que: a) O sujeito passivo passe a exercer exclusivamente uma atividade prevista no artigo 9.º, ou passe a estar abrangido pelo regime de isenção previsto no artigo 53.º, ou pelo regime dos pequenos retalhistas previsto no artigo 60.º, todos do Código do IVA; b) O sujeito passivo não tenha a situação tributária regularizada, nos termos do Código de Procedimento e de Processo Tributário; c) A AT disponha de fundados indícios para supor que determinado sujeito passivo utilizou o regime de forma indevida ou fraudulenta. 3 - Os casos de cessação do regime de IVA de caixa previstos nos números anteriores produzem efeitos nos seguintes termos: a) A comunicação a que se refere o n.º 1 produz efeitos no período de imposto seguinte ao da comunicação; 56

58 Diário da República, 1.ª série N.º de maio de b) A cessação oficiosa a que se refere o número anterior produz efeitos de forma imediata. 4 - Caso ocorra a circunstância referida na alínea b) do n.º 2, ainda que o sujeito passivo regularize a sua situação tributária, não poderá optar pelo presente regime, sem que esteja decorrido um ano desde a regularização da situação. 5 - Nos casos de passagem do regime geral de exigibilidade ao regime de IVA de caixa, ou inversamente, a AT pode tomar as medidas que julgue necessárias a fim de evitar que o sujeito passivo usufrua de vantagens injustificadas ou sofra prejuízos igualmente injustificados. 6 - A cessação oficiosa do regime efetuada de acordo com o disposto no n.º 2 é precedida de audição prévia do interessado, cabendo recurso hierárquico da decisão definitiva, a interpor nos termos definidos no Código do Procedimento e de Processo Tributário. Artigo 6.º Requisitos dos documentos de suporte 1 - As faturas, incluindo as faturas simplificadas, relativas às operações abrangidas pelo regime nos termos do n.º 2 do artigo 1.º devem ter uma série especial, e conter a menção «IVA - regime de caixa». 2 - No momento do pagamento, total ou parcial, das faturas referidas no número anterior, bem como nas situações referidas no n.º 2 do artigo 2.º, é obrigatória a emissão de recibo, pelos montantes recebidos. 3 - O recibo emitido por sujeitos passivos enquadrados no regime de IVA de caixa, ou emitido a estes sujeitos passivos, quando estes o solicitem, deve ser datado, numerado sequencialmente e conter os seguintes elementos: a) O preço, líquido de imposto; b) A taxa ou taxas de IVA aplicáveis e o montante de imposto liquidado; c) Número de identificação fiscal do emitente; d) Número de identificação fiscal do adquirente; e) O número e série da fatura a que respeita o pagamento; f) A menção «IVA regime de caixa». c) O valor do imposto respeitante às operações mencionadas na alínea anterior, com relevação distinta do montante ainda não exigível. 2 - O registo das operações mencionadas no número anterior deve, ainda, ser evidenciado de modo a permitir: a) O cálculo do imposto devido em cada período respeitante aos montantes recebidos; b) O cálculo do imposto devido, nos termos do n.º 3 do artigo 2.º, respeitante às faturas ainda não pagas. 3 - Sem prejuízo do disposto no n.º 4 do artigo 44.º do Código do IVA, as transmissões de bens e as prestações de serviços efetuadas aos sujeitos passivos abrangidos pelo regime devem ser por estes registadas de forma a evidenciar ainda o montante e data dos pagamentos efetuados relativamente a cada aquisição. Artigo 8.º Créditos incobráveis ou de cobrança duvidosa Os regimes de regularização de imposto previstos nos n.ºs 7 e 8 do artigo 78.º, bem como na alínea b) do n.º 2 e no n.º 4 do artigo 78.º-A, todos do Código do IVA, apenas poderão ser aplicados às operações efetuadas pelos sujeitos passivos abrangidos pelo regime de IVA de caixa depois de verificada a exigibilidade do imposto prevista na alínea a) do n.º 3 do artigo 2.º Artigo 9.º Legislação subsidiária O Código do IVA é aplicável subsidiariamente a tudo o que não esteja especialmente previsto no presente regime. 4 - A data da emissão do recibo referido no número anterior deve coincidir com a do pagamento, processando-se o mesmo em duplicado e destinando-se o original ao adqui rente e a cópia ao arquivo do transmitente dos bens ou prestador de serviços. 5 - Os recibos de pagamento mencionados no n.º 3 devem ser emitidos e comunicados nos termos previstos para a emissão e comunicação de faturas, com as devidas adaptações. 6 - Não obstante o disposto nos números anteriores, nas situações referidas no n.º 3 do artigo 2.º, os sujeitos passivos enquadrados no regime de IVA de caixa devem emitir um documento retificativo de fatura, nos termos do n.º 6 do artigo 36.º do Código do IVA, mencionando que o regime de IVA de caixa deixou de ser aplicável àquela operação. Artigo 7.º Registo das operações abrangidas pelo regime 1 - Para efeitos da aplicação do disposto no n.º 3 do artigo 44.º do Código do IVA, as operações abrangidas pelo presente regime devem ser registadas separadamente de forma a evidenciar: a) O valor das transmissões de bens e das prestações de serviços abrangidas pelo regime nos termos do n.º 2 do artigo 1.º, líquidas de imposto; b) O montante e data dos recebimentos; 57

59 58

60 PORTARIA N.º 255/2013 de 12 de agosto 59

61 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de MINISTÉRIO DAS FINANÇAS Portaria n.º 255/2013 de 12 de agosto A Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro, que aprovou a Lei do Orçamento do Estado para 2013, alterou o atual regime dos créditos considerados incobráveis e outros créditos e criou um novo regime designado de créditos de cobrança duvidosa ou incobráveis, o qual está previsto nos artigos 78.º-A a 78.º-D do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado (adiante Código do IVA), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 394-B/84, de 26 de dezembro. Este novo regime substitui o paradigma de controlo judicial da incobrabilidade o qual tem contribuído, de forma significativa, para o elevado volume de pendências judiciais por um sistema de controlo pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), inteiramente informatizado e baseado na noção de crédito de cobrança duvidosa. Pretende-se, assim, que o novo sistema permita à AT reunir toda a informação relevante sobre cada um dos créditos em mora, bem como os respetivos devedores, tendo em vista exercer um efetivo controlo sobre as regularizações de imposto efetuadas pelos sujeitos passivos. Este sistema permitirá, igualmente, atuar no controlo das regularizações a favor do Estado, reforçando o combate à fraude e evasão fiscais nesta área. Neste sentido, são aprovados os novos modelos de anexos relativos aos campos 40 e 41 da declaração periódica de IVA, os quais têm por objetivo discriminar o normativo legal subjacente a cada regularização, bem como a respetiva base de incidência e montante de imposto, e a identificação do adquirente, entre outros elementos. Procede -se igualmente a algumas adaptações às instruções de preenchimento da declaração periódica, de modo a incorporar as alterações introduzidas pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro, que procedeu à alteração do Decreto- -Lei n.º 229/95, de 11 de setembro. Foram ouvidas a Ordem dos Revisores Oficiais de Contas e a Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas. Assim, Manda o Governo, pelo Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, nos termos do artigo 8.º do Decreto-Lei n.º 394-B/84, de 26 de dezembro, o seguinte: Artigo 1.º Objeto 1 São aprovados pela presente portaria os novos modelos de impressos relativos aos anexos que fazem parte integrante do modelo da declaração periódica de IVA a que se refere a alínea c) do n.º 1 do artigo 29.º do Código do IVA, bem como as respetivas instruções de preenchimento, que se publicam em anexo: a) Anexo REGULARIZAÇÕES DO CAMPO 40; b) Anexo REGULARIZAÇÕES DO CAMPO São aprovadas pela presente portaria as novas instruções de preenchimento da declaração periódica do IVA, que se publicam em anexo. Artigo 2.º Cumprimento da obrigação Os anexos à declaração periódica de IVA a que se refere o artigo anterior devem ser preenchidos sempre que os sujeitos passivos tenham inscrito regularizações a seu favor no campo 40 ou regularizações a favor do Estado no campo

62 4804 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de 2013 Artigo 3.º Aplicação no tempo 1 Mantém-se em vigor o modelo aprovado pela Portaria n.º 988/2009, de 7 de setembro, para períodos de tributação até setembro de Os modelos aprovados pela presente portaria devem ser utilizados para períodos de tributação a partir de 1 de outubro de O Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo de Faria Lince Núncio, em 29 de julho de Anexos à declaração periódica Instruções de preenchimento ANEXO - REGULARIZAÇÕES DO CAMPO 40 Este modelo funciona como anexo à declaração a que se refere a alínea c) do n.º 1 do artigo 29.º do Código do IVA (CIVA), dela fazendo parte integrante. QUADRO 1 Regularizações a favor do sujeito passivo abrangidas pelo artigo 78.º e pelo novo regime dos créditos de cobrança duvidosa e incobráveis previsto nos artigos 78.º - A a 78.º - D do CIVA Campos 1, 2, 3 e 4 REGULARIZAÇÕES DO CAMPO 40 Campos de preenchimento automatico pela AT NIF PERÍODO DE IMPOSTO Nº DA DECLARAÇÃO PERIÓDICA Direção de Serviços do IVA O campo 1 corresponde ao normativo legal (artigo, número e alínea); No campo 2, indicar o número de identificação fiscal do adquirente; 1 1-A 1-B 1-C 1-D 1-E 1-F 2 3 REGULARIZAÇÕES A FAVOR DO SUJEITO PASSIVO - ABRANGIDAS PELO ART.º 78 E PELO NOVO REGIME DO ART.º 78º-A a 78.º-D NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO FISCAL BASE DE INCIDÊNCIA DA REGULARIZAÇÃO IVA REGULARIZADO ARTIGO Art.º 78º, nºs, 2,3 e 6 78.º nº 2..,.., nº 3..,.., nº 6..,.., 78.º, nº 7 78.º, nº 7 alínea a)..,.., alínea b)..,.., alínea c)..,.., alínea d)..,.., 78.º, nº 8 Art.º 78º, nº 7 - créditos considerados incobráveis antes de 2013 alínea a)..,.., alínea b)..,.., alínea c)..,.., alínea d)..,.., Art.º 78 nº 7 - créditos considerados incobráveis a partir de 01/01/2013 Art.º 78º, nº 8, alíneas b), c), d) e e) alínea d)..,.., alínea b)..,.., alínea c)..,.., alínea e)..,.., 78.º - A Art.º 78º - A, nº 4 nº 4, alínea a)..,.., nº 4, alínea b)..,.., nº 4, alínea c)..,.., nº 4, alínea d)..,.., nº 2, alínea a) DEFERIMENTO DO PEDIDO PRÉVIO PELA AT 1-G 78.º - B nº 4 DEFERIMENTO TÁCITO número do pedido prévio Valor do crédito não seja superior a 750, IVA incluído, por devedor ( al. a) do nº 8 do artº 78º e al. b) do nº 2 do 78.º - A) 5 78.º- A número do pedido prévio Art.º 78 - A, nº 2, alínea a) Art.º 78º - B, nº 4.., REGULARIZAÇÕES CUJO CRÉDITO NÃO SEJA SUPERIOR A 750, IVA INCLUÍDO (cujo devedor seja particular ou sujeito passivo sem direito à dedução) OUTRAS REGULARIZAÇÕES NÃO ABRANGIDAS PELO ARTº 78.º E PELO NOVO REGIME DO ARTº 78.º- A a 78.º- D Certificação por revisor oficial de contas (ROC) nos termos previstos nos artigos 78.º nº 9 ou 78.º-D..,..,..,.., Regularizações abrangidas pelos artºs 23 a 26º.., Outras regularizações (Ex: fusão).., 4.., VALOR TOTAL DO CAMPO 40 O PRESENTE ANEXO CORRESPONDE À VERDADE E NÃO OMITE QUALQUER INFORMAÇÃO PEDIDA.., NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO FISCAL DO ROC No campo 3, o valor a indicar refere-se à base de incidência da regularização; No campo 4, o valor a indicar refere-se ao imposto dedutível e que tem por base o normativo indicado no campo 1. Subquadro 1 - A Regularizações a favor do sujeito passivo abrangidas pelo artigo 78.º n.ºs 2, 3 e 6 do CIVA. Inscrever o número de identificação fiscal do adquirente, a base de incidência da regularização e o imposto dedutível. Subquadro 1 - B Regularizações a favor do sujeito passivo abrangidas pelo artigo 78.º n.º 7, alíneas a) a d), para créditos considerados incobráveis antes de Inscrever o número de identificação fiscal do adquirente, a base de incidência da regularização e o imposto dedutível. Subquadro 1 - C Regularizações a favor do sujeito passivo abrangidas pelo artigo 78.º, n.º 7, alíneas a) a d), para créditos vencidos até 31 de dezembro de 2012, inclusive, mas considerados incobráveis a partir de 01/01/2013. Inscrever o número de identificação fiscal do adquirente, a base de incidência da regularização e o imposto dedutível. NOTA: Estas regularizações estão sujeitas a certificação por ROC, de acordo com o n.º 9 do artigo 78.º do CIVA, na redação dada pelo artigo 195.º da Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro (OE/2013). REGULARIZAÇÕES DO CAMPO 41 Campos de preenchimento automático pela AT NIF PERÍODO DE IMPOSTO Nº DA DECLARAÇÃO PERIÓDICA Direção de Serviços do IVA Subquadro 1 - D Regularizações a favor do sujeito passivo abrangidas pelo artigo 78.º n.º 8, alíneas b), c), d) e e). 1 REGULARIZAÇÕES A FAVOR DO ESTADO - ABRANGIDAS PELO ART.º 78.º E PELO NOVO REGIME DO ART.º 78.º-A a 78.º-D ARTIGO NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO FISCAL BASE DE INCIDÊNCIA DA REGULARIZAÇÃO IVA REGULARIZADO A Art.º 78.º, nºs 3,4,6 78.º nº 3..,.., nº 4..,.., nº 6..,.., 1-B Art.º 78.º, nº 7 78.º, nº 7 alínea a)..,.., alínea b)..,.., alínea c)..,.., alínea d)..,.., 1-C Art.º 78.º, nº 8, alínea d) 78.º, nº 8 alínea d)..,.., 1-D Art.º 78.º, nº º n.º 12..,.., 1-E Art.º 78.º - C, nº 1 NÚMERO DO PEDIDO PRÉVIO 78.º- C, nº 1.., 1-F 78.º- C, nº 3 2 Outras regularizações 3 NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO FISCAL NÚMERO DO PEDIDO PRÉVIO (caso exista) Art.º 78.º - C, nº 3 BASE DE INCIDÊNCIA DA REGULARIZAÇÃO..,.., OUTRAS REGULARIZAÇÕES NÃO ABRANGIDAS PELO ART.º 78.º E PELO NOVO REGIME DO ART.º 78.º - A a 78.º - D Regularizações abrangidas pelos artºs 23º a 26º..,..,..,.., VALOR TOTAL DO CAMPO 41.., O PRESENTE ANEXO CORRESPONDE À VERDADE E NÃO OMITE QUALQUER INFORMAÇÃO PEDIDA Artigo 78.º n.º 8, alínea d) - Inscrever o número de identificação fiscal do adquirente, a base de incidência da regularização e o imposto dedutível. Artigo 78.º n.º 8, alíneas b), c) e e) - cujo devedor é particular ou sujeito passivo sem direito a dedução - Inscrever a base de incidência da regularização e o imposto dedutível. Artigo 78.º n.º 8, alínea a) Os valores respeitantes a este normativo são inscritos no quadro 2. NOTA: Estas regularizações estão sujeitas a certificação por ROC, de acordo com o n.º 9 do artigo 78.º do CIVA. Subquadro 1 - E Regularizações a favor do sujeito passivo abrangidas pelo artigo 78.º - A, n.º 4, alíneas a) a d) Inscrever o número de identificação fiscal do adquirente, a base de incidência da regularização e o imposto dedutível relativo a créditos considerados incobráveis que se tenham vencido após 1 de Janeiro de NOTA: Estas regularizações estão sujeitas a certificação por ROC, de acordo com o n.º 3 do artigo 78.º - D do CIVA. 61

63 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de Subquadro 1 - F Regularizações a favor do sujeito passivo abrangidas pelo artigo 78.º - A n.º 2, alínea a) - na situação em que o sujeito passivo apresentou pedido de autorização prévia à AT, via eletrónica, nos termos previstos no n.º 1 do artigo 78.º- B do CIVA, o qual foi deferido. Número do pedido prévio é o número que foi atribuído pela AT, aquando da submissão do pedido de autorização. Não necessita indicar a base da incidência da regularização. O valor do IVA a regularizar (na coluna do campo 4) corresponde ao valor autorizado pela AT. Subquadro 1 - G Regularizações a favor do sujeito passivo abrangidas pelo artigo 78.º - B, n.º 4 - na situação em que houve deferimento tácito para créditos que sejam inferiores a , IVA incluído, por fatura. Número do pedido prévio é o número que foi atribuído pela AT, aquando da submissão do pedido de autorização. Não necessita indicar a base da incidência da regularização. O valor do IVA a regularizar (na coluna do campo 4) corresponde ao valor incluído na(s) fatura(s) apresentada(s) perante a AT, com o limite estabelecido no artigo 78.º - B, n.º 4. QUADRO 2 Regularizações de créditos cujo valor não seja superior a 750, IVA incluído, por devedor, que seja particular ou sujeito passivo sem direito a dedução, nos termos previstos na alínea a) do n.º 8 do artigo 78.º e alínea b) do n.º 2 do artigo 78.º - A do CIVA. QUADRO 1 Regularizações a favor do Estado abrangidas pelo artigo 78.º e pelo novo regime dos créditos de cobrança duvidosa ou incobráveis previsto nos artigos 78º- A a 78.º- D do CIVA Campos 1, 2, 3 e 4 O campo 1 corresponde ao normativo legal (artigo, número e alínea); No campo 2, indicar o número de identificação fiscal do adquirente/fornecedor, consoante o caso; No campo 3, o valor a indicar refere-se à base de incidência da regularização; No campo 4, o valor a indicar refere-se ao imposto a regularizar a favor do Estado (já deduzido anteriormente pelo s.p.) e que tem por base o normativo indicado no campo 1. Subquadro 1 - A Regularizações a favor do Estado abrangidas pelo artigo 78.º n.ºs 3, 4 e 6 do CIVA Deve inscrever o número de identificação fiscal do adquirente/fornecedor, consoante o caso, a base de incidência da regularização e o imposto a regularizar a favor do Estado. Subquadro 1 - B Regularizações a favor do Estado abrangidas pelo artigo 78.º n.º 7 do CIVA, por força do n.º 11 do artigo 78º, para efeitos de retificação da dedução inicialmente efetuada Deve inscrever o número de identificação fiscal do fornecedor, a base de incidência da regularização e o imposto a regularizar a favor do Estado. Inscrever a base de incidência da regularização e o imposto dedutível relativo a créditos com o limite acima referido. NOTA: Estas regularizações estão sujeitas a certificação por ROC, de acordo com o n.º 1 do artigo 78.º - D do CIVA. Subquadro 1 - C Regularizações a favor do Estado abrangidas pelo artigo 78.º n.º 8, alínea d) do CIVA Deve inscrever o número de identificação fiscal do fornecedor das faturas, a base de incidência da regularização e o imposto a regularizar a favor do Estado. QUADRO 3 Outras regularizações não abrangidas pelo artigo 78.º e pelo novo regime do artigo 78.º - A a 78.º- D do CIVA. Regularizações abrangidas pelos artigos 23º a 26º - Fazer corresponder ao tipo de regularização indicado na coluna precedente a base de incidência da regularização e o correspondente imposto dedutível (campo 4). Subquadro 1 - D Regularizações a favor do Estado abrangidas pelo artigo 78.º n.º 12 do CIVA Este campo deve ser preenchido sempre que se verifique a recuperação total ou parcial do imposto. Deve inscrever o número de identificação fiscal do adquirente, a base de incidência da regularização e o imposto a regularizar a favor do Estado. Outras regularizações (Ex. o caso das fusões) Subquadro 1 - E Regularizações a favor do Estado abrangidas pelo artigo 78.º- C, n.º 1 QUADRO 4 Valor total do campo 40 Quadro de preenchimento automático que resulta da soma dos valores inscritos na coluna do campo 4 (IVA regularizado). Este campo deve ser preenchido sempre que haja lugar a retificação pelo adquirente. O valor do IVA a inscrever (na coluna do campo 4) corresponde ao valor notificado pela AT (cf. artigo 78º - B, n.º 5), devendo indicar, ainda, o número de identificação fiscal do emitente das faturas e o número do pedido prévio (indicado na notificação). Subquadro 1 F Regularizações a favor do Estado abrangidas pelo artigo 78.º- C, n.º 3, 1ª parte QUADRO 5 Certificação por revisor oficial de contas, nos termos previstos no artigo 78.º n.º 9 e/ou artigo 78.º- D do CIVA Sempre que se verifique a certificação, é solicitada a inscrição do número de identificação fiscal (NIF) do ROC. Este campo deve ser preenchido sempre que os sujeitos passivos hajam procedido anteriormente à dedução do imposto associado a créditos de cobrança duvidosa ou incobráveis e em que se verificou a sua recuperação (total ou parcial). O valor do IVA a inscrever (na coluna do campo 4) corresponde ao valor recuperado pelo credor, devendo indicar a base de incidência da regularização e o número do pedido prévio (só no caso de ter feito esse pedido). ANEXO - REGULARIZAÇÕES DO CAMPO 41 QUADRO 2 Outras regularizações não abrangidas pelo artigo 78º e pelo novo regime previsto nos artigos 78º - A a 78.º - D do CIVA. Este modelo funciona como anexo à declaração a que se refere a alínea c) do n.º 1 do artigo 29º do Código do IVA (CIVA), dela fazendo parte integrante. Trata-se, nomeadamente, de regularizações previstas nos artigos 23.º a 26.º e outras. Fazer corresponder ao tipo de regularização indicado na coluna precedente a base de incidência da regularização (campo 3) e o correspondente imposto dedutível (campo 4). 62

64 4806 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de 2013 QUADRO 3 Valor total do campo 41 Quadro de preenchimento automático que resulta da soma dos valores inscritos na coluna do campo 4 (IVA regularizado). Sempre que, nos termos do Decreto-Lei n.º 347/85, de 23 de agosto, tenha realizado operações consideradas efetuadas em espaço ou espaços fiscais diferentes daquele em que se encontra localizada a sede do sujeito passivo declarante, deve assinalar um ou dois campos respeitantes a tais operações, devendo preencher os anexos correspondentes (ANEXO R). INSTRUÇÕES PARA PREENCHIMENTO DA DECLARAÇÃO PERIÓDICA QUADRO 04 A NOTA INTRODUTÓRIA De acordo com o disposto na Portaria n.º 375/2003, de 10 de maio, os sujeitos passivos do IVA estão obrigados ao envio, por transmissão eletrónica de dados, da declaração periódica a que se refere a alínea c) do n.º 1 do artigo 29.º do Código do IVA, bem como dos respetivos anexos, nos prazos referidos no n.º 1 do artigo 41.º do mesmo Código. Declarações Recapitulativas. Se no período de referência efetuou transmissões intracomunitárias de bens e operações assimiladas, ou prestações de serviços a sujeitos passivos com sede ou estabelecimento estável ou, na sua falta, o domicílio noutro Estado membro da Comunidade e, por este motivo, apresentou alguma declaração recapitulativa nos termos do artigo 30º do RITI, assinale este campo. Para o efeito, o sujeito passivo e o técnico oficial de contas são identificados por senhas atribuídas pela AT. QUADRO 05 PROCEDIMENTOS DE ENVIO 1. Aceder ao Portal das Finanças no endereço: 2. Após identificação do utilizador (NIF e senha), selecionar sucessivamente: - Entregar - IVA 3. Preencher diretamente a declaração ou abrir previamente o ficheiro formatado com as características indicadas no endereço; 4. Validar a informação e corrigir os erros locais detetados; 5. Submeter a declaração; Depois de submeter a declaração, é criada e disponibilizada de imediato uma referência numérica que deve ser utilizada para o pagamento do imposto nos locais de cobrança legalmente autorizados, considerando-se como tais, as secções de cobrança dos serviços de finanças, os balcões dos CTT, bem como as instituições de crédito que tenham celebrado os necessários acordos com a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública - IGCP, E. P. E. (IGCP), e, ainda, através de sistema de pagamento automático Multibanco ou do serviço de Homebanking nas instituições de crédito que o disponibilizem. A declaração considera-se apresentada na data em que for submetida sem anomalias. No caso de falta de identificação do técnico oficial de contas, quando exigível, a declaração será recusada, considerando-se como não apresentada. QUADRO 01 Neste Quadro é inscrito o n.º de identificação fiscal do sujeito passivo devendo este assinalar se a declaração é submetida dentro ou fora do prazo. QUADRO 02 Por força do n.º 2 do artigo 29.º do Código do IVA, a obrigação declarativa subsiste, ainda que, num determinado período de imposto, não tenham havido operações tributáveis (tanto ativas como passivas). Se for o caso e, para além disso, não houve lugar a qualquer regularização ou reporte de imposto, assinale este campo e submeta a declaração, exceto se estiver obrigado a ter técnico oficial de contas, caso em que deverá passar de imediato ao quadro 20. QUADRO 06 Este quadro destina-se a apurar o imposto do período a que respeita a declaração e deve ser preenchido com base nos elementos constantes da contabilidade ou dos livros referidos no artigo 50.º do Código do IVA. Os valores a indicar nos campos 1 a 16 e 20 a 24 devem reportar-se, unicamente, a operações localizadas no espaço territorial da sede, assinalado no quadro 03. O(s) respeitante(s) a operações consideradas localizadas em espaço(s) territorial(ais) diferentes(s) constará(ão) do(s) anexo(s) assinalado(s)no quadro 04. Os valores a indicar nos campos 40 a 61 e 81 referem-se a regularizações (a favor do sujeito passivo ou do Estado) e excessos a reportar relativos à totalidade da atividade do sujeito passivo, ainda que respeitantes a espaço territorial diferente do indicado no Quadro 03. Os valores a indicar nos campos 65 a 68 respeitam ao total do imposto liquidado/dedutível, apurado em cada um dos anexos referenciados no Quadro 04. As operações relativas a transmissões intracomunitárias de bens e operações assimiladas, bem como as prestações de serviços localizadas no Estado membro do adquirente, mencionadas em declaração autónoma (Declaração Recapitulativa), devem ser inscritas no campo 7 deste quadro. Operações que, tendo liquidado o imposto, não relevam para efeitos do volume de negócios. Se, no período a que respeita a declaração, efetuou alguma das seguintes operações: Neste Quadro deve selecionar o ano e o período de imposto a que se refere a declaração. QUADRO 03 Neste Quadro deve selecionar o espaço territorial em que se localiza a sede (Continente, Açores ou Madeira). QUADRO 04 Operações realizadas em espaço territorial diferente do da sede. Operações em que, na qualidade de adquirente, liquidou o imposto; Transmissões gratuitas de bens não enquadráveis no n.º 7 do artigo 3º do CIVA e na Portaria n.º 497/2008, de 24 de junho; Transferência de bens ou serviços de um setor tributado a um setor isento; Prestações de serviços efetuadas a título gratuito para as necessidades particulares do seu titular, do pessoal ou para fins alheios à mesma; Operações referidas nos n.ºs 27 e 28 do artigo 9º, quando constituam operações acessórias; Operações referidas nos n.ºs 29 e 30 do mesmo artigo quando não tenha ocorrido renúncia à isenção e constituam operações acessórias; Operações sobre bens de investimento corpóreo e incorpóreo, 63

65 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de Assinale SIM no campo correspondente e preencha também o Quadro 06-A. Se não efetuou operações desta natureza, assinale NÃO. NOTA: Este campo é de preenchimento obrigatório. Campo 12 Neste campo deve ser inscrito o montante total das aquisições intracomunitárias de bens e operações assimiladas, cujo imposto foi liquidado e é mencionado no campo 13. Campos 1, 5 e 3 Campo 13 Nestes campos devem ser inscritos os valores correspondentes ao somatório das importâncias que serviram de base ao imposto liquidado pelo sujeito passivo, quer nas operações por si efetuadas, quer nos casos em que se substitui ao fornecedor, discriminados pelas respetivas taxas. Campos 2, 6 e 4 Nestes campos devem ser inscritos os valores correspondentes ao imposto liquidado pelo sujeito passivo nas transmissões de bens e prestações de serviços por ele efetuadas, bem como nos casos em que o sujeito passivo se substitui ao fornecedor na liquidação do imposto. Nota: Os montantes a inscrever nestes campos devem corresponder rigorosamente aos valores que resultam da aplicação das taxas respetivas aos montantes inscritos nos campos 1, 5 e 3. Campo 7 Neste campo deve ser inscrito o montante total do imposto liquidado nas aquisições intracomunitárias de bens (compras de bens a fornecedores sedeados em outros Estados membros) e operações assimiladas. Campo 14 Neste campo deve ser inscrito o montante total das aquisições intracomunitárias de bens referidas no n.º 7 do artigo 15.º do CIVA e no artigo 15.º do RITI que, por se encontrarem abrangidas pelas referidas normas, não são objeto de liquidação de imposto. Campo 15 Neste campo deve ser inscrito o montante total das aquisições intracomunitárias de bens sujeitas aos impostos a que se referem os n.ºs 3, 4 e 5 do artigo 22.º do RITI (imposto sobre veículos ou impostos especiais de consumo) cujo IVA é pago junto das entidades competentes para a cobrança dos mesmos. Se efetuou transmissões intracomunitárias de bens e operações assimiladas, ou prestações de serviços a sujeitos passivos com sede ou estabelecimento estável ou, na sua falta, o domicílio noutro Estado membro da Comunidade e, por este motivo, apresentou alguma declaração recapitulativa nos termos do artigo 30.º do RITI, mencione neste campo a soma dos respetivos valores. Campo 8 Campo 16 Neste campo deve ser inscrito o montante total das prestações de serviços efetuadas por entidades residentes noutros Estados membros, consideradas localizadas no território nacional, em que, na qualidade de adquirente, liquidou o imposto e é mencionado no campo 17. Neste campo devem ser inscritos os valores correspondentes às operações isentas ou não tributadas, mas que conferem direito à dedução do imposto (por exemplo, exportações), nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 20.º do Código e, ainda, as operações em que ocorreu a regra de inversão do sujeito passivo (serviços de construção civil, transmissão de imóveis com renúncia à isenção, sucatas e ouro para investimento). NOTA: Este campo não contempla os valores correspondentes às prestações de serviços mencionadas na Declaração Recapitulativa a que se refere o artigo 30.º do RITI. Campo 17 Neste campo deve ser inscrito o montante total do imposto liquidado nas prestações de serviços efetuadas por entidades residentes noutros Estados membros, consideradas localizadas no território nacional. Campos 20 a 24 Campo 9 Neste campo devem ser inscritas as operações isentas do imposto, que não conferem direito à dedução (operações no âmbito do artigo 9.º do CIVA, com exceção das referidas no ponto V do n.º 1 da alínea b) do artigo 20.º) e ainda as operações a que se refere o Decreto-Lei n.º 362/99, de 16 de setembro (ouro para investimento), em que não tenha havido renúncia à isenção. Campo 10 Este campo é um campo de controlo, de preenchimento automático e corresponde à soma dos valores inscritos nos campos 12, 14 e 15. Nestes campos devem ser inscritos os valores correspondentes ao imposto dedutível, relativo a aquisições de imobilizado, existências (discriminadas por taxas reduzida, intermédia e normal) e outros bens e serviços. Campos 40 e 41 Nestes campos devem ser inscritas as regularizações a favor do sujeito passivo (campo 40) e a favor do Estado (campo 41), efetuadas nos termos dos artigos 23.º a 26.º, 78.º a 78.º- D do CIVA. Os montantes inscritos nestes campos devem ser obrigatoriamente relevados nos anexos designados por Regularizações do campo 40/41, respetivamente. Campo 11 Campo 61 Este campo é um campo de controlo, de preenchimento automático e corresponde ao valor inscrito no campo 13. Neste campo deve inscrever o montante do imposto a reportar, constante do campo 96 da última declaração que tenha sido apresentada. 64

66 4808 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de 2013 NOTA: Este campo só está disponível em declaração submetida dentro do prazo legal, para períodos de imposto até 2011, da seguinte forma: - Até outubro de 2011, para os sujeitos passivos enquadrados no regime normal com periodicidade mensal; - Até ao 3º trimestre de 2011, para os sujeitos passivos com periodicidade trimestral. Campo 94 Imposto a recuperar. Este campo deve ser preenchido quando o campo 91 for superior ao campo 92, inscrevendo nele a respetiva diferença. Para períodos posteriores, não se verifica esta limitação. Campos 65 a 68 Campo 95 Sempre que, nos termos do Decreto-Lei n.º 347/85, de 23 de agosto, efetue operações ativas e/ou passivas, consideradas localizadas num ou nos dois espaços diferentes do indicado no Quadro 03 (Continente, Açores ou Madeira), deve preencher um anexo respeitante a cada um deles. No campo 65 deve inscrever o IMPOSTO DEDUTÍVEL, correspondente ao valor inscrito no campo 63 do anexo. No campo 66 deve inscrever o IMPOSTO LIQUIDADO, correspondente ao valor inscrito no campo 64 do anexo. Caso efetue operações localizadas nos dois espaços, deverá preencher um segundo anexo, inscrevendo os valores de IMPOSTO DEDUTÍVEL e IMPOSTO LIQUIDADO constantes do mesmo, respetivamente nos campos 67 e 68 da declaração. Se pretende solicitar o reembolso pelo montante total, ou parcial, do valor apurado no campo 94, inscreva neste campo o respetivo montante a solicitar. Campo 96 Neste campo deve inscrever o montante que, constando no campo 94, não tenha sido incluído no campo 95. Campo 81 Neste campo deve inscrever os montantes das regularizações a favor do sujeito passivo, originadas por comunicação escrita da AT, indicando no quadro adjacente o(s) período(s) a que respeitam. QUADRO 06 A NOTA: Este campo só está disponível em declaração submetida dentro do prazo legal, para períodos de imposto até 2011, da seguinte forma: - Até outubro de 2011, para os sujeitos passivos enquadrados no regime normal com periodicidade mensal; - Até ao 3º trimestre de 2011, para os sujeitos passivos enquadrados no regime normal com periodicidade trimestral. Para períodos posteriores, este campo está indisponível devendo estes créditos ser inscritos no campo 61. Este quadro destina-se ao apuramento das operações passivas em que, na qualidade de adquirente, liquidou o imposto devido, bem como das que, nos termos do Código do IVA, são afastadas do cálculo do volume de negócios. A. Operações localizadas em Portugal em que, na qualidade de adquirente, liquidou o IVA devido. Campo 97 Campo 90 Total da base tributável. Este campo destina-se a controlar os valores inscritos nos campos 1 a 16 e nele deve inscrever o somatório dos mesmos. Campos 91 e 92 Transmissões de bens efetuadas em Portugal por entidades residentes em países comunitários em que o IVA devido foi liquidado pelo sujeito passivo declarante. Neste campo devem ser indicados os montantes dos bens adquiridos no território nacional a entidades residentes em países comunitários, cuja liquidação do imposto coube ao sujeito passivo declarante, enquanto adquirente, mencionados nos campos 1, 5 e/ou 3 do Quadro 06. Os valores a inscrever nestes campos resultam da soma do imposto a favor do sujeito passivo e do imposto a favor do Estado, respetivamente. NOTA: Neste campo não deve incluir as operações mencionadas no campo 16 do Quadro 06. Campo 93 Campo 98 Imposto a entregar ao Estado. Este campo deve ser preenchido, quando o campo 92 for superior ao campo 91, inscrevendo nele a respetiva diferença. Transmissões de bens e prestações de serviços efetuadas em Portugal por entidades residentes em países ou territórios terceiros em que o IVA devido foi liquidado pelo sujeito passivo declarante. 65

67 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de Neste campo devem ser indicados os montantes dos bens adquiridos no território nacional a entidades residentes em países ou territórios terceiros, cuja liquidação do imposto coube ao sujeito passivo declarante, enquanto adquirente, mencionados nos campos 1, 5 e/ou 3 do Quadro 06. (Operações realizadas em espaço diferente do da sede) B. Operações em que liquidou o IVA devido por aplicação da regra de inversão do sujeito passivo. Campos 99 a 102 Transmissões de bens e prestações de serviços em que ocorreu a regra de inversão: Operações a que se refere o Decreto-Lei n.º 362/99, de 16 de setembro; Operações a que se refere o n.º 2 do artigo 6.º do Regime da Renúncia à Isenção do IVA nas Operações Relativas a Bens Imóveis; Operações previstas na alínea i) do n.º 1 do artigo 2.º do CIVA; Operações previstas na alínea j) do n.º 1 do artigo 2.º do CIVA. Nestes campos deve indicar os montantes relativos a aquisições de bens e/ou serviços em que liquidou o imposto, por aplicação da regra de inversão do sujeito passivo (Regime do ouro para investimento; transmissão de imóveis com renúncia à isenção; sucatas; serviços de construção civil). C. Operações referidas nas alíneas f) e g) do n.º 3 do artigo 3.º e alíneas a) e b) do n.º 2 do artigo 4.º do CIVA. Campo 103 Neste campo deve preencher os valores das bases tributáveis, inscritos nos campos 1, 5 ou 3, consoante o caso, referentes a: Transmissões gratuitas de bens não enquadráveis no n.º 7 do artigo 3.º do CIVA e na Portaria n.º 497/2008 de 24 de junho; Transferência de bens ou serviços de um sector tributado a um sector isento; Prestações de serviços efetuadas a título gratuito para as necessidades particulares do seu titular, do pessoal ou para fins alheios à mesma. INSTRUÇÕES PARA PREENCHIMENTO NOTA INTRODUTÓRIA D. Operações referidas nas alíneas a), b) e c) do artigo 42.º Campo 104 Neste campo deve indicar os valores das bases tributáveis que incluiu no quadro 06 referentes a: - Operações referidas nos n.ºs 27 e 28 do artigo 9.º, quando constituam operações acessórias; - Operações referidas nos n.ºs 29 e 30 do mesmo artigo quando não tenha ocorrido renúncia à isenção e constituam operações acessórias; - Operações sobre bens de investimento corpóreo e incorpóreo. Neste anexo deve relevar as operações consideradas localizadas em espaço territorial diferente do da sede (assinalado no Quadro 03 da declaração periódica), nos termos do Decreto-Lei n.º 347/85, de 23 de agosto. Se realizou operações consideradas como localizadas nos dois espaços territoriais diferentes do da sede, deve submeter um anexo relativo a cada um, nele indicando, exclusivamente, as operações realizadas no espaço correspondente. QUADRO 01 Neste Quadro deve inscrever o n.º de identificação fiscal do sujeito passivo e se a declaração é submetida dentro ou fora do prazo, assinalando o respetivo campo. QUADRO 02 Neste Quadro deve selecionar o ano e o período de imposto a que se refere a declaração. QUADRO 20 Este Quadro destina-se à identificação fiscal do técnico oficial de contas. O seu preenchimento é obrigatório nos casos em que o sujeito passivo declarante esteja obrigado a possuir contabilidade organizada ou, não o estando, por ela tenha optado. QUADRO 03 Neste Quadro deve selecionar o espaço territorial em que se localiza a sede (Continente, Açores ou Madeira). 66

Artigo 2.º. c) As pessoas singulares ou coletivas que mencionem indevidamente IVA em fatura;

Artigo 2.º. c) As pessoas singulares ou coletivas que mencionem indevidamente IVA em fatura; Artigo 2.º b) c) As pessoas singulares ou coletivas que mencionem indevidamente IVA em fatura; d) e) f) g) h) i) j) l) 4-5 - Artigo 6.º 4-5 - 6-7 - 8-9 - b) c) d) e) f) g) Locação de um meio de transporte,

Leia mais

XXXX xxxxxxx Assembleia da República n.º 124/2011

XXXX xxxxxxx Assembleia da República n.º 124/2011 Introduz alterações no Código do IVA, no Regime do IVA nas Transações Intracomunitárias e alguma legislação complementar, transpondo o artigo 4.º da Diretiva n.º 2008/8/CE, do Conselho, de 12 de fevereiro,

Leia mais

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de 2012

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de 2012 4656 Diário da República, 1.ª série N.º 164 24 de agosto de 2012 2 Estabelecer que a realização da despesa prevista no número anterior, cujos encargos se repartem pelos anos 2012, 2013 e 2014, se efetua

Leia mais

Oficio-Circulado n.º 30136/2012, de 19 de novembro Direção de Serviços do IVA:

Oficio-Circulado n.º 30136/2012, de 19 de novembro Direção de Serviços do IVA: Oficio-Circulado n.º 30136/2012, de 19 de novembro Direção de Serviços do IVA: Assunto: IVA Decreto-Lei n.º 197/2012, de 24 de agosto Novas regras de facturação. O Decreto-Lei n.º 197/2012, de 24 de agosto,

Leia mais

ORIENTAÇÃO TÉCNICA N.º 6/2017

ORIENTAÇÃO TÉCNICA N.º 6/2017 ORIENTAÇÃO TÉCNICA N.º 6/2017 REGULAMENTO ESPECÍFICO DO DOMÍNIO DA COMPETITIVIDADE E INTERNACIONALIZAÇÃO Elegibilidade de Documentos Comprovativos de Despesas Incorridas Fora do Território Nacional I.

Leia mais

XXXX xxxxxxx Assembleia da República n.º 124/2011. Decreto-Lei n.º 204/97, de 9 de agosto, DR n.º 183 Série I-A

XXXX xxxxxxx Assembleia da República n.º 124/2011. Decreto-Lei n.º 204/97, de 9 de agosto, DR n.º 183 Série I-A Executa a autorização legislativa constante do artigo 35.º, n.º 1, da Lei n.º 52-C/96, de 27 de Dezembro (Lei do OE/97), através do qual são alterados alguns preceitos do Código do Imposto sobre o Valor

Leia mais

Calendário das Obrigações Fiscais e Parafiscais para o mês de MAIO DE 2015

Calendário das Obrigações Fiscais e Parafiscais para o mês de MAIO DE 2015 Calendário das Obrigações Fiscais e Parafiscais para o mês de MAIO DE 2015 OBRIGAÇÕES RELATIVAS AO IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DAS PESSOAS SINGULARES (IRS) E IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DAS PESSOAS COLETIVAS

Leia mais

Regime de IVA de Caixa

Regime de IVA de Caixa CÓDIGOS ELECTRÓNICOS DATAJURIS DATAJURIS é uma marca registada no INPI sob o nº 350529 Regime de IVA de Caixa Todos os direitos reservados à DATAJURIS, Direito e Informática, Lda. É expressamente proibido

Leia mais

APECA Regime Especial de Exigibilidade do IVA nas Empreitadas e Subempreitadas de Obras Públicas

APECA Regime Especial de Exigibilidade do IVA nas Empreitadas e Subempreitadas de Obras Públicas Regime Especial de Exigibilidade do IVA nas Empreitadas e Subempreitadas de Obras Públicas Decreto-Lei n.º 204/97 Artigo 1.º Artigo 2.º Artigo 3.º Artigo 4.º Artigo 5.º Artigo 6.º Actualizado em 2007-02-13

Leia mais

Tendo em vista a clarificação das alterações efetuadas ao Código do IVA divulgam-se as presentes instruções.

Tendo em vista a clarificação das alterações efetuadas ao Código do IVA divulgam-se as presentes instruções. Classificação: 1 00. 2 0. 2 00 Segurança: P ú blic a Processo: 2 01 9 0 01 33 0 Ofício Circulado N.º: 30211 de 2019-03-15 Entrada Geral: N.º Identificação Fiscal (NIF): 770 004 407 Sua Ref.ª: Técnico:

Leia mais

Principais medidas decorrentes do Decreto-Lei 197/2012, de 24 de Agosto:

Principais medidas decorrentes do Decreto-Lei 197/2012, de 24 de Agosto: Principais medidas decorrentes do Decreto-Lei 197/2012, de 24 de Agosto: Artigo 29.º do CIVA 1 -Para além da obrigação do pagamento do imposto, os sujeitos passivos referidos na alínea a) do n.º 1 do artigo

Leia mais

SUPLEMENTO I SÉRIE ÍNDICE. Ministério das Finanças. Terça-feira, 24 de janeiro de 2012 Número 17

SUPLEMENTO I SÉRIE ÍNDICE. Ministério das Finanças. Terça-feira, 24 de janeiro de 2012 Número 17 I SÉRIE Terça-feira, 24 de janeiro de 2012 Número 17 ÍNDICE SUPLEMENTO Ministério das Finanças Portaria n.º 22-A/2012: Altera a Portaria n.º 363/2010, de 23 de junho, que regulamenta a certificação prévia

Leia mais

FICHA DOUTRINÁRIA. Artigo: 36º, 78º.

FICHA DOUTRINÁRIA. Artigo: 36º, 78º. Diploma: CIVA Artigo: 36º, 78º. Assunto: FICHA DOUTRINÁRIA Regularizações Emissão de notas de crédito, por despacho de 2014-05-12, do SDG do IVA, por delegação do Director Geral da Autoridade Tributária

Leia mais

INFORMAÇÃO TÉCNICA N.º 29/2013. Regime de caixa de IVA (DL 71/2013, 30.05)

INFORMAÇÃO TÉCNICA N.º 29/2013. Regime de caixa de IVA (DL 71/2013, 30.05) INFORMAÇÃO TÉCNICA N.º 29/2013 Regime de caixa de IVA (DL 71/2013, 30.05) A presente informação substitui e atualiza a inf. técnica n.º 22/2013. Índice 1.Âmbito... 1 2.Opção pelo regime - permanência e

Leia mais

DECRETO-LEI Nº 131/95, DE 6 DE JUNHO [1] Códigos Tributários ª Edição. Atualização nº 4

DECRETO-LEI Nº 131/95, DE 6 DE JUNHO [1] Códigos Tributários ª Edição. Atualização nº 4 DECRETO-LEI Nº 131/95, DE 6 DE JUNHO [1] Códigos Tributários 2019 16ª Edição Atualização nº 4 1 [1] DECRETO-LEI Nº 131/95, DE 6 DE JUNHO UNIVERSITÁRIO Atualização nº 4 ORGANIZAÇÃO BDJUR BASE DE DADOS JURÍDICA

Leia mais

Mais informações e atualizações desta obra em

Mais informações e atualizações desta obra em Título: Regime de IVA de caixa Autor: Eurico Santos, Advogado Correio eletrónico do Autor: euricosantos@sapo.pt N.º de Páginas: 15 páginas Formato: PDF (Portable Document Format) Data de edição: 03 de

Leia mais

Anexo 1 à Informação Técnica 31/2014

Anexo 1 à Informação Técnica 31/2014 Anexo 1 à Informação Técnica 31/2014 Quadro Comparativo após a republicação do Despacho Normativo n.º 18 A/2010, de 1de julho, alterado pelo Despacho Normativo 17/2014 de 26 de dezembro Artigo 1.º Objecto

Leia mais

IVA As recentes alterações legislativas

IVA As recentes alterações legislativas As recentes alterações legislativas Dezembro de 2012 2 IVA Serão as recentes alterações legislativas assim tão relevantes? 3 IVA Decreto-Lei n.º 197/2012 Decreto-Lei n.º 198/2012 Alterações em matéria

Leia mais

Alterações efectuadas ao Código do IVA e IVA Intracomunitário, no que respeita a facturação e a localização das prestações de serviços.

Alterações efectuadas ao Código do IVA e IVA Intracomunitário, no que respeita a facturação e a localização das prestações de serviços. Alterações efectuadas ao Código do IVA e IVA Intracomunitário, no que respeita a facturação e a localização das prestações de serviços. Alteração das regras em matéria de emissão de faturas Através do

Leia mais

FISCAL Edição Académica, 20.ª Edição Col. Legislação

FISCAL Edição Académica, 20.ª Edição Col. Legislação COLEÇÃO LEGISLAÇÃO Atualizações Online orquê as atualizações aos livros da COLEÇÃO LEGISLAÇÃO? No panorama legislativo nacional é frequente a publicação de novos diplomas legais que, regularmente, alteram

Leia mais

Legislação. Publicação: Diário da República n.º 17/2012, 1º Suplemento, Série I, de 24/01, Páginas 448-(2) a 448- (5). MINISTÉRIO DAS FINANÇAS

Legislação. Publicação: Diário da República n.º 17/2012, 1º Suplemento, Série I, de 24/01, Páginas 448-(2) a 448- (5). MINISTÉRIO DAS FINANÇAS MOD. 4.3 Classificação: 0 6 0. 0 1. 0 1 Segurança: P úbl i c a Processo: Direção de Serviços de Comunicação e Apoio ao Contribuinte Legislação Diploma Portaria n.º 22-A/2012, de 24 de janeiro Estado: vigente

Leia mais

Assim, comunica-se que por despacho de , do Diretor-Geral da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), foi sancionado o seguinte entendimento:

Assim, comunica-se que por despacho de , do Diretor-Geral da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), foi sancionado o seguinte entendimento: Classificação: 020.01.10 Segurança: Processo: 2013 001121 ÁREA DE GESTÃO TRIBUTÁRIA DO IVA - GABINETE DO Ofício Circulado N.º: 30154/2013 2013-10-30 Entrada Geral: N.º Identificação Fiscal (NIF): 770 004

Leia mais

APECA Regime Especial de Exigibilidade do IVA nas Entregas de Bens às Cooperativas Agrícolas

APECA Regime Especial de Exigibilidade do IVA nas Entregas de Bens às Cooperativas Agrícolas Regime Especial de Exigibilidade do IVA nas Entregas de Bens às Cooperativas Agrícolas DL 418/99, de 21.10 ARTIGO 1.º - Incidência ARTIGO 2.º - Exigibilidade do imposto ARTIGO 3.º - Opção pelas regras

Leia mais

CIRCULAR. Junto se envia, para conhecimento, comentários do nosso gabinete fiscal relativos ao Regime IVA de Caixa.

CIRCULAR. Junto se envia, para conhecimento, comentários do nosso gabinete fiscal relativos ao Regime IVA de Caixa. CIRCULAR N/ REFª: 61/2013 DATA: 05/07/13 ASSUNTO: Regime IVA de Caixa Exmos. Senhores, Junto se envia, para conhecimento, comentários do nosso gabinete fiscal relativos ao Regime IVA de Caixa. Com os melhores

Leia mais

I - MOTIVOS DO PEDIDO

I - MOTIVOS DO PEDIDO Diploma: Artigo: 6º Assunto: CIVA FICHA DOUTRINÁRIA Localização de operações - Prestações serviços de transporte rodoviário de mercadorias em viaturas pesadas na UE, por despacho de 16-11-2017, da Diretora

Leia mais

FICHA DOUTRINÁRIA. Artigo: 6º, 29º, 36º, 18º, 14º, 10º. Assunto:

FICHA DOUTRINÁRIA. Artigo: 6º, 29º, 36º, 18º, 14º, 10º. Assunto: Diploma: CIVA Artigo: 6º, 29º, 36º, 18º, 14º, 10º. Assunto: FICHA DOUTRINÁRIA Localização de operações Transmissão de bens realizada através de uma Aplicação (App), entregues em território nacional, noutro

Leia mais

Regulamentação das Condições Técnicas para a Emissão, Conservação e Arquivamento de Facturas

Regulamentação das Condições Técnicas para a Emissão, Conservação e Arquivamento de Facturas CÓDIGOS ELECTRÓNICOS DATAJURIS DATAJURIS é uma marca registada no INPI sob o nº 350529 Regulamentação das Condições Técnicas para a Emissão, Conservação e Arquivamento de Facturas Emitidas por Via Electrónica

Leia mais

Regime Especial do Ouro para Investimento

Regime Especial do Ouro para Investimento DL 362/99, de 16.09.99 ARTIGO 1.º - Regime especial do ouro para investimento ARTIGO 2.º - Alteração ao Código do IVA ARTIGO 3.º - Revogação ARTIGO 4.º - Entrada em vigor Regime Especial Aplicável ao Ouro

Leia mais

Diploma DRE. Capítulo I. Modelos oficiais. Artigo 1.º. Objeto

Diploma DRE. Capítulo I. Modelos oficiais. Artigo 1.º. Objeto Diploma Aprova a declaração modelo 2, o modelo do recibo eletrónico de quitação de rendas e a declaração modelo 44, previstos no Código do Imposto do Selo e no Código do IRS Portaria n.º 98-A/2015 de 31

Leia mais

Agenda: Regime de Bens em Circulação Soluções de Mobilidade RIC -Regime de IVA de Caixa Alterações na relação com a AT (DPIVA, SAFT) Organização:

Agenda: Regime de Bens em Circulação Soluções de Mobilidade RIC -Regime de IVA de Caixa Alterações na relação com a AT (DPIVA, SAFT) Organização: A SAGE e a Microlagoscom o apoio da ACRAL e da Câmara Municipal de Lagos,agradecem a sua presença nesta sessão de esclarecimentos, onde serão abordados os seguintes temas da actualidade empresarial. Agenda:

Leia mais

DIRECÇÃO DE SERVIÇOS DO IMPOSTO SOBRE O VALOR ACRESCENTADO. Data EXMOS. SENHORES. 1 Contacto via postal Apartado Lisboa

DIRECÇÃO DE SERVIÇOS DO IMPOSTO SOBRE O VALOR ACRESCENTADO. Data EXMOS. SENHORES. 1 Contacto via postal Apartado Lisboa Número 30 078 Data 24 06 2005 EXMOS. SENHORES Processo L121 2005057 Nº de Contribuinte 212000000 Cód. Assunto L121A Origem 10 SUBDIRECTORES GERAIS DIRECTORES DE SERVIÇOS DIRECTORES DE FINANÇAS CHEFES DE

Leia mais

OE Lei 3-B/ de Abril

OE Lei 3-B/ de Abril OE 2010 Lei 3-B/2010 28 de Abril ALTERAÇÕES EM MATÉRIA DE IVA 1 Alterações ao Código do IVA Art.º 93.º Autorizações Legislativas no âmbito do Código do IVA Art.º 94.º Alterações ao artigo 6.º do Decreto-Lei

Leia mais

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Proposta de Lei n.º 176/XII. Exposição de Motivos

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Proposta de Lei n.º 176/XII. Exposição de Motivos PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS Proposta de Lei n.º 176/XII Exposição de Motivos A presente proposta de lei visa proceder à alteração dos mapas I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII, IX, X, XI, XII, XIII,

Leia mais

Decreto-Lei n.º 130/2003

Decreto-Lei n.º 130/2003 Regime especial para sujeitos passivos não estabelecidos na Comunidade que prestem serviços por via electrónica a não sujeitos passivos nela residentes Decreto-Lei n.º 130/2003 Artigo 1.º - Objecto Artigo

Leia mais

Elegibilidade de documentos de despesa

Elegibilidade de documentos de despesa NOTA INFORMATIVA N.º 3/2017 DAI Data: 10/03/2017 Assunto: Elegibilidade de documentos de despesa 1. ENQUADRAMENTO Nos regulamentos específicos 1 das medidas FEADER Investimento do período de programação

Leia mais

I - DESCRIÇÃO DOS FACTOS

I - DESCRIÇÃO DOS FACTOS Diploma: CIVA FICHA DOUTRINÁRIA Artigo: al a) do nº 1 do art 1º e al a) do nº 1 do art. 2º; art. 9.º, n.º 1, al. 27), subalínea d). Assunto: Operações sobre moeda - Criptomoeda ("bitcoin"), por despacho

Leia mais

IVA - Regras de localização nas prestações de serviços Artigo 6º, nºs 6 a 13

IVA - Regras de localização nas prestações de serviços Artigo 6º, nºs 6 a 13 IVA - Regras de localização nas prestações de serviços Artigo 6º, nºs 6 a 13 1 NAS PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS Regras gerais de localização das prestações de serviços a) Efetuadas a sujeitos passivos o lugar

Leia mais

Informação aos Associados nº135.v3

Informação aos Associados nº135.v3 Data 2 de Novembro de 2012 atualizada em 25 de Novembro de 2013 Assunto: Tema: OBRIGATORIEDADE DE EMISSÃO DE FATURA REGRAS GERAIS Fiscalidade 1 É obrigatório emitir Fatura 2 Os Associados estão obrigados

Leia mais

APECA Regime Especial de Exigibilidade do IVA nas Empreitadas e Subempreitadas de Obras Públicas

APECA Regime Especial de Exigibilidade do IVA nas Empreitadas e Subempreitadas de Obras Públicas Regime Especial de Exigibilidade do IVA nas Empreitadas e Subempreitadas de Obras Públicas DL 204/97 ARTIGO 1º - Âmbito ARTIGO 2º - Estado ARTIGO 3º - Exigibilidade do imposto ARTIGO 4º - Opção pelas regras

Leia mais

Obrigações relativas a faturas, arquivo de documentos e programas de faturação e de contabilidade

Obrigações relativas a faturas, arquivo de documentos e programas de faturação e de contabilidade Obrigações relativas a faturas, arquivo de documentos e programas de faturação e de contabilidade Decreto-Lei n.º 28/2019, de 15 de fevereiro O Decreto-Lei n.º 28/2019, de 15 de fevereiro, vem proceder

Leia mais

INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO - Anexo A ESCLARECIMENTOS GERAIS

INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO - Anexo A ESCLARECIMENTOS GERAIS 1 ESCLARECIMENTOS GERAIS 1. Com a publicação do Despacho nº 25/2016, de 31 de Março, do Ministro da Economia e Finanças da Guiné-Bissau, todos os contribuintes que praticam operações sujeitas ao IGV -

Leia mais

Calendário Fiscal - Março 2012

Calendário Fiscal - Março 2012 Calendário Fiscal - Março 2012 Dia 1 de Março: IRS - DECLARAÇÃO MODELO 3 - Rendimentos da Categoria A e/ou H A partir desta data e até 30 Março de 2012, devem ser apresentadas em qualquer repartição de

Leia mais

8698 Diário da República, 1.ª série N.º de outubro de 2015

8698 Diário da República, 1.ª série N.º de outubro de 2015 8698 Diário da República, 1.ª série N.º 197 8 de outubro de 2015 Portaria n.º 338/2015 de 8 de outubro O Sistema de Emissão de s, de s e de s - é um sistema gratuito, simples e seguro, que serve para emitir

Leia mais

DL 198/2012 de 24/08

DL 198/2012 de 24/08 Formação DRAF Art.ºs alterados DL 198/2012 de 24/08 2.º; 4.º; 5.º; 6.º; 7.º; 8.º; 10.º; 11.º; 12º; 13.º; 14.º; 16.º; 17.º; 18.º DL 198/2012 de 24/08 Regime de bens em circulação Procede-se à alteração

Leia mais

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Proposta de Lei n.º. Exposição de Motivos

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Proposta de Lei n.º. Exposição de Motivos PL 396/2013 2013.10.13 Exposição de Motivos A presente proposta de lei visa proceder à alteração dos mapas I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII, IX, X, XI, XII, XIII, XIV e XV anexos à Lei n.º 66-B/2012, de

Leia mais

REGIME DE BENS EM CIRCULAÇÃO

REGIME DE BENS EM CIRCULAÇÃO REGIME DE BENS EM CIRCULAÇÃO NOVAS REGRAS NOS DOCUMENTOS DE TRANSPORTE W: www.centralgest.com E: comercial@centralgest.com 1987-2013 CentralGest - Produção de Software S.A. T: (+351) 231 209 530 Todos

Leia mais

O ano de 2013 tem sido fértil em alterações fiscais que levam a mudanças de procedimentos com o objetivo e combater a fraude e evasões fiscais.

O ano de 2013 tem sido fértil em alterações fiscais que levam a mudanças de procedimentos com o objetivo e combater a fraude e evasões fiscais. As alterações tiveram origem no Decreto-Lei nº 198/2012, de 24 de Agosto que procedeu a alterações do regime de bens em circulação objeto de transações entre sujeitos passivos de IVA, aprovado em anexo

Leia mais

IVA - ORÇAMENTO DO ESTADO PARA ALTERAÇÕES AO CÓDIGO DO IVA E LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR.

IVA - ORÇAMENTO DO ESTADO PARA ALTERAÇÕES AO CÓDIGO DO IVA E LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR. Classificação: 0 2 0. 0 1. 1 0 Segurança: Processo:2018 000166 Ofício Circulado N.º: 30197, de 2018-01-12 Entrada Geral: N.º Identificação Fiscal (NIF): 770 004 407 Sua Ref.ª: Técnico: Exmos. Senhores

Leia mais

(Atos legislativos) REGULAMENTOS

(Atos legislativos) REGULAMENTOS 29.12.2017 L 348/1 I (Atos legislativos) REGULAMENTOS REGULAMENTO (UE) 2017/2454 DO CONSELHO de 5 de dezembro de 2017 que altera o Regulamento (UE) n. o 904/2010 relativo à cooperação administrativa e

Leia mais

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE TÉCNICOS DE CONTABILIDADE

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE TÉCNICOS DE CONTABILIDADE MAPA DAS OBRIGAÇÕES FISCAIS E PARAFISCAIS DE NOVEMBRO 2018 Dia 12: IVA: Envio da declaração mensal referente ao mês de setembro de 2018 e anexos. IRS/IRC: Envio da Declaração Mensal de Remunerações, por

Leia mais

FICHA DOUTRINÁRIA. Artigo: 18º; 6º

FICHA DOUTRINÁRIA. Artigo: 18º; 6º Diploma: CIVA Artigo: 18º; 6º Assunto: FICHA DOUTRINÁRIA Taxas - Isenções Faturação - Prestações de serviços por via eletrónica a não sujeitos passivos de IVA com domicilio noutros estados membros da UE,

Leia mais

FICHA DOUTRINÁRIA. Processo: nº 12845

FICHA DOUTRINÁRIA. Processo: nº 12845 Diploma: CIVA FICHA DOUTRINÁRIA Artigo: al. a) do n.º 6 do art. 6.º; al. a) do n.º 1 do art. 14.º Assunto: Localização de operações Isenções - Decoração de viaturas e remoção de vinil, destinadas a sujeitos

Leia mais

INFORMAÇÃO TÉCNICA N.º 32/2013 TAX FREE

INFORMAÇÃO TÉCNICA N.º 32/2013 TAX FREE INFORMAÇÃO TÉCNICA N.º 32/2013 TAX FREE A presente informação técnica substitui as informações n.º 12/2008 e 17/2013. Índice 1.Introdução... 1 1.1. Oficio circulado n.º 30139/2012, de 28 de Dezembro...

Leia mais

BOLETIM OFICIAL. I Série ÍNDICE. Número 11. Quinta-feira, 12 de Fevereiro de 2015 MINISTÉRIO DAS FINANÇAS E DO PLANEAMENTO: Portaria nº 7/2015:

BOLETIM OFICIAL. I Série ÍNDICE. Número 11. Quinta-feira, 12 de Fevereiro de 2015 MINISTÉRIO DAS FINANÇAS E DO PLANEAMENTO: Portaria nº 7/2015: Quinta-feira, 12 de Fevereiro de 2015 I Série Número 11 BOLETIM OFICIAL ÍNDICE MINISTÉRIO DAS FINANÇAS E DO PLANEAMENTO: Portaria nº 7/2015: Regulamenta os procedimentos de faturação, registo e pagamento

Leia mais

Assunto: ALTERAÇÃO DO REGIME DE BENS EM CIRCULAÇÃO, OBJECTO DE TRANSAÇÕES ENTRE SUJEITOS PASSIVOS DE IVA

Assunto: ALTERAÇÃO DO REGIME DE BENS EM CIRCULAÇÃO, OBJECTO DE TRANSAÇÕES ENTRE SUJEITOS PASSIVOS DE IVA Circular nº 14/2013 19 de Abril de 2013 Assunto: ALTERAÇÃO DO REGIME DE BENS EM CIRCULAÇÃO, OBJECTO DE TRANSAÇÕES ENTRE SUJEITOS PASSIVOS DE IVA Caro Associado, Recordamos que acerca do tema das regras

Leia mais

NOVIDADES E LEMBRANÇAS

NOVIDADES E LEMBRANÇAS NOVIDADES E LEMBRANÇAS Síntese de diversas matérias fiscais de maior relevo ocorridas na 2.ª quinzena de Agosto de 2012 1 1 - Regime jurídico da atividade empresarial local e das participações locais:

Leia mais

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA 3º, 7º, 8º, 29º, 36º, 40º.

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA 3º, 7º, 8º, 29º, 36º, 40º. Diploma: CIVA Artigo: Assunto: 3º, 7º, 8º, 29º, 36º, 40º. FICHA DOUTRINÁRIA Faturas Exigibilidade do imposto Faturas globais - Fornecimento de leite sujeito a classificação laboratorial em data posterior

Leia mais

A forma e prazo de exercício da opção encontram-se regulados na Portaria n.º 215/2017, de 20 de julho.

A forma e prazo de exercício da opção encontram-se regulados na Portaria n.º 215/2017, de 20 de julho. Classificação: 0 2 0. 0 1. 1 0 Segurança: Processo: 2 0 1 8 0 0 1 6 6 3 ÁREA DE GESTÃO TRIBUTÁRIA-IVA Ofício Circulado N.º: 30203 de 2018-07-04 Entrada Geral: N.º Identificação Fiscal (NIF): 770 004 470

Leia mais

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE TÉCNICOS DE CONTABILIDADE

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE TÉCNICOS DE CONTABILIDADE MAPA DAS TAREFAS E OBRIGAÇÕES PROFISSIONAIS DE JULHO 2018 Dia 10: IVA: Envio da declaração mensal referente ao mês de maio 2018 e anexos. IRS/IRC: Declaração de rendimentos pagos e de retenções, deduções,

Leia mais

PROPOSTA DE LEI N.º 62/X. Exposição de Motivos

PROPOSTA DE LEI N.º 62/X. Exposição de Motivos PROPOSTA DE LEI N.º 62/X Exposição de Motivos A presente proposta de lei destina-se a alterar o Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), com vista a criar um regime especial de IVA aplicável

Leia mais

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE TÉCNICOS DE CONTABILIDADE

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE TÉCNICOS DE CONTABILIDADE MAPA DAS OBRIGAÇÕES FISCAIS E PARAFISCAIS DE SETEMBRO 2018 Dia 10: IVA: Envio da declaração mensal referente ao mês de julho 2018 e anexos. IRS: Envio da Declaração Mensal de Remunerações, por transmissão

Leia mais

Legislação MINISTÉRIO DAS FINANÇAS. Decreto-Lei n.º 158/2014, de 24 de outubro

Legislação MINISTÉRIO DAS FINANÇAS. Decreto-Lei n.º 158/2014, de 24 de outubro Diploma Decreto-Lei n.º 158/2014, de 24 de outubro Estado: vigente Legislação Resumo: No uso da autorização legislativa concedida pelo artigo 237.º da Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro, altera o Código

Leia mais

TEXTOS APROVADOS. Obrigações relativas ao imposto sobre o valor acrescentado para as prestações de serviços e as vendas à distância de bens *

TEXTOS APROVADOS. Obrigações relativas ao imposto sobre o valor acrescentado para as prestações de serviços e as vendas à distância de bens * Parlamento Europeu 2014-2019 TEXTOS APROVADOS P8_TA(2017)0471 Obrigações relativas ao imposto sobre o valor acrescentado para as prestações de serviços e as vendas à distância de bens * Resolução legislativa

Leia mais

Este documento respeita as regras do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.

Este documento respeita as regras do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. orquê as atualizações aos livros da COL. LEGISLAÇÃO? O panorama legislativo nacional é bastante mutável, sendo constante a publicação de novos diplomas. Ao disponibilizar novas atualizações, a ORTO EDITORA

Leia mais

Fiscalidade. Licenciatura em Gestão

Fiscalidade. Licenciatura em Gestão Fiscalidade Licenciatura em Gestão 2011/2012 Imposto sobre o Valores Acrescentado (IVA) Programa: Caracterização Incidência Isenções Regras gerais da localização das operações Apuramento do imposto Taxas

Leia mais

FICHA DOUTRINÁRIA. II) Aquisição em Portugal da matéria-prima (alumínios, vidros e/ou

FICHA DOUTRINÁRIA. II) Aquisição em Portugal da matéria-prima (alumínios, vidros e/ou Diploma: Artigo: Assunto: CIVA FICHA DOUTRINÁRIA 6º, 19º a 22º, al e) do n.º 3 do art. 3.º, Localização de operações Produção e montagem de caixilharia de alumínio, com ou sem montagem, destinada ao mercado

Leia mais

TAX FREE ISENÇÃO DE IVA O NOVO SISTEMA ELETRÓNICO DE COMUNICAÇÃO DOS DADOS

TAX FREE ISENÇÃO DE IVA O NOVO SISTEMA ELETRÓNICO DE COMUNICAÇÃO DOS DADOS 7 de junho de 2017 TAX FREE ISENÇÃO DE IVA O NOVO SISTEMA ELETRÓNICO DE COMUNICAÇÃO DOS DADOS DOS VIAJANTES E RESPETIVAS AQUISIÇÕES PARA FINS PRIVADOS As transmissões de bens expedidos e/ou transportados

Leia mais

FAQ s PORTARIA DE CERTIFICAÇÃO DE SOFTWARE ÓTICA DO UTILIZADOR PRINCIPAIS ALTERAÇÕES

FAQ s PORTARIA DE CERTIFICAÇÃO DE SOFTWARE ÓTICA DO UTILIZADOR PRINCIPAIS ALTERAÇÕES Classificação: 000.01.09 Seg.: P ú b l i c a Proc.: 1 6 / 2 0 1 2 GABINETE DO SUBDIRETOR-GERAL DA INSPEÇÃO TRIBUTÁRIA FAQ s PORTARIA DE CERTIFICAÇÃO DE SOFTWARE ÓTICA DO UTILIZADOR (Em vigor após 1 de

Leia mais

FICHA DOUTRINÁRIA. art. 3.º e n.º 1 do art. 6.º do CIVA - art.s 1.º al a), 3.º, 8.º; 11.º e 12.º do RITI

FICHA DOUTRINÁRIA. art. 3.º e n.º 1 do art. 6.º do CIVA - art.s 1.º al a), 3.º, 8.º; 11.º e 12.º do RITI Diploma: CIVA; RITI; DL 186/2009 Artigo: Assunto: FICHA DOUTRINÁRIA art. 3.º e n.º 1 do art. 6.º do CIVA - art.s 1.º al a), 3.º, 8.º; 11.º e 12.º do RITI Localização de operações AICB s, op. triangulares

Leia mais

1 P. Descarregue gratuitamente actualizações online em Fiscal Col. Legislação ( ).

1 P. Descarregue gratuitamente actualizações online em  Fiscal Col. Legislação ( ). Porquê as actualizações aos livros da COLECÇÃO LEGISLAÇÃO? O panorama legislativo nacional é bastante mutável, sendo constante a publicação de novos diplomas. Ao disponibilizar novas actualizações, a PORTO

Leia mais

Legislação. Diploma - Declaração de Retificação n.º 573-A/2017, de 5 de setembro

Legislação. Diploma - Declaração de Retificação n.º 573-A/2017, de 5 de setembro MOD. 4.3 Classificação: 060.01.01 Segurança: Pública P r o c e s s o : Direção de Serviços de Comunicação e Apoio ao Contribuinte Legislação Diploma - Declaração de Retificação n.º 573-A/2017, de 5 de

Leia mais

CIRCULAR. Para conhecimento, junto se envia a circular 12/2014 do nosso Gabinete Fiscal, relativa ao assunto em epígrafe

CIRCULAR. Para conhecimento, junto se envia a circular 12/2014 do nosso Gabinete Fiscal, relativa ao assunto em epígrafe CIRCULAR N/ REFª: 02/15 DATA: 05/02/2015 Assunto: Síntese Legislativa Exmos. Senhores, Para conhecimento, junto se envia a circular 12/2014 do nosso Gabinete Fiscal, relativa ao assunto em epígrafe Com

Leia mais

FICHA DOUTRINÁRIA. Processo: nº 10177

FICHA DOUTRINÁRIA. Processo: nº 10177 Diploma: Artigo: Assunto: CIVA; RITI FICHA DOUTRINÁRIA 1.º; 3.º; n.º 1 do art. 6.º; nº.s 8 e 9 do art. 29.º. Art.s 7º, 10.º, 14º e 23º do RITI; Enquadramento - Vendas, via internet, de peças de vestuário

Leia mais

SUPLEMENTO II SÉRIE ÍNDICE. Ministério das Finanças e da Administração Pública PARTE C. Quinta-feira, 1 de Julho de 2010 Número 126

SUPLEMENTO II SÉRIE ÍNDICE. Ministério das Finanças e da Administração Pública PARTE C. Quinta-feira, 1 de Julho de 2010 Número 126 II SÉRIE DIÁRIO DA REPÚBLICA Quinta-feira, 1 de Julho de 2010 Número 126 ÍNDICE SUPLEMENTO PARTE C Ministério das Finanças e da Administração Pública Gabinete do Ministro: Despacho normativo n.º 18-A/2010:

Leia mais

Transporte de mercadorias

Transporte de mercadorias Transporte de mercadorias Durante o seu transporte, todos os bens transmitidos entre sujeitos passivos de IVA têm de ser acompanhados de documentos de transporte, ou seja, e conforme os casos, factura,

Leia mais

DECRETO N.º 89/XII. A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte:

DECRETO N.º 89/XII. A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte: DECRETO N.º 89/XII Altera o Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares, o Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas, o Código do Imposto do Selo e a Lei Geral Tributária

Leia mais

DECRETO N.º 36/XIII. Artigo 1.º Objeto

DECRETO N.º 36/XIII. Artigo 1.º Objeto DECRETO N.º 36/XIII Cria um regime de reembolso de impostos sobre combustíveis para as empresas de transportes de mercadorias, alterando o Código dos Impostos Especiais de Consumo, aprovado pelo Decreto-Lei

Leia mais

DIRETIVAS. Tendo em conta o Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, nomeadamente o artigo 113. o,

DIRETIVAS. Tendo em conta o Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, nomeadamente o artigo 113. o, 7.12.2018 L 311/3 DIRETIVAS DIRETIVA (UE) 2018/1910 DO CONSELHO de 4 de dezembro de 2018 que altera a Diretiva 2006/112/CE no que diz respeito à harmonização e simplificação de determinadas regras no sistema

Leia mais

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE TÉCNICOS DE CONTABILIDADE

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE TÉCNICOS DE CONTABILIDADE MAPA DE OBRIGAÇÕES FISCAIS E PARAFISCAIS DE JULHO 2016 Dia 11: IVA: Envio da declaração mensal referente ao mês de maio 2016 e anexos. IRS/IRC/SEGURANÇA SOCIAL: Declaração de rendimentos pagos e de retenções,

Leia mais

Regras de emissão e comunicação de guias de transporte e faturação

Regras de emissão e comunicação de guias de transporte e faturação Formação Eventual Regras de emissão e comunicação de guias de transporte e faturação Paula Franco e Jorge Carrapiço EVE0213 Regime dos bens em circulação Pontos a abordar: Enquadramento das alterações

Leia mais

II - ELEMENTOS FACTUAIS

II - ELEMENTOS FACTUAIS Diploma: CIVA FICHA DOUTRINÁRIA Artigo: n.º 1 do art. 4.º; a) do n.º 6 do art. 6.º Assunto: Localização de operações Prestações de serviços - Cedência de um local de exposição em estabelecimento comercial

Leia mais

ORGANISMOS INVESTIMENTO COLETIVO. Síntese do Regime Tributário

ORGANISMOS INVESTIMENTO COLETIVO. Síntese do Regime Tributário ORGANISMOS INVESTIMENTO COLETIVO Síntese do Regime Tributário O presente trabalho tem como objetivo central abordar o regime de tributação dos rendimentos provenientes de fundos de investimento mobiliário

Leia mais

FICHA DOUTRINÁRIA. - Adquirente sujeito passivo com sede em país terceiro e sem [ ] NIF nem

FICHA DOUTRINÁRIA. - Adquirente sujeito passivo com sede em país terceiro e sem [ ] NIF nem Diploma: CIVA Artigo: 6º; 18º, 29º; 32º; 36º. FICHA DOUTRINÁRIA Assunto: Localização de operações Obrigações declarativas Indemnizações - Organização de eventos de "casamento", incluindo "todas as atividades

Leia mais

ESCLARECIMENTOS GERAIS

ESCLARECIMENTOS GERAIS 1 ESCLARECIMENTOS GERAIS 1. Com a publicação do Despacho nº 25/2016, de 31 de Março, do Ministro da Economia e Finanças da Guiné-Bissau, todos os contribuintes que praticam operações sujeitas ao IGV -

Leia mais

ALTERAÇÕES apresentadas pela Comissão dos Assuntos Económicos e Monetários. Proposta de diretiva (COM(2016)0757 C8-0004/ /0370(CNS))

ALTERAÇÕES apresentadas pela Comissão dos Assuntos Económicos e Monetários. Proposta de diretiva (COM(2016)0757 C8-0004/ /0370(CNS)) 22.11.2017 A8-0307/ 001-021 ALTERAÇÕES 001-021 apresentadas pela Comissão dos Assuntos Económicos e Monetários Relatório Cătălin Sorin Ivan A8-0307/2017 Obrigações relativas ao imposto sobre o valor acrescentado

Leia mais

Decreto-Lei n.º 28/2019, de 15 de Fevereiro

Decreto-Lei n.º 28/2019, de 15 de Fevereiro Decreto-Lei n.º 28/2019, de 15 de Fevereiro O Decreto-Lei n.º 28/2019, de 15 de Fevereiro, que entrou em vigor no dia imediato, vem regulamentar e alterar diversas obrigações fiscais relativas ao processamento

Leia mais

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Proposta de Lei n.º 96/XII/2.ª. Exposição de Motivos

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Proposta de Lei n.º 96/XII/2.ª. Exposição de Motivos PL 465/2012 2012.09.20 Exposição de Motivos A prossecução do interesse público, em face da situação económico-financeira do País, exige um esforço de consolidação que requererá, além de um permanente ativismo

Leia mais

S T Q Q S S D

S T Q Q S S D Circular 3/2014 Assunto: CALENDÁRIO FISCAL DE MARÇO DE 2014 Dia 10 S T Q Q S S D 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 Segurança Social - declaração de remunerações

Leia mais

Medidas de Controlo da Emissão de Facturas e outros Documentos com Relevância Fiscal

Medidas de Controlo da Emissão de Facturas e outros Documentos com Relevância Fiscal CÓDIGOS ELECTRÓNICOS DATAJURIS DATAJURIS é uma marca registada no INPI sob o nº 350529 Medidas de Controlo da Emissão de Facturas e outros Documentos com Relevância Fiscal Todos os direitos reservados

Leia mais

ASPETOS FISCAIS DO ENCERRAMENTO DE CONTAS ACMSROC MEETINGS MARÇO DE 2019 PERÍODO DE TRIBUTAÇÃO DE José Soares Roriz

ASPETOS FISCAIS DO ENCERRAMENTO DE CONTAS ACMSROC MEETINGS MARÇO DE 2019 PERÍODO DE TRIBUTAÇÃO DE José Soares Roriz ASPETOS FISCAIS DO ENCERRAMENTO DE CONTAS ACMSROC MEETINGS MARÇO DE 2019 PERÍODO DE TRIBUTAÇÃO DE 2015 José Soares Roriz 29/03/2019 Meeting de março de 2019 2 A NOVA IES/DA Portaria n.º 31/2019, de 24.01.2019

Leia mais

art.º 78º do CIVA: 7 -

art.º 78º do CIVA: 7 - Regularização IVA art.º 78º do CIVA: 7 - Os sujeitos passivos podem deduzir ainda o imposto respeitante a créditos considerados incobráveis: a) Em processo de execução, após o registo a que se refere a

Leia mais

Legislação. Publicação: Diário da República n.º 13/2017, Série I de , páginas FINANÇAS. Portaria n.º 32/2017, de 18 de janeiro

Legislação. Publicação: Diário da República n.º 13/2017, Série I de , páginas FINANÇAS. Portaria n.º 32/2017, de 18 de janeiro MOD. 4.3 Classificação: 060.01.01 Segurança: Pública P r o c e s s o : Direção de Serviços de Comunicação e Apoio ao Contribuinte Diploma - Portaria n.º 32/2017, de 18 de janeiro Estado: vigente Legislação

Leia mais

ACÇÕES DE FORMAÇÃO Novembro 2012 ALTERAÇÕES AO CÓDIGO DO IVA, RITI E LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DRA. MARIA EMÍLIA PIMENTA

ACÇÕES DE FORMAÇÃO Novembro 2012 ALTERAÇÕES AO CÓDIGO DO IVA, RITI E LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DRA. MARIA EMÍLIA PIMENTA ACÇÕES DE FORMAÇÃO Novembro 2012 ALTERAÇÕES AO CÓDIGO DO IVA, RITI E LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DRA. MARIA EMÍLIA PIMENTA APECA Novembro - 2012 Vídeo-Projecções Reprodução proibida, sem autorização escrita

Leia mais

Este documento respeita as regras do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.

Este documento respeita as regras do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. orquê as atualizações aos livros da COL. LEGISLAÇÃO? O panorama legislativo nacional é bastante mutável, sendo constante a publicação de novos diplomas. Ao disponibilizar novas atualizações, a ORTO EDITORA

Leia mais

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Proposta de Lei n.º 249/XII. Exposição de Motivos

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Proposta de Lei n.º 249/XII. Exposição de Motivos Proposta de Lei n.º 249/XII Exposição de Motivos A alteração das normas europeias, bem como a evolução da jurisprudência dos órgãos jurisdicionais europeus, fazem impender sobre os Estados-Membros a obrigação

Leia mais

Regime dos bens em circulação

Regime dos bens em circulação Nova Regras de emissão e comunicação de guias de transporte AIPAN Maia Julho 2013 Paula Franco Regime dos bens em circulação Principais pontos subjacentes às alterações: Novas formas de emissão dos documentos

Leia mais

Este documento respeita as regras do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.

Este documento respeita as regras do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. orquê as atualizações aos livros da COL. LEGISLAÇÃO? O panorama legislativo nacional é bastante mutável, sendo constante a publicação de novos diplomas. Ao disponibilizar novas atualizações, a ORTO EDITORA

Leia mais