AI Index: AMR 19/004/2003

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1 AI Index: AMR 19/004/2003 Exmo. Senhor Márcio Thomaz Bastos Ministro da Justiça da República Federativa do Brasil Ministério da Justiça Esplanada dos Ministérios - Bl. T Brasília/DF Brasil 14 de Fevereiro de 2003 Exmo. Senhor Ministro, A Anistia Internacional gostaria de submeter à apreciação de Vossa Excelência algumas considerações e comentários relativamente ao de lei para adaptação da legislação brasileira ao Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional. Queríamos em primeiro lugar salientar o importante exemplo que o Brasil tem vindo a desempenhar em prol da ratificação e implementação do Estatuto de Roma, com especial relevo para o estabelecimento do grupo de trabalho e elaboração do legislativo. Esperamos que o Brasil venha a desempenhar um papel fundamental estimulando outros Estados a ratificarem e legislarem no sentido da plena e eficaz implementação do Estatuto. Gostaríamos igualmente de salientar algumas questões incluídas no que consideramos bastante positivas e de extrema relevância, nomeadamente a não prescrição para os crimes de genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra, a insuscetibilidade de anistias, graças ou indultos para estes crimes e a não existência de quaisquer imunidades para os respetivos autores. Queríamos também salientar com agrado a manutenção dos tipos autônomos dos crimes de associação e incitação para a prática de genocídio (artigos 19 e 20) e a não aplicação da pena de morte para os crimes definidos no. Finalmente, não poderíamos deixar de referir a importância da inclusão do capítulo relativo aos crimes contra a administração da justiça do Tribunal Penal Internacional, conforme Título V do, bem como salientar com apreço o fato de o focar algumas questões levantadas na nossa carta de 14 de Outubro passado dirigida ao Coordenador do Grupo de Trabalho Estatuto de Roma, nomeadamente a alteração na definição de crimes contra a humanidade no artigo 22, conforme o disposto no artigo 7 (1) do Estatuto de Roma, bem como a inclusão do crime contra a humanidade de deportação no artigo 27, conforme igualmente o disposto no artigo 7 (1) (d) também do Estatuto. INTERNATIONAL SECRETARIAT 1 Easton Street, London WC1X 0DW, United Kingdom Tel: Int. Code: 44 (20) UK Code: Fax: Int. Code: 44 (20) UK Code: amnestyis@amnesty.org Web:

2 Passaríamos agora a enumerar algumas questões que gostaríamos de trazer à consideração de Vossa Excelência. Definição de crimes Verificamos que em relação aos artigos 7 (1) (g), 8 (b) (xxii) e 8 (e) (vi) do Estatuto, afigura-se terem estes correspondentes previsões nos artigos 30 e 31 e 76 e 77 do, sem, no entanto, vir especificamente mencionada violação. A Anistia Internacional recomendaria que, nesta questão, aqueles artigos do Estatuto fossem interpretados de acordo com as definições adotadas pelo Tribunal Penal Internacional para o Ruanda no caso Akayesu e pelo Tribunal Penal Internacional para a ex- Jugoslávia nos casos Furundzija e Delalic. Verificamos também que, relativamente à parte final dos mesmos artigos do Estatuto, não parece existir previsão correspondente no para qualquer outra forma de violência sexual de comparável gravidade, aplicável a situações de violência sexual não só física mas também mental. Por outro lado, o elemento grave ao qualificar a ameaça nos artigos 30, 31, 76 e 77 poderá vir a limitar o âmbito da criminalidade. Na definição do crime de prostituição forçada (artigo 34 do ), vimos solicitar esclarecimento sobre se o mesmo compreende a prática de atos de natureza sexual com o fim não só de obter qualquer vantagem, mas também o de evitar qualquer mal. Sobre os crimes contra a humanidade e de guerra de esterilização forçada (artigos 36 e 82 do ), vínhamos aqui levantar a questão sobre se se encontra adequadamente definido na lei brasileira o que é um consentimento válido, de forma a que os autores destes crimes possam ser devidamente julgados, nos casos em que a vítima não tenha entendido o alcance do seu consentimento. A Anistia Internacional vem solicitar esclarecimento sobre se esta matéria se encontra regulada e em que termos. Sobre o crime de apartheid, definido no artigo 7 (1) (j) do Estatuto, a Anistia Internacional vem solicitar que lhe seja esclarecido qual o âmbito de aplicação do crime de segregação racial definido no artigo 39 do. É mais extenso ou mais limitado do que a definição do crime de apartheid no Estatuto? No caso de ser mais limitado, quais foram as razões para esta diferença e se esta poderá levar a uma absolvição nos tribunais brasileiros com base nas mesmas provas que poderiam levar a uma condenação no Tribunal Penal Internacional. No caso de ser mais extenso, queríamos manifestar desde já o nosso agrado. Na definição do crime contra a humanidade de privação de direitos, (artigo 37 ), verificamos que não se encontra incluído o elemento nacionalidade, bem como outros motivos universalmente reconhecidos como não permitidos pelo direito internacional, tal como estipulado pelo artigo 7 (1) (h) do Estatuto. A definição do crime de extermínio (artigo 25 do ) não parece muito clara e o requisito do extermínio em massa, poderá estabelecer um patamar muito elevado, tornando impossível a condenação quando o extermínio tenha occorrido a nível regional ou local. A Anistia Internacional gostaria de solicitar esclarecimento sobre o significado deste termo e se existe a possibilidade de que o mesmo possa levar a uma absolvição em um tribunal brasileiro com base nas mesmas provas que poderiam levar a uma condenação no Tribunal Penal Internacional. Relativamente ao disposto no artigo 55 do, o elemento forças armadas deverá ser definido de forma a incluir todas as categorias referidas no artigo 43 do I Protocolo Adicional às Convenções de Genebra. Sobre o crime definido no artigo 8 (b) (vi) do Estatuto, vínhamos solicitar que nos fosse esclarecido se este crime se encontra previsto nos artigos 45, 50 e 52 do. Gostaríamos também de referir que não parece haver correspondente previsão no para os artigos 8 (e) (viii) e 8 (3) do Estatuto de Roma.

3 Finalmente, verificamos que no não consta a definição de género. Este termo deverá, quer na legislação de implementação, quer na jurisprudência, receber a mais ampla interpretação possível nos termos do direito e parâmetros internacionais. Princípios de responsabilidade criminal e defesa Sobre os fatores determinantes da responsabilidade dos superiores civis, parece-nos que os princípios dispostos no não são tão rigorosos quanto o disposto no direito consuetudinário e convencional internacional que exige que os superiores civis estejam sujeitos aos mesmos padrões de responsabilidade que os comandantes militares. Por exemplo, o elemento Adeliberadamente@, no artigo 10. I do, poderá de alguma forma atenuar a responsabilidade daqueles civis. A fim de assegurar que o sistema de justiça internacional seja o mais eficaz possível, a Anistia Internacional recomendaria que os padrões de responsabilidade penal nas legislações nacionais fossem tão amplos quanto os constantes do direito consuetudinário internacional. Por outro lado, não poderíamos deixar de salientar o fato de o Brasil ser parte, desde 5 de Maio de 1992, do 11 Protocolo das Convenções de Genebra que determina no seu artigo 87 a equivalência da responsabilidade civil à responsabilidade militar. A norma do artigo 28 do Estatuto de Roma, aplicável a civis e militares, incluída por insistência dos Estados Unidos e mais alguns Estados, é limitada aos julgamentos no Tribunal Penal Internacional e é uma das previsões que mais provavelmente será alterada na Conferência de Revisão a fim de se tornar mais coerente com o direito consuetudinário e convencional internacional. De forma a assegurar que o sistema de justiça internacional seja o mais eficaz possível, a Anistia Internacional recomendaria que as legislações nacionais incluíssem princípios de responsabilidade criminal tão extensos quanto os constantes do direito consuetudinário internacional. Sobre o artigo 11 do relativo à coação, verificamos que não parece ter sido incluído o elemento desde que a pessoa não tenha pretendido causar um mal maior do que aquele que pretendeu evitar, conforme o disposto no artigo 31 (1) (d) do Estatuto. A Anistia Internacional vê com alguma procupação o fato de aquela previsão do, tal como se encontra, poder levar a impunidade. A Anistia Internacional recomendaria igualmente que as defesas em direito nacional não fossem mais extensas do que as permitidas no Estatuto de Roma, devendo, inclusive, em alguns casos, ser ainda mais limitadas a fim de serem coerentes com o direito consuetudinário internacional. Referimos em especial o artigo 14 do, segundo o qual será causa de exclusão de responsabilidade nos crimes de guerra a obediência a ordens superiores quando se verificarem as três condições previstas no mesmo artigo. A previsão do artigo 33 do Estatuto de Roma, incluída por insistência dos Estados Unidos e de mais alguns Estados, é limitada aos julgamentos no Tribunal Penal Internacional e é também uma das previsões que mais provavelmente será alterada na Conferência de Revisão a fim de se tornar coerente com o direito consuetudinário e convencional internacional. Esta previsão não se encontra de acordo com o disposto no artigo 8º da Carta de Nuremberga, na Carta de Tóquio, nos Estatutos dos Tribunais ad-hoc para a ex-jugoslávia e o Ruanda e no Projeto do Código dos Crimes contra a Paz e a Segurança da Humanidade, de 1996, que somente consideram a obediência a ordens superiores como uma possível causa atenuante e não como elemento de exclusão da responsabilidade. A Anistia Internacional vê com alguma preocupação o fato de esta previsão, tal como se encontra, poder levar a impunidade. Em relação ao disposto na parte final do parágrafo único do artigo 3º do, extinguindo a punibilidade pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso, mencionaríamos aqui que tal lei deverá ser consistente com as normas de direito internacional. Vimos ainda solicitar esclarecimento sobre se os princípios de responsabilidade criminal dispostos nos artigos 22, 23, 24, 25, 26, 30, 31 e 32 do Estatuto de Roma se encontram previstos na legislação brasileira e em que termos. A Anistia Internacional gostaria de solicitar esclarecimento sobre se cada um destes princípios, conforme previstos na legislação brasileira, poderá levar a absolvição nos

4 tribunais brasileiros, com base nas mesmas provas que levariam a uma condenação no Tribunal Penal Internacional. Julgamentos imparciais Verificamos que no não existem previsões correspondentes aos artigos 55 e 62 a 68 do Estatuto de Roma, relativas aos direitos de pessoas suspeitas de terem cometido crimes sob a jurisdição do direito internacional. Estas omissões são preocupantes por duas razões em particular. Primeiro, a menos que as previsões do artigo 55 do Estatuto de Roma estejam expressamente previstas na lei brasileira, existe o risco de a pessoa que, caso contrário, teria sido condenada no Tribunal Penal Internacional, venha a ser absolvida, apenas porque a polícia brasileira ou o Ministério Público não cumpriram os requisitos dispostos no Estatuto de Roma. Segundo, a Anistia Internacional considera que os julgamentos nos tribunais nacionais de pessoas acusadas de terem cometido crimes sob jurisidição internacional deverão ser coerentes, em todas as fases do processo, com as normas internacionais de julgamentos imparciais, tal como os artigos 9, 14 e 15 da Convenção Internacional dos Direitos Civis e Políticos e artigos 55 e 62 a 68 do Estatuto de Roma. Gostaríamos de solicitar esclarecimento sobre se estas normas se encontram previstas na lei nacional, bem como de referir que segundo o artigo 20 (3) (b) do Estatuto de Roma o Tribunal Penal Internacional pode realizar novo julgamento para os crimes de genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra quando os julgamentos para estes crimes não tiverem sido conduzidos de forma independente e imparcial nos tribunais nacionais. A tarefa de elaborar legislação para implementação do Estatuto de Roma, é uma oportunidade histórica para os Estados-partes alterarem as suas legislações penais e processuais penais a fim de se tornarem coerentes com as normas internacionais tal como dispostas no Estatuto. No caso de a lei brasileira não cumprir estes parâmetros, a Anistia Internacional gostaria que o Brasil aproveitasse esta oportunidade para se tornar parte do enorme esforço que está a ser feito a nível mundial a fim de garantir que as legislações nacionais cumprem os mais elevados parâmetros de julgamentos imparciais. Obrigação básica de cooperação com o Tribunal Penal Internacional Relativamente ao artigo 121 do, parece-nos que o mesmo só se aplica às situações mencionadas no artigo 97 do Estatuto e não também a outras situações, contrariamente ao estipulado neste artigo do Estatuto. Verificamos que não existem no previsões correspondentes aos artigos 94 e 95 do Estatuto. A Anistia Internacional considera que se a execução imediata de um pedido do Tribunal Penal Internacional interferir com uma investigação ou processo criminal em curso relativamente a um crime diferente do constante do pedido, o Estado não deverá adiar o cumprimento do pedido para além do período de tempo necessário para completer a investigação ou processo e conforme acordado com o Tribunal. No entanto, dada a gravidade dos casos sob jurisdição do Tribunal, deverão ser feitos todos os esforços para dar prioridade à investigação deste Tribunal. Parece-nos que o não contém previsões relativas aos artigos 3 (3), 4 (1) e e 48 (1),, (3) e (4) do Estatuto. Os Estados-partes devem incluir nas suas legislações disposições destinadas a facilitar a realização de audiências do Tribunal nos territórios nacionais, bem como a fim de assegurar que o Tribunal tem condições para exercer efetivamente as suas funções nos territórios dos Estados. Os Estados-partes deverão também assegurar que os privilégios e imunidades do Tribunal, do seu pessoal, advogados, peritos, testemunhas e outros cuja presença seja requerida, são devidamente respeitados. Facilitar e auxiliar as investigações do Tribunal Verificamos que não existe correspondente previsão para o artigo 18 (5) do Estatuto, relativo a solicitações do Procurador no caso de a investigação ter sido adiada. Pensamos que os Estados deverão assegurar que as autoridades em causa respondam total e imediatamente a estas solicitações, bem com

5 dão pleno efeito ao disposto nos artigos 18 (6) e 19 (8) do Estatuto de Roma, os quais parecem não ter, igualmente, correspondência no. Este requisito é necessário a fim de assegurar que não são destruídas ou perdidas provas, que as testemunhas não são ameaçadas ou prejudicadas e que os acusados não fugirão à justiça. Notamos que no artigo 122 do, segundo a parte final do 1º parágrafo, o Procurador do Tribunal pode executar o pedido diretamente, após consultas com a autoridade central brasileira sujeitando-se a condições que lhe forem impostas. A Anistia Internacional receia que este dispositivo possa impeder ou atrasar a investigação e acredita que os Estados devem permitir ao gabinete do Procurador e à defesa conduzir investigações nos locais, em todos os casos, sem qualquer impedimento ou atraso. Gostaríamos igualmente de referir que, em relação ao artigo 96 (3) do Estatuto, que não parece ter correspondência no, os Estados não deverão aguardar por pedidos de esclarecimento sobre as suas legislações nacionais relativos a formas de cooperação com o Tribunal, mas sim prestar informação detalhada sobre os requisitos de cooperação aplicáveis bem como atualizar esta informação à medida que for sendo alterada, de forma a contribuir para um pronto e eficaz funcionamento do Tribunal. Sobre a questão do auxílio relacionado com documentos e registos, informações e provas, o artigo 117. i) do não inclui o elemento registos, nem registos e documentos oficiais, conforme o disposto no artigo 93 (1) (i) do Estatuto. Do mesmo modo, no artigo 117. d) do não se encontra estipulada a requisição de documentos judiciais, conforme o disposto no artigo 93 (1) (d) do Estatuto. Relativamente à questão da informação confidencial, verificamos que não existe correspondência no para os artigos 68 (6) e 73 do Estatuto. A Anistia Internacional acredita que para assegurar a efetividade da investigação e dos processos criminais de casos perante o Tribunal, os Estados-partes devem estipular nos acordos celebrados com outros Estados-partes e não partes envolvendo a troca de informação relacionada com a segurança nacional de algum deles, que esta informação será transmitida ao Tribunal, a pedido deste, sob estritas medidas de segurança ordenadas pelo Tribunal ao abrigo do disposto no artigo 72 do Estatuto. Relativamente à proteção de vítimas e testemunhas, não só em relação aos procedimentos criminais no Tribunal, mas também nos tribunais nacionais, a Anistia Internacional recomenda aos Estados que implementem medidas adicionais a fim de proteger a segurança, o bem-estar físico e psicológico, a dignidade e a privacidade das vítimas e testemunhas. Os Estados deverão considerar todos os fatores relevantes incluindo idade, gênero, saúde e tipo de crime, em especial se envolve violência sexual ou de gênero ou violência contra crianças e deverão contratar pessoal habilitado para auxiliar o Tribunal nestas questões. Os artigos 42 (9), 43 (6) e 68 (1) do Estatuto, relativos a estas matérias, não parece terem correspondência no. Verificamos ainda que o não contém disposições relativas à proteção de menores de 18 anos que sejam vítimas, testemunhas ou cuja presença seja requerida no Tribunal, questão esta que deveria ser igualmente objeto de tratamento legislativo adequado. Parece-nos que o artigo 55 do Estatuto não tem igualmente correspondência no. A Anistia Internacional vem solicitar esclarecimento sobre se esta disposição se encontra prevista na legislação nacional. Se os direitos das pessoas a serem interrogadas não forem plenamente respeitados, tal fato poderá significar que, de acordo com o disposto no artigo 69 (7) do Estatuto, as acusações contra alguém que tenha cometido genocídio, crimes contra a humanidade ou crimes de guerra poderão ser levantadas com base no fato de o respetivo depoimento às autoridades nacionais ter sido prestado sem ter sido prestada informação sobre os direitos que lhe assistem. Por outro lado, o artigo 104. a) do não parece incluir os elementos em detalhe bem como num idioma que o arguido compreenda e fale fluentemente, conforme o disposto no artigo 67 (1) (a) do Estatuto. A Anistia Internacional receia novamente que esta disposição do possa levar a impunidade se o depoimento não for considerado por não terem sido respeitados os direitos do acusado.

6 Sobre o artigo 93 (1) (g) do Estatuto, vimos solicitar esclarecimento sobre se esta disposição se encontra incluída no artigo 117. b) do. Os Estados devem autorizar o Tribunal a conduzir investigações em sepulturas, sem qualquer impedimento e as autoridades nacionais deverão providenciar toda a assistência que possa ser necessária a fim de preservar as provas. A Anistia Internacional recomendaria que os Estados tomassem medidas a fim de garantir que os respetivos tribunais e autoridades se encontram em condições de prestar qualquer tipo de assistência requerida pelo Tribunal, bem como por outros Estados dado que muitos dos crimes do Estatuto continuarão a ser investigados e julgados nos tribunais nacionais, assistência esta relacionada com investigações e processos de crimes sob a jurisdição do Tribunal, de forma a reduzir ao mínimo os motivos de recusa. Prisão e entrega de pessoas acusadas Verificamos que o não parece incluir previsões correspondents aos artigos 89 (3) e (4) do Estatuto, bem como aos artigos 91 (c), 91 (4) e 98 (1) e. Relativamente ao artigo 98, nos termos do direito internacional, o cargo oficial de um acusado não o absolve da responsabilidade criminal para os crimes de guerra, crimes contra a humanidade ou genocídio. Verificamos com agrado o fato de o Brasil não ter assinado acordos de impunidade com nenhum Estado não parte com o objetivo de impedir a entrega ao Tribunal de nacionais de Estados não partes. Conforme salientado pela Anistia Internacional em documentos recentes ( em inglês ou em espanhol) estes acordos são contrários ao disposto no Estatuto bem como em diversos instrumentos legislativos internacionais. Garantir reparações efetivas para as vítimas Verificamos que não existem no previsões relativas a reparações para as vítimas de genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra. A Anistia Internacional recomendaria que os Estados tomassem medidas a fim de garantir que as disposições legislativas nacionais permitem às vítimas exercer todos os seus direitos reconhecidos pelas legislações nacional e internacional. A Anistia Internacional considera igualmente que os Estados deverão contribuir para o Fundo estipulado pelo artigo 79 do Estatuto, bem como estabelecer fundos idênticos a nível nacional. Gostaríamos ainda de referir que as previsões relativas a reparações deverão compreender não só as reparações decididas pelo Tribunal, mas também as reparações decididas a nível nacional pelos tribunais brasileiros, bem como solicitar esclarecimento sobre quais serão as medidas a serem tomadas nesta matéria. Cumprimento de sentenças Relativamente ao parágrafo único do artigo 127 do, vimos solicitar esclarecimento sobre se este compreende na sua totalidade o direito de recurso, tal como estipulado pelo artigo 104 do Estatuto. Verificamos também que o não parece conter disposições relativas às condições de detenção e prisão. A Anistia Internacional gostaria de referir que, segundo o disposto nos artigos 106 (1) e do Estatuto, os Estados devem providenciar no sentido de garantir o acesso do Tribunal aos locais onde se encontrem pessoas a cumprir sentenças e que estes locais cumprem as normas internacionais estipuladas para os locais de detenção e prisão. Reparamos igualmente que o não parece conter disposições relativas aos artigos 107, 108 e 111 do Estatuto. Pensamos que os Estados devem providenciar a transferência de pessoas que tenham cumprido sentença e que não sejam nacionais dos Estados de cumprimento da sentença, bem como

7 garantir que nenhuma acusação, punição ou extradição de pessoa condenada a cumprir pena no seu território, terá lugar sem a aprovação do Tribunal. Nomeação de candidatos Verificamos que o não contém disposições relativas à nomeação de candidatos a juízes e Procurador. A Anistia Internacional recomendaria que o processo de nomeação de candidatos fosse o mais aberto e com a maior participação possível da sociedade civil, conforme salientado em recentes documentos da organização, e que este processo seja igualmente aplicável à nomeação de candidatos a qualquer tribunal internacional Finalmente, a Anistia Internacional recomendaria que os Estados-partes desenvolvessem e implementassem programas de formação de juízes, delegados do Ministério Público, advogados de defesa, polícia, exército e funcionários da justiça e dos negócios estrangeiros sobre as respetivas obrigações ao abrigo do Estatuto de Roma, bem como proceder à atualização de códigos militares, conforme, aliás, diversos Estados o fizeram. Juntamos em anexo duas tabelas comparativas que indicam qual a previsão correspondente no para cada previsão do Estatuto, tal como o entendemos, indicando sumariamente algumas diferenças, questões levantadas e omissões. Fizemos os maiores esforços no sentido de consultar peritos brasileiros na preparação das tabelas e dos comentários nesta carta. No entanto, não somos peritos na lei brasileira e gostaríamos, assim, que nos fossem esclarecidas as questões que levantámos. A carta e as tabelas são trazidas à consideração de V. Exa a fim de poder auxiliar na tarefa comum de assegurar que a legislação brasileira implementa, na sua totalidade, as obrigações assumidas sob o Estatuto de Roma e o direito consuetudinário e convencional internacional. A Anistia Internacional gostaria de manifestar o seu interesse e disponibilidade em prosseguir o diálogo com V. Exa, bem como com outras individualidades empenhadas neste histórico esforço de pôr fim à impunidade para os crimes de genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra, onde quer que sejam praticados. Atenciosamente, Hugo Relva Coordenador da Anistia Internacional para o Tribunal Penal Internacional na América Latina Consultor da Coligação para o Tribunal Penal Internacional

8 Análise do Anteprojeto Legislativo para Adaptação da Legislação Brasileira ao Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional segundo a Lista de Verificação para uma Implementação Eficaz elaborada pela Anistia Internacional Parte 1. Complementariedade: I. DEFINIÇÃO DE CRIMES, PRINCÍPIOS DE RESPONSADILIDADE PENAL E DEFESAS 1. As legislações nacionais deverão determinar que os crimes constantes do Estatuto de Roma, bem como outros crimes sob jurisdição internacional, são crimes ao abrigo do direito nacional Estatuto de Roma Anteprojeto Artigo 6 Artigo 18 Artigo 7 (1) Artigo 22 Artigo 7 (1) (a) Artigo 24 Artigo 7 (1) (b) Artigo 25 Artigo 7 (1) (c) Artigo 26 Artigo 7 (1) (d) Artigo 27 Artigo 7 (1) (e) Artigo 28 Artigo 7 (1) (f) Artigo 29 Artigo 7 (1) (g) Artigos 30, 31, 32, 33, 34, 35 e 36 - Não parece vir mencionada "violação" em particular, nem feita referência a "qualquer outra forma de violência sexual de gravidade comparável", conforme o disposto na parte final do artigo 7(1) (g) do ER, aplicável a situações de agressão sexual, não só física mas também mental. Por outro lado, o elemento grave ao qualificar ameaça, nos artigos 30 e 31, poderá vir a limitar o âmbito da criminalidade. Pedido de esclarecimento sobre o alcance da definição do crime de prostituição forçada Artigo 7 (1) (h) Artigo 37 - Não parece ser referido o elemento nacionalidade no crime contra a humanidade de privação de direitos, bem como "outros motivos universalmente reconhecidos como não permitidos pelo direito internacional", conforme o estipulado no artigo 7 (1) (h) do ER. Artigo 7 (1) (i) Artigo 38 Artigo 7 (1) (j) Artigo 39 Pedido de esclarecimento sobre o alcance do crime de segregação racial Artigo 7 (1) (k) Artigo 40 Artigo 7 (a) Artigo 22 Artigo 7 (b) Artigo 25 O requisito "extermínio em

9 massa" poderá vir a limitar o âmbito mais largo da definição do Estatuto Artigo 7 (c) Artigo 26 Artigo 7 (d) Artigo 27 Artigo 7 (e) Artigo 29 Artigo 7 (f) Artigo 35 Artigo 7 (g) Artigo 37 Artigo 7 (h) Artigo 39 Artigo 7 (i) Artigo 38 Artigo 7 (3) Artigo 8 (a) (i) Artigo 50 Artigo 8 (a) (ii) Artigos 51 1º, 52 e 53 Artigo 8 (a) (iii) Artigo 51 Artigo 8 (a) (iv) Artigo 54 Artigo 8 (a) (v) Artigo 8 (a) (vi) Artigo 56 Artigo 8 (a) (vii) Artigo 57 Artigo 8 (a) (viii) Artigo 59 Artigo 8 (b) (i) Artigo 60 Artigo 8 (b) (ii) Artigo 61 Artigo 8 (b) (iii) Artigo 8 (b) (iv) Artigo 62 Artigo 8 (b) (v) Artigo 63 Artigo 8 (b) (vi) Artigos 45, 50 e 52 Artigo 8 (b) (vii) Artigo 64 Artigo 8 (b) (viii) Artigo 55 O elemento forças armadas deverá ser interpretada no sentido de incluir todas as categorias compreendidas no artigo 43 do 1º Protocolo Adicional, o qual define forças armadas como todas as forças, grupos ou unidades armados sob o comando de alguém responsável pela atuação dos seus subordinados Artigos 60. 1º e 61. único Artigo 8 (b) (ix) Artigo 66 Artigo 8 (b) (x) Artigos 53 e 68 Artigo 8 (b) (xi) Artigo 64 Artigo 8 (b) (xii) Artigo 69 Artigo 8 (b) (xiii) Artigo 70 Artigo 8 (b) (xiv) Artigo 8 (b) (xv) Artigo 65 Não parece estar incluído o elemento deportação Artigo 55 A expressão forças armadas deverá ser interpretada no sentido de incluir todas as categorias compreendidas no artigo 43 do 1º Protocolo Adicional, o qual define forças armadas como todas as forças, grupos ou unidades armados sob o comando de alguém responsável

10 pela actuação dos seus subordinados Artigo 8 (b) (xvi) Artigo 71 Artigo 8 (b) (xvii) Artigo 72 Artigo 8 (b) (xviii) Artigo 72 Artigo 8 (b) (xix) Artigo 73 Acrescentado proíbidos por tratados dos quais a República Federativa do Brasil seja parte. Artigo 8 (b) (xx) Artigo 74 A segunda parte do artigo parece ser substituída por em violação a tratado do qual a República Federativa do Brasil seja parte. Artigo 8 (b) (xxi) Artigo 75 Artigo 8 (b) (xxii) Artigos 76, 77, 78, 79, 80, 81 e 82 - Não parece vir mencionada "violação" nem feita referência a "qualquer outra forma de violência sexual de gravidade comparável", conforme o disposto na parte final do artigo 7(1) (g) do ER, aplicável a situações de agressão sexual, não só física mas também mental. Por outro lado, o elemento grave ao qualificar ameaça, nos artigos 30 e 31, poderá vir a limitar o âmbito da criminalidade. Pedido de esclarecimento sobre o âmbito de aplicação do crime de prostituição forçada Artigo 8 (b) (xxiii) Artigo 83 Artigo 8 (b) (xxiv) Artigos 60. 2º e 67 Artigo 8 (b) (xxv) Artigo 84 Artigo 8 (b) (xxvi) Artigo 85 Artigo 8 (c) (i) Artigos 87, 45.II, 50, 51, 52 e 68 Artigo 8 (c) (ii) Artigos 87, 45. II e 75 Artigo 8 (c) (iii) Artigos 87, 45. II e 59 Artigo 8 (c) (iv) Artigos 87, 45. II e 56 Artigo 8 (d) Artigo 44. 3º Artigo 8 (e) (i) Artigos 87 e 60 Artigo 8 (e) (ii) Artigos 87, 60 2º e 67 Artigo 8 (e) (iii) Artigos 87, 60. 1º e 61 único Artigo 8 (e) (iv) Artigos 87 e 66 Artigo 8 (e) (v) Artigos 87 e 71 Artigo 8 (e) (vi) Artigos 87, 76, 77, 78, 79, 80, 81 e 82 - Não parece vir mencionada "violação" nem feita referência a "qualquer outra forma de violência sexual de gravidade comparável", conforme o disposto na parte final do artigo 7(1) (g) do ER, aplicável a situações de agressão sexual, não só física mas também mental. Por outro lado, o elemento grave ao

11 qualificar ameaça, nos artigos 30 e 31, poderá vir a limitar o âmbito da criminalidade. Pedido de esclarecimento sobre o âmbito de aplicação do crime de prostituição forçada. Artigo 8 (e) (vii) Artigos 87 e 85 Artigo 8 (e) (viii) Artigos 87 e 65 Artigo 8 (e) (ix) Artigos 87 e 64 Artigo 8 (e) (x) Artigos 87 e 69 Artigo 8 (e) (xi) Artigos 87, 68 e 53 Artigo 8 (e) (xii) Artigos 87 e 70 Artigo 8 (f) Artigo 44. 2º e 3º Artigo 8 (3) 2. Os tribunais nacionais deverão ser competentes para exercer jurisdição universal em todos os casos de crimes estipulados pelo direito internacional Artigo 1 Artigo 4º 3. Os princípios de responsabilidade criminal nas legislações nacionais para os crimes sob jurisdição internacional deverão ser tão rigorosos quanto os estabelecidos pelo direito consuetudinário internacional Artigo 22 Artigo 23 Artigo 24 Artigo 25 (1) Artigo 25 Artigo 25 (3) (a), (b) e (c) Artigo 25 (3) (d) Artigo 25 (3) (e) Artigo 20 Artigo 25 (3) (f) Artigo 7º. II e único Artigo 25 (4) Artigo 26 Artigo 28 Artigo 10 - Parece-nos que os princípios dispostos no não são tão rigorosos quanto o disposto no direito consuetudinário e convencional

12 Artigo 29 Artigo 3º Artigo 30 internacional que exige que os superiores civis estejam sujeitos aos mesmos padrões de responsabilidade que os comandantes militares Artigo 31 (1) (a) Artigo 13 Artigo 31 (1) (b) Artigo 13 Artigo 31 (1) (c) Artigo 31 (1) (d) Artigo 11 Não parece estar incluído o elemento desde que a pessoa não pretenda causar um mal maior do que o que pretendeu evitar Artigo 31 e (3) Artigo 32 (1) Artigo 12. 1º parágrafo Artigo As defesas em direito nacional, para os crimes estipulados pelo direito internacional, deverão ser compatíveis com o direito consuetudinário internacional Artigo 33 Artigo 14 - O correspondente artigo considera causa excludente nos crimes de guerra a obediência a ordens superiores, quando se verificarem as três condições previstas nas alíneas a), b) e c) do mesmo artigo, o que nos parece não estar de acordo com o direito consuetudinário internacional, nomeadamente o disposto no Artigo 8 da Carta de Nuremberga II. ELIMINAÇÃO DE OBSTÁCULOS AOS PROCESSOS JUDICIAIS 5. Não permissão de prescrições Artigo 29 Artigo 3º 6. Não aplicação de anistias, perdões ou quaisquer outras medidas semelhantes de impunidade por parte dos Estados Artigo 29 Artigo 3º 7. Deverá ser eliminada nos direitos nacionais, para os crimes estipulados pelo direito internacional, a imunidade dos detentores de cargos oficiais Artigo 27 Artigo 9º

13 III. GARANTIR A REALIZAÇÃO DE JULGAMENTOS IMPARCIAIS SEM A APLICAÇÃO DA PENA DE MORTE 8. Os julgamentos deverão ser imparciais Artigos 55 e 62 a Os julgamentos deverão excluir a pena de morte Artigo 77 Artigo 5º Parte 2. Cooperação: I. OBRIGAÇÃO BÁSICA DE COOPERAÇÃO 10. Os tribunais e as autoridades nacionais deverão cooperar plenamente com as ordens e os pedidos do Tribunal Artigo 86 Artigo 87 (1) (a) Artigo 99 Artigo 87 (1) (b) Artigo 87 (3) Artigo Parece-nos que o correspondente artigo no não reflete na sua totalidade o espírito do artigo 87 (3) do ER. No Estatuto é requerido que a confidencialidade não só do pedido mas também dos documentos seja mantida excepto se a revelação for necessária para a execução do pedido, enquanto no só é requerida a confidencialidade na execução quando necessário Artigo 88 Artigo 98 Artigo 94 Artigo 95 Artigo 97 Artigo 121 Os casos previstos nas alíneas a), b) e c) do Artigo 97 do ER são referidos a título de exemplo, enquanto no correspondente artigo do, parecem vir mencionados como taxativos II. ESTATUTO DO TRIBUNAL AO ABRIGO DOS DIREITOS NACIONAIS

14 11. O Tribunal deve ser autorizado a realizar sessões nos Estados Artigo 3 (3) 12. Deverá ser reconhecida a personalidade jurídica do Tribunal Artigo 4 (1) Artigo Os privilégios e imunidades do Tribunal, do seu pessoal, advogados, peritos, testemunhas e outra pessoas cuja presença seja requerida nas sessões deverá ser plenamente respeitada Artigo 48 (1) Artigo 48 Artigo 48 (3) Artigo 48 (4) III. NOMEAÇÃO DE CANDIDATOS A JUÍZES OU PROCURADOR 14. Os Estados deverão nomear candidatos a juízes e Procurador num processo aberto e com a mais ampla consulta possível Artigo 36 Artigo 42 IV. FACILITAR E AUXILIAR AS INVESTIGAÇÕES DO TRIBUNAL 15. Quando o Ministério Público tenha adiado uma investigação, os Estados deverão dar cumprimento imediato aos pedidos de informação Artigo 18 (5) 16. Os Estados deverão dar cumprimento a actos do Ministério Público ou a mandados que tenham sido emitidos pelo Tribunal antes de uma contestação à jurisdição ou de admissibilidade nos termos do artigo 19, bem como a medidas tomadas pelo Ministério Público para conservação de provas ou para impedir que um suspeito fuja à justiça, conforme o disposto nos artigos 18 (6) e 19 (8) Artigo 18 (6)

15 Artigo 19 (8) 17. Os Estados deverão facilitar sem qualquer impedimento a actividade do Ministério Público e da defesa na prossecução de investigações nos Estados Artigo 54 Artigo 122- o disposto no 1º condiciona a execução direta por parte do Procurador do Tribunal Penal Internacional às condições que lhe forem impostas pela autoridade central brasileira, o que receamos se venha a tornar em um elemento de obstrução à justiça 18. As legislações nacionais não deverão conter disposições que possam levar a recusar solicitações de ajuda do Tribunal relacionadas com investigações e processos Estes motivos poderiam incluir, entre outros o fato de o crime a ser investigado ou sob processo criminal ser um crime militar ou de disciplina militar, a pessoa em causa já ter sido absolvida ou condenada da conduta a ser investigada ou sob processo ou ainda perigo de julgamento não imparcial. Constatamos que o é omisso nestas matérias. 19. As autoridades nacionais deverão providenciar diversas medidas de assistência ao Tribunal Artigo 96 (3) A. Assistência relacionada com documentos e registos, informação e provas a. Localização e entrega de documentos e registos, informação e provas requeridas ou ordenadas pelo Tribunal Artigo 93 (1) (a) Artigo 117. a) Artigo 93 (1) (i) Informação confidencial Artigo 117. i) Não parece incluir o elemento registos nem incluindo documentos e registos oficiais Artigo 68 (6) Artigo 73 Transmissão de informação relacionada com segurança nacional Artigo 72 Artigo 102 Receamos que o fato de a segurança nacional poder vir a ser invocada como motivo para a recusa de apresentação de documentos,

16 informações ou divulgação de provas, se venha a tornar em um fator de atraso ou incumprimento da justiça b. Assegurar a proteção destas provas contra perdas, falsificações ou destruições Artigo 93 (1) (j) Artigo 117. h) c. Entrega de documentos solicitados pelo Tribunal Artigo 93 (1) (d) Artigo 117. d) Não parece ser feita referência à entrega de documentos judiciais B. Assistência relacionada com vítimas e testemunhas d. Auxiliar o Tribunal na localização de testemunhas Artigo 93 (1) (a) Artigo 117. a) e. Proporcionar às vítimas e testemunhas toda a proteção necessária Artigo 93 (1) (j) Artigo 42 (9) Artigo 43 (6) Artigo 68 (1) Artigo 117. h) Deverão, no entanto, ser implementadas medidas adicionais a fim de proteger devidamente a segurança, o bem-estar físico e psicológico, a dignidade e a privacidade das testemunhas f. Pleno respeito pelos direitos das pessoas inquiridas no âmbito de investigações de crimes sob a jurisdição do Tribunal Artigo 55 Pedido de esclarecimento sobre se se encontra previsto na legislação nacional. Este incumprimento significará que um processo contra uma pessoa que tenha cometido tais crimes poderá ser rejeitado nos termos do artigo 69 (7) do ER. g. Auxiliar o Tribunal obrigando as testemunhas a prestar depoimento, sujeito a garantias de confidencialidade, quer no Tribunal, quer nos próprios Estados

17 Artigo 93 (1) (e) Artigo 117. e) Artigo 93 (1) (f) Artigo 117. f) Artigo 93 (7) Artigo 117. único C. Ajuda relacionada com buscas e apreensões h. Facilitar as buscas e a apreensão de provas pelo Tribunal, incluindo a exumação de sepulturas, e a conservação de provas Artigo 93 (1) (h) Artigo 117. (g) Artigo 93 (1) (g) Pedido de esclarecimento sobre se se encontra incluído no artigo 117. b). A Anistia Internacional acredita que os Estados deverão autorizar o Tribunal a realizar exumação de sepulturas, mesmo sem o consentimento do proprietário, sem impedimento, e exigir às autoridades estatais que proporcionem segurança aos locais onde se encontrem sepulturas i. Auxiliar no rastreio, congelamento, apreensão e confisco de bens dos arguidos Artigo 93 (1) (k) Artigo 117. j) - Não parece estar incluído o congelamento. Segundo o disposto no ER, os Estados partes deverão certificarse de que possuem legislação que permita a identificação, o rastreio, o congelamento e a apreensão de lucros, de bens móveis e imóveis e dos meios de auxílio aos crimes, sob jurisdição internacional e a pedido do Tribunal. A Anistia Internacional recomenda que estas disposições incluam igualmente pedidos de outros Estados. j. Prestação de qualquer outro tipo de auxílio ordenado ou solicitado pelo Tribunal Artigo 93 (1) (l) Artigo 117. k) Os Estados deverão eliminar quaisquer disposições que possam vir a proibir o auxílio ao Tribunal, bem como a outros Estados, no tocante à investigação e ação penal dos crimes V. PRISÃO E ENTREGA DE ARGUIDOS 20. Os Estados Partes deverão certificar-se que não existem obstáculos à prisão e entrega Artigo 89 (1) Artigo 103

18 Artigo 89 Artigo 106 Acrescentado o seguinte parágrafo: Em nenhuma hipótese a prisão será mantida por mais de sessenta dias, sem prejuízo da adoção de medidas adequadas para impedir a fuga e assegurar a efetivação da entrega Artigo 89 (3) (a), (b), (c), (d) e (e) Artigo 89 (4) Artigo 91 (c) Artigo 103 Artigo 91 (4) Artigo 103 Artigo 98 (1) Artigo 98 Ao abrigo do direito internacional, o cargo oficial de um arguido não o isenta da responsabilidade criminal relativamente aos crimes cobertos pelo ER. A Anistia Internacional recomenda que os Estados que tenham celebrado tais acordos os renegoceiem a fim de permitir a entrega ao Tribunal de cidadãos de Estados não partes. 21. Os tribunais e autoridades nacionais deverão proceder à detenção de arguidos logo que possível, após pedido do Tribunal naquele sentido Artigo 89 (1) Artigo 103 Artigo 92 (1) e Artigo 111 Artigo 92 (3) Artigo 92 (4) Artigo 114 Artigo 59 (1) Artigos 103 e 111 Artigo 112 Estipulado o prazo de sessenta dias para a entrega dos documentos Artigo 113 Acrescentado o seguinte parágrafo: Entregue o preso, o Estado brasileiro poderá requerer ao Tribunal que cumpra sua obrigação de remter-lhe os documentos indicados no art. 91 do Estatuto de Roma, de acordo com o seu Regulamento Processual. 22. Os tribunais e autoridades nacionais deverão respeitar na íntegra os direitos dos detidos à ordem ou a pedido do Tribunal Artigo 55 Pedido de esclarecimento sobre se se encontra coberto pela legislação nacional

19 Artigo 67 (1) (a) Artigo 59 Artigo 59 (3) Artigo 107 Artigo 59 (4) Artigo 59 (5) Artigo 59 (6) Artigo 89 Artigo 104. a) - Não parecem estar incluídos os requisitos em detalhe nem numa língua que o detido compreenda e fale fluentemente. Natureza, causa e acusação são substituídos por motivos Artigo 104 Não parece refletir inteiramente o disposto no Estatuto Artigos 107 e 108 Substituição de circunstâncias urgentes e excepcionais por se presentes circunstâncias que a justifiquem. Não parece encontrar correspondência para não será da competência do Estado de custódia decidir se o mandado de prisão foi devidamente emitido Artigo 107 Pedido de esclarecimento sobre se compreende o disposto no artigo 59 (5) do ER na sua totalidade Sem correspondência Artigo 106 Acrescentado o seguinte parágrafo: Em nenhuma hipótese a prisão será mantida por mais de sessenta dias, sem prejuízo da adoção de medidas adequadas para impedir a fuga e assegurar a efetivação entrega 23. Os tribunais e autoridades nacionais deverão proceder de imediato à entrega dos detidos ao Tribunal Artigo 59 (7) Artigo 105 Artigo 92 (3) Artigo 113 Artigo 101 Conforme o disposto no Artigo 101 do ER, os Estados Partes deverão renunciar a restrições relativamente a pedidos de entrega por uma conduta diferente daquela que constitui o pedido. 24. Os Estados deverão dar prioridade aos pedidos de entrega do Tribunal relativamente a pedidos de extradição formulados por outros Estados Artigo 90 Artigos 118 e Os Estados deverão permitir o transporte de arguidos para o Tribunal através dos seus territórios

20 Artigo 89 (3) 26. Os Estados não deverão julgar pessoas já absolvidas ou condenadas pelo Tribunal pela mesma conduta Artigo 20 VI. ASSEGURAR EFETIVA REPARAÇÃO PARA AS VÍTIMAS 27. Os tribunais e autoridades nacionais devem dar cumprimento às sentenças e decisões do Tribunal no tocante a reparações às vítimas e deverão incluir nas legislações nacionais disposições relativas a reparações para todas as vítimas de crimes de direito internacional de acordo com as normas internacionais, incluindo os princípios gerais estabelecidos pelo Tribunal relativos a reparações Artigo 75 VII. JULGAR CASOS DE DELITOS CONTRA A ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA 28. As legislações nacionais devem determinar a punição de delitos praticados contra a administração da justiça pelo Tribunal Artigo 70 (4) (a) Artigo 88 Artigo 70 (4) (b) Artigo 88 VIII. EXECUÇÃO DE SENTENÇAS DE CONDENAÇÃO 29. As legislações nacionais deverão estipular a execução de multas e penas Artigo 109 (1) Artigo 109 Artigo 109 (3) Artigo 129 Não parece estar referido sem prejuízo dos direitos de terceiros de boa-fé Artigo 129. parágrafo único 30. As legislações nacionais deverão determinar a execução de sentenças de condenação pelo Tribunal, de acordo com os requisitos a seguir indicados Artigo 103 (1) (a) Artigo 103 (1) (b) Artigo 126 Artigo 103 (1) (c) Artigo 103 (a) e (b)

21 Artigo 104 Artigo 127. único Artigo 105 (1) Artigo 127 Artigo 105 Artigo 127. único Pedido de esclarecimento sobre se a instrução irá de alguma forma impedir o pleno exercício do direito de recurso nos termos do artigo 104 do ER a. As condições de detenção devem satisfazer na íntegra os requisitos do ER bem como de outras normas internacionais Artigo 106 (1) Artigo 106 Artigo 106 (3) Artigo 128 b. As legislações nacionais deverão determinar que a pessoa condenada seja libertada após o cumprimento da pena ou por ordem do Tribunal Artigo 110 (1) Artigo 110 Artigo 127. único c. As legislações nacionais deverão determinar a transferência das pessoas após o cumprimento da pena Artigo 107 (1) Artigo 107 Artigo 107 (3) d. As legislações nacionais não deverão estender as acusações e a punição a outros crimes Artigo 108 (1), e (3) e. As legislações nacionais deverão conter disposições relativas a fugas Artigo 111 IX. EDUCAÇÃO PÚBLICA E FORMAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS 31. Os Estados deverão desenvolver e implementer programas eficazes de educação pública e de formação de funcionários sobre a implementação do Estatuto de Roma Parece-nos omisso no

22

23 Anteprojeto de Lei para adaptação da legislação brasileira ao Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional Estatuto de Roma Parte 1. Instituição do Tribunal Artigo 1 Artigo 4º Artigo 2 Artigo 3 (1) (3) Artigo 4 (1) Parte 2. Jurisdição, Admissibilidade e Lei Aplicável Artigo 5 (1) (a) Artigo 6 (a) (b) (c) (d) (e) Artigo 7 (1) (b) (c) (d) (a) (b) (c) (d) (e) (f) (g) (h) (i) (j) (k) N/A N/A N/A Anteprojeto Não parece ter correspondência no Não parece ter correspondência no Não parece ter correspondência no Artigo 1º Artigo 1º Artigo 1º Não parece ter correspondência no Não parece ter correspondência no Artigo 18 Artigo 18. a) Artigo 22 Artigo 24 Artigo 25 Artigo 26 Artigo 27 Artigo 28 Artigo 29 b) c) d) e) Artigos 30, 31, 32, 33, 34, 35 e 36 Artigo 37 Artigo 38 Artigo 39 Artigo 40

24 (a) (b) (c) (d) (e) (f) (g) (h) (i) (3) Artigo 8 (1) (a) (i) (ii) (iii) (iv) (v) (vi) (vii) (viii) (b) (i) (ii) (iii) (iv) (v) (vi) (vii) (viii) (ix) (x) (xi) (xii) (xiii) (xiv) (xv) (xvi) (xvii) Artigo 22 Artigo 25 Artigo 26 Artigo 27 Artigo 29 Artigo 35 Artigo 37 Artigo 39 Artigo 38 Não parece ter correspondência no Não parece ter correspondência no Artigos 45, 46 e 48 Artigo 50 Artigos 51. 1º, 52 e 53 Artigo 51 Artigo 54 Artigo 55 Artigo 56 Artigo 57 Artigo 59 Artigo 60 Artigo 61 Artigos 6. 1º e 61. único Artigo 62 Artigo 63 Artigos 45, 50 e 52 Artigo 64 Artigo 65 Artigo 66 Artigo 68 e 53 Artigo 64 Artigo 69 Artigo 70 Não parece ter correspondência no Artigo 55 Artigo 71 Artigo 72

25 (3) Artigo 9 Artigo 10 Artigo 11 Artigo 12 Artigo 13 Artigo 14 Artigo 15 Artigo 16 (xviii) (xix) (xx) (xxi) (xxii) (xxiii) (xxiv) (xxv) (xxvi) (c) (i) (ii) (iii) (iv) (d) (e) (i) (ii) (iii) (iv) (v) (vi) (vii) (viii) (ix) (x) (xi) (xii) (f) Artigo 72 Artigo 73 Artigo 74 Artigo 75 Artigos 76, 77, 78, 79, 80, 81, 82 Artigo 83 Artigos 60. 2º e 67 Artigo 84 Artigo 85 Artigos 87 e 45.II Artigos 87, 45.II, 50, 51, 52 e 68 Artigos 87, 45.II e 75 Artigos 87, 45.II e 59 Artigos 87, 45.II e 56 Artigo 44. 3º Artigos 87 e 60 Artigos 87, 60. 2º e 67 Artigos 87, 60. 1º e 61. único Artigos 87 e 66 Artigos 87 e 71 Artigos 87, 76, 77, 78, 79, 80, 81 e 82 Artigos 87 e 85 Artigos 87 e 65 Artigos 87 e 64 Artigos 87 e 69 Artigos 87, 68 e 53 Artigos 87 e 70 Artigo 44. 2º e 3º Não parece ter correspondência no Não parece ter correspondência no Não parece ter correspondência no Não parece ter correspondência no Não parece ter correspondência no Não parece ter correspondência no Não parece ter correspondência no Não parece ter correspondência no Não parece ter correspondência no

26 Artigo 17 Artigo 18 Artigo 19 Artigo 20 (1) Artigo 21 (3) Parte 3. Princípios Gerais de Lei Penal Artigo 22 Artigo 23 Artigo 24 (1) Artigo 25 (1) Artigo 26 (3) (a) (4) (b) (c) (d) (e) (f) Não parece ter correspondência no Não parece ter correspondência no Não parece ter correspondência no Não parece ter correspondência no Não parece ter correspondência no Não parece ter correspondência no Não parece ter correspondência no Não parece ter correspondência no Não parece ter correspondência no Não parece ter correspondência no Não parece ter correspondência no Não parece ter correspondência no Não parece ter correspondência no Não parece ter correspondência no Não parece ter correspondência no Não parece ter correspondência no Não parece ter correspondência no Artigo 20 Artigo 27 Artigo 9º Artigo 28 Artigo 10 Artigo 29 Artigo 3º Artigo 30 Artigo 31 (1) (a) (3) Artigo 32 (1) (b) (c) (d) Artigo 7º. II. e Parágrafo único Não parece ter correspondência no Não parece ter correspondência no Não parece ter correspondência no Artigo 13 Artigo 13 Não parece ter correspondência no Artigo 11 Não parece ter correspondência no Não parece ter correspondência no Artigo 12. 1º Artigo 13 Artigo 33 Artigo 14 Parte 4. Composição e Administração do Tribunal

27 Artigos 34 a 52 Parte 5. Inquérito e Ação Penal Artigo 53 Artigo 54 (1) (a) (b) (c) (a) (b) (3) (a) (b) ( c) (d) (e) (f) Artigo 55 Artigo 56 Artigo 57 Artigo 58 Artigo 59 (1) (3) (4) (5) (6) (7) Artigo 60 Artigo 61 Parte 6. Julgamento Artigo 62 Artigo 63 Artigo 64 Artigo 65 Artigo 66 Artigo 67 Artigo 68 Artigo 69 Artigo 70 (1) (a) (b) (c) (d) (e) (f) Não parece ter correspondência no Não parece ter correspondência no Não parece ter correspondência no Artigo 122 Não parece ter correspondência no Não parece ter correspondência no Não parece ter correspondência no Não parece ter correspondência no Não parece ter correspondência no Não parece ter correspondência no Artigos 103 e 111 Artigo 104 Artigo 107 Artigos 108 e 109 Artigo 107 Não parece ter correspondência no Artigo 105 Não parece ter correspondência no Não parece ter correspondência no Não parece ter correspondência no Não parece ter correspondência no Não parece ter correspondência no Não parece ter correspondência no Não parece ter correspondência no Não parece ter correspondência no Não parece ter correspondência no Não parece ter correspondência no Artigo 88 Artigo 89 Artigo 90 Artigos 91, 92, 93 e 94 Artigo 95 Artigo 96 Artigo 97

28 In principium Não parece ter correspondência no (3) Artigos 89 a 96 (4) (a) (b) Artigo 88 Artigo 71 Não parece ter correspondência no Artigo 72 Artigos 102 e 123 Artigo 73 Não parece ter correspondência no Artigo 74 Não parece ter correspondência no Artigo 75 Não parece ter correspondência no Artigo 76 Não parece ter correspondência no Parte 7. Penas Artigo 77 Artigo 5º Artigo 78 Não parece ter correspondência no Artigo 79 Não parece ter correspondência no Artigo 80 Não parece ter correspondência no Parte 8. Recurso e Revisão Artigos 81 a 85 Não parece ter correspondência no Parte 9. Cooperação Internacional Artigo 86 Artigo 98 Artigo 87 (1) (a) Artigo 99 (b) Não parece ter correspondência no Não parece ter correspondência no (3) Artigo 100 (4) Artigo 100 (5) (a) (b) N/A (6) N/A (7) N/A Artigo 88 Artigo 98 Artigo 89 (1) Artigo 103 Artigo 106 (3) (a) (b) (c) (d) (e) Não parece ter correspondência no (4) Não parece ter correspondência no Artigo 90 Artigos 118 e 119 Artigo 91 Artigo 103 Artigo 92 (1) Artigo 111 Artigo 111 (3) Artigos 112 e 113

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