TÍTULO: TERAPIAS COMPLEMENTARES COM O USO DA MUSICOTERAPIA NOS CUIDADOS PALIATIVOS

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1 TÍTULO: TERAPIAS COMPLEMENTARES COM O USO DA MUSICOTERAPIA NOS CUIDADOS PALIATIVOS CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: Enfermagem INSTITUIÇÃO(ÕES): FACULDADES OSWALDO CRUZ - FOC AUTOR(ES): AÉCIO ANTONIO DE OLIVEIRA FORTE, GIULIA ROCHA PORTO SILVA, BEATRIZ VASCONCELOS DE SANTANA ORIENTADOR(ES): SORAYA EL HAKIM

2 Faculdade de Enfermagem Oswaldo Cruz Terapias complementares com o uso da musicoterapia nos cuidados paliativos São Paulo, 2018

3 Aécio Antonio Oliveira Forte Beatriz Vasconcelos de Santana Giulia Rocha Porto Silva Terapias complementares com o uso da musicoterapia nos cuidados paliativos Revisão Bibliográfica para fins de avaliação da disciplina de Ética e comunicação na modernidade orientado pela professora Soraya El Hakim do curso de Enfermagem, da Faculdade Oswaldo Cruz. São Paulo, 2018

4 RESUMO Introdução: No passado o tratamento baseava-se em métodos alopáticos, mas um programa de medicina iniciou a prática da terapia complementar, para melhor tratar os pacientes que necessitam de cuidados paliativos.objetivo: Este presente trabalho tem como objetivo esclarecer as terapias complementares com o uso da musicoterapia e discutir suas dificuldades e eficácia. Metodologia: Foram realizadas pesquisas acadêmicas baseadas em artigos científicos e revisões literárias, minimizando informações essenciais, seguindo o método big six. Resultados: Os resultados obtidos com a síntese dos artigos selecionados foram de acordo com os objetivos que foram propostos no decorrer do trabalho. Conclusão: Concluímos que o tratamento com musicoterapia, tem um efeito essencial para o bem estar dos pacientes, com isso os mesmos tem uma melhora significativa e mais eficaz, sendo usada normalmente apenas em casos terminais, porém pela falta de informação e conhecimento dos pacientes em relação ao tratamento. Palavras chaves: Musicoterapia, terapias complementares, cuidados paliativos, enfermagem. 1. INTRODUÇÃO Antigamente, pacientes com doenças crônicas e em estado terminal recebiam diversos cuidados alopáticos, sem se preocupar com possíveis terapias complementares. A população começou a recorrer à esse método em busca de um novo tratamento, já que a medicina alopática não oferecia o bem estar, a sensação de relaxamento, poder inferior e enfrentamento de sua situação. (CERVILLA et al 2013). No final da década de 1970 a OMS estabeleceu o programa de Medicina Tradicional para estimular as práticas complementares e, partir de estudos científicos foi promovido o conhecimento sobre a eficácia e qualidade dessa terapia. Em 2003, houve a criação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Brasil, através de recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). O Sistema Único de Saúde em 2006 aprovou a PNPIC e diante disso, há uma atração maior de pessoas pela oportunidade de ter outras possibilidades de cuidado. (CAIRES et al, 2014) Buscamos por meio de pesquisas relacionadas às terapias complementares, averiguar a musicoterapia sendo um tipo específico de

5 cuidado com a intenção de promover uma melhora do estado clínico do paciente, não considerando somente o aspecto psicossomático. Caracterizando como finalidade os conhecimentos a respeito da musicoterapia, a identificação de dificuldades, os desafios que se apresentam diante da fundação da (PNPIC) e as representações sociais dos profissionais de saúde para a promoção do bem estar do paciente. (ISCHKANIAN; PELICIONI, 2012) 1.1 INTERESSE PELO ESTUDO Escolhemos a prática do tratamento paliativo por ser um tema que está começando a se destacar na área da saúde por diminuir os sintomas da doença terminal ou retardar a progressão da mesma. Nesses tipos de cuidados é de suma importância a interatividade de todos os envolvidos no processo, isto é, do paciente, de seus familiares e da equipe de enfermagem. Esses cuidados incluem, necessariamente, uma perspectiva multidisciplinar. 1.2 PROBLEMATIZAÇÃO Muitos não acreditam na eficácia das terapias complementares, mesmo que através de dados comprovados há uma melhora sobre o estado de saúde e bem estar em pacientes em condições de terminalidade. Ainda que em crescimento, não são reconhecidas as dificuldades com relação à adoção da PNPIC (a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares), que são baseadas nas medicinas tradicionais, diferente da prevalecente medicina moderna. Além do questionamento sobre a eficácia da musicoterapia, outro ponto a se destacar será sobre até que momento a prática da mesma pode melhorar o estado do paciente? 1.3 JUSTIFICATIVA

6 A importância desse tema é mostrar um diferencial no tratamento de pacientes em estado crônico, com a função de comprovar em bases de artigos científicos sua eficácia para os profissionais de enfermagem, que atuam diretamente nos cuidados paliativos. 2. OBJETIVO 2.1 OBJETIVO GERAL Esclarecer sobre a eficiência das terapias alternativas com o uso da musicoterapia nos cuidados paliativos. 2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO - Compreender como é feito o tratamento utilizando a musicoterapia com pacientes em estado terminal. - Informar as dificuldades enfrentadas pelos profissionais da área da saúde sobre as práticas dos cuidados paliativos. - Discutir sobre possíveis melhoras no quadro de saúde e bem estar de pacientes em estado terminal. -Analisar pesquisas relacionadas sobre a eficácia da musicoterapia nos cuidados paliativos. 3. METODOLOGIA 3.1 TIPO DE PESQUISA O presente estudo fundamentou-se em uma pesquisa de revisão integrativa de cunho qualitativa descritiva. Revisão integrativa inclui a análise de pesquisas relevantes que dão suporte para tomada de decisões e a melhoria da prática clínica, é um tipo de pesquisa desenvolvida com base em material já elaborado constituído principalmente de livros e artigos científicos. Isto possibilita a síntese do estado do conhecimento de um determinado assunto, além de apontar lacunas do conhecimento que precisam ser

7 preenchidas com a realização de novos estudos (MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2008). No entendimento de Marconi e Lakatos (2010) a metodologia qualitativa preocupa-se em analisar e interpretar aspectos mais profundos, descrevendo a complexidade do comportamento humano. Na revisão integrativa seis etapas para a revisão devem ser obedecidas para que a pesquisa tenha um rigor científico. Este estudo cumpriu criteriosamente as seis etapas: elaboração da questão norteadora; definição das características das pesquisas primárias da amostra; seleção das pesquisas que compuseram a amostra da revisão; análise dos achados dos artigos incluídos na revisão; interpretação dos resultados e relato da revisão, o que proporcionou o exame crítico dos achados. Primeira etapa: questão norteadora. Neste estudo procurou-se responder as seguintes questões norteadoras - Até que ponto pode haver uma melhora? - A musicoterapia é eficaz? - Quais aspectos clínicos foram privilegiados a partir da proposta musicoterápica? Segunda etapa: critérios para inclusão e exclusão dos estudos Os artigos preencheram os seguintes critérios de inclusão para a revisão integrativa: Discorrer sobre o tema das práticas integrativas com o uso da musicoterapia relacionando a sua eficácia a partir de exames clínicos. Foram utilizados artigos publicados em língua portuguesa e espanhola, postados nos últimos dez anos, disponível em livre acesso, online de forma gratuita e completa. E foram excluídos os artigos que não responderam as questões norteadoras.

8 Terceira etapa: Definição das informações a serem extraídas dos estudos/coleta de dados Nesta fase definiu-se as informações que foram extraídas dos estudos, reunindo-as em um banco de dados de fácil acesso e manejo. O período de busca dos artigos foi feito um recorte temporal estabelecido para a realização da pesquisa ocorreu entre 2011 e O levantamento dos dados bibliográficos foi adotado da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), utilizando as bases de dados eletrônicos: Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Banco de Dados de Enfermagem (BDENF), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), a fim de reunir informações específicas relevantes para a realização da investigação e confiabilidade dos dados contidos nos periódicos. Foram usadas as seguintes palavras-chaves: musicoterapia, cuidados paliativos, terapias complementares. Desse modo acreditou-se no alcance dos objetivos, com a finalidade de descrever e compreender sobre a eficácia da musicoterapia nos cuidados paliativos. Quarta etapa: Avaliação dos estudos incluídos na revisão. Após a leitura dos artigos selecionados, será preenchido um instrumento contendo: título da publicação, autores, ano, fonte, tipo de estudo, objetivo, resultados. Teve a atenção de avaliar se os artigos em questão respondiam realmente aos objetivos Quinta etapa: interpretação dos resultados. A seguinte fase corresponderá a discussão dos principais resultados na pesquisa convencional. Essa etapa consiste na síntese, discussão e comparação dos principais resultados obtidos pela leitura dos artigos e preenchimento do instrumento utilizado. Foi realizado um paralelo entre os autores pesquisados e a interpretação, a compreensão dos atores do referido estudo Sexta etapa: apresentação da revisão/dados.

9 Esta etapa corresponderá à fase de discussão dos principais resultados na pesquisa convencional. Essa etapa consiste na síntese, discussão e comparação dos principais resultados obtidos pela leitura dos artigos e preenchimento do instrumento utilizado. Será realizado um paralelo entre os autores pesquisados e a interpretação, a compreensão dos atores do referido estudo. 4. RESULTADOS A musicoterapia não é bem aceita pela sociedade por sermos ensinados que doenças só são curadas com medicamentos (alopatia), ultimamente teve um aumento de pesquisas na área dos cuidados paliativos, ainda assim, não foi comprovado sua eficácia, mesmo que na prática os resultados sejam evidentes e explícitos, assim sendo, o profissional na área da saúde tem que respeitar o direito da família e do paciente em escolher a musicoterapia ou não como um tratamento complementar. (FLORIANI; SCHRAMM, et al, 2011) De acordo com as pesquisas sobre a eficácia da musicoterapia baseadas em testes clínicos, comprovou-se que a mesma proporciona sensações diversas no paciente de forma curativa por ser uma terapia criativa, desenvolvendo a interação entre o cliente e os profissionais da saúde, intervindo assim de forma positiva e saudável. Proporcionando um ambiente agradável, fazendo-se fundamental para o cuidado, contribuindo com o bem estar promovendo a cura. Pesquisas apontam que a terapia musicoterápica auxiliam no alívio da dor crônica até mesmo da dor grau 10, utilizando-se mecanismos: distração, alteração do foco perceptual, liberação de endorfinas e relaxamento. Reforçando sua grande importância no ambiente hospitalar. (FONSECA et. Al; TAETES, BARCELLOS) Para isso, a partir da permissão dos familiares, foram colocadas músicas em estilos de voz e violão que interpretavam clássicos da música sertaneja, da música popular brasileira (MPB) e músicas religiosas e feitas gravações e observações durante dois meses para a coleta dos dados, registrados em um diário de campo, logo após o término das visitas musicais, que compunham

10 também entrevistas diárias, questionando à paciente e os membros da família, sobre o que aquelas visitas tinham representado em seu seio familiar. (SALLES et al.) 5. CONCLUSÃO Embora que a musicoterapia não seja comprovada cientificamente, ainda que em prática os resultados são evidentes tanto para com o paciente quanto para a família, estabelecendo um tratamento complementar. Ocasionando a sensação de bem estar físico e emocional daqueles que se encontram em estado terminal, evidenciando a necessidade de atribuir a musicoterapia nos cuidados paliativos. A utilização da música vem como estratégia de um alivio da dor, facilitando a comunicação entre paciente e enfermeiro, como um cuidado mais humanizado e trazendo um conforto para a diminuição de fatores, como ansiedade e depressão daqueles se encontram na necessidade de cuidados. A partir dos resultados obtidos nos artigos relacionados ao assunto, conclui-se que, devido a carência do saber dos profissionais da saúde que tem acesso a prática, acreditamos que o uso da música pode ser utilizado em situações similares, contribuindo para se aprofundar no conhecimento. Nesse sentido os resultados encontrados são de grande relevância para a enfermagem por atribuir o processo de cuidar através da terapia complementar, fornecendo um maior tempo de sanidade e bem estar ao paciente. 6. REFERÊNCIAS 1. TAMBORELLI, Vanessa; COSTA, Aline Freitas da; Vanessa Vieira Pereira. O papel da enfermagem e da fisioterapia na dor em pacientes geriátricos terminais f. Tese (Doutorado) - Curso de Enfermagem e Fisioterapia, Hospital do Servidor Público Estadual Francisco Morato de Oliveira., São Paulo, Disponível em: <file:///c:/users/cliente/downloads/opapeldaenfermagemefisioterapia.pdf>. Acesso em: 28 ago

11 2. FONSECA, Karyne Cristine da; BARBOSA, Maria Alves; AL, Daniela Gonçalves Silva Et. Credibilidade e efeitos da música como modalidade terapêutica em saúde f. Tese (Doutorado) - Curso de Enfermagem, Revista Eletrônica de Enfermagem, Goiânia, Disponível em: <file:///c:/users/cliente/downloads/ pb.pdf>. Acesso em: 18 jun TAETS, Gunnar Glauco de Cunto; BARCELLOS, Lia Rejane Mendes. MÚSICA NO COTIDIANO DE CUIDAR: UM RECURSO TERAPÊUTICO PARA ENFERMAGEM f. Tese (Doutorado) - Curso de Enfermagem, Revista de Pesquisa Cuidado é Fundamental Online, Rio de Janeiro, Disponível em: <file:///c:/users/cliente/downloads/ %20(1).pdf>. Acesso em: 15 ago PIVA, Jefferson Pedro; GARCIA, Pedro Celiny Ramos; LAGO, Patrícia Miranda. Dilemas e dificuldades envolvendo decisões de final de vida e oferta de cuidados paliativos em pediatria: Dilemmas and difficulties involving end-of-life decisions and palliative care in children f. Tese (Doutorado) - Curso de Medicina,. Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre (rs), Disponível em: < Acesso em: 15 ago SALES, Catarina Aparecida; SILVA, Vladimir Araujo da; PILGER, Calíope. A música na terminalidade humana: concepções dos familiares v. Monografia (Especialização) - Curso de Enfermagem, Revista da Escola de Enfermagem da Usp, Maringá, Disponível em: < Acesso em: 18 ago FLORIAN, Ciro Augusto; SCHRAMM, Fermin Roland. Cuidados paliativos: interfaces, conflitos e necessidades: Palliative care: interfaces, conflicts and necessities f. Tese (Doutorado) - Curso de Medicina, 1 Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação

12 Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro (rj), Disponível em: <file:///c:/users/user/downloads/11.pdf>. Acesso em: 16 ago CAIRES, Juliana Souza; ANDRADE, Tuanny Argolo de; AMARAL, Juliana Bezerra do. A utilização das terapias complementares nos cuidados paliativos: benefícios e finalidades v. TCC (Graduação) - Curso de Enfermagem, Cogitare Enfermagem, Curitiba, Disponível em: < Acesso em: 16 ago SILVA, Natália Chantal Magalhães da; IUNES, Denise Hollanda; RESCK, Zélia Marilda Rodrigues. Estratégias de ensino das terapias alternativas e complementares na graduação em Enfermagem: revisão integrativa f. TCC (Graduação) - Curso de Enfermagem, Revista Eletrônica Escola de Enfermagem, Alfenas, NEVES, Rosália Garcia; PINHO, Leandro Barbosa de; GONZÁLES, Roxana Isabel Cardozo. O conhecimento dos profissionais de saúde acerca do uso de terapias complementares no contexto da atenção básica f. Tese (Graduação) - Curso de Enfermagem, Unirio, Rio de Janeiro, 2012.