Dispor sobre a Nota Técnica Atuarial de Carteira que deverá ser encaminhada quando do início de operação em ramos de seguro e dá outras providências.
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1 Dispor sobre a Nota Técnica Atuarial de Carteira que deverá ser encaminhada quando do início de operação em ramos de seguro e dá outras providências. O SUPERINTENDENTE DA SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS - SUSEP, na forma do disposto na alínea "b" do art. 36 do Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966, e tendo em vista o que consta do processo Susep nº / , Resolve: Art. 1º Dispor sobre as regras para a Nota Técnica Atuarial de Carteira - NTAC que deverá ser encaminhada quando do Início de Operação em ramo(s) de seguro, sendo denominada Nota Técnica Atuarial de Carteira para Início de Operação em Ramo(s) de Seguro - NTAC - Início de Operação. Art. 2º Considerar-se-á, para efeito desta Circular, Início de Operação em Ramo de Seguro como sendo a movimentação inicial de prêmio direto em determinado ramo de seguro. Parágrafo único. Equipara-se a Início de Operação para efeito do disposto neste artigo: I - não apresentar prêmio direto em determinado ramo por 24 (vinte e quatro) meses sucessivos e reiniciar operação neste ramo; II - transferência de carteira entre sociedades seguradoras que acarretem para a cessionária a presença de prêmio direto em ramo até então não operado ou o reinício de operação em determinado ramo após 24 (vinte e quatro) meses sucessivos sem apresentar prêmio direto no ramo; 1 / 9
2 III - incorporação de sociedades seguradoras que acarretem para a incorporadora a presença de prêmio direto em ramo até então não operado ou o reinício de operação em determinado ramo após 24 (vinte e quatro) meses sucessivos sem apresentar prêmio direto no ramo; ou IV - cisão de sociedades seguradoras com transferência de patrimônio para sociedade já existente que acarrete para a sociedade que receber parcela cindida a presença de prêmio direto em ramo até então não operado ou o reinício de operação em determinado ramo após 24 (vinte e quatro) meses sucessivos sem apresentar prêmio direto no ramo. Art. 3º As sociedades seguradoras, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, a partir do Início de Operação em ramo(s) de seguro, deverão submeter NTAC - Início de Operação do(s) respectivo(s) ramo(s) em que iniciaram suas operações, observando a estrutura prevista no Anexo desta Circular. 1º A NTAC - Início de Operação deverá ser encaminhada à área responsável pela análise e aprovação de produtos da Superintendência de Seguros Privados - Susep, compondo processo administrativo específico. 2º Deverá ser encaminhada NTAC - Início de Operação específica para cada Grupo nos casos de início de operação em ramos de seguro pertencentes a Grupos distintos, conforme codificação de ramos constante da Circular Susep nº 395, de 3 de dezembro de 2009, ou norma que venha a substituí-la. 3º A Susep poderá solicitar envio de aditivo à NTAC - Início de Operação contendo uma reavaliação das informações previstas nos itens 2 e 3 do Anexo desta Circular, caso haja alterações significativas nos itens a seguir, ocorridas nos primeiros doze meses contados a partir do efetivo início de operação: I - participação no mercado pretendida no(s) ramo(s) em questão; 2 / 9
3 II - sinistralidade esperada para a carteira. 4º A sociedade seguradora deverá enviar à Susep aditivo à NTAC - Início de Operação contendo uma reavaliação das informações previstas no item 3 do Anexo desta Circular, nos primeiros 12 (doze) meses contados do efetivo início de operação quando houver: a) inclusão de novas regiões de operação, conforme Resolução CNSP nº 282, de 30 de janeiro de 2013, ou norma que venha a substituí-la; b) inclusão de coberturas que alterem significativamente o perfil de risco da carteira; c) alterações da política de resseguro adotada; e/ou d) alterações relativas à Participação em Programas de Governo e/ou Acesso a Fundos ou Consórcios relacionados à Atividade de Seguros, para os ramos de seguro do grupo RURAL/ANIMAIS. 5º A NTAC - Início de Operação não deverá ser encaminhada nos casos de: I - Início de Operação no Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre, ou por sua Carga, a Pessoas Transportadas ou Não - DPVAT e no Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Embarcações ou por sua Carga - DPEM; II - Início de Operação em ramo ou conjunto de ramos que possui Nota Técnica Atuarial da Carteira de Produtos de Seguro regulada por meio de normativos específicos; III - Início de Operação no Ramo de Microsseguros de Danos (1602), de Pessoas (1601) ou 3 / 9
4 Previdência (1603) nos casos de Sociedades Seguradoras não Especializadas em Microsseguros que já operam com coberturas correspondentes em outros Ramos de Seguros de Danos, Seguros de Pessoas ou Previdência; IV - Início de Operação no Ramo de Microsseguro/Previdência (1603) nos casos de Entidades Abertas de Previdência Complementar que já operam com cobertura de pecúlio por morte ou por invalidez permanente e total; ou V - Início de Operação em ramo ou conjunto de ramos de sociedade seguradora constituída a partir de cisão ou fusão quando existir(em), previamente à cisão ou à fusão, NTAC - Início de Operação submetida(s) para tal(is) ramo(s) por quaisquer das sociedades seguradoras envolvidas, e desde que a sociedade interessada da NTAC efetue a transferência da NTAC - Início de Operação à nova sociedade através do protocolo na Susep de correspondência específica informando a transferência com o compromisso da nova sociedade de manutenção das políticas ali apresentadas. Art. 4º O não cumprimento do disposto nesta Circular resultará em aplicação das penalidades previstas na legislação em vigor, além da possibilidade de suspensão pela Susep da comercialização dos produtos integrantes de sua carteira. Art. 5º As NTAC - Início de Operação submetidas antes da entrada em vigor desta Circular que, após o prazo de 12 (doze) meses contados da data de sua publicação, somente contemplem ramo(s) de seguro nos quais não tenha sido verificado o efetivo Início de Operação na forma disposta no parágrafo único do artigo 1º, terão seu(s) processo(s) administrativo(s) automaticamente encerrado(s) e arquivado(s). Art. 6º Esta Circular entra em vigor na data de sua publicação, ficando revogada a Circular Susep nº 362, de 26 de março de Roberto Westenberger Superintendente 4 / 9
5 (DOU de pág. 22 Seção 1) ANEXO A Nota Técnica Atuarial de Carteira associada ao Início de Operação em determinado(s) ramo(s) de seguro deverá ser apresentada observando a seguinte estrutura: Título: Nota Técnica Atuarial de Carteira - Início de Operação em Ramo(s) de Seguro. 1) Identificação Razão social, código conforme classificação do FIP e CNPJ da sociedade seguradora. 2) Objetivo 2.1 Descrição sucinta dos objetivos que pretende atingir nos primeiros 3 (três) anos de atuação no(s) ramo(s) em questão, com elaboração de cronograma anual da evolução do plano para atingir tais objetivos, informando inclusive a participação pretendida no mercado e na sua receita total do(s) ramo(s) em questão e as fontes de recursos necessárias para realização destes objetivos. 2.2 Apresentação de glossário com os termos técnicos, parâmetros e variáveis utilizados na NTAC. 3) Aspectos Técnicos 5 / 9
6 3.1 Apresentação dos principais produtos a serem comercializados, dispondo, quando aplicável, sobre: Coberturas, indicando as condições para sua contratação isoladamente ou em conjunto; Indicação dos bens seguráveis; Formas de Contratação; e Serviços Agregados. 3.2 Apresentação da política de subscrição dispondo sobre: Metodologia que aplicará para definir se um determinado risco será aceito ou não e sob que condições; Programa de resseguro adotado, dispondo sobre: a) critérios técnicos para sua elaboração, tipos de contrato com que se espera trabalhar, percentuais de cessão e comissão de resseguro e limites de proteção, discriminados por ramo, se for o caso; b) critérios de segurança para seleção e avaliação de parceiros comerciais; c) procedimentos para avaliação dos níveis de exposição agregada a um único ressegurador ou grupo econômico, de exposição ao risco de crédito; 6 / 9
7 d) procedimentos para mensuração do acúmulo de perdas individuais que possam resultar de eventos catastróficos; e) formas de controle e monitoramento que visem à mitigação de riscos legais ou daqueles inerentes ao descasamento entre termos e condições de contratos de resseguro e apólices subjacentes; f) sistemas e procedimentos que assegurem a implementação e controle das estratégias de resseguro adotadas; Critérios para adoção e implementação de co-seguro e participação dos co-seguradores; e 3.3 Direcionamento das operações nos nichos de mercado pretendidos, dispondo sobre eventuais concentrações. 3.4 Canais de distribuição que serão adotados na comercialização dos produtos. 3.5 Apresentação da política de regulação de sinistros, com descrição, em linhas gerais, das etapas que compõem o processo de regulação, esclarecendo a respeito do enfoque adotado, objetivos e prioridades. 3.6 Apresentação da política de tarifação indicando de que forma (qualitativa e quantitativa) a tarifação contribuirá para se atingir as metas estabelecidas pela empresa, informando: Critérios técnicos e estatísticas utilizados (acompanhados de fonte e período dos dados e demonstrativos de cálculo necessários ao bom entendimento da metodologia aplicada) mantendo coerência com as metas da empresa; 7 / 9
8 3.6.2 Especificação da composição dos prêmios pretendidos (agravamentos, descontos e carregamentos aplicáveis sobre a taxa) e da utilização de mecanismos de co-responsabilidade pelas perdas (franquias, participação obrigatória do segurado, carência), mantendo coerência com as demais políticas da empresa; e Critérios de reavaliação das taxas para fazer frente a possíveis desvios de sinistralidade, incluindo formulação e períodos. 3.7 Apresentação dos estudos e critérios técnicos utilizados para os primeiros vinte e quatro meses de atuação no(s) ramo(s) em questão indicando, com as devidas justificativas: Premissas relacionadas ao volume de vendas trimestral dos riscos assumidos, em quantidade de itens e em montante de valores em risco, com distribuição geográfica por região de risco, contemplando a análise de possíveis concentrações geográficas ou nichos de mercado; Estudo da sinistralidade esperada para o(s) ramo(s), incluindo premissas relativas à ocorrência de sinistros e severidade por região de risco e demonstrativo de suficiência das taxas utilizadas para arcar com os sinistros esperados; e Modelos estatísticos e especificação das bases de dados utilizados para o cálculo das estimativas acima mencionadas, acompanhados da fonte e do período de análise utilizados, incluindo, quando cabível, distribuição de probabilidades, níveis de significância e intervalos de confiança, com as devidas justificativas para sua utilização. 3.8 Informações, para os ramos de seguro do grupo RURAL/ANIMAIS, sobre Participação em Programas de Governo e/ou Acesso a Fundos ou Consórcios relacionados à Atividade de Seguros. 4) Conclusão 8 / 9
9 5) Assinaturas 5.1 Local e data de elaboração da NTAC. 5.2 Nome por extenso e assinatura do atuário responsável pela elaboração da NTAC, com o respectivo número de identificação profissional perante o órgão competente, e do diretor responsável técnico da sociedade seguradora, conforme informado no FIP. 9 / 9
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