Terra e Água Escolher sementes, invocar a Deusa

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1 estudos & 9 memórias Terra e Água Escolher sementes, invocar a Deusa estudos em homenagem a victor s. gonçalves Ana Catarina Sousa António Carvalho Catarina Viegas (eds.) CENTRO DE ARQUEOLOGIA DA UNIVERSIDADE DE LISBOA faculdade de letras da universidade de lisboa

2 Terra e Água Escolher sementes, invocar a Deusa estudos em homenagem a victor s. gonçalves Ana Catarina Sousa António Carvalho Catarina Viegas (eds.)

3 estudos & memórias Série de publicações da UNIARQ (Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa) Workgroup on Ancient Peasant Societies (WAPS) Direcção e orientação gráfica: Victor S. Gonçalves 9. SOUSA, A. C.; CARVALHO, A.; VIEGAS, C., eds. (2016) Terra e Água. Escolher sementes, invocar a Deusa. Estudos em Homenagem a Victor S. Gonçalves. estudos & memórias 9. Lisboa: UNIARQ/ FL-UL. 624 p. Capa: desenho geral e fotos de Victor S. Gonçalves. Face: representação sobre cerâmica da Deusa com Olhos de Sol, reunindo, o que é muito raro, todos os atributos da face sobrancelhas, Olhos de Sol, nariz com representação das narinas, «tatuagens» faciais, boca e queixo. Sala n.º 1, Pedrógão do Alentejo, meados do 3.º milénio. Altura real: 66,81 mm. Verso: Cegonhas, no Pinhal da Poupa, perto da entrada para o Barrocal das Freiras, Montemor-o-Novo (para além de várias metáforas, uma pequena homenagem a Tim Burton...). Paginação e Artes finais: TVM designers Impressão: AGIR, Produções Gráficas 300 exemplares com capa dura, numerados. Brochado: ISBN: / Depósito Legal: /16 Capa dura: ISBN: / Depósito Legal: /16 Copyright, 2016, os autores. Toda e qualquer reprodução de texto e imagem é interdita, sem a expressa autorização do(s) autor(es), nos termos da lei vigente, nomeadamente o DL 63/85, de 14 de Março, com as alterações subsequentes. Em powerpoints de carácter científico (e não comercial) a reprodução de imagens ou texto é permitida, com a condição de a origem e autoria do texto ou imagem ser expressamente indicada no diapositivo onde é feita a reprodução. Volumes anteriores de esta série: LEISNER, G. e LEISNER, V. (1985) Antas do Concelho de Reguengos de Monsaraz. Estudos e Memórias, 1. Lisboa: Uniarch/INIC. 321 p. GONÇALVES, V. S. (1989) Megalitismo e Metalurgia no Alto Algarve Oriental. Uma aproximação integrada. 2 Volumes. Estudos e Memórias, 2. Lisboa: CAH/Uniarch/ INIC p. VIEGAS, C. (2011) A ocupação romana do Algarve. Estudo do povoamento e economia do Algarve central e oriental no período romano. Estudos e Memórias 3. Lisboa: UNIARQ. 670 p. QUARESMA, J. C. (2012) Economia antiga a partir de um centro de consumo lusitano. Terra sigillata e cerâmica africana de cozinha em Chãos Salgados (Mirobriga?). Estudos e Memórias 4. Lisboa: UNIARQ. 488 p. ARRUDA, A. M., ed. (2013) Fenícios e púnicos, por terra e mar, 1. Actas do VI Congresso Internacional de Estudos Fenícios e Púnicos, Estudos e memórias 5. Lisboa: UNIARQ. 506 p. ARRUDA, A. M. ed., (2014) Fenícios e púnicos, por terra e mar, 2. Actas do VI Congresso Internacional de Estudos Fenícios e Púnicos, Estudos e memórias 6. Lisboa: UNIARQ. 698 p. SOUSA, E. (2014) A ocupação pré-romana da foz do estuário do Tejo. Estudos e memórias 7. Lisboa: UNIARQ. 449 p. GONÇALVES, V. S.; DINIZ, M.; SOUSA, A. C., eds. (2015) 5.º Congresso do Neolítico Peninsular. Actas. Lisboa: UNIARQ/ FL-UL. 661 p. Lisboa, O cumprimento do acordo ortográfico de 1990 foi opção de cada autor.

4 índice APRESENTAÇÃO 11 ana catarina sousa antónio carvalho catarina viegas VICTOR S. GONÇALVES E A FACULDADE DE LETRAS DE LISBOA 15 paulo farmhouse alberto TEXTOS EM HOMENAGEM Da Serra da Neve a Ponta Negra em busca do Munhino I 21 ana paula tavares Reconstruir a paisagem 27 antónio alfarroba O «ciclo de Cascais». Victor S. Gonçalves e a arqueologia cascalense 33 antónio carvalho Os altares dos «primeiros povoadores da Lusitânia»: 45 visões do Megalitismo ocidental carlos fabião

5 Báculos e placas de xisto: os primórdios da sua investigação 69 joão luís cardoso Optimismo, pessimismo e «mínimo vital» em arqueologia 81 pré-histórica, seguido de foco em terras de (Mon)Xaraz luís raposo O Neolítico Antigo de Vale da Mata (Cambelas, Torres Vedras) 97 joão zilhão No caminho das pedras: o povoado «megalítico» das Murteiras (Évora) 113 manuel calado As placas votivas da «Anta Grande» da Ordem (Maranhão, Avis): 125 um marco na historiografia do estudo das placas de xisto gravadas do Sudoeste peninsular marco antónio andrade O Menir do Patalou Nisa. Entre contextos e cronologias 149 jorge de oliveira Percorrendo antigos [e recentes] trilhos do Megalitismo Alentejano 167 leonor rocha Os produtos ideológicos «oculados» do Terceiro milénio a.n.e 179 de Alcalar (Algarve, Portugal) elena morán Gestos do simbólico II Recipientes fragmentados em conexão 189 nos povoados do 4.º/ 3.º milénios a.n.e. de São Pedro (Redondo) rui mataloto catarina costeira Megalitismo e Metalurgia. Os Tholoi do Centro e Sul de Portugal 209 ana catarina sousa A comunicação sobre o 3.º Milénio a.n.e. nos museus do Algarve 243 rui parreira Informação intelectual Informação genética Sobre questões 257 da tipologia e o método tipológico michael kunst Perscrutando espólios antigos: o espólio antropológico 293 do tholos de Agualva rui boaventura ana maria silva maria teresa ferreira El Campaniforme Tardío en el Valle del Guadalquivir: 309 una interpretación sin cerrar j. c. martín de la cruz j. m. garrido anguita

6 Innovación y tradición en la Prehistoria Reciente del Sudeste 317 de la Península Ibérica y la Alta Andalucía (c Cal a.c.) fernando molina gonzález juan antonio cámara serano josé andrés afonso marrero liliana spanedda A Evolução da Metalurgia durante a Pré-História no Sudoeste Português 341 antónio m. monge soares pedro valério Bronze Médio do Sudoeste. Indicadores de Complexidade Social 359 joaquina soares carlos tavares da silva Algumas considerações sobre a ocupação do final da Idade do Bronze 387 na Península de Lisboa elisa de sousa À vol d oiseau. Pássaros, passarinhos e passarocos na Idade do Ferro 403 do Sul de Portugal ana margarida arruda Entre Lusitanos e Vetões. Algumas questões histórico-epigráficas 425 em torno de um território de fronteira amilcar guerra O sítio romano da Comenda: novos dados da campanha de catarina viegas A Torre de Hércules e as emissões monetárias de D. Fernando I 467 de Portugal na Corunha rui m. s. centeno Paletas Egípcias Pré-Dinásticas em Portugal 481 luís manuel de araújo À MANEIRA DE UM CURRICULUM VITAE, 489 SEGUIDO POR UM ENSAIO DE FOTOBIOGRAFIA Victor S. Gonçalves (1946- ). À maneira de um curriculum vitæ 491 Legendas e curtos textos a propósito das imagens do Album 549 Fotobiografia 558 LIVRO DE CUMPRIMENTOS 619 ÚLTIMA PÁGINA 623

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8 OS PRODUTOS IDEOLÓGICOS «OCULADOS» DO TERCEIRO MILÉNIO A.N.E DE ALCALAR (ALGARVE, PORTUGAL) elena morán 1 resumo As investigações realizadas no âmbito do Projeto Alcalar permitiram identificar evidências de um processo histórico de transformação económica e social que autoriza fazer remontar ao Terceiro milénio a.n.e a formação prístina do estado, num processo histórico em que se definiram hierarquias, desigualdades sociais e centralização de poder, e onde o poder das elites se manifesta no controlo das rotas de intercâmbio e no uso de produtos simbólicos que reforçam a sua exibição. abstract The investigations carried out under the Alcalar Project have identified evidence of an historic process of economic and social transformation that allows to set back to the third millennium BCE the pristine state formation, a historical process in which hierarchies, social inequalities and centralization of power were defined, and where the power of the elites is manifested in the control of exchange routes and in the use of symbolic products that reinforce its display. 1 Arqueóloga, Câmara Municipal de Lagos. UNIARQ Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras. Universidade de Lisboa. Alameda da Universidade, Lisboa, Portugal moran.elena@gmail.com terra e água. escolher sementes, invocar a deusa estudos em homenagem a victor s. gonçalves 179

9 os produtos ideológicos «oculados» do terceiro milénio a.n.e de alcalar (algarve, portugal) elena morán uma das áreas de interesse do professor Victor Gonçalves na investigação da pré-história recente tem sido o estudo das manifestações do sagrado (Gonçalves, 1978; Gonçalves, 1989; Gonçalves, 1998; Gonçalves, 2003) como reflexo da emergência de novas divindades ou de uma ideologia mal conhecida mas cuja distribuição territorial pelo Ocidente Peninsular lhe permitiu intuir redes de intercâmbio e movimentos de ideias entre territórios com práticas ideológicas comuns (Gonçalves, 1978, p. 56; Gonçalves, 1989, p ; Gonçalves, 1998, p. 214; Gonçalves, 2003, p. 259 e 262) e/ou onde, em diferentes âmbitos territoriais, as representações poderiam corresponder às mesmas funções (Gonçalves, 1989, p. 298; Gonçalves, 1993, p. 12). O requinte do seu olhar na apreciação da singularidade das coisas permitiu-lhe interrogar-se acerca de alguns pormenores, como os olhos em forma de sol, representados em suportes variados (falanges, betilos, placas,...) (Gonçalves, 2003, p. 262) e da sua relação com uma mudança económico e social associada à metalurgia do cobre (Gonçalves, 1978, p. 53 e 56; Gonçalves, 1989, p. 299). Nas escavações que recentemente efetuei em Alcalar, no monumento 9 do núcleo oriental da necrópole megalítica e na parcela 15L do povoado pré-histórico, foram identificadas, em estratigrafia, duas peças com representações oculadas. É precisamente através desses olhos radiados em forma de sol que pretendemos aproximar-nos ao território de Alcalar no Terceiro milénio a.n.e. e render a nossa discreta homenagem ao Professor. 1. o assentamento de alcalar no âmbito do calcolítico do ocidente peninsular O assentamento pré-histórico de Alcalar, em estudo no âmbito de um projeto de investigação desde 1987 (Morán e Parreira, 2008, com listagem da bibliografia anterior; Morán, 2014), localiza-se no entorno territorial que está delimitado a sul pela Baía de Lagos e que se estende entre os cabos da Ponta da Piedade e da Ponta do Altar, mais concretamente no interflúvio das ribeiras de Farelo e de Torre, as quais, juntamente com as ribeiras de Arão e Odiáxere, conformam, ao desaguar na Baía de Lagos, a zona húmida da ria de Alvor. Ao norte e a oeste, os limites naturais deste território são a Serra de Monchique que o separa do Alentejo e a Serra de Espinhaço de Cão que o separa das terras do Cabo (de São Vicente) e da Costa Vicentina. Pela banda nascente, são os cursos do rio Arade e do seu afluente ribeira de Boina que o delineiam. Entre a serra e o mar, sulcado de norte para sul por um conjunto de ribeiras, o território onde Alcalar se integra é como um anfiteatro natural que desce desde as alturas de Fóia e Picota, onde os relevos quase alcançam os 1000 metros de altitude, pelo sopé da Serra e o Barrocal até à Orla Costeira com as suas praias de areias claras. A diversidade geográfica e a variedade de recursos que lhe é implícita não podem, per se, justificar a intensa ocupação deste território no Terceiro milénio a.n.e, já que é necessário voltar o olhar para as suas condições objetivas a partir de 6500 BP, momento que corresponde ao máximo da transgressão flandriana, para conhecer a maneira como as várias comunidades acederam aos recurso naturais, organizando-se para se produzir e reproduzir socialmente. Como resultado das investigações realizadas no âmbito do já referido projeto de investigação, reunimos evidências de um processo histórico de transformação económica e social que autorizam fazer remontar ao Terceiro milénio a.n.e. a formação prístina do estado no extremo sudoeste do arco atlântico-mediterrânico peninsular. Considerando a análise espacial e a estratigrafia do povoado pré-histórico de Alcalar e dos diferentes núcleos da sua necrópole megalítica, assim como as 23 datações absolutas realizadas, propus (Morán, 2014) uma periodização para a ocupação do assentamento de Alcalar e do seu entorno territorial. 180 terra e água. escolher sementes, invocar a deusa estudos em homenagem a victor s. gonçalves

10 os produtos ideológicos «oculados» do terceiro milénio a.n.e de alcalar (algarve, portugal) elena morán FIG. 1. Mapa geral de Alcalar com a localização dos produtos ideológicos «oculados». Conforme essa proposta, o Período I corresponde às primeiras evidências arqueológicas de ocupação humana no território posteriores à estabilização da ria Flandriana, remontando ao Quinto milénio a.n.e., com horizontes de ocupação, alguns deles associados a menires, que se atribuem a comunidades neolíticas que praticavam uma agricultura cerealífera e o marisqueio (Morán, 2008, p. 141). O Período II, que vai da segunda metade do Quinto aos meados do Quarto milénio a.n.e., é escassamente reconhecível neste território. Ao Periodo III correspondem as ocupações da segunda metade do Quarto milénio a.n.e., evidenciadas pelas necrópoles de hipogeus de Monte Canelas (Morán e Parreira, 2007, p ; Parreira, 2010; Silva e Parreira, 2010) e de Torre 1 (Sá, 1904), pelo monumento 1 de Alcalar e por vários aglomerados populacionais que ladeiam as margens da antiga ria, já assinalados desde os trabalhos de Veiga (Morán, 2001; Morán e Parreira, 2004, p. 24). De todos estes dados empíricos podemos inferir que, na segunda metade do Quarto milénio a.n.e e alcançando os inícios do Terceiro, consolidou-se uma ocupação do território que esteve na origem de espaços de vivenda diferenciados e de arquiteturas funerárias diversificadas. A partir de 2800 a.n.e., no Período IV, o assentamento de Alcalar afirmou-se como um aglomerado populacional de grandes dimensões e, no seu entorno mais imediato, constituiu-se um conjunto monumental de edifícios tumulares e respetivas áreas cerimoniais, organizado em diferentes agrupamentos localizados sobre as colinas que delimitam a área de vivenda pelo lado norte. Este complexo habitacional e cerimonial constituiu, no Terceiro milénio a.n.e., o centro de poder do território envolvente da Baía de Lagos (Morán, 2001; Morán, 2008, p. 141; Morán, 2014). Alcalar consolida-se então como um assentamento com cerca de 20 hectares, profusamente construído, com casas com paredes de barro amassado e ramagens, com planta centralizada e fogueira central, e com cercas que definiram áreas funcionais, denotando um projeto prévio adaptado à topografia do lugar. A profusão de fossas-silo na área central do habitat, o sistema de cercas mais ou menos concêntricas que as protegia e a sofisticação dos acessos ao interior dos recintos, permite-nos considerar que existiu uma planificação de uma enorme área para o armazenamento de cereais e de legumes. terra e água. escolher sementes, invocar a deusa estudos em homenagem a victor s. gonçalves 181

11 os produtos ideológicos «oculados» do terceiro milénio a.n.e de alcalar (algarve, portugal) elena morán Neste Período IV, a área habitacional prolongou-se até cotas mais baixas e estendeu-se até uma necrópole monumental, constituída por vários agrupamentos de túmulos com áreas cerimoniais conexas, formando uma cintura pelo lado norte do habitat. Na envolvente imediata do assentamento de Alcalar, localizaram-se diferentes espaços habitacionais periféricos (Morán, 2014), e em todo o território reconheceram-se povoados atribuíveis ao Calcolítico pleno, como no sítio de Barradas junto do Arão (Silva e Silva, 2005) e em Torre 4 (Marques et al., 2008). Na transição do Terceiro para o Segundo milénio a.n.e., no Período V, a ausência de obras públicas confirma a dissolução do centro de poder e a constituição de pequenos assentamentos autosuficientes construídos sobre a área de armazenamento, desativada, incluindo a desativação do sistema de cercas que o protegia. A área habitacional concentra-se agora na plataforma superior e agrega a função funerária, evidenciada por enterramentos em fossa. 2. os produtos ideológicos «oculados» de alcalar 2.1. o betilo cilíndrico decorado do monumento 9 do núcleo oriental da necrópole megalítica de alcalar No primeiro tramo do corredor do monumento 9, junto à parede sul, foi recolhido um cilindro de calcário (Alc ), com 9 cm de altura e 6 cm de diâmetro; a superfície, polida, apresenta decoração do tipo Moncarapacho: olhos circulares escavados na pedra, com pestanas radiais em forma de sol, sobrancelhas radiadas e duas linhas incisas em ziguezague ao modo de tatuagem facial. Um fragmento da mesma peça, da sua parte intermédia mas sem decoração (Alc ), foi identificado nas terras procedentes da escavação efetuada no monumento por Pereira Jardim, em 1900, e acumuladas no exterior do monumento, junto da fachada, o que nos permite deduzir que a fratura aconteceu provavelmente no decurso daqueles trabalhos de escavação e que o facto de a parte fraturada corresponder à parte sem decorar contribuiu para que o objeto decorado tivesse passado desapercebido. Contudo, não foi possível recuperar o extremo inferior do objeto. A peça apresenta ainda mazelas nos olhos e no topo superior do cilindro, talvez provocadas pelo seu uso antes do depósito definitivo no monumento funerário. Descrição: Peça cilíndrica polida, em calcário branco Altura conservada: 14,6 cm Largura conservada: 6,2 cm Largura no topo: 5,4 cm Peso atual: 905 gramas A decoração é constituída por três grupos de elementos: duas sobrancelhas, dois olhos em forma de sol, com uma depressão escavada no centro e duas linhas de ornatos faciais em cada uma das «faces». Estas linhas são paralelas entre si, arrancam da face principal do betilo, desenvolvem- -se lateralmente e terminam apresentando-se ainda sob a forma clássica do ziguezague. As duas sobrancelhas apresentam 12 raios curtos de 5 mm de média. Estão preservados 20 raios que, partindo de uma corda quase circular, constituem as pestanas do olho direito (à esquerda do observador), numa distância de 6 mm danificada. Enquanto que no olho esquerdo (à direita do observador), com uma superfície martelada numa distância de 16 mm, podem contar-se 17 raios destas pestanas que arrancam de um círculo com um diâmetro idêntico ao anterior (14 mm). Como a área danificada neste círculo é superior à do olho direito, poderia possuir um maior número de raios/ pestanas que aquele. 182 terra e água. escolher sementes, invocar a deusa estudos em homenagem a victor s. gonçalves

12 os produtos ideológicos «oculados» do terceiro milénio a.n.e de alcalar (algarve, portugal) elena morán FIG. 2. Alcalar, monumento 9. Betilo com decoração tipo Moncarapacho. Ilustração de E. Morán sobre desenho a lápis de J. Fernández. FIG. 3. Alcalar, monumento 9. Betilo com decoração tipo Moncarapacho. Fotografia de Ricardo Soares. terra e água. escolher sementes, invocar a deusa estudos em homenagem a victor s. gonçalves 183

13 os produtos ideológicos «oculados» do terceiro milénio a.n.e de alcalar (algarve, portugal) elena morán Este exemplar é o único betilo com decoração identificado até à data no território de Alcalar. Contudo conhecem-se outros cilindros polidos, mas sem decorar: dois exemplares procedentes dos monumentos de Monte Velho 2 e 3, do núcleo central da necrópole (Gonçalves, 1997, p. 204 fig. 2: 2 e 4, 210) e um exemplar sem indicação da procedência (Gonçalves, 1997, p. 209 fig. 7, 1, p. 210). Foram, ainda, recolhidos nos túmulos megalíticos do núcleo oriental (monumentos 7 e 9), integrados nos depósitos da estrutura tumular, um elevado número de poliedros e cilindros de calcário que correspondem a peças em fases diferentes de elaboração para a obtenção de betilos como os acima referidos (ver Morán et al., 2004, p ). A uma fase inicial da elaboração correspondem as peças poliédricas, cujas faces foram obtidas através do desbaste grosseiro da sua superfície, retirando grandes lascas. Enquanto que as peças acabadas foram bujardadas, apresentando uma superfície regular e lisa, obtendo um cilindro quase perfeito. A incorporação destas peças no cairn dos dois túmulos não parece ter conotações simbólicas mas sim de material construtivo para o enchimento do cairn. A presença numerosa de estes exemplares contrasta com a escassez de peças acabadas e identificadas em contexto funerário. Talvez possam relacionar-se com a procedência de entulhos e/ou lixo de uma eventual oficina especializada localizada na envolvente a pequena placa decorada do povoado de alcalar O segundo exemplar com representação de olhos em forma de sol foi identificado em contexto habitacional no povoado de Alcalar, na parcela 15L. Foi recolhido no topo da camada (C12) do corte 04, que corresponde a uma unidade doméstica do horizonte Ia. Trata-se de uma peça do tipo El Arteal (Almagro, 1973, p. 29, fig. 4). Uma placa que mede 62 mm e foi facetada em forma de cabaça, com silhueta de tendência simétrica e escotadura ao centro definindo uma cintura. A decoração incisa marca os olhos radiados em forma de sol e duas linhas por cima a modo de diadema na cabeça. Uma fina linha vertical percorre a peça lateralmente, desde o centro do diadema, separando os olhos, até à base. Tanto o anverso como o reverso da peça apresentam finas linhas de múltiplas orientações resultantes do alisamento das duas superfícies. FIG. 4. Alcalar, povoado, parcela 15L. Placa decorada tipo El Arteal. Ilustração de E. Morán sobre desenho a lápis de J. Fernández. FIG. 5. Alcalar, povoado, parcela 15L. Placa decorada tipo El Arteal. Fotografia J. Costa. 184 terra e água. escolher sementes, invocar a deusa estudos em homenagem a victor s. gonçalves

14 os produtos ideológicos «oculados» do terceiro milénio a.n.e de alcalar (algarve, portugal) elena morán Descrição: Placa em xisto, em forma de cabaça, polida Altura: 62 mm Largura máxima na base: 27,5 mm Largura no topo: 15 mm Largura na cintura: 9,5 mm Peso: 15 gramas A decoração é constituída por dois olhos em forma de sol, com uma depressão escavada no centro e uma linha que percorre o topo, a modo de diadema, desde o centro desta sai uma linha oblíqua em direção ao extremo direito da face da base, quase tocando no centro da peça com a face interna da cintura. O olho direito (à esquerda do observador) apresenta sete raios, frente aos onze raios do olho esquerdo. A orientação dos raios parece querer preencher o espaço delimitado entre os laterais da peça, a linha do diadema e o eixo oblíquo que separa ambos os olhos. 3. os produtos ideológicos nas práticas sociais do calcolítico do ocidente peninsular De um modo geral e considerando a dispersão territorial pelo Sudoeste peninsular dos produtos ideológicos, sejam oculados como os que apresentamos ou não, pode-se supor a existência de um vínculo entre comunidades a uma escala interregional (Gonçalves, 1978, p. 56; Castro-Martínez e Escoriza, 2011, p. 591), onde as variações estilísticas terão respondido às variadas comunidades nos seus respetivos territórios, pelo que a distribuição estilística das peças permitiria identificar os territórios de influência (Gonçalves, 2003; Hurtado, 2010) e atribuir, assim, às peças o papel de mediador, enquanto meio de comunicação diferenciador dos grupos. Pressupondo-se a existência de normas de mobilidade em redes engendradas por políticas de parentesco e normas de mobilidade impostas pelas linhagens (Castro-Martínez e Escoriza, 2011, p. 594). O contexto das peças permite a sua vinculação às práticas sociais desde a fase de produção (obtenção da matéria prima e manufatura) até ao seu uso político-religioso (Castro-Martínez e Escoriza, 2011: 592), pelo que não deve desagregar-se o investimento em força de trabalho (o produto) da função social desempenhada na mediação dentro das relações sociais de produção (a ideologia), autorizando que estas manifestações sejam reconhecidas como produtos ideológicos (Pajuelo e López Aldana, 2001, p. 233). As representações oculadas estão presentes tanto no âmbito funerário como no doméstico, embora e, com base no registo, se possa dizer que em Alcalar os betilos fazem parte da ideografia cerimonial/funerária da necrópole megalítica, como confirmam, para além do exemplar recolhido no corredor do monumento 9, os dois betilos lisos recolhidos nos monumento 2 e 3 de Monte Velho. A presença de betilos decorados e sem decorar no mesmo contexto funerário permite deduzir que todos elespossuíam a mesma carga ideológica, e contrariar, como bem aponta Escoriza ( , p. 138), a presunção de que a decoração confere valor à peça e estatuto ao portador. Embora os exemplares em contexto cerimonial possam ser escassos, foi identificado um vasto conjunto de peças em elaboração integradas nos túmulos do núcleo oriental, monumentos 7 e 9, o que nos permite supor a existência de uma oficina especializada na produção de betilos e a sua associação à esfera cerimonial-funerária. Contudo, e apesar de, em Alcalar, os betilos estarem presentes na necrópole megalítica, peças semelhantes foram identificadas em contexto doméstico noutros locais do Sudoeste peninsular (Pajuelo e López Aldana, 2001, p. 246). terra e água. escolher sementes, invocar a deusa estudos em homenagem a victor s. gonçalves 185

15 os produtos ideológicos «oculados» do terceiro milénio a.n.e de alcalar (algarve, portugal) elena morán FIG. 6. A «boneca» no corredor: flagrante no Monumento 9, na interpretação de G. Cabral. Muito diferente é a pequena placa recolhida em contexto doméstico no povoado de Alcalar, cuja morfologia nos leva a associá-la ao tipo El Arteal, e nesse caso a uma eventual conexão inter- regional de Alcalar com o Sudeste peninsular, mais concretamente com a região de Almeria, desde o Calcolítico pleno, vinculação já proposta pelos Leisner (1951, p. 129 e 140) na discussão entre as placas portuguesas e os ídolos almerienses. 4. os produtos ideológicos e a cronologia do calcolítico do ocidente peninsular A investigação recente em Alcalar permitiu, a meu ver, constatar um processo histórico de transformações económico-sociais que admite fazer recuar ao Terceiro milénio a.n.e. a formação prístina do estado. Nesse âmbito, as elites geriram as comunidades e o território a partir do assentamento de Alcalar, uma macro-aldeia com 20 hectares e uma organização quase urbana. O povoado funcionou como local de armazenamento de uma produção planeada e como centro de distribuição de uma produção variada, obtida pela tributação dos povoados produtores, facilitando o acesso de toda a comunidade a produtos diferentes daqueles que eram produzidos por cada um dos seus membros (Morán, 2014, p. 289). O poder das elites aumentará e passará a ser transmitido por herança, mantendo os vínculos de parentesco com a comunidade através de relações de reciprocidade. A gestão do território e dos seus recursos permitiu a algumas personagens notáveis controlar a produção para as redes de intercâmbio, tanto a nível inter-comunitário como supra-regional. E fizeram-no sem recurso à violência, apresentando-se como garantes da estabilidade ao assegurar o sustento da comunidade. Assim, o poder foi exercido e exibido através de meios de coerção ideológica e política, cuja aplicação se justificou no bem comum. O que permitiu reforçar o poder das elites e a afirmação do aparelho de estado, na sua forma prístina, acentuando as desigualdades sociais e dando lugar a uma política formalmente organizada, onde o poder se baseou no controlo territorial das forças produtivas, requerendo uma crescente centralização (Morán, 2014, p. 290). A presença de betilos na necrópole monumental megalítica de Alcalar e da placa oculada no povoado de Alcalar comprova a pertença de certos produtos ideológicos às elites estabelecidas no cen- 186 terra e água. escolher sementes, invocar a deusa estudos em homenagem a victor s. gonçalves

16 os produtos ideológicos «oculados» do terceiro milénio a.n.e de alcalar (algarve, portugal) elena morán tro de poder, a quem esteve reservada também, noutra esfera, a área cerimonial megalítica, cuja arquitetura monumental é mais uma expressão sumptuária do seu poder (Morán e Parreira, 2009, p. 157). O uso de estes produtos ideológicos estende-se no território do arco peninsular atlântico-mediterrânico (Estremadura portuguesa, vales do Alto Sado, Guadiana Médio e Guadalquivir, Antequera, Andaluzia Oriental e Levante), numa política de transação de produtos escassos entre elites (Kunst, 2001; Nocete, 2001; 2005; Morán e Parreira, 2009, p. 157; Morán, 2014, p. 292). Produtos que representam ideias semelhantes (Escoriza, , p. 145) e expressam a hierarquização de valores atribuídos às atividades que traduzem o papel dominante das estruturas e relações sociais, contribuindo para a sua reprodução (Nocete, 2001, p. 21). bibliografia Castro-Martínez, P. V.; Escoriza Mateu, T., (2011) Mujeres, hombres, figuras y redes sociales. El sudeste ibérico c a.n.e. In Memorial Siret, I Congreso de Prehistoria Andaluza. La tutela del patrimonio prehistórico. Junta de Andalucía, Consejería de Cultura, Sevilla, p Escoriza Mateu, T. ( ) La formación social de los Millares y las «producciones simbólicas». Cuadernos de Prehistoria de la Universidad de Granada, n. os 16-17, Granada, p Gonçalves, V. S. (1989) Manifestações do sagrado na pré-história do Ocidente Peninsular: 1. Deusa(s)-Mãe, placas de xisto e cronologias, uma nota preambular. In Colóquio Internacional de Arte Pré-histórica Nos 25 anos da descoberta da Gruta do Escoural. Almansor Revista de Cultura, n.º 7, Câmara Municipal de Montemor-o-Novo, p Gonçalves, V. S. (1993) Manifestações do Sagrado na Pré-História do Ocidente Peninsular. 3. A Deusa dos Olhos de Sol um primeiro 0lhar. Revista da Faculdade de Letras. N.º 15, 5.ª série, 1993, p Gonçalves, V. S. (1978): Dois novos ídolos tipo Moncarapacho, Setúbal Arqueológica, vol. IV, Assembleia Distrital de Setúbal, Setúbal, p Gonçalves, V. S. (1998) Manifestações do Sagrado na Pré-história do Ocidente Peninsular. A propósito dos artefacto votivos de calcário da necrópoles de Alcalar e Monte Velho. In I Encontro de Arqueologia da Costa Sudoeste. Homenagem a Georges Zbyszewski, vols , Assembleia Distrital de Setúbal, Setúbal, p Gonçalves, V. S. (2003) Dois novos ídolos de betilo e o caso do povoado da Parede (Cascais, Lisboa). In Sítios, «Horizontes» e artefactos. Leituras críticas de realidades perdidas (estudos sobre o 3.º milénio no Centro e Sul de Portugal), Câmara Municipal de Cascais, p Hurtado, V. (2010) Representaciones simbólicas, sitios, contextos e identidades territoriales en el suroeste peninsular. (In Ojos que nunca se cierran. Ídolos en las primeras sociedades campesinas. (Cacho, C., Maicas, R., Galán, E e Martos, J.A. (coord)), Museus Arqueológico Nacional. Madrid, p Kunst, M. (2001) Die Kupferzeit der Iberischen Halbinsel, Hispania Antiqua: Denkmäler der Frühzeit (Ulbert, T., org.), Von Zabern, Mainz, p Leisner G.; Leisner V. (1951) Antas do Concelho de Reguengos de Monsaraz. Materiais para o estudo da cultura material em Portugal. Lisboa. Morán, E. (2014) El asentamiento prehistórico de Alcalar (Portimão, Portugal). La organización del territorio y el proceso de formación de un estado prístino en el Tercer milenio a.n.e. Tesis Doctoral. Universidad de Sevilha. Morán, E.; Parreira, R. (2009) La exhibición del poder en el megalitismo del suroeste peninsular: tres casos de estudio en el extremo sur de Portugal. Cuadernos de Prehistoria y Arqueología de la Universidad de Granada, n.º 19, p Nocete, F. (2001) Tercer milenio antes de nuestra era: Relaciones e contradicciones centro/periferia en el Valle del Guadalquivir, Ediciones Bellaterra, Barcelona. Nocete, F. (org.) (2005) Andévalo, Patrimonio Arqueológico: El yacimiento de la Junta de los Ríos: modelo de recuperación, análisis e interpretación del registro arqueológico en la presa del Andévalo Huelva, Ministerio de Medio Ambiente, Madrid. Pajuelo, A; López Aldana, P (2001) Ideología y control político durante el III milénio a.n.e. en el Bajo Guadalquivir. Revista Atlántica-Mediterránea de Prehistoria y Arqueología Social, vol. IV, p Soares, J. (2003) Os hipogeus pré-históricos da Quinta do Anjo (Palmela) e as economias do simbólico. Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal/Assembleia Distrital de Setúbal. terra e água. escolher sementes, invocar a deusa estudos em homenagem a victor s. gonçalves 187

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