RECOMENDAÇÕES DA COMISSÃO PARA A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES 2011/2012 SOBRE A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES E A FORMAÇÃO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO

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1 RECOMENDAÇÕES DA COMISSÃO PARA A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES 2011/2012 SOBRE A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES E A FORMAÇÃO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO (DELIBERAÇÃO DO PLENÁRIO N.º 35/2011, DE 22 DE NOVEMBRO)

2 ÍNDICE SIGLAS UTILIZADAS... 4 PARTE I - METODOLOGIA ADOPTADA PARA O EXERCÍCIO DA COMPETÊNCIA LEGAL DE EMISSÃO DE RECOMENDAÇÕES COMPETÊNCIA LEGAL DA CPEE PARA EMITIR RECOMENDAÇÕES SOBRE A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES E A FORMAÇÃO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO METODOLOGIA A Monitorização das Recomendações sobre a eficácia das execuções e sobre a formação dos agentes de execução emitidas em Julho de A identificação de problemas As sugestões recebidas pela CPEE A 2.ª Conferência Internacional Promover a Eficácia das Execuções e Workshop As Boas Práticas na Actividade do Agente de Execução da CPEE Setembro Os critérios de análise da CPEE Os dados estatísticos dos sistemas informáticos CITIUS e SISAAE uma visão multidisciplinar Os dados estatísticos da actividade da CPEE PARTE II - A MONITORIZAÇÃO DAS RECOMENDAÇÕES DA CPEE 2009/ O BALANÇO DA EXECUÇÃO DAS RECOMENDAÇÕES DA CPEE 2009/ Execução das Recomendações da CPEE 2009/2010 sobre a Eficácia das Execuções Execução das Recomendações da CPEE 2009/2010 sobre a formação dos Agentes de Execução Conclusão: Recomendações da CPEE 2009/2010 executadas e em falta A) QUADRO-SINTESE DAS RECOMENDAÇÕES SOBRE A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES B) QUADRO-SINTESE DAS RECOMENDAÇÕES SOBRE A FORMAÇÃO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO /118

3 PARTE III - OS CRITÉRIOS DE ANÁLISE DA CPEE PARA A EMISSÃO DE NOVAS RECOMENDAÇÕES OS CRITÉRIOS DE ANÁLISE DA EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES E DA FORMAÇÃO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO Movimentação Processual (eficácia das execuções) Critério Organizacional (eficácia das execuções) Critério Financeiro (eficácia das execuções) Critério da Implementação das soluções tecnológicas (eficácia das execuções) Critério Funcional (eficácia das execuções) Agentes de Execução (eficácia das execuções) O estágio de agente de execução: a avaliação final do 1.º estágio de agentes de execução e o início do 2.º estágio de agentes de execução (formação dos agentes de execução) A conduta disciplinar dos Agentes de Execução: análise da CPEE (formação dos agentes de execução) Dados provenientes da fiscalização dos agentes de execução pela CPEE (formação dos agentes de execução) A actividade da CPEE em concretização das recomendações da CEPEJ e da UIHJ, e a relevância do memorando de entendimento celebrado entre a CE-BCE-FMI e o Estado Português e as suas avaliações PARTE IV - AS 110 RECOMENDAÇÕES DA CPEE: 74 REC. 2009/2010 E 31 REC. 2011/ EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES 72 RECOMENDAÇÕES FORMAÇÃO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO 33 RECOMENDAÇÕES ANEXO I - CONCLUSÕES DA 2.ª CONFERÊNCIA INTERNACIONAL PROMOVER A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES E WORKSHOP BOAS PRÁTICAS NA ACTIVIDADE DO AGENTE DE EXECUÇÃO /118

4 SIGLAS UTILIZADAS BCE - Banco Central Europeu CAP Confederação dos Agricultores de Portugal CC Código Civil CCP Confederação do Comércio e Serviços de Portugal CE - Comissão Europeia CEPEJ - Comissão Europeia para a Eficácia da Justiça, do Conselho da Europa CEPEJ-GT-EXE - Grupo de Trabalho da CEPEJ sobre a Eficácia das Execuções CGTP-IN Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses Intersindical Nacional CIP Confederação Empresarial de Portugal CITIUS - Sistema Informático CITIUS, gerido pelo Ministério da Justiça CPC - Código de Processo Civil CPEE Comissão para a Eficácia das Execuções (Portugal) CPPT - Código de Processo e Procedimento Tributário CS Câmara dos Solicitadores CTP - Confederação do Turismo Português DECO Associação Portuguesa para a Defesa dos Consumidores DGC Direcção-Geral do Consumidor, do Ministério da Economia e do Emprego DGITA Direcção-Geral de Informática e Apoio aos Serviços Tributários e Aduaneiros, do Ministério das Finanças DGPJ Direcção-Geral da Política de Justiça, do Ministério da Justiça ECS Estatuto da Câmara dos Solicitadores, na redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro ELFDUCP - Escola de Lisboa da Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa FMI - Fundo Monetário Internacional ITIJ - Instituto das Tecnologias de Informação na Justiça, do Ministério da Justiça UIHJ União Internacional dos Huissiers de Justice e Oficiais de Justiça (Agentes de Execução) SIEJ - Sistema de Informação das Estatísticas da Justiça SISAAE Sistema Informático de Suporte à Actividade dos Agentes de Execução, gerido pela Câmara dos Solicitadores UGC União Geral dos Consumidores UGT União Geral dos Trabalhadores 4/118

5 PARTE I METODOLOGIA ADOPTADA PARA O EXERCÍCIO DA COMPETÊNCIA LEGAL DE EMISSÃO DE RECOMENDAÇÕES 1. COMPETÊNCIA LEGAL DA CPEE PARA EMITIR RECOMENDAÇÕES SOBRE A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES E A FORMAÇÃO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO A Comissão para a Eficácia das Execuções (CPEE) é um órgão democrático e independente criado pelo Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro, que entrou em funcionamento no dia 31 de Março de 2009, data de entrada em vigor da generalidade do referido diploma legal. A CPEE funciona, por um lado, em Plenário, composto por 11 (onze) Vogais, e no qual estão representadas 18 (dezoito) entidades, tendo-se realizado 21 (vinte e uma) reuniões entre 31/03/2009 e 22/11/2011 (reuniões ordinárias bimensais, que têm lugar na sede da CPEE às terças-feiras de manhã, de acordo com calendário anual aprovado e publicado no sítio da CPEE na Internet em ). A composição plural e multidisciplinar do Plenário da CPEE assegura a existência de um importante elo de cooperação entre todos os intervenientes que representam o universo da Justiça, pois é no Plenário que se faz o encontro entre os responsáveis pela execução das políticas de Justiça em sede de execuções cíveis (os três Vogais designados pelos Membros do Governo responsáveis pelas áreas da Justiça, Finanças e Segurança Social), os operadores judiciários (os quatro Vogais designados pelo Conselho Superior da Magistratura, pela Câmara dos Solicitadores e pela Ordem dos Advogados, e o Presidente do Colégio de Especialidade dos Agentes de Execução), os utentes e consumidores da justiça (um Vogal designado pelas associações representativas dos consumidores ou de utentes de serviços de justiça: a Associação Portuguesa para a Defesa dos Consumidores - DECO, a Direcção-Geral do Consumidor, do Ministério da Economia e do Emprego DGC -, e a União Geral dos Consumidores - UGC), e bem assim o tecido económico e empresarial e os cidadãos em geral, através de dois Vogais designados pelas Confederações com assento na Comissão Permanente de Concertação Social do Conselho Económico e Social, a saber, a Confederação dos 5/118

6 Agricultores de Portugal (CAP), a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), a Confederação Empresarial de Portugal (CIP), a Confederação do Turismo Português (CTP), a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses Intersindical Nacional (CGTP-IN) e a União Geral dos Trabalhadores (UGT). Bem se compreende que o Plenário constitua um privilegiado fórum de debate e de resolução integrada dos problemas geradores da ineficácia das execuções, contando ainda com a experiência recolhida no quotidiano pelo Grupo de Gestão da CPEE, braço executivo da Comissão, que exerce as competências disciplinares e de fiscalização dos agentes de execução e prepara todos os documentos para o exercício pelo Plenário das competências legais que lhe estão cometidas. O Plenário da CPEE tem competência legal para: a) Emitir recomendações sobre a formação dos agentes de execução; b) Emitir recomendações sobre a eficácia das execuções; c) Definir o número de candidatos a admitir em cada estágio de agente de execução; d) Escolher e designar a entidade externa responsável pela elaboração, definição dos critérios de avaliação e avaliação do exame de admissão a estágio de agente de execução; e) Aprovar o relatório anual de actividade. É, pois, ao Plenário da Comissão que compete a emissão de recomendações sobre a formação dos agentes de execução e sobre a eficácia das execuções, ao abrigo da alínea a) do artigo 69.º- C e da alínea a) do n.º 1 do artigo 69.º-F, ambas do Estatuto da Câmara dos Solicitadores, na redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro (ECS). Por sua vez, o Grupo de Gestão da CPEE é composto por 5 Membros (o Presidente da CPEE, o Presidente do Colégio de Especialidade dos Agentes de Execução e 3 Membros seleccionados pelo Presidente da CPEE e votados favoravelmente pelo Plenário; estes 3 Membros e o Presidente da CPEE encontram-se equiparados a cargos dirigentes da administração pública, sendo-lhes aplicável o respectivo regime legal de acumulação, impedimentos e imparcialidade), e assegura o quotidiano do exercício de competências legais da CPEE, contando já com 102 reuniões realizadas (reuniões ordinárias semanais, às quintas-feiras de manhã informação disponível ao público no sítio da CPEE na Internet em e exercendo as seguintes competências legais: 6/118

7 a) Análise preliminar das participações acerca da actividade dos agentes de execução; b) Instauração de processos disciplinares aos agentes de execução; c) Instauração de imediato processo disciplinar no caso de se verificar falta de provisão em qualquer conta-cliente ou se ocorrer a existência de indícios de irregularidade na respectiva movimentação, nos termos do n.º 1 do artigo 125.º do ECS; d) Instauração de processo disciplinar sempre que o relatório elaborado pelo Agente de Execução substituto acerca da situação das execuções, com os respectivos acertos de contas, indicie a existência de irregularidades, nos termos do n.º 5 do artigo 129.º do ECS; e) Instrução de processos disciplinares aos Agentes de Execução; f) Aplicação de penas disciplinares aos Agentes de Execução; g) Destituição de Agentes de Execução com fundamento em actuação processual dolosa ou negligente ou em violação grave de dever que lhes seja imposto, nos termos do n.º 6 do artigo 808.º do Código de Processo Civil (CPC); h) Aplicação das medidas cautelares consideradas necessárias, no caso de se verificar falta de provisão em qualquer conta-cliente ou se ocorrer a existência de indícios de irregularidade na respectiva movimentação, podendo ordenar a suspensão preventiva do agente de execução, designando outro agente de execução que assuma a responsabilidade das execuções em curso e a gestão das contas-clientes, nos termos do n.º 2 do artigo 125.º do ECS; i) Realização de inspecções e fiscalizações aos agentes de execução; j) Nomeação de agentes de execução para integrar as comissões de fiscalização e designar a entidade externa responsável pelas fiscalizações e inspecções bienais (artigo 131.º do ECS); k) Decisão de questões relacionadas com os impedimentos e suspeições do agente de execução; l) Preparação de documentos e realização dos procedimentos necessários ao exercício, pelo Plenário, das seguintes competências: i) Definição do número de candidatos a admitir em cada estágio de agente de execução; ii) Escolha e designação da entidade externa responsável pela elaboração, definição dos critérios de avaliação e avaliação do exame de admissão a estágio de agente de execução; iii) Aprovação do relatório anual de actividade; m) Realização dos procedimentos necessários no caso de substituição do agente de execução decorrente de processo disciplinar, de destituição do agente de execução ou de qualquer outra decisão da CPEE; n) Executar o que para tal seja incumbido pelo Plenário da CPEE. 7/118

8 Na reunião de 22 de Março de 2011, o Plenário da CPEE deliberou por unanimidade incumbir o Grupo de Gestão da CPEE de recolher os contributos, realizar todas as diligências preparatórias e preparar o exercício da competência legal do Plenário de emissão de recomendações sobre a eficácia das execuções e sobre a formação dos agentes de execução (procedimento que já havia sido adoptado em 2010), em conjugação com a participação activa de todos os Membros do Plenário nesta matéria (Deliberação do Plenário da CPEE n.º 12/2011, de 22 de Março). Com efeito, a actividade desenvolvida diariamente pelo Grupo de Gestão da CPEE de preparação do exercício das competências legais pelo Plenário, de cooperação com as entidades representadas no seio Plenário (v.g. a partir do dia 21 de Janeiro de 2011 começou a ser possível aos Agentes de Execução a realização da citação electrónica dos credores públicos no âmbito da acção executiva, o que muito se deve aos organismos públicos envolvidos, representados no Plenário da CPEE, e que fizeram parte do Grupo de Trabalho da CPEE para a implementação das comunicações electrónicas, e que hoje asseguram que 4 sistemas informáticos comuniquem entre si: o CITIUS, o SISAAE e os sistemas informáticos do Ministério das Finanças e do Ministério da Solidariedade e da Segurança Social), em conjunto com o exercício das competências exclusivas do Grupo de Gestão da CPEE relativas à disciplina e fiscalização dos Agentes de Execução, é bastante importante para se proceder à análise da eficácia das execuções cíveis, e permite ainda traçar o perfil técnico-jurídico e deontológico do Agente de Execução em Portugal, sendo assim essencial à emissão das recomendações sobre a eficácia e formação dos agentes de execução. 2. METODOLOGIA Atendendo à relevância da competência legal de emissão de recomendações, a CPEE segue novamente uma metodologia específica que garante que as recomendações emitidas têm por base dados científicos que se pautam por elevados critérios de rigor e excelência, orientando-se para a resolução dos problemas identificados durante o segundo ano de funcionamento da CPEE e de vigência do Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro. 8/118

9 Em simultâneo, a CPEE decidiu formular este conjunto de recomendações após o 2.º ano de vigência do Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro, que terminou no dia 31 de Março de 2011, visando desta forma elaborar uma análise amadurecida de um regime jurídico recente, e cuja vigência se cumula, em simultâneo, com dois outros: o regime vigente até 15 de Setembro de 2003 (pois ainda hoje subsistem processos judiciais instaurados antes de 2003) e o regime legal que vigora para os processos instaurados entre 15 de Setembro de 2003 e 31 de Março de Assim, entendeu o Plenário da CPEE que o procedimento de emissão de recomendações sobre a eficácia das execuções e sobre a formação dos agentes de execução deveria orientar-se pelas seguintes fases, de seguida sumariamente explicitadas: a) A Monitorização das Recomendações da CPEE sobre a eficácia das execuções e sobre formação dos agentes de execução 2009/2010, emitidas pelo Plenário da CPEE em Julho de 2010, incumbindo-se o Grupo de Gestão da CPEE de recolher os contributos, realizar todas as diligências preparatórias para o exercício da competência legal do Plenário de emissão de recomendações sobre a eficácia das execuções e sobre a formação dos agentes de execução (Deliberação do Plenário da CPEE n.º 12/2011, de 22 de Março); b) A identificação de problemas; c) As sugestões recebidas pela CPEE; d) A 2.ª Conferência Internacional da CPEE Promover a Eficácia das Execuções e Workshop Boas Práticas na Actividade do Agente de Execução, que teve lugar nos dias 23 e 24 de Setembro de 2011; e) Os critérios de análise da CPEE; f) Os dados estatísticos dos sistemas informáticos CITIUS e SISAAE; g) Os dados estatísticos da actividade da CPEE. Por último, importa ainda referir que entre os meses de Setembro e de Outubro de 2011, a Presidente da CPEE contactou e/ou reuniu com todas as entidades representadas no Plenário da CPEE, destacando-se o relevante debate e os contributos para a emissão pela CPEE das novas recomendações sobre a eficácia das execuções e sobre a formação dos Agentes de Execução que decorreram das reuniões havidas com a CIP, a CCP, a DECO, a DGC, a CGTP-IN e a UGC. 9/118

10 2.1. A MONITORIZAÇÃO DAS RECOMENDAÇÕES SOBRE A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES E SOBRE FORMAÇÃO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO EMITIDAS EM JULHO DE 2010 Em cumprimento da Deliberação do Plenário da CPEE n.º 12/2011, de 22 de Março, e ao abrigo da alínea c) do n.º 2 do artigo 69.º-F do ECS, os 4 Membros do Grupo de Gestão em exclusividade recolheram contributos e realizaram todas as diligências preparatórias ao exercício da competência legal do Plenário de emissão das recomendações anuais 2011/2012, tendo para o efeito começado por efectuar a monitorização da execução prática das 93 recomendações emitidas pelo Plenário no dia 13 de Julho de Assim, na reunião do Plenário da CPEE de 19 de Julho de 2011, foi apresentado o balanço da execução das recomendações da CPEE pelas entidades responsáveis pela sua implementação (em quadros contendo a recomendação, e a indicação sobre se a mesma estaria, ou não, executada), solicitando-se às entidades destinatárias que estão representadas no Plenário da CPEE a prestimosa colaboração no sentido de se confirmar a informação veiculada. Foram ainda feitos contactos directos com as mesmas (através de telefone, correio electrónico e realização de reuniões com todas as entidades destinatárias representadas no Plenário da CPEE), de modo a identificar também alguns dos problemas associados à efectiva execução das recomendações emitidas. Assim, quer as recomendações que até Outubro de 2011 foram executadas, quer aquelas que continuam por concretizar, constam dos quadros inseridos adiante, na Parte II do presente documento A IDENTIFICAÇÃO DE PROBLEMAS Durante o 2.º ano de vigência do Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro, e de funcionamento da CPEE foram identificados vários problemas práticos, e outros subsistiram do 1.º ano de vigência, os quais prejudicaram a celeridade e a eficiência das execuções cíveis (ou seja, a sua eficácia). 10/118

11 Por motivos de facilidade de exposição, os problemas serão agrupados em 7 grandes áreas merecedoras de atenção pela CPEE, a saber: I. Publicação da regulamentação prevista na lei; II. Aplicação das medidas legais (desenvolvimento informático em especial); 1. Sistema CITIUS; 2. Sistema SISAAE; 3. Interoperabilidade entre os sistemas CITIUS e SISAAE; 4. Interoperabilidade entre os sistemas CITIUS, SISAAE e os sistemas informáticos dos serviços de finanças e de segurança social; 5. Criação da aplicação informática para gestão processual dos processos disciplinares e de fiscalização da CPEE; III. Divulgação do regime legal em vigor há 2 anos; IV. Alterações regulamentares; V. Alterações Legislativas Acção Executiva; VI. Alterações Legislativas Outros Regimes Jurídicos; VII. Quanto à CPEE. No que respeita à formação inicial dos agentes de execução, no 2.º Estágio de Agentes de Execução foram identificados os seguintes problemas, que por facilidade de exposição, são apresentados em 3 grandes áreas, a saber: I. Aplicação das medidas legais (desenvolvimento informático em especial): a) Impossibilidade de o agente de execução estagiário ser nomeado pelo Exequente para processos executivos (cfr. o n.º 12 artigo 118.º do ECS) e de praticar todos os actos em processos executivos para os quais, não sendo nomeado pelo Exequente, seja solicitado a intervir pelo seu patrono de estágio. II. Organização geral (questões logísticas e informáticas) a) As aulas do 2.º Estágio de Agente de Execução, cuja Sessão de Abertura Solene teve lugar em 26 de Março de 2011, tiveram início no dia 31 de Março de 2011, pelo que o 1.º Período de estágio deveria findar em Junho de No entanto, tendo o Exame de Aferição sido realizado no dia 23/07/2011, e as respectivas classificações sido publicadas no dia 13/09/2011, verifica-se que o 1.º Período do Estágio excedeu o prazo legal de 3 meses (cfr. o n.º 6 do artigo 118.º do ECS); b) Dificuldades de atribuição de patrono aos agentes de execução estagiários. 11/118

12 III. Resolução de Outros Problemas a) Dúvidas de interpretação e aplicação da alínea b) do n.º 1 e do n.º 2 do artigo 22.º do Regulamento de Estágio, no que se refere ao conceito de acto que constitua intervenção em procedimento judicial; b) Problemas de nomeação do patrono para os agentes de execução estagiários que não indicaram patrono para o 2.º estágio de agente de execução. Relativamente à formação inicial e contínua dos agentes de execução, o Grupo de Gestão da CPEE, no âmbito da sua competência disciplinar e de fiscalização, identificou as dificuldades dos agentes de execução em sede de formação técnico-jurídica e deontológica, tendo erigido como critérios de análise da CPEE a conduta disciplinar dos agentes de execução e os dados resultantes das fiscalizações dos Agentes de Execução, nos quais atentaremos adiante (Parte III, pontos 4.8 e 4.9) AS SUGESTÕES RECEBIDAS PELA CPEE A) SOBRE A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES Tendo em vista a resolução dos problemas supra agrupados por áreas, para além da actividade desenvolvida pelo Plenário e pelo Grupo de Gestão, a CPEE constituiu 3 Grupos de Trabalho tendo em vista encontrar as melhores soluções 1 : a) Grupo de Trabalho para a implementação das comunicações electrónicas constituído em Janeiro de 2010, o resultado final dos trabalhos foi conseguido com sucesso em Janeiro de 2011, constituindo hoje em dia um bom exemplo, e caso único na Europa, de interoperabilidade entre 4 sistemas electrónicos diferentes, no âmbito da acção executiva: o CITIUS (Ministério da Justiça), o sistema informático do Ministério das Finanças, o sistema informático do Ministério do Trabalho e Solidariedade Social e o SISAAE (Câmara dos Solicitadores); b) Grupo de Trabalho para a Agilização da Penhora Electrónica (GT/CPEE-APE): atendendo a que esta solução legal está por implementar desde o início da reforma da acção executiva (2003), sendo certo que estas soluções têm muito bom acolhimento por diversos 1 Cfr. o 2.º Relatório Anual de Actividades da CPEE 2010/2011 (Abril de 2010 / Março de 2011), disponível no sítio da CPEE na Internet em 12/118

13 países europeus, os quais vão no sentido de acolher a mesma nos seus ordenamentos jurídicos. A existência deste GTAPE, permite contabilizar e fazer chegar ao conhecimento da CPEE a informação trocada entre todos os intervenientes na implementação da mesma, sendo de toda a relevância para efeitos de divulgação da CPEE o desenvolvimento de alguns trabalhos atinentes à execução prática deste tipo de soluções (Deliberação n.º 9/2011, de 22 de Março); c) Grupo de Trabalho de Análise da Eficácia da Acção Executiva (GT/CPEE-EAE): tendo em vista recolher os dados estatísticos do Ministério da Justiça e da Câmara dos Solicitadores, e com o fito de interagir com o Grupo Dinamizador para a Detecção e Liquidação dos Processos Executivos (GDLPE), criado através da Resolução do Conselho de Ministros n.º 17/2011, de 4 de Março, por tal troca de informações e de análises ser essencial para a análise global de todo o sistema (Deliberação n.º 10/2011, de 22 de Março). Entre 13/07/2010 e 15/10/2011, a CPEE recebeu 156 (cento e cinquenta e seis) exposições e/ou contributos relativos à eficácia das execuções, enviados por Agentes de Execução (60%), Mandatários Judiciais, cidadãos e empresas (20%) e os Tribunais (20%), os quais foram compilados no âmbito do Processo da CPEE n.º 99/2009 ( Problemas existentes no sistemas informáticos CITIUS e SISAAE) e do Processo da CPEE n.º 253/2009 ( Contributos para a eficácia das execuções ), nos termos da Figura 1: 20% AGENTES DE EXECUÇÃO 20% 60% MANDATÁRIOS JUDICIAIS/CIDADÃOS E EMPRESAS TRIBUNAIS Fig. 1: Contributos recebidos pela Comissão para a Eficácia das Execuções Fonte: Comissão para a Eficácia das Execuções 13/118

14 Paralelamente, o Grupo de Gestão da CPEE fez múltiplas sugestões, por ter tido oportunidade de, no exercício das suas competências disciplinares e de fiscalização da actividade dos Agentes de Execução, verificar na prática questões relacionadas com a actuação destes profissionais e que podem justificar a emissão de recomendações pelo Plenário da CPEE. Por sua vez, em Junho de 2011, a CPEE iniciou o Processo de Fiscalização Electrónica de todos os Agentes de Execução que ainda não tinham sido alvo de fiscalização presencial (nos escritórios) pela CPEE durante os anos de 2009 e de 2010 (e como forma de ultrapassar a falta de meios para o efeito), tendo iniciado o Processo através da notificação de 626 (seiscentos e vinte seis) Agentes de Execução, através de , solicitando o preenchimento e envio à CPEE de um Formulário- Tipo (Check-list) em formato electrónico (Excel), elaborado nos termos do Manual de Procedimentos de Fiscalização da CPEE 2011/2012 2, beneficiando-se assim de 4 grandes vantagens: a) É célere feita através do envio de um a cada Agente de Execução (utilização das TIC); b) É barata permite uma elevada economia de meios financeiros; c) É eficaz - assenta na colaboração dos Agentes de Execução fiscalizados, o que permitirá à CPEE seleccionar os escritórios que necessitarão de outro tipo de intervenção; d) É exequível pela CPEE, sem necessidade de apoio financeiro específico por parte da Câmara dos Solicitadores. Como a emissão de recomendações constitui uma relevantíssima competência legal do Plenário da CPEE, o Grupo de Gestão da CPEE entendeu oportuno realizar em simultâneo a recolha de contributos junto dos Agentes de Execução Fiscalizados pela CPEE, pelo que no âmbito da 1.ª Fiscalização Electrónica (Abril/Junho de 2011), e aproveitando o envio do um Formulário-Tipo por , foi em simultâneo enviado aos 626 Agentes de Execução um Boletim de Sugestões, aliando-se assim as vertentes preventiva, punitiva e pedagógica, da fiscalização, e fazendo-se a audição junto dos prestadores do serviço de Justiça. 2 O Manual de Procedimentos de Fiscalização da CPEE 2011/2012 encontra-se disponível no sítio da CPEE na Internet em em vigor desde o 1 de Janeiro de 2011, salvo os Anexos IX e X do mesmo Manual, que produziram efeitos a partir do dia 1 de Julho de /118

15 No âmbito desta audição, 83 (oitenta e três) Agentes de Execução enviaram à CPEE diversas sugestões, merecendo destaque os seguintes 20 (VINTE) CONTRIBUTOS PARA A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES: 1. Sensibilizar os Juízes, Mandatários Judiciais, Exequentes e funcionários judiciais da utilidade para uma melhor e maior colaboração com os Agentes de Execução; 2. Dispensar a penhora de saldos bancários de despacho judicial de autorização; 3. Implementar a penhora electrónica de saldos bancários; 4. Atribuir a competência ao juiz do processo para ordenar o pagamento dos honorários finais do Agente de Execução, evitando pendência de processos por falta de pagamento de honorários ao Agentes de Execução; 5. À semelhança do que acontece com a falta de pagamento de custas, permitir que seja instaurada de imediato acção, ou que decorra por apenso à acção principal, para pagamento dos honorários em falta ao Agente de Execução, contra o devedor dos mesmos; 6. Quando a nota de despesas e honorários não for liquidada voluntariamente, deve ser instaurada pelo Ministério Público, contra o exequente e contra o Advogado/Mandatário, a competente execução, sem custas para o Agente de Execução; 7. O prazo de suspensão previsto no n.º 5 do artigo 833.º do CPC deveria ser de 6 meses, e não de 1 ano; 8. Criar um Balcão Nacional de Execuções, à semelhança do Balcão Nacional de Injunções; 9. Definir um limite máximo de número de processos por cada Agente de Execução; 10. Aumentar a participação dos Agentes de Execução em processos de audição pública de alterações legislativas que se relacionem com a actividade dos Agentes de Execução; 11. Indagar, junto do legislador, a alteração da legislação quanto à sustação das execuções sobre a penhora dos mesmos bens, efectuadas pelo Estado, nomeadamente pelo Ministério das Finanças, tal como acontece com os restantes credores; 12. Impor o pagamento à Caixa de Compensações, dado que é uma obrigação legal de todos os Agentes de Execução; 13. Melhorar as principais funcionalidades e de condições de acesso ao SISAAE; 14. Melhorar as condições de acesso às principais bases de dados, nomeadamente aos sistemas informáticos das entidades gestores de serviços, tais como, o Registo Automóvel, Segurança Social e Caixa Geral de Aposentações; 15/118

16 15. Permitir a distribuição de processos por comarca onde são apresentadas, de forma aleatória, por todos os Agentes de Execução que tenham domicílio profissional oficial nessa área ou na área das comarcas limítrofes; 16. Criar um regime fiscal próprio para os Agentes de Execução, no âmbito da sua intervenção na acção executiva; 17. Aumentar e incentivar a vertente pedagógica e formativa das Fiscalizações realizadas pela CPEE; 18. Aumentar a periodicidade na realização das fiscalizações electrónicas pela CPEE; 19. Permitir à CPEE um controle informático de toda a actividade dos Agentes de Execução, para que a CPEE possa obter, de forma actualizada, as principais informações sobre o exercício da actividade de todos os Agentes de Execução; 20. Permitir que o pagamento da Fase 1 do processo executivo seja obrigatoriamente realizado com a entrega do requerimento executivo, ficando logo retida, de forma automática, o montante devido por cada Agente de Execução à Caixa de Compensações. B) SOBRE A FORMAÇÃO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO No âmbito do Processo n.º 48/2010 ( Contributos para a emissão de recomendações sobre a formação dos agentes de execução ), a Escola de Lisboa da Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa (ELFDUCP), na qualidade de entidade externa responsável pela selecção dos 300 melhores candidatos (solicitadores e advogados) e avaliação final dos agentes de execução estagiários do 1.º estágio (2010/2011), sugeriu à CPEE os seguintes temas a introduzir na formação dos Agentes de Execução: a) Início do processo executivo, designadamente, apreciação dos pressupostos processuais e análise do requerimento executivo; b) Penhora: distinção entre bens penhoráveis e impenhoráveis; função da penhora de bens móveis; penhora de estabelecimento comercial e penhora de créditos; c) Extinção da acção executiva e a eventual renovação da instância; d) Elaboração da conta final do processo. Importa ainda ponderar os pedidos de informação enviados pelos Agentes de Execução à CPEE, na medida em que indiciem problemas na formação dos agentes de execução. 16/118

17 Entre 13/07/2010 e 15/10/2011, a CPEE recebeu 22 (vinte e dois) pedidos de informação de índole geral, que se encontram arquivados no Processo da CPEE n.º 244/2009 ( Pedidos de Informação Geral ), dos quais 5 (cinco) foram enviados por Agentes de Execução, salientando-se as dúvidas verificadas não só pelos próprios Agentes de Execução como pelos cidadãos em geral, em relação aos seguintes temas: 1. Honorários; 2. Incompatibilidades e impedimentos aplicáveis aos agentes de execução (a que acrescem os pedidos de verificação de impedimento efectuados por agente de execução, sem indicação como tal e sem fundamento legal); 3. Penhora de vencimento e momento em que a mesma se torna efectiva; 4. Limite de tempo para entrega de quantias ao Exequente; 5. Limite de tempo para realização de penhora; 6. Responsabilidades do Agente de Execução; 7. Competências legais da CPEE. Por último, dos 83 (oitenta e três) Agentes de Execução Fiscalizados que participaram na recolha de contributos para efeitos de emissão de recomendações sobre a formação dos Agentes de Execução, no âmbito da Fiscalização Electrónica da CPEE de Abril/Junho de 2011, merecem destaque os seguintes 10 (DEZ) CONTRIBUTOS PARA A FORMAÇÃO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO: 1. Aumentar a formação dos Agentes de Execução e dos funcionários forenses, nomeadamente nas seguintes áreas: (i) Gestão do escritório e utilização das principais funcionalidades do SISAAE; (ii) Fases do processo executivo e tramitação processual; (iii) Contabilidade, fiscalidade e elaboração da conta final; (iv) Insolvência das partes; 2. Promover formações com um carácter mais regular e com elevada exigência técnica; 3. Realizar formações interactivas com os Agentes de Execução, recorrendo ao uso e demonstrações no computador de como se utilizam as principais funcionalidades do SISAAE; 4. Realizar formações com base em plataformas e-learning; 17/118

18 5. Criar uma linha de apoio ao Agente de Execução para esclarecimentos, a partir da qual os Agentes de Execução possam ser notificados das actualizações legislativas e regulamentares, e bem assim de alterações de procedimentos; 6. Criar uma base de dados ou biblioteca digital com a compilação da legislação e dos regulamentos aplicáveis à actividade do agente de execução, permanentemente actualizada; 7. Elaborar Manuais de Boas Práticas sobre a actividade dos Agentes de Execução, com disponibilização de minutas que contribuam para a uniformização da tramitação processual; 8. Aumentar a formação a nível distrital e por grupos, de preferência durante o fim-desemana e com uma vertente mais prática; 9. Distribuir a oferta formativa de forma equilibrada por todo o país; 10. Disponibilização de formulários/minutas no SISAAE tendo em vista a uniformização de procedimentos e, consequentemente, aumentar a sua celeridade A 2.ª CONFERÊNCIA INTERNACIONAL PROMOVER A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES E WORKSHOP AS BOAS PRÁTICAS NA ACTIVIDADE DO AGENTE DE EXECUÇÃO DA CPEE SETEMBRO 2011 Para o exercício da competência de emissão de recomendações em Julho de 2010, o Plenário da Comissão entendeu que tal competência deveria ser exercida após a promoção de um debate alargado sobre a matéria, tendo para tanto organizado a 1.ª Conferência Internacional Promover a Eficácia das Execuções, que teve lugar nos dias 18 e 19 de Junho de 2010, em Lisboa (com o apoio de diversas entidades), e permitiu auscultar e albergar os contributos de peritos nacionais e estrangeiros sobre a matéria. Neste evento destacou-se a presença de Leo Netten, Presidente da União Internacional dos Huissiers de Justice e dos Oficiais de Justiça (UIHJ), Bernard Menut, 1.º Vice-Presidente da UIHJ, Guillaume Payan, Professor da Universidade de Maine e perito da UIHJ, Alain Bobant, Presidente da Federação das TTP, e John Marston, Presidente do Grupo de Trabalho para a Eficácia das Execuções, da Comissão Europeia para a Eficácia da Justiça, do Conselho da Europa (CEPEJ). As Conclusões da 1.ª Conferência Internacional Promover a Eficácia das Execuções, em face do elevado nível académico dos oradores nacionais e internacionais convidados, e a sua enorme 18/118

19 relevância enquanto contributo para a emissão das recomendações pela CPEE, ficaram a constar do documento das Recomendações da CPEE 2009/2010, como Anexo I e disponível no sítio da CPEE na Internet em _CPEE_JUNHO_2010.pdf. Este ano, tendo em vista manter a mesma metodologia, que preza o debate e a participação democrática dos operadores judiciários, dos cidadãos e das empresas, que o Plenário da CPEE tanto preza, nos dias 23 e 24 de Setembro de 2011 teve lugar a 2.ª Conferência Internacional Promover a Eficácia das Execuções, que este ano incluiu o Workshop As Boas Práticas na Actividade do Agente de Execução, e decorreu em Espinho, com o apoio da Câmara Municipal de Espinho. Em sede de contributos de peritos estrangeiros sobre a matéria, destacamos a presença de Françoise Andrieux, Secretária-Geral da UIHJ, Anton Snoeren, Director da Agência Independente de Supervisão da Actividade dos Agentes de Execução na Holanda, e de Jos Uitdehaag, Agente de Execução na Holanda e Perito da UIHJ. No âmbito da 2.ª Conferência Internacional Promover a Eficácia das Execuções e Workshop As Boas Práticas na Actividade do Agente de Execução, em face da extensão do Programa e do elevado nível académico dos oradores nacionais e internacionais convidados, foram elaboradas as Conclusões da 2.ª Conferência Internacional Promover a Eficácia das Execuções e Workshop As Boas Práticas na Actividade do Agente de Execução, que constituem um resumo das intervenções dos diversos oradores, e que são juntas ao presente documento como ANEXO I, sendo dele parte integrante, ficando ainda disponíveis ao público no sítio da CPEE na Internet em _WORKSHOP_CPEE_SETEMBRO_2011.pdf. 19/118

20 2.5. OS CRITÉRIOS DE ANÁLISE DA CPEE Após a recolha de todos os contributos, a CPEE definiu os seus critérios de análise, quer das execuções, quer da actuação dos agentes de execução, tendo em vista quer a renovação, quer a elaboração de novas recomendações sobre a eficácia das execuções e a formação dos agentes de execução mais adequadas à resolução dos problemas identificados. Para tanto, a CPEE estudou os critérios ponderados pela CEPEJ para avaliar a qualidade da justiça e a eficácia dos sistemas judiciais de 47 países, e cujos Relatórios sobre a Avaliação dos Sistemas Judiciais se encontram publicados 3, e de entre os quais destacamos os seguintes: a) Critério financeiro, relacionado com o controlo dos custos com a justiça; b) Critério do apoio judiciário, referente à garantia de igual acesso à justiça por todos os cidadãos; c) Critério material, visando avaliar a protecção dos direitos do utente da justiça; d) Critério organizacional, que versa sobre a organização judiciária; e) Critério funcional, referente ao funcionamento dos recursos da Justiça; f) Critério temporal, que analisa o cumprimento do princípio da administração da Justiça em prazo razoável. g) Relativamente aos Agentes de Execução: i) N.º de Agentes de Execução; ii) Processo de entrada na profissão - garantia de rigorosa selecção e formação; iii) N.º de Agentes de Execução por comarca; iv) N.º de Processos por Agente de Execução; v) Distribuição dos Agentes de Execução por área geográfica. h) Satisfação dos utentes da Justiça, através da análise dos fundamentos das suas queixas no que concerne às execuções: i) Não execução da decisão; ii) Não execução de decisão contra entidades públicas; iii) Falta de informação; iv) Demora excessiva na prática dos actos; v) Práticas ilegais; 3 O último relatório da CEPEJ é de 2010, e corresponde à análise dos dados dos sistemas judiciais do ano de 2008 (disponível no sítio da CPEE na Internet em ). 20/118

21 vi) Supervisão insuficiente sobre os Agentes de Execução; vii) Custos excessivos. Com base nos critérios supra referidos, a CPEE definiu os seus próprios critérios de análise das execuções e da actuação dos agentes de execução, adaptados à realidade do sistema português e à actuação da própria Comissão, os quais permitirão a identificação dos problemas e das correspondentes soluções a apresentar pela CPEE OS DADOS ESTATÍSTICOS DOS SISTEMAS INFORMÁTICOS CITIUS E SISAAE UMA VISÃO MULTIDISCIPLINAR O exercício da actividade da CPEE depende da boa cooperação do Ministério da Justiça, gestor do sistema informático CITIUS/HABILUS, e da Câmara dos Solicitadores, responsável pelo SISAAE, enquanto entidades gestoras dos sistemas informáticos cujo bom funcionamento é nuclear à eficiência da acção executiva e do exercício da actividade dos seus diversos prestadores de serviço público de Justiça. Tendo em vista permitir o acesso directo pela CPEE aos dados estatísticos relativos às execuções cíveis do Ministério da Justiça, a CPEE celebrou um Protocolo de Cooperação com a Direcção- Geral da Política de Justiça (DGPJ), que lhe permite aceder a uma área reservada do Sistema de Informação das Estatísticas da Justiça (SIEJ). Sempre que os dados solicitados às supra referidas entidades não existam, não sejam recolhidos, não sejam atempadamente disponibilizados ou os estudos necessários à ponderação dos critérios ainda não hajam sido feitos ou divulgados, a CPEE não disporá do suporte estatístico necessário e crucial à ponderação dos critérios infra referidos. Porém, na sessão de abertura da referida 1.ª Conferência Internacional Promover a Eficácia das Execuções, no dia 18/06/2009, o Secretário de Estado da Justiça e Modernização Judiciária do XVIII Governo Constitucional admitia a existência de falsas pendências processuais nos tribunais, por falta de sincronização entre as bases de dados dos tribunais e o SISAAE, não só devido ao facto de só a partir de 31/03/2009 o Agente de Execução ser obrigado a praticar todos os actos no SISAAE 21/118

22 (o qual nem sempre reproduz este registo no CITIUS/HABILUS), mas também porque os processos executivos instaurados antes de 31/09/2009 são ainda tramitados em suporte papel, pelo que a necessidade de compatibilização de dados é ainda maior. No entanto, importa sublinhar que foi a transparência do processo electrónico que permitiu identificar este problema, para que, uma vez resolvido, se possa de ora em diante efectuar uma análise rigorosa do sistema de execuções cíveis em Portugal após o Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro, em comparação com as execuções cíveis pendentes em 31/03/2009, e com base em critérios homogéneos de análise e suportados por uma visão multidisciplinar (jurídica, económica, sociológica e de gestão). Já no âmbito do XIX Governo Constitucional, em Julho de 2011, Sua Excelência a Ministra da Justiça, Dra. Paula Teixeira da Cruz, afirmou à comunicação social que tinha conhecimento de falsas pendências processuais nos tribunais, dado que há pendências que não são verdadeiras pendências, outras que são demoras reais, alertando para a necessidade de tratar os números com cuidado, porque quando se penhora um terço do ordenado a alguém a acção permanece pendente durante dez 15 ou 8 anos depende da quantia em dívida. Em face do exposto, a CPEE aguardará a disponibilização dos dados estatísticos do CITIUS em conjugação com os dados estatísticos do SISAAE, após a qual poderá ser realizada uma análise multidisciplinar, com a colaboração de especialistas em Economia, Sociologia e Gestão, a par dos cultores do Direito Processual Civil OS DADOS ESTATÍSTICOS DA ACTIVIDADE DA CPEE A CPEE levou em linha de conta os seguintes dados estatísticos e sua análise, resultantes da actividade desenvolvida pelo Grupo de Gestão, constantes do 2.º Relatório Anual de Actividade da CPEE (entre os dias 01/04/2010 e 31/03/2011): a) Pedidos de agentes de execução para suspensão de receber novos processos; b) Pedidos de agentes de execução de declaração da existência de impedimentos legais; c) Participações recebidas e analisadas na CPEE relativas à actividade de agente de execução; d) Processos disciplinares: instauração e aplicação de penas disciplinares; e) Inspecções e fiscalizações à actividade dos agentes de execução. 22/118

23 PARTE II A MONITORIZAÇÃO DAS RECOMENDAÇÕES DA CPEE 2009/ O BALANÇO DA EXECUÇÃO DAS RECOMENDAÇÕES DA CPEE 2009/2010 Em cumprimento da Deliberação do Plenário da CPEE n.º 12/2011, de 22 de Março, e ao abrigo da alínea c) do n.º 2 do artigo 69.º-F do ECS, a Presidente da CPEE e os 3 Membros do Grupo de Gestão (que estão em exclusividade de funções) recolheram contributos e realizaram todas as diligências preparatórias ao exercício da competência legal do Plenário de emissão das recomendações anuais 2011/2012, tendo para o efeito começado por efectuar a monitorização da implementação, na prática, das 93 recomendações emitidas pelo Plenário no dia 13 de Julho de A monitorização da aplicação das Recomendações da CPEE 2009/2010 e a apresentação do respectivo resultado ao público representa um instrumento de avaliação essencial para medir o grau de concretização das recomendações emitidas pela CPEE e o impacto positivo que as medidas implementadas representam no âmbito da acção executiva, permitindo, em síntese: 1. Elencar as recomendações da CPEE executadas pelas entidades destinatárias das mesmas, distinguindo o resultado positivo alcançado, eliminando tais recomendações do elenco de tarefas por executar, como é de inteira Justiça; 2. Identificar os problemas e fragilidades em matéria de eficácia das acções executivas e de formação dos agentes de execução que foram resolvidos por implementação de uma Recomendação emitida pela CPEE; 3. Identificar as questões em matéria de eficácia das acções executivas e de formação dos agentes de execução que persistem, não tendo sido objecto de uma Recomendação da CPEE, ou que o tendo sido, não houve implementação da mesma; 4. Identificar as razões e os principais obstáculos para a não implementação das recomendações da CPEE; 5. Adaptar as recomendações da CPEE a novas realidades no âmbito da acção executiva; 6. Emitir novas recomendações e/ou reiterar as recomendações emitidas e não implementadas. 23/118

24 Na reunião do Plenário da CPEE de 19 de Julho de 2011, foi apresentado o balanço da execução das Recomendações da CPEE 2009/2010 em quadros contendo a recomendação para cada entidade destinatária, e a indicação sobre se estaria, ou não, executada, solicitando-se ainda às entidades representadas no Plenário da CPEE a prestimosa colaboração no sentido de serem indicadas: a) As recomendações concretizadas; b) As recomendações em falta; c) No caso das recomendações em falta, qual a previsão para a sua concretização; d) As principais causas ou motivos para a falta de implementação das Recomendações. Foram ainda feitos contactos directos (através de telefone, correio electrónico e realização de reuniões) com todas as entidades destinatárias representadas no Plenário da CPEE, de modo a identificar também alguns dos problemas associados à efectiva execução das recomendações emitidas. Na reunião do Plenário da CPEE de 25 de Outubro de 2011: a) Voltou a ser apresentado e debatido o balanço da execução das Recomendações da CPEE 2009/2010, através da apresentação dos quadros acima referidos (nos moldes de seguida apresentados - ponto 3.1.) 4 ; b) Foram sugeridas novas recomendações sobre a eficácia das execuções e sobre a formação dos Agentes de Execução (cfr. adiante, Parte IV, identificadas como Recomendações da CPEE 2011/2012). 4 O balanço constava já dos quadros apresentados na reunião de Plenário de dia 19 de Julho de /118

25 3.1. EXECUÇÃO DAS RECOMENDAÇÕES DA CPEE 2009/2010 PARA A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES A) MEMBRO DO GOVERNO RESPONSÁVEL PELA ÁREA DA JUSTIÇA: 26 RECOMENDAÇÕES DESTINATÁRIO RECOMENDAÇÕES 2009/2010 SOBRE A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES EXECUÇÃO MEMBRO DO GOVERNO RESPONSÁVEL PELA ÁREA DA JUSTIÇA 26 RECOMENDAÇÕES A) APROVAÇÃO/PUBLICAÇÃO DA REGULAMENTAÇÃO Portaria conjunta dos membros do Governo responsáveis pelas áreas da administração interna e da justiça fixação da remuneração das autoridades policiais pelos serviços de arrombamento prestados na realização da penhora (no caso em que as portas estejam fechadas ou haja receio justificado de oposição e resistência), e das modalidades de auxílio a adoptar e os procedimentos de cooperação entre os serviços judiciais e as forças de segurança (cfr. artigo 840.º, em especial, n.º s 5 e 6 do CPC). Portaria do membro do Governo responsável pela área da justiça definição dos termos da realização da venda em leilão electrónico (cfr. artigo 907.º-B do CPC). Portaria do membro do Governo responsável pela área da justiça criação da comissão de fiscalização da actividade dos centros de arbitragem institucionalizada na acção executiva (cfr. artigos 11.º a 18.º do Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro). Despacho conjunto dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das Finanças e da Justiça, de fixação da dotação máxima anual destinada ao recrutamento de peritos ou técnicos da assessoria do Grupo de Gestão da CPEE, relativamente ao ano de 2010 urgente (cfr. o n.º 3 do artigo 69.º-F do ECS, conjugado com a alínea c) do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 165/2009, de 22 de Julho). 25/118

26 B) APLICAÇÃO PRÁTICA DAS MEDIDAS LEGAIS MEMBRO DO GOVERNO RESPONSÁVEL PELA ÁREA DA JUSTIÇA 26 RECOMENDAÇÕES Criação de depósitos públicos para garantir a efectivação da penhora de bens móveis. Possibilidade de se retirar um certificado do Registo Informático de Execuções, do próprio registo informático, que seja aceite pela Administração Fiscal para efeitos de recuperação do Imposto sobre o Valor Acrescentado nas dívidas até Inclusão das execuções fiscais no Registo Informático das Execuções e na Lista Pública de Execuções centralização de dados. Desenvolvimento do Perfil próprio da CPEE no CITIUS 5. Desenvolvimento no CITIUS de um mecanismo automático de dessassociação do agente de execução suspenso de actividade por mais de dez dias pela CPEE, ou alvo da pena disciplinar de expulsão pela CPEE, e possibilidade de associação de outro agente de execução, em cada um dos processos executivos que estavam a cargo do agente de execução suspenso ou expulso (cfr. n.º 2 do artigo 125.º do ECS e artigo 8.º da Portaria n.º 331-B/2009, de 30 de Março). Possibilidade de o Exequente requerer no CITIUS a renovação da execução sem necessidade de preenchimento e de submissão de novo requerimento executivo, nos casos previstos no n.º 5 do 920.º do CPC, e com a correspondente renovação do processo no SISAAE Possibilidade de o Exequente proceder à efectiva substituição do agente de execução e designação de outro directamente através do CITIUS. Possibilidade de o Autor prosseguir a imediata execução da sentença através do CITIUS. Informação automática e via electrónica da elaboração da conta ao Agente de Execução (atendendo ao novo programa informático implementado nas Secretarias dos Tribunais na sequência do Regulamento das Custas Processuais), para efeitos do disposto no n.º 2 do artigo 919.º do CPC, para que os processos findos não fiquem parados nos Tribunais, quando estão apenas a aguardar que as secções dos Tribunais informem se a conta de custas processuais está saldada (actualmente, estes processos são contabilizados como pendentes, constituindo a falsa pendência processual ). Consulta através do CITIUS pelos agentes de execução, para visualização dos incidentes declarativos que se enxertam na acção executiva (por exemplo, a consulta da oposição à execução permite verificar se foi prestada caução, ou ordenada pelo juiz a suspensão da execução). C) ALTERAÇÕES REGULAMENTARES Clarificação de normas previstas no Regulamento das Custas Processuais, como seja o disposto nos artigos 17.º e 29.º. 5 De acordo com a Vogal do Plenário da CPEE designada pelo Membro do Governo responsável pela área da Justiça, Dra. Ana Vargas, esta medida encontra-se em curso. 26/118

27 MEMBRO DO GOVERNO RESPONSÁVEL PELA ÁREA DA JUSTIÇA 26 RECOMENDAÇÕES C) ALTERAÇÕES LEGISLATIVAS: ACÇÃO EXECUTIVA Previsão do pré-pagamento ao agente de execução do valor fixo da tarifa para a fase 1. 6 Corrigir a remissão contida na norma relativa à rejeição e aperfeiçoamento do processo (cfr. n.º 1 do artigo 820.º do CPC, que remete para ao artigo 812.º-C do CPC). Esclarecer o sentido da norma que determina a remessa electrónica ao juiz do processo para despacho liminar pelo agente de execução (proémio do artigo 812.º-D do CPC). Previsão do convite ao aperfeiçoamento do requerimento executivo pelo Agente de Execução (redacção do n.º 3 do artigo 812.º-E e do artigo 811.º, com as necessárias adaptações). Eliminação de despacho judicial de autorização da penhora de saldos bancários (artigo 861.º-A do CPC). Manutenção do modelo pluralista e democrático da composição do Plenário e do Grupo de Gestão da CPEE, com a afectação dos recursos humanos e financeiros necessários ao exercício das suas competências legais (exemplo: urgente emissão do despacho conjunto anual relativo à assessoria técnica do Grupo de Gestão). Atribuição de poder regulamentar à CPEE em sede de disciplina e de fiscalização dos agentes de execução. Elaboração de um Estatuto do Agente de Execução contendo: a) As Normas de Deontologia Profissional do Agente de Execução (incompatibilidades e impedimentos legais); b) O Procedimento de Apreciação Liminar das Participações; 7 c) O Processo Disciplinar, contendo: A previsão de uma tipologia de infracções: muito graves, graves e leves; A criação de duas formas de processo: uma forma de processo geral (infracções muito graves, graves) e uma forma de processo sumária (infracções muito leves; eliminação da fase inicial/ fase instrutória; notificação electrónica do agente de execução); A correspondência entre o tipo de infracção e a pena disciplinar a aplicar; d) O Procedimento de Fiscalização 8. 6 Através da Portaria n.º 1148/2010, de 4 de Novembro, foi aditado o artigo 15.º-A à Portaria n.º 331-B/2009, de 30 de Março, que apesar de constituir um avanço, dado que prevê um mecanismo de extinção da execução por falta de pagamento de honorários aos Agentes de Execução, mas estipula o pré-pagamento, antes da instauração da própria acção executiva, como acontece com a taxa de justiça. Por esta razão, mantém-se esta recomendação por concretizar. 7 Tendo em vista contribuir para a concretização desta Recomendação, a CPEE aprovou o seu Manual de Procedimentos de Apreciação Liminar e Processo Disciplinar 2009/2010, disponível no sítio da CPEE na Internet em o qual produz efeitos desde o dia 1 de Dezembro de Tendo em vista contribuir para a concretização desta Recomendação, a CPEE aprovou dois Manuais: 1.) O Manual de Procedimentos de Fiscalização 2009/2010, disponível no sítio da CPEE na Internet em e que vigorou entre 25/11/2009 e 31/12/2010; 2.) O Manual de Procedimentos de Fiscalização 2011/2012, disponível no sítio da CPEE na Internet em em vigor desde o 1 de Janeiro de 2011, salvo os Anexos IX e X do mesmo Manual, que produziram efeitos a partir do dia 1 de Julho de /118

28 MEMBRO DO GOVERNO RESPONSÁVEL PELA ÁREA DA JUSTIÇA 26 RECOMENDAÇÕES D) ALTERAÇÕES LEGISLATIVAS: OUTROS REGIMES JURÍDICOS Responsabilização do credor que concede crédito ao devedor já inscrito na Lista Pública de Execuções, e enquanto o devedor constar desta lista. Promoção de mais incentivos ao litigante frequente para recuperação extrajudicial do seu crédito e para extinção efectiva das execuções inviáveis, de forma a modificar a sua forma de actuação, no que toca à recuperação dos seus créditos e libertar os Tribunais para a efectiva resolução de litígios. Coordenação da execução cível e da execução fiscal, sobretudo nos casos em que esta última é instaurada na pendência da execução cível. B) MEMBRO DO GOVERNO RESPONSÁVEL PELA ÁREA DA JUSTIÇA, EM COOPERAÇÃO COM A CÂMARA DOS SOLICITADORES: 3 RECOMENDAÇÕES DESTINATÁRIO MEMBRO DO GOVERNO RESPONSÁVEL PELA ÁREA DA JUSTIÇA, EM COOPERAÇÃO COM A CÂMARA DOS SOLICITADORES 3 RECOMENDAÇÕES RECOMENDAÇÕES 2009/2010 SOBRE A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES Cooperação entre as entidades gestoras dos sistemas informáticos, tendo em vista o aperfeiçoamento e melhoria da comunicação entre as plataformas informáticas CITIUS/HABILUS e SISAAE, para garantir o automatismo, celeridade, segurança e qualidade de todas as comunicações electrónicas entre tribunais e agentes de execução. Assegurar que o processo electrónico seja constituído pelos mesmos actos, diligências e notificações no CITIUS/HABILUS e no SISAAE, através de: a) Mecanismos de sincronização em tempo real (para que os actos do agente de execução sejam vertidos no CITIUS/HABILUS, e os actos do juiz, mandatário judicial e oficial sejam vertidos no SISAAE); b) Uniformização do registo electrónico dos actos processuais no SISAAE e do tipo de acto visualizado no CITIUS/Habilus, para que possa ser perfeitamente identificado em qualquer dos sistemas se o acto corresponde a um requerimento, notificação, junção de documento ou penhora, evitando a abertura de milhares de requerimentos que não implicam uma actuação do oficial de justiça/juiz, mas que através da transmissão electrónica do acto não classificado originam tarefas inúteis. Assegurar a efectiva extinção das acções executivas pendentes por falta de bens do devedor por aplicação do n.º 6 do artigo 833.º-B do CPC (inclusive em relação a processos anteriores a 2009). EXECUÇÃO 28/118

29 C) MEMBRO DO GOVERNO RESPONSÁVEL PELA ÁREA DAS FINANÇAS E CÂMARA DOS SOLICITADORES: 1 RECOMENDAÇÃO DESTINATÁRIO MEMBRO DO GOVERNO RESPONSÁVEL PELA ÁREA DAS FINANÇAS E CÂMARA DOS SOLICITADORES 1 RECOMENDAÇÃO RECOMENDAÇÕES 2009/2010 SOBRE A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES Possibilidade de pagamento por transferência bancária aos Serviços de Finanças ou Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público, I.P., para efeitos do pagamento à Administração Fiscal nos casos previstos nos artigos 280.º do CPC e 81.º do Código de Processo e Procedimento Tributário (CPPT) 9. EXECUÇÃO D) MEMBROS DO GOVERNO RESPONSÁVEIS PELAS ÁREAS DA JUSTIÇA, FINANÇAS E SEGURANÇA SOCIAL, EM COOPERAÇÃO COM A CÂMARA DOS SOLICITADORES: 2 RECOMENDAÇÕES DESTINATÁRIO RECOMENDAÇÕES 2009/2010 SOBRE A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES EXECUÇÃO MEMBROS DO GOVERNO RESPONSÁVEIS PELAS ÁREAS DA JUSTIÇA, FINANÇAS E SEGURANÇA SOCIAL, EM COOPERAÇÃO COM A CÂMARA DOS SOLICITADORES 2 RECOMENDAÇÕES Previsão do acesso ao agente de execução a outro tipo de informação relevante para efeitos de penhora, por exemplo pensões auferidas pelo Executado (cfr. o n.º 3 do artigo 4.º da Portaria n.º 331-A/2009, de 30 de Março) 10. Conclusão do desenvolvimento informático da realização das citações electrónicas das Finanças e da Segurança Social pelo Agente de Execução Grupo de Trabalho da CPEE de Implementação das Comunicações Electrónicas (cfr. os artigos 9.º a 11.º da Portaria n.º 331-A/2009, de 30 de Março) De acordo com a Vogal do Plenário da CPEE designada pelo Membro do Governo responsável pela área das Finanças, Dra. Maria da Guia Meirinha, os circuitos financeiros subjacentes a esta recomendação foram objecto de análise detalhada, efectuada conjuntamente com o Ministério da Justiça, num documento que em 15/12/2010 foi presente ao Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais e ao Secretário de Estado da Justiça, o qual continua a aguardar disponibilização de verba para a sua implementação. 10 No âmbito da anterior legislatura, foi elaborado um projecto de alteração da Portaria n.º 331-A/2009, de 30 de Março, pelo anteriormente designado Ministério do Trabalho e da Segurança Social, em conjugação com o Ministério da Justiça e com a Câmara dos Solicitadores, o qual concretizava a recomendação da CPEE. No entanto, o projecto de alteração da Portaria foi enviado pelo Ministério do Trabalho e da Segurança Social, com assinaturas, para o Ministério da Justiça, aguardando-se até agora os desenvolvimentos sobre o assunto pelo Ministério da Justiça. 11 Neste Projecto pretende-se ainda englobar a implementação de certidões electrónicas, provenientes não só dos Agentes de Execução, como dos Tribunais e teriam como retorno a Certidão de Dívida, também electrónica, através da comunicação entre ITIJ e DGITA. Neste momento, a parte implementada ainda só diz respeito às citações provenientes dos Agentes de Execução. Falta implementar a componente dos Tribunais para que se possa concluir o ciclo com o retorno da Certidão de Dívida. 29/118

30 E) CÂMARA DOS SOLICITADORES: 19 RECOMENDAÇÕES DESTINATÁRIO RECOMENDAÇÕES 2009/2010 SOBRE A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES EXECUÇÃO CÂMARA DOS SOLICITADORES 19 RECOMENDAÇÕES A) APROVAÇÃO/PUBLICAÇÃO DA REGULAMENTAÇÃO Regulamento da Caixa de Compensações dos Agentes de Execução (cfr. n.º 3 do artigo 70.º do ECS). Regulamento que define as estruturas e os meios informáticos mínimos do agente de execução, a aprovar pela Assembleia Geral da Câmara dos Solicitadores (cfr. alínea g) do n.º 1 do artigo 117.º do ECS). Regulamento de registo de sociedades de agentes de execução, a aprovar pelo Conselho Geral da Câmara dos Solicitadores (cfr. n.º 3 do artigo 119.º-A do ECS). Regulamento relativo ao arquivo e conservação dos documentos das execuções e dos actos processuais efectuados pelo Agente de Execução, a aprovar pelo Conselho Geral da Câmara dos Solicitadores (cfr. alínea f) do n.º 1 do artigo 123.º do ECS). Regulamento que aprova o modelo de contabilidade organizada do agente de execução, a aprovar pelo Conselho Geral da Câmara dos Solicitadores (cfr. alínea g) do n.º 1 do artigo 123.º do ECS). Regulamento que aprova o endereço electrónico do agente de execução, os meios de identificação do agente de execução e os meios de comunicação electrónicos entre o agente de execução e outras entidades públicas e privadas, a aprovar pelo Conselho Geral da Câmara dos Solicitadores (cfr. alíneas j) a m) do n.º 1 do artigo 123.º do ECS). Regulamento que aprova as normas e procedimentos relativos à utilização do registo informático dos movimentos das contasclientes do agente de execução, a aprovar pelo Conselho Geral da Câmara dos Solicitadores (cfr. n.º s 4 a 10 do artigo 124.º do ECS). B) APLICAÇÃO PRÁTICA DAS MEDIDAS LEGAIS Criação de depósitos equiparados a depósitos públicos para garantir a efectivação da penhora de bens móveis. Criação de soluções de resolução célere dos seguintes problemas que por vezes surgem no âmbito do SISAAE: a) Impossibilidade de nomeação pelo Exequente de determinado agente de execução que se encontra Activo ; b) Impossibilidade de o agente de execução nomeado tramitar o processo electrónico. Criação do perfil da CPEE no SISAAE, permitindo o exercício das suas competências legais através de comunicação electrónica (comunicação electrónica entre a CPEE e cada Agente de Execução e a execução directa das decisões da CPEE). 30/118

31 CÂMARA DOS SOLICITADORES (19 RECOMENDAÇÕES) Desenvolvimento informático da aplicação necessária à tramitação electrónica dos processos disciplinares e das fiscalizações da CPEE, e respectivo tratamento estatístico. A aplicação informática foi criada e desenhada pela CPEE, que entregou o respectivo workflow à Câmara dos Solicitadores em Outubro de 2009 (cfr. alíneas a) e b) do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 165/2009, de 22 de Julho). Nomeação automática de agente de execução, nos termos do 811.º-A do CPC, quando o Exequente não indica Agente de Execução no requerimento executivo. Acesso directo pelo Agente de Execução às bases de dados do Registo Comercial e do Registo Civil para efeitos de consulta dos elementos referentes aos legais representantes da pessoa colectiva quando esta é Executada. Acesso directo às várias bases de dados oficiais pelo Agente de Execução para identificação do executado e identificação e localização dos seus bens através do SISAAE (designadamente da Administração Fiscal, Centro Nacional de Pensões, Caixa de Abono de Família dos Empregados Bancários, Registo Predial, Registo Comercial e Informação Empresarial Simplificada). Realização pelo Agente de Execução da penhora electrónica através do SISAAE de imóveis, quotas de sociedades, marcas e patentes, saldos bancários e créditos fiscais. Acesso pelo Agente de Execução às consultas da identidade do cônjuge do Executado e dos bens penhoráveis deste através do SISAAE. Possibilitar ao Agente de Execução a inserção de dados no registo informático de execuções através do SISAAE, com vista a aumentar a celeridade na realização destas tarefas. Criação de meios electrónicos para conclusão dos processos pelo Agente de Execução directamente ao juiz, por oposição aos actos que devam ser remetidos à secretaria do Tribunal. Criação de referência multibanco aberta para possibilitar pagamentos parciais em sede de penhora de vencimento, permitindo a rápida identificação do processo judicial e a sua correspondência com a conta-cliente dos Executados. 31/118

32 F) AGENTES DE EXECUÇÃO: OFICIAIS DE JUSTIÇA/ SOLICITADORES/ADVOGADOS: 2 RECOMENDAÇÕES DESTINATÁRIO AGENTES DE EXECUÇÃO: OFICIAIS DE JUSTIÇA/ SOLICITADORES/ ADVOGADOS 2 RECOMENDAÇÕES RECOMENDAÇÕES 2009/2010 SOBRE A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES Aplicação da medida legal transitória que determina a extinção das execuções por falta de bens penhoráveis nas execuções instauradas antes de 31/03/2009, e que estavam suspensas, o que possibilitará a extinção de um número muito significativo de acções executivas, contribuindo para libertar os tribunais judiciais das falsas pendências processuais (cfr. o n.º 5 do artigo 20.º do Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro, e Ofício- Circular DGAJ/ DSAJ n.º 58/2009, de 8 de Setembro) Aplicação e agilização da medida legal que determina a extinção das execuções por falta de bens penhoráveis nas execuções instauradas após 31/03/2009, e inserção do respectivo Executado/devedor na Lista Pública de Execuções. EXECUÇÃO G) ENTIDADES QUE CONCEDEM CRÉDITO: 1 RECOMENDAÇÃO DESTINATÁRIO RECOMENDAÇÕES 2009/2010 SOBRE A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES EXECUÇÃO ENTIDADES QUE CONCEDEM CRÉDITO 1 RECOMENDAÇÃO As entidades que concedem crédito, antes da celebração do contrato devem: a) Atender à legislação relativa à concessão e recuperação de crédito em vigor à data da celebração do contrato; b) Efectuar uma rigorosa análise de risco de concessão do crédito ao devedor, atendendo à quota de endividamento deste e aos factores externos ao negócio (desemprego; doença e divórcio), procurando evitar a concessão de créditos incobráveis e cuja previsão de incobrabilidade era uma realidade já conhecida em momento anterior à própria concessão de crédito; c) Adequar os resultados da análise de risco às opções de contratação existentes na empresa, procurando constituir garantias efectivas de pagamento do crédito concedido. 32/118

33 H) DIVULGAÇÃO AO PÚBLICO DO REGIME LEGAL EM VIGOR DESDE 31/03/2009 E DA ANÁLISE DE EFICIÊNCIA POR TRIBUNAL: 7 RECOMENDAÇÕES DESTINATÁRIO DIVULGAÇÃO AO PÚBLICO DO REGIME LEGAL EM VIGOR DESDE 31/03/2009 E DA ANÁLISE DE EFICIÊNCIA POR TRIBUNAL RECOMENDAÇÕES 2009/2010 SOBRE A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES Mecanismos electrónicos utilizados pelo Agente de Execução, como por exemplo: a) Comunicação com os Mandatários Judiciais através do CITIUS; b) Realização da citação edital electrónica do Executado; c) Extinção das acções executivas pendentes por falta de bens do devedor (cfr. o n.º 6 do artigo 833.º-B do CPC). Pareceres do Colégio de Especialidade dos Agentes de Execução. Publicitação da venda de bens e direitos no sítio na Internet Mecanismos de apoio ao sobreendividamento. EXECUÇÃO 7 RECOMENDAÇÕES Lista Pública de Execuções. Estádio em que se encontram as acções executivas em cada tribunal - pendência e tempo médio de duração do processo em cada tribunal. Das vantagens da extinção das execuções pendentes em que o Executado já não tem bens ou direitos penhoráveis, não produzindo qualquer efeito útil e que apenas prejudicam a normal e regular tramitação das restantes, constituindo a falsa pendência processual. 33/118

34 3.2. EXECUÇÃO DAS RECOMENDAÇÕES DA CPEE 2009/2010 PARA A FORMAÇÃO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO O balanço da concretização das recomendações sobre a formação dos agentes de execução, da responsabilidade da Câmara dos Solicitadores, em colaboração com outras entidades, é a seguinte: DESTINATÁRIO RECOMENDAÇÕES 2009/2010 SOBRE A FORMAÇÃO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO EXECUÇÃO FORMAÇÃO INICIAL PRIMEIROS 3 MESES DO 1.º ESTÁGIO DE AGENTES DE EXECUÇÃO (19 RECOMENDAÇÕES) A) APLICAÇÃO PRÁTICA DAS MEDIDAS LEGAIS Desenvolvimento informático nos sistemas informáticos CITIUS/HABILUS e SISAAE do Perfil do agente de execução estagiário tendo em vista (cfr. o n.º 12 do artigo 118.º do ECS): a) Possibilitar a nomeação pelo Exequente do agente de execução estagiário para processos executivos de valor inferior a 5.000; b) Assegurar a prática de actos processuais e diligências pelo agente de execução estagiário nos processos executivos de valor inferior a (seja nos processos em que tenha sido nomeado pelo Exequente, seja nos processos do Patrono). Criação de um sítio próprio na Internet, ou de um campo próprio dedicado ao agente de execução estagiário, o qual centralize toda a informação relevante para o estágio e a publicite de forma organizada e atempada, contendo, designadamente: a) O calendário do 1.º Período do Estágio, curso de formação inicial (3 meses), com todas as turmas, aulas e respectivos horários; b) Os Programas do curso de formação inicial, com as matérias a leccionar, os conteúdos programáticos das aulas, as turmas e os horários). B) ORGANIZAÇÃO GERAL (QUESTÕES LOGÍSTICAS E INFORMÁTICAS) Cumprimento pontual do prazo legal do 1.º Período de Estágio, de 3 meses, sob pena de atraso do início do 2.º Período (de 7 meses), e consequente prolongamento da duração total do estágio, que deve durar 10 meses (cfr. os n.º s 1, 2 e 6 do artigo 118.º do ECS). Maior descentralização dos centros de estágio, em cooperação com a Ordem dos Advogados, no seio do Plenário da CPEE, aproveitando os recursos disponíveis quer da Câmara dos Solicitadores, quer da Ordem dos Advogados. 34/118

35 Nas aulas sobre SISAAE, disponibilização de: a) Um computador portátil por agente de execução estagiário; b) Uma banda larga de acesso individual por cada agente de execução estagiário ou em wireless. Possibilidade de realização do 1.º Período de estágio em formato e-learning e presencial, especialmente para os agentes de execução estagiários que se deslocam dos arquipélagos dos Açores e da Madeira. Realização de reuniões mensais entre os coordenadores de estágio, os formadores e representantes dos agentes de execução estagiários, tendo em vista a resolução atempada de eventuais problemas (cfr. modelo organizativo implantado pelo Coordenador do Centro de Estágio do Porto). C) CALENDÁRIO, PROGRAMA E FORMADORES FORMAÇÃO INICIAL PRIMEIROS 3 MESES DO 1.º ESTÁGIO DE AGENTES DE EXECUÇÃO 19 RECOMENDAÇÕES Publicitação atempada, no sítio próprio na Internet, da carga horária das aulas, dentro dos três meses legalmente previstos, sem alterações ou, caso estas venham a ocorrer, publicitação das mesmas com pelo menos 10 dias de antecedência. Publicitação atempada, no sítio próprio na Internet, do conteúdo programático de cada uma das matérias leccionadas. Promoção de cursos, conferências e acções de formação, complementares ao Programa do Estágio. Inclusão obrigatória da matéria de Deontologia Profissional, com programa a definir em conjunto com a CPEE (atendendo às dúvidas que vários agentes de execução estagiários levantaram junto da CPEE acerca do disposto nos artigos 120.º e 121.º do ECS, e aos factos subjacentes às participações e à instauração de processo disciplinar pela CPEE se prenderem frequentemente com a violação dos deveres deontológicos pelos agentes de execução). Realização de cursos de formação de formadores de estágio de agente de execução, em articulação com a CPEE. Publicitação atempada, no sítio próprio na Internet: a) Do processo de recrutamento dos formadores; b) Da lista de formadores seleccionados; c) Dos currículos de aptidão científico-pedagógica dos formadores seleccionados. Suspensão das aulas calendarizadas no caso de cursos, conferências e acções de formação complementares ao Programa do Estágio, promovidas quer pela CPEE, pela Câmara dos Solicitadores e/ou pela Ordem dos Advogados sobre a actividade do agente de execução e/ou acção executiva, tendo em vista possibilitar essa formação aos agentes de execução estagiários. 35/118

36 FORMAÇÃO INICIAL PRIMEIROS 3 MESES DO 1.º ESTÁGIO DE AGENTES DE EXECUÇÃO 19 RECOMENDAÇÕES D) RESOLUÇÃO DE OUTROS PROBLEMAS Clarificação do conceito de acto que constitui intervenção em procedimento judicial, previsto na alínea b) do n.º 1 e do n.º 2 do artigo 22.º, ambos do Regulamento de Estágio, através da emissão de um comunicado, em articulação com a CPEE, contendo: a) A lista dos actos passíveis de serem praticados por agente de execução estagiário no processo executivo, que sejam considerados como intervenções para efeitos de estágio; b) Definição do número de actos exigido em cada fase do processo executivo tal como previsto no Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro, tendo em vista permitir o contacto do agente de execução estagiário com toda a realidade do processo, evitando-se, assim, possível limitação do papel do estagiário a uma determinada fase do processo, com a prática repetida e constante do mesmo acto. Criação de uma Bolsa de Patronos de Estágio de Agente de Execução, visando facilitar a célere nomeação ou substituição de Patronos, sempre que necessária. Realização de reuniões mensais entre os Coordenadores de Estágio, os Patronos de Estágio, os Agentes de Execução Estagiários e a CPEE, tendo em vista a resolução atempada de eventuais problemas (cfr. modelo organizativo implantado pelo Coordenador de Estágio do Porto). Realização de sessões de esclarecimento com os Coordenadores de Estágio, os Patronos de Estágio, os Agentes de Execução Estagiários e a CPEE. Possibilidade de cobertura pelo seguro da Câmara dos Solicitadores, dos actos praticados pelos agentes de execução estagiários. A) FORMAÇÃO CONTÍNUA OBRIGATÓRIA FORMAÇÃO CONTÍNUA 13 RECOMENDAÇÕES Formação Contínua Obrigatória dos Agentes de Execução, através de um sistema de créditos Formação Contínua Obrigatória dos funcionários e colaboradores dos Agentes de Execução, através de um sistema de créditos. Formação Conjunta, assegurando o efectivo diálogo entre todos os intervenientes do processo: Juízes, Agentes de Execução, Mandatários Judiciais, Exequentes e Executados Realização de acções de formação de formadores. Criação de uma Escola de Formação dos Agentes de Execução Realização de acções de formação contínua, com carácter voluntário e programa adequado, para os agentes de execução alvo de processo disciplinar com aplicação de penas disciplinares devido à violação do dever legal previsto na alínea a) do artigo 123.º do ECS, ou pela prática das infracções disciplinares previstas nas alíneas c) a i) do n.º 1 do artigo 131.º-A do ECS (formação técnico-jurídica). Realização de acções de formação contínua, com carácter voluntário e programa adequado, para os agentes de execução propostos pela CPEE por violação dos seguintes deveres (no âmbito de fiscalizações, independentemente da aplicação de sanções disciplinares) actuação preventivo-pedagógica: 36/118

37 a) Praticar diligentemente os actos processuais de que seja incumbido, com observância escrupulosa dos prazos legais ou judicialmente fixados e dos deveres deontológicos que sobre si impendem (cfr. alínea a) do artigo 123.º do ECS); b) Prestar contas da actividade realizada, entregando prontamente as quantias, objectos ou documentos de que seja detentor por causa da sua actuação como agente de execução (cfr. alínea e) do artigo 123.º do ECS); FORMAÇÃO CONTÍNUA 13 RECOMENDAÇÕES c) Utilizar meios de comunicação electrónicos nas relações com outras entidades públicas e privadas, designadamente com o tribunal (cfr. alínea l) do artigo 123.º do ECS); d) Ter um endereço electrónico nos termos regulamentados pela Câmara dos Solicitadores (cfr. alínea m) do artigo 123.º do ECS). Realização de acções de formação contínua em formato de e-learning, especialmente para os agentes de execução que exercem a actividade nas ilhas ou em comarcas distantes do local físico de realização das acções de formação. B) TEMAS DA FORMAÇÃO CONTÍNUA OBRIGATÓRIA Formação técnico-jurídica, designadamente: a) Tramitação processual, citações/notificações, excepções dilatórias; b) Análise do requerimento executivo; c) Casos de envio do processo executivo para o juiz; d) Penhora e seus limites; e) Efeitos dos incidentes declarativos. f) Elaboração da conta. Formação deontológica e ética, nomeadamente sobre os deveres deontológicos subjacentes às incompatibilidades e impedimentos de agente de execução. Formação prática em CITIUS. Formação prática em SISAAE. Formação em Prática Forense: a) Actualização de minutas disponíveis no SISAAE; b) Organização do escritório e do trabalho dos funcionários ou colaboradores do agente de execução; c) Prestação de informação aos juízes, aos mandatários judiciais e às partes. 37/118

38 3.3. CONCLUSÃO: RECOMENDAÇÕES DA CPEE 2009/2010 EXECUTADAS E EM FALTA A) QUADRO-SINTESE DAS RECOMENDAÇÕES PARA A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES ENTIDADES DESTINATÁRIAS N.º TOTAL DE RECOMENDAÇÕES N.º DE RECOMENDAÇÕES EXECUTADAS N.º DE RECOMENDAÇÕES EM FALTA A) MJ B) COOPERAÇÃO ENTRE MJ E CS C) COOPERAÇÃO ENTRE MF E CS D) COOPERAÇÃO ENTRE MJ, MF, MSSS E CS E) CS F) AGENTES DE EXECUÇÃO: OFICIAIS DE JUSTIÇA/ SOLICITADORES /ADVOGADOS G) ENTIDADES QUE CONCEDEM CRÉDITO H) DIVULGAÇÃO AO PÚBLICO DO REGIME LEGAL EM VIGOR DESDE 31/03/2009 E DA ANÁLISE DE EFICIÊNCIA POR TRIBUNAL TOTAIS Em suma: apenas foram executadas 24,5% das recomendações da CPEE sobre a eficácia das execuções, encontrando-se em falta a execução de 75,4% das recomendações da CPEE. 12 Atendendo a que uma das recomendações só foi parcialmente concretizada, foi considerada ainda como medida a concretizar. 38/118

39 B) QUADRO-SINTESE DAS RECOMENDAÇÕES SOBRE A FORMAÇÃO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO ENTIDADE DESTINATÁRIA: CÂMARA DOS N.º TOTAL DE RECOMENDAÇÕES N.º DE RECOMENDAÇÕES EXECUTADAS N.º DE RECOMENDAÇÕES EM FALTA SOLICITADORES 1. FORMAÇÃO INICIAL FORMAÇÃO CONTÍNUA OBRIGATÓRIA TOTAIS Em suma: apenas foram executadas 12,5% das recomendações da CPEE sobre a formação dos Agentes de Execução, encontrando-se 87,5% das recomendações da CPEE em falta. 13 Atendendo a que duas recomendações foram só parcialmente concretizadas, foram consideradas ainda como medidas a concretizar. 14 Atendendo a que uma recomendação só foi parcialmente concretizada, foi considerada como medida a concretizar. 39/118

40 PARTE III OS CRITÉRIOS DE ANÁLISE DA CPEE PARA A EMISSÃO DE NOVAS RECOMENDAÇÕES 4. OS CRITÉRIOS DE ANÁLISE DA EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES E DA FORMAÇÃO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO 4.1. MOVIMENTAÇÃO PROCESSUAL (EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES) O Critério da Movimentação Processual pondera o número de processos executivos entrados e findos nos tribunais, o comportamento da litigância e a evolução da pendência processual, verificando se existem ou não melhorias em termos de eficácia do sistema da acção executiva. Movimentação Processual Evolução das Acções Executivas Entradas e Findas Entre Janeiro 2009 e Dezembro de 2009 Entre Janeiro 2010 e Dezembro de 2010 Entrados Findos Total de Pendentes Fig. 2: Indicadores estatísticos relativos à movimentação processual Fonte: Direcção-Geral da Política de Justiça Por comparação da Movimentação Processual das Acções Executivas Entradas e Findas durante os anos de 2009 e 2010 (Fig. 2), constata-se que houve uma diminuição dos processos entrados e findos em 2010, face ao ano de 2009, e um aumento da pendência processual em cerca de processos. 40/118

41 Fig Distribuição geográfica dos processos iniciados por comarcas em 2010 Fonte: Direcção-Geral da Política de Justiça Fig. 4 - Distribuição geográfica dos processos findos por comarcas em No período em referência (Janeiro e Dezembro de 2010) a Taxa de Resolução Processual 15 anual foi de 71,6 % 16, o que significa que o volume de processos entrados em 2010 foi superior ao de processos findos, tendo-se gerado pendência para o ano seguinte (2011). No âmbito deste critério, é ainda ponderada a distribuição geográfica dos processos, verificando as comarcas com maior e menor congestionamento processual, com vista a identificar quais as comarcas onde está a maior litigância e/ou maior pendência processual, como resulta da Figura seguinte (Figura 5): 15 A taxa de resolução processual, ou Clearance Rate, corresponde ao rácio do volume total de processos findos sobre o volume total de processos entrados. Sendo igual a 100%, o volume de processos entrados foi igual ao dos findos, logo, a variação da pendência é nula. Sendo superior a 100%, ocorreu uma recuperação da pendência. Quanto mais elevado for este indicador, maior será a recuperação da pendência efectuada nesse ano. Se inferior a 100%, o volume de entrados foi superior ao dos findos, logo, gerou-se pendência para o ano seguinte. 16 Cfr. Figura 6 da página 8 do Anexo III - Enquadramento das acções executivas cíveis no sistema judicial português Relatório concebido no âmbito da visita do Serviço de Execução de Acórdãos do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, Abril de 2011, que integra o Relatório de Levantamento e análise de processos pendentes em atraso, Relatório do Grupo de Trabalho, coordenado pela DGPJ do Ministério da Justiça, Junho de /118

42 Fig. 5: Distribuição geográfica da pendência processual em 2010 Fonte: Direcção-Geral da Política de Justiça Verifica-se assim que, tal como nos dados referentes a 2009, a maior pendência processual concentra-se no litoral, norte e centro, de Portugal Continental, com maior concentração nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, cujas comarcas detêm entre e processos executivos pendentes. Por outro lado, por análise das Figuras 3 e 4 respeitantes à distribuição geográfica dos processos iniciados e findos por comarcas, constata-se que, à semelhança da distribuição geográfica da pendência processual, os processos iniciados concentram-se no Litoral do País. Nesta sede importa ainda referir que no período em referência (Janeiro de 2010 e Dezembro de 2010), apurou-se que a duração média dos processos findos é de 43 meses 17. Importaria ainda verificar a duração média das diferentes fases processuais, de acordo com a divisão feita na Portaria n.º 331-B/2009, de 30 de Março. Porém, não foi possível ter acesso a este dado por 17 A duração média dos processos findos é calculada multiplicando a duração média das acções executivas pelo seu peso no número total de processos findos nos tribunais judiciais de 1.ª Instância. Cfr. Levantamento e análise de processos pendentes em atraso, Relatório, cit., p /118

43 referência ao período entre Abril de 2010 e Outubro de 2011 (por não ser possível a divulgação de dados com esta antecedência) CRITÉRIO ORGANIZACIONAL (EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES) O Critério Organizacional está intimamente relacionado com a organização do mapa judiciário e com a distribuição geográfica dos recursos da Justiça. Em Portugal, existem 227 Tribunais de comarca (cfr. sendo que dos 17 Juízos de Execução criados, apenas 12 estão instalados. A Reforma do Mapa Judiciário (Lei n.º 52/2008, de 28 de Agosto), através das alterações organizacionais no sistema executivo, em especial, teve impacto na pendência processual decorrente da: i) Reestruturação dos recursos; ii) Transferência dos processos; iii) Período de adaptação à nova realidade espacial e organizativa das novas comarcas. JUÍZOS DE EXECUÇÃO INSTALADOS LISBOA (3) PORTO (2) GUIMARÃES MAIA OEIRAS JUÍZOS DE EXECUÇÃO POR INSTALAR BRAGA COIMBRA LEIRIA LOURES MATOSINHOS SINTRA ÁGUEDA (COMARCA DO BAIXO VOUGA) OVAR (COMARCA DO BAIXO VOUGA) VILA NOVA DE GAIA Fig. 6 Instalação de Juízos de Execução Fonte: Comissão para a Eficácia das Execuções 43/118

44 Conforme se pode concluir pela consulta da Figura 6, encontram-se ainda por instalar os seguintes 5 Juízos de Execução: Braga Coimbra Leiria Loures Matosinhos Acresce que tendo entrado em vigor, ainda que parcialmente, a Reforma do Mapa Judiciário, levada a efeito pela Lei n.º 52/2008, de 28 de Agosto, importa verificar qual o impacto das alterações organizacionais no sistema executivo, nomeadamente as repercussões na pendência processual, da necessária reestruturação dos recursos, da transferência dos processos e do período de adaptação à nova realidade espacial e organizativa das novas comarcas. Finalmente, é ainda de destacar que por força do cumprimento do Memorando de Entendimento sobre as condicionalidades de política económica entre Portugal, o Banco Central Europeu, o Fundo Monetário Internacional e a Comissão Europeia, o Estado Português tem como um dos objectivos melhorar o funcionamento do sistema judicial, que é essencial para o funcionamento correcto e justo da economia aumentando, nomeadamente, a eficiência através da reestruturação do sistema judicial e adoptando novos modelos de gestão dos tribunais. Nesse contexto, é de destacar a aplicação das seguintes medidas: a) Intensificar a implementação de medidas propostas ao abrigo do Novo Mapa Judiciário; b) Acelerar a aplicação do Novo Mapa Judiciário criando 39 comarcas, com apoio de gestão adicional para cada unidade, integralmente financiado através das poupanças nas despesas e em ganhos de eficiência; c) Desenvolver um plano de gestão de recursos humanos que permita a especialização judicial e a mobilidade de funcionários judiciais. 44/118

45 4.3. CRITÉRIO FINANCEIRO (EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES) O Critério Financeiro pondera o controlo de custos com a Justiça, nomeadamente a afectação eficiente dos recursos financeiros às necessidades mais prementes do sistema judicial, e os critérios de racionalização que subjazem à decisão de afectação e utilização dos recursos. No que respeita às execuções cíveis, uma vez que se trata do tipo de acção judicial que maior peso representa no total da movimentação processual e da pendência da Justiça portuguesa, importará apurar qual o seu orçamento e verificar a racionalização da gestão dos recursos financeiros nesta sede, atendendo ao investimento que tem vindo a ser feito no desenvolvimento tecnológico necessário à criação do processo executivo electrónico e todos os custos de logística e formação ao mesmo associados, em especial, a autonomização do Perfil da CPEE no processo electrónico CRITÉRIO DA IMPLEMENTAÇÃO DAS SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS (EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES) A alteração legislativa promovida pelo Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro, assenta no processo electrónico e na promoção do uso das tecnologias de informação, visando aproveitar a redução de tempo e de custos administrativos que só o processo executivo electrónico permite. Assim, previram-se diversas soluções legais cujo resultado prático, nomeadamente em termos de avaliação do seu sucesso, depende do desenvolvimento informático necessário à implementação das mesmas nos sistemas CITIUS/HABILUS e SISAAE para que todas possam ser exercidas e utilizadas na prática. Entre as diversas soluções legais que implicaram uma alteração aos sistemas informáticos, a CPEE destaca as seguintes: a) Execução imediata de sentença; b) Notificações electrónicas entre o agente de execução, o tribunal e os advogados; c) Citações electrónicas às Finanças e à Segurança Social; d) Citação edital electrónica do Executado; e) Publicitação da venda de bens penhorados por anúncio electrónico; f) Extinção da execução através de envio electrónico da informação ao tribunal; 45/118

46 g) Acesso directo e possibilidade de alteração do registo informático de execuções pelo Agente de Execução; h) Livre substituição do agente de execução pelo Exequente; i) Venda em leilão electrónico; j) Criação da Lista Pública de Execuções; k) Implementação de soluções tecnológicas que permitam a associação e desassociação dos Agentes de Execução. Do elenco das alterações legislativas operadas, em 22 de Novembro de 2011 verificamos a seguinte situação relativa à implementação electrónica das mesmas (Figura 7): SOLUÇÕES LEGAIS CONCRETIZAÇÃO Notificações electrónicas entre o agente de execução, o tribunal e os advogados Citações electrónicas às Finanças e à Segurança Social (Grupo de Trabalho da CPEE) Citação edital electrónica Publicitação da venda de bens penhorados por anúncio electrónico Acesso directo e possibilidade de alteração do registo informático de execuções pelo Agente de Execução Criação da Lista Pública de Execuções Extinção da execução através de envio electrónico da informação ao tribunal Execução imediata de sentença Livre substituição do agente de execução Penhora electrónica de depósitos bancários (Grupo de trabalho da CPEE) Venda em leilão electrónico Implementação de soluções tecnológicas que permitam a associação e desassociação dos Agentes de Execução. Fig. 7 Implementação electrónica de soluções legais Fonte: Comissão para a Eficácia das Execuções 46/118

47 Importará ainda nesta sede acompanhar o desenvolvimento do CITIUS PLUS e as soluções que se encontram a ser pensadas para efeitos de implementação das medidas legais em falta CRITÉRIO FUNCIONAL (EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES) O Critério Funcional pondera o funcionamento dos recursos da Justiça, verificando nomeadamente o seu modelo de gestão, procurando apreciar o cumprimento dos objectivos de optimização e flexibilização de recursos humanos entre tribunais, a existência de mecanismos de aferição da produtividade, a monitorização e a divulgação dos respectivos resultados, e a racionalização dos recursos existentes. Quanto a este aspecto importará referir mais uma vez os objectivos fixados no Memorando de Entendimento sobre as condicionalidades de política económica entre Portugal, o Banco Central Europeu, o Fundo Monetário Internacional e a Comissão Europeia, em matéria de gestão de tribunais e de recursos humanos do sistema judicial. Importará monitorizar a aplicação e o resultado das seguintes medidas que têm como objectivo melhorar a eficiência na gestão de infra-estruturas e de serviços públicos: a) Acelerar a aplicação do Novo Mapa Judiciário criando 39 comarcas, com apoio de gestão adicional para cada unidade, integralmente financiado através das poupanças nas despesas e em ganhos de eficiência; b) Preparar a calendarização desta reforma, identificando trimestralmente as fases mais importantes; c) Adoptar os novos modelos de gestão para duas comarcas, incluindo Lisboa; d) Desenvolver um plano de gestão de recursos humanos que permita a especialização judicial e a mobilidade de funcionários judiciais AGENTES DE EXECUÇÃO (EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES) Relativamente aos agentes de execução, e atendendo ao reforço do seu papel na acção executiva, em virtude das alterações legislativas operadas pelo Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro, importa ponderar o número de agentes de execução, a sua distribuição geográfica e o número de processos distribuídos por cada agente de execução. 47/118

48 Maio de 2009 Janeiro de 2010 Março de 2010 Maio de 2010 Julho de 2010 Setembro de 2010 Novembro Dezembro Setembro de 2010 de 2010 de 2011 Fig. 8: Número de Agentes de Execução Activos por mês ( ) Fonte: Câmara dos Solicitadores 710 N.º DE AGENTES DE EXECUÇÃO ACTIVOS Janeiro de 2010 Março de 2010 Maio de 2010 Julho de 2010 Setembro de 2010 Novembro de 2010 Dezembro de 2010 Fig. 9: Número de Agentes de Execução Activos por mês (2010) Fonte: Câmara dos Solicitadores 48/118

49 Janeiro de 2011 Março de 2011 Maio de 2011 Julho de 2011 Setembro de 2011 Fig. 10: Número de Agentes de Execução Activos por mês (2011) Fonte: Câmara dos Solicitadores No que se refere ao número de Agentes de Execução no activo, entre Maio de 2009 e Setembro de 2011, da análise das Figuras 8, 9 e 10, resulta o seguinte: a) Entre Maio de 2009 e Janeiro de 2010 diminuição do n.º de Agentes de Execução: 165 Agentes de Execução saíram de funções ( ); b) Entre Janeiro de 2010 e Dezembro de 2010 ligeira recuperação do n.º de Agentes de Execução: reentrada de 35 Agentes de Execução (o Plenário da CPEE deu 19 pareceres favoráveis à reinscrição de Agentes de Execução); c) Em Setembro de 2011 aumento do n.º de Agentes de Execução: 208 Agentes de Execução entraram em funções ( ), o que deveu-se ao início de actividade dos Agentes de Execução que frequentaram o 1.º Estágio de Agentes de Execução (Março 2010/Fevereiro de 2011) e obtiveram aproveitamento positivo pela Escola de Lisboa da Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa (ELFDUCP). Em rigor, se compararmos o n.º de Agentes de Execução em Maio de 2009 (835), com o n.º de Agentes de Execução em Outubro de 2011 (909), verificamos que entre Maio de 2009 e a presente data apenas entraram para a profissão mais 74 Agentes de Execução. 49/118

50 E de entre estes 909 Agentes de Execução, temos de levar em linha de conta os seguintes dados da actividade da CPEE: a) 146 Agentes de Execução já solicitaram 213 vezes a suspensão de aceitar novos pedidos, ou seja, não estão disponíveis para receber novos processos; b) 5 Agentes de Execução foram suspensos de receber novos processos, através da aplicação desta medida cautelar pelo Grupo de Gestão da CPEE (os Agentes de Execução alvo desta medida cautelar pela CPEE constam de uma lista disponível ao público no sítio da CPEE na Internet em c) 20 Agentes de Execução foram suspensos preventivamente de funções pelo Grupo de Gestão da CPEE (os Agentes de Execução alvo de medidas cautelares pela CPEE constam de uma lista disponível ao público no sítio da CPEE na Internet em apesar de na lista de suspensões constar 15 Agentes de Execução, nesta sede são referidos apenas 11, porquanto 4 Agentes de Execução já foram alvo da aplicação de pena de suspensão ou expulsão de funções; d) Em 2010 a CPEE recebeu cerca de 11 pedidos de desassociação tendo este número aumentado em 2011 para 219 (cfr. dados da CPEE até 24/10/2011), de acordo com os pedidos direccionados quer pelo Tribunal quer pelo Conselho Regional do Norte da Câmara dos Solicitadores. Ora, a CPEE não tem competência legal para proceder à desassociação de agentes de execução, salvo nos casos em que tal decorre do exercício das suas competências legais (v. g. a CPEE declara impedimentos legais, suspeições e escusas dos agentes de execução, ao abrigo do disposto nos artigos 121.º e 122.º do Estatuto da Câmara dos Solicitadores, na redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro nestes casos, a CPEE tem de solicitar a execução prática da operação informática de desassociação aos Conselhos Regionais ou ao Conselho Geral da Câmara dos Solicitadores, porque a CPEE também não tem acesso ao SISAAE para executar as suas deliberações), ou seja, sobre a efectiva realização da operação técnica de desassociação e associação de Agentes de Execução no SISAAE; e) Um n.º indeterminado de Agentes de Execução cessou funções junto da CS ou foi expulso pelos órgãos disciplinares da CS (dados não disponibilizados pela CS). 50/118

51 Quando à distribuição geográfica dos agentes de execução, os dados disponíveis reportam-se a 2009, e são revelados pelo Mapa seguinte (Figura 11): Fig. 11: Comarcas com e sem agentes de execução em actividade (2009) Fonte: Câmara dos Solicitadores Entre 0 e 50 processos Entre 51 e Entre 201 e 200 processos 500 processos 34 Entre 501 e 1000 processos Entre 1001 e 2000 processos Entre 2001 e 3000 processos Mais de 3000 processos Fig. 12: Distribuição de processos por agente de execução (2011) Fonte: Câmara dos Solicitadores 51/118

52 Por último, e no que se refere ao número de processos por agente de execução, verificamos que 301 Agentes de Execução receberam em 2011 entre 51 a 200 processos e 131 Agentes de Execução receberam em 2011 entre 201 e 500 processos de execução. Em comparação com os dados avançados no ano de 2009/2010 constatou-se um aumento exponencial de agentes de execução que receberam menos de 50 processos no presente ano. Em 2009/2010, 163 Agentes de Execução receberam menos de 50 processos, tendo esse número aumentado, em 2011, para 421 Agentes de Execução. 1% 14% 33% 4% 1% 1% 46% Entre 0 e 50 processos Entre 51 e 200 processos Entre 201 e 500 processos Entre 501 e 1000 processos Entre 1001 e 2000 processos Entre 2001 e 3000 processos Mais de 3000 processos Fig. 13: Distribuição de processos por agente de execução em percentagem em 2011 Fonte: Câmara dos Solicitadores Assim, a nível percentual, poderemos concluir que 46 % dos agentes de execução tem menos de 50 processos, e 33 % dos agentes de execução recebeu entre 51 e 200 processos (Figura 13). 52/118

53 4.7 O ESTÁGIO DE AGENTE DE EXECUÇÃO: A AVALIAÇÃO FINAL DO 1.º ESTÁGIO DE AGENTES DE EXECUÇÃO E O INÍCIO DO 2.º ESTÁGIO DE AGENTES DE EXECUÇÃO (FORMAÇÃO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO) A formação inicial dos Agentes de Execução assume extrema relevância, porquanto é o momento do primeiro contacto de um profissional, que até aqui desempenhava apenas as funções de solicitador ou advogado, com uma visão e papel distintos dessas profissões, um papel que corresponde a uma profissão diversa daquela que lhe permitiu o acesso às funções de agente de execução. De acordo com o disposto nos n.º s 6 a 8 do artigo 118.º do ECS, o estágio de agente de execução divide-se em dois períodos: formação em aulas durante 3 meses (1.º período) e junto do patrono durante 7 meses (2.º período). As competências da CPEE em sede de formação inicial circunscrevem-se a um momento prévio e posterior ao estágio. No momento prévio ao estágio, a CPEE: a) Fixa o número de candidatos a admitir em cada estágio de agente de execução; b) Escolhe e designa a entidade externa e independente que assegura o rigor da avaliação dos agentes de execução estagiários, garantindo que apenas aqueles que realizaram a sua efectiva preparação ingressarão na profissão. A entidade externa define, elabora e avalia o exame anónimo de processo executivo de admissão a estágio de agente de execução, que permite a selecção dos candidatos a estagiários até ao número de candidatos fixado pela CPEE a admitir em cada estágio. Segue-se um período de 10 meses, durante o qual a CPEE ou a entidade por si escolhida não tem intervenção directa no estágio, encontrando-se o mesmo a cargo da CS, não obstante as diligências de acompanhamento do mesmo serem levadas a cabo pela CPEE. Durante este estágio organizado pela CS, o agente de execução estagiário recebe aulas no curso de formação técnica de 3 meses, e nos restantes 7 meses do período do estágio recebe formação 53/118

54 prática, acompanhando o trabalho de agente de execução no escritório do seu patrono. Esta fase assume especial relevância porque permite dotar o agente de execução dos conhecimentos práticos necessários para iniciar autonomamente a sua actividade, mostrando a forma correcta de prática dos actos e o cumprimento dos deveres deontológicos impostos aos agentes de execução. Assim, é essencial o efectivo acompanhamento do estagiário pelo patrono, cuja falta de diligência no exercício dessas funções poderá acarretar responsabilidade disciplinar (cfr. alínea p) do n.º 1 do artigo 123.º, e artigo 133.º do ECS), é essencial à formação inicial adequada do agente de execução estagiário. No momento posterior ao estágio a CPEE volta a actuar, pois é entidade externa escolhida pelo Plenário da CPEE que faz a avaliação do trabalho desenvolvido pelo agente de execução estagiário durante o estágio, verificando a sua aptidão para exercer as funções de agente de execução, avaliação essa que incidirá sobre uma auto-avaliação do estagiário, sobre uma discussão com o estagiário sobre os processos nos quais teve intervenção, sobre os conhecimentos adquiridos durante a primeira fase do estágio e sobre o relatório do patrono de estágio. Se a avaliação da entidade externa corresponder à falta de aproveitamento do agente de execução estagiário durante o estágio, este não poderá inscrever-se ou registar-se definitivamente nessa qualidade (cfr. alínea e) do n.º 1 do artigo 117.º do ECS). De salientar que a CPEE designou a ELFDUCP, entidade responsável pela elaboração e avaliação do exame de admissão e acesso ao 1.º e ao 2.º estágios de agentes de execução (um exame anónimo que versa sobre processo executivo) e pela avaliação final dos agentes de execução estagiários do 1.º e 2.º estágios, tendo iniciado as diligências tendo em vista o procedimento de contratação de entidade externa e independente para o 3.º estágio, sendo que a CS, por sua vez, é responsável pela etapa seguinte - 10 meses de estágio. E em Julho de 2010 a CPEE emitiu 32 recomendações sobre a formação dos Agentes de execução (inicial e contínua). Para ponderar futuras recomendações sobre a formação inicial do agente de execução, e coincidindo esta com o estágio de agente de execução, não poderá deixar de ser tida em consideração a experiência adquirida com a avaliação final do 1.º estágio de Agentes de Execução, e com o início do 54/118

55 2.º estágio de Agentes de Execução, os quais permitem desde já a verificação e identificação de problemas e a solução de outros, bem como a análise de recomendações que poderão ser promovidas a tempo do 2.º estágio de agente de execução e antes do início do 3.º estágio de agente de execução, estando já a decorrer o 2.º período, do 2.º estágio de Agentes de Execução (a cargo da CS), e tendo a CPEE fixado em 250 o número de candidatos a admitir no 3.º estágio de Agentes de Execução (cfr. Deliberação do Plenário da CPEE n.º 17/2011, de 17 de Maio de 2011). Assim, e como critério para a ponderação de eventuais recomendações sobre a formação inicial, importará ponderar a experiência do primeiro estágio e segundo estágio, verificando, designadamente: a) Os resultados da avaliação final efectuada pela entidade externa referentes ao primeiro estágio de agentes de execução, designadamente o número de agentes de execução estagiários que obtiveram avaliação final positiva no âmbito do primeiro estágio de agentes de execução (301), conforme informação disponível em Pauta%20classificação%20final%201º%20estágio%20AE_sem%20aprovações%20condicionais.pdf ; b) O número de candidatos inscritos no exame de acesso ao 2.º estágio de agente de execução num total de 819 candidatos, cujo exame de acesso a estágio se realizou no dia 29/01/2011 nas instalações da FDLUCP, sendo certo que de acordo com a pauta definitiva publicada pela Universidade Católica, dos 481 candidatos que realizaram o exame, apenas 228 obtiveram resultados positivos e os resultados definitivos do exame foram os seguintes: nota máxima obtida foi de 82,72%; a nota do último aprovado foi de 50%, a média dos candidatos aprovados é de 59,61%; c) O número de advogados e solicitadores inscritos no 2.º estágio (205), para ponderar as eventuais formações sobre processo executivo ou outras matérias relevantes para o exercício da função de agente de execução que foram dadas por cada uma das organizações profissionais (Ordem dos Advogados e Câmara dos Solicitadores); d) O programa leccionado no primeiro período do 2.º estágio, no curso de formação ministrado pela Câmara dos Solicitadores; e) Os resultados do Exame de Aferição realizado em 23/07/2011, sobre Processo Executivo, SISAAE/GPESE e Ética e Deontologia Profissional que se encontram publicitados desde 55/118

56 13 de Setembro de 2011, conforme informação disponível em Com base nestes critérios, foi já recolhida a informação constante da Figura seguinte (Figura 14): CANDIDATOS QUE REALIZARAM O EXAME DE ACESSO INSCRITOS COMO AGENTES DE EXECUÇÃO ESTAGIÁRIOS ADVOGADOS SOLICITADORES Fig. 14: Advogados e solicitadores candidatos que realizaram o exame de acesso e inscritos como agentes de execução estagiários do 2.º estágio de agentes de execução Fonte: Câmara dos Solicitadores A CS foi responsável pela: a) Formação inicial do 1.º Estágio de Agentes de Execução, que decorreu entre 26/02/2010 e 19/02/2011, em relação a 300 agentes de execução estagiários, em 3 centros de estágio: Lisboa, Coimbra e Porto; b) Formação inicial do 2.º Estágio de Execução, que se iniciou em 26/03/2011, em relação a 205 agentes de execução estagiários, em 2 centros de estágio (Lisboa, Coimbra e Porto), já concluída, encontrando-se já em curso o 2.º período deste estágio. 56/118

57 A CPEE apurou ainda o seguinte: A) No dia 30 de Abril de 2011 decorreu nos Paços do Concelho de Barcelos a conferência subordinada ao tema "Os Novos Desafios da Profissão de Solicitador e Agente de Execução", organizada pela Comarca de Barcelos, Delegação de Círculo de Barcelos da Câmara dos Solicitadores e pelo Conselho Regional do Norte da Câmara dos Solicitadores; B) Foram ainda realizadas acções de formação sobre o Novo Código de Trabalho e sessões de formação sobre a venda em Processo Executivo: C) Importa ainda destacar no 1.º trimestre de 2011 a elaboração e divulgação pela CS dos seguintes Manuais de Procedimentos: i) Manual relativo à Citação Electrónica; ii) Manual de Procedimentos relativos às limitações à tramitação das execuções, ao abrigo do artigo 15.º-A da Portaria 331-B/2009, de 30/03, na redacção dada pela Portaria n.º 1148/2011, de 04/11, disponível em s.pdf ; iii) Manual de Procedimentos para Consultas ao Registo Predial, disponível em e e ; iv) Manual do Arresto e Procedimentos Cautelares; v) Recibo verde electrónico; vi) Modelos de citações; vii) Manual Suspensão e Extinção da Instância Executiva, disponível em Aquando da Sessão Solene de Boas Vindas aos Candidatos e de Abertura do 2.º Estágio de Agente de Execução, a qual teve lugar no dia 26/03/2011, às 16H00, na FDLUCP, a CS apresentou a PLATAFORMA MOODLE, disponível em um software que permite a gestão de cursos em ambiente online, possibilitando ao agente de execução estagiário aceder aos seus conteúdos em qualquer lugar, e na altura que lhe for conveniente, através da Internet. Trata-se de uma relevante ferramenta electrónica de trabalho, que a CPEE saudou, por concretizar uma das recomendações emitidas em Julho de 2010 para a formação inicial. 57/118

58 Das iniciativas da OA, destacamos que nos dias 12 a 15 de Abril de 2010, foi promovida pelo Conselho Distrital do Porto, a Conferência intitulada A Nova Acção Executiva", na qual foi formadora a Mestre Lurdes Mesquita. No dia 6 de Maio de 2010, foi promovida pelo Conselho Distrital de Coimbra da OA, em parceria com a Livraria Almedina a Conferência intitulada A Reforma da Acção Executiva e o Papel do Agente de Execução no Andamento do Processo Executivo, na qual foi orador o Dr. Manuel Rascão Marques (Agente de Execução, Solicitador e Vogal do Conselho Geral da CS). No dia 16 de Junho de 2010, foi realizada na sede da Delegação de Setúbal do Conselho Distrital de Évora da Ordem dos Advogados a acção de Formação intitulada "A Simplificação da Acção Executiva", no âmbito da qual foram oradoras as Dras. Carina Antunes e Tânia Piazentin, consultoras da Direcção-Geral da Política de Justiça. No dia 4 de Fevereiro de 2011, pelas 18h00, realizou-se no Auditório Bastonário Ângelo d Almeida Ribeiro do Conselho Distrital de Lisboa da OA uma conferência subordinada ao tema "Cobrança Judicial de Dívida, Injunções e Respectivas Execuções", a qual contou com a intervenção do Dr. Edgar Valles. Por último acresce referir que, desde o início da sua actividade, os Membros da CPEE efectuaram 70 intervenções públicas em conferências, acções de formação (sendo de destacar as I Jornadas de Estudos dos Agentes de Execução, de 9 e 10 de Abril de 2010, e as II Jornadas de que tiveram lugar no dia 15 de Julho de 2011, ambas promovidas pelo Colégio de Especialidade dos Agentes de Execução). Em 2011 importa destacar a organização pela CPEE, com o apoio da Câmara Municipal de Espinho, da 2.ª Conferência Internacional Promover a Eficácia das Execuções e Workshop Boas Práticas na Actividade do Agente de Execução, que decorreu nos dias 23 e 24 de Setembro de 2011, em Espinho. Importa ainda atentar as matérias sobre as quais versa a formação do primeiro período de estágio, que se encontram previstas no artigo 18.º do Regulamento de Estágio de Agente de Execução, a 58/118

59 saber: a) Direitos Fundamentais; b) Novas tecnologias de informação e de comunicação a utilizar no desempenho das funções de agente de execução; c) Técnicas de resolução de conflitos, designadamente em situações de sobreendividamento; d) Fiscalidade e contabilidade do processo aplicada às funções de agente de execução; e) Processo executivo; f) Ética e deontologia profissional; g) Psicologia comportamental. Na sequência de um pedido de audiência feito por um Grupo de Agentes de Execução Estagiários do 2.º Estágio, a CPEE, no dia 04/07/2011, reuniu com os mesmos e anotou as questões suscitadas que se relacionam com a execução das recomendações da CPEE emitidas em 2010 quanto à formação inicial, a saber: a) O desenvolvimento informático nos sistemas CITIUS/HABILUS e SISAAE do perfil do agente de execução estagiário, para que assim se possa dar cumprimento ao n.º 12 do artigo 118.º do ECS; b) A possibilidade do exequente nomear o agente de execução estagiário para processos executivos de valor inferior a 5.000,00; e c) Possibilitar a prática de actos processuais e diligências pelo agente de execução estagiário nos processos executivos de valor inferior a 5.000,00 (seja nos processos em que tenha sido nomeada pelo Exequente, seja nos processos do Patrono). Da publicitação dos resultados do Exame de Aferição, e atendendo à análise dos respectivos resultados, a CPEE verificou o seguinte: a) No centro de estágio de Lisboa: a média total foi de 12,68%, a média referente ao exame de ética e deontologia foi de 10,07%, a média referente ao exame de SISAAE foi de 13,93%, e a média referente ao exame de processo executivo foi de 13,58%; b) Nos centros de estágio de Porto e Coimbra: a média total foi de 12,33%, a média referente ao exame de ética e deontologia foi de 11,31%, a média referente ao exame de SISAAE foi de 12,09% e a média referente ao exame de processo executivo foi de 13,41%. 59/118

60 4.8 A CONDUTA DISCIPLINAR DOS AGENTES DE EXECUÇÃO ANÁLISE DA CPEE (FORMAÇÃO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO) A CPEE exerce a competência disciplinar sobre todos os agentes de execução, incluindo sobre os agentes de execução estagiários, quando estes actuam nessa qualidade. Até à data, não existe qualquer processo disciplinar em curso na CPEE contra um Agente de Execução Estagiário, o que impossibilita a ponderação da sua conduta disciplinar para efeitos de emissão de recomendações sobre a formação. No 2.º ano de actividade, a CPEE apurou os seguintes dados relativos à conduta disciplinar dos agentes de execução (Figuras 15 e 16): 1% OMISSÃO DE REALIZAÇÃO DE DILIGÊNCIAS FALTA DE RESPOSTA AO TRIBUNAL 2% 3% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 0% 1% 0% 0% 0% FALTA DE RESPOSTA A PEDIDO INFORMAÇÕES DA PARTE FALTA DE RESTITUIÇÃO DE QUANTIAS / OBJECTOS OMISSÃO / IRREGULARIDADE / ATRASO NA CITAÇÃO/NOTIFICAÇÕES ACTUAÇÃO PROCESSUAL COM INOBSERVÂNCIA 3% 5% 28% DO DEVER DE DILIGÊNCIA PENHORA EXCESSIVA / ILEGAL ERRO / INOBSERVÂNCIA DE NORMAS / 6% FORMALIDADES PROCESSUAIS COBRANÇA ILEGAL DE HONORÁRIOS 8% 13% INCUMPRIMENTO DE DESPACHO JUDICIAL 12% 12% FALTA DE ENTREGA DE PROCESSO A AE SUBSTITUTO FALTA DE ENTREGA DE RECIBO OUTROS FALTA DE REMESSA DE PROCESSO PARA DESPACHO FALTA DE COLABORAÇÃO COM O TRIBUNAL FALTA DE EMISSÃO DE RECIBOS PRÁTICA DE ACTOS ILEGAIS/USO DE EXPEDIENTES ILEGAIS OU DESPROPORCIONAIS INDÍCIOS DE ILÍCITO CRIMINAL PREJUDICAR DOLOSAMENTE UMA DAS PARTES Fig. 15: Factos alegados pelos participantes no 2.º ano de actividade da CPEE Fonte: Comissão para a Eficácia das Execuções 60/118

61 ERRO/INOBSERVÂNCIA DE NORMAS/FORMALIDADES LEGAIS OUTROS FALTA DE ENTREGA DE PROCESSO A AGENTE DE EXECUÇÃO SUBSTITUTO COBRANÇA ILEGAL DE HONORÁRIOS FALTA DE REMESSA DE PROCESSO PARA DESPACHO INDÍCIOS DE ILÍCITO CRIMINAL MOVIMENTAÇÕES IRREGULARES DE QUANTIAS PRÁTICA DE ACTOS ILEGAIS/USO DE EXPEDIENTES ILEGAIS OU DESPROPORCIONAIS PENHORA EXCESSIVA/ILEGAL FALTA DE RESTITUIÇÃO DE QUANTIAS / OBJECTOS REMESSA ARQUIVAMENTO PD OMISSÃO/IRREGULARIDADE /ATRASO NA CITAÇÃO/NOTIFICAÇÕES 1 11 INCUMPRIMENTO DE DESPACHO JUDICIAL FALTA DE RESPOSTA AO TRIBUNAL FALTA DE RESPOSTA A PEDIDO INFORMAÇÕES DA PARTE OMISSÃO DE REALIZAÇÃO DE DILIGÊNCIAS ACTUAÇÃO PROCESSUAL COM INOBSERVÂNCIA DO DEVER DE DILIGÊNCIA Fig. 16: Factos alegados pelos participantes que originaram a instauração de processo disciplinar no 2.º ano de actividade da CPEE Fonte: Comissão para a Eficácia das Execuções 61/118

62 Em face dos dados acima reproduzidos, apurados pelo Grupo de Gestão da CPEE e por este levados ao conhecimento do Plenário da CPEE, verifica-se que no 2.º ano de actividade da CPEE, as infracções mais frequentemente imputadas aos Agentes de Execução se prenderam com: a) A omissão de realização de diligências (28% das queixas); b) A falta de resposta ao tribunal/parte (25% das queixas); c) A falta de restituição de objecto, dinheiro (12% das queixas). Atendendo a que o número de participações entradas na CPEE aumentou exponencialmente em 2011, verifica-se claramente a necessidade de mais supervisão, atento o crescendo de matérias alvo de maior atenção ao nível da supervisão técnica e comportamental da actividade dos Agentes de Execução pelo que importa, desde já, actuar em sede da prevenção tendo em vista a diminuição da futura actuação repreensiva por parte da CPEE, tendo em vista também diminuir a preocupação por parte dos credores e dos devedores e até dos investidores. Assim, a análise da conduta disciplinar dos 928 Agentes de Execução Activos no dia 1 de Novembro de 2011 (segundo dados fornecidos pela CS), permite a emissão de recomendações sobre: a) A formação inicial dos Agentes de Execução estas recomendações assumem carácter preventivo, na medida em que se referem à verificação dos erros e falhas mais frequentemente praticados pelos agentes de execução no activo, os quais revelam falta de formação técnico-jurídica, devendo corresponder ao reforço da formação inicial nas correspondentes matérias, visando evitar a sua repetição pelos agentes de execução estagiários, agora e no futuro; b) A formação contínua dos Agentes de Execução - atendendo a que os dados estatísticos da CPEE analisados e respeitantes à conduta disciplinar referem-se a agentes de execução em efectividade de funções, a formação contínua será a forma de resolução imediata dos problemas e dificuldades técnico-jurídicos identificados. 62/118

63 Em suma, concluímos que, com base na conduta disciplinar do Agente de Execução, é necessário reforçar a formação inicial e promover a formação contínua sobre: a) Os deveres deontológicos dos agentes de execução; b) O acto de penhora; c) A realização de citações/notificações; d) As movimentações efectuadas nas contas clientes e o registo destes movimentos no SISAAE, permitindo assim o controlo informático através do registo informático do saldo de cada processo; e) A utilização e registo de todos os actos praticados no âmbito do processo no SISAAE, permitindo assim o acesso dos Mandatários Judiciais e do Tribunal à tramitação do processo pelo Agente de Execução. f) Os efeitos dos incidentes declarativos na acção executiva (em especial, a dedução de oposição à execução); g) O prazo para pagamento da quantia exequenda ao Exequente, que só deverá ser efectuado nos termos legais, designadamente após a verificação prévia da inexistência de oposição ou da sua improcedência; h) A contabilidade do processo e a realização da conta do processo através do SISAAE. 4.9 DADOS PROVENIENTES DA FISCALIZAÇÃO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO PELA CPEE (FORMAÇÃO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO) Desde 31 de Março de 2009 que a CPEE tem competência legal exclusiva para fiscalizar os Agentes de Execução, tendo até ao momento fiscalizado 731 Agentes de Execução: a) 105 Agentes de Execução alvo de Fiscalização Presencial, nos seus escritórios (93 fiscalizações extraordinárias e 12 fiscalizações ordinárias); b) 626 Agentes de Execução alvo de Fiscalização Electrónica Ordinária, à distância. A competência legal de fiscalização assume especial relevância para a recolha de dados relevantes para efeitos da emissão de recomendações sobre a formação dos agentes de execução, pois durante a fiscalização presencial (realizada no terreno, ou seja, nos escritórios dos agentes de execução) são 63/118

64 verificados os procedimentos e analisada a tramitação e actuação levada a cabo pelo agente de execução fiscalizado, sendo, consequentemente, detectadas as matérias em que o agente de execução eventualmente necessitará de actualizar os seus conhecimentos, em sede de formação contínua. O Grupo de Gestão da CPEE apurou os seguintes dados em sede de fiscalizações ordinárias e extraordinárias no 2.º ano de actividade, ano em que consolidou esta actividade (Figuras 17 a 19): CONCESSÃO DE PRAZO PARA A REGULARIZAÇÃO DE SITUAÇÕES ASSINALADAS 18% 4% 4% 2% 30% ARQUIVAMENTO COM EMISSÃO DE RECOMENDAÇÕES DISTINÇÃO DE QUALIDADE DE SERVIÇO PÚBLICO PRESTADO 18% 24% INSTAURAÇÃO DE PD SUSPENSÃO PREVENTIVA BLOQUEIO A DÉBITO DAS CONTAS-CLIENTES REALIZAÇÃO DE UMA NOVA FISCALIZAÇÃO Fig. 17: Decisões tomadas pelo Grupo de Gestão em 2010 na sequência das fiscalizações realizadas Fonte: Comissão para a Eficácia das Execuções 64/118

65 CONCESSÃO DE PRAZO PARA A REGULARIZAÇÃO DE SITUAÇÕES 6% 6% 3% 27% ASSINALADAS INSTAURAÇÃO DE PD 11% ARQUIVAMENTO COM EMISSÃO DE RECOMENDAÇÕES ADMISSÃO À BOLSA DE FISCALIZADORES DISTINÇÃO DE QUALIDADE DE SERVIÇO PRESTADO 13% SUSPENSÃO PREVENTIVA 15% 19% BLOQUEIO A DÉBITO DAS CONTAS-CLIENTE REALIZAÇÃO DE UMA NOVA FISCALIZAÇÃO Fig. 18: Decisões tomadas pelo Grupo de Gestão até 31/03/2011 acerca das fiscalizações realizadas até essa data Fonte: Comissão para a Eficácia das Execuções 23% PENDENTES 46% 31% TOTAL DE RELATÓRIOS ELABORADOS E SUBMETIDOS À APROVAÇÃO DO GRUPO DE GESTÃO TOTAL DE PROCESSOS CONCLUÍDOS Fig. 19: Estádio das fiscalizações realizadas até 31/03/2011 Fonte: Comissão para a Eficácia das Execuções 65/118

66 Assim, verifica-se no 2.º ano de actividade da CPEE um aumento exponencial da actividade de fiscalização da CPEE (total de 731 fiscalizações, presenciais e electrónicas) e em sede das fiscalizações presenciais realizadas e dos 22 relatórios já concluídos, a CPEE emitiu cerca de 81 recomendações e determinações específicas, relacionadas com a actividade dos agentes de execução fiscalizados, de acordo com o seguinte (Figuras 20 e 21): TOTAL DE FISCALIZAÇÕES REALIZADAS PELA CPEE TOTAL DE RELATÓRIOS CONCLUÍDOS TOTAL DE RECOMENDAÇÕES TOTAL DE AE QUE PARTICIPARAM ATRAVÉS (PRESENCIAIS E ELECTRÓNICAS) EMITIDAS PELA CPEE NO ÂMBITO DAS DO ENVIO DE CONTRIBUTOS FISCALIZAÇÕES Fig. 20: Relação entre o total das fiscalizações, as recomendações emitidas pela CPEE e o n.º de Agentes de Execução que participaram, através do envio dos Boletins de Sugestões à CPEE Fonte: Comissão para a Eficácia das Execuções 66/118

67 ABSTER-SE DE EFECTUAR O PAGAMENTO DE DESPESAS DE FUNCIONAMENTO DO ESCRITÓRIO DA AGENTE DE EXECUÇÃO ATRAVÉS DA CONTA-CLIENTES EXEQUENTE, PROCEDER AO REGISTO DO EMPREGADO FORENSE A SEU CARGO O REGISTO GLOBAL, EM SUPORTE INFORMÁTICO, DE TODAS AS MOVIMENTAÇÕES DAS CONTAS- CLIENTES EXEQUENTES E EXECUTADOS E RESPECTIVO PROCESSO JUDICIAL O ENVIO DE CITAÇÃO DO EXECUTADO, MESMO QUANDO TENHA OCORRIDO PAGAMENTO VOLUNTÁRIO DA QUANTIA EXEQUENDA A TRANSFERÊNCIA DE MONTANTES INTRA CONTAS-CLIENTES QUANDO SE VERIFIQUE QUE FORAM INDEVIDAMENTE REALIZADAS O PAGAMENTO DA QUANTIA EXEQUENDA AO EXEQUENTE SÓ APÓS A VERIFICAÇÃO PRÉVIA DA INEXISTÊNCIA DE OPOSIÇÃO OU DA SUA IMPROCEDÊNCIA A DISCRIMINAÇÃO NOS ACTOS DE CITAÇÃO/ NOTIFICAÇÃO DE TODOS OS DOCUMENTOS QUE SEGUEM EM ANEXO À MESMA A INSCRIÇÃO DOS SEUS FUNCIONÁRIOS FORENSES EM ACÇÕES DE FORMAÇÃO; A CONFIRMAÇÃO JUNTO DO EXEQUENTE DA EXISTÊNCIA DE ACORDO DE PAGAMENTO 2 2 ELABORAÇÃO DE AUTO DE PENHORA E REGISTO DA MESMA, QUANDO A ESTE HAJA LUGAR; 3 A AFIXAÇÃO DE FORMA VISÍVEL DAS TARIFAS APLICÁVEIS AOS PROCESSOS JUDICIAIS POSTERIORES A 31/03/2009 (PORTARIA N.º 331-B/2009, DE 30 DE MARÇO). 2 TRANSFERÊNCIA DOS MONTANTES PENHORADOS NAS INSTITUIÇÕES BANCÁRIAS SÓ QUANDO TAL FOR POSSÍVEL EM TERMOS PROCESSUAIS 4 COMPROVATIVO DAS RESPECTIVAS PROCURAÇÕES FORENSES COM PODERES ESPECIAIS PARA TRANSIGIR 2 A UTILIZAÇÃO DAS QUANTIAS DEPOSITADAS NA CONTA-CLIENTE EXEQUENTES APENAS PARA PAGAMENTO DE DESPESAS DO PROCESSO E HONORÁRIOS A ABERTURA DE CONTA-CLIENTES EXEQUENTES INDIVIDUAL (QUANDO EXERÇA ACTIVIDADE NUMA SOCIEDADE DE SOLICITADORES) 3 3 A INDICAÇÃO NOS ACTOS DE CITAÇÃO E DE NOTIFICAÇÃO DO NIB O ENVIO DA NOTIFICAÇÃO DO FIM DA FASE 1 DO PROCESSO E DAS DILIGÊNCIAS E CONSULTAS PRÉVIAS À PENHORA A ELABORAÇÃO DE PEDIDOS DE PROVISÃO INDIVIDUAIS PARA CADA UMA DAS FASES PROCESSUAIS A REALIZAÇÃO DE FORMAÇÃO PARA UTILIZADORES AVANÇADOS SOBRE O SISAAE; 7 A UTILIZAÇÃO DA AGENDA DO SISAAE A UTILIZAÇÃO E REGISTO DE TODOS OS ACTOS PRATICADOS NO ÂMBITO DO PROCESSO NO SISAAE E AS MOVIMENTAÇÕES EFECTUADAS NAS CONTAS-CLIENTES A ELABORAÇÃO DE DOCUMENTO DE DECISÃO A SER TOMADA EM CADA PROCESSO (E FASE RESPECTIVA); Fig. 21 Teor das recomendações emitidas pela CPEE no exercício da actividade de fiscalização Fonte: Comissão para a Eficácia das Execuções 67/118

68 No período analisado e em face aos relatórios de fiscalização já concluídos, importa salientar o crescendo do número de fiscalizações realizadas e a sua correlação com a vertente pedagógica da actividade de fiscalizadora atendendo às recomendações determinadas e específicas que a CPEE emitiu nos casos concretos. A maioria parte das 81 recomendações feitas aos Agentes de Execução têm por objecto a sua actividade profissional, designadamente a sua formação em termos de SISAAE, a necessidade de efectuar uma correcta gestão das contas-clientes e a transparência da contabilidade dos processos judiciais, sendo certo que foi no âmbito da fiscalização electrónica realizada à distância que a CPEE recebeu o contributo de 83 Agentes de Execução, o que torna a fiscalização uma forma de participação e diálogo permanente com os Agentes de Execução. Por seu turno, também é na actividade fiscalizadora que são detectados de forma mais eficiente e eficaz os indícios de ilícitos disciplinares que motivam a instauração de processos disciplinares por parte da CPEE permitindo a imediata aplicação de medidas cautelares de suspensão preventiva e de bloqueio de contas clientes, quando necessário, em face da detecção de irregularidades, designadamente, nas movimentações das contas-clientes, de acordo com o seguinte (Figura 22): 5% 5% 4% TRIBUNAL 2% 2% 2% 2% FISCALIZAÇÃO MANDATÁRIO JUDICIAL DO EXEQUENTE 36% AGENTE DE EXECUÇÃO 13% EXECUTADO MINISTÉRIO PÚBLICO 29% CÂMARA DOS SOLICITADORES CÂMARA DOS SOLICITADORES/ MP EXEQUENTE TRIBUNAL E OUTROS Fig. 22 Relação do tipo de participante com os processos disciplinares instaurados no 2.º ano de actividade da CPEE (entre 01/04/2010 e 31/03/2011) Fonte: Comissão para a Eficácia das Execuções 68/118

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