UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE COMUNICAÇÕES E ARTES DEPARTAMENTO DE INFORMAÇÃO E CULTURA. Projeto Programa de Iniciação Científica (PIC)

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1 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE COMUNICAÇÕES E ARTES DEPARTAMENTO DE INFORMAÇÃO E CULTURA Projeto Programa de Iniciação Científica (PIC) Métodos e referenciais teóricos nos critérios de raridade bibliográfica da Biblioteca Digital de Obras Raras, Especiais e Documentação Histórica da Universidade de São Paulo (BORE) Autoria: Mayara Ferreira Aranha/ Número USP: Orientação: Prof. Dr. Marivalde Moacir Francelin Palavras chave : Referenciais teóricos e metodológicos; Raridade bibliográfica; Obras raras; Biblioteca digital; Biblioteconomia. SÃO PAULO 2016

2 Sumário 1. Introdução 2. Revisão de literatura 3. Problema de pesquisa 4. Hipótese 5. Objetivos 6. Metodologia. 7. Resultados esperados 8. Cronograma 9. Referências

3 1. Introdução O principal objetivo deste projeto é analisar os métodos e referenciais teóricos que orientam a definição dos critérios de raridade bibliográfica da Biblioteca Digital de Obras Raras, Especiais e Documentação Histórica da Universidade de São Paulo 1 (BORE). A pergunta que norteia a pesquisa é: quais são os critérios de raridade bibliográfica adotados para a formação da BORE? É sabido que as obras foram digitalizadas pelo Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade de São Paulo (SIBiUSP) a partir de dados bibliográficos contidos nos livros Bibliotheca Universitatis: livros impressos dos séculos V, VI do acervo bibliográfico da Universidade de São Paulo (2000) e Bibliotheca Universitatis: livros impressos do 2 século VII do Acervo Bibliográfico da Universidade de São Paulo (2002). Pressupõe se que o critério de raridade varia conforme a instituição, questão que se torna mais complexa quando pensamos que a BORE reúne obras de diversas bibliotecas da universidade e de diferentes coleções. Com base em pesquisa exploratória será desenvolvida uma revisão bibliográfica sobre os critérios de raridade bibliográfica. Também serão realizadas entrevistas com os responsáveis pela implementação da BORE e com os organizadores dos volumes da Bibliotheca Universitatis. Apesar de existirem critérios amplamente aceitos, o critério de raridade bibliográfica é subjetivo e varia conforme o contexto de cada biblioteca. No entanto, para que haja um trabalho adequado de gestão de uma coleção de obras raras e sua consequente expansão, deve se ter clareza quanto aos critérios adotados, pois a sua definição influenciará diretamente na atenção dada às obras em questão e no seu futuro. 2. Revisão de literatura 1 A BORE pode ser consultada no endereço: Acesso em 16. ago Essa informação pode ser verificada em: Acesso em 17. ago

4 Uma importante referência em relação às obras raras nas bibliotecas brasileiras é Ana Virgínia Teixeira da Paz, autora da obra Que é livro raro? Uma metodologia para o estabelecimento de critérios de raridade bibliográfica (1989). Esta obra é resultado de uma investigação bibliográfica sobre o assunto e apresenta uma definição em escala variável dos critérios de raridade. O livro é ainda um instrumento do Plano Nacional de Recuperação de Obras Raras (PLANOR), criado em 1983 e que atualmente é 3 subordinado à Biblioteca Nacional. Os critérios do PLANOR são amplamente difundidos no país. A autora defende que os critérios devem ser desenvolvidos pela própria instituição que guarda o acervo, o que inclui seus responsáveis e especialistas e usuários. Em outro texto, Pinheiro afirma que apesar dos conceitos de raridade serem subjetivos, uma boa saída para fugir da subjetividade é buscar critérios próprios que estejam relacionados com a missão da instituição e o desenvolvimento da coleção no presente e no futuro (PINHEIRO, 2015, p. 34). Para refletir sobre o critério de raridade, serão levados em conta trabalhos mais recentes como o de Araujo (2015) e de Sant Ana (2001). Araujo (2015) defende que a ação de gestão de uma coleção de obras raras deve ser precedida por uma problematização conceitual devido à complexidade envolvida na atribuição de raridade. Ele ainda afirma que os instrumentos de trabalho tidos como únicos no que diz respeito a raridade devem ser revistos criticamente. Sant Ana (2001) faz uma revisão dos critérios de raridade, além de explorar a divergência de critérios existentes entre colecionadores e responsáveis por bibliotecas. 3. Problema de pesquisa A BORE foi lançada em 2003 pelo SIBiUSP. No entanto, não foram encontrados até o momento em trabalhos publicados ou em relatórios técnicos quais são os critérios de raridade bibliográfica adotados para a formação da biblioteca. O que se sabe é que as obras foram digitalizadas pelo SIBiUSP a partir de dados bibliográficos 3 Os objetivos do PLANOR e demais informações podem ser consultadas no endereço: Acesso em 16. ago

5 contidos nos livros Bibliotheca Universitatis: livros impressos dos séculos V, VI do acervo bibliográfico da Universidade de São Paulo (2000) e Bibliotheca Universitatis: livros impressos do século VII do Acervo Bibliográfico da Universidade de São Paulo (2002). O problema que se propõe nesta pesquisa é a necessidade de identificar quais foram os métodos e referenciais teóricos utilizados na definição de critérios de raridade bibliográfica para a construção da BORE. A pergunta que norteia a pesquisa é: quais são os critérios de raridade bibliográfica adotados para a formação da BORE? 4. Hipótese Numa tentativa de responder provisoriamente à pergunta do problema de pesquisa, pode se indicar como as duas principais hipóteses dessa pesquisa: a) existem métodos e referenciais teóricos para a definição de critérios de raridade bibliográfica para o acervo da BORE; b) os critérios adotados não estão claros em publicações ou em relatórios técnicos do SIBiUSP levantados até o momento. 5. Objetivos Objetivo geral: Analisar quais são os métodos e referenciais teóricos para a definição de critérios de raridade bibliográfica no acervo da BORE. Objetivos específicos: a) Levantar os relatórios do SIBiUSP referentes a BORE para a identificação dos critérios de raridade; b) Levantar informações sobre os critérios adotados nos dois volumes do Bibliotheca Universitatis;

6 c) Verificar se os organizadores da BORE e da Bibliotheca Universitatis definiram novos critérios ou se seguiram os critérios adotados por cada biblioteca da USP; d) Caso os organizadores tenham seguido cada biblioteca, levantar quais são esses critérios; e) Analisar os critérios definidos em comparação com a literatura. 6. Metodologia A metodologia de pesquisa está dividida nas seguintes etapas: 1) Levantamento bibliográfico e revisão de literatura Na primeira parte da pesquisa será feito um levantamento bibliográfico em periódicos, livros, teses, dissertações, trabalhos em eventos da área de Ciência da Informação. Esse levantamento tentará identificar textos que tratem de critérios de raridade bibliográfica no caso brasileiro. Será realizada uma revisão de literatura a partir dos documentos selecionados para destacar a definição dos critérios de raridade bibliográfica em bibliotecas brasileiras. Esses critérios serão utilizados na análise dos resultados da pesquisa. 2) Identificação dos critérios de raridade definidos para a formação da BORE Serão realizadas investigações e entrevistas com os organizadores dos volumes da Bibliotheca Universitatis, obra que serviu de base para a formação da BORE. O mesmo serve para o SIBiUSP, responsável pelo lançamento da biblioteca. Caso os critérios de raridade tenham seguido os critérios de cada biblioteca da USP, investigaremos quais são os critérios adotados por cada uma delas. Essa investigação será realizada por meio de pesquisa de trabalhos publicados, sites das bibliotecas e entrevistas com os bibliotecários. 3) Análise e discussão dos resultados

7 Os critérios identificados serão analisados e comparados com a literatura da área da Ciência da Informação. Para a discussão serão levados em consideração os critérios amplamente aceitos e debates atuais sobre o tema. 7. Resultados esperados Espera se realizar um trabalho que apresente uma descrição dos critérios de raridade bibliográfica adotados para o acervo da BORE, comparando os com os critérios mais difundidos no país no que diz respeito às bibliotecas. Acredita se que dessa forma poderemos contribuir para a discussão no campo de Biblioteconomia de Livros Raros e para a gestão de coleções dessa natureza. 8. Cronograma Atividade/ Mês Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Levantamento bibliográfico Revisão de literatura Levantamento dos relatórios do SIBiUSP sobre a BORE Levantamento de informações escritas sobre os critérios de raridade do Bibliotheca Universitatis Produção do relatório parcial Entrega do relatório parcial

8 Entrevista com os organizadores da Bibliotheca Universitatis Descrição dos critérios de raridade da Bibliotheca Universitatis Entrevista com os responsáveis pela implantação da BORE Descrição dos critérios de raridade bibliográfica da BORE Análise dos critérios definidos para BORE em comparação com a literatura. Produção do relatório final Entrega do relatório final Apresentação na Semana de

9 Pesquisa da ECA Apresentação no SIICUSP 9. Referências ARAUJO, Andre Vieira de Freitas. Gestão de coleções raras e especiais no séc. I: conceitos, problemas, ações. In: ALVES, Ana Paula Meneses; VIEIRA, Brunno V. G. (Org.). Acervos Especiais: memórias e diálogos. Araraquara: Cultura Acadêmica, p (Coleção Memória da FCL). Disponível em: < /ApoioaoEnsino/LaboratorioEditorial/colecao memoria da fcl n9.pdf >. Acesso em: 16. ago HORCH, Rosemarie Erika (Org.). Bibliotheca Universatis : livros impressos dos séculos V e VI : acervo bibliográfico da Universidade de São Paulo. São Paulo: EDUSP: Imprensa Oficial, HORCH, Rosemarie Erika (Org.). Bibliotheca Universitatis : livros impressos dos séculos VII : acervo bibliográfico da Universidade de São Paulo. São Paulo: EDUSP: Imprensa Oficial, MARQUES, Eliana de Azevedo; ROSETTO, Marcia. Acesso à informação em meio digital : instalação de oficina de digitalização no SIBiUSP. In: VI Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias; II Seminário Internacional de Bibliotecas Digitais. Rio de Janeiro: Disponível em: < >. Acesso em: 16. ago PINHEIRO, Ana Virginia Teixeira da Paz. História, Memória e Patriônio: Convergências para o futuro dos acervos especiais. In: ALVES, Ana Paula Meneses; VIEIRA, Brunno V. G. (Org.). Acervos Especiais: memórias e diálogos. Araraquara: Cultura Acadêmica, p (Coleção Memória da FCL). Disponível em: < /ApoioaoEnsino/LaboratorioEditorial/colecao memoria da fcl n9.pdf >. Acesso em: 16. ago PINHEIRO, Ana Virgínia Teixeira da Paz. Que é livro raro? Uma metodologia para o estabelecimento de critérios de raridade bibliográfica. Rio de Janeiro: Presença, REIFSCHNEIDER, Oto Dias Becker. A importância do acesso às obras raras. Revista Ibero americana de Ciência da Informação, v.1 n.1, p.67 76, jan./jun Disponível em: < >. Acesso em 16. ago

10 SANT ANA, Rizio Bruno. Critérios para a definição de obras raras. Rev. Online Bibl. Prof. Joel Martins, Campinas, v.2, n.3, p.1 18, jun Disponível em: < >. Acesso em: 16. ago