CONCEITO DE DIREITO PENAL

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2 CONCEITO DE DIREITO PENAL conjunto de normas jurídicas voltado à fixação dos limites do poder punitivo do Estado, instituindo infrações penais e sanções correspondentes, bem como regras atinentes a sua aplicação. (Nucci)

3 O DIREITO PENAL DIVIDE-SE EM: Objetivo: conjunto de normas que regulam a ação estatal, definindo os crimes e cominando as respectivas sanções. Subjetivo: Somente o Estado tem o direito de estabelecer e aplicar as sanções. É o único titular para exercer o jus puniendi.

4 OBJETIVO DO DIREITO PENAL O Direito Penal tem por objetivo proteger os bens jurídicos mais importantes para a própria sobrevivência da sociedade. Missão mediata: controle social e limitação do poder de punir do Estado. Missão imediata: proteger bens jurídicos essenciais para a convivência em sociedade e assegurar o ordenamento jurídico, a vigência da norma.

5 FONTES DO DIREITO PENAL FONTE MATERIAL (substancial ou de produção) É a fonte de produção da norma, o órgão encarregado de criar o Direito Penal. No Brasil, a Constituição Federal incumbiu essa função a União, que de acordo com o artigo 22 da Carta Magna diz: Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; (...)

6 **ATENÇÃO: Lei Complementar pode autorizar os Estados a legislarem sobre Direito Penal incriminador sobre matérias específicas conforme prevê artigo 22 parágrafo único da Constituição: (...) Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo.

7 **ATENÇÃO: Medida provisória é norma jurídica. É lei em sentido material ou amplo, mas não em sentido formal ou estrito, de modo que não pode criar lei penal. Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: I relativa a: a) (...) b) direito penal, processual penal e processual civil; (...)

8 FONTES DO DIREITO PENAL FONTE FORMAL (de conhecimento ou cognição) Por sua vez, a fonte formal é o instrumento de exteriorização do direito penal, é o modo como as regras são reveladas (fonte de conhecimento ou cognição). As fontes formais se subdividem em fontes formais imediatas e fontes formais mediatas.

9 FONTES DO DIREITO PENAL FONTES FORMAIS IMEDIATAS: LEI.* FONTES FORMAIS MEDIATAS: costumes e os princípios gerais de direito. ANALOGIA: método de integração do ordenamento jurídico. Utilizado para suprir lacunas. (Vedação da analogia in malam partem)

10 ESPÉCIES DE NORMA PENAL Normas penais incriminadoras: são aquelas estabelecidas no Código Penal ou leis penais especiais, que descrevem o crime. Essas normas possuem dois preceitos: primário (descreve o crime) e secundário (comina a pena).

11 ESPÉCIES DE NORMA PENAL Normas penais não incriminadoras: são aquelas que não descrevem o tipo penal. Podem ser: a) permissivas justificantes (excludentes de ilicitude / antijuridicidade, art. 23, CP) e exculpantes (excludentes de culpabilidade. Ex: art. 26, caput, CP); b) explicativas (o legislador apenas explica, conceitua. Ex: art. 327, CP); e c) complementares (uma norma complementa a outra. Ex: o art. 68 complementa o artigo 59 do CP).

12 ESPÉCIEIS DE NORMA PENAL Norma penal em branco (primariamente remetidas): Enquanto as normas penais incriminadoras são completas, as em branco, precisam da complementação de outras normas, pois possuem preceitos indeterminados ou genéricos. -Homogêneas: o complemento provém da mesma fonte legislativa -Heterogêneas: o complemento é proveniente de norma diversa daquela que a editou..

13 ESPÉCIEIS DE NORMA PENAL Normas penais incompletas ou imperfeitas (ou também secundariamente remetidas ou avesso). São aquelas que necessitam de outro texto normativo para saber qual a sanção a ser imposta. Exemplo: Art Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se referem os arts. 297 a 302: Pena - a cominada à falsificação ou à alteração.

14 (2013/Banca: FGV/Órgão: OAB/Prova: Exame de Ordem Unificado - XI - Primeira Fase) O Art. 33 da Lei n /06 (Lei Antidrogas) diz: Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar. Pena reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a (mil e quinhentos) dias-multa. Analisando o dispositivo acima, pode-se perceber que nele não estão inseridas as espécies de drogas não autorizadas ou que se encontram em desacordo com determinação legal ou regulamentar. Dessa forma, é correto afirmar que se trata de uma norma penal a) em branco homogênea. b) em branco heterogênea. c) incompleta (ou secundariamente remetida). d) em branco inversa (ou ao avesso).

15 (2013/Banca: FGV/Órgão: OAB/Prova: Exame de Ordem Unificado - XI - Primeira Fase) O Art. 33 da Lei n /06 (Lei Antidrogas) diz: Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar. Pena reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a (mil e quinhentos) dias-multa. Analisando o dispositivo acima, pode-se perceber que nele não estão inseridas as espécies de drogas não autorizadas ou que se encontram em desacordo com determinação legal ou regulamentar. Dessa forma, é correto afirmar que se trata de uma norma penal a) em branco homogênea. b) em branco heterogênea. c) incompleta (ou secundariamente remetida). d) em branco inversa (ou ao avesso)..

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17 PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA Valor primeiro e absoluto, dentre os Princípios Gerais do Direito, cuja natureza é inviolável, goza de uma ordenação superior às constituições, por ser considerado a mais essencial à ideia do Estado Democrático de Direito. A dignidade humana impõe o respeito mútuo entre as pessoas e deve ser observada tanto na imposição quanto na execução do Direito. Art. 1, inciso III da CF/88

18 PRINCÍPIO DA LEGALIDADE - Previsão: art. 5º, XXXIX, da CF e art. 1º do CP. Divide-se em: -princípio da anterioridade -princípio da reserva legal: art.22,i, CF.

19 PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE DA LEI Previsão legal: Art. 5.º XL, CF. Irretroatividade da Lei mais severa. Retroatividade da Lei mais benéfica

20 PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA - Previsão legal: art. 5º, XLVI da CF. -O ilícito penal é fruto da conduta humana, individualmente considerada, devendo, pois, a sanção penal recair apenas sobre quem seja o autor do crime, na medida de suas características particulares, físicas e psíquicas.

21 PRINCÍPIO DA INTRANSCENDÊNCIA DA PENA - Previsão legal: art. 5º, XLV da CF. A pena não passará da pessoa do Acusado, pois ninguém será responsabilizado por fato de outrem. Quais penas? (art.32 do CP e art. 5º do DL 3.688/41) E como fica a obrigação de reparar o dano?

22 PRINCÍPIO DA HUMANIDADE Previsão legal: art. 5º, XLIX da CF. - Respeito à integridade física e moral do preso. -Ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante (art. 5º, III da CF). - Vedação de penas cruéis (art. 5º, XLVII da CF).

23 PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA OU BAGATELA Vetores do STF: 1-mínima ofensividade da conduta do agente; 2-nenhuma periculosidade social da ação; 3-reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento; 4-inexpressividade da lesão jurídica provocada.

24 PRINCÍPIO DO NON BIS IN IDEM/NE BIS IN IDEM - Ninguém será punido mais de uma vez por uma mesma infração penal. - Exemplo: uma circunstância agravante não pode que funcionar como elemento constitutivo, como qualificadora ou como majorante (causa de aumento) do delito.

25 PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO SOCIAL - Desconsidera crime o comportamento que não afrontar o sentimento social de Justiça, de modo que condutas aceitas socialmente não podem ser consideradas crime, não obstante sua eventual tipificação. -Jogo do bicho? Venda de DVD pirata? Bigamia?

26 (2014/Banca: FGV/Órgão: OAB/Prova: Exame de Ordem Unificado - XIV - Primeira Fase) O Presidente da República, diante da nova onda de protestos, decide, por meio de medida provisória, criar um novo tipo penal para coibir os atos de vandalismo. A medida provisória foi convertida em lei, sem impugnações. Com base nos dados fornecidos, assinale a opção correta. a) Não há ofensa ao princípio da reserva legal na criação de tipos penais por meio de medida provisória, quando convertida em lei. b) Não há ofensa ao princípio da reserva legal na criação de tipos penais por meio de medida provisória, pois houve avaliação prévia do Congresso Nacional. c) Há ofensa ao princípio da reserva legal, pois não é possível a criação de tipos penais por meio de medida provisória. d) Há ofensa ao princípio da reserva legal, pois não cabe ao Presidente da República a iniciativa de lei em matéria penal.

27 (2014/Banca: FGV/Órgão: OAB/Prova: Exame de Ordem Unificado - XIV - Primeira Fase) O Presidente da República, diante da nova onda de protestos, decide, por meio de medida provisória, criar um novo tipo penal para coibir os atos de vandalismo. A medida provisória foi convertida em lei, sem impugnações. Com base nos dados fornecidos, assinale a opção correta. a) Não há ofensa ao princípio da reserva legal na criação de tipos penais por meio de medida provisória, quando convertida em lei. b) Não há ofensa ao princípio da reserva legal na criação de tipos penais por meio de medida provisória, pois houve avaliação prévia do Congresso Nacional. c) Há ofensa ao princípio da reserva legal, pois não é possível a criação de tipos penais por meio de medida provisória. d) Há ofensa ao princípio da reserva legal, pois não cabe ao Presidente da República a iniciativa de lei em matéria penal.

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29 APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO TEMPO VIGÊNCIA DA LEI - A Lei Penal só começa a vigorar a partir da determinação em seu conteúdo, e na falta desta, em 45 dias após a sua publicação (Artigo 1º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro. - O espaço compreendido entre a publicação da lei e sua entrada em vigor denomina-se vacatio legis (vacância da lei).

30 APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO TEMPO Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.

31 APLICAÇÃO DA LEI NOS CRIMES PERMANENTES SÚMULA Nº 711 A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência.

32 APLICAÇÃO DA LEI MAIS BENIGNA APÓS O TRÂNSITO EM JULGADO SÚMULA Nº 611 TRANSITADA EM JULGADO A SENTENÇA CONDENATÓRIA, COMPETE AO JUÍZO DAS EXECUÇÕES A APLICAÇÃO DE LEI MAIS BENIGNA.

33 TEMPUS REGIT ACTUM A lei a ser aplicável é a lei vigente ao tempo do fato. *Princípios adotados: - Irretroatividade da lei penal art. 5º, XL da CF. - -Retroatividade da lei penal benéfica.(exceção)

34 CONFLITOS INTERTEMPORAL NA APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO TEMPO: Abolitio criminis Novatio legis incriminadora Novatio legis in mellius Novatio legis in pejus

35 Lei de vigência temporária e Leis excepcionais Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. (princípio da ultra-atividade)

36 TEMPO DO CRIME Existem três teorias que indicam qual o tempo do crime: Teoria da atividade Teoria do resultado Teoria mista ou da ubiquidade Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado.

37 CONFLITO APARENTE DE NORMAS O conflito aparente de normas penais ocorre quando há duas ou mais normas incriminadoras descrevendo o mesmo fato. Sendo assim, existe o conflito, pois mais de uma norma pretende regular o fato, mas é aparente, porque, apenas uma norma é aplicada à hipótese

38 CONFLITO APARENTE DE NORMAS - Elementos que caracterizam a existência de conflitos de normas: a) unidade do fato, há somente uma infração penal; b) pluralidade de normas, aparentemente, identificam o mesmo fato; c) aparente aplicação de todas as normas à espécie; d) somente uma norma é aplicável, por isso o conflito é aparente.

39 Princípios que solucionam o conflito: - Subsidiariedade: a norma principal é mais grave que a subsidiária. Ex: arts. 146 e 157 do CP. - Especialidade: o fato é enquadrado na norma que tem algo a mais. Ex. arts. 121 e 123 do CP. - Consunção: o fato mais amplo e mais grave absorve outros menos amplos e graves (Súmula 17 STJ). - Alternatividade: várias formas de realização da figura típica.

40 (2017/Banca: FGV/Órgão: OAB/Prova: Exame de Ordem Unificado - XXIV - Primeira Fase) Bárbara, nascida em 23 de janeiro de 1999, no dia 15 de janeiro de 2017, decide sequestrar Felipe, por dez dias, para puni-lo pelo fim do relacionamento amoroso. No dia 16 de janeiro de 2017, efetivamente restringe a liberdade do ex-namorado, trancando-o em uma casa e mantendo consigo a única chave do imóvel. Nove dias após a restrição da liberdade, a polícia toma conhecimento dos fatos e consegue libertar Felipe, não tendo, assim, se realizado, em razão de circunstâncias alheias, a restrição da liberdade por dez dias pretendida por Bárbara. Considerando que, no dia 23 de janeiro de 2017, entrou em vigor nova lei, mais gravosa, alterando a sanção penal prevista para o delito de sequestro simples, passando a pena a ser de 01 a 05 anos de reclusão e não mais de 01 a 03 anos, o Ministério Público ofereceu denúncia em face de Bárbara, imputando-lhe a prática do crime do Art. 148 do Código Penal (Sequestro e Cárcere Privado), na forma da legislação mais recente, ou seja, aplicando-se, em caso de condenação, pena de 01 a 05 anos de reclusão. Diante da situação hipotética narrada, é correto afirmar que o advogado de Bárbara, de acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, deverá pleitear a) a aplicação do instituto da suspensão condicional do processo. b)a aplicação da lei anterior mais benéfica, ou seja, a aplicação da pena entre o patamar de 01 a 03 anos de reclusão. c) o reconhecimento da inimputabilidade da acusada, em razão da idade. d) o reconhecimento do crime em sua modalidade tentada.

41 (2017/Banca: FGV/Órgão: OAB/Prova: Exame de Ordem Unificado - XXIV - Primeira Fase) Bárbara, nascida em 23 de janeiro de 1999, no dia 15 de janeiro de 2017, decide sequestrar Felipe, por dez dias, para puni-lo pelo fim do relacionamento amoroso. No dia 16 de janeiro de 2017, efetivamente restringe a liberdade do ex-namorado, trancando-o em uma casa e mantendo consigo a única chave do imóvel. Nove dias após a restrição da liberdade, a polícia toma conhecimento dos fatos e consegue libertar Felipe, não tendo, assim, se realizado, em razão de circunstâncias alheias, a restrição da liberdade por dez dias pretendida por Bárbara. Considerando que, no dia 23 de janeiro de 2017, entrou em vigor nova lei, mais gravosa, alterando a sanção penal prevista para o delito de sequestro simples, passando a pena a ser de 01 a 05 anos de reclusão e não mais de 01 a 03 anos, o Ministério Público ofereceu denúncia em face de Bárbara, imputando-lhe a prática do crime do Art. 148 do Código Penal (Sequestro e Cárcere Privado), na forma da legislação mais recente, ou seja, aplicando-se, em caso de condenação, pena de 01 a 05 anos de reclusão. Diante da situação hipotética narrada, é correto afirmar que o advogado de Bárbara, de acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, deverá pleitear a) a aplicação do instituto da suspensão condicional do processo. b)a aplicação da lei anterior mais benéfica, ou seja, a aplicação da pena entre o patamar de 01 a 03 anos de reclusão. c) o reconhecimento da inimputabilidade da acusada, em razão da idade. d) o reconhecimento do crime em sua modalidade tentada.

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43 APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO ESPAÇO PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE: Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. - Territorialidade temperada, relativa ou mitigada: (Ex: imunidade diplomática e consular- Convenção de Viena).

44 TERRITÓRIO POR EXTENSÃO: 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro, onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto mar.

45 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em voo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil. (12 milhas contadas da faixa litorânea média art. 1º da Lei n /93);

46 LUGAR DO CRIME Teorias: Atividade/ Resultado / Mista Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. ***Cuidado: só se aplica aos crimes à distância

47 EXTRATERRITORIALIDADE Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: I - os crimes: a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público; c) contra a administração Pública, por quem está a seu serviço; d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil;

48 EXTRATERRITORIALIDADE Art. 7º (...) II - os crimes: a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; b) praticados por brasileiro; c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados

49 EXTRATERRITORIALIDADE 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro. 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) a) entrar o agente no território nacional; b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável.

50 EXTRATERRITORIALIDADE 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior: a) não foi pedida ou foi negada a extradição; b) houve requisição do Ministro da Justiça.

51 PENA CUMPRIDA NO ESTRANGEIRO Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas

52 EFICÁCIA DA LEI ESTRANGEIRA Art. 9º - A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as mesmas consequências, pode ser homologada no Brasil para: I - obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis; II - sujeitá-lo a medida de segurança. Parágrafo único - A homologação depende: a) para os efeitos previstos no inciso I, de pedido da parte interessada; b) para os outros efeitos, da existência de tratado de extradição com o país de cuja autoridade judiciária emanou a sentença, ou, na falta de tratado, de requisição do Ministro da Justiça.

53 CONTAGEM DE PRAZO NO DIREITO PENAL: artigo 10 do CP. Quando o prazo for de natureza penal computa-se o dia do início (sursis, livramento condicional, prescrição,, decadência) diferentemente dos prazos processuais penais (798, 1º CPP.) Frações não computáveis da pena: artigo 11 do CP. Desprezam-se nas penas privativas de liberdade e restritivas de direitos as frações de dia, e nas de multa, as frações de real (centavos).ex: pena de 20 dias e 8 horas, a pena será de 20 dias. Artigo 12 do CP: aplicam-se as leis especiais o disposto no CP, se nada estiver estipulado em sentido contrário.

54 (2016/Banca: FGV/Órgão: OAB/Prova: Exame de Ordem Unificado - XXI - Primeira Fase) Revoltado com a conduta de um Ministro de Estado, Mário se esconde no interior de uma aeronave pública brasileira, que estava a serviço do governo, e, no meio da viagem, já no espaço aéreo equivalente ao Uruguai, desfere 05 facadas no Ministro com o qual estava insatisfeito, vindo a causar-lhe lesão corporal gravíssima. Diante da hipótese narrada, com base na lei brasileira, assinale a afirmativa correta. a) Mário poderá ser responsabilizado, segundo a lei brasileira, com base no critério da territorialidade. b) Mário poderá ser responsabilizado, segundo a lei brasileira, com base no critério da extraterritorialidade e princípio da justiça universal. c) Mário poderá ser responsabilizado, segundo a lei brasileira, com base no critério da extraterritorialidade, desde que ingresse em território brasileiro e não venha a ser julgado no estrangeiro. d) Mário não poderá ser responsabilizado pela lei brasileira, pois o crime foi cometido no exterior e nenhuma das causas de extraterritorialidade se aplica ao caso.

55 (2016/Banca: FGV/Órgão: OAB/Prova: Exame de Ordem Unificado - XXI - Primeira Fase) Revoltado com a conduta de um Ministro de Estado, Mário se esconde no interior de uma aeronave pública brasileira, que estava a serviço do governo, e, no meio da viagem, já no espaço aéreo equivalente ao Uruguai, desfere 05 facadas no Ministro com o qual estava insatisfeito, vindo a causar-lhe lesão corporal gravíssima. Diante da hipótese narrada, com base na lei brasileira, assinale a afirmativa correta. a) Mário poderá ser responsabilizado, segundo a lei brasileira, com base no critério da territorialidade. b) Mário poderá ser responsabilizado, segundo a lei brasileira, com base no critério da extraterritorialidade e princípio da justiça universal. c) Mário poderá ser responsabilizado, segundo a lei brasileira, com base no critério da extraterritorialidade, desde que ingresse em território brasileiro e não venha a ser julgado no estrangeiro. d) Mário não poderá ser responsabilizado pela lei brasileira, pois o crime foi cometido no exterior e nenhuma das causas de extraterritorialidade se aplica ao caso.

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