Técnica de Segurança do Trabalho. Rio de Janeiro, junho de 2012
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- André Eger di Castro
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1 Ética e Proteção do Trabalhador em CME Algumas Reflexões à Luz da NR 32 Vera Lúcia Cantalupo Técnica de Segurança do Trabalho Assessora Técnica da Comissão Nacional Tripartite NR 32 Assessora Técnica da Comissão Nacional Tripartite NR 32 Rio de Janeiro, junho de 2012
2 PARA COMEÇAR A FALAR DE SEGURANÇA DO TRABALHADOR... DIGNIDADE IGUALDADE QUALIDADE INTEGRALIDADE RESPONSABILIDADE CONHECIMENTO LEGALIDADE
3 Pi Princípio i da Dignidade id d Humana e Direitos Humanos A dignidade humana, os direitos humanos e as liberdades fundamentais devem ser completamente respeitados. Os interesses e o bem-estar do indivíduo deveriam ter prioridade sobre o interesse exclusivo da ciência ou da sociedade.
4 Pi Princípio i da Igualdade d A igualdade fundamental de todos os seres humanos em dignidade e direitos deve ser respeitada para que sejam tratados de forma justa e eqüitativa. = Não basta todos terem acesso aos mesmos serviços e ações de saúde, se não forem de mesma qualidade.
5 Princípio Pi i do Consentimento t Qualquer intervenção preventiva, diagnóstica e terapêutica só deve ser realizada com o consentimento prévio, livre e esclarecido da pessoa envolvida, baseado em informação adequada. O consentimento deveria, onde apropriado, ser expresso e pode ser retirado pela pessoa envolvida a qualquer hora e por qualquer razão, sem desvantagem ou preconceito. = O paciente tem o direito de saber os riscos a que estiver O paciente tem o direito de saber os riscos a que estiver submetido, devendo ser solicitado o seu consentimento em quaisquer casos.
6 DIREITOS DO PACIENTE Lei No , de 17 de março de 1999 Art. 2º - São direitos dos usuários dos Serviços de Saúde no Estado de São Paulo: VI - receber informações claras, objetivas e compreensíveis sobre: g - no caso de procedimento de diagnóstico e terapêuticos ti invasivos, i a necessidade d ou não de anestesia, o tipo de anestesia a ser praticada, o instrumental a ser utilizado,aspartesdocorpo as afetadas, os efeitos colaterais, os riscos e conseqüências indesejáveis e a duração do procedimento.
7 CODIGO DO CONSUMIDOR CAPITULO III Dos Direitos Básicos do Consumidor Art. 6º - São direitos i básicos do consumidor: I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos. III - a informação adequada d e clara sobre diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que apresentem;
8 Responsabilidade d Civil il Código Civil: Aquele que,,p por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Código de Defesa do Consumidor: O fornecedor de serviços responde,independentemente de existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
9 Responsabilidade d Penal Constituição Federal: Art. 5º, inciso XLI A Lei punirá qualquer discriminação atentória dos direitos e liberdades fundamentais Código Penal: Art. 129 Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: Pena: detenção de 3 meses a 1 ano 1º - Se resulta:... 2º - Se resulta:... 3º º - Se resultar...morte e as circunstâncias i evidenciam i que o agente não quis o resultado, nem assumiu o risco de produzi-lo. Pena: reclusão de 4 a 12 anos.
10 Central de Materiais i e Esterilização O CME é uma unidade de apoio técnico, que tem como finalidade o fornecimento de artigos adequadamente processados, proporcionando, assim, condições para o atendimento direto e a assistência à saúde do indivíduo que dela necessitar. Assim, a equipe que trabalha nesse setor, presta uma assistência indireta, sendo tão importante quanto a assistência direta e, portanto, exige tanta Responsabilidade quanto é exigido aos profissionais que atuam no atendimento direto aos pacientes. Missão: Garantir a qualidade do produto ou do próprio p procedimento de processamento, conforme normas vigentes.
11 CARACTERÍSTICAS E POSSÍVEIS DANOS DO REPROCESSAMENTO FÍSICAS: Dureza, flexibilidade, textura, cor, forma e o desenho da peça. As características físicas estão diretamente relacionadas com a integridade da função e sucesso no desempenho do profissional ao executar a técnica. QUÍMICAS: Representada pela composição da matéria prima usada em sua fabricação e resíduos do uso anterior ou produzidos pelo método de esterilização e desinfecção. BIOLÓGICAS: Qualidade d de esterilização para o uso proposto. O material deve possuir condições seguras de esterilidade.
12 Premissas importantes... t Reprocessamento Seguro: diretamente dependente do processo do trabalho. Instrumentalizar t a CME com espaço, equipamentos, insumos e capacitação dos profissionais envolvidos. Investimentos Segurança e Saúde do TRABALHADOR
13 PORTANTO... O que não FALTOU na RDC 15 foi a tratativa da garantia da saúde dos profissionais envolvidos!
14 Subseção I Da Segurança e Saúde no Trabalho Art. 30 O trabalhador do CME e da empresa processadora deve utilizar vestimenta privativa, touca e calçado fechado em todas as áreas técnicas e restritas. Art. 31 O trabalhador do CME e da empresa processadora deve utilizar os seguintes Equipamentos de Proteção Individual id (EPI) de acordo com a sala/área, conforme anexo desta resolução.
15 1º Para a descarga de secadoras e termodesinfetadoras e carga e descarga de autoclaves é obrigatória a utilização de luvas de proteção térmica impermeável. 2º Na sala de recepção e limpeza, o protetor t facial pode substituir o uso de máscara e óculos. 3º Quando não especificado, o equipamento de proteção deve ser compatível com o risco inerente à atividade. Art. 32 Os trabalhadores não devem deixar o local de trabalho com os equipamentos de proteção individual id e as vestimentas t utilizadas em suas atividades.
16 NR 32 SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM SERVIÇOS DE SAÚDE : É vedada a utilização de material médico- hospitalar em desacordo com as recomendações de uso e especificações técnicas descritas em seu manual ou em sua embalagem. Observação importante: A CTPN da NR 32 já pautou em reunião de 2010 necessidade de mudanças na Portaria 482, que trata da esterilização a Óxido de Etileno, pois está diretamente t ligada á segurança e saúde do Profissional que exerce suas atividades exposto a esse produto. O assunto encontra-se em andamento.
17 P.P.R.A Programas Obrigatórios + Infraestrutura P.C.M.S.O + P.P.R P.G.R.S.S TERCEIRIZAÇÃO Adequações locais + Terceirização + Capacitação específica
18 UMA NORMA DE GESTÃO! Em aproximadamente 211 itens o texto da NR 32 contempla a segurança e saúde do trabalhador da saúde, prevendo aspectos que integram as várias legislações que disciplinam o setor. Alguns aspectos que a NR 32 estabelece: 1- Escrita de Procedimentos Operacionais 2- Padronização de Procedimentos Operacionais 3- Registros de Protocolos Técnicos 4- Registros de Capacitação 5- Manuais de Operação e Procedimentos 6- Capacitação continuada adequada ada ao trabalho 7- Atualização de tecnologias e métodos
19 REUSO DE MATERIAIS DE USO ÚNICO A prática do reuso de materiais de uso único expõe a risco todos os envolvidos nessa cadeia, tanto pacientes como profissionais de saúde envolvidos no reprocessamento. Para o profissional da saúde o ato de promover, cuidar, recuperar, restaurar, etc...está intimamente ligado à relação de confiança com o paciente e esta relação deve ser preservada. É necessário o consentimento informado do paciente ou de seu responsável. Aí está uma questão ética relacionada diretamente ao procedimento a ser realizado pelo profissional, pois a relação do mesmo com o paciente é de relevante importância.
20 Algumas reflexões ÉTICAS Sendo os profissionais de saúde aqueles que prestam cuidados de todos os tipos a outras pessoas, é importante a qualidade da relação interpessoal e intencional entre os mesmos e o paciente, inerente ao ato de preservação da vida sob todos os aspectos. O ato de promover, cuidar, preservar, manter, recuperar a saúde, é o ideal moral dos profissionais de saúde cujo fim é a proteção, a integralidade da dignidade humana.
21 Saúde é algo que se constrói através do exercício consciente da não agressão a si próprio, e da informação independente e crítica.
22 É PRECISO MUDANÇAS... Conselhos Regionais das Categorias... Orgãos Reguladores de Vigilância Sanitária Delegacia do Consumidor... Ministério Público... Etc...
23 ...O trabalho é gerador de saúde ou, ao contrário, um constrangimento patogênico. O trabalho jamais é neutro, considerado deste ponto de vista. it Ou joga a favor da saúde ou, pelo contrário, contribui para sua desestabilização e empurra o sujeito para a descompensação... (Dejours e Molinier, i em O Trabalho como Enigma, Ed. Atlas, 2008, p. 141).
24 OBRIGADO!
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