Ofício nº 27 /2018 Palmas, 17 de maio de Assunto: Investigações ilegais conduzidas por policiais militares

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Ofício nº 27 /2018 Palmas, 17 de maio de Assunto: Investigações ilegais conduzidas por policiais militares"

Transcrição

1 Ofício nº 27 /2018 Palmas, 17 de maio de Assunto: Investigações ilegais conduzidas por policiais militares Senhor Secretário, Tem se tornado prática recorrente no Tocantins a instauração pela polícia militar de procedimentos investigatórios destinados à apuração da prática de crimes dolosos contra a vida praticados por policiais militares contra civis. Saber que policiais militares pretendem se arvorar da investigação de crimes reconhecidamente comuns, não militares, requer providências imediatas de todos que são comprometidos com a legalidade e cumpridores do que preceitua nosso ordenamento jurídico. Mortes de civis decorrentes de ações de policiais militares em serviço não tem sido levadas imediatamente ao conhecimento da Delegacia de Polícia responsável pela apuração dos fatos, conforme nossos ditames legais. A situação é crítica, locais que deveriam ser alvo de perícia da Polícia Civil tem sido alterados e objetos relacionados aos fatos tem sido apreendidos em desacordo com o que preceitua o artigo 6º do Código de Processo Penal. Tudo isso acarreta em enorme prejuízo à investigação e à busca da verdade real dos fatos. Na noite da última terça-feira, 15 de maio, uma ocorrência policial resultou na morte de quatro indivíduos após troca de tiros com policiais militares. Situações assim ocorrem, as forças de segurança estão sujeitas a esse tipo de desfecho durante o desempenho de suas funções. O problema é que, conforme amplamente divulgado, após os fatos os policiais militares se apresentaram à polícia judiciária militar para as providências legais. A atitude relatada não contém o menor traço de legalidade. As atribuições das instituições policiais encontram-se estampadas de forma cristalina na Constituição Federal, sendo também confirmadas pela legislação infraconstitucional, não havendo dúvidas acerca do papel de cada policial na tarefa de prevenir ou reprimir infrações penais. À Polícia Militar cabe a honrosa missão de polícia ostensiva e a preservação da ordem pública (art. 144, 5º da CF), enquanto à Polícia Civil e à Polícia Federal incumbem as funções de polícia judiciária e apuração de infrações penais (art. 144, 1º e 4º da CF).

2 Resta claro, pois, que a investigação criminal de crimes comuns deve ser realizada pela Polícia Judiciária, tendo a Carta Maior autorizado a Polícia Militar a apurar apenas os crimes militares (art. 144, 4º, in fine da CF). Dentre os crimes comuns certamente está o crime doloso contra a vida. Em razão da alteração da redação do 4º do art. 125 da Lei Fundamental pela Emenda Constitucional 45/04, o homicídio praticado por policial militar contra civil é considerado crime comum, e não crime militar: Art (...) 4º Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os militares dos Estados, nos crimes militares definidos em lei e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada a competência do júri quando a vítima for civil, cabendo ao tribunal competente decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças. Destarte, sendo crime comum o homicídio praticado por PM contra civil, deve ser investigado pela Polícia Judiciária e julgado pela Justiça Comum (Tribunal do Júri), conforme expressa disposição constitucional.assim entende o Superior Tribunal de Justiça, vejamos: HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. HOMICÍDIOS QUALIFICADO TENTADO E CONSUMADO PRATICADO POR POLICIAL MILITAR CONTRA CIVIS. COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL DO JÚRI. ORDEM DE HABEAS CORPUS DENEGADA. 1. O Tribunal do Júri é competente para condenar Policial Militar, que pratica crime de homicídio contra civil, bem assim para aplicar, como efeito da condenação o disposto no art. 92, inciso I do Código Penal. Precedentes desta Corte. 2. Habeas corpus denegado. (HC /PE, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, julgado em 20/09/2012, DJe 26/09/2012) Ementa: EMBARGOS DE DECLARAÇAO NO RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. PRONÚNCIA. OMISSAO QUANTO ÀS QUESTÕES RELACIONADAS À COMPETÊNCIA PARA O JULGAMENTO DO FEITO. HOMICÍDIOPRATICADO POR MILITAR CONTRA CIVIL. JUSTIÇA COMUM. CONSTITUCIONALIDADE DA LEI 9299 /96. APLICABILIDADE IMEDIATA. EMBARGOS PROVIDOS PARA SANAR A OMISSAO APONTADA. I A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, mesmo antes do advento da Emenda Constitucional n. 45 /04, era firme no sentido de que competia à Justiça Comum Estadual processar e julgar os crimes dolosos contra a vida, supostamente praticado por militar contra civil, a teor do que dipunha a Lei /96. II - A Lei /96, que alterou a redação do art. 9º, II, do C.P. M., tem natureza processual, devendo, em razão disso, ter aplicação imediata sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da redação anterior. III - A transferência à Justiça Comum do julgamento dos crimes especificados pela Lei /96 se opera automaticamente, mesmo que o fato tivesse ocorrido antes de sua entrada em vigor. Desta forma, a referida sistemática legal impôs a remessa imediata dos autos da ação penal, oriunda de homicídiopraticado por militar contra civil, ao Tribunal do Júri, a quem

3 caberia o destino da persecutio criminis, tal como se deu no caso em exame. IV - Recurso provido para sanar a omissão apontada, sem, contudo, proceder à qualquer alteração no resultado do julgamento. TJ-ES - Embargos de DeclaracaoRec Sentido Estrito ED ES (TJ-ES), julgado em 25/09/2009. As garantias constitucionais que incidem na investigação criminal não passaram despercebidas pelos tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos, segundo os quais dispõem como garantia do cidadão que na condução coercitiva em desfavor de um suspeito, este deve ser levado imediatamente perante um juiz ou outra autoridade jurídica com os mesmos poderes que o juiz, em nosso ordenamento jurídico constitucional, o delegado de polícia. Este é o sentido do Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos em seu artigo 9º, parágrafo 3º, bem como o artigo 7º, item 5 da Convenção Americana dos Direitos Humanos. Para ilustrar, vejamos o que foi dito no julgamento do Habeas Corpus nº no STJ: pacífico o entendimento desta Corte no sentido de que os crimes previstos no art. 9º, do Código Penal Militar, quando dolosos contra a vida e cometidos contra civil, são da competência da Justiça comum e, em consequência, da Polícia Civil a atribuição de investigar. A Constituição, como dissemos, afirmou que tais crimes serão julgados pela Justiça Comum, não pela Justiça Militar. Além disso, diz o artigo 144 da Constituição que cabe a polícia militar investigar crimes militares. Assim, por não ser crime militar aquele praticado em serviço contra a vida de civil em serviço, não há como a PM investigar seus próprios policiais quando eles praticam um ato que pode vir a ser apontado como crime contra civil. O Ministro do STF, Celso de Mello ao abordar o assunto quando relator da ADI 1494, publicada no DJ de 09/04/1997, nos trouxe a seguinte lição: Essencial que se construa, com estrita observância do que dispõe a Carta Política, um sistema organizado de proteção social contra a violência arbitrária da Polícia Militar (lamentavelmente em processo de contínua expansão) e de imediata reação estatal. (...) É preciso advertir esses setores marginais que atuam criminosamente na periferia das corporações policiais que ninguém, absolutamente ninguém inclusive a Polícia Militar está acima das leis. (...) A Lei n /96 (...) emergiu desse contexto evidenciador de violência criminosa constante que absurdamente impregna a atuação da Polícia Militar em situação de policiamento ostensivo, vocacionada a neutralizar focos perigosos de insubmissão policial-militar ao império da Constituição, da lei e da ordem democrática. (...) Não mais competindo, à Justiça Militar, o processo e o julgamento de crimes dolosos contra a vida, praticados por policiais militares ou membros das Forças Armadas contra civil, nada pode justificar especialmente ante as regras inscritas no art. 144, 1º, IV e 4º, da Carta Política que tais infrações penais continuem sendo objeto de investigação, em IPM, pela autoridade policial militar, com

4 evidente usurpação da atribuição investigatória constitucionalmente outorgada à Polícia Federal ou à Polícia Civil dos Estados-membros, conforme o caso (grifos nossos). Mesmo com o advento da lei nº /2017, a competência do Tribunal do Júri para julgamento desses crimes permanece inalterada. Assim, não se pode, em hipótese alguma, admitir a instauração e instrução de inquérito policial militar para a apuração de ato praticado por militar contra a vida de civil. O entendimento do Juiz de Direito do Tribunal de Justiça do Tocantins (Presidente dos Conselhos da Justiça Militar Estadual), Dr José Ribamar Mendes Júnior, vai ao encontro de tudo o que expusemos aqui, vejamos a Decisão prolatada nos autos do processo nº : DECISÃO Pela análise dos autos, os fatos descritos no IPM quanto ao SD QPPM Jorge Ribeiro Dourado não se enquadram em nenhuma das hipóteses previstas no artigo 9º do Código Penal Militar, visto que em tese houve crime doloso contra a vida, praticado por policial militar. Ressalte-se que mesmo com o advento da Lei n /2017 que alterou o artigo 9 do CPM manteve-se a competência do Tribunal do Júri para processar e julgar os crimes dolosos contra a vida praticados por militares contra civil, conforme preconiza o artigo 9, parágrafo 1 do Código Penal Militar, senão vejamos: "Art. 9º Consideram-se crimes militares, em tempo de paz: 1o Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida e cometidos por militares contra civil, serão da competência do Tribunal do Júri. " Por tais motivos, defiro o requerimento ministerial, no Evento nº 07. Remetam-se os autos à Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Gurupi - TO, visto que esta Justiça Castrense não é competente para apreciar o feito. Intima-se. Cumpra-se. Palmas - TO, data certificada pelo sistema. Juiz de Direito - José Ribamar Mendes Júnior Presidente dos Conselhos da Justiça Militar Estadual (grifos nossos) O mesmo ocorre em inúmeros outros processos relativos à mesma matéria que tramitam ou tramitaram no Poder judiciário do Tocantins, apenas para ilustrar, trazemos aqui outros dois. O processo nº e o processo nº Ocorre que, no caso do segundo processo aqui mencionado, em que pese ter exarado entendimento correto quanto à competência do Tribunal do Júri para processar e julgar o caso em tela, o Poder Judiciário do Tocantins não adotou a postura mais adequada no prosseguimento do referido processo. Ao receber o processo nº , o juiz responsável pelo Tribunal do Júri de Gurupi deu prosseguimento ao feito, solicitando manifestação do parquet. O promotor de justiça promoveu o arquivamento do inquérito policial militar, reconhecendo ter havido legítima defesa. O juiz homologou o entendimento e determinou o arquivamento do processo, tendo reconhecido a excludente de ilicitude, de acordo tão somente com o constante no inquérito policial militar instaurado ao arrepio da lei.

5 Ora, se cabe à Justiça Comum (responsável pela salvaguarda dos Direitos Civis) o julgamento, cabe à Polícia Civil ou a Polícia Federal a investigação de tais crimes, não à polícia militar. Assim, não podemos admitir uma persecução penal antidemocrática, iniciada por inquérito policial militar e culminada no Tribunal do Júri. Entendemos que a decisão mais acertada seria que essas investigações ilegais que estavam em trâmite na Justiça Militar fossem redistribuídas às Delegacias de Polícia com atribuição para o feito. Ainda pior do que perceber as ações ilegais relatadas e demonstradas no dia a dia da atividade policial, foi tomar conhecimento que as atitudes perpetradas encontram guarida em expediente oficial da corregedoria da polícia militar do Tocantins que visa regular os procedimentos adotados pelos oficiais em atividade de polícia judiciária militar. Vejamos:

6 Ora, a Instrução Normativa nº 001/2018, já começa em completa discordância com o ordenamento jurídico pátrio ao afirmar no inciso I de seu artigo 1º que os crimes dolosos contra a vida praticados por policiais militares contra civis estão no rol dos crimes militares. Somos obrigados a afirmar novamente, conforme já amplamente demonstrado, crimes dolosos contra a vida praticados por militares contra civis são crimes comuns, submetidos ao Tribunal do Júri e devem ser investigados pela polícia judiciária civil ou federal. Tal entendimento nos parece ser o mais correto ao analisar minuciosamente os diplomas legais afetos à questão e o estrito respeito ao Estado Democrático de Direito, no mesmo sentido podemos observar o disposto na Resolução nº 08 de 21 de dezembro de 2012, editada pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, de âmbito nacional, notadamente os seguintes dispositivos estabelecidos pelo artigo 2º da referida espécie regulamentar, a seguir destacados: "Art. 2º Os órgãos e instituições estatais que, no exercício de suas atribuições, se confrontarem com fatos classificados como "lesão corporal decorrente de intervenção policial" ou "homicídio decorrente de intervenção policial" devem observar, em sua atuação, o seguinte: I -os fatos serão noticiados imediatamente a Delegacia de Crimes contra a Pessoa ou a repartição de polícia judiciária, federal ou civil, com atribuição assemelhada, nos termos do art. 144 da Constituição, que deverá: a) instaurar, inquérito policial para investigação de homicídio ou de lesão corporal; b) comunicar nos termos da lei, o ocorrido ao Ministério Público. II-a perícia técnica especializada será realizada de imediato em todos os armamentos, veículos e maquinários, envolvidos em ação policial com resultado morte ou lesão corporal, assim como no local em que a ação tenha ocorrido, com preservação da cena do crime, das cápsulas e projeteis até que a perícia compareça ao local, conforme o disposto no art. 6.º, incisos I e II; art. 159; art. 160; art. 164 e art. 181, do Código de Processo Penal; III - é vedada a remoção do corpo do local da morte ou de onde tenha sido encontrado sem que antes se proceda ao devido exame pericial da cena, a teor do previsto no art. 6.º, incisos I e II, do Código de Processo Penal; IV -cumpre garantir que nenhum inquérito policial seja sobrestado ou arquivado sem que tenha sido juntado o respectivo laudo necroscópico ou cadavérico subscrito por peritos criminais independentes e imparciais, não subordinados às autoridades investigadas; V -todas as testemunhas presenciais serão identificadas e sua inquirição será realizada com devida proteção, para que possam relatar o ocorrido em segurança e sem temor; (grifos nossos) Ressalte-se que tal resolução foi editada com ampla discussão pública e participação de integrantes da sociedade civil, representantes do Ministério Público Federal e dos Estados, representante dos Conselhos dos Procuradores Gerais de Justiça dos Estados, acadêmicos, representantes do Ministério das Relações Exteriores, tendo, pois, ampla legitimidade e compatibilidade com o texto constitucional e com o sistema processual penal pátrio.

7 Ademais, a Resolução nº 08/2012 editada pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República se fundamenta em inúmeros documentos de validade nacional, tais como o Decreto nº 7.037, de 21 de dezembro de 2009, que aprova o Programa Nacional de Direitos Humanos e o Relatório 141/11, de 31 de outubro de 2011, da Comissão Interamericana de Direitos Humanos/OEA para o Estado Brasileiro. Atento à questão abordada, o Ministério Público do Estado do Espírito Santo publicou a NOTIFICAÇÃO RECOMENDATÓRIA nº 001/2017, de 29 de agosto de 2017, recomendando ao Secretário de segurança Pública daquela unidade da federação que adote medidas semelhantes às presentes na resolução supracitada. Trazemos tal expediente anexado a este ofício. Em São Paulo, o Tribunal de Justiça Militar do Estado publicou, em 2017, uma resolução que limitava a investigação da polícia civil em mortes decorrentes de ações da polícia militar. A resolução permitia que policiais militares apreendessem todos os objetos que tivessem relação com a apuração de homicídios praticados pelos militares contra civis. Tal resolução foi objeto de interposição de Ação Direta de Inconstitucionalidade pelo Ministério Público de São Paulo e teve sua eficácia suspensa mediante decisão proferida em Mandado de Segurança interposto junto ao Tribunal de Justiça de São Paulo pela Associação dos Delegados de Polícia Civil daquele estado. Em sua decisão, o Desembargador Silveira Paulilo afirmou que "compete à polícia civil, dirigida por delegados de polícia de carreira, a investigação dos crimes dolosos contra a vida, praticados por policiais militares, contra civis, em época de paz, dado que são de competência do Tribunal do Júri' No mesmo sentido, esta semana o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) decidiu que oficiais da Polícia Militar podem ser julgados por insubordinação se desrespeitarem a portaria da Secretaria de Segurança Pública que estabelece como competência da Polícia Civil a investigação de mortes de civis provocadas por Policiais Militares em serviço. A decisão foi proferida em pedido de habeas corpus preventivo (Habeas Corpus n ) da Associação dos Oficiais Militares do Estado de Santa Catarina (ACORS) para evitar que os oficiais sejam responsabilizados criminalmente se conduzirem diretamente as investigações. A ACORS argumenta que a conduta dos oficiais da Polícia Militar em promover o inquérito penal militar para apurar casos de morte de civis por policiais em serviço seria legal e, portanto, não caberia a instauração de investigação contra os oficiais que assim procedessem, como ocorreu em três casos apresentados no pedido. No curso do processo do pedido de habeas corpus, a ACORS obteve, por decisão monocrática, medida liminar para suspender os procedimentos instaurados contra os três oficias citados nos casos concretos.

8 Porém, acompanhando o entendimento do Ministério Público, no julgamento do mérito do pedido a Segunda Câmara Criminal do TJSC revogou a liminar concedida e negou o habeas corpus preventivo. Para o Ministério Público, que se insurgiu contra a medida liminar por meio de sua Coordenadoria de Recursos Criminais (CRCrime), os crimes dolosos contra a vida praticados por Policial Militar contra civil têm natureza de crime comum, a serem julgados perante a Justiça comum, no âmbito do Tribunal do Júri. "Não é demais destacar que o inquérito policial militar destinase a apurar, exclusivamente, infrações penais de natureza militar, dentre as quais não estão inseridos os crimes dolosos contra a vida cometidos por militar contra civil", ressaltou o coordenador da CRCrime, Procurador de Justiça Jorge Orofino da Luz Fontes. As condutas que vem sendo praticadas no Tocantins contradizem toda uma diretriz nacionalmente firmada e criam uma situação de exceção em nosso estado, lamentavelmente ainda alheio às consequências nefastas da continuidade de ações procedimentais ilegais verificadas em outros estados, tal como no emblemático caso do homicídio praticado em unidade militar contra o pedreiro Amarildo de Souza, fato ocorrido no município do Rio de Janeiro. Não podemos permitir a continuidade da utilização de investigações destoantes de nosso arcabouço legal. Ante todo o exposto, o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado do Tocantins, solicita aos responsáveis pela salvaguarda de nosso Estado Democrático de Direito que tomem medidas imediatas para sanar as ilegalidades apontadas. Confiamos no conhecimento técnico-jurídico e na responsabilidade social de nossas instituições, razão pela qual encaminhamos o presente expediente à Secretaria da Segurança Pública do Tocantins, Direção da Polícia Civil do Tocantins, Tribunal de Justiça do Tocantins, Ministério Público do Tocantins, Defensoria Pública do Tocantins e Ordem dos Advogados do Brasil. Atenciosamente, Mozart M. Macedo Felix Presidente do SINDEPOL-TO

PM homicida deve ser investigado pela polícia j

PM homicida deve ser investigado pela polícia j PM homicida deve ser investigado pela polícia j Como já ressaltamos em outra oportunidade[1], as atribuições das instituições policiais encontram-se estampadas de forma cristalina na Constituição Federal,

Leia mais

T R I B U N A L D E J U S T I Ç A

T R I B U N A L D E J U S T I Ç A ESTADO DO PARANÁ T R I B U N A L D E J U S T I Ç A ASSESSORIA DE RECURSOS RECURSO ESPECIAL CRIME Nº 0016048-86.2018.8.16.0000 PET 2 (PROJUDI) RECORRENTE: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ RECORRIDOS:

Leia mais

OBRA: GUILHERME DE SOUZA NUCCI-MANUAL DE PROCESSO PENAL E EXECUÇÃO PENAL EDITORA RT OBRA: EUGÊNIO PACELLI DE OLIVEIRA CURSO DE PROCESSO PENAL EDITORA

OBRA: GUILHERME DE SOUZA NUCCI-MANUAL DE PROCESSO PENAL E EXECUÇÃO PENAL EDITORA RT OBRA: EUGÊNIO PACELLI DE OLIVEIRA CURSO DE PROCESSO PENAL EDITORA OBRA: GUILHERME DE SOUZA NUCCI-MANUAL DE PROCESSO PENAL E EXECUÇÃO PENAL EDITORA RT OBRA: EUGÊNIO PACELLI DE OLIVEIRA CURSO DE PROCESSO PENAL EDITORA LUMEN JURIS CONCEITO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO, preparatório

Leia mais

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR CORREGEDOR GERAL DO E. TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR CORREGEDOR GERAL DO E. TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR CORREGEDOR GERAL DO E. TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. SINDICATO DOS DELEGADOS DE POLÍCIA DO ESTADO DE SÃO PAULO - SINDPESP, inscrito no C.N.P.J. sob no. 61.397.295/0001-76,

Leia mais

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA Faculdade de Direito Teoria Geral do Processo II. Rafael da Escóssia Lima COMENTÁRIOS 2: COMPETÊNCIAS

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA Faculdade de Direito Teoria Geral do Processo II. Rafael da Escóssia Lima COMENTÁRIOS 2: COMPETÊNCIAS UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA Faculdade de Direito Teoria Geral do Processo II Rafael da Escóssia Lima COMENTÁRIOS 2: COMPETÊNCIAS Brasília, Junho de 2014 Rafael da Escóssia Lima COMENTÁRIOS 2: COMPETÊNCIAS

Leia mais

JULGAMENTO COLEGIADO DE CRIMES PRATICADOS POR ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS

JULGAMENTO COLEGIADO DE CRIMES PRATICADOS POR ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS 1 JULGAMENTO COLEGIADO DE CRIMES PRATICADOS POR ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS No ano de 2012, foi publicada a Lei nº 12.694, a qual trata sobre o processo e o julgamento colegiado em 1º grau de jurisdição de

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL

DIREITO PROCESSUAL PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL Da competência Prof. Gisela Esposel - Artigo 124 da CR À Justiça Militar compete processar e julgar os crimes militares definidos em lei. - Tal dispositivo trata da competência

Leia mais

ESTADO DE SANTA CATARINA TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADO DE SANTA CATARINA TRIBUNAL DE JUSTIÇA fls. 11 Embargos de Declaração n. 4021559-09.2017.8.24.0000/50000 da Capital Embargante : Ministério Público do Estado de Santa Catarina Proc. de Just. : Jorge Orofino da Luz Fontes (Procurador de Justiça)

Leia mais

10ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro ( ) EMENTA

10ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro ( ) EMENTA Recurso em Sentido Estrito Nº CNJ : 0506337-17.2016.4.02.5101 (2016.51.01.506337-3) JUIZ FEDERAL CONVOCADO ANTÔNIO HENRIQUE CORRÊA DA RELATOR : SILVA EM SUBSTITUIÇÃO AO Desembargador Federal PAULO ESPIRITO

Leia mais

DIREITO AMBIENTAL. Tutela processual civil do meio ambiente e instrumentos extrajudiciais de proteção. Inquérito civil Parte 3

DIREITO AMBIENTAL. Tutela processual civil do meio ambiente e instrumentos extrajudiciais de proteção. Inquérito civil Parte 3 DIREITO AMBIENTAL Tutela processual civil do meio ambiente e instrumentos extrajudiciais de proteção Parte 3 Professora Eliana Khader 3º O conhecimento por manifestação anônima, justificada, não implicará

Leia mais

HABEAS CORPUS CRIME ALEGAÇÃO DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL ANTE A DUPLICIDADE DE

HABEAS CORPUS CRIME ALEGAÇÃO DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL ANTE A DUPLICIDADE DE HABEAS CORPUS CRIME Nº 0016048-86.2018.8.16.0000, DA COMARCA DE MARINGÁ-PR IMPETRANTE : ASSOCIAÇÃO DOS OFICIAIS POLICIAIS E BOMBEIROS MILITARES DO ESTADO DO PARANÁ (ASSOFEPAR) PACIENTES : GILMAR GOMES,

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça HABEAS CORPUS Nº 293.979 - MG (2014/0104367-7) RELATOR IMPETRANTE ADVOGADO IMPETRADO PACIENTE : MINISTRO GURGEL DE FARIA : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS : ANDRÉ LUÍS ALVES DE MELO : TRIBUNAL

Leia mais

FEDERAÇÃO NACIONAL DE ENTIDADES DE OFICIAIS MILITARES ESTADUAIS FENEME PROTEGENDO E SERVINDO QUEM SERVE E PROTEGE

FEDERAÇÃO NACIONAL DE ENTIDADES DE OFICIAIS MILITARES ESTADUAIS FENEME PROTEGENDO E SERVINDO QUEM SERVE E PROTEGE 1 FEDERAÇÃO NACIONAL DE ENTIDADES DE OFICIAIS MILITARES ESTADUAIS FENEME PROTEGENDO E SERVINDO QUEM SERVE E PROTEGE A FEDERAÇÃO NACIONAL DE ENTIDADES DE OFICIAIS MILITARES, associação com representatividade

Leia mais

Pós Penal e Processo Penal. Legale

Pós Penal e Processo Penal. Legale Pós Penal e Processo Penal Legale JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA Jurisdição * Jurisdição é a capacidade de dizer o Direito Jurisdição * Competência é a delimitação do poder jurisdicional. A competência determina-se:

Leia mais

Pós Penal e Processo Penal. Legale

Pós Penal e Processo Penal. Legale Pós Penal e Processo Penal Legale Ato Normativo 314 PGJ (SP) Ato Normativo 314 PGJ-SP o art. 26, I, da Lei Federal nº 8625, de 12 de fevereiro de 1993, e o art. 104, I, da Lei Complementar Estadual nº

Leia mais

Pós Penal e Processo Penal. Legale

Pós Penal e Processo Penal. Legale Pós Penal e Processo Penal Legale JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA Jurisdição * Jurisdição é a capacidade de dizer o Direito Jurisdição * é a delimitação do poder jurisdicional. A competência determina-se: Pelo

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR Ação Penal Militar

DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR Ação Penal Militar DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR Ação Penal Militar Parte 2 Prof. Pablo Cruz A oficialidade também se aplica na fase preliminar de investigação => assim, a investigação será promovida por órgãos oficiais

Leia mais

Do Conselho Nacional de Justiça e Dos Tribunais e Juízes dos Estados

Do Conselho Nacional de Justiça e Dos Tribunais e Juízes dos Estados Direito Constitucional Do Conselho Nacional de Justiça e Dos Tribunais e Juízes dos Estados Art. 103-B: O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 15 (quinze) membros com mandato de 2 (dois) anos, admitida

Leia mais

CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO

CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO Recurso Interno em Pedido de Providências n 00342/2016-77 Relator: GUSTAVO ROCHA Requerente: André Luis Alves de Melo Requerido: Conselho Nacional do Ministério Público E M E N T A RECURSO INTERNO EM PEDIDO

Leia mais

Apresentação Capítulo I

Apresentação Capítulo I Su m á r i o Apresentação... 13 Capítulo I Premissas Fundamentais e aspectos introdutórios... 15 1. A importância do exame da competência criminal... 15 2. Jurisdição e competência... 19 3. Princípio do

Leia mais

Tribunal do Júri na Justiça Militar Estadual

Tribunal do Júri na Justiça Militar Estadual Tribunal do Júri na Justiça Militar Estadual Fernando A. N. Galvão da Rocha Juiz Civil do Tribunal de Justiça Militar-MG 1. Introdução Entre as diversas instituições do Processo Penal, o Tribunal do Júri

Leia mais

: MIN. ALEXANDRE DE MORAES DECISÃO

: MIN. ALEXANDRE DE MORAES DECISÃO INQUÉRITO 4.669 DISTRITO FEDERAL RELATOR AUTOR(A/S)(ES) PROC.(A/S)(ES) INVEST.(A/S) ADV.(A/S) : MIN. ALEXANDRE DE MORAES :MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA :GILBERTO KASSAB :THIAGO

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR

DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR Inquérito Policial Militar Parte 3 Prof. Pablo Cruz ... decisão do Superior Tribunal Militar: Possibilidade do STM, prevista no art. 25 do CPPM. requerimento: situação

Leia mais

ACÓRDÃO. Hermann Herschander RELATOR Assinatura Eletrônica

ACÓRDÃO. Hermann Herschander RELATOR Assinatura Eletrônica fls. 537 ACÓRDÃO Registro: 2016.0000723682 Vistos, relatados e discutidos estes autos de Habeas Corpus nº 2153734-78.2016.8.26.0000, da Comarca de Rio das Pedras, em que é paciente, Impetrantes RODRIGO

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Súmula 122 do Superior Tribunal de Justiça e competência para o julgamento de contravenções penais: uma análise à luz da jurisprudência dos Tribunais Superiores Alexandre Piccoli

Leia mais

ESTADO DO CEARÁ PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA GABINETE DESEMBARGADOR FRANCISCO MARTÔNIO PONTES DE VASCONCELOS

ESTADO DO CEARÁ PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA GABINETE DESEMBARGADOR FRANCISCO MARTÔNIO PONTES DE VASCONCELOS fls. 74 Processo: 0627098-73.2017.8.06.0000 - Habeas Corpus Impetrante: Alexandre dos Santos Geraldes Paciente: Luiz Fabiano Ribeiro Brito Impetrado: Juiz de Direito da 5ª Vara Júri da Comarca de Fortaleza

Leia mais

CRIMES HEDIONDOS. Prof. Gladson Miranda. Facebook: GladsonMiranda

CRIMES HEDIONDOS. Prof. Gladson Miranda.   Facebook: GladsonMiranda CRIMES HEDIONDOS Prof. Gladson Miranda www.mentoryconcursos.com.br Facebook: GladsonMiranda LEGENDA DOS EMOTIONS Caiu em prova até 5 vezes Caiu em prova mais de 5 vezes Caiu na prova do concurso Base normativa

Leia mais

SENADO FEDERAL. Gabinete do Senador PEDRO CHAVES PARECER Nº, DE Relator: Senador PEDRO CHAVES

SENADO FEDERAL. Gabinete do Senador PEDRO CHAVES PARECER Nº, DE Relator: Senador PEDRO CHAVES PARECER Nº, DE 2017 Da COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DEFESA NACIONAL, sobre o Projeto de Lei da Câmara nº 44, de 2016 (Projeto de Lei nº 5768/2016, na Casa de origem), do Deputado Esperidião Amin,

Leia mais

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA DA REPÚBLICA EM PERNAMBUCO 2º OFÍCIO DA TUTELA COLETIVA. Promoção de Arquivamento MPF/PR-PE nº /2016

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA DA REPÚBLICA EM PERNAMBUCO 2º OFÍCIO DA TUTELA COLETIVA. Promoção de Arquivamento MPF/PR-PE nº /2016 Ref.: Procedimento Preparatório nº 1.26.000.003731/2015-30 Promoção de Arquivamento MPF/PR-PE nº /2016 Trata-se de Procedimento Preparatório instaurado nesta Procuradoria da República a partir de representação

Leia mais

PROFESSORA RAQUEL TINOCO

PROFESSORA RAQUEL TINOCO PROFESSORA RAQUEL TINOCO PODER JUDICIÁRIO - PRIMEIRA INSTÂNCIA Juízos de Direito Juizados Especiais e suas Turmas Recursais Tribunais do Júri Juizados da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher

Leia mais

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Competência De acordo com o art. 102, I, a, CR(Constituição da República Federativa do Brasil), compete ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar, originariamente,

Leia mais

Competência. Conceito: é a quantidade da jurisdição cujo exercício é atribuído por lei a cada órgão.

Competência. Conceito: é a quantidade da jurisdição cujo exercício é atribuído por lei a cada órgão. Competência Conceito: é a quantidade da jurisdição cujo exercício é atribuído por lei a cada órgão. 1. critérios: 1.2 ratione materiae (em razão da matéria) 1.3 ratione personae (em razão da pessoa) 1.4

Leia mais

Ementa: PROCESSUAL PENAL. RECLAMAÇÃO. AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA. LESÃO CORPORAL /06 (ARTS. 12, I E 16). LEI MARIA DA PENHA.

Ementa: PROCESSUAL PENAL. RECLAMAÇÃO. AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA. LESÃO CORPORAL /06 (ARTS. 12, I E 16). LEI MARIA DA PENHA. EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Ementa: PROCESSUAL PENAL. RECLAMAÇÃO. AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA. LESÃO CORPORAL CONTRA MULHER NO AMBIENTE DOMÉSTICO.

Leia mais

Poder Judiciário - Justiça do Trabalho

Poder Judiciário - Justiça do Trabalho Direito Constitucional Poder Judiciário - Justiça do Trabalho Justiça do Trabalho CF. Art. 111 São órgãos da Justiça do Trabalho: I o Tribunal Superior do Trabalho; II os Tribunais Regionais do Trabalho;

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL

DIREITO PROCESSUAL PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL Inquérito policial Noções gerais Parte 3 Prof. Thiago Almeida Transferência das investigações: Art. 2º, 4º - O inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei em curso

Leia mais

CELULARES DO DR. DIÓGENES GOMES: e

CELULARES DO DR. DIÓGENES GOMES: e MANUAL PRÁTICO DO MILITAR 3ª EDIÇÃO 2017 DR. DIÓGENES GOMES VIEIRA CAPÍTULO 8 HABEAS DATA E CAUTELAR ANTECEDENTE PARA EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO: DISTINÇÕES E APLICABILIDADES 8.1.3. COMPETÊNCIA JURISDICIONAL

Leia mais

Prof. Dr. Vander Ferreira de Andrade

Prof. Dr. Vander Ferreira de Andrade Prof. Dr. Vander Ferreira de Andrade Sistema Constitucional de Segurança Pública (art. 144 CF) A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da

Leia mais

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO. 1. Introdução histórica 2. Natureza jurídica 3. Referências normativas 4. Legitimidade 5. Finalidade 6. Hipóteses de cabimento

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO. 1. Introdução histórica 2. Natureza jurídica 3. Referências normativas 4. Legitimidade 5. Finalidade 6. Hipóteses de cabimento CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1. Introdução histórica 2. Natureza jurídica 3. Referências normativas 4. Legitimidade 5. Finalidade 6. Hipóteses de cabimento Habeas corpus - Tenhas corpo (...) a faculdade concedida

Leia mais

INQUÉRITO POLICIAL EXERCÍCIOS LEGISLAÇÃO JURISPRUDÊNCIA

INQUÉRITO POLICIAL EXERCÍCIOS LEGISLAÇÃO JURISPRUDÊNCIA INQUÉRITO POLICIAL EXERCÍCIOS LEGISLAÇÃO JURISPRUDÊNCIA Cupom futuropolicial30. 30% de desconto na compra de qualquer curso, válido até 23h59 de segunda-feira (23/05). 1ª QUESTÃO (CESPE) Com relação ao

Leia mais

DIREITO ELEITORAL. Processo Penal Eleitoral. Prof. Rodrigo Cavalheiro Rodrigues

DIREITO ELEITORAL. Processo Penal Eleitoral. Prof. Rodrigo Cavalheiro Rodrigues DIREITO ELEITORAL Prof. Rodrigo Cavalheiro Rodrigues Código Eleitoral Art. 355. As infrações penais definidas neste Código são de ação pública. Ac.-TSE 21295/2003: cabimento de ação penal privada subsidiária

Leia mais

Tribunais Regionais Federais e. Juízes Federais. Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais. Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais

Tribunais Regionais Federais e. Juízes Federais. Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais. Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais S Art. 106. São órgãos da Justiça Federal: I - os Tribunais Regionais Federais; II - os. 1 2 Art. 107. Os Tribunais Regionais Federais compõemse de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível,

Leia mais

impulsionada pelo Procurador-Geral de Justiça visando, desde logo, a suspensão

impulsionada pelo Procurador-Geral de Justiça visando, desde logo, a suspensão fls. 23 DESPACHO Direta de Inconstitucionalidade Processo nº 2166281-19.2017.8.26.0000 Relator(a): Péricles Piza Órgão Julgador: Órgão Especial Vistos. Trata-se de Ação Direta de Inconstitucionalidade

Leia mais

Pós Penal e Processo Penal. Legale

Pós Penal e Processo Penal. Legale Pós Penal e Processo Penal Legale COMPETÊNCIA (continuação) Competência Criação dos TRFs OBS: Resolução n.1, de 06/10/88, do Tribunal Federal de Recursos, que estabeleceu: a) o Tribunal Regional Federal

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça HABEAS CORPUS Nº 163.752 - RJ (2010/0035445-6) RELATORA : MINISTRA LAURITA VAZ IMPETRANTE : FERNANDO JOSÉ GONÇALVES JÚNIOR ADVOGADA : ALBERTO SILVA DOS SANTOS LOUVERA IMPETRADO : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

Leia mais

(TRT-RJ / TÉCNICO JUDICIÁRIO ÁREA ADMINISTRATIVA / CESPE / 2008) DIREITO CONSTITUCIONAL

(TRT-RJ / TÉCNICO JUDICIÁRIO ÁREA ADMINISTRATIVA / CESPE / 2008) DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL 31. Acerca de competência legislativa, assinale a opção correta. (a) Compete aos estados legislar sobre direito agrário. (b) Segundo a teoria dos poderes remanescentes, hoje aplicada

Leia mais

INQUÉRITO POLICIAL - V TERMO CIRCUNSTANCIADO - ARQUIVAMENTO

INQUÉRITO POLICIAL - V TERMO CIRCUNSTANCIADO - ARQUIVAMENTO INQUÉRITO POLICIAL - V TERMO CIRCUNSTANCIADO - ARQUIVAMENTO TERMO CIRCUNSTANCIADO TERMO CIRCUNSTANCIADO -Substitui o inquérito policial, é utilizado para crimes de menor potencial ofensivo (pena máxima

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Organização do Poder Judiciário Parte 1. Profª. Liz Rodrigues - Composta por, esta é a chamada justiça federal comum (a trabalhista, militar e eleitoral são as justiças federais

Leia mais

SENADO FEDERAL Gabinete do Senador ROBERTO ROCHA PSB/MA PARECER Nº, DE 2016

SENADO FEDERAL Gabinete do Senador ROBERTO ROCHA PSB/MA PARECER Nº, DE 2016 PARECER Nº, DE 2016 Da COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIA, sobre a Proposta de Emenda à Constituição nº 10, de 2013, do Senador Alvaro Dias e outros, que altera os arts. 102, 105, 108 e 125

Leia mais

Legislação Específica

Legislação Específica Legislação Específica Prerrogativas da Defensoria no Processo Penal Professor Fidel Ribeiro www.acasadoconcurseiro.com.br Legislação Específica PRERROGATIVAS DA DEFENSORIA NO PROCESSO PENAL CONCEITO DE

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça HABEAS CORPUS Nº 428.553 - SP (2017/0321807-5) RELATOR IMPETRANTE ADVOGADO IMPETRADO PACIENTE : MINISTRO PAULO DE TARSO SANSEVERINO : ANDRE LUIZ DO NASCIMENTO BARBOZA : ANDRE LUIZ DO NASCIMENTO BARBOZA

Leia mais

Direito Constitucional Material Complementar Professor Luciano Franco.

Direito Constitucional Material Complementar Professor Luciano Franco. EXERCÍCIOS PF-2018 (CESPE) Questão 1: CESPE - DP PE/DPE PE/2015 Em relação à efetivação dos direitos sociais, julgue o item a seguir. De acordo com o entendimento do STF, é inadmissível que o Poder Judiciário

Leia mais

Número:

Número: Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão PJe - Processo Judicial Eletrônico 11/06/2019 Número: 0804085-79.2019.8.10.0000 Classe: AGRAVO DE INSTRUMENTO Órgão julgador colegiado: 1ª Câmara Cível Órgão julgador:

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br A ação penal popular no ordenamento jurídico brasileiro Liduina Araujo Batista * O presente estudo trata da discussão acerca da possibilidade, ou não, de existência, em nosso ordenamento

Leia mais

RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL

RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL Semelhante ao Recurso de Apelação hipóteses de cabimento e competência efeito devolutivo - matéria fática e matéria de direito Competência = STJ e STF Hipóteses de cabimento=

Leia mais

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal MANDADO DE SEGURANÇA 33.121 SÃO PAULO RELATORA IMPTE.(S) ADV.(A/S) IMPDO.(A/S) ADV.(A/S) : MIN. ROSA WEBER :DONISETE GIMENES ANGELO :ELIANE MARTINS DE OLIVEIRA :PRESIDENTE DA 2ª TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS

Leia mais

EXCELENTÍSSIMA SENHORA DESEMBARGADORA NEUZA MARIA ALVES DA SILVA, DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIÃO

EXCELENTÍSSIMA SENHORA DESEMBARGADORA NEUZA MARIA ALVES DA SILVA, DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIÃO EXCELENTÍSSIMA SENHORA DESEMBARGADORA NEUZA MARIA ALVES DA SILVA, DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIÃO Processo nº. 0051125-22.2012.4.01.0000 DEMÓSTENES LÁZARO XAVIER TORRES, já devidamente

Leia mais

com fundamento no artigo 5º, LXIX, da Constituição da República Federativa do Brasil e na Lei de 2009, impetrar o presente

com fundamento no artigo 5º, LXIX, da Constituição da República Federativa do Brasil e na Lei de 2009, impetrar o presente EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBU- NAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO DE GOIÁS SINTEGO/GO, inscrito no CNPJ/MF sob o nº. 25.107.087.0001-21, com sede

Leia mais

Legislação da Justiça Militar

Legislação da Justiça Militar Legislação da Justiça Militar Lei nº 8.457 de 1992 - Organiza a Justiça Militar da União Professora Karina Jaques Art. 89. Na vigência do estado de guerra, são órgãos da Justiça Militar junto às forças

Leia mais

ESTADO DO TOCANTINS PODER JUDICIÁRIO 2ª CÂMARA CRIMINAL GAB. DES. CARLOS SOUZA

ESTADO DO TOCANTINS PODER JUDICIÁRIO 2ª CÂMARA CRIMINAL GAB. DES. CARLOS SOUZA ESTADO DO TOCANTINS PODER JUDICIÁRIO 2ª CÂMARA CRIMINAL GAB. DES. CARLOS SOUZA CONFLITO DE COMPETÊNCIA Nº 5003685-49.2013.827.0000 ORIGEM: TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO TOCANTINS REFERENTE: AUTOS Nº

Leia mais

CONSULTA Nº /2014

CONSULTA Nº /2014 Autarquia Federal Lei nº 3.268/57 CONSULTA Nº 70.906/2014 Assunto: Encaminhamento de cópias de laudos médicos periciais a Delegado de Polícia. Relatora: Dra. Claudia Tejeda Costa, Advogada do. Parecer

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RELATOR RECORRENTE ADVOGADO RECORRIDO : MINISTRO RIBEIRO DANTAS : EMERSON SILVA RODRIGUES (PRESO) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO EMENTA PROCESSUAL

Leia mais

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº, DE 2015 (Do Sr. Carlos Sampaio e outros)

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº, DE 2015 (Do Sr. Carlos Sampaio e outros) PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº, DE 2015 (Do Sr. Carlos Sampaio e outros) Acrescenta o 5º ao art. 86, da Constituição da República Federativa do Brasil, para permitir a instauração de investigação

Leia mais

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 2.088 MINAS GERAIS RELATOR AUTOR(A/S)(ES) PROC.(A/S)(ES) RÉU(É)(S) PROC.(A/S)(ES) : MIN. LUIZ FUX :MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS :PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

Leia mais

Situações excepcionais podem impedir prisão domiciliar para mães mesmo após alterações do CPP

Situações excepcionais podem impedir prisão domiciliar para mães mesmo após alterações do CPP Situações excepcionais podem impedir prisão domiciliar para mães mesmo após alterações do CPP A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que o juiz pode negar a conversão da prisão preventiva

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça HABEAS CORPUS Nº 178.623 - MS (2010/0125200-6) IMPETRANTE ADVOGADO IMPETRADO PACIENTE : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL : NANCY GOMES DE CARVALHO - DEFENSORA PÚBLICA E OUTRO : TRIBUNAL

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça CONFLITO DE COMPETÊNCIA Nº 92.547 - RS (2007/0298197-3) RELATOR : MINISTRO NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO AUTOR : JUSTIÇA PÚBLICA SUSCITANTE ADVOGADO : JAIME DE CARVALHO LEITE FILHO - DEFENSOR PÚBLICO DA UNIÃO

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR

DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR Ação Penal Militar Parte 3 Prof. Pablo Cruz Indisponibilidade O princípio da indisponibilidade, decorrência da obrigatoriedade, informa que uma vez instaurada a ação penal

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AGRAVADO ADVOGADO INTERES. : JOSÉ MEIRELLES FILHO E OUTRO(S) - SP086246 : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO EMENTA PROCESSO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO PROVISÓRIA

Leia mais

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal HABEAS CORPUS 117.180 RIO DE JANEIRO RELATORA PACTE.(S) IMPTE.(S) COATOR(A/S)(ES) : MIN. CÁRMEN LÚCIA :WAGNER VITOR DE SOUZA :MARCELO DA SILVA TROVÃO :SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR DECISÃO HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL.

Leia mais

HABEAS CORPUS Nº PR (2018/ )

HABEAS CORPUS Nº PR (2018/ ) HABEAS CORPUS Nº 459.330 - PR (2018/0173975-5) RELATOR : MINISTRO NEFI CORDEIRO IMPETRANTE : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO PARANÁ ADVOGADO : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO PARANÁ IMPETRADO : TRIBUNAL

Leia mais

No procedimento investigatório criminal serão observados os direitos e garantias individuais consagrados

No procedimento investigatório criminal serão observados os direitos e garantias individuais consagrados No procedimento investigatório criminal serão observados os direitos e garantias individuais consagrados na Constituição da República Federativa do Brasil, aplicando-se, no que couber, as normas do Código

Leia mais

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal Ementa e Acórdão Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6 25/04/2017 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.021.376 SÃO RELATOR AGTE.(S) PROC.(A/S)(ES) AGDO.(A/S) ADV.(A/S) : MIN.

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE MINAS GERAIS AÇÃO CIVIL PÚBLICA 0055245-23.2013.4.01.3800 AUTORES: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS, MINISTERIO PUBLICO FEDERAL RÉU: CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA CFM SENTENÇA O Ministério Público Federal

Leia mais

CURSO DE GESTÃO EM SEGURANÇA PÚBLICA E PRIVADA CADERNO DE QUESTÕES INTRODUÇÃO AO DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL

CURSO DE GESTÃO EM SEGURANÇA PÚBLICA E PRIVADA CADERNO DE QUESTÕES INTRODUÇÃO AO DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL CURSO DE GESTÃO EM SEGURANÇA PÚBLICA E PRIVADA CADERNO DE QUESTÕES INTRODUÇÃO AO DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL Questões Objetivas 1. A lei penal não retroage, salvo se: A. Mais gravosa B. Mais benéfica

Leia mais

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PROJETO DE LEI Nº 6.745, DE 2006

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PROJETO DE LEI Nº 6.745, DE 2006 COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PROJETO DE LEI Nº 6.745, DE 2006 Altera dispositivos da Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985, para instituir o controle judicial sobre os inquéritos civis,

Leia mais

: : BIANCA PINTO FERREIRA

: : BIANCA PINTO FERREIRA 7ª CÂMARA CRIMINAL Habeas Corpus nº 2009.059.07443 Impte : Dr. Sergio H. Martins Clemente Pactes : BIANCA PINTO FERREIRA e OUTRO Autoridade Coatora: 3ª VARA CRIMINAL DE DUQUE DE CAXIAS Relator : Des. SIRO

Leia mais

HC 5538-RN ( ). RELATÓRIO

HC 5538-RN ( ). RELATÓRIO HC 5538-RN (0006637-97.2014.4.05.0000). IMPTTE IMPTDO PACTE ORIGEM RELATOR : DIEGO TOBIAS DE CASTRO BEZERRA. : JUÍZO DA 2ª VARA FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE (NATAL). : MARCELO ROBERTO DA SILVEIRA (RéU

Leia mais

NOTA SOBRE A LEI Nº , DE 13 E OUTUBRO DE 2017

NOTA SOBRE A LEI Nº , DE 13 E OUTUBRO DE 2017 NOTA SOBRE A LEI Nº 13.491, DE 13 E OUTUBRO DE 2017 A ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS DELEGADOS DE POLÍCIA JUDICIÁRIA ADPJ, que congrega mais de 10 (dez) mil Delegados de Polícia das Polícias Civis e Federal de

Leia mais

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal Ementa e Acórdão Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6 21/06/2016 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 125.480 RIO DE JANEIRO RELATOR PACTE.(S) IMPTE.(S) PROC.(A/S)(ES) COATOR(A/S)(ES) : MIN. MARCO AURÉLIO :VICTOR

Leia mais

11/09/2017 PRIMEIRA TURMA : MIN. ALEXANDRE DE MORAES PAULO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

11/09/2017 PRIMEIRA TURMA : MIN. ALEXANDRE DE MORAES PAULO TRIBUNAL DE JUSTIÇA Ementa e Acórdão Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7 11/09/2017 PRIMEIRA TURMA RELATOR AGTE.(S) ADV.(A/S) AGDO.(A/S) : MIN. ALEXANDRE DE MORAES :RODRIGO DE OLIVEIRA E FRANÇA :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça CONFLITO DE COMPETÊNCIA Nº 145.576 - MA (2016/0055604-1) RELATOR : MINISTRO JOEL ILAN PACIORNIK SUSCITANTE : JUÍZO DE DIREITO DA 1A VARA CRIMINAL DE IMPERATRIZ - MA SUSCITADO : JUÍZO DE DIREITO DA 1A VARA

Leia mais

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO. MÓDULO II 1. Regras de competência 2. Procedimento 3. Pedidos 4. Recurso Ordinário Constitucional

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO. MÓDULO II 1. Regras de competência 2. Procedimento 3. Pedidos 4. Recurso Ordinário Constitucional CONTEÚDO PROGRAMÁTICO MÓDULO II 1. Regras de competência 2. Procedimento 3. Pedidos 4. Recurso Ordinário Constitucional 1. REGRAS DE COMPETÊNCIA O habeas corpus deve ser interposto à autoridade judicial

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça HABEAS CORPUS Nº 102.049 - ES (2008/0055509-7) RELATÓRIO O EXMO. SR. MINISTRO NILSON NAVES: É de 16.8.07 a denúncia apresentada à Justiça Federal, de termos seguintes: "Consta do inquérito policial em

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR

DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR Organização da Justiça Militar da União Prof. Pablo Cruz PARTE I Da Estrutura da Justiça Militar da União TÍTULO I Das Disposições Preliminares Art. 1 São órgãos da Justiça

Leia mais

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 554, DE

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 554, DE SENADO FEDERAL PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 554, DE 2011 Altera o 1 o do art. 306 do Decreto-Lei n o 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal), para determinar o prazo de vinte e quatro

Leia mais

AGEPOLJUS. Relatório atualizado em 19/03/2012 1) APOSENTADORIA ESPECIAL. ATIVIDADE DE RISCO.

AGEPOLJUS. Relatório atualizado em 19/03/2012 1) APOSENTADORIA ESPECIAL. ATIVIDADE DE RISCO. AGEPOLJUS Relatório atualizado em 19/03/2012 1) APOSENTADORIA ESPECIAL. ATIVIDADE DE RISCO. Processo: MI 1312 Órgão: Supremo Tribunal Federal STF Brasília. Resumo: Mandado de injunção que visa suprir lacuna

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Conceito de Autoridade Policial em nossa Sistemática Processual Paulo Henrique da Silva Carvalho * Analisando o Código de Processo Penal Brasileiro e a legislação processual penal

Leia mais

Professor Wisley Aula 02

Professor Wisley Aula 02 - Professor Wisley www.aprovaconcursos.com.br Página 1 de 7 INQUÉRITO POLICIAL 1. CONCEITO É o procedimento administrativo inquisitivo e preparatório,

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RELATOR AGRAVANTE ADVOGADO AGRAVADO : MINISTRO JOEL ILAN PACIORNIK : : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE MATO GROSSO DO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MATO GROSSO DO EMENTA PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO

Leia mais

PROCESSO PENAL I 7ª - Part r e Pro r f o e f ss s o s r o : r :Ru R b u ens s Co C r o r r e r ia a Jun u ior

PROCESSO PENAL I 7ª - Part r e Pro r f o e f ss s o s r o : r :Ru R b u ens s Co C r o r r e r ia a Jun u ior PROCESSO PENAL I 7ª - Parte Professor: Rubens Correia Junior 1 PROCESSO PENAL I 2 PROCESSO PENAL FORMA Será escrito art. 9 do CPP objetivando o controle dos atos e posteriormente servir de base ao processo;

Leia mais

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo fls. 1 ACÓRDÃO Registro: 2018.0000849123 Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação nº 0005699-30.2011.8.26.0052, da Comarca de, em que é apelante ERISVAN DA PAZ, é apelado MINISTÉRIO PÚBLICO

Leia mais

MANDADO DE INJUNÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVO - PEÇA PRÁTICA

MANDADO DE INJUNÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVO - PEÇA PRÁTICA MANDADO DE INJUNÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVO - PEÇA PRÁTICA www.trilhante.com.br ÍNDICE 1. MANDADO DE INJUNÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVO... 4 Apontamentos Iniciais...4 Legitimidade... 5 Competência... 5 Procedimento...6

Leia mais

- Jurisdição - Competência é o limite dentro do qual juízes e tribunais exercem jurisdição.

- Jurisdição - Competência é o limite dentro do qual juízes e tribunais exercem jurisdição. Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Processo Penal / Aula 09 Professor: Elisa Pittaro Conteúdo: Princípios da Jurisdição: Aderência. Competência: Natureza Jurídica; Competência Absoluta x Relativa;

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA Certificado digitalmente por: MARIA JOSE DE TOLEDO MARCONDES TEIXEIRA HABEAS CORPUS Nº 1744736-8 DO FORO CENTRAL DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA 5ª VARA CRIMINAL. IMPETRANTES: E OUTRO. PACIENTE:.

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO EM HABEAS CORPUS Nº 82.241 - MG (2017/0060469-3) RELATOR RECORRENTE ADVOGADOS RECORRIDO : MINISTRO REYNALDO SOARES DA FONSECA : ALOÍSIO PASSOS DE SOUZA : SAVIO COELHO MAROCCO - MG112275 PAULO BARQUETTE

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça HABEAS CORPUS Nº 179.446 - PR (2010/0129628-4) RELATOR IMPETRANTE IMPETRADO PACIENTE : MINISTRO GILSON DIPP : FÁBIO APARECIDO FRANZ : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ : JULIANO DE OLIVEIRA DOS SANTOS

Leia mais

Direito Constitucional

Direito Constitucional Direito Constitucional Do Superior Tribunal de Justiça (Art. 104 a 105) Professor André Vieira www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Constitucional Seção III DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Art. 104.

Leia mais

Poder Judiciário da União Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios

Poder Judiciário da União Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios Poder Judiciário da União Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios Fls. Órgão : CÂMARA CRIMINAL Classe : CONFLITO DE JURISDIÇÃO N. Processo : 20160020288384CCR (0030820-74.2016.8.07.0000)

Leia mais

DIREITO PENAL MILITAR

DIREITO PENAL MILITAR DIREITO PENAL MILITAR Teoria da Pena Parte 1 Prof. Pablo Cruz Penas principais Teoria da Pena As penas criminais, no sistema militar, se diferem do sistema penal comum, pois não admitem substituição pelas

Leia mais