Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Instituto de Agronomia. Departamento de Geociências. Curso de Graduação em Geologia

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1 Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Instituto de Agronomia Departamento de Geociências Curso de Graduação em Geologia Grupo de pesquisa PaleoRural: Estudos Aplicados Foraminíferos Planctônicos do Quaternário da Bacia de Campos (RJ), poço GL-451: Aspectos bioestratigráficos Discente: Gabriel Medeiros Marins. Orientadora: Profª Dra. Claudia Maria Magalhães Ribeiro Martins. Co-orientador: Antonio Enrique Sayão Sanjinés. Novembro de 2009

2 II

3 III Ao incomensurável e abençoado amor de toda a minha família.

4 IV AGRADECIMENTOS Por toda ajuda prestada no desenvolvimento desta monografia gostarei de prestar minha profunda gratidão: Ao meu amado mestre, irmão e amigo, Senhor Jesus e a Deus. Por fazer-se presente em todos os momentos dessa caminhada, sendo mais do que aquele me amou, mas também o que me mostrou o caminho e por diversas vezes me levantou, não me permitindo jamais desistir. A minha orientadora e amiga, Professora Dra. Cláudia Maria Magalhães Ribeiro, por toda sua solicitude e por muito ajudar-me em meu crescimento profissional. Ao meu Co-Orientador e amigo, Antônio Henrique Sayão Sanjinés, por sua dedicação e entusiasmo, que me fez enxergar toda geologia que existe no contexto das pesquisas microfossilíferas. A PETROBRAS pela liberação do material e empréstimo da lupa. A Dra. Elizabete Pedrão Ferreira por toda sua garra e vivacidade. Ao Professor Dr. Sérgio Brandolise Citroni pela autorização do uso do laboratório de sedimentologia do Departamento de Geologia da UFRuralRJ. A professora Regina Cohen Barros pela ajuda e contagiante alegria de sempre. Ao meu querido amigo e tio, Zé Luiz, por toda paciência e dedicação na ajuda com o processo de edição das figuras. A meus queridos e amorosos pais, José Hélito e Benimar, por todos os esforços e sacrifícios que me proporcionaram meios de atingir meus objetivos, mas principalmente pelo amor incondicional, puro e divino que sempre me abençoam todos os dias. Aos meus tão queridos e amados irmãos que a vida me presenteou, Caio e Beatriz, e aqueles que ela me permitiu escolher Jadyr e Daniel, todos responsáveis pela base das minhas concepções de amizade, afeto e companheirismo. A tão amada Família 415 com os quais fui abençoado com o convívio e onde fiz irmãos para toda a vida, são eles: João Felipe (Angélica), Rodrigo (Patolino), Douglas (Shrek), Filipe (Somália), Bruno (Nénho), Rodrigo (Baw), Renato (Xerep), Gabriel (Bebê), Pablo (Arekipa), Israel (Bradock), Renan (Mendigo), Helton (Lampião), Tiago (E.T.) e aos adotados José Carlos (Zeck), Marcus (Mineiro), Evelin (zénha), Aline (Gogó), Leonor (Lelê), Isabele (Bebeli). Aos grandes amigos, os quais a família 415 também se encaixam, que quaisquer que fosse o momento ao meu lado estavam: Joedson (Joe), Sérgio (Frango), Elaine (Agressiva), Aliane (Boca), Fernanda (Fernandénha), Monique (Saquarema), Joana Magalhães, Luiz (Fininho), Lilian.

5 V Aos amigos e professores do Departamento de Geociências Carlos Gibara, Sérgio Valente, Rubem Porto Junior e Alexis Nummer, bem como os grandes amigos e funcionários Eliane Monsores (Lili), José Carlos (Zé), Sr. Daniel e Edimilson (do buzão).

6 VI A idolatria de um geólogo Nada radia seu ser ao primeiro olhar A incerteza é um crédito necessário aos corajosos E para mim, arriscar-se em campos virgens é uma dádiva Pois o medo é um muro que pode tentar me impedir, mas não me segurar A minha capacidade é medida pela vontade Meu desejo se engrandece com o desconhecido Me faz bem gritar aos céus com sensação de liberdade Ver cada canto desse lugar como se ele nunca tivesse crescido Chegar onde ninguém antes havia estado Ver você, maior beleza desde o princípio do primeiro passado E descobrir porque quando de quando te olho às vezes minha voz não sai Trabalhar apreciando-te, filha Terra do meu Pai. (Gabriel Medeiros Marins, 2008).

7 VII Resumo Foraminíferos Planctônicos do Quaternário da Bacia de Campos (RJ), poço GL-451: Aspectos bioestratigráficos Orientadora: Profª Dra. Claudia Maria Magalhães Ribeiro Martins Co-orientador: Antonio Enrique Sayão Sanjinés O presente trabalho relata os resultados obtidos nas análises de foraminíferos planctônicos, a partir do estudo de 61 amostras provenientes do furo geológico GL A coleta foi realizada pela PETROBRAS, na porção norte do talude da Bacia de Campos (RJ), cerca de 75 km da costa da parte sul do Estado do Espírito Santo, em 2003, utilizando um jumbo Piston Core de 21m de comprimento. A análise do material teve como objetivo a identificação e análise taxonômica dos foraminíferos planctônicos que caracterizam intervalos quentes e frios, e posterior interpretação bioestratigráfica para o Quaternário da Bacia de Campos. No tratamento das amostras, foram aplicados procedimentos de lavagem em peneira de 62 µm, secagem em estufa, peneiramento malha de 125 µm, quarteamento, triagem e classificação, seguindo a metodologia padrão para foraminíferos planctônicos. A presença/ausência de determinadas espécies de foraminíferos planctônicos, mostram a resposta desses microorganismos às oscilações climáticas. Através das análises quantitativas e qualitativas foi possível identificar, classificar e quantificar os espécimes indicadores de intervalos quentes: Globorotalia menardii menardii, G. menardii flexuosa, G. tumida, Plexo Pulleniatina (P. obliquiloculata, P. primalis, finalis) e, as espécies indicadoras de intervalos frios: Globorotalia inflata, G. crassaformis, G. truncatulinoides. As interpretações baseadas nas frequências dos foraminíferos planctônicos estudados na presente pesquisa permitiram a identificação das biozonas W, X, Y e Z, estabelecidas por Ericson & Wollin (1968), sendo a biozona X interpretada como zona interglacial, a biozona Z como zona pós-glacial, ambas representativas de intervalos quentes, e as biozonas W e Y interpretadas como zonas glaciais, referentes a intervalos frios. Estas biozonas foram divididas nas Subzonas de X2, X1, Y5, Y4, Y3, Y2, Y1 de Vicalvi (1999) e W2 e W1 de Kennett & Huddlestun (1972).

8 VIII Sumário AGRADECIMENTOS III RESUMO VI LISTA DE FIGURAS IX LISTA DE TABELAS IX 1 INTRODUÇÃO 1 2- OBJETIVOS 2 3 FORAMINÍFEROS Conceitos Biologia dos Foraminíferos Ciclo de Vida Fatores controladores do desenvolvimento dos foraminíferos Características morfológicas 5 4 GEOLOGIA DA ÁREA ESTUDADA Aspectos regionais Evolução Estratigrágica Geologia da área estudada 11 5 MATERIAIS E MÉTODOS Material de estudo Preparação e triagem das amostras Tipos de análise Análise qualitativa Análise quantitativa BIOESTRATIGRAFIA DO QUATERNÁRIO Refinamento Bioestratigráfico Para o Pleistoceno/Holoceno da 21 Bacia de Campos 7. RESULTADOS E DISCUSSÕES Resultados Análises Qualitativas Análises Quantitativas Análises e interpretações Bioestratigráficas 24 A) Zona W (intervalo ) 27 A.1) Subzona W2 (intervalo cm) 27 A.2) Subzona W1 ( cm) 28 B) Zona X (intervalo cm) 28 B.1) subzona X2 (1.465cm 1.292,5cm) 29 B.2) Subzona X1 (1.292,5 885cm) 31 C) Zona Y (intervalo cm) 31 C.1) Subzona Y5 (intervalo cm) 31 C.2) Subzona Y4 (intervalo cm) 32 C.3) Subzona Y3 (intervalo cm) 32 C.4) Subzona Y2 (intervalo cm) 32 C.5) Subzona Y1 (intervalo cm) 33 D) Zona Z (intervalo 125 0cm) Discussões CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 36 ANEXOS 39 A) Tabela de Tempo Geológica (Ogg, 2006) 40 B) Estampas 41 Estampa I

9 IX Estampa II Estampa III

10 X LISTA DE FIGURAS Figura 1 Foraminífero planctônico Orbulina universa em vida. Ao centro, (A) a carapaça do microorganismo e suas (B) aberturas ou poros, que permitem o (C) prolongamento dos pseudópodes (modificado de Pardo, 2004). 3 Figura 2 Morfologia básica para a classificação dos foraminíferos. A. Vista espiral em seção longitudinal parcial, mostrando a estrutura interna e a morfologia externa. B. Vista lateral, mostrando a abertura da carapaça (modificada de Zerfass, 2008). 5 Figura 3 Mapa de localização das bacias brasileiras e localização da área de estudo: testemunho B (GL-451), (modificado de Tokutake, 2005). 8 Figura 4 Carta estratigráfica da Bacia de Campos (Winter et al., 2007). 9 Figura 5 Distribuição espacial das fácies sedimentares da Bacia de Campos (modificada de Machado et al., 2004). 10 Figura 6 Descrição das fácies sedimentares e suas respectivas profundidades no poço GL-451 (modificado de Tokutake, 2005). 12 Figura 7 Fluxograma de preparo das amostras. a) Etapas realizadas no Laboratório de Microfauna, da gerência de Bioestratigrafia e Paleoecologia (BPA), do CENPES/PETROBRAS; b) Etapas realizadas no Laboratório de Sedimentologia, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). 14 Figura 8 Processo de peneiramento do sedimento fossilífero em malha 125µm. 15 Figura 9 A fotografia mostra o processo de triagem dos foraminíferos planctônicos, com auxílio de lupa binocular. 16 Figura 10 Esquema do biozoneamento do Pleistoceno superior e Holoceno, dos trabalhos realizados por Ericson & Wollin (1968); Kennet & Hudleston (1972); Vicalvi (1999) e Sanjinés (2006), (modificado de Sanjinés, 2006). 22 Figura 12 Frequência relativa das espécies e grupos de foraminíferos correlacionados as respectivas idades, litologias e arcabouço bioestratigráfico. 24 Figura 13 Arcabouço Bioestratigráfico do Poço GL Figura 14 Inferência do hiato associado à frequência relativa de grupos e espécies de foraminíferos. 26 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Localização, lâmina d água e comprimento do testemunho estudado (Tokutake, 2005). 13 Tabela 2 - Resultados das análises quantitativas no poço GL

11 1 1. INTRODUÇÃO O petróleo tem sido explorado sob várias formas desde épocas remotas. Em 1859, Edwin Drake perfurou com sucesso seu poço em Titusville, Pensilvânia, assim teve-se o início do nascimento da indústria moderna do petróleo e o crescimento progressivo da demanda e das pesquisas de óleo e gás em todo mundo (Barsa, 1993). Nesse contexto, as pesquisas bioestratigráficas, a partir dos microfósseis, têm realizado estudos de biocronoestratigrafia e paleoecologia, bem como de avaliação da estabilidade regional do talude, contribuindo para a melhor interpretação dos poços e conseqüente melhora da exploração petrolífera (Vicalvi, 1997). Os foraminíferos planctônicos são microfósseis abundantes nos sedimentos marinhos e possuem um alto potencial de preservação no registro geológico, ampla diversidade e distribuição geográfica. Tais características fizeram com que este grupo seja um dos principais a serem utilizados em estudos bioestratigráficos, paleoclimáticos e paleoecológicos. (Zerfass, 2008). A presente pesquisa contempla o estudo de foraminíferos planctônicos, provenientes de amostras coletadas de um testemunho a pistão, recuperado do talude, porção norte da Bacia de Campos, RJ, relativas ao intervalo Pleistoceno-Holoceno. Este intervalo de tempo está caracterizado por mudanças climáticas cíclicas, marcadas por avanços e recuos do gelo sobre vastas áreas continentais, e pelas variações eustáticas do nível do mar (Vicalvi, 1997). A importância desta pesquisa com foraminíferos planctônicos é buscar um aprendizado mais detalhado dos conceitos de Micropaleontologia, mais especificamente Bioestratigrafia. Os espécimes estudados serão analisados qualitativa e quantitativamente, viabilizando o estabelecimento e definições de zonas e subzonas bioestratigráficas. Os principais biozoneamentos a serem utilizados como referência neste trabalho serão aqueles estabelecidos por Ericson & Wollin (1968) e Vicalvi (1997; 1999). Os primeiros autores definiram um zoneamento bioestratigráfico, organizado para o Neógeno superior, com base, principalmente, na presença/ausência da espécie de foraminífero planctônico Globorotalia menardii, em função das respostas deste microorganismo às oscilações climáticas. Contudo, este zoneamento foi revisto para Bacia de Campos por Vicalvi (1997; 1999) a partir do estudo de variações de freqüência dos plexos G. menardii e Pulleniatina, e das espécies G. inflata e G. truncatulinoides, entre outros. Outros autores, de suma importância, foram consultados para o embasamento das interpretações e resultados concernentes às análises bioestratigráficas e paleoclimáticas, obtidos nesta monografia (Kennett & Huddleston, 1972; Prell & Damuth, 1978; Thunell, 1984; Sanjinés, 2006).

12 2 2. OBJETIVOS Este trabalho objetiva a análise taxonômica e estudos bioestratigráficos de foraminíferos planctônicos, provenientes de 61 amostras coletadas pela PETROBRAS a partir de um furo de sondagem (GL-451) realizado no talude continental da Bacia de Campos (RJ). O intervalo de interesse para este trabalho refere-se aos períodos Pleistoceno/Holoceno, 1,806-0,0118 M.a e 0,0118 a 0 M.a, respectivamente (Ogg, 2006). As etapas propostas para este trabalho consistiram de: - levantamento de bibliografia especializada relativa ao grupo dos foraminíferos; - preparação das amostras e posterior triagem dos espécimes de foraminíferos; - identificação e classificação taxonômica dos foraminíferos planctônicos (análise qualitativa); - contagem dos foraminíferos (análise quantitativa); - interpretação das análises taxonômicas e inferências bioestratigráficas, que permitirão o estabelecimento de um biozoneamento para o testemunho estudado.

13 3 3 FORAMINÍFEROS 3.1 Conceitos A palavra foraminífero é oriunda do latim, onde foramen significa orifício e ferre, possuir. Segundo Loeblish & Tappan (1988), os foraminíferos são microorganismos eucariontes unicelulares e predominantemente marinhos, sendo a Ordem Allogromiida o único grupo de água doce (Sen Gupta, 1999). Em geral, os foraminíferos possuem tamanho médio de 100 µm a 1mm e apresentam um corpo citoplasmático cercado por uma carapaça por eles secretada, chamada teca ou testa, com uma ou mais câmaras intercomunicadas por orifícios denominados forâmens (Zerfass, 2008; Figura 1). Figura 1 Foraminífero planctônico Orbulina universa em vida. Ao centro, (A) a carapaça do microorganismo e suas (B) aberturas ou poros, que permitem o (C) prolongamento dos pseudópodes (modificado de Pardo, 2004). Sen Gupta (1999), classifica os foraminíferos como pertencentes ao Reino Protoctista, Filo Granuloreticulosa, Classe Foraminífera. O mesmo autor divide os foraminíferos em 16 ordens, sendo Globigerinida a única ordem de foraminíferos planctônicos. A superfamília Globorotaliacea e as famílias Globorotaliidae e Pulleniatinidae contemplam as espécies de foraminíferos planctônicos que serão utilizadas no presente trabalho para as análises bioestratigráficas. De acordo com o hábito, os foraminíferos podem ser classificados como planctônicos ou bentônicos. Os foraminíferos bentônicos surgiram no Cambriano (542 M.a) e evoluíram até o presente. Vivem junto ao substrato marinho ou permanecem enterrados superficialmente, podendo ser móveis (vágeis) ou fixos ao substrato (sésseis). A partir do Jurássico (199,6 a 145,5

14 4 M.a) surgiram os foraminíferos planctônicos, vivendo até os dias atuais. Os foraminíferos planctônicos são assim definidos porque vivem flutuando na lâmina d água, com movimentação dada basicamente por subidas e descidas diurnas na zona fótica dos oceanos, sendo dispersos principalmente pela ação de correntes (Brasier, 1990 apud Sanjinés, 2006; Vilela, 2004). 3.2 Biologia dos Foraminíferos Ciclo de Vida O crescimento dos foraminíferos ocorre pelo desenvolvimento da teca em câmaras, podendo seguir em um único estágio, formando assim formas uniloculares, uma câmara, ou mais de um estágio, originando formas multiloculares, mais de uma câmara (Vilela, 2004). Segundo Arenillas (2004, apud Zerfass, 2008), a alimentação dos foraminíferos é realizada por prolongamentos filamentosos chamados pseudópodes (Figura 1) que, além desta função, auxiliam na locomoção, fixação e construção da teca destes microrganismos. A base da alimentação dos foraminíferos é composta por diatomáceas, algas, bactérias, partículas orgânicas ou larvas de metazoários; porém, alguns foraminíferos possuem simbiontes fotossintéticos para complementar sua alimentação. Portanto, os foraminíferos podem ser classificados com base na alimentação em detritívoros, suspensívoros, bacteriófagos ou onívoros. Os foraminíferos possuem uma alternância nas gerações de reprodução. A reprodução assexuada está sempre presente, nela ocorre a simples divisão do indivíduo em vários. A reprodução sexuada pode não ocorrer; nela o indivíduo adulto produz gametas biflagelados que se unem em pares, originando um ovo ou zigoto, que será responsável pelo fechamento do ciclo, desenvolvendo um indivíduo que irá se reproduzir assexuadamente (Vilela, 2004) Fatores Controladores do Desenvolvimento dos Foraminíferos Por intermédio de estudos realizados em cultura de laboratório, Koutsoukos (1990) atribuiu algumas funções para carapaças (tecas) dos foraminíferos, como proteção contra predadores, proteção contra diversas condições físicas e químicas, controle das flutuações do organismo e favorecimento do modo de vida em nichos de substratos particulares. O desenvolvimento, evolução e extinções regionais dos foraminíferos ocorrem devido a fatores determinantes que influem diretamente na estabilidade do ambiente. Dentre eles, destacam-se a temperatura da água, a concentração de oxigênio dissolvido, salinidade, disponibilidade de carbonato de cálcio, fonte de nutrientes, tipo de substrato, e atividade de ondas e correntes (Koutsoukos, 1990). A parte orgânica dos foraminíferos é definida como protoplasma. O protoplasma pode conter um ou mais núcleos, sendo limitado por uma membrana e subdividido em endoplasma,

15 5 parte situada no interior da carapaça, e em ectoplasma, porção externa que faz a interação do organismo com o ambiente. Essa interação é feita por intermédio dos pseudópodes (Boltovskoy 1968, Arenillas 2004 apud Zerfass, 2008). 3.3 Características Morfológicas A classificação dos foraminíferos é feita tomando-se como base, dentre outros critérios, o número, a forma das câmaras, a composição das tecas, e os tipos de aberturas (Zerfass, 2008). Como já abordado nos itens 3.1 e 3.2.1, os foraminíferos secretam uma carapaça chamada de teca ou testa. A teca pode ter composição calcária (calcítica ou aragonítica), silicosa, orgânica, ou pode ser construída a partir da aglutinação de partículas minerais ou biogênicas (Vilela, 2004; Zerfass, 2008). A teca é constituída por uma ou mais câmaras, com arranjos do tipo serial, planoespiral e trocoespiral, apresentando assim, variações no enrolamento e na disposição das câmaras. As formas mais simples são uniloculares e as mais complexas são as multiloculares, que possuem suas câmaras limitadas por linhas de sutura e por vezes contornadas pela quilha (Vilela, 2004; Zerfass, 2008; Sen Gupta, 1999). Segundo Seyve (1990, apud Zerfass, 2008), as aberturas podem ser classificadas como simples e arredondadas, em fenda, crescente, dendrítica, crenulada ou parcialmente recoberta por produções calcáreas (Figura 2). Figura 2 Morfologia básica para a classificação dos foraminíferos. A. Vista espiral em seção longitudinal parcial, mostrando a estrutura interna e a morfologia externa. B. Vista lateral, mostrando a abertura da carapaça (modificada de Zerfass, 2008).

16 6 4 ÁREA DE ESTUDO: BACIA DE CAMPOS 4. 1 As p e c t o s R e g i o n a i s A Bacia de Campos localiza-se na margem continental sudeste brasileira, compreendendo o litoral norte do Estado do Rio de Janeiro e Sul do Estado do Espírito Santo, entre as latitudes 21º e 23º (Caddah et al, 1998). Abrange uma área de Km², sendo 500 Km² em área emersa e o restante submersa. Limitada ao norte pelo Arco de Vitória e ao sul Pelo Arco de Cabo Frio, economicamente, é a bacia uma das bacias mais importantes do Brasil (Figura 3) E v o l u ç ã o E s t r a t i g r á f i c a A formação da Bacia de Campos está relacionada ao rifteamento do Gondwana, que culminou na separação da América do Sul e África e o desenvolvimento do Oceano Atlântico. Segundo Milani et al. (2001), o embasamento cristalino é pouco observado em subsuperfície e se caracteriza por uma litologia de gnaisses pré-cambrianos, que também podem ser observados nas áreas vizinhas da bacia marginal. Winter (2007) estabeleceu três Supersequências para a evolução tectônica-estratigráfica da Bacia de Campos: Supersequência Rifte, Pós-Rifte e Drifte (Figura 4). No início da Supersequência Rifte, Neocomiano, sequência K20-K34, a bacia é recoberta por derrames de basaltos e diabásios da Formação Cabiúnas, que constituem o assoalho do preenchimento sedimentar da bacia. A sobreposição dessa formação ocorre de forma discordante no Barremiano, sequência K36, onde depositam-se os arenitos, siltitos e folhelhos avermelhados de ambiente lacustres da Formação Itabapuana, concomitante aos sedimentos da Formação Atafona. Na porção intermediária do Grupo Lagoa Feia (Barremiano Aptiano) sequência K-38, ocorrem importantes depósitos de folhelhos de baixa densidade, ricos em matéria orgânica, intercalados por carbonatos lacustres, principalmente moluscos bivalves, responsáveis pela formação de uma espessa camada porosa de coquinas, aproximadamente 100m, que constituem reservatórios de petróleo (Winter, 2007). A Supersequência Pós-Rifte representa, segundo Winter (2007), uma seção sedimentar com grande diversidade litológica depositada em ambiente marinho, e discordante das rochas de ambiente continental lacustre. Essa transição de ambiente é observada, bem como a grande expansão da bacia no Aptiano médio a superior, sequências transicionas K46 e K48, representadas por depósitos das formações Gargáu e Macabu, compostas por sedimentos carbonáticos, margas e arenitos em ambiente marinho raso, além de conglomerados e arenitos de borda de bacia da Formação Itapaboana.

17 7 Na sequência K50, no período de 0,7 a 1,0 Ma, foram depositados em ambiente marinho/lagunar, árido, os evaporitos da Formação Retiro. A movimentação desses sais, tais como halita, anidrita e carnalita, foram responsáveis pela moldagem do assoalho marinho, desenvolvendo preferências deposicionais para as sequências superiores. A partir do Albiano inferior tem-se o início da deposição de sedimentos marinhos da Supersequência Drifte, sob um regime de subsidência térmica associada a tectonismo adiastrófico. A base da Supersequência Drifte, sequência K60, corresponde à superfície de inundação máxima da bacia, de caráter regional chamada Marco Beta. Esta sequência compreende sedimentos depositados em ambientes de plataforma rasa, num sistema carbonático de planície de maré, representado pelas formações Goitacás e Quissamã (Grupo Macaé). A porção superior do Grupo Macaé, sequências K82-K84, é caracterizada por um evento anóxico, com predominância de rochas pelíticas, tais como margas bioturbadas, com a presença foraminíferos planctônicos e bentônicos. O Grupo Campos possui em sua porção inferior o sistema arenoso mais expressivo do Cretáceo da Bacia de Campos, dada pelos sedimentos siliciclásticos das formações Ubatuba, Carapebus e Emborê (Eoconiaciana a Mesocampaniana), sequência K90, depositados em ambientes batial a batial médio. A parte superior do Grupo Campos, Sequência N60, é de interesse expressivo para a presente pesquisa, tento em vista que compreende a porção em que os sedimentos das amostras analisadas foram depositados. A constituição litológica da seção do Neógeno superior da Bacia de Campos, segundo Machado et al. (2004), compreende o Grupo Campos, caracterizados por areias/arenitos siliciclásticos e lamas/folhelhos da Formação Emboré (plataforma continental interna e média); lamas/folhelhos da Formação Ubatuba (talude e platô São Paulo), além de diamictidos da Formação Carapebus (Platô São Paulo). A deposição holocênica da Bacia de Campos é consequência de uma superfície de inundação máxima do interglacial atual, e que proporcionou a sedimentação de uma delgada camada (30cm) de vasa de nanofósseis e foraminíferos (Kowsmann et al., 2002 apud Machado et al., 2004). A dinâmica das massas d água influem diretamente no processo de retrabalhamento dos sedimentos depositados na plataforma externa da Bacia de Campos, transportando-os ao talude continental por forças oceanográficas de plataforma, e trapeados pela morfologia local (Viana et al., 1998). Segundo Machado et al. (2004), o relevo do fundo marinho é esculpido por erosões localizadas, movimentos de massas (debris apron) e turbiditos, que deram origem a feições como grábens, cânions e falésias (Figura 5).

18 8 Figura 3 Mapa de localização das bacias brasileiras e localização da área de estudo: testemunho B (GL-451), (modificado de Tokutake, 2005).

19 9 Figura 4 Carta estratigráfica da Bacia de Campos (Winter et al., 2007)

20 10 Figura 5 Distribuição espacial das fácies sedimentares superficiais da Bacia de Campos (modificado de Machado et al., 2004).

21 G e o l o g i a d a Ár e a E s t u d a d a A área de estudada encontra-se em uma parte estreita do talude continental, na porção norte da Bacia de Campos, parte sul da costa do Espírito Santo, a cerca de 75km² com a linha de costa (Tabela 1). Segundo Tokutake (2005), o relevo é de caráter entrecortado, apresentando um declive suave de aproximadamente 3, e recoberto po r uma capa de sedimento (drape) de 20m. No poço GL-451 predomina o caráter litológico de lamas, margas e areias. A fácies (ASL) compreende a litologia de menor proporção no poço e caracteriza-se por areias siliciclásticas, composta por grãos de quartzo e mica, variando de fino a médio, com a base abrupta e topo bioturbado (Tokutake, 2005; Sanjinés, 2006; Maciel, 2008). Estas fácies localizam-se na base do testemunho, no intervalo de 1690 a 1650 cm (Figura 6). Neste intervalo foram retiradas quatro amostras, que se distinguiram das demais por apresentarem uma quantidade de sedimentos muito maior; nelas, as duas amostras mais profundas são diferenciadas das duas superiores por conterem mais quartzo e feldspato, e menos muscovita. Segundo Maciel (2008), as lamas levemente carbonáticas (LL) compreendem a litologia predominante no poço de coloração cinza esverdeado escuro, com partes mais claras, mostrandose bastante bioturbadas e com teores de carbonato entre 6 a 17% (Chondrites, Zoophycos e Planolites). Esta fácies foi divida em três intervalos, intercalados pelas fácies (MG) e (LR), com 1650 a 1500 cm, 1455 a 1250 cm e 1253 a 262 cm, respectivamente. Próximo às extremidades do testemunho (1500 a 1455 cm e 117 a 0 cm) localiza-se a fácies (MG), que é composta litologicamente por margas amareladas a cinza oliva, bastante bioturbadas (Planolites, Chondrites, Thalassinoides, Zoophycos). A fácies (LR) é caracterizada por lama rica em carbonato, cinza oliva, bioturbada e com níveis de óxido. Esta fácies compreende dois intervalos localizados na porção superior e inferior (1230 a 1235 cm e 262 a 117 cm, respectivamente), que são intercalados pela fácies (LL) onde são observados, principalmente no intervalo superior, as maiores concentrações de microgastrópodes no poço (Tokutake, 2005).

22 12 Figura 6 Descrição das fácies sedimentares e suas respectivas profundidades no poço GL-451 (modificado de tokutake, 2005).

23 13 5. MATERIAIS E MÉTODOS 5.1 Material de Estudo No presente estudo, foram analisadas 61 amostras, provenientes do testemunho GL- 451 coletado pela PETROBRAS, numa campanha realizada em 2003 pelo navio de sondagem Bucentaur, na porção norte da Bacia de Campos. Na coleta das amostras, utilizou-se um testemunho a pistão de 21m de comprimento para a retirada do material (Kowsmann & Vicalvi, 2003 apud Sanjinés, 2006). Tabela 1 Localização, lâmina d água e comprimento do testemunho estudado (Tokutake, 2005). Testemunho Latitude Longitude Lâmina d água(m) Comprimento(m) Gl º 09 47,6 39º 57 14, ,91 Cabe ressaltar que a profundidade do ultimo intervalo deste testemunho foi apenas descrita pelo nome de cortador, sem uma definição original da profundidade a qual refere-se. Desta forma, foi inferida uma profundidade de 1960 a 1961cm para este intervalo. 5.2 Preparação e Triagem das Amostras Na coleta das amostras foram retirados aproximadamente 10cm³ de sedimentos por amostra ao longo dos testemunhos, com espaçamentos em intervalos regulares de 30cm ou de acordo com as variações litológicas apresentadas (Sanjinés, 2006). Para a preparação (tratamento) das amostras de microfósseis, foi seguida uma metodologia padrão (Figura 7), utilizada por diversos autores (Ericson & Wollin, 1968; Kennett & Huddleston, 1972; Prell & Damuth, 1978; Thunell, 1984; Martin et al., 1990; Vicalvi 1997, 1999; Sanjinés, 2006).

24 14 Figura 7 Fluxograma de preparo das amostras. a) Etapas realizadas no Laboratório da gerência de Bioestratigrafia e Paleoecologia (BPA), do CENPES/PETROBRAS; b) Etapas realizadas no Laboratório de Sedimentologia, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). O preparo das amostras iniciou-se no Laboratório da gerência de Bioestratigrafia e Paleoecologia (BPA), do CENPES/PETROBRAS, no Rio de Janeiro (Figura 7a). Inicialmente, as amostras foram despejadas, separadamente, em uma peneira de malha de 62µm, lavadas em água corrente e posteriormente levadas à estufa com temperatura em torno de 60ºC para secagem. Após a secagem, as amostras foram separadas e colocadas em sacos plásticos, sendo posteriormente etiquetadas com o número do poço (testemunho), número da amostra e intervalo do poço. Esse material foi cedido pela PETROBRAS e enviado a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) onde, no Laboratório de Sedimentologia, do Departamento de Geociências, foi dado prosseguimento ao preparo (Figura 7b). As amostras foram novamente peneiradas à seco com malha de 125µm, em seguida separadas e colocadas em novas embalagens plásticas (Figura 8). As peneiras foram limpas no intervalo de um peneiramento para o outro, com o auxílio de pincel e compressor de ar.

25 15 Figura 8 Processo de peneiramento das amostras em malha 125µm. Posteriormente, o resíduo das amostras foi despejado no quarteador e dividido em partes fracionadas (Tabela 2). O procedimento foi repetido até que se obtivesse uma contagem mínima representativa de 300 espécimes de foraminíferos. Em seguida, o resíduo foi despejado numa bandeja e observado em lupa binocular (marca Leica, modelo MZ APO) para a contagem do número total de foraminíferos planctônicos e bentônicos presentes. Feito isto, com o auxílio de pincel úmido, cada foraminífero foi retirado do sedimento e colocado em uma célula, e aqueles que foram considerados relevantes para as análises bioestratigráficas foram novamente triados e armazenados em uma outra célula para posteriores análises qualitativas e quantitativas (Figura 9).

26 16 Figura 9 A fotografia mostra o processo de triagem dos foraminíferos planctônicos, com auxílio de lupa binocular. 5.3 Tipos de Análises Análise Qualitativa A análise qualitativa realizada no presente estudo foi em dividida em três etapas. A primeira etapa baseou-se na identificação dos foraminíferos de um modo geral, tendo em vista a diferenciação e a separação dos mesmos do material preparado. Na etapa seguinte, os foraminíferos planctônicos e bentônicos foram identificados separadamente a partir daqueles selecionados na etapa anterior. Na terceira e última etapa, foi feita a identificação e a classificação taxonômica dos espécimes de foraminíferos planctônicos considerados relevantes para o Quaternário, quanto às interpretações bioestratigráficas (Ericson & Wollin, 1968; Kennett & Huddlestun, 1972; Prell & Damuth, 1978; Thunnel, 1984; Vicalvi, 1997, 1999). A análise taxonômica dos espécimes de foraminíferos planctônicos baseou-se nos trabalhos de Stainforth et al. (1975), Bolli & Saunders (1985), Loeblich & Tappan (1988).

27 17 Os foraminíferos, de uma forma geral, apresentaram-se muito bem preservados, a exceção de raros espécimes de planctônicos com tecas fragmentadas e/ou de bentônicos que apresentaram sinais de corrosão. Cabe ressaltar que o registro fotográfico das amostras necessitou ser cancelado, em função da falta de recursos para a realização das fotografias em microscópio eletrônico de varredura. Assim, o co-orientador e bioestratígrafo Antônio Sanjinés disponibilizou, gentilmente, algumas fotografias de seu trabalho, para a ilustração dos mesmos espécimes observados neste trabalho de conclusão de curso Análise Quantitativa Após o quarteamento, a análise quantitativa definiu o número dos foraminíferos planctônicos e bentônicos por amostra, a partir da contagem dos espécimes. No processo de quarteamento buscou-se uma fração que contivesse o número mínino de 300 foraminíferos, que segundo Chang (1967), este número é representativo de uma fauna, e não mais do que 600 espécimes, pois indicaria a necessidade de um novo quarteamento. O grupo de foraminíferos planctônicos, considerados relevantes para este trabalho (vide item 5.3.1) foram contados separadamente por amostra, e nelas foi obtida a proporção de cada espécie e sua correlação, determinando desta forma, as associações que definiram as biozonas (Tabela 2). Os foraminíferos bentônicos não foram aqui utilizados de forma a definir critérios bioestratigráficos e paleoclimáticos, mas sim de forma a auxiliar essas interpretações por intermédio dos dados obtidos na análise quantitativa desse grupo. Tendo em vista que o número de vezes de quarteamento pode variar de uma amostra para outra, foi realizado um cálculo de freqüência relativa de modo obter a porcentagem de foraminíferos bentônicos e dos espécimes de foraminíferos planctônicos padronizados, a serem estudados por amostra (Tabela 2). Para o cálculo da freqüência relativa de foraminíferos bentônicos (FRB) por amostra, foi utilizado o número de foraminíferos bentônicos (Fb), divididos pelo número total de foraminíferos bentônicos + planctônicos (Ft). A freqüência relativa para as espécies de foraminíferos planctônicos (FREP) foi obtida pela divisão do número de indivíduos de cada espécie de foraminíferos planctônicos (EFP) pelo número total de foraminíferos planctônicos (FtP), por amostra (Sanjnés, 2006). Fórmulas: FRB = Fb/Ft x 100 e FREP = EFP/Ftp x 100, respectivamente.

28 18 Tabela 2- Resultados das análises quantitativas do poço GL- 451

29 19 6. BIOESTRATIGRAFIA DO QUATERNÁRIO No desenvolvimento de um trabalho bioestratigráfico, a subdivisão do tempo geológico em zonas e subzonas é a resposta da análise de eventos evolucionários irreversíveis, tais como primeiro e último aparecimento de uma determinada espécie (Vicalvi, 1999). Na história do tempo geológico, muitos foram os fatores que promoveram extinções e proporcionaram o surgimento de novas espécies, tais como eventos de extinções em massa (Permiano e Cretáceo) e a explosão de vida do Cambriano. O primeiro evento evolucionário irreversível que ocorreu com os foraminíferos foi o surgimento dos foraminíferos bentônicos no Cambriano. E o último evento foi o aparecimento de Globorotalia truncatulinoides (1,9 milhões de anos) e o último aparecimento de Globigerinoides obliquus (1,7 milhões de anos), utilizados para marcar o limite Plioceno/Pleistoceno (Thunell, 1984). O Quaternário contempla as épocas Pleistoceno (1,806 a 0,0118 Ma.) e Holoceno (0,0118 Ma até o presente (Ogg, 2006), tratando-se assim de um curto período na história geológica da Terra. Desta forma, a análise bioestratigráfica deve obedecer outros parâmetros que não somente eventos evolucionários irreversíveis como, por exemplo, eventos migracionais não-evolucionários e respostas às mudanças climáticas, geralmente de caráter regional, partindo-se do princípio que segundo Vicalvi (1999), para este intervalo, poucas espécies são necessárias para estudo bioestratigráfico ao longo de uma seção do Quaternário superior. Assim, o principal trabalho de zoneamento bioestratigráfico do Quaternário foi desenvolvido por Ericson e Wollin (1968), que estudaram 10 testemunhos do Atlântico Equatorial baseando-se, principalmente, na presença e ausência de Globorotalia menardii, como resposta as mudanças climáticas, além da direção do enrolamento da G. truncatulinoides. A divisão dos depósitos marinhos em biozonas foi representada por letras do alfabeto, de Q a Z (do mais velho para o mais novo), onde Q, S, U, W, Y representam intervalos glaciais. Já os intervalos interglaciais foram representados pelas letras R, T, V, X enquanto que a letra Z é representativa do atual intervalo pós-glacial. Kennett & Huddlestun (1972) fizeram uma detalhada análise bioestratigráfica e paleoclimática correspondente ao Quaternário superior (últimos anos) a partir da coleta de 28 testemunhos a pistão, provenientes da porção oeste do Golfo do México. Neste trabalho, os autores identificaram as espécies do Plexo Globorotalia menardii e Pulleniatina obliquiloculata como sendo as mais sensitíveis a águas quentes, e as espécies Globorotalia inflata e Globigerina falconensis como as mais sensitíveis a águas frias. Desta forma, os autores reconheceram cinco das dez zonas de Ericson & Wollin (1968), de V a Z, e dividiram estas em 18 subzonas, W (2 e 1), X (5 a 1), Y (8 a 1) e Z (2 e 1), com base na variação da freqüência dessas principais espécies como reflexo das mudanças climáticas. Outro importante destaque na pesquisa dos referidos

30 20 autores é o desaparecimento da espécie G. menardii flexuosa no final do último episódio interglacial (datum YP.1) do Pleistoceno, datado por Damuth (1975) em 84 Ka aproximadamente. Outro datun importante e que também será usado na presente pesquisa é o último reaparecimento de Pulleniatina obliquiloculata, na porção superior da zona Y de Ericson & Wollin (1968). Esse reaparecimento foi datado (15 Ka aproximadamente) e definido por Bé et al. (1976) por intermédio da análise dos registros sedimentares do Quaternário, provenientes de 7 testemunhos de mar profundo do Atlântico Equatorial. Os referidos autores ainda estabeleceram a correlação dos períodos de águas frias e quentes com mínimos e máximos de carbonatos, respectivamente. Além do datun definido pelo reaparecimento da Pulleniatina obliquiloculata, ao longo da Zona Y, é registrado o desaparecimento constante deste foraminífero nos sedimentos do Atlântico Equatorial. Segundo Prell & Damuth (1978), esses desaparecimentos ocorrem em função do aumento da salinidade da superfície da águas do oceano, devido à expansão das geleiras. Esta, por sua vez, eleva a concentração de sal nos oceanos, à medida que suas águas são transferidas para as geleiras continentais. O último desaparecimento da Pulleniatina obliquiloculata estipula um interessante biohorizonte em meados do último glacial designado pelos referidos autores por YP.obliq., e datado para o Atlântico Equatorial em aproximadamente anos. Na Bacia de Campos, a PETROBRAS, no intuito de aumentar a viabilização da exploração de petróleo, patrocinou importantes pesquisas de detalhamento bioestratigráfico do Quaternário com base em foraminíferos planctônicos, dentre as quais destacam-se para o presente estudo os trabalhos de Vicalvi (1997, 1999) e Sanjinés (2006). Vicalvi (1997, 1999) determinou um importante zoneamento bioestratigráfico para a Bacia de Campos. Nele foram utilizados dados como, por exemplo, datações absolutas, bioeventos, contagem estatística, além da subdivisão das zonas X, Y e Z de Ericson e Wollin (1968). Nessa subdivisão, a zona X (interglacial) foi dividida nas subzonas X1 a X11, e a zona Z em Z1 e Z2. Ambas as divisões foram feitas através do cálculo da abundância relativa de Globorotalia menardii. Os trabalhos de Vicalvi são complementares, a exemplo da zona Y, que em seu trabalho de 1997 foi dividida em Y2 e Y1. Já, em 1999, este mesmo intervalo foi dividido em cinco subzonas Y5 a Y1. Estas definições foram realizadas com base na presença/ausência e/ou abundância relativa de Pulleniatina obliquiloculata. Tendo em vista o desaparecimento da espécie Pulleniatina obliquiloculata na zona Y, o referido autor caracterizou três horizontes com tais características e os nomeou da seguinte forma: o limite X/Y(Y5) com idade de 84 Ka AP, foi chamado de primeiro bio-horizonte P. obliquiloculata (YP.1); o limite Y4/Y3 com idade entre 74,4Ka e 67,7Ka AP, foi atribuído a definição de segundo bio-horizonte P. obliquiloculata (YP.2); e o antigo bio-horizonte de Kennett & Huddlestun (1972) no limite Y2/Y1, foi definido como terceiro bio-horizonte P. obliquiloculata (YP.3), com idades que variaram entre 45Ka e 42Ka AP.

31 21 Sanjinés (2006) realizou um minucioso trabalho na Bacia de Campos, a partir da análise de 222, amostras provenientes de três testemunhos a pistão. Neste trabalho, a partir das zonas propostas por Ericson e Wollin (1968) e das subzonas propostas por Vicalvi (1997, 1999), o autor reconheceu 20 zonas distintas de foraminíferos planctônicos, desde a Zona W (glacial) até a Zona Z (pós-glacial). As zonas assim reconhecidas tiveram suas características adaptadas as exigências do código estratigráfico NASC (2005), fato inédito dentre os outros autores citados neste capítulo. Na Zona Y, o referido autor propôs a nomenclatura utilizada para referenciar o evento YP.4 (15 Ka), quarto bio-horizonte de Pulleniatina obliquiloculata, que marca o limite entre as subzonas Y1B e Y1B de Vicalvi & Kowsman (2003, apud Sanjinés, 2006). Além de sugerir que as variações de Globorotalia crassaformis devem ser consideradas como dado relevante ao definir a Subzona Y4 (Zona Y) e as Subzonas X3 e X2 (Zona X). 6.1 Refinamento Bioestratigráfico Para o Pleistoceno/Holoceno da Bacia de Campos Como já descrito no capítulo anterior, dentre os trabalhos desenvolvidos para o intervalo Pleistoceno - Holoceno na Bacia de Campos destacam-se, para presente pesquisa, os trabalhos de Vicalvi (1997, 1999) e Sanjinés (2006), que serviram de base as análises bioestratigráficas que serão posteriormente apresentadas neste trabalho (Cap. 7, Figura 10). As biozonas identificadas e modificadas por estes autores estão descritas brevemente, a seguir: Zona W (Pleistoceno) Representa um intervalo glacial de curta duração (38 Ka). Broecker & Van Dock (1970) datou radiometricamente os contatos desta zona, onde o contato inferior com a Zona V foi datado em 165 Ka, e o contato superior com a Zona X em 127 Ka. Esta Zona tem como principais características os baixos percentuais e ausências de formas de águas quentes, tais como as menardiformes e Pulleniatina, e ausência de Globorotalia flexuosa. As formas de águas frias G. inflata e G. truncatulinoides mostram-se em proporções variáveis. A presença de espécie G. crassaformis está também marcada nesta biozona, de forma constante. Kennett & Huddlestun (1972) dividiram a Zona W em subzonas W2 e W1. A subzona W2 é caracterizada pela presença de G. truncatulinoides e G. crassaformis, pelas baixas freqüências dos plexos menardii e Pulleniatina. Próximo ao contato com W2/W1, ocorre um abrupto aumento na freqüência de G. inflata. A Subzona W1 é marcada altos níveis de G. inflata e G. truncatulinoides. Zona X (Pleistoceno) Está unidade tem o seu contato inferior com a Zona W datado em 127 Ka e o contato superior com a Zona Y datado em 84 Ka (Broecker & Van Dock, 1970; Damuth, 1975). Esta biozona representa um intervalo relativamente quente (interglacial), com ocorrência de curtos períodos mais frios. Esta Zona é caracterizada pela consistente presença do Plexo G. menardii, incluindo G. m. flexuosa como espécie mais importante do grupo, além de outras espécies indicativas de águas quentes como o plexo Pulleniatina. As espécies indicativas

32 22 de águas frias G. inflata e G. truncatulinoides são registradas com algum significado em certos intervalos desta zona. O número de G. crassaformis decresce em relação à zona W. A base desta zona é marcada pelo desaparecimento da G. inflata, enquanto que o topo registra o desaparecimento do plexo G. menardii e um evento distinto e valioso que registra a última ocorrência de G. m. flexuosa (Kennett & Huddlestun, 1972), datado em 84 Ka (Damuth, 1975). As oscilações nos percentuais das espécies de menardiformes, causadas por curtos períodos mais frios, possibilitaram a divisão da Zona X em 11 subzonas para a Bacia de Campos. As subzonas identificadas com números ímpares (X11, X9, X7, X5, X3 e X1) apresentam os maiores percentuais de G. menardii (acima de 5%) e representam os períodos mais quentes dentro da última zona interglacial, contrariamente às subzonas identificadas com números pares (X10, X8, X6, X4 e X2), que representam intervalos de clima mais frio, com os menores percentuais desta unidade (abaixo de 5%). Zona Y (Pleistoceno) Esta zona representa o último episódio glacial, com duração de 84 Ka (Damuth, 1975) a 11 Ka (Broecker et al., 1960), idades estas que caracterizam o contato inferior com a Zona X e superior com a Zona Z, respectivamente. Vicalvi (1999) verificou que o plexo Pulleniatina aparece e reaparece ao longo deste último intervalo glacial, e com base nestes dados este autor realizou a subdivisão desta zona em cinco subzonas, de Y5 a Y1. Além da referida espécie, a fauna de foraminíferos planctônicos está caracterizada pela ausência do plexo menardii, a exceção de pequenas oscilações na parte basal desta zona, e pela alta freqüência das formas de águas frias G. inflata e G. truncatulinoides. Neste intervalo, a espécie G. crassaformis apresenta altas freqüência na parte basal, e com oscilações de baixa freqüência em direção ao topo. Zona Z (Holoceno) Representa um intervalo pós-glacial, de 11 Ka (Broecker et al., 1960). Este intervalo assinala o retorno de águas oceânicas mais quentes, após o ultimo glacial, indicado pelo reaparecimento das menardiformes. É ausência ou fraca expressão das espécies G. inflata, G. truncatulinoides são significativas somente próximas ao limite com o Pleistoceno, tornando-se um dos seus indicadores. A espécie G. fimbriata está representada e sua ocorrência limita-se ao intervalo Holoceno. Os baixos percentuais, em geral, caracterizam e registram a presença da espécie G. crassaformis. Esta zona é dividida em duas subzonas, Z1 e Z2, baseadas nos percentuais do plexo menardii, sendo a subzona Z2 com a fauna total entre 3% e 7% e Z1 entre 1% e 3% (Vicalvi, 1999).

33 23 Figura 10 Esquema do biozoneamento do Pleistoceno superior e Holoceno, dos trabalhos realizados por Ericson & Wollin (1968); Kennet & Hudleston (1972); Vicalvi (1999) e Sanjinés (2006), (modificado de Sanjinés, 2006).

34 24 7. RESULTADOS E DISCUSSÕES Neste capítulo serão apresentados os dados obtidos na presente pesquisa, que geraram os resultados da análise e interpretação bioestratigráfica do testemunho GL-451 (Bacia de Campos), proporcionando assim o estabelecimento de zonas e subzonas bioestratigráficas, com base naquelas propostas por Ericson & Wollin (1968), Kennett & Huddlestun (1972) e Vicalvi (1997, 1999). 7.1 Resultados Análises Qualitativas No presente trabalho, no que diz respeito aos processos das análises qualitativas (vide Cap. 5, item 5.3.1) foram reconhecidas as seguintes espécies de foraminíferos planctônicos: Globorotalia menardii menardii (Parker, Jones & Brady), Globorotalia menardii flexuosa (Koch) e Globorotalia túmida (Brady), Globorotalia inflata (d Orbigny), G. truncatulinoides (d Orbigny), plexo Pulleniatina: Pulleniatina obliquiloculata (Parker & Jones), Pulleniatina primalis (Banner Blow), Pulleniatina finalis (Banner Blow), Globorotalia crassaformis (Golloway & Wissler) e Orbulina universa d Orbigny (Tabela 2) Análises Quantitativas A partir destas informações foram realizadas as análises quantitativas (vide Cap. 5, item 5.3.2) e, desta forma, foram elaborados um total de 10 gráficos da variação de frequência relativa (Figura 11), sendo 3 destes designados aos grupos: plexos Globorotalia menardii e Pulleniatina e o total de foraminíferos bentônicos, e os outros 7 gráficos designados a cada uma destas espécies identificadas e citadas individualmente. Todos estes gráficos relatam tais variações ao longo do testemunho Análises e Interpretações Bioestratigráficas A análise minuciosa da correlação gráfica das freqüências relativas dos grupos e das espécies de foraminíferos planctônicos no testemunho permitiu a identificação, na ordem decrescente de idade, das Zonas W, X, Y e Z de Ericson e Wollin (1968), e dentro destas zonas as Subzonas W2 e W1 de Kennett & Huddlestun (1972) e as Subzonas X2, X1, Y5, Y4, Y3, Y2 e Y1 de Vicalvi (1999; Figura 12). Verificou-se a ausência das Subzonas X3 a X11, Z1 e Z2 (Figura 13). Abaixo, segue a descrição de cada zona e subzona identificada neste trabalho:

35 25 Figura 11 Frequência relativa das espécies e grupos de foraminíferos correlacionados as respectivas idades, litologias e arcabouço bioestratigráfico.

36 26 Figura 12 Arcabouço Bioestratigráfico do Poço GL-451.

37 27 A) Zona W (intervalo cm) A Zona W se estende da base do testemunho (1961cm, cortador) até 1585cm de profundidade. A sua litologia é constituída de forma dominante por lama levemente carbonática (LL), sendo limitada nos extremos inferior e superior por areia siliciclástica lamosa (ASL) e margas (MG), respectivamente. Esta variação litológica reflete uma importante mudança na freqüência dos foraminíferos bentônicos, tendo em vista que no intervalo que compreende a (ASL) é constatada a maior razão de bentônicos por total de foraminíferos do testemunho, representada por 33,08 % no intervalo de 1675 cm. Nesta zona são observadas altas freqüências de G. truncatulinoides, enquanto a G. inflata é encontrada em menores proporções; porém, a oscilação da freqüência dessas espécies mostrase contrária a fauna de foraminíferos bentônicos. Os valores das freqüências dos foraminíferos planctônicos para este intervalo são: - G. inflata (zero a 2,75%); - G. truncatulinoides (0,28 a 5,75%); - G. crassaformis (zero a 3,50%); - Orbulina universa (zero a 0,76%); - Plexo menardii, observado de forma escassa em apenas dois níveis: 1961 e 1570cm; - Fauna de foraminíferos bentônicos (1,60 a 33,08%). O comportamento desta zona condiz com aquela proposta por Kennett e Huddlestun (1972), para a subdivisão da Zona W nas Subzonas W2 e W1. Todavia, na presente pesquisa, a Subzona W1 comporta-se de maneira um pouco distinta da sugerida pelos referidos autores. Neste intervalo é observado somente o aumento da G. inflata, enquanto que a G. truncatulinoides tem sua freqüência reduzida em relação à subzona anterior. A redução na freqüência dos foraminíferos bentônicos também foi utilizada como critério para a subdivisão desta zona, já que a sua redução mostrou-se concomitante ao aumento de G. inflata (Tabela 2). A.1) Subzona W2 (intervalo cm): esta subzona tem sua litologia caracterizada por areia siliciclástica lamosa (ASL) até 1650cm. A partir deste nível até o topo desta subzona a lama levemente carbonatada (LL) é predominante. A microfauna de foraminíferos observados neste intervalo é dada por:

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