U N I V E R S I D A D E D E S Ã O P A U L O

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1 U N I V E R S I D A D E D E S Ã O P A U L O Escola de Engenharia de Lorena EEL SISTEMA NORMATIVO NORMA DE SEGURANÇA DO TRABALHO ROTULAGEM PREVENTIVA DE PRODUTOS QUÍMICOS SSNS NS / CCL Nº 06 GSMT R E V 00 SUMÁRIO FL 1. OBJETIVO DOCUMENTOS COMPLEMENTARES DEFINIÇÕES PRINCÍPIOS BÁSICOS EXTRATO DA LEGISLAÇÃO EXISTENTE SIMBOLOGIA E TERMINOLOGIA DE RISCO A SEREM UTILIZADAS NOS RÓTULOS PREVENTIVOS ROTULAGEM PREVENTIVA EM EMBALAGENS DE PRODUTOS QUÍMICOS RECEBIDOS, FABRICADOS E PROCESSADOS INTERNAMENTE ROTULAGEM PREVENTIVA NO ARMAZENAMENTO DE GRANDES QUANTIDADES DE PRODUTOS QUÍMICOS ROTULAGEM EM FRASCOS DE LABORATÓRIO RECIPIENTES VAZIOS CASOS ESPECIAIS...07 APROVAÇÃO NS 06-01

2 02 1. OBJETIVO Esta Norma de Segurança do Trabalho (NS) tem por objetivo estabelecer nas Áreas I e II da Escola as instruções para a verificação, controle e colocação de rótulos de natureza preventiva em todas as embalagens (caixas, tambores, latas, garrafas, garrafões, frascos, etc), recipientes, tanques, cubas, etc de produtos químicos utilizados. Não inclue a rotulagem prevista para os meios de transporte. 2. NORMAS E DOCUMENTOS COMPLEMENTARES 2.1.Lei NR de 22 de dezembro de 1977, Art NR-26 Sinalização, do MTE. 2.3.Decreto NR. 2657, de 03 de julho de Promulga a Convenção n 170 da DIT, relativa à Segurança na Utilização de Produtos Químicos no Trabalho. 2.5.Decreto NR de 18 de maio de Aprova o regulamento para o transporte rodoviário de produtos perigosos e dá outras providências. 2.6.Portaria NR. 18 de 06 de janeiro de 1984, do Ministério dos Transportes. 2.7.NBR-7500 Transporte, Armazenamento e Manuseio de Materiais. 2.8.NBR-7502 Transporte de Cargas Perigosas 2.9.NBR-8286 Emprego de Simbologia para o Transporte de Cargas Perigosas FIS 001, Riscos de Produtos Químicos-EEL Guia para Rotulagem Preventiva de Produtos Químicos Perigosos, da Fundacentro. 3. DEFINIÇÕES 3.1.Rotulagem preventiva é a colocação de rótulos nas embalagens e recipientes de substâncias consideradas de risco mais acentuado, contendo indicações preventivas apropriadas, expressas de maneira tão simples e concisa, quanto possível. 3.2.Produtos químicos perigosos e/ou nocivos à saúde são aqueles que, pelas suas características, sejam perigosos ou representem riscos para a saúde de pessoas, para a segurança pública e para o meio ambiente. Constam de relação da Norma Brasileira NBR Produtos processados internamente são os recebidos que passam por operações diversas antes de sua utilização final ou aqueles fabricados que irão ser utilizados como matéria-prima em outros processos. NS 06 / 02

3 Simbologia de risco é aquela padronizada de natureza simples, que através de figuras, símbolos e números apresentados em cores vivas consiga transmitir facilmente ao usuário, um conhecimento mínimo sobre os riscos existentes. 3.5.Terminologia de risco é o conjunto de palavras e frases padronizadas, de natureza concisa e de fácil compreensão utilizadas na indicação e prevenção de riscos. 4. PRINCÍPIOS BÁSICOS 4.1.Quanto mais se conhece um produto químico, maiores são as possibilidades de se manipulá-lo seguramente. Muitos são os acidentes provenientes do desconhecimento total do produto que se manipula. 4.2.Uma boa identificação, inclusive com informações orientativas, é o primeiro passo para se evitar acidentes devido à manipulação e estocagem de um produto químico. 4.3.Cada produto químico representa um problema distinto e deve ser encarado individualmente, segundo as suas próprias características. Não se pode tirar conclusões, a bem da segurança, sobre os riscos de um produto, com base nas propriedades dos materiais constituintes ou por analogias baseadas na estrutura química. 4.4.Todas as instruções nos rótulos preventivos deverão ser breves, precisas, redigidas em termos simples e de fácil compreensão. 4.5.A rotulagem preventiva deve ser utilizada apenas quando necessário e na proporção adequada. A linguagem deve ser prática, não se baseando somente nas propriedades inerentes a um produto, mas dirigida de modo a evitar os riscos razoavelmente previsíveis resultantes do uso, manipulação e armazenamento do produto. O uso de rótulos preventivos para produtos relativamente inofensivos ou o uso de palavras desnecessárias podem ocasionar a desatenção aos textos preventivos, anulando o seu objetivo de fornecer informação adequada sobre os riscos. 4.6.A fim de se obter maior entendimento através de padronização, é desejável que rótulos para diferentes produtos tenham uma uniformidade na linguagem indicativa de riscos ou graus de riscos iguais. 4.7.A imediata e perfeita identificação de produtos químicos e seus riscos, nos seus locais de armazenamento e uso, representa um fator importantíssimo não só em termos de organização e produtividade, como também no planejamento e desenvolvimento de ações de emergência de qualquer natureza. 5. EXTRATOS DA LEGISLAÇÃO EXISTENTE 5.1.Lei NR de 22 Dez 77. Art Os materiais e substâncias empregados, manipulados ou transportados nos locais de trabalho, quando perigosos ou nocivos à saúde, devem conter nos rótulos, sua composição, NS 06 / 03

4 recomendações de socorro imediato e o símbolo de perigo correspondente, segundo a padronização internacional. 04 Parágrafo único. Os estabelecimentos que mantenham as atividades previstas neste artigo afixarão nos setores de trabalho atingidos, avisos ou cartazes com advertência quanto aos materiais e substâncias perigosas ou nocivas à saúde. 5.2.NR-26 Sinalização de Segurança Rotulagem preventiva A rotulagem dos produtos perigosos ou nocivos à saúde deverá ser feita segundo as normas constantes deste item. Observações: O constante deste item é um resumo do existente no livro Guia para Rotulagem Preventiva de Produtos Químicos Perigosos da Fundacentro. 5.3.Decreto NR de 06 de outubro de Aprova o Regulamento para a execução do serviço de transporte rodoviário de cargas ou produtos perigosos e dá outras providências. Seção II. Das Cargas e seus Acondicionamentos. Art. 30. Os produtos fracionados devem estar devidamente rotulados, etiquetados e marcados de acordo com a correspondente classificação e o tipo de risco. 5.4.Portaria nr. 18 de 06 de Janeiro de 1984 do Ministério do Transporte. I Incorporar as seguintes normas à regulamentação para a execução do serviço de transporte rodoviário de cargas ou produtos perigosos: NBR-8285, NBR-8286, Emenda NR. 01 à NBR-7500, Emenda nr. 01 à NBR-7502 e Emenda nr. 01 à NBR Decreto nr de 18 de Maio de Aprova o Regulamento para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos e dá outras providências. Capítulo IV. Dos Deveres, Obrigações e Responsabilidades. Seção II. Do Contratante, do Expedidor e do Destinatário. Art. 36 Parágrafo único. O expedidor entregará ao transportador os produtos perigosos fracionados devidamente rotulados, etiquetados, e marcados, assim como os rótulos de risco e os painéis de segurança para uso nos veículos, informando ao condutor as características dos produtos a serem transportados. NS 06 / 04

5 Decreto nr 2657, de 03 de julho de Artigo 7 Rotulação e Marcação. 1) Todos os produtos químicos deverão portar uma marca que permita a sua identificação. 2) Os produtos químicos perigosos deverão portar, ainda, uma etiqueta facilmente compreensível para os trabalhadores, que apresente informações essenciais sobre sua classificação, os riscos que oferecem e as precauções de segurança que devam ser observadas. 6. SIMBOLOGIAS E TERMINOLOGIAS DE RISCO A SEREM UTILIZADAS NOS RÓTULOS PREVENTIVOS 6.1.Simbologias de risco Em princípio serão utilizadas as seguintes simbologias de risco: Simbologia internacional (ONU) de risco constando de losangos com figuras e cores padronizadas, de acordo com a seguinte classificação dos produtos. Classe 1 Explosivos Classe 2 Gases Classe 3 Líquidos Inflamáveis Classe 4 Sólidos Inflamáveis Classe 5 Substâncias Oxidantes e Peróxidos Orgânicos Classe 6 Substâncias Venenosas, Tóxicas ou Infectantes Classe 7 Substâncias Radioativas Classe 8 Corrosivos Classe 9 Substâncias Perigosas Diversas Maiores detalhes constam da NBR Diamante de Hommel Trata-se de sistema praticamente idêntico ao da NFPA (National Fire Protection Association), já descrito no Folheto de Informação de Segurança - FIS nr Riscos de Produtos Químicos, e em uso em MINI-FIS, outros FIS, placas, etc. Consta de um losango dividido em quatro quadrados, cada um de uma cor e específicos para o registro da gradação dos riscos de inflamabilidade, à saúde, reatividade e condições adversas especiais. O GSMT deve providenciar a colocação de placas em todos os setores usuários de produtos químicos, com a explicação sumária do conteúdo do Diamante de Hommel. 6.2.Terminologia de Risco A simples colocação de simbologia de risco nem sempre é suficiente para o completo controle dos riscos envolvidos no manuseio de produtos químicos. Assim torna-se necessária em determinados casos a colocação de um rótulo, de palavras de advertência, relacionadas com o grau de risco, indicações de riscos, medidas preventivas e instruções diversas. (Primeiros Socorros, combate a incêndio, controle de derrames ou vazamentos, etc). 7. ROTULAGEM PREVENTIVA EM EMBALAGENS DE PRODUTOS QUÍMICOS RECEBIDOS, FABRICADOS E PROCESSADOS INTERNAMENTE. 7.1.Introdução NS 06 / 05

6 Em princípio, os rótulos preventivos em embalagens de produtos a serem utilizados na Escola deverão se basear no constante na NR-26 Sinalização, na NBR-7500 e no texto desta norma, com as devidas adaptações O constante da NR-26 como já citado, é melhor detalhado na publicação Guia para Rotulagem Preventiva de Produtos Químicos Perigosos da Fundacentro. 7.2.Produtos recebidos Em princípio, as embalagens de produtos químicos perigosos e/ou nocivos à saúde (PQP) já devem vir dos seus fabricantes ou fornecedores devidamente rotuladas Cabe ao Almoxarifado verificar a existência destes rótulos e em caso de dúvida ou constatação de deficiências, informar ao GSMT As providências para a regularização da rotulagem preventiva de produtos recebidos ficarão a cargo do GSMT/Almoxarifado Produtos perigosos e/ou nocivos à saúde só podem deixar o Almoxarifado caso contenham na sua embalagem, no mínimo, o seu nome, a simbologia internacional de classificação de risco e o Diamante de Hommel Produtos de consumo geral, de nenhum ou muito baixo risco, como tintas, detergentes domésticos, etc, podem ficar com a identificação do fabricante. 7.3.Produtos fabricados Todos os produtos perigosos e/ou nocivos à saúde, que venham a ser fabricados na Escola devem ser colocados em embalagens aprovadas pelo GSMT e devidamente rotuladas conforme previsto na legislação Cabe ao GSMT a montagem dos dizeres necessários no rótulo, seguindo a legislação vigente e o livro Guia para Rotulagem Preventiva de Produtos Químicos Perigosos, com as devidas adaptações Os Setores deverão avaliar as quantidades necessárias de rótulos e providenciar sua confecção internamente (via computador), ou externamente Produtos processados internamente Produtos processados internamente podem ser colocados em embalagens com rótulos simplificados, contendo no mínimo, o nome do produto e o símbolo internacional de classificação de riscos ou o Diamante de Hommel Somente com autorização do GSMT poderão ser utilizadas embalagens sem rótulos, desde que haja, no mínimo uma identificação através da colocação de placas indicadoras de risco junto aos locais de uso ou armazenamento do produto As embalagens destes produtos devem ser aprovadas pelo GSMT. NS 06 / 06

7 07 8. ROTULAGEM PREVENTIVA NO ARMAZENAMENTO DE GRANDES QUANTIDADES DE PRODUTOS QUÍMICOS 8.1.Rotulagem preventiva em tanques Os tanques de armazenamento de produtos químicos, caso sejam instalados, têm que ser devidamente identificados de forma que qualquer servidor conheça seu conteúdo e seus riscos Esta identificação deve ser feita através de rótulos tamanho JUMBO (2x1m) ou menores, colocados em suportes próximos dos tanques. 8.2.Rotulagem preventiva em cubas Normalmente estas cubas contem soluções componentes de algum processo. A não ser em casos especiais, cada cuba deve ter uma placa contendo, no mínimo, o nome do produto e uma simbologia de risco. Caso possível, a placa deve ser um rótulo de tamanho maior Outra possível solução é a pintura na própria cuba das inscrições citadas no item anterior. 8.3.Rotulagem preventiva em depósitos ou junto aos locais de uso Nos casos em que os produtos recebidos não contenham rótulos ou os mesmos sejam inadequados ou pouco visíveis, deve haver uma complementação de informação Como a solução de colocação de rótulos pela própria Escola nem sempre é viável, uma outra solução que atende muito bem ao previsto no item 4.7, é a colocação de suportes com pedestal na frente das pilhas ou suportes menores em cima das mesmas, com a finalidade de conterem rótulos de tamanho maior que, pela sua terminologia de risco ou simplesmente pela simbologia de riscos, permitam uma imediata e completa identificação dos riscos envolvidos. 8.4.Armazenamento ao ar livre Em princípio adotar-se-á a solução de Rótulos JUMBO (item 8.1.2) ou a colocação de rótulos em suportes com pedestal (item 8.3.2). 8.5.Rotulagem preventiva em tambores (100l 200l, etc...). O GSMT deve ser consultado em qualquer caso, para definir o tipo de rótulo a ser colocado. 9. ROTULAGEM EM FRASCOS DE LABORATÓRIO. 9.1.Devido à grande variedade de tipos e tamanhos de frascos de laboratório, torna-se difícil uma padronização em termos de rotulagem preventiva. 9.2.Para frascos de vidro, adotar-se-á, em princípio, os seguintes critérios básicos: NS 06 / 07

8 08 1) Toda solução química preparada em laboratórios, para seu próprio uso ou de uso de outro Setor, deve conter um rótulo com: nome da solução, concentração, uso específico, quando não for de uso geral, data de preparação e validade (quando for preciso), fator estequiométrico (quando for necessário). 2) Quando a solução química for considerada de pequeno risco (valores de risco menores ou igual a 1 em todos os três aspectos do Diamante de Hommel), não há necessidade de acrescentar simbologia de risco e terminologia de risco. 3) Quando a solução química for considerada de risco moderado ou maior (valores de risco maiores ou igual a 2 em pelo menos um dos aspectos do Diamante de Hommel), deverá ser acrescentado do rótulo, no mínimo o Diamante de Hommel. Conforme o tamanho do recipiente ou os riscos envolvidos, poderá constar do rótulo a simbologia internacional de riscos e terminologia de riscos. 9.3.Conforme o caso, a simbologia e terminologia de risco podem ser fixadas no frasco separadamente do rótulo indicativo do produto, formando rótulo específico de riscos. 9.4.Os frascos de produtos químicos adquiridos normalmente apresentam simbologia e terminologia de riscos adequadas. Nestes casos, conforme a classificação de risco do produto só haverá necessidade de se acrescentar o Diamante de Hommel. No entanto, se for julgado adequado acrescentar novas informações, deve-se avaliar a necessidade de se colocar um novo rótulo preventivo feito na Escola. 9.5.Cabe ao GSMT elaborar uma listagem de todos os produtos utilizados em laboratórios, com a respectiva classificação de risco através do Diamante de Hommel e disponibiliza-lo no Site da Escola. 9.6.Cabe ao GSMT apresentar todas as informações necessárias aos laboratórios para que os mesmos, sob sua responsabilidade, possam fazer a rotulagem necessária, de tal maneira a não existir qualquer frasco sem a devida Rotulagem. 10. RECIPIENTES VAZIOS Em princípio, recipientes (tambores, bombonas, etc) maiores ou recicláveis, normalmente sem condições de se visualizar o seu conteúdo, devem ser identificados quando vazios, visando melhor controle dos riscos envolvidos (presença de vapores nos casos de inflamáveis, e de vestígios tóxicos ou corrosivos, quanto aos demais produtos) A identificação pode ser feita das seguintes maneiras: (1) Colocação de tarja adicional no recipiente com um dos seguintes dizeres: VAZIO - DESCONTAMINADO OU VAZIO - NÃO DESCONTAMINADO (2) Colocação de suportes com placas de maior tamanho, com os mesmos dizeres acima. Esta solução poderá ser aplicada em locais de armazenamento ou acúmulo de grandes quantidades de um mesmo tipo de recipiente. NS 06 / 08

9 Recipientes vazios enviados para algum local de depósito com o objetivo de serem embarcados aos fornecedores ou descartados, devem estar bem identificados e com suas tarjas em perfeitas condições de uso. Em situações repetitivas não há necessidade da colocação da indicação de vazio, desde que se aplique o constante no nr. (2) do item A reutilização de recipientes somente é permitida para o mesmo material. Exceções à esta regra devem ser autorizadas por parecer do Departamento interessado/gsmt que especifique os processos de lavagem e neutralização do produto original e a nova identificação. 11. CASOS ESPECIAIS Na ocorrência de casos especiais relativos à Rotulagem Preventiva diferentes, dos previstos nesta Norma, o GSMT deve ser consultado. NS 06 / 09