INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TRIÂNGULO MINEIRO CAMPUS PARACATU ANALISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS

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1 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TRIÂNGULO MINEIRO CAMPUS PARACATU ANALISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS PAULO HENRIQUE R. DA FONSECA IMPLEMENTAÇÃO DE SERVIDOR PARACATU-MG 2016

2 PAULO HENRIQUE R. DA FONSECA IMPLEMENTAÇÃO DE SERVIDOR Artigo apresentado à disciplina Implementação de Servidores curso Analise e Desenvolvimento de Sistemas do Instituto Federal do Triangulo Mineiro Campus Paracatu, sob orientação do professor Roitier Campos Gonçalves. PARACATU-MG 2016

3 1. INTRODUÇÃO Servidor é uma máquina que fica o tempo todo ligada, sempre fazendo as mesmas coisas. Existem vários tipos de servidores, como servidores web, servidores de arquivos, servidores de impressão, etc., sendo que uma única máquina pode rodar vários serviços, dependendo apenas dos recursos de hardware e da quantidade de pessoas que irá utiliza-lo. De uma forma geral, qualquer PC pode ser usado como um servidor, basta instalar os softwares apropriados. Para tarefas leves, até mesmo máquinas antigas podem prestar bons serviços.

4 2. CENÁRIO DA REDE Neste artigo iremos simular um mini provedor de acesso à internet em um condomínio/apartamentos onde os serviços foram implementados de acordo com a necessidade do administrador da rede e também de acordo com as solicitações dos clientes. Para implementação do servidor utilizaremos o sistema operacional debian 8 jessie. Sendo que até o momento foram implementados 10 serviços, sendo eles dhcp, dns, samba, ftp, mysql, php, apche, ssh, squid, sarg. Usuários e senhas utilizados: root e paulo, ambos com a senha Endereçamento da rede interna Netmask: /24 Network: /24 Endereço de rede: Broadcast: Host Mínimo: Host Máximo: Total de Host's: Mapa da rede 2.3-Equipamentos Utilizados 01 Servidor de rede: 05 Switches: 01 Impressoras:

5 2.4-Configuração da rede O servidor virtualizado possui duas placas de rede ambas com ip fixo: Eth0: Modo bridge para receber ip valido (Com acesso à Internet); Eth1: Modo interno, onde na configuração do serviço DHCP está direcionado para ela no arquivo /etc/default/isc-dhcp-server; Editando o arquivo interfaces: nano /etc/network/interfaces auto eth0 iface eth0 inet static address netmask gateway auto eth1 iface eth1 inet static address netmask Reiniciar interfaces: /etc/init.d/networking restart Configurando compartilhamento da internet, o servidor atuará como roteador através de mascaramento: Criar o arquivo firewall.sh: nano /etc/firewall.sh Acrescente: iptables -t filter -F iptables -t nat -F iptables -t mangle -F iptables -t nat -A POSTROUTING -o eth0 -j MASQUERADE echo 1 > /proc/sys/net/ipv4/ip_forward Reinicie o servidor ou execute o script:./firewall Executar o arquivo firewall.sh quando o servidor é reiniciado. No arquivo /etc/rc.local basta acrescentar: sh /etc/firewall.sh exit 0 Reiniciar o servidor: reboot, ou execute o arquivo firewall:./firewall

6 3. SERVIÇOS 3.1-DHCP Dynamic Host Configuration Protocol (Protocolo de configuração dinâmica de host), é um protocolo de serviço TCP/IP que oferece configuração dinâmica de terminais, com concessão de endereços IP de host, Máscara de sub-rede, default gateway (Gateway Padrão), número IP de um ou mais servidores DNS. apt-get update apt-get install isc-dhcp-server Configuração Arquivo de configuração: /etc/dhcp/dhcpd.conf. Renomear o arquivo: mv /etc/dhcp/dhcpd.conf /etc/dhcp/dhcpd.conf.bkp. Criar um novo: nano /etc/dhcp/dhcpd.conf. Configuração do arquivo: ddns-update-style none; subnet netmask { range ; option subnet-mask ; option domain-name-servers ; option routers ; option broadcast-address ; default-lease-time 600; max-lease-time 7200; } Indicar a interface do dhcp server, no nosso cenário será a eth1: nano /etc/default/isc-dhcpserver INTERFACE eth1 Salvar o arquivo: Control+O Reiniciar serviço: /etc/init.d/isc-dhcp-server restart Justificativa Controle de endereços ip's distribuídos na rede, ajudar a impedir conflitos de endereçamento.

7 3.2-DNS Serviço de rede responsável por converter nomes em endereço ip e vice versa. É um banco de dados distribuído criado sob uma estrutura de domínio hierárquica. Nesse artigo usaremos o servidor de nomes BIND (Berkeley Internet Name Domain). apt-get install bind9 bind9-doc bind9utils dnsutils Configuração Arquivo named.conf.local Arquivo onde são especificadas as zonas. Configurando o arquivo: nano /etc/bind/named.conf.local # Zona direta Zona que faz a conversão de nomes para ip's. zone Paulo.net { Type máster; file /etc/bind/db.servidor.com ; }; # Zona reversa Zona que faz a conversão de ip's em nomes. zone in-addr.arpa { type master; file /etc/bind/db.reverso ; }; Salvar o arquivo: Control+O Criando o arquivo db.servidor: nano /etc/bind/db.paulo.net ; ; BIND data file for local loopback interface ; $TTL IN SOA server.paulo.net. root.paulo.net. ( 100 ; Serial ; Refresh ; Retry ; Expire ) ;Negative Cache TTL ; paulo.net. IN NS servidor.paulo.net. paulo.net. IN A servidor IN A mv IN A www IN CNAME Paulo.net.

8 Criando o arquivo db.192: nano /etc/bind/db.255 ; ; BIND data file for local loopback interface ; $TTL IN SOA server.servidor.com. root.servidor.com. ( 1 ; Serial ; Refresh ; Retry ; Expire ) ;Negative Cache TTL ; IN NS server. Arquivo /etc/bind/named.conf.options - Caso o servidor não consiga pesquisar determinado domínio, irá responder pelos servidores especificados no arquivo. Configurando o arquivo: nano /etc/named.conf.option options { directory "/var/cache/bind"; forwarders { ; ; } dnssec-validation auto; auth-nxdomain no; # conform to RFC1035 listen-on-v6 { any; }; }; Arquivo resolv.conf - Arquivo do próprio linux onde são especificados os endereços de servidores DNS, que no nosso caso será o nosso servidor. Configurando o arquivo: nano /etc/resolv.conf domain paulo.net search paulo.net nameserver Salvar o arquivo: Control+O Reiniciar serviço: /etc/init.d/bind9 restart

9 Justificativa Facilitar o uso dos recursos da rede, mapear o nome amigável de um computador ou serviço para outras informações associadas a esse nome, além de tornar a navegação mais rápida e segura. 3.3-SAMBA O SAMBA é um serviço que permite que máquinas Linux e Windows se comuniquem entre si, compartilhando serviços (arquivos, diretório, impressão) através do protocolo SMB (Server Message Block)/CIFS (Common Internet File System). apt-get update apt-get install samba Configuração Arquivo de configuração do serviço samba: /etc/samba/smb.conf. Renomear o arquivo: mv /etc/samba/smb.conf /etc/samba/smb.conf.bkp. Criar um novo: nano /etc/samba/smb.conf. Configurações: [global] workgroup = WORKGROUP server string = SERVIDOR SAMBA map to guest = user security = user domain logons = no domain master = no log file = /var/log/samba/smb.log max log size = 50 [Compartilhamento] path = /home/paulo/samba/ browseable = yes public = no writable = yes Create mode = 0777 Directory mode = 0777 Create mask = 0777 Salvar o arquivo: Control+O Reiniciar serviço: /etc/init.d/samba restart Criando usuários: Comando para criação de usuário no servidor, com parâmetros que impossibilitarão o uso do login e senha para logar no servidor e não será criado o diretório home do usuário (/home/[usuário]), será utilizado apenas para acessar o compartilhamento do serviço samba:

10 useradd --no-create-home -s /bin/false rede. Adicionar os usuários no banco de dados do samba para ter acesso ao serviço: smbpasswd -a rede Ao adicionar um usuário, será solicitando uma senha para acessar o compartilhamento, no nosso caso a senha para os usuários é pdbedit -L (Lista usuários do samba) Criar a pasta de compartilhamento: mkdir /home/paulo/samba Criando grupos: addgroup grupo Adicionando usuários no grupo: addgroup rede grupo Justificativa Recurso para compartilhamento de arquivos na rede interna, facilitando o gerenciamento e controle de acesso dos usuários. 3.4-FTP FTP ou File Transfer Protocol, protocolo de transferência de arquivos é usado para transferência de arquivos, muito utilizado na internet. Nesse artigo iremos utilizar o serviço de ftp o proftp que é um servidor FTP para sistemas Linux, software livre e de código aberto. apt-get install proftpd Configuração Arquivo de Configuração: nano /etc/proftpd/proftpd.conf Configurações: UseIPv6 ServerName DefaultRoot RequireValidShell off "FTP" /var/www off

11 Port 21 User paulo Group paulo Reiniciar serviço: /etc/init.d/proftpd restart Justificativa O serviço será utilizado para gerenciamento dos arquivos alocadas no servidor web (Apache), conforme caminho especificado no arquivo proftpd.conf (DefaultRoot /var/www). 3.5-MYSQL É um sistema de gerenciamento de banco de dados (SGBD) relacional de código aberto, que utiliza a linguagem SQL-Linguagem de Consulta Estruturada, em inglês Structured Query Language. apt-get update apt-get install mysql-server Será solicitado uma senha do root do serviço mysql e logo em seguida o pedido de confirmação de senha. No nosso caso a senha será: JUSTIFICATIVA: Utilizaremos nosso servidor para armazenar dados dos clientes bem como dados de aplicações necessária a empresa. 3.6-Php É uma linguagem interpretada livre, usada originalmente apenas para o desenvolvimento de aplicações presentes e atuantes no lado do servidor, capazes de gerar conteúdo dinâmico na World Wide Web. : Apt-get install php5 libapache2-mod-php5 Configuração: Criar um arquivo com as informações do php. nano /var/www/info.php

12 Dentro do arquivo info.php basta colocar os seguintes comandos: <?php phpinfo();?> Reiniciar o Serviço: /etc/init.d/apache2 restart JUSTIFICATIVA: Tendo em vista que temos um ip fixo valido, iremos hospedar nosso site, e algumas aplicações para nossos clientes. 3.7-APACHE Servidor Apache ou Servidor HTTP Apache é o mais bem-sucedido servidor web livre que existe. Trata-se de um servidor web muito popular, utilizado principalmente no Linux. apt-get update apt-get install apache2 apache2-utils Configuração Mudar o diretório padrão de hospedagem das páginas, o anterior era /var/www/html: nano /etc/apache2/sites-available/000-default.conf DocumentRoot /var/www Vamos mover a página principal do apache index.htm de /var/www/html/index.html para /var/www/: mv /var/www/html/index.html /var/www/ Reiniciar o serviço: /etc/init.d/apache2 restart Justificativa É necessário o servidor apache para armazenamento de páginas e aplicações para acesso através da internet bem como para o funcionamento do SARG quer iremos instalar neste servidor.

13 3.8-SSH Protocolo de comunicação seguro. SSH (Secure Shell) permite o envio de comandos e de controle remoto de um host por meio de uma conexão criptografada. Possui arquitetura cliente servidor. Versão atual ssh2, no artigo será utilizado a versão livre do ssh, o openssh, desenvolvida pela OpenBSD. O SSH possui as mesmas funcionalidades do TELNET, com a vantagem da criptografia na conexão entre o cliente e o servidor. apt-get update apt-get install openssh-server Configuração Arquivo de configuração: /etc/ssh/sshd_config Após a instalação conferir as principais configurações: nano /etc/ssh/sshd_config port 22 #Porta de requisição Protocol 2 #Versão do protocolo, versão segura e instável PermitRootLogin yes #Permitir login como root PermitEmptyPasswords no #Proibir login de passowrds em branco AllowUsers root servidor #Lista usuários permitidos DenyUsers #Listar usuários proibidos Salvar o arquivo: Control+O Reiniciar serviço: /etc/init.d/ssh restart Justificativa Permitir o administrar o servidor remotamente através de transmissão de dados. 3.9-SQUID O Squid é um proxy, o mesmo tem como principal utilidade filtrar e definir regras para o acesso a web. Uma grande vantagem de usar o Squid é a sua função cache, a mesma guarda no cache os sites acessados, e quando o acesso a um site presente no cache é solicitado, automaticamente é retornado ao usuário o site do cache. apt-get update apt-get install squid3 Configuração

14 O arquivo de configuração do serviço dhcp: /etc/squid3/squid.conf Renomear o arquivo: mv /etc/squid3/squid.conf /etc/squid3/squid.conf.bkp Criar um novo: nano /etc/squid3/squid.conf Configuração do arquivo: http_port 3128 visible_hostname servidor acl todos src all acl localhost src /32 acl SSL_ports port acl Safe_ports port auth_param basic realm Login e Senha auth_param basic program /usr/lib/squid3/basic_ncsa_auth/etc/squid3/squid_passwd acl autenticados proxy_auth REQUIRED http_access allow autenticados acl purge method PURGE acl CONNECT method CONNECT http_access allow manager localhost http_access deny manager http_access allow purge localhost http_access deny purge http_access deny!safe_ports acl redelocal src /24 http_access allow localhost http_access allow redelocal http_access deny todos Criar arquivo para armazenar dados dos usuários: touch /etc/squid3/squid_passwd Adicionar usuário para acesso a internet: htpasswd /etc/squid3/squid_passwd servidor Coloca senha e confirmação de senha do usuário servidor 3.10-SARG O Sarg é um interpretador de logs para o Squid. Sempre que executado, gera um relatório com uma lista de todas as páginas que foram acessadas pelos usuários e de qual endereço veio cada acesso. apt-get update apt-get install sarg

15 Configuração Criar a pasta de relatório do serviço sarg: mkdir /var/www/sarg Arquivo de configuração: nano /etc/sarg/sarg.conf Configuração: language Portuguese access_log /var/log/squid3/access.log title " Relatório " output_dir /var/www/sarg lastlog 30 charset UTF-8 Salvar arquivo: Control + O Gerar relatório: sarg Gerar relatório entre datas: sarg -f /etc/sarg/sarg.conf -d 29/02/ /02/2012 Justificativa Gerenciamento de relatórios de acesso à internet, facilitando o controle de acesso conforme políticas da empresa. 4. CONCLUSÃO O Linux vem ganhando o mercado dia após dia e com isso vem surgindo novas tecnologias e maior economia por parte das empresas que cada vez mais procuram por Software Livres e chegam a economizar milhões por ano com as licenças. A compra de softwares e aquisição de licenças é considerada um dos maiores gastos de TI dentro das empresas. Deste modo, quando se opta por Softwares Livres, é possível reduzir grande parte destes gastos, sendo necessário somente o investimento na implementação destes softwares. O Linux é um sistema operacional muito seguro, por isso do seu emprego em servidores tanto de empresas públicas/privadas quanto servidores Web que ultrapassam a casa dos 50% de utilização desta plataforma. Outro ponto forte na segurança do Linux é que geralmente iniciase como um usuário comum (sem permissões de administrador do sistema), fazendo assim com que toda vez que seja necessária a mínima modificação no sistema, esta seja feita pelo administrador.

16 5. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS Turma ADS5 Implementação de Servidores 2016 Disponível em:< Acesso em 06 junho 2016 Configurando servidor DHCP no Debian Disponível em:< Acesso em 10 junho 2016; Instalando o Samba e criando os diretórios a serem compartilhados Disponível em: < Samba/?pagina=2> Acesso em: 14 de junho de 2016; Servidor proxy com Squid - e configuração Disponível em: < Instalacao-e-configuracao?pagina=4 > Acesso em: 25 de junho 2016