A salvação pela fé ou por obras, segundo as Escrituras.

Transcrição

1 A salvação pela fé ou por obras, segundo as Escrituras. Os que defendem a fé como o maior dos preceitos se apóiam, também em Gálatas, 3.2, sem sabedoria, pois não conseguem perceber que as obras citadas pelo apóstolo Paulo NÃO se referiam às obras da caridade, mas das obras da lei, das leis da tradição judia, as obras da carne que englobavam os regulamentos israelitas, a dolorosa circuncisão, os sacrifícios de animais nos templos, a segregação racial e outras obras da carne que não tiveram lugar no Evangelho por serem leis que escravizavam e por isso mesmo tais leis só valeram até João Batista, segundo Lucas, Paulo bem explica isso por todos os cinco livros de Gálatas: Quero apenas saber isto de vós: recebestes o Espírito pelas obras da lei ou pela pregação da fé? Sois assim insensatos que, tendo começado no Espírito, estejais, agora, vos aperfeiçoando na carne?. Gálatas, 3.2. A maioria evangélica, por desconhecimento por alguns e por farisaísmo pela maioria, interpretam que as obras, citadas em Gálatas, são de menor importância para a salvação que a fé que justifica, mas isso é absolutamente errado, pois por todo o Evangelho Está Escrito que o homem será julgado, não pela sua fé, mas pelos seus atos cristãos, ou seja, pela caridade do amor. Agora, permanecem estas três coisas: a fé, a esperança e a caridade; porém, a maior delas é o amor. Revelações do Senhor, em I Coríntios, O amor que faz agir a favor do semelhante, pois não adianta ter fé e amor sem o socorro aos desfavorecidos! Sem contar Jesus, em Mateus, a 44, onde ele revela que a salvação só será dada aos caridosos a toda prova, temos ainda o Apocalipse, que em TODAS as sete Cartas às sete Igrejas, está destacado a salvação pelas obras da caridade ao semelhante: Primeira Igreja: Ao anjo da igreja em Éfeso escreve: Conheço as tuas obras, tanto o teu labor como a tua perseverança, e que não podes suportar homens maus, e que puseste à prova os que a si mesmos se declaram apóstolos e não são, e os achaste mentirosos. Apocalipse, 2.2. Segunda Igreja: Ao anjo da igreja em Esmirna escreve: Conheço as tuas obras; e tribulação; e pobreza (mas tu és rico) e a blasfêmia dos que a si mesmos se declaram judeus e não são, sendo, antes, sinagoga de Satanás. Apocalipse, 2.9. Terceira Igreja: Ao anjo da igreja em Pérgamo escreve: Eu sei das tuas obras e onde habitas, onde está o trono de Satanás, e que conservas o meu nome e não negaste a minha fé, ainda nos dias de Antipas, minha testemunha, meu fiel, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita. Apocalipse, Quarta Igreja: Ao anjo da igreja em Tiatira escreve: Conheço as tuas obras, o teu amor, a tua fé, o teu serviço, a tua perseverança e as tuas últimas obras, mais numerosas do que as primeiras. Apocalipse, Quinta Igreja: Ao anjo da igreja em Sardes escreve: Sê vigilante e consolida o resto que estava para morrer, porque não tenho achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus. Apocalipse,

2 Sexta Igreja: Ao anjo da igreja em Filadélfia escreve: Conheço as tuas obras -- eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar - - que tens pouca força, entretanto, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome. Apocalipse, 3.8. Sétima Igreja: Ao anjo da igreja em Laodicéia escreve: Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente!. Apocalipse, A fé, por si só, nada justifica e não salva ninguém sem as essências ações do cristão por amor ao seu semelhante, ou seja: obras! Jesus novamente revelando quem vai se salvar: Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo. Jesus, em João, O santo apóstolo Paulo revela que a fé vem pela pregação. Ora, sendo a fé um preceito cristão, sem ninguém a pregar, não haverá como o pagão vir a ter fé. Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas boas! Mas nem todos obedeceram ao evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem acreditou na nossa pregação? E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo. Mas pergunto: Porventura, não ouviram? Sim, por certo: Por toda a terra se fez ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo. Romanos, Preceitos sobre a FÉ, somente, quase inexistem no Evangelho sem que venha o complemento: fé e obras, mas de simplesmente OBRAS, o Evangelho está lotado. O que vale mais: a fé ou as obras de caridade por amor ao semelhante, emanação de Deus? No seu primeiro recado ao mundo, no Grande Sermão do Monte, em Mateus, 5, Jesus ressaltou seus primeiros três preceitos: Primeiro preceito: Jesus ressaltou os homens humildes e passivos de coração. Terceiro preceito: Jesus revelou que não veio para acabar com nenhum dos 10 Mandamentos, mas veio para cumprir a todos, como de fato os cumpriu. E sabemos que a maioria dos 10 Mandamentos tem a ver com as obras, mais que com a fé. Segundo preceito: ressaltou mais as obras que a fé: Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte... Assim brilhe, também, a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus.. Meu irmão, qual o proveito da fé se não tiver obras? Pode, acaso, semelhante fé salvá-lo? Tiago, 2.14 Queres, pois, ficar certo, ó homem insensato, de que a fé A FÉ SEM AS OBRAS É INOPERANTE? Tiago,

3 Não foi por obras que Abraão foi justificado quando ofereceu seu próprio filho ao Senhor? Tiago, Verificais que uma pessoa é JUSTIFICADA POR OBRAS e não somente por fé... Tiago, 2.24 Porque os simples ouvidores da lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados. Romanos, A salvação virá por obras ou pela fé em Jesus? Ou virá por ambas? Vamos ver o que nos revela o Espírito Santo de Deus? Agora, permanecem estas três coisas: a fé, a esperança e a caridade; porém, a maior delas é a caridade (o amor ao semelhante). Revelações do Senhor, em I Coríntios, A FÉ. POR SI SÓ, SEM OBRAS DE NADA VALE, mas de nada vale mesmo. O próprio Jesus nos Jesus alertou: Não adianta só clamar: Senhor! Senhor!. Meus irmãos, qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras? Se um irmão ou uma irmã estiverem carecidos de roupa e necessitados do alimento cotidiano, e qualquer um de vós lhes disser: Vão em paz, aquecei-vos e fartai-vos, sem contudo lhes dar o necessário para o corpo, qual é o proveito disso? Assim, também, é a fé. Se não tiver obras está morta. Mas se alguém disser: Tu tens fé, e eu tenho obras; mostra-me essa tua fé, sem obras, que eu lhe mostrarei, com obras, a minha fé. Tiago, 2.14 e seguintes. Vejamos abaixo vários preceitos bíblicos nos quais o Senhor nos revela que pelas nossas obras seremos salvos ou condenados. Conheço as tuas obras, o teu amor, a tua fé, o teu serviço, a tua perseverança e as tuas últimas obras, mais numerosas do que as primeiras. Apocalipse, Matarei os seus filhos, e todas as igrejas conhecerão que eu sou aquele que sonda mentes e corações, e vos darei a cada um segundo as vossas obras. Apocalipse, Conheço as tuas obras, tanto o teu labor como a tua perseverança, e que não podes suportar homens maus, e que puseste à prova os que a si mesmos se declaram apóstolos e não são, e os achaste mentirosos. Apocalipse, 2.2. Conheço as tuas obras -- eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar -- que tens pouca força, entretanto, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome. Apocalipse, 3.8. Sê vigilante e consolida o resto que estava para morrer, porque não tenho achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus. Apocalipse, 3.2. Por que Jesus falava em Parábolas? Jesus ensinou, por diversas vezes por Parábolas, pois dessa forma atingia aos menos letrados, ilustrando os preceitos de Deus que pretendia repassar a todos. Numa dessas vezes, para demonstrar o imenso valor da caridade, das boas obras, do modo como colocou a Parábola do Samaritano (Lucas, 10.30), elevou as boas obras acima de todos os preceitos cristãos, inclusive os da fé e da justificação: Não? Então vamos conferir: Por essa Parábola, Jesus explicou o lado oposto do clamar SENHOR! SENHOR, que para o Senhor Deus não vale nada, sem a prática do amor de caridade daquele que o glorifica. Não vale a fé nem a justificação, nem a glorificação, sem as obras de caridade por amor ao semelhante. Ora, Jesus veio a mundo exatamente por isso. Sua obra por amor a todos os próximos de todas as gerações se tornou O GRANDE SACRIFÍCIO DO CORDEIRO DE DEUS. Que obra maior que dar a sua vida por amor aos seus amigos? Só a fé não bastaria. Na Parábola do Samaritano, Jesus manda o recado que a caridade e as boas obras, devem estar acima, em muito acima, de toda a fé do mundo e de toda justificação. Mostrou que a caridade do amor, o maior 3

4 preceito em importância, deve falar bem mais alto que a fé ou a justificação dos pastores batistas e de outras congregações: Um homem jazia à margem de uma estrada, tão ferido que não podia se locomover. Passou um rabino, um pastor do templo, viu o ferido, mas se desviou da caridade. Tinha fé, senão não estaria se dirigindo ao templo e por essa fé julgou que a presença dele, com pregador no templo, era mais importante. Logo depois, passou um homem que se dirigia ao templo para ouvir o mesmo pastor citado. Tinha fé, senão não esse segundo homem não estaria se dirigindo ao templo, e por essa fé que acomoda, que é mais fácil de se praticar que a caridade, julgou que orar no templo era mais importante que a caridade. E o pobre homem ferido permaneceu lá, abandonado pelos da fé; abandonado pelos da Bíblia. Mas a seguir, passou por lá um homem considerado um pagão pelos judeus do templo. Não tinha fé coisa nenhuma, tampouco ele estava preocupado com templos ou orações, mas, de coração puro, caridoso, comoveu-se com a situação grave do desconhecido, interrompeu a sua viagem e cuidou muito bem do semelhante que não conhecia. Por sua boa obra, teve de adiar os seus compromissos, os seus afazeres e ainda gastou um bom dinheiro para garantir a cura do socorrido, dinheiro que sabia sem retorno, mas com seu gesto caridoso salvou um ser humano da morte, uma vida antes desprezada pelos do templo. Por esse exemplo, também o de Mateus, a 44, Jesus nos ensinou que as boas obras tem alta preponderância sobre a fé, unicamente. Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo. Jesus, em João, Quanto a isso, se você frequenta o seu templo, cumpre as suas obrigações e está tudo certinho em sua vida, mas não pratica as boas obras, está bem perdido na religião de Jesus, como estava perdido o Jovem Rico, que relatou a Jesus a sua vida certinha, mas Jesus lhe revelou que de nada servia a sua vida certinha sem que também, e muito mais importante, praticasse as boas obras. Marcos, capítulo 10. Por isso, sempre digo que Deus não vai buscar os seus pelas religiões que praticam, sejam quais forem, pois vai buscar os puros de coração que se deram de alguma forma por amor ao semelhante. Esses são aqueles que não só gritaram Senhor! Senhor, mas agiram! Mahatma Ghandi não seguiu a Bíblia, mas foi um dos homens que mais imitaram os preceitos de Jesus: Deu a vida por seus amigos e antes só havia pregado a paz. Ghandi, por certo já tem seu lugar no Reino de Deus, quando for ressuscitado, no Dia de Jesus. Ghandi foi um dos exemplos do Bom Samaritano exemplificado por Jesus. Vejamos o que Jesus disse, também a favor de Ghandi: Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus. Mateus, 5.9. Eu tinha um conhecido, que não se importava, em nada, com religiões, mas um dia, ao dirigir o seu carro por uma rua da Zona Leste de São Paulo, viu um menino pequeno invadir o leito da rua atrás de uma bola. O moço citado, para não matar o garoto, desviou-se rapidamente para a esquerda por certo sabendo que um ônibus vinha em sentido contrário em boa velocidade. Bateram violentamente e o jovem acabou morrendo. O jovem não tinha fé, mas deu a sua vida numa boa obra de caridade. Não tem lugar garantido no Céu de Deus uma pessoa que seu a sua vida por seu semelhante? Digo que tem mais merecimento que muitos que julgamos salvos. E assim, são muitos e muitos os homens de Deus, como era aquele pagão samaritano que não tinha ciência alguma dos preceitos de Jesus, mas tinha a bondade na sua alma, e colocou essa bondade em prática, da melhor forma possível. Ninguém tem mais amor do que aquele que dá a própria vida por seus amigos. Jesus Cristo, que falava dele, mas como tudo o que ensinou, serve absolutamente para todos, até a consumação dos séculos. 4

5 Vamos ver o que o Senhor Deus definiu a respeito desse amor: Agora, permanecem estas três coisas: a fé, a esperança e a caridade; porém, a maior delas é o amor. O amor da caridade, pois o amor tem tudo a ver com a caridade das boas obras. Revelações do Senhor, em I Coríntios, QUAL FOI O MAIOR EXEMPLO QUE JESUS DEU A RESPEITO DA SALVAÇÃO PELAS OBRAS, MAIS QUE PELA FÉ? Em Mateus, a 44, no qual Jesus afirma, com todas as letras, sem nenhuma possibilidade de dupla interpretação, que a salvação terá peso bem maior nas obras, e não somente na fé. A fé induz às boas obras (nem sempre) mas as boas obras tem peso imensamente maior que a fé, porque as obras são os frutos da fé. A fé por si só não é nada sem as obras, mas a salvação pelas obras independe da fé, como no caso da Parábola do Samaritano. A religião de Jesus não é a chamada a religião do amor, ou seria chamada a religião da fé? Então, se é a religião da fé, é a religião das obras, pois, tal como a fé, o amor sem obras é insipiente! Também, como amar a um semelhante necessitado sem se mexer por ele? Como disse o Evangelho de Tiago: Se um irmão ou uma irmã estiverem carentes de alimentos ou de roupas, e qualquer um de vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos sem, contudo, lhes dar o necessário para o corpo, qual é o proveito disso? Assim também é a fé, se não tiver obras, é morta. Tiago, 14. Vamos conferir o que nos reserva no dia de Jesus, o dia da Justiça aos justos, mas também o Dia da Ira e do Furor de Deus? Vi, também, os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé, diante do Trono. Então abriram-se livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, SEGUNDO SUAS OBRAS, conforme o que se achava escrito nos livros. Apocalipse, Por isso, sem sombra de dúvidas, seremos julgados mais pelas nossas obras que pela nossa fé. Como disse o Evangelho de Tiago: Meu irmão, qual o proveito da fé se não tiver obras? Pode, acaso, semelhante fé salvá-lo?. Tiago, Também no Antigo Testamento o Senhor nos mostra o valor das obras:...caim, que era do maligno, assassinou a seu irmão. Por que o assassinou? Porque as suas obras eram más, e as de seu irmão justas. I João, Conheço as tuas obras, tanto o teu labor quanto a tua perseverança.... Apocalipse, 2.2. Conheço as tuas obras. Eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta.... Apocalipse, 3.8. Mesmo legitimando a validade eterna de TODOS os dez Mandamentos, em Mateus, 5.17 e seguintes, Jesus os resumiu em dois: Amar ao Senhor sobre todas as coisas e amar ao semelhante como a nós mesmos. Ora como amar o semelhante somente tendo fé em Deus, em Jesus Cristo? Não há como amar o semelhante, principalmente o carente de recursos, sem realizar obras de caridade a favor dele. Portanto, perante o salvação a fé fica em segundo lugar. O Senhor Deus NÃO ama àquele que não realiza boas obras: Ora, aquele que possui recursos deste mundo, e vir seu irmão passar necessidades, e fechar o seu coração. Como pode permanecer nele o amor de Deus?. I João,

6 ...mantendo procedimento exemplar entre os gentios, para que, naquilo que falam contra vós outros como se fossem malfeitores, observando-vos em vossas boas obras, glorifiquem a Deus no Dia da Visitação. I Pedro, Abaixo, vemos Jesus, em sua primeira pregação ao mundo, por ocasião do chamado Sermão do Monte. Nesse Grande e extenso Sermão, Jesus quebra algumas das tradições trazendo muitas coisas novas que o povo hebreu jamais tinha ouvido falar. Nesse sermão Jesus eleva o imenso valor das boas obras, pois elas agradam e glorificam ao Senhor, e servem de exemplo e modelo para a conversão dos não cristãos. Jesus aqui não destaca a fé, pois por si só de nada vale, mas exalta grandemente as boas obras, que são resultados da fé, mas que por si só persiste. Se você quer ter mais certeza ainda da salvação pelas boas obras, mais que pela fé, basta ler o mesmo Evangelho de Mateus, a 44. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte... Assim brilhe, também, a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus. Não penseis que vim revogar a Lei dos profetas.... Mateus, 5.14 a 17. A maior das façanhas de Satanás é a de agir sem que percebam que ele existe, e por essa façanha o astucioso anjo do mal tem introduzido preceitos convenientemente bem aceitos, porque parecem desobrigar o cristão da prática de certos ensinamentos bíblicos, que se fossem seguidos à risca, conforme viveu e ensinou Jesus e seus discípulos, resultariam em sacrifícios. Por isso mesmo, Satanás, sempre astucioso e ardiloso, induziu a muitos a viverem um tipo de comodidade religiosa e aceitação, como normal, certas proibições bíblicas e preceitos inexistentes no Evangelho, criados pelo homem e que passaram a fazer parte integrante da religiosidade de suas tradições, tal como ocorre frequentemente com a tradição católica e ortodoxa, além, também, das congregações evangélicas em geral. E isso é motivo de advertência para os incautos. Entre muitos exemplos de farisaísmo religioso, colocados nos livros desse Site, vejamos apenas dois deles como exemplos práticos de como o homem engana a si próprio, por pura conveniência: 1) Como convidado, apenas por ser pianista, eu já frequentei cultos bíblicos em casas de abastados, moradores de Alphaville, Barueri, São Paulo, e notei que as pessoas que eram selecionadas para falar sobre a Bíblia, quase sempre o pastor convidado, provindo sempre da Igreja Batista, se apegavam, e repetiam, com muita ênfase, as frases: já estamos salvos pela justificação em Jesus, ou nos basta a fé em Jesus para sermos justificados para a salvação ou mesmo: "estamos salvos pela graça de Jesus". Um dia, convicto do preceito bíblico que revela que só se salvará aquele que PERSEVERAR, aborrecido com tanto farisaísmo e com tanta incompetência de quem se propunha a ensinar, resolvi contradizê-los, mostrando preceitos bíblicos que revelam, de forma cristalina, que não pode haver salvação sem a caridade ativa por amor aos semelhantes (preceito do qual fugiam metodicamente), como não se pode amar a Deus sem antes amar o semelhante, que é a própria a emanação de Deus, e que por esse amor de Jesus é absolutamente necessário, perante os Céus, o repartir do pão para viabilizar a salvação na eternidade. Quando lhes lembrei Mateus, a 44, onde Jesus revela que a caridade de doação é um dos principais componentes básicos para a salvação, que aliado à fé sem dúvida alguma é o principal; quando li Marcos, 10.21, onde Jesus, também Deus, revela que não há salvação para todo e qualquer rico que não divide os seus bens com os mais pobres, devendo esses abastados dividirem os seus bens com quem nada tem e permanecerem apenas com o suficiente para que haja justa distribuição de rendas; quando lhes mostrei Tiago, 2.17 e 3.13, no qual o Espírito Santo de Deus nos revela que a fé não tem o mínimo valor sem a prática das obras e, por isso tudo, em decorrência dos olhares reprováveis por minhas observações nada favoráveis ao tipo de vida que levavam, percebi que estava sendo visto como um indesejável acusador, tive de retirar-me definitivamente dali. Ver arquivo completo com o nome: A caridade, segundo as Escrituras. Só como curiosidade, testemunhei, por várias vezes, grupo de seguranças do Alphaville expulsando, ostensivamente, inclusive à noite, mendigos e meninos de rua que circulavam nas ruas e avenidas públicas, sob a administração dos poderes públicos. Dessa forma, os administradores do Alphaville, demonstram, sobrepondo-se à lei, arrogância e descaso para com os menos afortunados, além de estarem a praticar crime por burlarem a Constituição que dá direito a todos de circularem livremente pelas vias públicas de todo o Brasil. Além de tudo, a maior parte que forma mais de uma dezena de condomínios, todos eles ainda pertencem ao Governo Federal e, por isso, sequer têm escrituras públicas, pois não as podem tirar. 6

7 Numa bela tarde, estando eu na parte comercial e pública do aprazível Alphaville, exatamente em frente ao hipermercado Pão de Açúcar, um menino pobre aproximou-se de mim e me pediu uma moeda. Eu não tinha uma moeda, mas ao dar uma nota ao menino, uma senhora bem vestida, tendo a tiracolo um cãozinho bonitinho e bem tratado, por certo uma moradora do Alphaville, repreendeu-me: "Não dê nada a eles, não, senão eles não saem daqui". Dei uma olhada de reprovação àquela serva de Satã e ao dar a cédula ao menino, ainda passei a mão sobre a cabeça dele, como que querendo dizer: "Por essas e por outras é que Jesus Cristo afirmou que é quase impossível a um rico ingressar no Reino de Deus". Aquela senhora, que ali representava as pessoas do belo bairro de Alphaville, verdadeira cidade à parte, não se importava se aquele menino tivesse o que comer, o que vestir, onde iria dormir, ou se mesmo tivesse uma família, pois ela se importava mais com o comodismo adequado ao seu modo de vida e com o belo e aprazível local em que morava, que para ela de forma alguma poderia ser importunado com gente como os pequeninos pedintes, dos quais serão o Reino dos Céus, segundo Jesus. Tratava bem de seu cachorro, com todo carinho, mas desdenhava o amor de Jesus ao semelhante, condição sinequanon para a salvação. Por fim, tive mais pena daquela senhora que representava todos os bem postados do Alphaville que do pobre menino maltrapilho, pois, como sempre digo, sempre tenho mais pena de um criminoso que de sua vítima ou dos familiares dela. "Vinde a mim as criancinhas, pois dela será o Reino dos Céus" Jesus. Há tempos, morando em Barueri, na Grande São Paulo, por tocar piano participava como convidado em reuniões bíblicas em casas de abastados. Normalmente, compareciam a essas reuniões vários deles, normalmente realizadas sob as orientações de pastores da Igreja Batista, nas quais percebi que eram frequentes as leituras de preceitos que procuravam separar a fé das boas obras, se apegando mas na fé e na justificação quase invalidando as boas obras. O preceito mais lido era:...sabendo, contudo, que ninguém será justificado por obras da lei, e sim, mediante a fé em Cristo Jesus, também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei, pois, por obras ninguém será justificado. Epístola de Paulo aos Gálatas, 2.16, apesar de que Paulo se referia a obras da tradição judia, e não com respeito à caridade cristã. Ver o contexto por inteiro no mesmo Livro de Gálatas, o mesmo capítulo, do início ao fim, e veremos que Paulo abominava as obras da tradição judia, que escravizava, principalmente a circuncisão. No mesmo capítulo, Paulo adverte, de modo grave, a Simão Pedro por ter falhado lamentavelmente com respeito a voltar ao uso de uma das práticas da nociva tradição judaica. Mas logo em seguida, na continuação, Paulo aprova as obras da caridade: Pois somos feitura de Cristo, criados em Cristo para as boas obras, às quais Deus nos preparou de antemão para que andássemos nelas. Efésios, Também era propagado o preceito: "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Efésios, 2.8 e 9. Apesar de que, lendo-se o contexto por inteiro, Paulo se referia a obras da tradição judaica, mais propriamente ao preceito da circuncisão, pois no momento advertia quanto à inutilidade da circuncisão judia (ver verso 11). Segundo o verso acima, se pinçados, ou seja, isoladamente, tem um sentido bem diferente do que o evangelizador propôs. Vejamos a sequência de Efésios, 2.8 e 9, que atestam, indubitavelmente que a fé tem muito menos importância que as obras da caridade. "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus PARA BOAS OBRAS, as quais Deus preparou de antemão para que ANDÁSSEMOS NELAS (as boas obras). Efésios, capitulo, 2.8 e seguintes A fé de nada vale sem a ação. 7

8 Meu irmão, qual o proveito da fé se não tiver obras?pode, acaso, semelhante fé salvá-lo? Tiago, 2.14 Queres, pois, ficar certo, ó homem insensato, de que a fé A FÉ SEM AS OBRAS É INOPERANTE? Não foi por obras que Abraão foi justificado quando ofereceu seu próprio filho ao Senhor? Tiago, Verificais que uma pessoa é JUSTIFICADA POR OBRAS e não somente por fé.. Tiago, 2.24 Não foi Raabe, a meretriz, justificada por obras? Tiago, 2.25 Assim, também, como o corpo sem espírito é morto, assim também A FÉ SEM OBRAS É MORTA. Tiago, 2.17 Quanto às obras da lei, Jesus se refere ao assassinato, também como obras: Vós fazeis as obras de vosso pai... vós sois do Diabo e o Diabo é vosso pai. Jesus, em João, e 44. Jesus ganhou o mundo que o reconheceu pelas obras que realizava: as obras da caridade: Porque as obras que meu pai me confiou para que eu as realizasse, essas obras que eu faço testemunham a meu respeito de que o Pai me enviou. Jesus, em João, E assim, conforme as dissertações dos pastores visitantes, meditando dia a dia sobre tudo, acabei concluindo que aquele pessoal de posses tentava buscar a salvação sem o esforço necessário que a grandiosidade da salvação requer. O bairro nobre de Alphaville não é para pobres e não é principalmente para pedintes. Por mais de uma vez, testemunhei os seguranças do Alphaville (a mando dos moradores, é claro) expulsarem crianças e outros pedintes, até mesmo do centro comercial daquele nobre bairro, aberto a todos. Numa das noites de 1995, ao passar pela avenida de entrada de Alphaville, na altura do ponto comercial, parei meu carro e testemunhei que uma frota de carros de segurança perseguia e enxotava um bando de crianças carentes, mesmo sabendo que aquela parte da cidade não é somente para moradores, mas pública, de acordo com a lei. Talvez se pudesse aceitar a exclusão desses infelizes no interior dos condomínios fechados, onde os residentes se escondem em seu conforto, mas enxotá-los de lugares públicos não é nada cristão. Um dia, em frente a uma grande rede de supermercados, ao dar uma esmola a um pedinte, uma senhora muito bem vestida, por certo moradora daquele nobre bairro, não gostou do meu gesto, recriminando-me publicamente: Não dê esmolas para eles, pois de outra forma não vão querer sair daqui. Não respondi a ela, mas lembrei-me de Jesus: Daí a quem te pede e não voltes as costas ao que deseja que lhe empreste. Jesus, a Verdade Maior, em Mateus, Por isso tudo, um dia, já aborrecido com tanto farisaísmo, nos cultos e nas ações, resolvi contestar o Evangelho bastante light proposto ali. Sendo assim, numa dessas reuniões, logo que citaram as palavras: justificação pela fé, e não por obras, li Mateus, até 40, em cujos preceitos Jesus afirma que ninguém vai ganhar um lugar no Reino de Deus sem que pratique obras de caridade por amor ao semelhante, pois o nosso semelhante, conforme Jesus, é a própria emanação de Deus, e que jamais se conseguirá amar a Deus sem se amar o semelhante, e que o preceito mais importante para a salvação são, exatamente, as boas obras. 8

9 Logo após a leitura, o pastor presente reclamou sob olhares gerais de reprovação à minha ousadia: Ih! Lá vem de novo a salvação pelas obras. Julgam esses fariseus modernos que já estão salvos mediante a justificação pela fé e pela graça de Deus, mesmo não tendo obras. Mas nem Paulo, o de muitas obras, aliás, o de mais obras depois de Jesus, se achava justificado: Porque de nada me censura a consciência; contudo, nem por isso me dou por justificado, pois quem me julga é o Senhor. I Coríntios, 4.4. Desse dia em diante resolvi não mais participar daquelas reuniões açucaradas, onde procuravam, no Evangelho, justificações apenas pela fé, pois se quisessem seguir a Jesus de fato, teriam de começar as repartir seus bens com os mais carentes. Concluí que se tivessem, mesmo, a fé em Jesus, fariam o que Ele ordenou, no tocante à salvação: Queres me seguir? (queres te salvar?) Vai, vende tudo o que tens e distribua-os aos necessitados. Só assim poderás ter um tesouro no Céu. Depois disso, poderás seguir-me. Marcos, 10.21, lembrando a Palavra de Deus nunca poderá ser mudada, mesmo na modernidade. Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos Céus, mas aquele que faz a vontade de Meu Pai. Mateus, Qual é a vontade do Pai? Está bem clara em Mateus, a 40, conforme texto completo abaixo colocado. Portanto, conforme o próprio Jesus, nenhum daqueles abastados, vivendo no luxo, com três ou quatro carros na garagem, poderiam alcançar o Reino de Deus sem repartir. Teriam de permanecer apenas com o suficiente, com uma casa menor, e dividir o restante com os que necessitavam. É difícil realizar uma ação dessas, como é difícil alcançar o Reino de Deus, pois quem se apega aos bens e a dinheiro, quem se desvia da caridade, até da pequena caridade, é quase impossível que se salve: É quase impossível que um rico se salve. Jesus, em Mateus, Um rico dificilmente se salvará, porque se apega às coisas da vida e faz do dinheiro, prestígio, poder e boa vida, seus verdadeiros deuses. A riqueza, e a consequência disso, lhes faz deixar Deus a um segundo plano, mais propriamente a plano nenhum. Querem viver felizes e com regalias, ao passo que a salvação requer abstinências, sacrifícios e amor verdadeiro ao semelhante, o amor que faz até dividir o que tem com os que nada têm, e que não se expulsem de seu bairro os que necessitam. O Evangelho, também nas Cartas de Paulo, está repleto de preceitos que ressaltam a caridade como principal instrumento da salvação, pois não adianta a fé, sem colocá-la em prática. Não adianta clamar, no templo, Senhor! Senhor! com toda a fé do mundo, se nos isolarmos do Segundo Maior Mandamento, resumido dos Dez, qual seja: Amar aos semelhante como a nós mesmos. Portanto, sendo Deus a emanação do nosso semelhante, não basta ter apenas a fé se nos apegar-nos à nossa suficiência ou à nossa riqueza e esquecer o partir do pão, e mesmo assim sentir-nos justificados. Paulo, inspirado pelo Espírito Santo de Deus, novamente ressaltando a importância maior das boas obras: Sejam os ricos generosos nas boas obras, e prontos para repartir. Paulo a Timóteo, 6.18 Outros preceitos necessários para a salvação, todos advindos de Jesus: Arrependei-vos, pois o reino dos céus está próximo. Advertência de Jesus, em Mateus, 4.17 Não ameis somente aos que vos são caros, mas também aos que vos perseguem, aos que vos odeiam.... (e eu acrescento: os pedintes...). Amai ao próximo como a ti mesmo.... (e eu acrescento: os pedintes...). 9

10 Perdoai, setenta vezes sete.... Quando tirarem a vossa túnica, entregueis também a vossa capa.... Quando vos obrigarem a andar boa distância, andeis o dobro.... Quando vos esbofetearem na face esquerda, ofereçais, também, a direita.... Perdoai e tolerai-vos uns aos outros. (e eu acrescento: os pedintes...). Bem-aventurados os mansos, os misericordiosos, os pacíficos.... A estrada que conduz ao céu é estreita e cheia de obstáculos.... Se tiverdes riquezas vendei-as e distribuí tudo a quem mais necessita.... (e eu acrescento: os pedintes...). Quanto aos preceitos usados pelos da justificação apenas pela fé:...sabendo, contudo, que ninguém será justificado por obras da lei, e sim, mediante a fé em Cristo Jesus, também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei, pois, por obras da lei ninguém será justificado. Epístola de Paulo aos Gálatas, Como sempre digo, se tomarmos um preceito desses, de forma isolada, a sua interpretação pode ser usadas de modo desvirtuado. Senão vejamos: Paulo, o apóstolo de Deus, no momento que proferiu esse preceito, visitava os gálatas, sabidamente teimosos em aceitar o emergente cristianismo sem as leis da tradição judia que escravizavam, e falava a eles, repreendendo uma parte deles. Na Nova Religião da Graça não tinha mais lugar para as obras da lei da tradição judia, as leis malditas que escravizavam; as leis das ordenanças, bem claras no capítulo inteiro de Hebreus, 9 e 10, leis essas que continham a lei do chicote; do apedrejamento; dos sacrifícios de animais no templo; dos incensos e altares de ouro; do extremo rigor na observação do santo sábado; da segregação racial que impedia os judeus de se ajuntarem com os de outras raças e principalmente da dolorosa circuncisão, que os gálatas queriam implantar, também nos gentios que se convertiam ao cristianismo. Portanto, quanto a Gálatas, 2.16, temos de ver o contexto por inteiro, e se lermos Gálatas 2, desde o verso 1, notaremos facilmente que Paulo não se referia às obras de caridade cristã, mas às obras da tradição judia, pois cita, com detalhes, a circuncisão como nociva, como uma das leis que escravizam, e assim até admoesta a Simão Pedro por falhar na evangelização, ao dar mau exemplo aos gálatas. Sabidamente, Paulo advertia os teimosos Gálatas sempre que podia, senão vejamos como Paulo começa suas Cartas aos Gálatas: Admira-me (vos, gálatas) que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na Graça de Cristo para outro evangelho, o qual não é outro senão pelo que vos perturbam e querem perverter o Evangelho de Cristo. Mas ainda que nós, ou mesmo os anjos do Céu vos pregue um evangelho que vá além daquele que recebestes, seja amaldiçoado. Gálatas, 1.6 a 8. No capítulo 2, verso 4, Paulo bem explica o que é este evangelho amaldiçoado, que leva o homem à escravidão das obras das leis que os Gálatas queriam que fossem implantados, também, no cristianismo: Contudo, nem mesmo Tito, que estava comigo, sendo grego, foi constrangido a circundar-se. E isto por causa dos irmãos que se entremearam com o fim de espreitar a nossa liberdade que temos em Cristo e reduzir-nos à escravidão. Gálatas, 2.5 e 5. Notaram? Só não percebe quem não quer: sempre que Paulo citava as leis que escravizam, as leis que Jesus pregou na cruz, etc, etc, Paulo se referia às leis judias que tiravam a liberdade da Nova Religião: o cristianismo, no qual não tinha lugar para as leis que escravizavam, sendo a principal delas a lei do apedrejamento e a lei da dolorosa circuncisão, que os Gálatas pretendiam que fosse aplicada também aos pagãos convertidos. 10

11 Por todos os cinco capítulos do Livro Gálatas, Paulo os admoesta gravemente, pois uma parte desses pretendia continuar a praticar as leis de Moisés, as das tradições dos judeus, que compunham da dolorosa circuncisão, da aspersão de sangue de bodes para apagar os pecados (especificados com detalhes em Hebreus, capítulos 9 e 10) a que os pagãos convertidos tinham de passar e de outras obras da lei, abominadas por Jesus e por Paulo, que denominava a essas obras da lei como malditas. Evidentemente, é claro, que tal maldição nada tem a ver com os Dez Mandamentos. Mesmo porque, nesse mesmo capítulo de Gálatas, 3.21: É, porventura, a Lei contrária às promessas de Deus? De modo nenhum!. Evidentemente, agora, Paulo se refere aos Dez Mandamentos, que concordam em tudo com as promessas de Deus, pois afinal Ele criou as Leis e nos concedeu as promessas por Jesus. Portanto, as obras citadas em Gálatas 2.16, colocados acima, nada têm a ver com as obras da caridade cristã, as do verdadeiro amor, pois sem elas não há salvação alguma. As leis que escravizavam, conforme Paulo: Para a liberdade foi que Cristo vos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, ao jugo da escravidão. Eu Paulo, vos digo, que, se vos deixardes circundar, de Cristo nada se aproveitará. Gálatas, 5. 1 e 2. Portanto, está absolutamente claro que quando Paulo falava das leis que escravizavam, eram exatamente as leis da tradição judia, que não tinham lugar no cristianismo da graça. No caso específico de Gálatas, 5.1, tratava-se da lei da dolorosa circuncisão. Mas os fariseus modernos, para tentar fugir da obrigação da observância de todos os Mandamentos, tentam relacionar as leis que escravizavam, malditas, que foram pregadas na cruz com Cristo, são as Dez Leis. Um absurdo sem tamanho!!!...aboliu, na sua carne, a lei dos mandamentos na forma de ordenanças... Efésios, Também aqui, se lermos o contexto por inteiro, vamos entender que Paulo se referia, também, às obras da tradição judaica, e não aos Dez Mandamentos da Lei de Deus, perpetuados por Jesus, também Deus, em Mateus, 5.17 e seguintes. Quanto ao outro dos preceitos mais propagado pelos fariseus modernos que tentam isentar-se da obrigação cristã do repartir, trata-se do mesmo caso de Gálatas, 2.16: "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Efésios, 2.8 e 9. Repetindo: Examinando-se o contexto por inteiro, veremos que as obras pelas quais Paulo exortava a ninguém se gloriar, nada mais eram que as obras da tradição judia, pois se avançarmos dois versos à frente, portanto Efésios, 2.11, veremos que Paulo falava da obra da circuncisão judia, obra danosa ao cristianismo, pois os da tradição julgavam que para os pagãos integrarem o cristianismo, era necessário passar por uma dolorosa cirurgia no pênis. Obras da lei......sabendo, contudo, que ninguém será justificado por obras da lei, e sim, mediante a fé em Cristo Jesus, também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei, pois, por obras da lei ninguém será justificado. Epístola de Paulo aos Gálatas, Que obras da lei eram essas às quais Paulo abominava? Vamos ver o contexto por inteiro, contexto esse que todos os fariseus modernos fogem, quando a Verdade lhes incomoda, de quase todos os cristãos de quase todas as ordens e congregações? No contexto por inteiro: No mesmo capítulo, dois versículos antes, Paulo revela que admoestou com rigor a Simão Pedro pelo fato de que ele comia com os gentios, os pagãos, procedimento proibido pelos judeus da lei, mas que quando se aproximaram o da lei, escondeu-se temendo os da circuncisão (da lei). 11

12 Quando, porém, vi que não procediam corretamente segundo o Evangelho, eu disse a Cefas (Simão Pedro), na presença de todos: Sendo tu, judeu, vives como gentio e não como judeu, por que, então, obrigas os gentios a viverem como judeus?. Gálatas, 2.14 Desde o início do capítulo 2, de Gálatas, Paulo revela que abominava as obras da lei da tradição judia, que incluíam as ordenanças da lei, tal como os sacrifícios de sangue de bodes, os altares de ouro com ricas vestimentas, o apedrejamento de pecadores, a separação judia das demais raças, o extremo rigor da observação do sábado e principalmente a obrigação da circuncisão também aos gentios que pretendiam ingressar na religião de Jesus. Sabemos que os Gálatas, mais propriamente um grupo deles, foi o povo mais difícil de fazê-lo desligar-se dessas obras da lei, tão combatidas por Paulo e pelos demais apóstolos de Jesus. Portanto, quando Paulo revelou que por obras da lei ninguém será justificado, revelava que ninguém seria justificado, perante Jesus, se teimasse a viver as leis da tradição judaica, não os Dez Mandamentos, mas as leis citadas acima, pois Jesus veio, também, para extinguir, em favor da Religião da Graça, as ordenanças judias, que tinham em seu bojo a lei do chicote e da morte para os pecadores, inclusive a morte, também, aos que fossem flagrados trabalhando aos sábados santos de Deus. Jesus irritou-se, sobremaneira, com os fariseus, exatamente por causa dessas ordenanças:...atam cargas pesadas e impossíveis de levar, e as põem sobre os ombros dos homens, mas nem com um dedo as querem mover. Jesus, irado com o farisaísmo, em Mateus, É fácil, entender, então, que as ordenanças judias não tinham mais lugar na Religião da Graça. Revelado o significado das obras da lei, vamos, então, ver o que o Evangelho nos revela a respeito da salvação, também pelas obras? Porque toda a lei se cumpre num só preceito, a saber: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Gálatas, No versículo acima, Paulo, se referindo, dessa vez, à boa Lei, as Dez Leis de Deus, eternas e absolutamente imexíveis, que nos mostra, também, a salvação pela obras, porque não adianta amar ao semelhante ao longe, mas sim agir por ele, e isso significa boas obras! O que são obras cristãs? São frutos da fé. Quem tem fé segue a Jesus e procura orientar-se, principalmente pelo Evangelho: Vejamos apenas Tiago, capítulo 2, do verso 20 até o 26: Queres, pois, ficar certo, ó homem insensato, de que a fé sem as obras é inoperante? Não foi por obras que Abraão, o nosso pai, foi justificado, quando ofereceu sobre o altar o seu próprio filho Isaque? Vês com a fé operava juntamente com as suas obras? Com efeito, foi pelas obras que a fé se consumou, e se cumpriu a Escritura, a qual diz: Ora, Abraão creu em Deus e isso lhe foi imputado como justiça. Foi chamado amigo de Deus. Por isso, verificais que uma pessoa é justificada por obras, e não por fé somente. De igual modo, não foi também justificada por obras a meretriz Raabe, quando acolheu os emissários e os fez partir por outro caminho? Porque, assim como o corpo sem espírito é morto, assim também a fé sem obras é morta. Assim como o corpo sem a alma é morto, assim também a fé sem obras é morta. Revelações do Senhor Deus, em Tiago, 2.20 a 26. Quem entre vós é sábio e inteligente? Mostre em mansidão de sabedoria, mediante merecido proceder, as suas obras. Tiago,

13 Quem se salvará, conforme Jesus? Se queres entrar na vida, guarda os mandamentos. Jesus, em Mateus, Nesse momento, Jesus legitimou, novamente os Dez Mandamentos, conforme Mateus, 5.17 e seguintes, mas revela que só isso é insuficiente para a salvação. É preciso o amor cristão que leva à distribuição, ao repartir, à caridade cristã do amor ao semelhante, que além da caridade do repartir, há também outros tipos de caridades, tais como a evangelização, os bons conselhos, a tolerância, o perdão, e muitos outros preceitos concernentes ao amor verdadeiro. As obras como condição básica para a salvação, conforme o próprio Jesus: Queres me seguir? Então vai, vende tudo o que tens e distribua tudo aos pobres. Só então terás um lugar no Céu. Marcos Legitimando a prática da caridade verdadeira como condição básica para a salvação da alma, temos uma das mais belas e produtivas passagens bíblicas pela qual Jesus nos repassa o que o céu quer de nós na Terra. O Senhor Deus nos adverte gravemente para a vital importância da caridade, em suas diversas formas, cujos frutos pesarão, consideravelmente, na balança da Justiça, no dia do Juízo Final. Basta ler Mateus, a 40 para notar que não há salvação sem obras. Mas só em Mateus? Não: o Apocalipse diz bem da salvação pelas obras: Vi, também, os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé, diante do Trono. Então abriram-se livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, SEGUNDO SUAS OBRAS, conforme o que se achava escrito nos livros. Apocalipse, O que o Evangelho nos revela a respeito das três virtudes; Fé esperança e caridade, que é o amor ao semelhante? Qual dos preceitos é o mais importante? Agora, permanecem estas três coisas: a fé, a esperança e a caridade; porém, a maior delas é a caridade (o amor ao semelhante). Revelações do Senhor, em I Coríntios, Portanto, ninguém será justificado apenas pela sua fé! Se não houver obras de amor, a caridade ao semelhante, a fé é morta e não haverá salvação. Isso está claro em Mateus, a 40 e por todo o Evangelho: Que pratiquem o bem, sejam ricos de boas obras em dar e prontos para repartir; que acumulem para si mesmos tesouros, sólido fundamento para o futuro, a fim de se apoderarem da Verdadeira Vida. I Timóteo, 6.18 e 19. Seremos julgados conforme a nossa fé ou conforme as nossas obras de amor? Vamos conferir o próprio Paulo, instruído pelo Espírito Santo de Deus, é claro. Novamente a Salvação pelas obras ao semelhante, e não por justificação: Porque importa que todos nós compareçamos perante o Tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por intermédio do corpo. II Coríntios, Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria. II Coríntios, 9.7. Um dos mais belos discursos de Paulo, sempre inspirado pelo Espírito Santo de Deus, é claro, ressalta a importância maiôs das obras do verdadeiro amor, o amor da caridade, temos no capítulo 13 da Primeira Carta aos Coríntios. Ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver amor, nada terei. I Coríntios,

14 No versículo seguinte, Paulo afirma que também não adianta fazer a caridade apenas por obrigação, para tentar se justificar com Deus, sem o amor que a caridade requer: Ainda que eu distribua todos os meus bens aos pobres e ainda que eu entregue o meu corpo para ser queimado, se não tiver o amor, nada disso se aproveitará. I Coríntios, 13. Por exemplo: Não adianta a um homem bem de vida distribuir, todos os anos, no Natal, um caminhão de víveres e presentes numa favela, se não mostrar amor pelo povo dali. O amor deve ser vivido todos os dias do ano, e não só no Natal. Conforme o Evangelho, o amor de caridade nem sempre consiste na simples distribuição de bens aos pobres. Há ações, geradas pelo amor, que surtem muito melhor efeito que uma boa refeição no Natal, ou brinquedos para as crianças. Trata-se do amor de caridade que consiste em boas obras, tais como as tentativas junto aos poderes públicos para que melhore as condições da favela; da presença ali como voluntário, ensinando os que desconhecem dos perigos da falta de higiene; de como escovar os dentes; do perigo de crianças próximas ao fogão, quando há panelas quentes; dos perigos das vasilhas de água fervente que quebram as hastes justamente em decorrência do calor; da assistência geral, e de muitos outros fatores que integram o ensinar a pescar, que é muito mais importante que dar um peixe. Tenho comigo que a maior das caridades do amor é exatamente a evangelização. O que é a Salvação Verdadeira e Bíblica? a salvação...não segundo as obras de justiça, mas segundo sua misericórdia ele nos salvou o lavar regenerador do Espírito Santo, por intermédio de Jesus Cristo. II Carta a Tito, 3.5. Mesmo com todas as obras e a fé que temos, o Evangelho nos revela que mesmo assim, precisamos da misericórdia de Deus para a nossa salvação. A salvação é um dom gratuito? A salvação não é um dom gratuito, mas uma concessão gratuita, conforme a II Carta a Tito, 3.5, que precisa ser cultivada permanentemente, de acordo com os preceitos de Jesus, dada a imensa importância e grandiosidade de uma vida eterna e feliz ao lado do Rei dos Reis.. Deus seria um tremendo injusto de concedesse a salvação gratuita, como se fosse um dom, para um e para outro não. O homem tem de fazer por merecer a salvação, e isto é um ato penoso, que requer abstinências, sacrifícios e, principalmente o amor de caridade ao semelhante, pois é impossível amar a Deus sem se amar e servir ao semelhante. O jovem rico guardava todos os Dez Mandamentos da Lei de Deus, portanto, entende-se que estava justificado, assim como os homens de Alphaville citados, mas não tenha obras. Jesus revelou-lhe isso, mas como todo rico, ele desviou-se das obras. Portanto, nada valia a sua justificação, a sua fé sem obras. Sempre digo que se no caso daquele jovem rico de Marcos, 10, ele fora instruído pelo próprio Jesus, mas mesmo assim, o peso do ouro falou mais alto, imagine hoje, sem a presença pessoal de Jesus com vai ser muito mais difícil fazer um rico dividir sua fortuna com os necessitados! Se nem Jesus conseguiu...! Vai, vende tudo o que você tem e aí poderá seguir-me. Jesus, em Marcos, 10. Arrependei-vos, pois o reino dos céus está próximo. Advertência de Jesus, em Mateus, 4.17 Um pastor evangélico, professor, escritor e teólogo da CACP, declarou-me que a salvação vem por dom gratuito de Deus, e para isso usou do seguinte preceito: Jesus garantiu a salvação de uma prostituta: "A tua fé te salvou; vai-te em paz". Lucas, A Salvação instantânea! Não foi instantânea. Jesus concedeu a graça da salvação, que é concedida a todos nós, mas a prostituta não estava salva, completamente, pois ainda dependia inteiramente dela própria, pois Jesus completou as condições para essa grandiosidade: A tua fé te salvou. Vai em paz, mas não peques mais para não te acontecer coisa pior. Jesus. 14

15 Quanto a isso, o Evangelho nos exorta a perseverar. Não haverá salvação se não houver perseverança. Aquele, pois, que perseverar até o fim, esse será salvo. Jesus, em Marcos, Aos que dizem que estamos livres da lei, porque a Graça de Jesus invalidou a lei, eu pergunto: Mas de que lei estão falando? Dos Dez Mandamentos nos quais o mandamento do sábado sobressai? Bem quanto aos Dez Mandamentos não pode ser, pois o próprio Jesus, em Mateus, 5.17 até 40 abominou qualquer tentativa de se mexer nas leis, nem que seja numa só letra. Bem, então sobraram as leis praticadas pelos judeus na época de Jesus, que vieram de Levítico, nada menos que 603 leis judaicas (está fora desse grupo as Dez Leis), pelas quais se praticava o assassinato público pelo apedrejamento até o esfacelamento mortal; os ritos no templo com o sangue de bodes e de touros, com aspersão de sangue sobre os presentes, julgando que esse sangue perdoava os pecados, e outras miríades constantes do capítulo inteiro de Hebreus, 9 e que se estende até o 10, como também a carga pesada colocada sobre o sábado santo, que nem a um doente se podia socorrer; nem o fogo da cozinha se podia acender e poucos passos se podia dar, e até a condenação por apedrejamento se um homem fosse pego trabalhando num sábado, e por aí afora....atam cargas pesadas e impossíveis de levar, e as põem sobre os ombros dos homens, mas nem com um dedo as querem mover. Jesus, irado com o farisaísmo, em Mateus, Agora, pois, porque tentais ao vosso Deus, pondo sobre os ombros dos discípulos um jugo que nem nossos pais puderam suportar?. Atos, Realmente Jesus nos libertou das leis, tão combatidas por Paulo em suas encíclicas, mas não nos libertou dos Dez Mandamentos, pois nenhum mandamento há, ali, a ser libertado. Depois de Jesus ter afirmado, categoricamente, sem dúvida alguma, que as Dez Leis não serão corrompidas em só uma letra, até a consumação dos séculos, a teoria da libertação do sábado só ocorre na cabeça dos tolos, ou dos teólogos que preferem a tradição dos homens que a Palavra de Deus Escrita. Se Jesus tivesse abolido os Dez Mandamentos, então, hoje, nós evangélicos poderíamos imitar os católicos fabricando as insólitas imagens, estátuas e estatuetas e venerá-las. É possível, então, excluir somente um dos mandamentos de Deus, justamente um dos principais, o sábado, e ignorar a exclusão dos outros nove? Ora, se estamos libertos das leis, essas são dez. O que o Evangelho nos revela a respeito das três virtudes; Fé esperança e caridade, que é o amor ao semelhante? Agora, permanecem estas três coisas: a fé, a esperança e a caridade; porém, a maior delas é a caridade ( o amor ao semelhante). Revelações do Senhor, em I Coríntios, A fé, sem obras é morta. Tiago, Mas alguém dirá: Tu tens fé, mas eu tenho obras; mostra-me essa tua fé sem obras, e eu te mostrarei a minha fé, com obras. Tiago, Portanto, ninguém será justificado apenas pela sua fé! Se não houver obras de amor, a caridade ao semelhante, a fé é morta! Tenho comigo que a maior das caridades do amor é exatamente a evangelização. Mostrar que Jesus é tudo, e que até o suficiente pode conceder, quando se cuida mais das coisas de Deus que dos homens: Mas, buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas. Mateus, Os que defendem a fé com a maior das virtudes, pois só pela fé o homem é justificado perante Deus, independentemente das obras por amor aos semelhantes, usam os seguintes preceitos bíblicos, que isolados do contexto por inteiro, dão a impressão de que basta ter fé para salvar-se na eternidade, e que o critério da caridade, do amor, não são os mais importantes e julgam que a salvação vem por dom de Deus, e não pela realização da caridade cristã. Quanto ao exposto, vejamos os versos principais que usam para isso: 15

16 O justo viverá pela fé. Romanos, Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independente das obras da lei. Romanos, A que obras da lei Paulo se referia, que tinha valor bem menor perante a fé? Paulo se referia às obras contidas na tradição judaica, pois ao final do capítulo anterior, no mesmo Romanos, 2.25, inicia o assunto obras da lei, onde Paulo abomina, novamente, a circuncisão judia que tem o assunto completado em Romanos, 3.31: O homem nunca será justificado apenas praticando obras tais como a circuncisão; pelos sacrifícios de animais no templo; pela aspersão se sangue nos presentes ao templo; pela separação de raças; pela observância desmedida do sábado, tal como não se poder atender a um doente aos sábados; como não se poder acender o fogo na cozinha ou pela obrigação de não poder dar muitos passos aos sábados. Esses itens são os mais importantes das obras da lei tão combatidas por Paulo. Para isso, também podemos tomar o final do capítulo anterior (pois a separação por capítulos é nossa, e não de Paulo) para notar, claramente, que Paulo se referia, também, às obras da lei da tradição judia: outra vez a circuncisão que um grupo pretendia que fizesse parte do cristianismo emergente, as obras que Paulo sempre combateu O cristão estava livre, principalmente da dolorosa circuncisão, que muitos judeus queriam que continuasse no cristianismo, atribuída, principalmente, aos gentios. Pela justificação da lei da graça de Jesus, os cristãos não tinham mais de permanecer escravizados pelas ordenanças judias, pelas obras judias: Para a liberdade, Cristo nos libertou. Permanecei firmes e não vos submetais, de novo, ao jugo da escravidão. Eu, Paulo, vos digo, que, se vos deixardes circundar, de Cristo nada vos aproveitará. De novo, testifico a todo homem que se deixa circundar que está obrigado a guardar toda a lei. De Cristo vos desligastes. Vós que procurais justificar-vos na lei, da graça decaístes. Porque no Espírito, aguardamos a esperança da justiça que provém da fé. Gálatas, 5.1 a 5. O que o Evangelho nos revela a respeito das três virtudes; Fé esperança e caridade, que é o amor ao semelhante? Agora, permanecem estas três coisas: a fé, a esperança e a caridade; porém, a maior delas é a caridade ( o amor ao semelhante). Revelações do Senhor, em I Coríntios, Portanto, ninguém será justificado apenas pela sua fé! Se não houver obras de amor, a caridade ao semelhante, a fé é morta! Seremos julgados conforme a nossa fé ou conforme as nossas obras de amor? Porque importa que todos nós compareçamos perante o Tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por intermédio do corpo. II Coríntios, Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria. II Coríntios, 9.7. Que pratiquem o bem, sejam ricos de boas obras em dar e prontos para repartir; que acumulem para si mesmos tesouros, sólido fundamento para o futuro, a fim de se apoderarem da Verdadeira Vida. I Timóteo, 6.18 e 19. Vi, também, os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé, diante do Trono. Então abriram-se livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros. Apocalipse, Vejamos, para completar, o que o próprio Jesus revelou quanto à importância maior da caridade das boas obras, que consiste no amor ao semelhante. Jesus, a seguir, não coloca a fé como a maior das virtudes, mas sim a caridade do amor. 16

17 Legitimando a prática da caridade verdadeira como condição básica para a salvação da alma, temos uma das mais belas e produtivas passagens bíblicas pela qual Jesus nos repassa o que o céu quer de nós na Terra. O Senhor Deus nos adverte gravemente para a vital importância da caridade, em suas diversas formas, cujos frutos pesarão, consideravelmente, na balança da Justiça, no dia do Juízo Final. Quando o filho do homem voltar na sua glória, e todos os anjos com ele, sentar-se-á no trono glorioso. Todas as nações se reunirão diante dele, e ele separará as ovelhas dos cabritos. Colocará as ovelhas à sua direita, e dirá: Vinde, benditos de meu Pai, Tomai posse do reino que vos está preparado desde a criação do mundo, porque: Tive fome e me destes de comer. Tive sede e me destes de beber. Era peregrino e me acolhestes. Estive nu e me vestistes. Estive enfermo e me visitaste. Estive na prisão e viestes a mim. Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus pequeninos, foi a mim que o fizestes. Voltar-se-á em seguida para os de sua esquerda (os cabritos) e lhes dirá: Retirai-vos de mim malditos, ide para o fogo do inferno, fogo eterno destinado ao demônio e aos seus anjos, porque: Tive fome, e não me destes de comer. Tive sede, e não me destes de beber. Era peregrino e não me acolhestes. Estive nu e não me vestistes. Enfermo e na prisão, e não me visitastes. Justiça final de Jesus, em Mateus, em frente. Conforme essa revelação cristã, o meu semelhante é a própria emanação de Deus! Além disso, deixa claro que as relações com meus semelhantes se tornarão o fiel da balança de Deus na hora da justiça. Pela clareza dessa revelação não há como atribuir a ela mais de uma interpretação. Por esses versículos que costumo atribuir a um eficiente resumo dos preceitos Bíblicos, Jesus não dirá: Vinde benditos de meu Pai, porque me honrastes nas altíssimas catedrais ou no mais humilde dos templos. Ou mesmo: Vinde benditos de meu Pai, porque integrastes tal ordem religiosa.... Mas Jesus dirá: Vinde benditos de meu pai, porque trilhastes a estrada estreita demonstrando amor a mim através do amor que dedicastes aos teus semelhantes. Eu jamais me cansarei de reler esta mensagem que, na realidade, retrata com majestade a gloriosa volta de Jesus Cristo, na qual não será mais ele quem estará sendo julgado pelos homens como o foi, mas, sim, será ele quem estará julgando os homens que não se importaram com o Grande Sacrifício do Cordeiro de Deus e premiando, regiamente, aos que lhe tiverem sido fiéis. Nessa ocasião, o fim bíblico dos séculos estará se consumando. Além de tudo isso, essa Mensagem divina retrata uma maravilhosa promessa, na qual promete o reino dos céus aos que, pela fé e pela obediência a Deus, se envolvem no auxílio aos carentes de todos os tipos de necessidades. Muitas vezes, tentamos fazer o bem ao próximo apenas por alguma coisa, mas o Espírito Santo de Deus deixa bem claro, em Mateus 25, que devemos fazer o bem por alguém e não por coisa alguma. Espero que os relapsos, os hipócritas, os fariseus, os omissos, os meio cristãos, os enganadores e os ímpios em geral, também tomem conhecimento, a tempo, da grave acusação, seguida da terrível e irrevogável sentença, no dia do Juízo, que serão feitas aos que estarão sendo rejeitados pela Justiça de Deus:... retirai-vos de mim, malditos. Ide para o fogo eterno, preparado para o demônio e seus anjos.... Mateus, É muito fácil colocar o próximo no lugar dele, conforme o nosso julgamento, mas o mais difícil, recomendado por Jesus, é colocarmo-nos no lugar desse nosso semelhante. É fácil dizer: coitado ou até nos emocionarmos ( que de caridade nada vale (, todavia, quando nos defrontamos com alguém que sofre temos de tentar sentir o sofrimento desse, e contribuir, de alguma forma, para diminuir a sua dor, a sua tribulação física, seja qual for, fazendo por aquele irmão o que desejaríamos que fizessem conosco se 17

18 estivéssemos naquele estado. Além disso, esse ato abrirá caminho para evangelizá-lo, o que constitui a melhor das caridades. Na verdade, como já citei, a glorificação dos justos e a condenação dos injustos contidas em Mateus em diante, tornam-se um prático e eficiente resumo de todos os livros da Bíblia, pois todos os livros pregam o que mais interessa a Deus: o amor a ele por intermédio do amor dedicado ao próximo. Quando amamos o nosso semelhante é ao Senhor que dedicamos esse amor, porque ali, em Mateus, 25, ele declara, solenemente que, em relação ao merecimento do céu, é ele mesmo que está na pessoa de cada excluído, em cada necessitado e, em cada um que precise de qualquer tipo de ajuda, não só material, mas também espiritual. Repetindo: subtende-se, então, que o próximo deve ser considerado como a própria emanação de Deus! Em todos os seguimentos cristãos são promovidas campanhas voltadas para a caridade, e as mais conhecidas são as campanhas do quilo e as do agasalho. Quando for ao seu culto ou à sua missa, não deixe de levar nem que seja um quilo de alimentos. Você estará levando ao próprio Jesus que, conforme a sua promessa, estará lá, pessoalmente, para receber a sua doação, e esses simples atos pesarão muito a seu favor, no dia da Justiça Final, como está bastante claro em Mateus, a 40:... Estive enfermo e vos não me visitastes.... Se você não pode fazer mais, poderá visitar e atenuar o sofrimento de vários enfermos se comparecer duas ou três vezes por ano a um hospital simplesmente para doar sangue. Além desse verdadeiro ato de caridade, por essa ação, estará também cuidando de sua própria saúde, pois conforme o Centro de Câncer da Filadélfia, por pesquisas, seus cientistas chegaram à seguinte conclusão: quem doa sangue três vezes por ano, tem 50% a mais de chance de não ser vítima de infarto e 40% a mais de chance de não contrair câncer intestinal. Isso sucede porque a doação de sangue reduz o excesso de ferro nas veias que pode formar placas dentro das artérias e pólipos no cólon (intestino grosso) que podem se transformar em câncer. A cada vez que doar sangue, conforme os céus, você estará doando ao próprio Jesus e mais pontos positivos estarão sendo computados a seu favor no Livro da Vida!... Estive na prisão e vos não me visitastes.... Esse versículo induz à evangelização cristã! Poucos podem visitar uma prisão, caso não tenham parentes lá, levando nem que seja uma Bíblia ou uma palavra amiga a um encarcerado qualquer, porém, não existe somente a prisão de cadeias físicas com grilhões de ferro, pois existe a prisão espiritual, a pior prisão, onde o espírito fica encarcerado à mercê do demônio, que poderá levá-lo à definitiva masmorra dos eternos suplícios. Não permaneça indiferente aos que estão privados da palavra. Dificilmente esses conseguirão se libertar sem ajuda. Essa é a maior de todas as caridades. Jesus, em Mateus, e seguintes, afirma, sem dúvida alguma, portanto de modo absolutamente cristalino que as obras (por certo geradas pela fé) são os componentes mais importantes para a salvação do homem. Ali Jesus afirma que no dia do Julgamento Final, separará dois grupos: os que viveram pelas obras e os que abominaram as obras. Somente o grupo das obras de salvará. Podemos ver em Mateus, e seguintes, os exemplos claros de obediência às Dez Leis de Deus, resumidas por Jesus em apenas duas, pelas quais não basta servir a Deus dizendo só: Senhor! Senhor!, pois, pela Lei da Graça é necessário doar-se o quanto se pode, pois Jesus doou-se até as últimas consequências. Há várias congregações que atuam nos presídios, tentando evangelizar os encarcerados, e estão sempre a necessitar de Bíblias. Doe algumas, se pude, pois a maior das caridade é a da evangelização. O bem estar do necessitado, resume-se apenas a esta vida, mas o bem estar espiritual não tem limites, pois valerá pela eternidade de Deus. Muitos dos fariseus modernos tentam atribuir das leis de ordenanças descritas por Paulo, que levavam à maldição, à escravidão, aos Dez Mandamentos da Lei de Deus, mas nada tem a ver uma coisa com a outra. Nem poderia ser diferente, pois Jesus legitimou, de forma irrevogável, irretratável, insofismável e 18

19 indiscutível os Dez Mandamentos da Lei de Deus, em Mateus, 5.17 e seguintes, e o Evangelho por inteiro faz o mesmo, senão vejamos: Não penseis que vim revogar a Lei ou os profetas; não vim para revogar, vim para cumprir. Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra. Mateus, 5.17 e seguintes. Ver no site o arquivo: O sábado é para sempre, segundo as Escrituras....pois quem ama o seu semelhante tem cumprido a lei. Pois isso: Não adulterarás. Não matarás, não furtarás, não cobiçarás e, se há qualquer outro Mandamento, tudo se resume nestas palavras: Amarás ao seu semelhante com a ti mesmo, porque o amor não pratica o mal contra o próximo; de sorte que o cumprimento da Lei é o amor. Romanos, 13 8 a 10. Novamente aqui, o Evangelho legitima todos os Mandamentos da Lei de Deus, em cujo bojo está, também, de forma clara, o Quarto Mandamento do sábado santo, pois cita alguns e legitima todos os demais Mandamentos da Lei....pois quem ama o seu semelhante tem cumprido a lei. Pois isso: Não adulterarás. Não matarás, não furtarás, não cobiçarás e, se há qualquer outro Mandamento, tudo se resume nestas palavras: Amarás ao seu semelhante com a ti mesmo, porque o amor não pratica o mal contra o próximo; de sorte que o cumprimento da Lei é o amor. Romanos, 13 8 a 10. Todo aquele que receber esse menino em meu nome, é a mim que recebe. Revelações de Jesus, em Lucas 9.48, revelando, tal com em Mateus 25, que o semelhante deve ser visto como a própria emanação de Deus.. Se alguém ama e serve ao seu semelhante, conforme os céus, será a Deus que estará amando e servindo! Então, benditos sejam esses próximos que nos aproximam de Deus! Se alguém disser: Amo a Deus, mas odeia a seu irmão é mentiroso. Porque se não ama a seu irmão que vê, é incapaz de amar a Deus ao que não vê. Advertência do Senhor, em I João, Waldecy A. Simões. netsimoes@terra.com.br Está perfeitamente permitida a cópia, a reprodução e a publicação de todo o conteúdo desse arquivo, com também é livre a publicação na Internet e a impressão do mesmo. Portanto, o presente arquivo é absolutamente livre para qualquer tipo de propagação desde que não se altere o conteúdo original. Quanto ao conteúdo original, no site existe uma cópia idêntica desse arquivo criada pelo sistema PDF do Acrobat Reader, que o torna inviolável, de cuja cópia também está disponível para livre download e para qualquer tipo de propagação. Agradeço, de coração, a todos, e estou completamente aberto a qualquer tipo de correspondência, das quais declaro, solenemente, que responderei a todas. 19