PLANO DE ENSINO: POLÍTICA EXTERIOR COMPARADA SEMESTRE LETIVO: NOMES

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1 Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais PLANO DE ENSINO: POLÍTICA EXTERIOR COMPARADA SEMESTRE LETIVO: 1º/2016 NOMES e CÓDIGOS DA DISCIPLINA, POR ÁREA DE CONCENTRAÇÃO/NÍVEL: Área de Concentração: Política Internacional e Comparada: MESTRADO: Política Exterior Comparada: Fundamentos Teóricos e Análise de Casos (Cód ) DOUTORADO: Seminário Avançado em Política Exterior Comparada: Fundamentos Teóricos e Análise de Casos (Cód ) Área de Concentração: História das Relações Internacionais: MESTRADO: História das Relações Internacionais da América Latina: Política Exterior em Perspectiva Comparada (Cód ) DOUTORADO: Seminário Avançado em História das Relações Internacionais da América Latina: Política Exterior em Perspectiva Comparada (Cód ) DIA E HORÁRIO DAS AULAS: Quartas-feiras das 8h às 11h50. PROFESSOR: Daniel Jatobá (danieljatoba2008@gmail.com) EMENTA(S) DA DISCIPLINA: Críticas ao culturalismo e ao economicismo das interpretações sobre a América Latina. História do conceito de América Latina. O conceito de América Latina nas ciências sociais. Política comparada: campo e método. Abordagens teóricas no estudo da política exterior comparada. Política exterior como política pública e o fenômeno da sua politização doméstica. As relações internacionais da América Latina: do legado da colonização à formação dos estados nacionais e aos processos de regionalização e globalização. Estudos de caso: Argentina, Brasil, Chile e Venezuela. O desafio de comparar as políticas exteriores dos países da América Latina. NATUREZA DA DISCIPLINA E OBJETIVOS PEDAGÓGICOS: A presente disciplina optativa, ofertada aos cursos de Mestrado e Doutorado em Relações Internacionais do IREL/UnB, tem por objeto o estudo da política exterior dos países latino-americanos em perspectiva comparada, no contexto da sua inserção no processo de modernização capitalista global. Serão discutidos os aspectos históricos do conceito de América Latina, os fundamentos metodológicos e institucionais da política comparada, as abordagens teóricas da política exterior, o tratamento analítico da política exterior como política pública, o fenômeno da politização doméstica da política exterior e, finalmente, as relações internacionais da América Latina em perspectiva histórica, desde o período da colonização até os dias atuais, passando pelos processos de formação de estados nacionais e de blocos regionais. OBJETIVO GERAL: Conhecer os fundamentos históricos, teóricos e metodológicos do estudo da política exterior comparada. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: - Familiarizar os alunos com as literaturas pertinentes ao objeto da disciplina, em especial aquelas relativas à história do conceito de América Latina, aos fundamentos da política comparada enquanto campo e método de investigação científica, às abordagens teóricas da análise de política exterior (APE), à história das relações internacionais dos países da região e à política exterior considerada como política pública; -Desenvolver a capacidade analítica e, sobretudo, crítica dos estudantes, a partir da discussão dos principais conceitos, abordagens teóricas e narrativas históricas sobre a inserção dos países da América Latina no processo de modernização capitalista global; - Incentivar a busca de novos conhecimentos teóricos, em paralelo à realização do curso ou em momento posterior. 1

2 METODOLOGIA: A disciplina será ministrada por meio de aulas expositivas, apresentação de seminários individuais e discussões em sala em torno das leituras obrigatórias e complementares indicadas neste Plano de Ensino. A disciplina requer do aluno boa disposição para leituras e reflexão sobre os textos indicados na lista de leituras obrigatórias. É indispensável a leitura dos textos obrigatórios antes de cada aula: qualquer aluno que não mantiver as leituras em dia estará sujeito à reprovação. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO E COMPOSIÇÃO DA MENÇÃO FINAL A Mença o Final sera composta das seguintes notas e proporço es: (i) Participaça o, interesse e freque ncia (20%); (ii) Dois semina rios individuais, de apresentaça o e discussa o das leituras obrigato rias (30%): (iii) Artigo Final (50%): Cada aluno devera elaborar um artigo (padra o Qualis B1, A2 ou A1), o qual devera reportar uma pesquisa de natureza comparativa em torno dos temas e países priorizados durante as aulas; o artigo devera ter extensa o mínima de 10 (dez) e ma xima de 15 (quinze) pa ginas digitadas em formato Times New Roman, 12, espaçamento 1,5 entre as linhas. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO/CRONOGRAMA DAS AULAS E LEITURAS OBRIGATÓRIAS: 1. APRESENTAÇÃO DO PLANO DE CURSO, DO PROFESSOR E DOS ALUNOS. 2. ABERTURA DOS DEBATES: POR UMA CRÍTICA AO CULTURALISMO E AO ECONOMICISMO DAS INTERPRETAÇÕES SOBRE A AMÉRICA LATINA. SOUZA, Jessé (2015). A Tolice da Inteligência Brasileira: ou Como o País Se Deixa Manipular Pela Elite. São Paulo: Ed. Leya. 272 p. [PARTES I e II, p ]. 3. POR UMA CRÍTICA AO CULTURALISMO E AO ECONOMICISMO DAS INTERPRETAÇÕES SOBRE A AMÉRICA LATINA (continuação). SOUZA, Jessé (2015). A Tolice da Inteligência Brasileira: ou Como o País Se Deixa Manipular Pela Elite. São Paulo: Ed. Leya. 272 p. [PARTES III e IV, ]. 4. POR UMA HISTÓRIA DO CONCEITO DE AMÉRICA LATINA. IÑÍGUEZ, Carlos Piñeiro (2014). Pensadores latinoamericanas del siglo XX. Buenos Aires: Ariel. 816 p. [CAPÍTULOS 1 a 4, p ]. BETHELL, Leslie (2009). O Brasil e a ideia de América Latina em perspectiva comparada. Estudos Históricos, vol. 22, n. 44, p A HISTÓRIA DO CONCEITO DE LATIN AMERICA NOS ESTADOS UNIDOS E AS CIÊNCIAS SOCIAIS NORTE-AMERICANAS. FERES JR., João (2005). A história do conceito de Latin America nos Estados Unidos. Bauru: EDUSC. 317 p. [LIVRO COMPLETO] 2

3 6. TEORIAS E CONCEITOS NO ESTUDO DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS DA AMÉRICA LATINA: ABORDAGENS REGIONAIS, NACIONAIS OU UNIVERSAIS? CERVO, Amado (2003). Política exterior e relações internacionais do Brasil: enfoque paradigmático. Revista Brasileira de Política Internacional, v. 46, n.2, p CERVO, Amado (2008). Teorias e Conceitos em Relações Internacionais. Revista Brasileira de Política Internacional, vol. 51, n. 2, p JATOBÁ, Daniel (2013a). Los desarrollos académicos de las Relaciones Internacionales en Brasil: elementos sociológicos, institucionales y epistemológicos. Relaciones Internacionales (Madrid), v. 22, p POLÍTICA COMPARADA: CAMPO E MÉTODO. LIJPHART, Arendt (1971). Comparative Politics and the Comparative Method. In: American Political Science Review, vol. 65, n. 3. COLLIER, David (1993). The Comparative Method. In: Finifter, Ida (ed.). Political Science: The State of the Discipline II. Washington: American Political Science Association Press. SARTORI, Giovanni (1994). Compare Why and How: Comparing, Miscomparing and the comparative Method. In: Dogan, Mattei; Kazancigil, Ali (eds.). Comparing Nations: Concepts, Strategies and Substance. Oxford,UK and Cambridge, US: Blackwell. 8. ABORDAGENS TEÓRICAS DA POLÍTICA EXTERNA, A POLÍTICA EXTERNA COMPARADA E O PROBLEMA DOS NÍVEIS DE ANÁLISE. HUDSON, Valerie M. (2007). Cap. 1 Introduction: The Situation and Evolution of Foreign Policy Analysis: a road map) e Cap. 7 Theoretical Integration in Foreign Policy Analysis: promise and frustration. In: HUDSON, Valerie M. Foreign policy analysis: classic and contemporary theory. Maryland: Rowman & Littlefeld Publishers. KAARBO, Juliet; LANTIS, Jeffrey & BEASLEY, Ryan (2012). Cap. 1 The Analysis of Foreign Policy in Comparative Pespective. In: BEASLEY, Ryan; KAARBO, Juliet; LANTIS, Jeffrey & SNARR, Michael (Eds.). Foreign Policy in Comparative Perspective. Domestic and International Influences on State Behavior. CQPress-Sage: New York. SINGER, J. David (1961). The Level-of-Analysis Problem in International Relations. World Politics, vol. 14, n. 1. BUZAN, Barry (1995). The Level of Analysis Problem in International Relations Reconsidered. In: BOOTH, Ken; SMITH, Steve (ed.) (1995). International Relations Theory Today, Pennsylvania, The Penn State University Press. 9. A POLÍTICA EXTERNA COMO POLÍTICA PÚBLICA E O FENÔMENO DA SUA POLITIZAÇÃO DOMÉSTICA LIMA, Maria Regina Soares de (2000). Instituições democráticas e política exterior. Contexto Internacional, v. 22, n. 2, p

4 LIMA, Maria Regina Soares de (2013). Relações internacionais e políticas públicas: a contribuição da análise de política externa. In: MARQUES, Eduardo; FARIA, Carlos Aurélio P. de (Org.). Política Pública como Campo Disciplinar. São Paulo: UNESP. MILANI, Carlos R. S.; PINHEIRO, Letícia (2013). Política externa brasileira: desafios de sua caracterização como política pública. Contexto Internacional, v. 35, n. 1, p DEMOCRACIA E POLÍTICA EXTERIOR: DUAS PROPOSTAS TEÓRICO-CONCEITUAIS. JATOBÁ, Daniel (2011). Democracia, Política Externa e Integração Regional: Um Estudo Comparativo das Trajetórias de Argentina e Brasil (Tese de Doutorado). Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (IESP/UERJ), Rio de Janeiro (RJ). 358 f. [CAP. 1 e 2, p ]. BURGES, Sean (2012). Is Itamaraty a Problem for Brazilian Foreign Policy? presented at the Atores e Agendas da Política Externa Brasileira, Pontifícia Universidade Católica (Belo Horizonte/MG). BURGES, Sean (2014). Democracy Postponed: A Political Economy of Brazil s Oligarchic Foreign Policy. Draft for inclusion in the Timothy Power/Peter Kingstone volume on democratic Brazil stemming from the Oxford/KCL Conference on Democratic Brazil re-visited. 11. POLÍTICA EXTERIOR DO CHILE. VAN KLAVEREN, Alberto (2011). La política exterior de Chile durante los gobiernos de la Concertación ( ). Estudios Internacionales. N 169, p FERMANDOIS, Joaquín (2011). Pragmatism, Ideology, and Tradition in Chilean Foreign Policy since In: GARDINI, Gian Luca; LAMBERT, Peter (Orgs.).Latin American Foreign Policies: Between Ideology and Pragmatism. New York: Palgrave Macmillan, p PINHEIRO, Flávio L. (2007). Chile: um país em movimento. In: LIMA, Maria Regina Soares de; COUTINHO, Marcelo (Orgs.). A Agenda Sul-Americana: Mudanças e Desafios no Início do Século XXI. Brasília: FUNAG, p POLÍTICA EXTERIOR DA VENEZUELA. GIACALONE, Rita (2013). Venezuelan Foreign Policy: Petro-Politics and Paradigm Change. In: BEASLEY, Ryan K. et al (Orgs.). Foreign policy in comparative perspective: domestic and international influences on state behavior. Los Angeles, CA: SAGE CQ Press, p RABY, Diana (2011). Venezuelan Foreign Policy under Chávez, : The Pragmatic Success of Revolutionary Ideology?. In: GARDINI, Gian Luca; LAMBERT, Peter (Orgs.). Latin American Foreign Policies: Between Ideology and Pragmatism. New York: Palgrave Macmillan, p LEITE, Iara; FLORES, Fidel (2007). Refundações, conflito e polarização na Venezuela de Chávez. In: LIMA, Maria Regina Soares de; COUTINHO, Marcelo (Orgs.). A Agenda Sul-Americana: Mudanças e Desafios no Início do Século XXI. Brasília: FUNAG, p

5 13. POLÍTICA EXTERIOR DO BRASIL. AMORIM NETO, Otavio (2011). De Dutra a Lula: a condução e os determinantes da política externa brasileira. Rio de Janeiro: Editora Campus Elsevier e Fundação Konrad Adenauer. [LIVRO COMPLETO]. LIMA, Maria Regina Soares de; HIRST, Monica (2006). Brazil as an intermediate state and regional power: action, choices and responsibilities. International Affairs, vol. 82, n. 1, p POLÍTICA EXTERIOR DA ARGENTINA. EPSTEYN, Juan Claudio; JATOBÁ, Daniel (2007). A Argentina nos primeiros cinco anos do século XXI: crise, transição e transformação. In: LIMA, Maria Regina Soares de; COUTINHO, Marcelo (Orgs.). A Agenda Sul-Americana: Mudanças e Desafios no Início do Século XXI. Brasília: FUNAG, p MALAMUD, Andrés (2011). Argentine Foreign Policy under the Kirchners: Ideological, Pragmatic, or Simply Peronist?. In: GARDINI, Gian Luca; LAMBERT, Peter (Orgs.). Latin American Foreign Policies: Between Ideology and Pragmatism. New York: Palgrave Macmillan, p SESSÃO DE ENCERRAMENTO: O DESAFIO DE COMPARAR AS POLÍTICAS EXTERIORES DOS PAÍSES DA AMÉRICA LATINA. LEITURAS COMPLEMENTARES * : FLORES, Fidel; JATOBÁ, Daniel (2016, no prelo). Domestic Reactions to China s Presence in Three Latin American Countries: Brazil, Nicaragua and Venezuela, artigo aprovado para publicação no Journal of China and International Relations, vol. 4, n. 1. GERNER, Deborah (1995). The Evolution of the Study of Foreign Policy, p in NEACK, Laura, HEY, Jeanne & HANEY, Patrick (eds.). Foreign Policy Analysis Continuity and Change in its Second Generation. New Jersey: Prentice Hall/Englewood Cliffs. HALL, Peter A. e TAYLOR, Rosemary (2003). As três versões do neo-institucionalismo. Lua Nova, n. 58, p JATOBÁ, Daniel (2013). Teoria das Relações Internacionais. São Paulo: Editora Saraiva. JATOBÁ, Daniel (2013b). Repensar y rehacer la realidad contemporánea tras la expansión filosófica de las Relaciones Internacionales. Relaciones Internacionales (Madrid), v. 24, p JATOBÁ, Daniel; FLORES, Fidel (2015). Análise de Política Externa, politização e democracia: um panorama crítico. Trabalho apresentado no 5º Encontro Nacional da Associação Brasileira de Relações Internacionais, realizado em Belo Horizonte (MG) entre os dias 29 e 31 de julho de PUTNAM, Robert D. (1988). Diplomacy and Domestic Politics: The Logic of Two-Level Games. International Organization, vol. 42. SMITH, Steve (1986). Theories of foreign policy: an historical overview. Review of International Studies, v. 12, n. 01, p *Haverá a sugestão de outras leituras complementares no decorrer das discussões em aula. 5