Dando Fruto para o Senhor

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1 abdcabdcabdcabdcabdcabdcabdcabdc abdcabdcabdcabdcabdcabdcabdcabdc O Dando Fruto para o Senhor abdcabdcabdcabdcabdcabdcabdcabdc cenáculo, o banquete de Páscoa, a aproximação da cruz, a urgência de preparar os discípulos todos esses elementos compunham o cenário da incomparável despedida de Jesus registrada em João 14 a 16. Durante esse discurso, o Senhor proferiu uma mensagem desafiadora sobre a videira e os ramos. Os estudiosos especulam o que teria inspirado a imagem usada por Jesus. Talvez tenha sido o fruto da videira usado na instituição da santa ceia. Talvez houvesse uma videira ao lado da casa, visível pela janela. Se o pequeno grupo já havia saído do cenáculo quando Jesus proferiu a última parte do discurso (veja João 14:31), podem ter avistado uma vinha. Outra possibilidade é terem passado pelo templo e observado seus cachos de uva em ouro 1. Cristo pode ter desejado usar uma figura comum do Antigo Testamento (Salmo 80; Isaías 5; Jeremias 2). Acima de tudo, Ele certamente usou essa figura porque permitia uma comparação que todos entenderiam. Mais importante do que o motivo de Jesus ter usado a figura da videira é o que Ele esperava obter através de Sua ilustração. Não demoraria muito para ele partir da terra. Seus discípulos teriam de levar adiante o Seu trabalho. Eles precisavam entender como conseguiriam realizar isso. Esse é o pano de fundo das palavras do Senhor: Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda. Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado; permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em 1 Há uma descrição desses ornamentos na página 40 da edição A Vida de Cristo Parte 10. abdcabdcabd João 15:1-12, Olhando de perto mim. Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Se alguém não permanecer em mim, será lançado fora, à semelhança do ramo, e secará; e o apanham, lançam no fogo e o queimam. Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito. Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis meus discípulos. Como o Pai me amou, também eu vos amei; permanecei no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; assim como também eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e no seu amor permaneço. Tenho-vos dito estas coisas para que o meu gozo esteja em vós, e o vosso gozo seja completo. O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei. Não fostes vós que me escolhestes a mim eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda (João 15:1 12, 16). Estas palavras foram ditas originalmente aos apóstolos e continham um significado especial para eles (veja 15:16). Entretanto, o âmago da mensagem dos versículos 1 a 12 pode ser aplicado a todos os cristãos. Três grandes temas permeiam esses versículos: 1) guardar os mandamentos de Deus, 2) dar fruto para Deus, e 3) permanecer no amor de Deus. Assim como as pernas de um tripé, esses temas se sustentam um ao outro. Neste sermão, destacaremos o segundo item dar fruto e um dos aspectos dessa frutificação 2. 2 A ênfase neste sermão está em ganhar almas, mas a apresentação pode ser adaptada para enfatizar o fruto do Espírito ou a necessidade de ter uma vida semelhante à de Cristo. 1

2 A REALIDADE DA FRUTIFICAÇÃO A idéia fundamental desse trecho é que os ramos da videira têm um propósito, que é o de dar fruto (vv. 2, 4, 5, 8). O agricultor não pode justificar a existência de um ramo que não cumpre o seu propósito. Uma vez que os ramos infrutíferos roubam os nutrientes dos ramos frutíferos, eles precisam ser cortados (vv. 2, 6). Da mesma forma, como cristãos, temos um propósito: dar fruto. Jesus disse: Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis meus discípulos (v. 8). Dar fruto não é uma opção; não é um adendo às outras atividades cristãs. Dar fruto é o nosso propósito; é nisto que consiste seguir a Cristo. Quando um cristão não dá fruto, ele perdeu a razão de ser. Que fruto devemos dar? O Novo Testamento usa o termo fruto numa variedade de sentidos 3. Alguns acreditam que o fruto de João 15 é o fruto do Espírito. Paulo escreveu que o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio (Gálatas 5:22, 23a). Referindo-se a isto, há quem insista que cumprimos o mandamento de dar fruto quando desenvolvemos todas essas qualidades cristãs em nossas vidas. Outros salientam que o termo fruto pode se referir a todos os resultados positivos de se viver e trabalhar pelo Senhor. Paulo disse: Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o viver na carne traz fruto para o meu trabalho (Filipenses 1:21, 22a). A ERC diz fruto da minha obra. Um dos usos comuns da palavra fruto na Bíblia tem a ver com reprodução e os resultados dessa reprodução (Gênesis 1:11; Lucas 1:42). Alguém já observou que o fruto de uma macieira é uma maçã, o fruto de uma laranjeira é uma laranja, e o fruto de um cristão deveria ser outro cristão. No reino físico, a humanidade recebeu a ordem de ser fecunda, multiplicar-se e encher a terra (Gênesis 1:28; veja também 9:1, 7). Há um desafio semelhante no reino espiritual. Paulo escreveu: Assim, meus irmãos, também vós morrestes relativamente à lei, por meio do corpo de Cristo, para pertencerdes a outro, a saber, aquele que 3 A palavra fruto tem muitos usos. Pode referir-se ao que se vê na vida de uma pessoa (Mateus 3:10; 7:16 20); o resultado de uma vida produtiva, fiel (Efésios 5:9; Filipenses 1:11; Colossenses 1:10; Hebreus 12:11; Tiago 3:17, 18); ou o resultado ou recompensa de um esforço extenso (João 4:36; 12:24). A expressão primícias ou primeiros frutos (Romanos 8:23; 1 Coríntios 15:20, 23; 16:15) é uma figura de linguagem baseada no mandamento vétero-testamentário de se separar os primeiros frutos para serem dedicados ao Senhor. ressuscitou dentre os mortos, a fim de que frutifiquemos para Deus (Romanos 7:4). O termo fruto em Romanos 7:4 pode ser usado num sentido geral, mas a ilustração do casamento sugere o fruto dos filhos filhos espirituais, ou seja, novos cristãos. O próprio Paulo poderia estar falando desse tipo de frutificação quando escreveu à igreja em Roma. Ele disse aos irmãos que almejava visitá-los para conseguir igualmente entre vós algum fruto, como também entre os outros gentios (Romanos 1:13). Em relação ao fruto de João 15, é necessário que optemos por uma das possibilidades mencionadas? Será que podemos desenvolver as qualidades cristãs sem desenvolver o fruto do Espírito que resultará em resultados positivos? Podemos ser como Cristo e estar cheios do Espírito sem nos esforçarmos para alcançar os perdidos? Jesus disse que Ele veio para buscar e salvar o perdido (Lucas 19:10), e nós devemos seguir os Seus passos (1 Pedro 2:21). Temos de admitir a importância de partilhar a fé para que mais almas sejam salvas. Mantendo essa aplicação em mente, consideremos o seguinte: a videira não dá fruto; essa é a função dos ramos. A videira capacita os ramos a efetuarem o seu trabalho, mas são os ramos que devem produzir o fruto. Se os ramos não derem fruto, não haverá fruto. Se você e eu não alcançarmos os perdidos, nenhum deles será salvo. No Novo Testamento, o ato de um cristão partilhar a fé é mais um resultado natural de ser cristão do que um mandamento. A maioria de nós conhece a grande comissão registrada por Mateus: Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo (Mateus 28:19). Uma versão literal da passagem seria: Indo, portanto, discipulem todas as nações 4. Em outras palavras, enquanto estiverem indo (ou, quando forem), ensinem todos a quem encontrarem. Foi exatamente isto que aconteceu quando a igreja de Jerusalém foi dispersa por causa da perseguição: levantou-se grande perseguição contra a igreja em Jerusalém; e todos, exceto os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judéia e Samaria Entrementes, os que foram dispersos iam por toda parte pregando a palavra (Atos 8:1, 4). 4 Alfred Marshall, The Interlinear Greek-English New Testament ( Novo Testamento Interlinear Grego-Português ), 2ª ed. Londres: Samuel Bagster e Sons, 1958,

3 Se entendemos o que estamos partilhando, então esse partilhar deve ser natural para nós. Estamos partilhando nossa fé em Jesus, estamos partilhando o evangelho, as boas notícias. Não é preciso suplicar a uma jovem que acabou de noivar que mostre seu anel de noivado. É natural para ela mostrar seu anel a todos. Um pai de primeira viagem não precisa ser persuadido a contar aos outros sobre seu filho recém-nascido e, com certeza, não é preciso forçar uma avó a mostrar as fotos de seu novo netinho. Partilhar essas notícias boas é natural para eles. Num mundo repleto de tragédias, há uma fome de notícias boas 5. Nós temos as boas notícias a respeito de Jesus! Como deveria ser um ato natural para todo cristão partilhar essa boa notícia! Alguns podem indagar: Como? Como posso partilhar minha fé? Como posso dar fruto no sentido de ganhar outros para Jesus? A passagem não nos diz como; ela apenas indica que partilhar é essencial. Há dezenas, até centenas, de bons métodos para partilharmos a fé. Cada um de nós é um ser único; o que funciona para um pode não funcionar para outro 6. Qualquer que seja o método utilizado, ele deve incluir vida e doutrina. Paulo combinou esses dois fatores em Filipenses 2:15, 16: Para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo, preservando a palavra da vida, para que, no Dia de Cristo, eu me glorie 1) Vida. É preciso viver a vida cristã fiel nos sentidos positivo e negativo. Positivamente, vivendo uma vida correta, amando e ajudando o próximo. Negativamente, afastando o mal da vida para permanecer puro. Se o cristão não levar uma vida consistente com o que ensina, ninguém dará ouvidos ao seu ensino 7. 2) Ensino. Não importa como seja a sua vida, você também precisa ensinar o evangelho. Alguns pensam que, uma vez que tenham uma vida em conformidade com a verdade, não precisam ensinar a verdade. Você é melhor que Jesus? Ele não pode- 5 Se quiser, cite aqui as más notícias anunciadas pelos meios de comunicação em massa (tv, jornais). 6 Adapte este parágrafo ao que está sendo feito entre seus ouvintes. Se preferir um método em particular, diga uma ou duas palavras sobre ele. Pode-se oferecer aos ouvintes um curso sobre como usar determinado método de evangelismo. 7 Acrescente uma ilustração pessoal aqui: um calvo, por exemplo, teria dificuldade de vender uma loção para crescimento capilar. ria dar fruto somente através da Sua vida. Ele viveu a verdade. Ele viveu a verdade, mas Ele também ensinou. O ensino pode ser complementado por cartas, panfletos, vídeos, ou estudo individual. O importante não é comi se ensina, e sim que se ensine. Retomemos este pensamento: conforme João 15, ser cristão consiste em dar fruto. Se nos convencermos da importância do nosso papel como ramos, isto já será o suficiente para encontrarmos meios de dar fruto. O RELACIONAMENTO ESSENCIAL À FRUTIFICAÇÃO A principal ênfase do ensino de Cristo sobre dar fruto é que não podemos dar fruto separados de Jesus. O versículo 4 começa com as palavras: Permanecei em mim. Poderíamos apresentar um tratado científico sobre a afinidade entre a videira e seus ramos. Poderíamos falar do processo de osmose: as raízes da videira transportam seiva e nutrientes do solo para os ramos. Poderíamos discursar acerca da fotossíntese: a ação da luz solar sobre a clorofila 8 das folhas. Todavia, esta não é uma lição de horticultura, e sim um sermão sobre relacionamento. Mesmo que não entendamos o que é osmose e fotossíntese, uma coisa nós compreendemos: o ramo só tem vida quando está ligado à videira. Por mais que ele tenha crescido no passado, por mais comprido ou espesso que seja, por mais verde ou saudável que pareça, ou por mais atraente que seja, se esse ramo não estiver conectado à videira, ele morrerá. O mesmo se aplica ao nosso relacionamento com Cristo: Ele é essencial à nossa vida e ao nosso crescimento espiritual. Somos batizados nele (Romanos 6:3 6; Gálatas 3:26, 27). Nele, somos uma nova criatura (2 Coríntios 5:17). Todas as bênçãos espirituais estão nele (Efésios 1:3). Nele, temos redenção (Colossenses 1:13, 14). Por que alguns de nós não estão ganhando almas como deveriam? Por que não estamos partilhando nossa fé? Também poderíamos perguntar: Por que não estamos crescendo espiritualmente? Por que não estamos vivendo a vida cristã com dedicação? Por que não somos fiéis e assíduos às reuniões? A resposta para todas essas perguntas é a mesma: nosso relacionamento com Cristo não está bem. Jesus disse: Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto (João 15:5b). Se estivermos 8 Clorofila é uma transliteração da palavra grega que significa verde. Refere-se à coloração verde das folhas. 3

4 nos relacionando bem com Cristo, daremos fruto. O relacionamento é a chave. Certo pregador estava num daqueles dias difíceis. Além do cansaço e da agenda lotada, as obrigações financeiras perturbavam a sua mente. Uma das filhas dele telefonou dizendo quase fora de si: Papai, eu preciso da sua ajuda! Eu realmente preciso da sua ajuda! Ele não respondeu: Filha, estou cansado demais, nem: Estou superocupado. Ele não disse: Não tenho dinheiro, nem: Não sei como te ajudar. Mesmo se não soubesse como ajudá-la, iria atrás de alguém que soubesse. De um jeito ou de outro, aquele pai iria ajudar a filha. Sabem por quê? Porque eles tinham um relacionamento especial. A pergunta da vez é: Que tipo de relacionamento nós temos com Jesus? Ou seja, já fomos batizados em Cristo? Se fomos, estamos vivendo para Ele agora? Em sua primeira epístola, João expôs o tema permanecer em Jesus numa perspectiva individual. Ele disse que quem permanecer nele andará como Ele andou (1 João 2:6), amará seu irmão (2:9, 10) e não continuará vivendo de modo pecaminoso (3:6). Se tivermos um bom relacionamento com Jesus, encontraremos um meio de dar fruto. João 15:1 12 faz algumas declarações severas sobre as conseqüências de não dar fruto. No versículo 2, Jesus disse: Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta. O versículo 6 fala de ser lançado no fogo. A passagem não diz que vamos para o inferno por não ganharmos almas ou por não darmos fruto de outras formas, mas ensina que nos perderemos, se não tivermos um bom relacionamento com Jesus. Vejamos novamente o versículo 6: Se alguém não permanecer em mim, será lançado fora, à semelhança do ramo, e secará; e o apanham, lançam no fogo e o queimam (grifo meu). Alguns que não partilham a fé tentam se justificar dizendo: Eu sou tímido, ou: As pessoas não estão interessadas, ou: Não sou um bom professor, ou Não sei o bastante, ou: Não tenho tempo. Buscam uma razão quando deveriam estar buscando um relacionamento. Paulo escreveu: Tudo posso naquele que me fortalece (Filipenses 4:13; grifo meu). OS REQUISITOS PARA A FRUTIFICAÇÃO Agora que identificamos o nervo central da produção do fruto, nosso relacionamento com a Videira Verdadeira, dediquemos alguns minutos ao exame do texto, a fim de enumerar alguns requisitos práticos para que haja essa frutificação. Alguns pensam que o fruto evangelístico ou seja, partilhar o evangelho com outros requer uma comunicação fluente, a capacidade de ser um bom vendedor, ou uma quantidade considerável de sabedoria. A passagem não diz nada disso, mas sugere quatro prérequisitos: 1) Um espírito de submissão. Deus é o agricultor (João 15:1) Ele é o dono da vinha. Ele poda até os ramos frutuosos (v. 2). Todos nós temos algumas qualidades ruins que precisam de poda! Precisamos estar sempre submissos a Ele e a Jesus. Cristo disse: Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; assim como também eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e no seu amor permaneço (v. 10). 2) Uma mente estudiosa. Jesus disse aos discípulos: Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado (v. 3). A palavra limpos vem da mesma palavra grega equivalente a cortar (v. 2). Uma das principais ferramentas de corte do Senhor é a Sua Palavra. Cristo disse aos onze: Se as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito (v. 7; grifo meu). Conhecer a Palavra de Deus é essencial para darmos fruto especialmente no que diz respeito ao fruto da evangelização. O estudo bíblico e a salvação de almas andam de mãos dadas. Se eu realmente conheço a Palavra, vou querer partilhá-la e, ao fazer isto, sentirei a necessidade de aprender mais. Jesus disse: Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos (Mateus 5:6). Nada melhora o sabor de um alimento do que o indivíduo ter trabalhado arduamente, e nada melhora o sabor da Palavra de Deus do que estar ocupado com o serviço do Senhor especialmente partilhando a verdade. 3) Um coração comprometido. Precisamos nos comprometer em ficar com Jesus. A mensagem de João 15 é: Permanecei em mim (v. 4). No versículo 7, Ele também disse: Se permanecerem em mim (grifo meu), receberão certas bênçãos. Observamos que, de muitas maneiras, nosso relacionamento com o Senhor é como o dos ramos com a videira. Todavia, num aspecto a comparação não dá certo: os ramos não têm escolha quanto a permanecerem ou não ligados à videira mas nós temos. A Bíblia ensina a respeito da segurança do crente, mas não a respeito da impossibilidade de apostasia. João 15 ensina que, mesmo depois de ter sido ligado à videira, posso ser retirado e lançado no fogo. Preciso permanecer no Senhor, se eu quiser ser salvo. No Dia do Juízo, não poderei desembolsar meu certificado de batismo e dizer: Veja, Senhor, eu fui batizado em tal e tal dia. O Senhor tem de me deixar entrar. O batismo é essencial para a salva- 4

5 ção, mas permanecer fiel ao Senhor também é (Apocalipse 2:10). O importante não é só ser batizado em Cristo (Romanos 6:3, 4; Gálatas 3:26, 27), mas também é vital permanecer em Cristo (Romanos 3:24; 6:11, 23; 8:1, 39; 2 Coríntios 2:14; Filipenses 4:7, 19; 1 Tessalonicenses 4:16). 4) Uma atitude determinada. A natureza dos ramos é crescer. Se pararem de crescer, morrem. Alguém escreveu: Quando não há novos brotos no topo de uma árvore é porque a morte já atacou suas raízes. Você e eu precisamos nos determinar a crescer como cristãos, com a ajuda de Deus. Especialmente, precisamos crescer na qualidade de dar fruto. João 15 fala de fruto (v. 2), mas também fala de muito fruto (vv. 5, 8; grifo meu) e mais fruto (v. 2; grifo meu). OS RESULTADOS DA FRUTIFICAÇÃO Finalizando este sermão, vamos analisar alguns resultados positivos da frutificação 9. Cresceremos espiritualmente. Estaremos limpos, produziremos muito fruto (vv. 5, 8) e mais fruto (v. 2). Este sermão concentrou-se no fruto da evangelização. Talvez não haja outra atividade cristã mais intimamente ligada ao crescimento espiritual do que ganhar almas e acompanhar o desenvolvimento delas. Nossas orações serão respondidas (v. 7). Se a sua 9 As passagens citadas podem ser lidas, de maneira que os segmentos sejam ampliados. vida de oração não é o que deveria ser, examine seu relacionamento com Jesus e pergunte a si mesmo se você está ou não dando fruto. Deus será glorificado (v. 8). Recordemos que a vinha é dele e Ele é o agricultor. Quando os ramos dão fruto, Ele é glorificado. Mostraremos para nós mesmos que somos discípulos de Jesus (v. 8). Teremos alegria (v. 11). Paulo chamou aqueles a quem ele converteu de sua alegria e coroa (Filipenses 4:1). João disse que não havia maior alegria do que ouvir que seus filhos na fé estavam andando na verdade (3 João 4). Almas serão salvas as nossas e as de outros! CONCLUSÃO Amamos fazer parte de uma congregação ativa. Que emoção é estar com cristãos que são felizes e ocupados! Apesar disso, o fato de nos ocuparmos demais com uma infinidade de projetos pode nos fazer perder de vista o que devemos ser como igreja do Senhor. Às vezes perdemos de vista o fato de que nossa razão de existir é dar fruto para Deus. Nada substitui a produção de fruto. Que Deus nos ajude a sermos todos frutíferos para Ele! Ao lançar o convite, reforce a necessidade de ser batizado em Cristo para depois permanecer em Cristo. Incentive todos que ainda não foram batizados ou que se desviaram do Senhor a responderem positivamente. Autor: David Roper Copyright 2008 by a Verdade para Hoje TODOS OS DIREITOS RESERVADOS 5