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Transcrição

1 PCPþ AÊ (11uu "" GRUPO PARLAMENTAR DO PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS Vt*"t6+ ;r woin'" ENTRADA Região Autónoma da Madeira Æsembleia l.eslslatlva Presidênòla Ns 1884 Pe.7.2,51P Data: 16-fev-16 /* Exmo. Senhor Presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira /l6" o L"11' d l fi fl ä N/Ref.u 0203 I 1 6 -GPPCP/)il- 1." Funchal, 16 de Fevereiro de 2016 Exmo. Senhor O Grupo Parlamentar do PCP - Partido Comunista Português na Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira vem, ao abrigo das disposições regimentais (artigos 236.o,237.o e alíneas a) e c) do artigo 238.o), requerer a V. Exa. processo de urgência para o Projecto de Proposta de Lei à Assembleia da República intitulado "Primeíra ølterøção øo Decreto-Leí n.o 134/2015, de 24 de Julho, que regulø a øtríbuíção de um subsídío socíal de mobílidctde aos cidødãos benejicídríos, no âmbíto dos serviços øéreos e marítimos entre o Contínente e a Regíão Autónoma da Madeira e entre esta e a Regíão Autónoma dos Açores, prosseguindo objectívos de coesão social e terrítorial", da autoria deste Grupo Parlamentar, e que se anexa. Com os melhores cumprimentos, P'lo Grupo Parlamentar do PCP na ALRAM Os deputados ß J, ltr/cj(tt I

2 GRUPO PARLAMENTAR DO PARTIDO COMUNISTA PORTUGUES NOTA JUSTIFICATIVA A. Sumário a publicar no Diário da República Primeira alteração ao Decreto-Lei n.o , de 24 de Julho, que regula a atribuição de um subsídio social de mobilidade aos cidadãos beneficiários, no âmbito dos serviços aéreos e marítimos entre o Continente e a Região Autónoma da Madeira e entre esta e a Região Autónoma dos Açores, prosseguindo objectivos de coesão social e territorial. B. Síntese do conteúdo do projecto Projecto de Proposta de Lei à Assembleia da República que visa proceder à primeira alteração ao Decreto-Lei n.o , de 24 de Julho, que regula a atribuição de um subsídio social de mobilidade aos cidadãos beneficiários, no âmbito dos serviços aéreos e marítimos entre o Continente e a Região Autónoma da Madeira e entre esta e a Região Autónoma dos Açores, prosseguindo objectivos de coesão social e territorial. C. Necessidade da forma de Projecto de Proposta de Lei A forma de Projecto de Proposta de Lei resulta da necessidade de criar um diploma com superior valor hierárquico normativo. D. Avaliação sumária dos meios financeiros envolvidos na respectiva execução Do diploma e pela sua natureza resultam novos encargos financeiros directos. E. Avaliação do impacto decorrente da aplicação do projecto A liberalização dos preços das tarifas aéreas pôs termo à imposição de obrigações de serviço público païa a Região Autónoma da Madeira, em matéria de fixação de tarifas. A partir de então, a solução materializada ao longo dos últimos anos não introduziu, na mobilidade dos residentes na Madeira e no Porto Santo, uma solução mais justa e adequada ao seu estatuto; bem pelo contrário. Os cidadãos residentes na Região Autónoma da Madeira são fortemente penalizados pelas regras que têm sido adoptadas, e vêem os seus direitos manifestamente lesados. É neste contexto que, no tocante às ligações aéreas se impõe uma outra linha de defesa e promoção do serviço público, 2

3 GRUPO PARLAMENTAR DO PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS salvaguardando os interesses das populações e o seu direito à mobilidade, essencial para uma região insular distante e ultraperiférica como é o Arquipélago da Madeira. F. Conexão legislativa Constituição da República Portuguesa; Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma da Madeira; Decreto-Lein.' , de 24 de Julho; Portaria n.'260-c12015, de 25 de Agosto. -1

4 GRUPO PARLAMENTAR DO PARTIDO COMUNISTA PORTUGUES NA ASSEMBLBIA LEGISLATIVA DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA PROJECTO DE PROPOSTA DE LEI À ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA Primeira ølterøção ao Decreto-Lei n." 134/2015, de 24 de Julho, que regulü a øtribuição de um subsídio sociül de mobilidude aos cídødãos benejicíáríos, no âmbito dos servíços aéreos e marítimos entre o Continente e a Região Autónomu dø Madeira e entre estø e a Regitio Autónoma dos Açores, prosseguindo objectivos de coesão social e tewitoriøl Preâmbulo Importa assumir, de forma ambiciosa e determinada, a verdadeira melhoria das acessibilidades aéreas nas ligações entre a Região Autónoma da Madeira e o Continente Português como urn inadiável e prioritário desafio para o necessário desenvolvimento desta região insular distante. Para tal, requerem-se novas obrigações de serviço público nas ligações aéreas entre a Região e o Continente. A Constituição da República Portuguesa reconhece como dever do Estado a obrigatoriedade de assegurar tudo quanto sejam as exigências da solidariedade para com as regiões insulares em conformidade com a concretização do "Princípio da Continuidade Territorial". O cumprimento do "Princípio da Continuidade Territorial" associado ao princípio da solidariedade, consagrados na Constituição da República Portuguesa e no Estatuto Político- Administrativo da Região Autónoma da Madeira, naquelas que são as obrigações do Estado para com as suas regiões insulares deverão malerializar-se especialmente naârea dos transportes. No quadro da liberalizaçáo da rota de transporte aéreo entre o Continente Português e a Região Autónoma da Madeira, em conformidade com os termos do Decreto-Lei n.o , de 09 de Abril, a obrigação de efectivar o princípio da continuidade territorial não pode diminuir as obrigações do Estado no assegurar das condições que garantam direitos específicos para quem reside nas ilhas. A liberalização dos preços das tarifas aéreas pôs termo à imposição de obrigações de serviço público para a Região Autónoma da Madeira, em matéria de fixação de tarifas. A partir de então, a solução materializada ao longo dos últimos anos não introduziu,na mobilidade dos residentes na Madeira e no Porlo Santo, uma solução mais justa e adequada ao seu estatuto; bem pelo contrário. 4

5 GRUPO PARLAMENTAR DO PARTIDO COMUNISTA PORTUGUES Os cidadãos residentes na Rçgião Autónoma da Madeira são fortemente penalizados pelas regras que têm sido adoptadas, e vêem os seus direitos manifestamente lesados. As regras de funcionamento de mercado que, entretanto, prevaleceram não retiraram a responsabilidade e o dever, por parle do Estado Poftuguês, de assegurar e cumprir as suas obrigações constitucionais em matéria de custos de insularidade para com os residentes na Região Autónoma da Madeira. Foi alterado o modelo de auxílios aos passageiros residentes. Decorridos alguns anos após a entrada em vigor do Decreto-Lei n.o , de 09 de Abril, foram introduzidas várias alterações ao regime então iniciado, nomeadamente com a Lei n.o 50/2008, de 27 de Agosto, a Lei n," 2Il20Il, de 20 de Maio e a Resolução da Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira n.o M, com o intuito de se garantirem aperfeiçoamentos a um modelo que revelou inúmeras insuficiências. No entanto, apesar de todos os aperfeiçoamentos, os passageiros residentes continuaram a confrontar-se com preços de viagens elevados, em geral, reveladores de um modelo de auxílios aos passageiros residentes que cria situações incomporláveis para a maioria dos orçamentos familiares e sem que aquele modelo seja conforme com os direitos fundamentais de quem reside nas ilhas da Madeira e do Porto Santo. O Decreto-Lei n.o , de 24 de Julho foi a resposta dita possível aos obstáculos colocados pela anterior legislação, especialmente no que à tentativa de tentar suprimir os preços astronómicos que eram cobrados aos passageiros residentes nesta Região Autónoma, Contudo, cedo se verificou que longe de resolver os problemas, a nova legislação apenas contribuiu para uma maior perturbação junto dos utentes das ligações aéreas. Deste modo, a vida comprovou como é profundamente negativa a actual estratégia de financiar o transporte aéreo exclusivamente com a comparticipação "ao bilhete", e eliminar o regime de indemnizações compensatórias às companhias aéreas. Revelou-se um erro grave aplicar um modelo de indemnizações compensatórias sem correspondência às exigências do cumprimento de obrigações objectivas, claras e transparentes de serviço público. Tais pressupostos fundamentais não foram devidamente salvaguardados, Importa ainda sublinhar que no modelo em vigor, e, em especial, quanto às tarifas praticadas nas ligações aéreas de passageiros residentes na Região Autónoma da Madeira para o Continente, não está devidamente considerado o aprofundamento de tudo quanto decorre da aplicação do "Princípio da Continuidade Territorial", se aplicado aos deveres do Estado, designadamente no tocante à Região Autónoma da Madeira. As implicações deste princípio, contemplado no Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma da Madeira, não estão a ser aplicadas no que concerne 5

6 GRUPO PARLAMENTAR DO PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS ao sector dos Transportes, especialmente tendo em conta a sua importância estratégica para a vida das regiões insulares e das suas populações. É neste contexto que, no tocante às ligações aéreas se impõe uma outra linha de defesa e prornoção do serviço público, salvaguardando os interesses das populações e o seu direito à mobilidade, essencial para uma região insular distante e ultraperiférica como é o Arquipélago da Madeira. Deste modo, o presente diploma retoma a imposição das Obrigações de Serviço Público no transporte aéreo entre o Continente Português a Região Autónoma da Madeira, designadamente em matéria de fixação de tarifas, num modelo em que o Estado Português procede à fixação dos valores máximos apagar pelos passageiros residentes, através da alteração do Decreto-Lei n.o , de 24 de Julho, por forma a garantir que o passageiro residente na Região Autónoma da Madeira veja respeitado o seu direito à plena mobilidade, sem prejuízo da sua localizaçáo geográfica, e da revogação da Portaria n.'260-c12015, de 25 de Agosto. Assim, a Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira, nos termos no disposto na alínea "f) do n.o 1 do artigo 227! e na alínea b) do n.o 1 do artigo 3l.o do Estatuto Político- Administrativo da Região Autónoma da Madeira, aprovado pela Lei n.o 3ll9l, de 05 de Junho, com as alterações introduzidas pela Lei n.o , de 21 de Agosto e n,o , de 2I de Junho, apresenta à Assembleia da República a seguinte Proposta de Lei: Artigo 1,." Objecto O presente diploma procede à primeira alteração ao Decreto-Lei n.o , de 24 de Julho, que regula a atribuição de um subsídio social de mobilidade aos cidadãos beneficiários, no âmbito dos serviços aéreos e marítimos entre o Continente e a Região Autónoma da Madeira e entre esta e a Região Autónoma dos Açores, prosseguindo objectivos de coesão social e territorial. Artigo 2. Subsídio social de mobilidade 6

7 GRUPO PARLAMENTAR DO PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS O artigo 4.o do Decreto-Lein.' , de 24 de Julho, passa afer a seguinte redacção: "Artigo 4. Subsídio social de mobilidade l- E atribuído um subsídio social de mobilidade ao beneficiário, cujo pagamento às transportadoras aëreas será efectuado directamente pelo Estado Português, tendo por base a regulamentação a aprovar pelos membros do Governo da República responsáveis pelas áreas das Finanças e dos transportes aéreos e marítimos. 2- Tendo em linha de conta o disposto no número anterior, o valor a pogar pelo passageiro residente na Região Autónoma da Madeira no acto da compra da viagem não poderá ser superior ao correspondente custo de ligação rodoviária entre a capital do País e o concelho geograficamente mais distante no teruitório continental português, 3- Revogado. 4- Revogado 5- Revogado. " serviço e condiçõeï:ffiição e pagamento São revogados os artigos 5.o e 6.o do Decreto-Lei n.o , de 24 de Julho Artigo 4.o Documentos comprovativos da elegibilidade 7

8 GRUPO PARLAMENTAR DO PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS Telefone: Telefax: pcp_aham@netmadeira.com O artigo 7.o do Decreto-Lei n.o , de 24 de Julho, passa ater a seguinte redacção "Artigo 7.o Documentos comprovativos da elegibilidade l- No acto da compra da viagem, o passageiro terá que apresentar, olt remeter em suporte informático quando a viagem for adquirida pela via online, cópia legível dos seguintes documentos: a) Revogado; b) Revogado; c) Passa a a); d) Passa a b); e) Passa a c); fl Passa a d); g) Passa a e); h) Pøssa afl; i) Passa a g). 2- A apresentação do cqrtão de cidadão dispensa o passageiro da apresentação do documento referido na alínea a) do artigo anterior. 3- Revogado. 4- Revogado.". Artigo 5." Dotação orçamental O artigo 9.o do Decreto-Lei n." , de 24 de Julho, passa ater a seguinte redacção "Artigo 9.o I

9 GRUPO PARLAMENTAR DO PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS Telefone; Telefax: pcp_alram@netmadeira,com Dotação orçamental t..l 2- A dotação orçamental referida no número anterior destina-se ao pagamento dos encargos do subsídio social de mobilidade no montante que exceda o fixado no n.o 2 do artigo 4.' do presente diploma. 3- Os pagamentos previstos nos números anteriores são efectuados nos termos e nos prazos estabelecidos entre a Direcção-Geral do Tesouro e Finanças e as companhias a,lreas e marítimas ou outras entidades legalmente autorizadas a efectuar a venda de viøgens, nos termos a definir por portaria dos membros do Governo da República responsáveis pelas áreas das Finanças e dos transportes aéreos e marítimos. [...J " Artigo 6." Revogações diversas Julho São revogados os arligos 10.o, 1Lo,12.o,13.o e 15." do Decreto-Lei n." , de 24 de Artigo 7.' Norma revogatória É revogada por este diploma a Portaria n.'260-c12015, de 25 de Agosto Artigo 8.' Regulamentação 9

10 GRUPO PARLAMENTAR DO PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA REGI,Ã.O AUTÓNOMA DA MADEIRA Telefone: Telefax: pcp_akam@netmadeira.com aprovação. O Governo da República regulamenta o presente diploma no prazo de 90 dias após a sua Artigo 9." Entrada em vigor sua aprovação. O presente diploma entra em vigor com a publicação do Orçamento do Estado posterior à Funchal, 16 de Fevereiro de 2016 P'lo Grupo Parlamentar do PCP na ALRAM Os deputados I " z =- );l/,t,rcrþ 10

11 GRUPO PARLAMENTAR DO PARTIDO COMUNISTA PORTUGUES Telefone: Telefax; pcp_alram@netmadeira.com Exmo. Senhor Presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira Assunto: Fundamentação da iniciativa de adopção do processo de urgência Funchal, 16 de Fevereiro de 2016 Exmo. Senhor O Grupo Parlamentar do PCP vem, por este meio, de acordo com as disposições regimentais (artigo 237." do Regimento da Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira), a propósito da fundamentação da iniciativa de adopção do processo de urgência requerido para o Projecto de Proposta de Lei à Assembleia da República intitulado "Primeira alteração ao Decreto- Lei n." 134/2015, de 24 de Julho, que regula a atribuição de um subsídio social de mobilidade aos cidadãos beneficiários, no âmbito dos serviços øé.reos e marítimos entre o Continente e a Região Autónoma da Madeira e entre esto e a Região Autónoma dos Açores, prosseguindo objectivos de coesão social e territorial", informar V. Exa. que a urgência requerida para a referida iniciativa legislativa justifica-se, essencialmente, pelas manifestas dificuldades e pela evidente perturbação geradas pela legislação actualmente em vigor, e que exigem a urgente tomada de medidas com vista a uma melhor garantia dos direitos dos cidadãos residentes na Região Autónoma da Madeira, no que ao cumprimento do "Principio da Continuidade Territorial", nomeadamente no capítulo dos transportes, concerne. Assim, face ao exposto, é requerida a aplicação do "processo de urgência" no agendamento e discussão do Projecto de Proposta de Lei à Assembleia da República intitulado "Primeira alteração ao Deueto-Lei n." 134/2015, de 24 de Julho, que regula a atribuição de um subsídio social de mobilidade aos cidadãos beneficiários, no âmbito dos serviços aéreos e marítimos entre o Continente e a Região Autónoma da Madeira e entre esta e a Região Autónoma dos Açores, prosseguindo objectivos de coesão sociøl e teruitorial".

12 Sem outro assunto, subscrevemo-nos com os melhores cumprimentos, P'lo Grupo Parlamentar do PCP na ALRAM Os deputados Ricardo Nóbrega Lume l-z =- Sílvia Mar tinha Vas concelo s ) i//' 'tlt r c" lo/