Tira o pé da mangueira, São Pedro : charge sobre o problema da escassez de água 1

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1 Tira o pé da mangueira, São Pedro : charge sobre o problema da escassez de água 1 Everton MARQUES 2 Robson Evangelista dos SANTOS FILHO 3 Laene MUCCI DANIEL 4 Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG RESUMO Este artigo apresenta a charge Tira o pé da mangueira, São Pedro, publicada no jornalmural O Expresso, destinado aos usuários de ônibus de Viçosa MG. A charge faz referência à falta de chuvas e, consequentemente, à escassez de água enfrentada na cidade da Zona da Mata mineira, exemplificando problemas comuns a várias regiões brasileiras que ficaram sem abastecimento hídrico e tiveram que passar por racionamento. O trabalho discorre sobre as ilustrações utilizadas no jornal e sobre o veículo em si, além de descrever o processo de produção da charge em questão e tentar mostrar como este gênero funciona como método eficaz de informar e entreter o público. PALAVRAS-CHAVE: charge; infotenimento; O Expresso; escassez de água. 1 INTRODUÇÃO O Expresso é um jornal-mural destinado aos usuários do transporte coletivo de Viçosa MG. Produzido por estudantes do curso de Comunicação Social Jornalismo, da Universidade Federal de Viçosa, numa realização do Departamento de Comunicação Social e com o apoio do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, o jornal objetiva ser um veículo de comunicação gratuito que forneça informação e entretenimento aos passageiros durante o trajeto das linhas. O jornal-mural existe desde agosto de 2011, possui uma tiragem atual de 80 exemplares mensais, sendo 50 afixados nos ônibus e os 30 restantes distribuídos pelos pontos de ônibus da cidade, e alcança um público de, aproximadamente, 8500 pessoas por dia, de acordo com informações do professor Tancredo Almada Cruz, diretor da ONG Census Viçosa. Seis seções fazem parte da estrutura do jornal, algumas fixas e outras que se revezam entre as edições. São elas: perfil, que conta histórias de pessoas comuns e 1 Trabalho submetido ao XXII Prêmio Expocom 2015, na Categoria Produção Transdisciplinar, modalidade Charge/caricatura/ilustração (avulso). 2 Aluno líder do grupo e estudante do 7º semestre do Curso de Comunicação Social/Jornalismo na Universidade Federal de Viçosa, evermae@gmail.com. 3 Estudante do 5º semestre do Curso de Comunicação Social/Jornalismo, robinho_robsonfilho@hotmail.com. 4 Orientadora do trabalho. Professora do Curso de Comunicação Social/Jornalismo, laenemucci@gmail.com. 1

2 anônimas da cidade, aquelas que raramente são pautadas como notícia, sendo, portanto, negligenciadas pela mídia local; prestação de serviço, matéria que traz informações úteis ao dia a dia dos cidadãos; Da Janela, seção fotográfica que apresenta fotos de pontos e lugares de bairros diversos da cidade, tiradas de dentro dos ônibus durante os seus percursos; Papo Passageiro, quadro que traz depoimentos de passageiros sobre suas histórias de vida, colhidos no curto tempo em que os repórteres têm para conversar com eles durante os trajetos; e No Balanço do Busão, no qual há ilustrações de situações vivenciadas cotidianamente pelos usuários de ônibus e de temas de matérias publicadas na edição. Esta última seção constituída por charges e tirinhas é a que mais se destaca no jornal, pois, assim como as fotos que acompanham as matérias, é privilegiada na diagramação, ocupando maior espaço em detrimento dos textos. Essa estrutura foi pensada para resolver o problema da dificuldade em se realizar a leitura nos ônibus, pela distância entre os passageiros e o jornal e pelo pouco tempo que eles têm para visualizar a publicação, e, ainda, para atender aos pedidos desses usuários, que, quando consultados, se mostraram mais interessados pelas imagens do que pelos textos. Numa pesquisa realizada pela equipe do projeto sobre o conteúdo do jornal, em 2013, foi constada a preferência dos usuários de ônibus pelas ilustrações. Das 100 pessoas entrevistadas, 42 disseram que gostavam de ver as charges e as tirinhas, sendo estas as que mais lhe chamavam atenção. Estes dados estão fundamentados no fato de estas ilustrações se constituírem como uma comunicação imediata, um recurso gráfico e visual percebido até por quem não saber ler, atendendo, assim, a um dos objetivos d O Expresso, que é levar informação e entretenimento às pessoas que não têm acesso a jornais e ao diversificado público-alvo do veículo, que inclui crianças, idosos e analfabetos. Especificamente neste artigo será apresentada a charge Tira o pé da mangueira, São Pedro, publicada na edição de nº 16, ano 3, referente ao mês de outubro de A charge em questão traz como tema a ausência de chuvas no período em que o Brasil sofreu pela falta de água e, mais precisamente, em que a cidade de Viçosa MG passava por uma crise de escassez hídrica e já havia implantado o racionamento. 2 OBJETIVO Além do já citado objetivo de fornecer, simultaneamente, informação e entretenimento ao público que anda de ônibus em Viçosa MG, as charges, no jornal-mural O Expresso, também pretendem abordar assuntos importantes para a população viçosense, 2

3 muitas vezes sugeridos por ela mesma. Já foram pautas de charges temas como a demagogia dos políticos no período das eleições, a falta de segurança, o atraso dos ônibus, os alagamentos e os buracos nas ruas da cidade. Ao abordar temas como estes, as charges se utilizam do humor para opinar sobre eles. Funcionam, de acordo com Nery (1998, p.39), como interpretações críticas, inteligentes e irônicas dos assuntos retratados. As autoras Neide Aparecida Arruda de Oliveira e Lara Monique Almeida (2006) explicam cada uma dessas características dadas por Nery às charges: A charge é crítica porque discute e opina sobre acontecimentos noticiosos, usando para tal uma outra linguagem, a do desenho. É inteligente porque consegue resumir e criticar no pequeno espaço do desenho o que há de conteúdo relevante em um fato (fato que é de importância naquela edição); de forma que o leitor compreenda do que se trata, e fique informado sobre algo importante que se passa no mundo ou no país naquele dia. Por fim, é irônica porque interpreta invocando a sátira, expondo o fato pelo ângulo do ridículo. (p. 81). As charges tem, então, a finalidade de, através de uma forma humorada, mostrar uma opinião ou fazer uma crítica sobre algum assunto, geralmente trabalhado em alguma matéria presente na edição. No caso da charge Tira o pé da mangueira, São Pedro, se pretendeu fazer uma referência à falta de chuva, numa alusão ao santo que é popular e religiosamente conhecido como o porteiro dos céus e que, por isso, também passou a ser associado ao poder de fazer chover. A charge objetivou chamar a atenção da população para o estado de emergência em que a cidade se encontrava e para o desperdício de água, temas vivenciados no cotidiano da população viçosense na época e tratados na mesma edição, na matéria de prestação de serviço, que, inclusive, convidou os leitores a ajudar na fiscalização das pessoas que estivessem fazendo uso abusivo da água, informando sobre as multas aplicadas pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) e divulgando os meios de contato para denúncia dos infratores. Dessa forma, a charge abordou o fato, recriando-o de maneira ficcional e estabelecendo com a notícia uma relação intertextual. (RAMOS, p. 362 apud ROMUALDO, 2000). E atuou, assim, como reprodução gráfica dessa notícia já conhecida pelo público, segundo a óptica do desenhista, daí entender a charge como gênero opinativo e não informativo. (MELO, 2003, p. 167). 3

4 3 JUSTIFICATIVA A falta de água foi um problema pelo qual passaram, em 2014, moradores de diversas cidades do Brasil, dentre elas Viçosa, na região da Zona da Mata mineira. A falta de chuva desde dezembro de 2013 comprometeu o nível do reservatório (localizado no campus da Universidade Federal de Viçosa), que capta água do Ribeirão São Bartolomeu e abastece a Estação de Tratamento de Água I (ETA I), responsável pelo fornecimento para cerca de 55% do município. Há cinco anos, a vazão desse ribeirão era de 250 litros por segundo. Em três anos, essa vazão caiu para uma média de 100 litros e atualmente apresenta vazão de 29 litros por segundo. Em fevereiro de 2014 foi decretado estado de alerta e, em agosto, para tentar aumentar a capacidade de armazenamento, dois novos reservatórios passaram a funcionar, recebendo água da Estação de Tratamento II (ETA II), que, de acordo com o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), não enfrentou problemas de escassez. Em outubro o problema atingiu seu ápice em Viçosa: foi decretado estado de emergência e diversas restrições foram impostas para o uso da água potável. A partir daí o abastecimento na cidade passou a funcionar em escala de racionamento e passou a ser utilizado o volume morto da represa, ou seja, o volume que já se encontrava abaixo da barragem. Mesmo em 2015 a situação não foi completamente resolvida: a economia não foi satisfatória para garantir a regularidade no abastecimento. O racionamento ainda continua sendo realizado na cidade, em um sistema de revezamento por bairros, no qual, seguindo uma escala, cada um fica sem abastecimento de água por um período de doze horas em um dia da semana. Entretanto, ainda com a ausência de chuvas, o racionamento tende a ser dobrado para um período de vinte e quatro horas, divididas em dois dias, repetindo-se assim o que já ocorreu no outro ano. Além da falta de chuvas, o problema de abastecimento na cidade também foi agravado pela irresponsabilidade de algumas pessoas. A partir disso, foram bastante divulgadas à população medidas para reduzir o consumo e campanhas de conscientização do uso racional da água. O SAAE também passou a multar as pessoas que fossem flagradas desperdiçando água com lavagem de carros e calçadas. A charge Tira o pé da mangueira, São Pedro justifica-se, pois, como uma forma de alertar a população sobre a falta de chuvas e como esse problema, aliado ao uso irracional da água, comprometeu o abastecimento na cidade, provocando um estado de emergência e 4

5 exigindo a implantação de um rigoroso racionamento, com cortes e redução na distribuição hídrica para o município. Para acompanhar e ilustrar a matéria de prestação de serviços, que fala sobre as multas e a fiscalização realizada pelo SAAE em Viçosa, foi escolhida uma charge para poder tratar da situação de modo diferenciado, já que por meio dela, de acordo com Souza e Drigo (2006), pode-se expor os problemas de forma pictória e diferente, conscientizando e retratando a realidade. Essa escolha também se deu, pois, conforme já mencionado, as charges facilitam a leitura para os diversificados tipos de passageiros do ônibus, são as que mais atraem a atenção deles e constituem o espaço de maior destaque no jornal. 4 MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS Na fase de pré-produção da charge Tira o pé da mangueira, São Pedro, foram utilizadas as metodologias jornalísticas de entrevistas e apuração para colher informações a respeito do problema de escassez de água que servissem como subsídio material para a construção da matéria para a seção de prestação de serviço do jornal e, consequentemente, para a produção da ilustração que a acompanharia. Já na fase de produção, a equipe envolvida na construção da charge se ancorou metodologicamente, assim como exigido e constado nos objetivos do jornal-mural O Expresso, no conceito de INFOtenimento, que, de acordo com Dejavite (2006, p. 62), consiste no conteúdo editorial que fornece informação e diversão ao leitor e, ao mesmo tempo, constitui uma prestação de serviço. Para ela, o conteúdo do infotenimento define-se quanto à narrativa e também de acordo com os seus gêneros: Essa especialidade do jornalismo é aquela formada por um conteúdo estritamente editorial (matérias jornalísticas) voltado à informação e ao entretenimento, tais como: hobbies, esportes, moda, celebridades, gastronomia, casa e decoração, datas comemorativas, automóvel e acessórios, comportamento, vendas e marketing, cinema, televisão, vídeo, internet, rádio, música, teatro, dança, espetáculos, eventos, faça você mesmo, turismo e lazer, consumo, artes plásticas, design, arquitetura e urbanismo, fotografia, jogos e diversões, fofocas, coluna social, ilustração, infográficos, curiosidades, chisties, charges, previsão do tempo, investimentos pessoais, crendices, formação pessoal e empreendedorismo. (DEJAVITE, 2004, p. 130). 5

6 Vale ressaltar, então, que a charge se enquadra na categoria de infotenimento, uma vez que fornece ao público um conteúdo atual e importante, apresentado de forma que, além de o instruir sobre a relevância do fato e ser útil a ele, também o entretém. Na prática, muitos conteúdos tidos como sérios também podem ser considerados não-sérios, dependendo da forma de serem veiculados. Por exemplo, quando uma charge de jornal satiriza um assunto que está na manchete da primeira página, dando-lhe uma nova exterioridade por meio de dados acrescidos pelo ponto de vista do chargista ou, então, por um ângulo não explorado. Aparentemente, nesse caso, aquilo que se denominou conteúdo sério (a política) apresenta-se como uma roupagem não-séria, a charge. (DEJAVITE, 2004, p. 131). Dessa forma, com a charge e com os seus demais quadros, O Expresso pretende cumprir as funções jornalísticas de educação e entretenimento. Para tanto, se vale de técnicas que promovem a recreação, que, conforme ressaltou Luiz Amaral (2001), age como a segunda função psicossocial da imprensa. O jornalismo praticado por este jornal-mural foca-se na ludicidade por entender que a maioria dos usuários de ônibus está a caminho do trabalho ou da escola e pode, nesse trajeto, utilizar a publicação da mesma forma da sugerida por Beltrão (2006): como um meio de fugir das preocupações do cotidiano, uma pausa na rotina e um preenchimento de lazeres juntamente com a vital atividade de informar-se. 5 DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO O processo de produção da charge Tira o pé da mangueira, São Pedro teve como ponto de partida a reunião de pauta do jornal O Expresso, que acontece semanalmente entre a equipe do projeto. Foi decidida como pauta para a seção de prestação de serviço uma matéria que abordasse a questão crítica da água em Viçosa e informasse sobre as multas aplicadas pelo SAAE e sobre as formas de ajudá-lo a fiscalizar e denunciar. Na sequência, a equipe decidiu que deveria ser feita uma charge para ilustrar e acompanhar tal matéria. Então definido o tema, o ilustrador Everton Marques, que assina seus trabalhos como Mamãe, criou o desenho da charge numa folha de papel branco A4. O rascunho foi feito a lápis e o contorno foi feito com o uso de uma caneta nanquim descartável preta 0,7. Em seguida, foram feitos o preenchimento e a textura do desenho com lápis de cor. Esse trabalho de criação no papel durou, aproximadamente, uma hora e trinta minutos. Após isso, a charge foi escaneada para o computador, gerando um arquivo de imagem que foi 6

7 cortado no programa PhotoShop. E, por fim, a charge foi incorporada à 16ª edição d O Expresso, que foi diagramada pelo programa Adobe InDesign CS6 e impressa na Gráfica da Universidade Federal de Viçosa. Na charge, São Pedro é retratado, no céu, pisando em uma mangueira, impedindo a passagem da água por ela. Com isso, pretendeu-se representar que o apóstolo, que é conhecido como porteiro do céu, está impedindo que a chuva caia sobre a terra. Sobre o desenho, a frase que dá nome à charge, Tira o pé da mangueira, São Pedro, vem como um pedido da população por chuvas, fazendo uma referência com o que é popularmente dito quando não chove há bastante tempo. Figura 1 Charge Tira o pé da mangueira, São Pedro! 7

8 Figura 2 Edição do jornal-mural O Expresso, com a charge na parte de baixo do cartaz e a matéria, acima dela, sobre a qual faz referência. Figura 3 Jornal com a charge, já afixado no ônibus do transporte coletivo de Viçosa MG. 8

9 6 CONSIDERAÇÕES De acordo com Oliveira e Almeida (2006), as charges adquiriram bastante importância recentemente e o público criou o hábito de lê-la. Certos leitores, na correria de seu cotidiano, não leem atenciosamente o conteúdo opinativo dos jornais. Restringem-se a passar os olhos pelos editoriais e comentários, e em compensação, concentram-se para ler e compreender aquilo que está representado na charge. (OLIVEIRA; ALMEIDA, 2006, p ). As pessoas realmente se interessam mais pelas charges, conforme pode ser comprovado pelo público-alvo d O Expresso. As charges e demais ilustrações publicadas no jornal-mural atraem os olhares dos usuários de ônibus durante os trajetos e enquanto esperam pelas conduções nos pontos da cidade, por diversos motivos, como o interesse e preferência deles, a apresentação feita de modo a facilitar a compreensão do público-alvo diversificado e a visibilidade mesmo que a uma distância maior. As charges são atrativas também por abordar temas de conhecimento desse público-alvo e por retratar estes temas de uma forma que dialoga informação e entretenimento, ao se utilizar da crítica e da comédia, exercitando o infotenimento. A charge Tira o pé da mangueira, São Pedro, especificamente, levou para a população de Viçosa MG a situação da falta de chuvas enfrentada na cidade e que, na ilustração, foi retratada humoristicamente pela figura do São Pedro segurando a água. Com isso, conseguiu instigar o seu público-alvo a refletir sobre o problema da escassez de água, acarretado pela falta de chuva e pelo uso irracional da água, conscientizando-o, dessa forma, a evitar o desperdício. A publicação teve bastante repercussão na cidade, o que pôde ser comprovado pelo fato de um passageiro e leitor d O Expresso ter fotografado a parte do jornal que contém a charge e postado a imagem em seu instagram (conforme figura 4), alcançando, assim, um público além do composto pelos usuários de ônibus, um público presente virtualmente nas redes sociais. Foi um retorno bastante significativo para toda a equipe do jornal. 9

10 Figura 4 Charge postada no instagram de um passageiro do ônibus e leitor do jornal. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMARAL, Luiz. Técnica de jornal e periódico. Rio de Janeiro, BELTRÃO, Luiz. Teoria e prática do jornalismo. Adamantina: Omnia, DEJAVITE, Fabia Angélica. INFOtenimento: Informação + entretenimento no jornalismo. São Paulo: Paulinas, p. (Coleção Pastoral da Comunicação: teoria e prática). DEJAVITE, Fabia Angélica. A evolução do jornalismo de infotenimento do jornal diário. Revista Mackenzie Educação, Arte e História da Cultura, ano 3/4, n. 3/4, p , 2003/2004. MELO, José Marques de. Jornalismo opinativo: gêneros opinativos no jornalismo brasileiro. São Paulo: Mantiqueira, NERY, João Elias. Charge e caricatura na construção de imagens públicas Tese (Doutorado em Comunicação e Semiótica) Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, OLIVEIRA, N. A.; ALMEIDA, L. M. Gêneros jornalísticos opinativos de humor: caricaturas e charges. Revista Janus, v. 3, n. 4, p , segundo semestre de ROMUALDO, Edson Carlos. Charge jornalística: intertextualidade e polifonia: um estudo de charges da Folha de São Paulo/ Edson Carlos Romualdo. Maringá: Eduem, SOUZA, L; DRIGO, M. O A charge política jornalística como processo sígnico. Verso e reverso: revista da comunicação, v. 20, n. 43, 2006, Cidade de São Leopoldo, Rio Grande do Sul. 10