I CONCURSO DE DOCES À FATIA E À COLHER. Doces pro convento REGULAMENTO

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1 I CONCURSO DE DOCES À FATIA E À COLHER Doces pro convento REGULAMENTO 1

2 Ficha Técnica Regulamento do I CONCURSO DE DOCES À FATIA E À COLHER: Doces pro convento Introdução: Estevinho Pires Regulamento: Patrícia Marques Iniciativa: CSP Sto Estêvão Espinhosela Tiragem: 20 exemplares Ano:

3 I CONCURSO DE DOCES À FATIA E À COLHER Doces pro convento REGULAMENTO 3 [Introdução] O MBCA - Mosteiro Beneditino de Castro de Avelãs e os seus espaços envolventes acolhem, a 26 de outubro de 2014, a 1.ª mostra de doces, à fatia e à colher: Doces pro Convento. Esta mostra é uma iniciativa do CSPSE - Centro Social Paroquial de Santo Estêvão de Espinhosela, que vai integrar o evento Espaços de Polifonia promovido pela Direção Regional da Cultura Norte, no intuito de dinamizar e valorizar o património. O concurso Doces pro Convento está integrado no plano anual de atividades socioculturais, do CSPSE, mas foi propositadamente deslocalizado, com a anuência da Direção, para o MBCA para iniciar a demarcação da Rota dos Beneditinos e promover um trabalho de parceria cultural mais abrangente, num espaço muito significativo para a história do Concelho de Bragança e de Trás os Montes. Em torno dos conventos surgiu o mito, que alguns equivocamente pensam ser uma antiquíssima tradição, que frades e freiras estariam na génese da doçaria conventual. Esta teoria é tão fácil de afirmar como de refutar, por isso permito-me apresentar o que me parece, depois de conversar com alguns amigos, providos de argumentação lógica e objectiva e documental. Os conventos eram essencialmente lugares de oração, trabalho braçal e intelectual, que preenchia o dia-a-dia do religioso, restando muito pouco tempo para experiências culinárias ou de alta pastelaria. Quando se solenizavam efemérides, ou dias litúrgicos, era mais usual a pastelaria ser encomendada fora. Nos arquivos de vários mosteiros encontram-se ainda antigas listagens destas encomendas, daí o denominar-mos este concurso: Doces pro Convento. Os próprios nomes das iguarias acabam por denunciar a falácia desta estratégia comercial, que se tenta implantar, em torno do convento ou do mosteiro. Quem, conscientemente, dentro do convento, ousaria denominar de forma tão brejeira, o mais escangalhado doce? Apenas, certamente, quem se quis aproveitar da boa imagem de marca, associada ao rigor e qualidade, do trabalho conventual! Papos de Anjo, Pescoços e Barrigas de Freira, Madalenas do Convento, Pitos de Santa Luzia, Toucinho-do-céu, Travesseiros, Delícias de Frei João, Bolo podre Conventual, Gargantas de Abade, Bolo e Biscoitos de Cardeal, Bispo, Orelhas-de-abade, Jesuíta, Hóstias de Amêndoa. Nada nem ninguém escapa do rol a acrescentar às sobremesas. Quem sabe alguém, um dia munido de documentação suficiente, esclarece esta história?

4 Se quisermos ver algumas, poucas, receitas conventuais, elas só surgirão muito tardiamente e por necessidade de alguma ordem ou congregação religiosa arrecadar mais algumas receitas para a sobrevivência dos seus próprios membros, isto em tempos de perseguição, expulsão, ou nas várias tentativas de esvaziamento conventuais. Os produtos a concurso são confecionados pelos concorrentes, uma pequena amostra para avaliação do júri e um bolo maior para partilhar, em ameno convívio, no encerramento do evento. A cozinha da abadia abre, para recepção dos bolos a concurso pelas 14.00h até às 15.00h. Das 15.00h às 16.00h reunirá o júri para ponderação. No final, ás 18.00h, após a visita guiada ao Mosteiro e o momento musical, reúne-se novamente para a atribuição dos três prémios [1.º Prémio Direção Regional da Cultura Norte; 2.º Diocese de Bragança-Miranda; 3.º CSPSE] e para o lanche/ convívio. Estão assim reunidas as condições ideais para ser uma tarde bem passada, recolhendo as lições da história, ouvindo, rezando, cantando em polifonia e degustando a maravilhosa doçaria que vai ser oferecida e partilhada: Doces pró Convento. Artigo 1º [Âmbito] Incentivar a população local, os utentes e amigos, as colaboradoras do CSPSE e demais interessados, a confeccionar receitas de doces tradicionais/inovadores, à fatia e à colher, participando assim na promoção e dinamização de um evento cultural importante: Espaços de Polifonia, no MBCA. Artigo 2º [Concorrentes] Todos os interessados, sendo que cada concorrente apenas pode apresentar um doce [à fatia ou à colher uma amostra e um bolo para o lanche]. Artigo 3º [Inscrição] 1. A jóia de inscrição do concurso é de 5 euros; 2. As inscrições são feitas e entregues, na sede do CSPSE, até ao dia 20 de outubro de 2014; 3. É de preenchimento obrigatório a ficha de inscrição, bem como a entrega da jóia e a ficha técnica [ingredientes, quantidades e modo de confeção] do doce que vai a concurso; 4. Os doces deverão ser entregues até ás 14h do dia 26 de outubro, na cozinha da Abadia do MBCA, onde serão expostos, das15h as 18h. Às 18.00h serão divulgados, por ordem decrescente, os vencedores e entregues os prémios [participação, 3.º, 2.º, 1.º]; 4

5 Artigo 4º [Júri] 1. O júri do concurso será composto por 5 pessoas externas ao evento. 2. O júri procede em privado à avaliação dos doces por volta das 15horas. 3. O júri avalia segundo os critérios de: Originalidade, Aroma, Degustação e Apresentação. 4. O júri é soberano nas suas decisões, das quais não há recurso. Artigo 5º [Prémios e resultados] 1. A divulgação dos resultados e entrega de prémios realiza-se no dia do concurso pelas 18.00h; 2. Todos os concorrentes terão direito a um diploma; 3. O 1.º Prémio é da responsabilidade da Direção Regional da Cultura Norte; o 2.º da Diocese de Bragança-Miranda; o 3.º do CSPSE. Artigo 6º [Disposições finais] O não cumprimento do presente regulamento acarreta a exclusão do concorrente. Espinhosela, 9 de Setembro de 2014 Pe António Carlos Estevinho Pires 5