Rouhani: o imbróglio do vinho

Transcrição

1 Presidentes Hollande e Rouhani: o imbróglio do vinho Foi o assunto da semana nos jornais europeus e nos daqui: depois de um encontro reservado, Hassan Rouhani presidente do Irã e François Hollande da França foram cada um para seu lado, cancelando o almoço que coroaria a conversa encerrando de forma simpática os eventos bilaterais. O que se diz é que o presidente iraniano não admitiu que fosse servido vinho durante o almoço: por tradição e religião em seu país não se consome bebida alcoólica. Por sua vez o presidente da França achou aquilo uma desfeita afinal a França junto com a Itália é famosa pelos melhores vinhos do mundo e fincou o pé.

2 O resultado foi o cancelamento do almoço e um enorme espaço na mídia mais falando da desastrosa negociação do cerimonial do que dos assuntos importantes efetivamente tratados entre ambos. Quem tem razão? Provavelmente os dois. Mas, quem definitivamente errou foi o cerimonial e, novamente, acredito que de ambas as partes. Ora, a cada visita são feitas não uma, mas várias reuniões entre os Chefes de Protocolo para acertar exatamente esse tipo de detalhe! E, estranho muito que algo tão emblemático para ambas as nações, tratado de forma tão diferente entre as duas culturas como é o assunto vinho, tenha sido ignorado ou deixado para se falar na última hora. Falha grave das equipes. Mas, a meu ver, pior em matéria de delicadeza, por parte dos franceses. Afinal, como anfitriões eles poderiam usar seu famoso ditado noblesse oblige e simplesmente suprimir a bebida da mesa já que, para o convidado de honra aquilo é uma agressão.

3 Faltou jogo de cintura. Baseada em uma desagradável experiência com o Cerimonial Francês quando ainda era Chefe do Cerimonial do Governo do Estado de São Paulo, apostaria na equipe da França como a mais dura. Foi assim: receberíamos uma alta autoridade da França e, como é de costume, a reunião entre a equipe francesa com a brasileira ocorreu no Palácio dos Bandeirantes cerca de um mês antes do evento. Éramos cerca de 20 pessoas do lado brasileiro (contando com a equipe de segurança, Cerimonial e Casa Militar) e 10 ou 15 franceses. Feitas as apresentações, e ciente de que entre os brasileiros, todos falavam inglês mas apenas dois ali entendiam e arranhavam o francês, expliquei isso ao Chefe do Cerimonial deles e, delicadamente perguntei se eles se importariam em falar inglês ( já que ninguém falava português ). Ao que ele bruscamente respondeu: - Sim me importo. Prefiro o francês.

4 Como não se tratava ali de preferir mas sim de conduzir a reunião com eficiência e segurança, pedi-lhe com a mesma brusquidão que ele servisse de tradutor. O que foi feito. Por essas e outras que aposto sempre- sempre na delicadeza para contornar problemas e abrir portas. Posso parecer ingênua ou romântica, mas tem me servido muito mais vida afora Casamento: quando a emoção dá o tom emoção

5 Todd Bachman caminhava pelo corredor que levava ao altar montado com a filha. Mas interrompeu o percurso para chamar o padrasto da noiva, que a criara, para que os acompanhassem. E o trajeto aconteceu em meio a lágrimas de emoção (deles e dos convidados) por esse gesto tão simples mas tão cheio de significado As fotos do casamento, que aconteceu nos Estados Unidos, se propagaram pelas redes sociais. Mas fiz questão de mostrar aqui pois muitas vezes, recebo perguntas sobre se podemos colocar pai e padrasto juntos no altar, ou se podemos colocar o nome do padrasto no convite além de outras dúvidas relativas a essas nova configuração de famílias, que tem mudado muito e transformado as cerimônias.

6 As fotos do casamento, divulgadas no Facebook da fotógrafa Delia Blackburn mostram claramente a emoção dos dois homens. Achei de uma singeleza tocante ainda mais quando vemos por aqui noivas e noivos mais preocupados com a babá da mesa de

7 dôces ou em postar fotos do vestido de noiva destruído no dia seguinte Não se trata de rabugice minha: ao longo do tempo, vejo cada vez mais as famílias preocupadas com a forma e em ostentar na festa do que em se voltar para o que realmente está levando todos ali: a união de duas pessoas, o afeto e tudo o que antecedeu a esse encontro.

8 Essa imagem dos dois homens que compartilharam na vida o afeto da mesma mulher e da menina que criaram mostra que é

9 possível sim despir-se do egoísmo que muitas vezes nem percebemos habitar em nós. E ceder ao outro um pequeno espaço dentro de uma convenção seguida há séculos garantindo assim um lote incomensurável de carinho e gratidão por parte de quem realmente importa! Por isso, se tiver com qualquer tipo de dúvida quanto ao lugar do padrasto, madrasta, namorada do pai ou da mãe na cerimônia ( ou no convite, ou no jantar de noivado), decida pensando com o coração e baseada nas suas sensações ( de preferência tentando priorizar as boas, que ninguém é de ferro). Na hora, em meio a emoção e a importância do momento, acredite: terá valido a pena! Café na esperta Cama - mordomia

10 É isso aí. Antes de dizer que ela é uma Amélia submissa, veja como com esse gesto bem simples ela conseguiu mandar várias boas mensagens! 1- A primeira é a mais óbvia: ela adora o maridão e faz questão de deixar isso claro diariamente sob forma de uma bandeja caprichada com delícias aromáticas e fumegantes. 2 Ela não se importa com o trabalho de arrumar tudo sozinha e nem acha que ele é folgado por aceitar o mimo como algo natural afinal ela faz isso desde a primeira noite que passaram juntos na casa dela. Ora, então qual a esperteza? você deve estar pensando.

11 Simples é que além de fazer um bonito danado, Mira também sai ganhando com esse arranjo: ao preparar a bandeja com o café, torrada e ovos do jeitinho que sabe que ele gosta, ela não tem a trabalheira de colocar uma mesa de café da manhã de novela e ainda ter que tirar e guardar tudo logo depois. Dessa forma, economiza trabalho (lava apenas a xícara e prato usados na bandeja) e ainda tem tempo de tomar o seu café com toda a calma do mundo depois que ele sai feliz da vida com todo o paparico. Não disse que ela era esperta? Pois é: não deixe de fazer esse tipo de gentileza por conta de uma falsa impressão de que é mais complicado. Acredite: é mais simples do que parece e a energia positiva que isso pode gerar é realmente impagável!

12 Dolce & Gabbana - e a nova mulher muçulmana

13 Os estilistas lhe deram o nome de Abaya, referência às túnicas escuras usadas por algumas mulheres muçulmanas que cobrem todo o corpo, com exceção da cabeça, pés e mãos. Trata-se de uma coleção de túnicas (abaya) e véus (hijab) para ocasiões especiais em que predominam o preto e os tons neutros, embora sempre com os matizes sicilianos típicos da ilha onde nasceu Domenico Dolce. Seguindo o estilo de suas compradoras, os conjuntos são poderosos: túnica e véu adornados com pedras, encaixes, rendados e bordados, tudo primorosamente trabalhado..

14 Não faltam, para as menos ortodoxas,peças mais ousadas, como túnicas com transparências e saias mais curtas que o habitual sempre acompanhadas de saltos altos e acessórios elegantes, como carteiras, bolsas, óculos escuros e joias. O grande trunfo desse lançamento é que a Dolce & Gabbana conseguiu desenhar essa coleção em sintonia com sua aposta para a primavera europeia deste ano. Os modelos chegam com superposições, e uma proposta de adaptar ao mundo árabe o estilo da dolce vita italiana. As duas coleções compartilham detalhes como as margaridas, limões e as exuberantes rosas vermelhas que adornam as peças e os acessórios.

15 Dolce & Gabbana foi a última empresa de moda a se voltar para o mercado muçulmano, um negócio de grandes proporções que se encontra em plena redefinição. Segundo a revista Fortune, as mulheres muçulmanas gastaram 266 bilhões de euros (cerca 1,1 trilhão de reais) em moda em 2013 (mais do que o Japão e a Itália reunidos). Com esses números, a dupla finalmente capitulou e percebeu que não dava para deixar de atender a um público como esse.

16 Saíram ganhando as muçulmanas, sem dúvida que, agora podem contar com mais cor, bom caimento e uma proposta mais divertida em seu guarda roupa sempre tão sóbrio. Duvida? Basta conferir o detalhe do sapato da foto abaixo que, sozinho garante o sucesso de qualquer produção

17 Camisa Branca: mais que um curinga

18 Pode ser usada com calças Jeans de forma esportiva, com o colarinho levantado sem perder a classe. Com Calças Capri use com sandálias altas para ficar sensual ou sapatilhas bem femininas pra ficar confortável A calça sequinha permite fantasias com cintos de pedras, faixas coloridas. Ou simplesmente a camisa para fora. Com saias-lápis para trabalhar fica prá lá de elegante e não tem erro!

19 Com saias rodadas de verão para ficar com cara de atriz de cinema em férias. Com shorts de todas as cores: aberta com uma regata por baixo ou mesmo fechadinha, amarrada na cintura. A grande vantagem é de ela ser um clássico é que permite várias ousadias como nas fotos com esses modelos, todos da Nutria.

20 Guardanapos não é escultura