SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA RELIGIOSA DA MARINHA AGOSTO/2007 INFORMATIVO Nº 16 MÊS DE AGOSTO É UM MÊS VOCACIONAL...

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1 SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA RELIGIOSA DA MARINHA AGOSTO/2007 INFORMATIVO Nº 16 MÊS DE AGOSTO É UM MÊS VOCACIONAL... No dia 06JUN1944, teve lugar um dos mais dramáticos e importantes confrontos da 2ª Guerra Mundial, a Batalha da Normandia. Cerca de 14 mil barcos, 10 mil aviões e 320 mil homens formaram as Forças Aliadas; partindo da Inglaterra, investiram contra a chamada muralha do atlântico, armada pelo General Rommel. Foi uma ação até certo ponto temerária. As condições do tempo não aconselhavam, mas o elemento surpresa foi decisivo. Será o mais longo dos dias, advertiu o Comandante das Operações, General Eisenhower. Embora a batalha se prolongasse até meados de agosto, o sucesso foi garantido nas primeiras 24 horas. A partir daí estava aberto o caminho para Berlim e selado o destino de Hitler. Cada dia tem uma importância decisiva em nossa vida. Todos os dias merecem cuidados, mas hoje é o dia mais importante. Os telefonemas que você der, os sorrisos que distribuir, os livros que você ler, o encontro que marcou ou desmarcou, as dezenas de escolhas pequenas ou grandes que você fizer terão ressonâncias na eternidade. Existem em nossa vida, causas e conseqüências. A cada dia precisamos escolher e essas escolhas vão desenhando nosso perfil. A vida é uma grande caminhada, mas feita de pequenos passos. São eles que marcam o rumo. São eles que assumem um desvio. São eles que, simplesmente, colocam um ponto final numa direção. Coisas boas ou más, criadas agora, cedo ou tarde à semelhança do bumerangue australiano voltarão como bênção ou como sofrimento. Não sabemos quando voltarão, mas voltarão. Nos processos judiciais, a prova mais consistente é aquela escrita pelo próprio acusado. Conta uma lenda: Condenado e acorrentado, um preso começou a sonhar com a fuga. Era só serrar as correntes. O sonho acabou quando ele descobriu que fora ele mesmo que construira aquelas correntes, anos atrás, com fama de que não podiam ser serradas, dado o valor do ferro e pelo rigoroso processo de confecção. A vida é feita de escolhas. As escolhas resultam em felicidade ou infelicidade. Somos o resultado de nossas escolhas. Não se trata somente de escolhas feitas no passado. Hoje é o mais longo dos dias. Podemos fazer ou refazer nossas escolhas. A vida pode mudar hoje. As decisões que tomamos trarão frutos amanhã. Hoje é o primeiro dia do resto da vida que temos. Aprendamos a escolher bem. SARM A FORÇA DA FÉ -02-

2 CAPELÃO-CHEFE RECEBE A MEDALHA MILITAR CAPELÃO-CHEFE VISITA OS GM(CN) NO CIAW Em cerimônia presidida pelo Exmo. Senhor Diretor-Geral do Pessoal da Marinha, Almirante-de-Esquadra Aurélio Ribeiro da Silva Filho, o Capelão-Chefe, Pe. Nelson, recebeu a Medalha Militar e Passador de Prata. Na mesma cerimônia, o CB-MR Aleandro recebeu a Medalha Militar e Passador de Bronze. O CB-MR Aleandro compõem, desde abril, a equipe de Praças da Chefia do SARM, com a função de motorista Os três GM(CN), que estão no CIAW no CFO, em uma das várias visitas e contato pessoal com o Capelão-Chefe, Pe. Nelson. Assim que eles concluírem o período de formação no CIAW, serão destacados no SARM para um período de Estágio. O Estágio de nossos GM(CN) ocorrerá em algumas Capelanias da área do grande Rio, especialmente naquelas em que os Capelães estão com algumas pastorais em pleno funcionamento. -04-

3 MISSA PELO INÍCIO DA XXI VIAGEM DO NEBrasil 2007 O Capelão-Chefe, Pe. Nelson, o Capelão do Comando-em-Chefe da Esquadra, Pe. Emanuel, o Capelão do Arsenal de Marinha, Pr. Gomes e o Capelão da Escola Naval, Pe. Rocco, foram convidados pelo Capelão do Navio-Escola Brasil, Pe. Ubiratan, para a Santa Missa pelo êxito da XXI viagem do Navio-Escola Brasil Após a Santa Missa, foi dada a bênção ao quadro do Bom Jesus dos Navegantes que o Comando e a Tripulação do NEBrasil ofertarão ao Santo Padre, o Papa Bento XVI, durante a audiência em que participarão na sala Paulo VI, no Vaticano. O Capelão, Pe. Ubiratan, que estava servindo no Comando do 4º Distrito Naval, em Belém, e que deixou um excelente trabalho, integrou-se perfeitamente ao espírito do Navio-Escola e já programou uma intensa lista de atividades para os GM/2007 e a tripulação do navio durante a Comissão. O Capelão-Chefe, antes de ir ao NEBrasil, passou pelo Comando-em-Chefe da Esquadra, juntamente com o Capelão Rocco, da Escola Naval, para um cafezinho com o Capelão Pe. Emanuel, que desde o início do ano assumiu a Capelania da Esquadra. Antes de assumir a Capelania da Esquadra, o Capelão Pe. Emanuel servia na Capelania do Comando do 3º Distrito Naval, em Natal

4 CONFRATERNIZAÇÃO DA TRIPULAÇÃO DA DGPM NA CMN No dia 27JUN, em um quiosque dos vários que existem na Casa do Marinheiro, o Exmo. Senhor Diretor-Geral do Pessoal da Marinha, Oficiais e Praças se reuniram para a tradicional Confraternização do Aniversário de Criação da DGPM. Equipe do SARM Este ano comemoramos os 39 anos de nossa DGPM, em um clima de grande confraternização, reflexo do excelente ambiente de trabalho que desfrutamos na Diretoria-Geral do Pessoal da Marinha Em um mundo que tem dificuldade de estabelecer encontros fraternos e um diálogo produtivo, estes encontros são um bálsamo para nossas mentes, corações e vêm confirmar que estamos no caminho certo, pois cultivamos a amizade, o respeito, o lazer, a confraternização e, quando no trabalho, nos empenhamos com esmero no cumprimento de nossas atividades. -08-

5 CAPELANIA DO CENTRO DE ADESTRAMENTO DA ILHA DA MARAMBAIA O Capelão, Pe. Agostinho, assumiu a Capelania do CADIM no início deste ano e vem desenvolvendo com grande entusiasmo suas atividades religiosas com os Militares e seus dependentes, mas ele não esquece os que chamamos de nativos, integrando-os em todas as cerimônias que realiza na Capelania. 14h30 Reunião no cais do CADIM, da comunidade de pescadores e Militares da Ilha, para a bênção dos barcos. 15h Saída em procissão marítima. Ao término da procissão foram realizadas Orações, Bênçãos dos fiéis e entrega de prêmios na Capela. Dia 30JUN foi organizada uma grande procissão terrestre e marítima em honra de São Pedro, com a seguinte programação:

6 CERIMÔNIA EXEQUIAL E LANÇAMENTO DAS CINZAS AO MAR DO CONTRA-ALMIRANTE RAFFO No dia 10JUL, o Capelão-Chefe, Pe. Nelson, presidiu a Cerimônia de Exéquias do CAlte Raffo no cais do porto do ComForS. Após a cerimônia, as cinzas do Almirante Raffo foram levadas pelo Submarino Tamoio para serem lançadas ao Mar. Um grande número de Oficiais e Civis compareceram à Cerimônia. Destacamos a presença da maioria dos Oficiais da turma do falecido Almirante Raffo, para prestar solidariedade à família enlutada. Presença do Exmo. Senhor Almirante-de-Esquadra Guimarães Carvalho, ex-comandante da Marinha e submarinista. CAPELÃO-CHEFE PROFERE PALESTRA AO CFO NO CIAW No dia 06JUL, a convite do Exmo. Senhor Comandante do Centro de Instrução Almirante WandenKolk, Almirante Hildebrandt, o CapelãoChefe, Pe. Nelson, proferiu uma palestra aos Guardas-Marinha do Curso de Formação de Oficiais, sobre o tema: Controle da Natalidade. No decorrer da palestra, o Capelão-Chefe, Pe. Nelson, abordou, entre outros, os seguintes tópicos: 1 População; 2 Contracepção; 3 Planejamento Familiar; 4 Paternidade Responsável; 5 Paternagem e Maternagem; 6 Casamento;

7 7 Filhos; 8 Sexualidade; 9 Métodos Contraceptivos; e 10 Uma visão eclesial sobre família. Após estas colocações, os Guardas-Marinha puderam fazer perguntas. 27º ANIVERSÁRIO DO INGRESSO DA MULHER NA MB No dia 12JUL, na Casa do Marinheiro, o Capelão-Chefe, Pe. Nelson, o Capelão Pe. João Batista, do Comando do 1º Distrito Naval, o Capelão Pe. Adilson, da Casa do Marinheiro e o Capelão Pr. Alves, do Centro de Instrução Almirante Alexandrino, participaram de uma oração InterReligiosa de Ação de Graças, juntamente com um grande número de Oficiais e Praças femininas. Percebeu-se um interesse no tema abordado e refletido, e foi acentuado que eles devem ter em mente que influenciarão suas futuras equipes de Praças em suas OM de trabalho

8 CAPELANIA DA ESCOLA DE APRENDIZES-MARINHEIROS DE SANTA CATARINA SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA RELIGIOSA E SUA NORMATIZAÇÃO No Informativo nº 15, do mês Julho, nas páginas 17 e 18 apresentamos um resumo de mais alguns documentos que, ao longo do tempo, normatizaram a Assistência Religiosa. Até agora vimos os seguintes documentos: 1º I Plano de Pastoral do SARM para a MB (1976). 2º Promulgação da Lei nº 6.923, de 29 de junho de º Portaria nº 0032/ º II Plano de Pastoral do SARM para a MB (1983). 5º Portaria nº 0052/ º Constituição Apostólica Spirituali Militum Curae (1986). 7º Portaria nº 0080, de 13 de setembro de º Guia Prático do Capelão Naval (1988). Continuando, vamos apresentar mais alguns documentos que normatizaram a vida do SARM: Interior da Capela onde aparece a pintura de Nosso Senhor dos Navegantes desenhado por um aluno A Páscoa dos Militares de Florianópolis deste ano estava sob a coordenação do EB, mas como a Capelania está vacante, o Capelão Pe. Diniz, da EAMSC e os Capelães da FAB e PMSC, assumiram e organizaram a Celebração da Santa Missa Pascal. 9º Acordo entre Santa Sé Brasil (1989) Em 23 de outubro de 1989, foi celebrado o acordo entre a República Federativa do Brasil e a Santa Sé sobre a Assistência Religiosa às Forças Armadas, para os de Confissão Católica. Este acordo cria o Ordinariado Militar do Brasil e coloca-o administrativamente no MD. 10º Portaria nº 0510/1992 Em 20 de outubro de 1992, o Ministro de Estado da Marinha publica a Portaria Ministerial nº 0510, estabelecendo Normas para o Serviço de Assistência Religiosa na Marinha e procedimentos para a sua execução. 11º Portaria nº 0043/1993 Em 07 de abril de 1993, o Diretor-Geral do Pessoal da Marinha a- prova as Normas complementares para a Prestação e Organização do Serviço de Assistência Religiosa. Esta Portaria também trás, em seu item 3.7, a Criação do Serviço do Capelão Naval nas rotinas de domingo para um especial apoio aos Militares, Civis e seus dependentes constituídos em Celebrações de Missas, Casamentos, Batizados e, especialmente, as exéquias nos cemitérios da área do Grande Rio. -16-

9 12º IPlano de Pastoral da Arquidiocese Militar (1993) Em dezembro de 1993, o Arcebispo Militar do Brasil, Dom Geraldo Ávila, publicou o Plano de Pastoral com 13 linhas de ação: Pastoral Familiar, Vocacional, de Catequese, Liturgia, dos MECE, Ecumênica, do Dizimo Carcerário, da Criança e do Adolescente, da Juventude, da Reserva e Terceira idade, dos MCS, da Saúde e da Esperança. 13º DGPM 502/1996 Em 05 de maio de 1996, o Diretor-Geral da Marinha aprova a Norma sobre o Serviço de Assistência Religiosa da Marinha DGPM-502. Esta norma tem como objetivo consolidar, simplificar e atualizar os diversos documentos e procedimentos para o planejamento, supervisão e e- xecução da Assistência Religiosa na Marinha. A DGPM-502 substituiu a Portaria nº 0043, de 07ABR1993, da DGPM. MISSA EM MEMÓRIA DOS INTEGRANTES DA MARINHA DO BRASIL E DA MARINHA MERCANTE, MORTOS NO MAR DURANTE A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL No dia 18JUL, às 10h, na Igreja de Nossa Senhora da Candelária, o Capelão-Chefe, Pe. Nelson, celebrou a Santa Missa em homenagem aos Marinheiros da Marinha do Brasil e da Marinha Mercante que perderam suas vidas em operações no mar durante a Segunda Grande Guerra Mundial. Transcrevemos o comentário inicial de nossa Sagrada Liturgia: 14º DGPM-502 (1ª Rev)/2005 Em 17 de Abril de 2005 foi publicada a 1ª Revisão da DGPM-502 com substanciais acréscimos na normatização da Assistência Religiosa. Destacamos os seguintes pontos: 1 Adequação da redação do texto às exigências do atual contexto do SARM e na linguagem acessível ao usuário; 2 Especificações do termo eclesiástico sobre Sacerdote e Pastor; 3 Definições mais detalhadas sobre as atribuições dos Capelães Navais; 4 Criação do Capelão Assessor Católico, Protestante e Direito Canônico; e 5 Um Glosário de termos eclesiásticos. 15º DGPM-502 (2ª Rev)/2007 Em 19 de junho de 2007, o Diretor-Geral do Pessoal da Marinha aprovou a 2ª Revisão da DGPM 502 Normas sobre o Serviço de Assistência Religiosa da Marinha, que, dentre as alterações implementadas, destaca-se o maior detalhamento dos procedimentos a serem cumpridos pelos Capelães Navais, visando a uma melhor definição das atividades da Assistência Religiosa como um todo. Neste dia, queremos, com esta Celebração Eucarística, reverenciar aqueles cujas vidas foram dedicadas à Pátria quando a serviço da Marinha do Brasil em operações no mar, durante a 2ª Guerra Mundial. Reverenciemos, igualmente, nossos companheiros da Marinha Mercante Brasileira, as primeiras vítimas de uma guerra indesejável, porém inevitável, devido às agressões sofridas

10 Esta imaginação virtual foi transformada em realidade milhares de vezes por inúmeros integrantes das Marinha do Brasil e Marinha Mercante Brasileira. Fomos e continuaremos unidos pela dedicação à causa comum e pelos sentimentos humanitários, universais, entre os verdadeiros marinheiros. A dramática mensagem Save Our Souls (SOS), pelo profundo significado, é a mesma para todas as Marinhas do mundo. A grande maioria, dos que morreram no mar sequer teve a chance de lhes ser prestada a devida e respeitosa homenagem pelo Cerimonial Marítimo. Mas, nós, familiares, amigos, companheiros do passado de glória, Oficiais e Praças da Marinha do Brasil e da Marinha Mercante, aqui estamos reunidos nesta Santa Missa para afirmar-lhes que não os esquecemos e, irmanados, pedir a Deus que os recompensem pela oblação de suas vidas na preservação da liberdade, da paz no mundo e dos interesses da Nação. Nossos homens do mar escreveram uma página gloriosa que deixaram como exemplo para o futuro. Que o nosso Pai Celeste lhes conceda a plenitude da verdadeira vida! Enalteçamos as perdas ocorridas no Submarino Timbira, nos diversos navios mercantes em que foram guarnecidas peças de artilharia, no Caça-Submarino Javari, no Submarino R-12, da Marinha norteamericana, quando em adestramento ao largo de Key West, Flórida, e no Contratorpedeiro Marcílio Dias. Quis o destino, entretanto, que os maiores sofrimentos recaíssem sobre as tripulações do Cruzador Bahia, do Navio-Auxiliar Vital de Oliveira e da Corveta Camaquã. A nossa Marinha Mercante Brasileira foi traiçoeiramente atacada antes mesmo dos atos formais de nossa declaração de guerra. Trinta e dois navios mercantes foram postos a pique por atos hostis do inimigo, com a perda de 470 tripulantes e 502 passageiros. Os que têm o mar como profissão e devoção sabem que podem contemplá-lo com encantamento, como algo maravilhoso, mas que pode também tornar-se extremamente cruel, que nada respeita, igualando todos os homens e os fazendo, da mesma maneira, sofrer até seus momentos finais