EDITAL DE CHAMADA PARA ABERTURA DO GRUPO DE TRABALHO (GT) E PESQUISA EM DIREITOS HUMANOS E COMUNIDADES VULNERÁVEIS

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1 Edital.02/ 2016 EDITAL DE CHAMADA PARA ABERTURA DO GRUPO DE TRABALHO (GT) E PESQUISA EM DIREITOS HUMANOS E COMUNIDADES VULNERÁVEIS A Coordenação do Curso de Direito da FANOR Faculdades Nordeste, no uso de suas atribuições realizará a primeira chamada para abertura de grupos de trabalho e pesquisa na área de Direitos Humanos 01. Das Vagas Serão destinadas 2 (duas) vagas para o programa, no curso de Direito, durante os dois semestres de VAGAS LINHA DE PESQUISA Mestre/Tutor 02 Direitos Humanos Prof. Ms. Marcus Giovani 02. Definição do que é o GT de pesquisa Os GT s são grupos de pesquisa orientados para estudo de determinado campo de atuação da ciência do Direito. Referidos grupos são monitorados por um mestre responsável pela delimitação e acompanhamento da pesquisa. São atribuições do Mestre/tutor: I. Assistir aos alunos pesquisadores introduzindo lhes no campo de pesquisa acadêmica com ênfase nos Direitos humanos e na Multi/ transdisciplinariedade. II. Prestar atendimento individual ao aluno pesquisador em caso de dúvidas; III. Acompanhar a produção de leituras suplementares para o desenvolvimento das atividades de pesquisa; IV. Produzir juntamente com o aluno pesquisador artigo científico para publicação. São atribuições do aluno pesquisador I. Disponibilidades de horários para encontros presenciais e leituras QUINZENAIS; II. Produção escrita a ser determinada pelo mestre/tutor; III. Entrega dos trabalhos apresentados nos prazos pré-definidos;

2 IV. Produção final de, no mínimo, um artigo orientado pelo mestre/tutor ao final do termo do GT. 03. Do início e duração das atividades O início das atividades será no primeiro semestre de 2016, com término em novembro de 2016, com a devida entrega de, no mínimo, um artigo científico aprovado pelo Tutor do GT, para publicação. 04. Da carga horária A carga horária para o aluno pesquisador é de 3(três) horas/aula a cada quinze dias, estabelecidas em calendário a ser definido pelo mestre/orientador. As reuniões ocorrem de acordo com o calendário definido pelo orientador, sempre às segundas feiras-feiras, às 16:00hs. 05. Das inscrições As inscrições poderão ser efetuadas no período de 29/02 a 04/03 de 2016, com a entrega da documentação exigida no Núcleo de Práticas Jurídicas, no horário de 08:00h às 12:00h e das 14:00h às 18:00h, constando de histórico acadêmico e apresentação de Carta de Interesse. 06. Das condições necessárias à inscrição: São requisitos para que o aluno se inscreva no GT de Pesquisa em DIREITOS HUMANOS E COMUNIDADES VULNERAVEIS I. Ser aluno da graduação; II. Ter cursado pelo menos duas das seguintes disciplinas: Direito Constitucional I, Filosofia, Sociologia, Introdução ao Estudo do Direito. III. Estar cumprido regularmente o contrato de prestação de serviços educacionais; IV. Ter média global no histórico acadêmico superior a 7,0 pontos. 07. Da seleção dos candidatos: Para seleção serão considerados: I. Análise do histórico escolar;

3 II. III. IV. Análise da carta de interesse; Atividade em campo. Entrevista com o Mestre/Tutor. 08. Da divulgação dos resultados: Os alunos pesquisadores serão selecionados pelo mestre/tutor com a ciência da coordenação do curso, após levar em consideração aqueles que tiverem melhor pontuação no histórico, associadas a uma boa escrita na carta de intenções, desenvoltura na entrevista e disponibilidade de tempo para acompanhamento da pesquisa. Os resultados serão divulgados através do portal acadêmico. 09. Temas de concentração da pesquisa 1. DIREITOS HUMANOS, COMUNIDADES E VULNERABILIDADE SOCIAL; 2. DIREITOS HUMANOS E PLURALISMO JURÍDICO; 3. A AFIRMAÇÃO JURÍDICA, PSICOSSOCIAL E HISTÓRICA DOS DIREITOS HUMANOS 10. Das Disposições finais. O ato de inscrição do candidato importará no conhecimento e aceitação total dos critérios e regras estabelecidas neste edital, dos quais não poderá alegar desconhecimento. Os casos não previstos neste edital serão resolvidos pela Coordenação juntamente com os mestres/tutores. Fortaleza, 05 de Fevereiro de Marcia Sucupira Viana Barreto Coordenadora Acadêmica do curso de direito Marcus Giovani Ribeiro Moreira Professor responsável pelo GT

4 PROPOSTA PARA O GRUPO DE ESTUDO EM DIREITOS HUMANOS E POPULAÇÕES VULNERÁVEIS JUSTIFICATIVA Fortaleza, no Estado Ceará, desponta como a quarta capital do país, completamente urbana (IPECE: 2008:06), tendo uma população estimada em habitantes, segundo a Contagem da População de 2007 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2007:39). Seriam mulheres e homens residindo na cidade. Em relação à faixa etária, crianças e adolescentes (0 a 17 anos) correspondem a do total populacional. A população idosa (60 anos ou mais) equivale a habitantes (IBGE CIDADES). Dados de 2014 já indicavam que os 10% mais pobres ganham em média 0,76% do salário mínimo e os 10% mais ricos ficam com 45,81% dos salários (IBGE). A precariedade do acesso à Justiça desmotiva e produz descrédito entre as partes no que diz respeito à garantia de seus direitos. Segundo dados do relatório Justiça em Números, elaborado pelo CNJ, a taxa de congestionamento da Justiça Estadual do Ceará era de 76% em 2008, possuindo o Estado a média de processos a serem apreciados por cada magistrado. Ainda de acordo com dados do mesmo relatório, relativos ao mês de julho deste ano, existem processos sem qualquer movimentação há mais de 100 dias na Justiça Comum, outros estão conclusos, aguardando sentença há mais de três meses. Tal situação assume maiores proporções quando se trata das camadas mais pobres da população, que têm o seu acesso à Justiça dificultado por inúmeros fatores, tais como: a desinformação, centralização geográfica dos órgãos do Poder Judiciário, precariedade da Defensoria Pública, entre outros. Com este cenário, pode-se inferir que o não acesso a prestação jurisdicional ocupa a gama de inúmeras violações de direitos humanos de comunidades marcada pela ausência estatal e consequentemente conflagradas pela violência em todas as suas modalidades e nuances. Pela ausência histórica do Estado, sua proximidade geográfica em relação a FANOR e sobretudo, por já haver uma intervenção desta instituição, através do projeto Bons Vizinhos, é que a comunidade escolhida, enquanto locus de pesquisa deste grupo de pesquisa, foi a comunidade do Gengibre em Fortaleza -CE OBJETIVO GERAL Pesquisar e mapear as violações de Direitos Humanos na comunidade do Gengibre analisando-as do ponto de vista jurídico, com enfoque multidisciplinar, vislumbrando as suas nuances e especificidades dentro do contexto de Fortaleza-CE. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Realizar mapeamento das violações de direitos humanos ocorridas na comunidade do gengibre a partir de sua tipologia. Apreender a dinâmica psicossocial da comunidade do gengibre relacionando-a com os direitos e garantias individuais e coletivos, constantes nos tratados internacionais, dos quais o Brasil é signatário, bem como com o ordenamento jurídico vigente.

5 Verificar o grau de empoderamento da comunidade da comunidade do gengibre em relação aos seus direitos humanos. Mapear e perceber as (inter) relações da comunidade com o poder público e instituições privadas Participar de Seminários, Congressos, e outros eventos cujo tema tenha pertinência com o presente GT, por meio da submissão de artigos, bem como da participação e até apresentação dos mesmos por parte dos integrantes do GT; TEMAS A SEREM APROFUNDADOS NO GT DIREITOS HUMANOS : 1. DIREITOS HUMANOS, MULTICULTURALISMO E PLURALISMO JURÍDICO. 2. DIREITO E REGULARIZAÇÃO/CONFLITOS FUNDIÁRIOS 3. DIREITO DE POPULAÇÕES VULNERABILIZADAS 4. VIOLÊNCIA E SUAS DIVERSAS MODALIDADES (FÍSICA, PSICOLÓGICA, SIMBÓLICA E INSTITUCIONAL