TPG RELATÓRIO DE ESTÁGIO. folitécnico 1 daguarda PoIyechnic of Guarda. Licenciatura em Farmácia. Relatório Profissional II

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1 TPG folitécnico 1 daguarda PoIyechnic of Guarda RELATÓRIO DE ESTÁGIO Licenciatura em Farmácia Relatório Profissional II Ana Luzia da Silva Rodrigues junho 12015

2 Escola Superior de Saúde Instituto Politécnico da Guarda CURSO FARMÁCIA - 1º CICLO 4º ANO / 2º SEMESTRE RELATÓRIO DE ESTÁGIO PROFISSIONAL II ANA LUZIA DA SILVA RODRIGUES RELATÓRIO PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE LICENCIADO EM FARMÁCIA junho

3 Escola Superior de Saúde Instituto Politécnico da Guarda CURSO FARMÁCIA - 1º CICLO 4º ANO / 2º SEMESTRE RELATÓRIO DE ESTÁGIO PROFISSIONAL II ESTÁGIO EM FARMÁCIA COMUNITÁRIA Trabalho elaborado no âmbito da unidade curricular de Estágio Profissi onal II ANA LUZIA DA SILVA RODRIGUES SUPERVISOR: MANUELA PATRÍCIA LOPES JESUS DOCENTE ORIENTADOR: SANDRA CRISTINA ESPÍRITO SANTO VENTURA junho

4 ABREVIATURAS dl - Decilitro Hg - Mercúrio Kg - Quilograma m 2 - Metro quadrado mg - Miligrama mm - Milímetro SIGLAS ARS Administração Regional de Saúde CCF Centro de Conferência de Faturas CNPEM - Código Nacional para a Prescrição Eletrónica de Medicamentos DCI Denominação Comum Internacional EPI - Equipamento de Proteção Individual FEFO - First-Expired, First-Out FST Farmácia Silva Tavares IMC Índice de Massa Corporal INFARMED Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde IVA Imposto sobre o Valor Acrescentado MNSRM Medicamentos Não Sujeitos a Receita Médica MSRM Medicamentos Sujeitos a Receita Médica PAD Pressão Arterial Diastólica PAS Pressão Arterial Sistólica PCHC - Produtos Cosméticos e de Higiene Corporal PRM Problemas Relacionados com os Medicamentos PVP Preço de Venda ao Público RNM Resultados Negativos associados aos Medicamentos SNS Sistema Nacional de Saúde TF Técnico de Farmácia UC Unidade Curricular 3

5 Agradecimentos Ao terminar esta etapa tão importante no meu percurso académico impera a necessidade de expressar os meus profundos e sinceros agradecimentos a todas as pessoas que contribuíram para que tal sucedesse. Agradeço, Em primeiro lugar a toda a equipa envolvida neste estágio, quer a direção e docentes da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico da Guarda, quer a Farmácia Silva Tavares, por me ter cedido a oportunidade de aqui poder realizar este estágio. Agradeço à minha supervisora do local de estágio, Diretora Técnica Manuela Jesus, por organizar e planear localmente a sequência do estágio, proporcionar situações de aprendizagem que permitiram o desenvolvimento de competências necessárias a um correto e adequado desempenho profissional, auxiliar e facilitar a minha integração na equipa multidisciplinar da Farmácia Silva Tavares e auxiliar no acesso à informação. Depois, à excelente equipa que com tanta dedicação, empenho, afeição e entusiasmo acrescente a esta tarefa às que com tanto brilho desempenha no seu percurso profissional, enaltecendo aqui o profissionalismo desta equipa e a ótima relação de trabalho que me proporcionaram e agradecendo a todos o esforço que tiveram no sentido de me proporcionar o melhor estágio possível. Finalmente, agradeço à minha mãe por todo o apoio e incentivo inestimáveis, não me deixando nunca desistir dos objetivos a que me propus. Agradeço, ainda, à minha restante família que contribuiu para que fosse possível a realização deste estágio de modo a atingir os objetivos a que me comprometi. A todos o meu muito obrigado. 4

6 Pensamento Pelo sonho é que vamos, comovidos e mudos. Chegamos? Não chegamos? Haja ou não haja frutos, pelo sonho é que vamos. Basta a fé no que temos. Basta a esperança naquilo que talvez não teremos. Basta que a alma demos, com a mesma alegria, ao que desconhecemos e ao que é do dia a dia. Chegamos? Não chegamos? Partimos. Vamos. Somos. Sebastião da Gama 5

7 ÍNDICE DE TABELAS: Tabela 1- Classificação da obesidade no adulto em função do IMC Tabela 2 Classificação da hipertensão arterial em função dos valores de PAS e PAD

8 RESUMO Este documento constitui um indispensável meio de avaliação do Estágio de Integração à Vida Profissional, componente da Unidade Curricular denominada de Estágio Profissional II, que integra o plano de estudos do Curso de Farmácia 1º Ciclo, realizado pela aluna Ana Luzia Da Silva Rodrigues da Escola Superior de Saúde, do Instituto Politécnico da Guarda. Nele constam informações sobre a caracterização da instituição, bem como das diversas etapas que constituem o circuito do medicamento de uso humano no âmbito da farmácia comunitária, e a que se encontram subjacentes as atividades que integram as funções de um Técnico de Farmácia respeitantes a esta vertente e que foram passíveis da aluna participar durante o período de estágio. Essas informações passam, ainda, pelo reconhecimento da importância que a Farmácia Comunitária apresenta na proximidade da população, bem como as suas responsabilidades, metodologias utilizadas e características estruturais. Constam, assim, informações sobre o processo de receção e armazenamento de medicamentos, assim como a caracterização dos diversos procedimentos inerentes à dispensa de medicamentos classificados distintamente, mediante legislação aplicável, pela aplicação na prática diária ou apoiados pela utilização de um dispositivo de dispensa de medicamentos baseado no princípio da utilização máxima do efeito da gravidade e o reconhecimento dos seus benefícios e eventuais desvantagens, culminando com a prestação de outros serviços e cuidados de saúde. A realização deste documento baseou-se em conhecimentos teóricos e teórico-práticos adquiridos durante a frequência destes quatro anos de licenciatura, informações recolhidas no local de estágio, bem como a consulta de legislação vigente. 7

9 ÍNDICE: INTRODUÇÃO FARMÁCIA SILVA TAVARES (FST) LOCALIZAÇÃO HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO RECURSOS HUMANOS INSTALAÇÕES Sala de atendimento ao público Zona de receção de encomendas Área de armazenamento Zona de atendimento personalizado Laboratório de preparação de medicamentos manipulados Biblioteca Outras instalações SISTEMA INFORMÁTICO PHC ADVANCED APROVISIONAMENTO/GESTÃO DE STOCKS RECEÇÃO DE MEDICAMENTOS ARMAZENAMENTO DE MEDICAMENTOS DISPENSA DE MEDICAMENTOS Dispensa de Medicamentos Sujeitos a Receita Médica Dispensa de Medicamentos Estupefacientes e Psicotrópicos Dispensa de Medicamentos Não Sujeitos a Receita Médica CONFERÊNCIA DE RECEITUÁRIO PREPARAÇÃO DE MEDICAMENTOS MANIPULADOS DISPENSA DE OUTROS PRODUTOS DE SAÚDE SUPLEMENTOS ALIMENTARES DISPOSITIVOS MÉDICOS GÉNEROS ALIMENTÍCIOS PARA ALIMENTAÇÃO ESPECIAL PRODUTOS DE PUERICULTURA, GRAVIDEZ E PÓS-PARTO PRODUTOS COSMÉTICOS E DE HIGIENE CORPORAL MEDICAMENTOS HOMEOPÁTICOS

10 4.7. MEDICAMENTOS À BASE DE PLANTAS MEDICAMENTOS E PRODUTOS DE USO VETERINÁRIO PRESTAÇÃO DE OUTROS SERVIÇOS E CUIDADOS DE SAÚDE DETERMINAÇÃO DE PARÂMETROS BIOQUÍMICOS E FISIOLÓGICOS Índice de Massa Corporal (IMC) Medição da Pressão Arterial Medição da glicemia RECOLHA DE RESÍDUOS PÓS-CONSUMO PELAS FARMÁCIAS COMUNITÁRIAS - VALORMED CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS ANEXO A Registo diário dos valores de temperatura da área afeta ao armazenamento de medicamento termolábeis (frigorífico) ANEXO B Devolução de medicamentos ao armazém fornecedor ANEXO C Plano anual de higienização do equipamento e produtos da Farmácia Silva Tavares ANEXO D Registo diário dos valores de temperatura e humidade de todas as áreas afetas ao armazenamento de medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos ANEXO E Receita médica renovável materializada da prescrição por via eletrónica e guia de tratamento ANEXO F Receita médica materializada da prescrição por via eletrónica e guia de tratamento ANEXO G Receita médica manual ANEXO H Validação de pictogramas na população idosa ANEXO I Atribuição do número de lote dos medicamentos manipulados ANEXO J Registo de medicamentos e matérias-primas que apresentem rutura no stock definido pela Farmácia Silva Tavares ANEXO K Registo de movimento de matérias-primas ANEXO L Modelo de rótulo para medicamentos manipulados 9

11 INTRODUÇÃO O regime jurídico das Farmácias de Oficina em moldes contemporâneos encontra-se definido pelo Decreto-Lei nº307/2007, de 31 de agosto. Segundo a mesma legislação, as farmácias prosseguem uma atividade de saúde e de interesse público e asseguram a continuidade dos serviços que prestam aos utentes. [1] Os Técnicos de Farmácia (TF) são profissionais de saúde que desenvolvem atividades no âmbito do circuito do medicamento, nas suas múltiplas vertentes. [2] Estes profissionais integram a carreira de Técnico de Diagnóstico e Terapêutica, cujo estatuto legal encontra-se regulamentado pelo Decreto-Lei nº564/99, de 21 de dezembro. O mesmo Decreto-Lei refere como conteúdo funcional do TF o desenvolvimento de atividades no circuito do medicamento, tais como análises e ensaios farmacológicos, interpretação de prescrição terapêutica e de fórmulas farmacêuticas, sua preparação, identificação e distribuição, controlo da conservação, distribuição e stocks de medicamentos e outros produtos, informação e aconselhamento sobre o uso de medicamentos. [3] Dado o caráter predominantemente técnico do curso de farmácia, cuja área de intervenção é o medicamento e o utente/doente, impera a necessidade da vertente teórica ser complementada com a vertente prática, aliada à aquisição de novos conhecimentos, nomeadamente de índole profissional. Todos estes aspetos permitem circunscrever, assim, o perfeito enquadramento do Estágio de Integração à Vida Profissional, componente da Unidade Curricular (UC) de Estágio Profissional II, que constitui, assim, uma importante vertente de formação em que a aprendizagem se desenvolve em contexto real, no seio de uma equipa multidisciplinar de saúde em contacto direto com o utente/doente. Este estágio detém como principais objetivos educacionais: Favorecer, em contexto real, a integração das aprendizagens que vão sendo desenvolvidas ao longo do curso, de modo que o perfil do estudante vá ao encontro das competências necessárias no âmbito da sua formação; Preparar o estudante para dar resposta às exigências da sociedade, promovendo a socialização e integração profissional. [4] Aliados aos objetivos gerais inerentes a este estágio, encontram-se os objetivos específicos revestidos de uma enorme importância, uma vez que são estes que vão permitir 10

12 saber, se foi exequível, a aquisição das diferentes competências profissionais inerentes ao TF na sua área de atuação. São eles: Desenvolvimento de competências científicas e técnicas na realização de atividades subjacentes à profissão de TF; Aplicação de princípios éticos e deontológicos subjacentes à profissão; Desenvolvimento e avaliação de planos de intervenção adequadamente integrados numa equipa multidisciplinar; Resposta aos desafios profissionais com inovação, criatividade e flexibilidade. [4] O presente relatório espelha o estágio realizado na Farmácia Silva Tavares, no período de tempo compreendido entre 23 de fevereiro de 2015 e 19 de maio de 2015, num total de quinhentas horas e sob a supervisão no local de estágio da farmacêutica Manuela Patrícia Lopes Jesus e com a orientação da docente Sandra Cristina Espírito Santo Ventura, da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico da Guarda. Este documento inicia-se pela caracterização da instituição em diversos aspetos, seguida da descrição das metodologias inerentes às diversas atividades subjacentes à profissão de TF, em que foi possível a minha ativa e autónoma participação, acompanhada por toda a equipa multidisciplinar que colabora com a Farmácia Silva Tavares. Este relatório segue uma metodologia exploratória - descritiva, baseada nos conhecimentos teóricos e teórico-práticos adquiridos durante a frequência destes quatro anos de licenciatura, informações recolhidas no local de estágio, consulta de legislação vigente, bem como as atividades em que foi possível a minha participação. 11

13 1. FARMÁCIA SILVA TAVARES (FST) A Farmácia Comunitária, dada a sua acessibilidade à população, constitui uma das portas de entrada no sistema de saúde. [5] Caracterizada pela prestação de cuidados de saúde de elevada diferenciação técnico-científica, a Farmácia Comunitária apresenta como missão a preparação, controlo, seleção, aquisição, armazenamento e dispensa de medicamentos de uso humano em condições que possam minimizar os riscos associados ao seu uso e que permitam a avaliação dos resultados clínicos dos medicamentos de modo a que possa ser reduzida a morbi-mortalidade associada aos medicamentos. [5] A utilização de medicamentos objetiva uma melhoria da qualidade de vida dos doentes, através da cura das doenças ou, quando isto não é exequível, controlando as suas consequências e os seus sintomas. A importância deste objetivo justifica a existência de uma imensa variedade de medicamentos, detentores de qualidade, eficácia e segurança, que constituem a principal ferramenta terapêutica empregue na manutenção ou melhoria da saúde da população. [6] Todavia, nem sempre que um doente utiliza um medicamento o resultado é favorável. Em muitas ocasiões a farmacoterapia falha. Isto acontece quando os medicamentos causam dano e/ou quando não atingem o objetivo para o qual foram prescritos. Não obstante, os fracassos da farmacoterapia são, em grande percentagem, evitáveis. A farmácia comunitária, dada a sua acessibilidade à população, detém um elevado conjunto de responsabilidades a este nível, nomeadamente: o acompanhamento e vigilância da utilização dos medicamentos, a interpretação e avaliação da prescrição médica, a cedência de informação e aconselhamento sobre medicamentos de uso humano e outros produtos de saúde sujeitos (MSRM) e não sujeitos a receita médica (MNSRM), junto dos doentes/utentes e profissionais de saúde, promovendo o correto e racional uso de medicamentos. [5] Segundo a Organização Mundial de Saúde existe uso racional de medicamentos quando os doentes recebem os medicamentos apropriados à sua condição clínica, em doses adequadas às suas necessidades individuais, por um período de tempo adequado e ao menor custo possível para eles e para a sua comunidade. [7] Este procedimento visa a concretização de um conjunto de objetivos imperativos: reduzir a ocorrência de eventos adversos relacionados com medicamentos; alcançar/melhorar a adesão do doente à terapêutica; garantir a administração correta do medicamento; reduzir os erros relacionados com os medicamentos reduzir a morbi-mortalidade associada à incorreta utilização de medicamentos; reduzir o 12

14 aparecimento de resistência aos antibacterianos; reduzir a automedicação (prática corrente nos dias de hoje) e racionalizar os custos com a terapêutica (administrar apenas os medicamentos realmente necessários) LOCALIZAÇÃO A FST encontra-se instalada em meio urbano, na Rua do Comércio, no centro de Alferrarede, localidade do concelho de Abrantes. Objetivando a concretização dos objetivos a que a Farmácia Comunitária se propõe, a FST encontra-se localizada numa zona predominantemente comercial e residencial e na proximidade de instituições de ensino, instituições financeiras e instituições de saúde, o que se repercute numa melhoria da acessibilidade da população a esta instituição HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO O período de funcionamento semanal das farmácias comunitárias encontra-se sujeito a um limite mínimo de funcionamento de quarenta e quatro horas, definido pela Portaria nº277/2012, de 12 de setembro. [8] A FST, fomentado a legislação vigente, encontra-se em funcionamento, ininterruptamente durante o período de tempo compreendido entre as oito horas e as vinte e quatro horas diárias. No período de tempo em que a FST se encontra em regime de turno de serviço permanente, a mesma mantém-se em funcionamento, ininterruptamente, desde a hora de abertura até à hora de encerramento do dia seguinte. [9] No entanto, a partir das vinte e quatro horas é interdito o acesso ao público ao interior da farmácia, com vista à segurança e proteção dos profissionais de farmácia, colaboradores e medicamentos, durante o serviço noturno, realizando-se a dispensa de medicamentos, através de um postigo de atendimento. [8] Para conhecimento de todos os utentes, a informação referente ao horário de funcionamento da farmácia, bem como a informação que assinala as farmácias do município de Abrantes em regime de serviço permanente/disponibilidade, respetiva localização e contactos encontra-se colocada de forma visível do exterior da farmácia. Concomitantemente, a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (INFARMED), bem como a Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo divulgam, nas suas 13

15 páginas eletrónicas, a informação referente ao horário de funcionamento, assim como os mapas de turnos de serviço das farmácias do concelho de Abrantes. [8] 1.3. RECURSOS HUMANOS Os recursos humanos em saúde constituem um dos pilares essenciais à sobrevivência do sistema de saúde. [10] Os profissionais de farmácia enfrentam, atualmente, um ambiente caracterizado por uma crescente evolução tecnológica, com tendência a focar-se nos cuidados de saúde do doente e na maior capacitação do mesmo na tomada de decisões acerca da sua saúde, promovendo a saúde e o bem-estar do doente e do cidadão em geral e fomentando o direito a uma terapêutica farmacológica com qualidade, eficácia e segurança. A farmácia comunitária exige, assim, profissionais bem preparados tecnicamente e com competências sociais diferenciadas que garantem, não só o correto e eficaz atendimento dos utentes, como a compreensão e resolução eficaz da suas necessidades e expectativas. A prová-lo, pode-se verificar a elevada taxa de fidelização dos utentes que as farmácias comunitárias conhecem atualmente. Neste âmbito, a manutenção da equipa e homogeneidade do seu modo de atuação junto dos doentes, são fatores incontornáveis. [10] Tendo por objeto o regime jurídico das farmácias de oficina, definido pelo Decreto- Lei nº 307/2007, de 31 de agosto, a direção técnica da FST é assegurada, em permanência e exclusividade durante o horário de trabalho, por uma farmacêutica que assume a direção técnica, ocupando o cargo de Diretora Técnica. Conjuntamente com a Diretora Técnica, a FST conta com a colaboração de uma equipa multidisciplinar constituída por uma farmacêutica e duas técnicas auxiliares de farmácia, coadjuvadas por dois assistentes técnicos afetos ao setor administrativo, devidamente identificados mediante a utilização de um cartão com o nome e o título profissional. No seguimento da informação mencionada anteriormente, a equipa multidisciplinar que colabora com a FST mantém-se, continuamente, informada a nível científico, ético e legal, mediante a frequência de cursos de formação científica e técnica, simpósios, congressos e ainda a leitura de publicações que contribuam para a sua atualização profissional e reforço das suas competências. [5] 14

16 1.4. INSTALAÇÕES Na farmácia comunitária realizam-se atividades dirigidas para o medicamento e atividades dirigidas para o doente. [5] Para que estas atividades possam ser realizadas com vista ao cumprimento dos objetivos estabelecidos, a FST usufrui de instalações e equipamentos apropriados ao cumprimento das suas funções. As instalações da FST encontram-se identificadas em conformidade com os requisitos legais mencionados no artigo 28º do Decreto-Lei nº307/2007, de 31 de agosto, e com as Boas Práticas Farmacêuticas para a Farmácia Comunitária, encontrando-se garantida a acessibilidade à farmácia de todos os potenciais utentes, incluindo crianças, idosos e cidadãos portadores de deficiência, encontrando-se instalada ao nível da rua por onde se faz o acesso principal dos doentes. A FST apresenta um aspeto exterior característico e profissional, facilmente visível e identificável mediante o símbolo cruz verde no topo do edifício, o qual se encontra iluminado durante a noite quando a farmácia se encontra em regime de turno de serviço permanente, assim como por uma inscrição visível do exterior da farmácia identificativa da mesma e a identificação da farmacêutica que assume a sua direção técnica. A fachada da farmácia encontra-se limpa, em boas condições de conservação e alvo de elaboração de montras, que constituem uma verdadeira ferramenta de comunicação, uma vez que se apresenta como o interface entre a equipa técnica e os transeuntes Sala de atendimento ao público A sala de atendimento ao público, constituindo o primeiro local de contacto da farmácia com o utente apresenta um ambiente calmo, profissional e acolhedor, criando as condições imprescindíveis a uma comunicação eficaz com os utentes e organizada de forma a otimizar todo o espaço existente, beneficiando a zona de atendimento que se encontra visivelmente privilegiada. Esta sala é constituída por quatro balcões de atendimento separados fisicamente, (permitindo a execução de quatro atendimentos em simultâneo) e a zona de atendimento ao público permite o decurso de um diálogo com qualidade, com respeito pelo princípio de confidencialidade dos factos conhecidos em razão da atividade profissional, sem prejuízo para o doente por risco de interrupção por terceiros, conferindo a máxima privacidade ao utente. Cada terminal de atendimento encontra-se equipado com um computador dotado de sistema 15

17 informático (PHC ADVANCED 2011 ) apropriado ao cumprimento das funções e responsabilidades atribuídas à farmácia comunitária, leitor ótico de códigos identificativos apresentados sob a forma de código de barras, impressora e um terminal de dispensa dos medicamentos armazenados no autómato. Nestas zonas não se encontram produtos de saúde, informação publicitária ou outros elementos de dimensões acrescidas que possam dificultar a comunicação entre o utente e o profissional de farmácia. Na zona de espera encontram-se disponibilizadas cadeiras destinadas aos utentes e/ou acompanhantes, assim como um sistema de ordenação do fluxo de utentes à farmácia. Na proximidade desta zona encontram-se expostos Produtos Cosméticos e de Higiene Corporal (PCHC), de forma a promover, pela sua frequência de compra, a visita do utente a estes locais Zona de receção de encomendas A receção de medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos decorre num dos terminais de atendimento destinado a este procedimento. Posteriormente, os produtos rececionados são conduzidos ao primeiro piso, onde decorre a conferência dos mesmos, assim como a sua introdução no sistema informático e posterior armazenamento. Este espaço é, igualmente, destinado a outro tipo de atividades afetas à gestão da farmácia Área de armazenamento A FST dispõe de uma vasta área destinada ao armazenamento de medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos dividida em diversas secções: área imediatamente seguinte à zona de atendimento (afeta ao armazenamento de MSRM normal ou medicamentos estupefacientes ou psicotrópicos) e uma outra área de armazenamento apresentada sob a forma de um sistema semiautomático de dispensa de medicamentos fundamentado no princípio de utilização máxima do efeito da gravidade, igualmente destinada ao armazenamento de MSRM. Os MNSRM encontram-se acondicionados em mobiliário adequado ao seu armazenamento na sala de atendimento ao público, por detrás de cada terminal de atendimento. 16

18 A FST encontra-se dotada de um frigorífico com sistema de alarme automático e com controlo e registo da temperatura destinado ao armazenamento de medicamentos termolábeis, os quais se devem encontrar armazenados a uma temperatura compreendida entre os 2 e os 8ºC (ANEXO A) Zona de atendimento personalizado Tendo como objeto o artigo 2º do Decreto-Lei nº307/2007, de 31 de agosto, as farmácias prosseguem uma atividade de saúde e de interesse público e asseguram a continuidade dos serviços que prestam aos utentes. Neste sentido, os utentes têm o direito de comunicar, de forma confidencial com o profissional de farmácia, pelo que as instalações da farmácia devem considerar este aspeto. A FST dispõe de uma zona de atendimento personalizado, isenta de perturbações, destinada à determinação de parâmetros bioquímicos e fisiológicos, permitindo a correta avaliação dos mesmos, assim como uma comunicação eficaz entre profissional de farmácia e doente Laboratório de preparação de medicamentos manipulados Numa época dominada por uma industrialização generalizada poderá parecer contraditório o interesse pelos medicamentos cuja preparação é realizada em pequena escala nas farmácias comunitárias. A realidade, contudo, aponta para que ainda hoje, existam certos medicamentos designados medicamentos manipulados que não sendo produzidos industrialmente constituem, em muitas situações, alternativas terapêuticas vantajosas relativamente aos medicamentos produzidos em escala industrial e, por esta razão continuam a ser preparados. [11] Para dar resposta a estas situações, a FST encontra-se dotada de um laboratório de preparação de medicamentos manipulados que apresenta instalações adequadas e material necessário para a preparação de formulações de medicamentos seguros e eficazes, tendo em conta as formas farmacêuticas, a natureza dos produtos e a dimensão dos lotes preparados. O referido laboratório dispõe de uma área suficiente para evitar riscos de contaminação durante as operações de preparação de medicamentos manipulados, encontra-se devidamente iluminado e ventilado e dotado de uma temperatura e humidade adequada e é 17

19 constituído por superfícies de fácil limpeza e os equipamentos encontram-se limpos, calibrados e em bom estado de funcionamento Biblioteca Para que a equipa multidisciplinar que colabora com a FST possa intervir junto dos doentes, prevenindo, identificando e corrigindo problemas decorrentes da utilização dos medicamentos e outros produtos de saúde, a atualização dos seus conhecimentos deve progredir paralelamente ao desenvolvimento científico. Neste sentido, considerando que atualmente a informação em saúde é assaz vasta, sofre continuamente alterações e que existem inúmeras fontes de informação disponíveis, é imprescindível a existência de uma biblioteca atualizada e organizada. Neste sentido, a FST dispõe de um conjunto de fontes de informação, destacando-se a Farmacopeia Portuguesa, Boas Práticas Farmacêuticas para a Farmácia Comunitária, Prontuário Terapêutico, entre muitos outros Outras instalações De acordo com o artigo 29º do Decreto-lei nº 307/2007, de 31 de agosto, as farmácias devem dispor de instalações adequadas a garantir a segurança, conservação e preparação de medicamentos, assim como a acessibilidade, comodidade e privacidade dos utentes e do respetivo pessoal. [1] A deliberação nº1502/2014, de 13 de julho, esclarece que as instalações sanitárias, a par da sala de atendimento ao público, armazém, laboratório e gabinete de atendimento personalizado, constituem divisões obrigatórias da qual as farmácias comunitárias devem dispor. [12] A mesma legislação reforça a necessidade das farmácias disporem de um conjunto de divisões consideradas facultativas, mas imprescindíveis a um adequado funcionamento durante o período de tempo em que a farmácia se encontra em regime de turno de serviço permanente, nomeadamente a zona de recolhimento, dotada de campainha e intercomunicador para ligação ao postigo de atendimento, gabinete da direção técnica e área técnica de informática. [12] 18

20 1.5. SISTEMA INFORMÁTICO PHC ADVANCED 2011 A gestão de uma farmácia constitui atualmente um grande desafio, tanto pela vertente comercial, fundamental à sua sobrevivência, como pela componente ética associada. [10] O recurso a um sistema informático adequado (PHC ADVANCED 2011 ) contribui significativamente para a implementação de uma gestão racional do medicamento nas diversas etapas do respetivo circuito, auxiliando a gestão de stocks e a administração financeira da farmácia. Esta aplicação informática proporciona, não só uma maior segurança e qualidade do serviço prestado, como também um incremento na celeridade do mesmo, permitindo estabelecer uma maior proximidade entre a equipa multidisciplinar que colabora com a FST e o doente, sendo assim possível o desenvolvimento de um trabalho na proximidade do doente, baseado num acompanhamento farmacoterapêutico exclusivo. A FST encontra-se equipada com cinco terminais informáticos, providos da aplicação informática selecionada pela instituição. Concomitantemente, como forma de prevenção a acessos não autorizados, o acesso à aplicação informática PHC ADVANCED 2011 por parte da equipa multidisciplinar que colabora com a FST apenas se realiza mediante a inserção de uma palavra-chave de acesso, exclusiva de cada profissional. 19

21 2. APROVISIONAMENTO/GESTÃO DE STOCKS O Aprovisionamento deve ser entendido numa perspetiva agregadora de todo o circuito desde a aquisição até à dispensa dos medicamentos, permitindo à FST assegurar a terapêutica medicamentosa aos doentes, garantindo a qualidade, eficácia e segurança na utilização da mesma. A informação atualizada relativa ao histórico de consumos da instituição (necessidades terapêuticas e preferências de consumo de cada tipo de doente/utente ou, se possível, de cada doente/utente, sobretudo dos vinculados), assim como a localização geográfica da farmácia e o mercado envolvente reveste-se de uma colossal importância, permitindo formular previsões de consumos para os períodos temporais imediatos e consequentemente adotar decisões sobre o que encomendar, quando encomendar e quanto encomendar, de modo a que seja possível efetuar uma correta gestão de stocks e garantir a máxima qualidade e eficácia possível, ao menor custo. No seguimento das anteriores diretrizes, é fundamental que a gestão e atualização dos níveis de stocks sejam realizadas com regularidade. Durante a dispensa de medicamentos e produtos farmacêuticos, caso a FST não apresente em stock os medicamentos e produtos farmacêuticos solicitados, a informação referente ao medicamento em causa, assim como ao utente a quem o medicamento/produto farmacêutico se destina é colocada numa aplicação informática desenvolvida para o efeito, o que se repercute numa atualização constante da informação relativa aos stocks para conhecimento de toda a equipa multidisciplinar que colabora com a FST e inerentes áreas funcionais, permitindo a elaboração da encomenda diária, assim como a cedência de informação atualizada aos utentes relativa à existência de determinado medicamento na instituição. A obrigatoriedade de prescrição por Denominação Comum Internacional (DCI), assim como a obrigatoriedade das farmácias apresentarem em stock, no mínimo, três medicamentos de cada grupo homogéneo de entre os cinco medicamentos com Preço de Venda ao Público (PVP) mais baixo, agrava significativamente a gestão de stocks. Se por um lado esta obrigatoriedade é vista como uma vantagem, uma vez que na generalidade, os doentes apresentam uma preferência pelo medicamento de marca que consumiram durante períodos de tempo prolongados, por outro lado, existem doentes que demonstram a sua preferência por medicamentos genéricos, mas apresentam uma especial afeição por um determinado 20

22 laboratório, quer por opção própria ou por aconselhamento do prescritor, que frequentemente não integram a lista dos cinco medicamentos mais baratos de cada grupo homogéneo. Esta variabilidade obriga a FST a apresentar uma maior diversidade de medicamentos, quer em quantidade, quer em variedade, objetivando a satisfação das necessidades terapêuticas dos doentes/utentes. Em suma, existe uma tríade entre os principais tipos de despesa afetos ao stock de medicamentos que uma farmácia enfrenta: a despesa com a posse de stocks, a despesa com a rutura de stock e a despesa com o processamento de encomendas e devoluções. O equilíbrio entres três pontos maximiza a gestão de stocks da farmácia [10]. Um outro aspeto a ter em consideração centra-se na seleção do armazém fornecedor (Alliance HealthCare) tendo em conta a proximidade e dispersão geográfica de armazéns do respetivo fornecedor, a frequência e rapidez na entrega de encomendas e na realização de condições especiais de pagamento, descontos financeiros e preferência no fornecimento de medicamentos esgotados. Quanto maior a proximidade geográfica do fornecedor à farmácia, maior a facilidade de colmatar ruturas de stock, permitindo a entrega de medicamentos de caráter urgente. Caso não seja exequível o processo de encomenda por via informática, por diversos motivos, como carência do medicamento no armazém do fornecedor, interdição da sua comercialização ou anomalia no sistema informático, o processo de encomenda realiza-se via contacto telefónico. No entanto este método não é o mais vantajoso e/ou racional, uma vez que apresenta uma maior probabilidade de ocorrência de erros. Frequentemente impera a necessidade de avaliar as propostas dos fornecedores, equacionando a possibilidade de aquisição direta aos laboratórios RECEÇÃO DE MEDICAMENTOS Os medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos, depois de devidamente requisitados pela FST são entregues, em recipientes próprios do armazém fornecedor, devidamente identificados com os dados do destinatário, numa zona da farmácia definida para o efeito, circunscrita a um dos balcões de atendimento que momentaneamente se encontra afeto a esta atividade, apresentando fácil comunicação com as restantes áreas funcionais da farmácia. Posteriormente, são conduzidos ao piso superior da FST, onde é dada 21

23 continuidade ao procedimento de receção. Esta zona dispõe de uma área administrativa, bem como uma área de receção de medicamentos e produtos farmacêuticos. Os medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos ao serem rececionados e encontrando-se acompanhados pela respetiva guia de remessa ou fatura, são alvo de uma conferência por um profissional de farmácia que colabora com a FST. Para isso, todos os medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos são dispostos na superfície de trabalho de que a zona de receção/conferência dispõe. Posteriormente, é digitado, na aplicação informática associada à receção de medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos, o número da guia de remessa/fatura, assim como a respetiva denominação do armazém fornecedor e finaliza-se este procedimento com a importação da respetiva encomenda realizada ao fornecedor (por via informática) ou com a criação de uma nova encomenda (realizada por contacto telefónico). No seguimento do anterior procedimento, é realizada, individualmente, a leitura dos códigos identificativos apresentados sob o formato de código de barras, presentes em todos os medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos rececionados, através do leitor ótico. Esta conduta é precedida de uma análise qualitativa (nome genérico/nome comercial, forma farmacêutica, integridade da embalagem e presença de boletins de análise em conformidade com as especificações de uma farmacopeia, aquando da receção de matériasprimas) e quantitativa (dosagem, prazo de validade, uniformidade do PVP impresso na cartonagem e presente na guia de remessa/fatura e número de unidades rececionadas) referente aos medicamentos/produtos farmacêuticos rececionados. Este procedimento permite averiguar se estes parâmetros se encontram em conformidade com a guia de remessa/fatura e respetiva encomenda elaborada pela FST. No caso desta situação não se verificar, os medicamentos/produtos farmacêuticos em causa são alvo de uma devolução ao armazém fornecedor (ANEXO B). Posteriormente, é realizada uma comparação entre as informações presentes no sistema informático e as informações presentes na guia de remessa/fatura: número de unidades e preço total relativo a cada medicamento rececionado, Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) sobre cada medicamento e total da fatura. Caso esta situação não se verifique, a informação incorreta deverá ser alvo de uma retificação, com base na informação presente na guia de remessa/fatura. Caso a informação sobre o PVP que se encontra no sistema informático não coincida com a informação presente na guia de remessa/fatura, a mesma deverá ser alterada tendo em conta a guia de remessa/fatura, no caso dos MSRM. No caso dos MNSRM, o procedimento ocorre de maneira ligeiramente distinta, isto porque, a informação referente ao PVP não se encontra presente na guia de 22

24 remessa/fatura. Nesta situação, a FST aplica, sustentadamente, determinada margem sobre os medicamentos sujeitos ao IVA de 6% ou de 23%, respetivamente. Após a finalização deste procedimento, é realizada a impressão e colagem das etiquetas referentes aos MNSRM para os quais se encontra padronizada a impressão das mesmas. Cada etiqueta identificativa contém informação relativa ao nome comercial ou nome genérico, à forma farmacêutica, dimensão da embalagem, ao PVP e IVA a que o medicamento se encontra sujeito e respetivo código identificativo do medicamento apresentado sob a forma numérica e de código de barras ARMAZENAMENTO DE MEDICAMENTOS Após a etapa de receção de medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos, os mesmos são encaminhados para as respetivas áreas de armazenamento, de acordo com as suas necessidades de conservação e diversas utilizações. Independentemente da área de armazenamento onde decorre o armazenamento de medicamentos e produtos farmacêuticos, o mesmo deve acontecer, garantindo sempre todas as condições necessárias de espaço, luz (proteção da luz solar direta), temperatura (conservação entre 15ºC e 25ºC), humidade (inferior a 60%) e segurança dos mesmos. Neste sentido, a FST, dispõe, simultaneamente, de um plano de higienização de equipamentos e produtos da farmácia (ANEXO C) e de um processo de medição, registo, monitorização e controlo das condições de conservação de medicamentos e produtos farmacêuticos, possível mediante a deslocação de um dispositivo de medição de temperatura e humidade (termo-higrómetro amovível) em todas as áreas da farmácia afetas ao armazenamento de medicamentos e produtos farmacêuticos. Diariamente, é efetuada a leitura e registo diário dos valores de temperatura e humidade, garantindo a qualidade, eficácia e segurança da terapêutica medicamentosa (ANEXO D). A FST dispõe de uma vasta área destinada ao armazenamento de medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos dividida em diversas secções. São, assim, assumidos como locais de armazenamento de medicamentos, outros produtos de saúde e matérias-primas: a área de atendimento ao público, o pequeno armazém destinado ao armazenamento de medicamentos de menor rotatividade e medicamentos estupefacientes ou psicotrópicos, autómato e laboratório da farmácia (afeto ao armazenamento de matériasprimas essenciais à correta preparação de medicamentos manipulados). Na totalidade das 23

25 áreas destinadas ao armazenamento de medicamentos é possível verificar que todos os medicamentos se encontram acondicionados em mobiliário adequado ao seu armazenamento (estantes com prateleiras e de fácil acesso e higienização) e facilmente localizáveis. Os MNSRM, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos encontram-se dispostos na sala de atendimento ao público. No seguimento da área de atendimento ao público, encontrase um pequeno armazém separado fisicamente por porta magnética, destinado ao armazenamento de MSRM que apresentam uma rotatividade inferior ou dimensões acrescidas que impossibilitam o seu correto e adequado armazenamento no armazém de grandes dimensões desenvolvido sob a forma de um autómato. O autómato é um dispositivo de dispensa de MSRM robotizado baseado no princípio da utilização máxima do efeito da gravidade. O armazenamento dos MSRM neste sistema de dispensa de medicamentos efetua-se mediante a sua DCI (no caso dos medicamento genéricos) e/ou nome comercial (no caso dos medicamentos de marca), forma farmacêutica, dosagem, dimensão da embalagem, código identificativo do medicamento apresentado sob a forma numérica e de código de barras, assim como a sua localização geográfica no sistema, apresentada sob a forma de uma sequência alfanumérica. A título de exemplo recorro à sequência alfanumérica que identifica a localização de um determinado medicamento B-07-11, em que a sequência ao iniciar-se por B indica que o medicamento se encontra armazenado na estante identificada pela inscrição B, os algarismos 07 identificam a respetiva prateleira e o número 11 identifica o local específico onde se encontra armazenado o medicamento em causa. Este procedimento encontra-se coadjuvado por uma aplicação informática (Apotéka ) que permite obter um conjunto de informações respeitantes à localização geográfica no sistema do medicamento em causa, mediante a leitura do código do mesmo apresentado sob a forma de código de barras pelo leitor ótico. Simultaneamente, para que o medicamento em causa seja facilmente localizável, é acionada uma pequena luz com coloração vermelha que indica qual a localização geográfica do medicamento pretendido. Aquando do armazenamento, os prazos de validade são devidamente verificados e controlados, procurando sempre colocar os medicamentos com prazo de validade mais reduzido em local mais acessível do que os restantes que apresentam um prazo de validade mais alargado. Neste sentido, todas as áreas afetas ao armazenamento de medicamentos e matérias-primas permitem uma rotação adequada dos stocks garantindo que sejam utilizados em primeiro lugar os medicamentos que apresentem um prazo de validade menor, seguindo o princípio do FEFO ( First-Expired, First-Out ). 24

26 2.3. DISPENSA DE MEDICAMENTOS De acordo com As Boas Práticas Farmacêuticas para a Farmácia Comunitária, a dispensa de medicamentos consiste no ato profissional em que o profissional de farmácia, após avaliação dos medicamentos solicitados, procede à cedência dos mesmos aos utentes, mediante prescrição médica ou em regime de automedicação ou indicação farmacêutica, acompanhada da totalidade da informação indispensável à sua correta administração, no sentido de identificar e resolver problemas relacionados com os medicamentos (PRM), protegendo o doente de possíveis resultados negativos associados aos medicamentos (RNM). [5] A dispensa de medicamentos no âmbito do sistema de saúde português deve acontecer no respeito pelo princípio do uso racional do medicamento, no interesse dos doentes e da saúde pública, onde o contributo de todos os envolvidos no circuito do medicamento, no âmbito das respetivas responsabilidades, assume um papel fundamental. [13] Dispensa de Medicamentos Sujeitos a Receita Médica Mediante a informação disposta no artigo 3º, alínea hhh do Decreto-Lei nº176/2006, de 30 de agosto, entende-se por receita médica o documento através do qual são prescritos, por um médico, ou, nos casos previstos em legislação especial, por um médico dentista ou por um odontologista, um ou mais medicamentos determinados. Neste sentido e mediante informação disposta na legislação anteriormente mencionada, encontram-se sujeitos a receita médica os medicamentos que possam constituir um risco para a saúde do doente, direta ou indiretamente, mesmo quando usados para o fim a que se destinam, caso sejam utilizados sem vigilância médica; possam constituir um risco, direto ou indireto, para a saúde, quando sejam utilizados com frequência em quantidades consideráveis para fins diferentes daquele a que se destinam; contenham substâncias, ou preparações à base dessas substâncias, cuja atividade ou reações adversa seja indispensável aprofundar; ou que se destinam a uma administração por via parentérica. [13] Os MSRM, cuja administração se destine a determinadas patologias ou a tratamentos prolongados, e possam, no respeito pela segurança da sua utilização, ser adquiridos mais de uma vez, sem necessidade de nova prescrição médica, até um total de três vias, classificam-se, 25

27 nos termos da legislação supracitada, como MSRM renovável (ANEXO E). Por outro lado, os MSRM que contenham substâncias classificadas como estupefacientes ou psicotrópicos, nos termos da legislação aplicável; possam, em caso de utilização anormal, originar riscos consideráveis de abuso medicamentoso, criar toxicodependência ou ser utilizados para fins ilegais; ou contenham uma substância que, pela sua novidade ou propriedades, se considere, por precaução, dever ser incluída nas situações previstas anteriormente, classificam-se como MSRM especial. [13] A legislação vigente que suporta a prescrição de medicamentos bem como outros produtos de saúde foi alvo, num passado muito recente (Lei nº11/2012, de 8 de março e Portaria nº137-a/2012, de 11 de maio), de alterações que visam a promoção da prescrição dos mesmos por DCI (a identificação do medicamento deve conter DCI, dosagem, forma farmacêutica, dimensão da embalagem e código representativo que agrupa, no mínimo, as seguintes características obrigatórias do medicamento DCI+dosagem+forma farmacêutica+número de unidades Código Nacional para a Prescrição Eletrónica de Medicamentos (CNPEM) representado sob a forma de dígitos e código de barras) e através de sistemas eletrónicos, visando num futuro próximo, a desmaterialização do processo. [14] Estas alterações visam centrar a prescrição na escolha farmacológica, o que permitirá promover a utilização racional dos medicamentos, assim como a segurança no processo de prescrição e dispensa (minimizando a ocorrência de erros aquando da dispensa), facilitar a comunicação entre profissionais de saúde de diferentes instituições e agilizar processos. [14] Excecionalmente, a prescrição por nome comercial do medicamento ou do titular de autorização de introdução no mercado apenas pode acontecer mediante justificação técnica do prescritor, perante um conjunto limitado de situações: prescrição de medicamentos de marca sem similares; prescrição de medicamentos que não disponham de medicamentos genéricos similares comparticipados; ou perante justificação técnica do médico prescritor aquando da prescrição de medicamentos com índice terapêutico estreito que constam da lista definida pelo INFARMED, ou fundada suspeita, previamente reportada ao INFARMED, de intolerância ou reação adversa a um medicamento com a mesma substância ativa, mas identificado por outra denominação comercial ou, ainda, a prescrição de medicamentos destinados a assegurar a continuidade de um tratamento com duração estimada superior a 28 dias. Relativamente à prescrição de medicamentos mediante justificação técnica do médico prescritor, a mesma deverá apresentar menção à respetiva exceção legal. [15] De acordo com As Boas Práticas para a Farmácia Comunitária, cada farmácia deve adotar um conjunto de procedimentos que permitam garantir a dispensa segura e eficaz 26

28 dos medicamentos que constam nas prescrições, havendo lugar, sempre que necessário, a um diálogo com o utente e sem interrupções. [5] Neste sentido, a FST concluiu um ajuste de procedimentos uniformes que respeita cronologicamente aquando da dispensa de MSRM: 1) Receção da prescrição e confirmação da sua validade/autenticidade A prescrição de medicamentos deve acontecer no modelo de receita médica aprovado pelo Despacho nº11254/2013, de 30 de agosto (ANEXO F). Para que a prescrição seja aceite pela farmácia e seja passível a dispensa dos medicamentos nela contidos impera a necessidade da verificação de um conjunto de elementos, nomeadamente: sequência numérica identificativa da prescrição; identificação do local de prescrição; identificação do médico prescritor; identificação do utente; entidade financeira responsável pela comparticipação dos medicamentos; regime especial de comparticipação de medicamentos (representado pelas inscrições R e O, aplicando-se aos utentes pensionistas abrangidos pelo regime especial de comparticipação ou utentes abrangidos por outro regime especial de comparticipação identificado por menção ao respetivo diploma legal, respetivamente); identificação do medicamento (DCI, dosagem, forma farmacêutica, dimensão da embalagem e CNPEM ou nome comercial do medicamento ou titular de autorização de introdução no mercado, nos casos previstos na legislação); número de embalagens (até um máximo de duas embalagens por medicamento, num total de quatro embalagens por receita); posologia e duração do tratamento; data da prescrição (fundamental para determinar a validade da mesma por um período de trinta dias consecutivos, respetivamente a contar da data de emissão ou seis meses, na situação de emissão de receitas eletrónicas renováveis); assinatura do médico prescritor (em formato manuscrito), entre outros aspetos considerados importantes. Nos casos previstos em legislação especial, tais como: falência informática, inadaptação do prescritor, prescrição no domicílio ou outras situações até um máximo de 40 prescrições médicas por mês, a prescrição de medicamentos realiza-se mediante receita médica manual (ANEXO G). [15] A prescrição manual apresenta algumas especificidades, tais como: a identificação do médico prescritor e local de prescrição realizada mediante a aposição das respetivas vinhetas, assim como a identificação da exceção legal que justifica a prescrição manual, assinalando com uma cruz a alínea correspondente presente no canto superior direito da prescrição. [14] 2) Avaliação farmacoterapêutica da prescrição A avaliação farmacoterapêutica da prescrição constitui um procedimento fundamental aquando da dispensa de MSRM, permitindo a deteção de inconsistências na prescrição, 27

29 formas farmacêuticas desadequadas, duplicação medicamentosa, adequação do medicamento ao doente (contraindicações, interações), adequação da posologia, condições do doente/sistema para administrar o medicamento, entre outros aspetos considerados importantes e consequentemente resolver PRM, de modo a que o doente obtenha o máximo benefício da terapêutica e protegendo-o de possíveis resultados negativos associados à mesma. Caso a prescrição médica suscite alguma dúvida, a FST, representada pela respetiva Diretora Técnica, contacta o médico prescritor objetivando o esclarecimento da mesma. Paralelamente a todos os aspetos mencionados anteriormente, e atendendo ao envelhecimento da população, facto incontornável nas sociedades modernas e que em Portugal não é exceção, e consequentes necessidades/condicionantes apresentadas pela população idosa, a FST promove um acompanhamento do doente após a dispensa dos medicamentos, mediante o registo atualizado, no seu arquivo informático, acerca das necessidades terapêuticas e preferências de consumo de cada doente/utente ou oferta de outros serviços (monitorização de parâmetros bioquímicos e/ou fisiológicos, seguimento farmacoterapêutico, entre outros). 3) Obtenção/Dispensa dos medicamentos prescritos No cumprimento da legislação aplicável, a FST manifesta a obrigatoriedade de apresentar em stock, três medicamentos de cada grupo homogéneo de entre os cinco medicamentos com PVP mais baixo. Para tal, o profissional de farmácia seleciona os MSRM cujo PVP seja inferior ao quinto medicamento que apresenta preço mais baixo. [14] Este procedimento poderá ser efetuado manualmente, onde o TF poderá recorrer ao armazém imediatamente seguinte à zona de atendimento ao público, bem como a todas as outras áreas de armazenamento de medicamentos, disponíveis na FST, para recolher todos os medicamentos necessários à supressão das necessidades terapêuticas dos doentes. Por outro lado, de forma a facilitar a dispensa da terapêutica medicamentosa recorre-se, frequentemente, ao dispositivo de dispensa de MSRM robotizado baseado no princípio da utilização máxima do efeito da gravidade. A automatização do processo de dispensa de medicamentos implica uma reorganização da FST orientada para o doente, conduzindo à diminuição da intervenção humana, que passa a ter mais ênfase na verificação dos medicamentos dispensados; a evolução para um cenário de erros a tender para o zero; a rapidez do serviço prestado (obtenção de vários medicamentos em simultâneo), aliviando recursos especializados para outras áreas e permitindo estabelecer uma maior proximidade entre a equipa multidisciplinar que colabora com a FST e o doente, sendo assim possível desenvolver um trabalho mais 28

30 próximo do doente. No entanto, este equipamento ainda apresenta algumas lacunas, como é o caso da reposição de stock diária e inerente introdução manual do código identificativo apresentado sob a forma numérica e de código de barras e prazo de validade dos medicamentos, assim como a queda dos mesmos aquando da sua solicitação durante o procedimento de dispensa. No ato da dispensa, constitui um dever do profissional de farmácia a cedência de informação ao utente acerca do seu direito de opção na escolha do medicamento, sempre que a legislação o permita. Neste sentido, constitui dever do profissional de farmácia informar o utente da existência de medicamentos genéricos similares ao prescrito que cumpram a prescrição médica, comparticipados pelo Sistema Nacional de Saúde (SNS), e qual o mais acessível e caso o medicamento prescrito não possua genéricos comercializados, o profissional de farmácia deve igualmente informar o utente acerca do medicamento comercializado mais barato, similar ao prescrito. [14] Aquando da dispensa de medicamentos de marca sem similares ou que não disponha de medicamento genérico similar comparticipado, assim como a existência de justificação técnica do prescritor, o profissional de farmácia apenas poderá dispensar o medicamento que consta na prescrição médica. Constitui exceção à informação mencionada anteriormente, a dispensa de medicamentos prescritos em receita médica que apresenta menção à exceção c) do nº3 do art. 6º - continuidade de tratamento superior a 28 dias, uma vez que o utente pode optar por medicamentos similares ao prescrito, desde que apresentem preço inferior. [14] Aquando do procedimento de dispensa de MSRM é realizada a leitura ótica dos códigos identificativos dos medicamentos, apresentados sob o formato de código de barras, e no respeito pela sequência indicada na prescrição, possibilitando o registo dos medicamentos realmente cedidos. 4) Cedência de informação ao utente Concomitantemente a toda a informação mencionada anteriormente, aquando da dispensa de MSRM, é redigido na cartonagem, um conjunto de elementos informativos acerca do mesmo (dose, posologia, duração do tratamento), promovendo o seu uso seguro e racional de acordo com as necessidades individuais de cada doente (ANEXO H). A informação cedida é complementada por informação verbal (caracterizada pela sua simplicidade, clareza e adaptação ao nível sociocultural do doente), que assume especial relevância, a par do reforço e complemento ministrado pela informação escrita, uma vez que é independente da memória do utente e abrangente no conteúdo, processo fundamental para a adesão do utente para com o tratamento. São reforçados aspetos como condições especiais de armazenamento dos 29

31 medicamentos dispensados, quando aplicável, contraindicações, possíveis efeitos secundários, orientação sobre medidas não farmacológicas a adotar, oferta de outros serviços farmacêuticos, entre outros aspetos considerados oportunos. O utente é ainda questionado sobre a utilização de outros medicamentos ou plantas medicinais de forma a evitar a ocorrência de interações entre estes elementos, sendo, igualmente, incentivado a solicitar todos os esclarecimentos que considera úteis e necessários, de modo a garantir que não apresenta dúvidas acerca da terapêutica medicamentosa instituída. O contacto com o utente é realizado com simpatia demonstrando disponibilidade para escutar o utente, interpretando sinais de nervosismo e ansiedade e ser prudente na cedência de informação; comprovando-se assim que as competências comunicativas são essenciais para a eficácia e qualidade do aconselhamento terapêutico. 5) Documentação das atividades profissionais Posteriormente, o profissional de farmácia procede à introdução do plano de comparticipação no sistema informático PHC ADVANCED 2011 (que assume automaticamente o valor da respetiva comparticipação), assim como a informação referente à sequência numérica identificativa da prescrição, local de prescrição e médico prescritor. No verso da prescrição médica, é impressa um conjunto de elementos informáticos para efeitos de faturação. Nas situações em que existe subsistema com acordo de complementaridade, o sistema informático solicita o duplicado da prescrição médica objetivando a impressão de um conjunto de elementos informáticos para efeitos de faturação. A evolução para um cenário de erros a tender para o zero aquando do processo de dispensa de MSRM, conduz à verificação dos elementos referidos anteriormente no sentido de detetar precocemente a presença de incorreções. Os documentos supracitados são carimbados, datados e assinados pelo profissional de farmácia. As prescrições médicas são guardadas em local próprio para o efeito e, posteriormente, alvo do procedimento de conferência de receituário e envio para as entidades responsáveis e Centro de Conferência de Faturas Dispensa de Medicamentos Estupefacientes e Psicotrópicos Os medicamentos que contêm substâncias classificadas como estupefacientes ou psicotrópicos (contidas nas tabelas I e II do Decreto-Lei nº 15/93, com as sucessivas alterações introduzidas por legislação específica) quando utilizados sob o espectro medicinal e 30

32 terapêutico, e no cumprimento estrito de recomendações clínicas apresentam assaz indicações terapêuticas no tratamento de diversas patologias e em múltiplas situações clínicas (oncologia, doenças psiquiátricas), atuando diretamente sobre o sistema nervoso central, manifestando uma ação depressora ou estimulante. No entanto, apesar das suas propriedades benéficas, estas substâncias apresentam alguns riscos, podendo induzir dependência física e/ou psíquica. Neste sentido, é imprescindível que estas substâncias sejam utilizadas no âmbito clínico e de acordo com indicações médicas. [16] Uma vez que estas substâncias se encontram, frequentemente, associadas a atos ilícitos como a contrafação e venda ilegal, as mesmas são alvo de especial vigilância por parte das autoridades competentes. [16] Neste sentido, os medicamentos que contêm substâncias classificadas como estupefacientes ou psicotrópicos são prescritos isoladamente em receita médica adaptada à forma eletrónica identificada como receita médica especial. [15] Aquando da dispensa de medicamentos estupefacientes ou psicotrópicos, nos termos da legislação aplicável, impera a necessidade de identificar o médico prescritor, utente adquirente e doente a quem o medicamento se destina, mediante a inserção de um conjunto de elementos identificativos no sistema informático (nome, número e data do bilhete de identidade/cartão de cidadão, morada e idade). Durante o meu percurso de estágio, foi possível participar na dispensa de medicamentos que contêm substâncias classificadas como estupefacientes ou psicotrópicos, com especial ênfase para o medicamento analgésico estupefaciente que apresenta a designação comercial de Jurnista, medicamento maioritariamente dispensado na FST, que apresenta como substância ativa a hidromorfona e com indicação terapêutica no tratamento de dores intensas Dispensa de Medicamentos Não Sujeitos a Receita Médica De acordo com a legislação vigente [13], classificam-se como MNSRM todos os medicamentos que não preencham qualquer das condições previstas, no mesmo decreto, para serem classificados como MSRM. O acesso cada vez maior e mais rápido dos consumidores à informação sobre medicamentos, a sua publicitação junto da população, a possibilidade da sua aquisição sem prescrição médica, assim como a maior influência dos cidadãos, enquanto consumidores de cuidados de saúde, no processo decisório sobre o consumo desses mesmos cuidados de saúde, 31

33 conduziram a um incremento da prática de automedicação. Todavia, esta prática pode acarretar alguns problemas para os consumidores (possibilidade de disfarçar patologias mais graves e consequente agravamento destas, consumo indiscriminado de medicamentos, possibilidade de ocorrência de intoxicações medicamentosa por erros de posologia, sobredosagem e interações medicamentosas, entre outros). [17] Aquando da cedência de medicamentos sem prescrição médica, em contexto de automedicação (em situações como tosse, diarreia, obstipação, sintomatologia associada a estados gripais, entre outras), constitui dever do profissional de farmácia orientar a utilização do medicamento solicitado pelo doente ou de um tratamento não farmacológico, com o intuito de aliviar ou resolver o problema de saúde apresentado pelo utente, de caráter não grave, autolimitante, de curta duração e que não apresenta nenhuma relação com outros problemas de saúde do utente, contribuindo para que a automedicação se realize sob uma indicação adequada e segundo o princípio do uso racional do medicamento. No seguimento das anteriores diretrizes, o profissional de farmácia deve assegurar-se de que possui informação suficiente para avaliar corretamente o problema de saúde específico de cada utente, identificando corretamente o problema, assim como os sintomas apresentados e a sua duração e a administração prévia de medicamentos. É, ainda, imprescindível avaliar a existência de uma associação entre os sintomas apresentados pelo doente e o desenvolvimento de uma patologia de caráter mais gravoso, havendo lugar à dispensa de MNSRM, apenas, em caso de manifesta necessidade. Após avaliação de todos os parâmetros mencionados anteriormente, o profissional de farmácia seleciona os medicamentos em função do seu perfil farmacológico e adequados à satisfação das necessidades terapêuticas apresentadas pelo doente, sendo para isso fundamental conhecer as vantagens ou desvantagens das respetivas formulações e tendo sempre em conta a sua qualidade, eficácia e segurança, conveniência e custo e assegurando sempre que o doente não apresenta dúvidas sobre: a ação do medicamento, o esquema posológico, a duração do tratamento, possíveis efeitos secundários, contraindicações, interações e modo de conservação dos medicamentos efetivamente dispensados. É ainda imprescindível alertar o doente de que, caso não se verifiquem melhorias significativas do seu estado clínico ou a remissão completa dos sintomas, o doente deve dirigir-se de imediato a uma consulta médica para que a situação seja avaliada e tratada convenientemente. A automedicação apresenta-se contraindicada em determinados grupos de risco, nomeadamente, crianças, grávidas, mulheres a amamentar, idosos e doentes crónicos. 32

34 2.4. CONFERÊNCIA DE RECEITUÁRIO A FST, no cumprimento das suas obrigações legais, procede ao envio mensal da informação respeitante ao receituário médico relativo ao mês transato durante o período preconizado para o efeito (dia 10 do corrente mês), para o Centro de Conferência de Faturas (CCF). Esta informação é composta por um conjunto de documentos, nomeadamente: fatura, apresentada em duplicado, contemplando todos os medicamentos comparticipados dispensados durante o corrente mês e preenchida de acordo com a legislação aplicável. No caso de a farmácia dispor de notas de débito ou de crédito a enviar, em consequência das irregularidades detetadas no processo de conferência do mês transato, as mesmas são anexas à fatura referente ao mês em questão. Em anexo à fatura deverá encontrar-se igualmente a relação resumo de lotes, preenchida de acordo com a legislação aplicável. [18] Enquanto se verificar a materialização das prescrições médicas por via da sua impressão física, as farmácias detém o dever legal de proceder ao envio das prescrições médicas que suportam a fatura. As prescrições médicas responsáveis pela dispensa de medicamentos comparticipados são alvo de uma disposição por ordem crescente do número sequencial atribuído, em lotes compostos por um conjunto de 30 prescrições médicas, de acordo com o organismo a que respeitam e devidamente identificadas mediante a presença do verbete de identificação de lote, preenchido de acordo com a legislação aplicável. [18] Decorrido o processo de conferência da informação referente à faturação da farmácia pelo CCF, verifica-se a disponibilização dos resultados do processo de conferência, mediante a apresentação de uma lista discriminada das irregularidades detetadas, com referência à respetiva fatura e apresentação da justificação das retificações a realizar. Concomitantemente, a totalidade dos documentos que apresentam possibilidade de correção são alvo de devolução à farmácia. [18] 33

35 3. PREPARAÇÃO DE MEDICAMENTOS MANIPULADOS Os medicamentos manipulados são medicamentos de preparação individualizada que permitem um ajuste da terapêutica ao perfil fisiopatológico de um doente em particular. A realidade aponta para que, atualmente, em especialidades médicas como a pediatria, geriatria, dermatologia, entre outras, estes medicamentos determinam alternativas terapêuticas vantajosas relativamente aos medicamentos produzidos em escala industrial. Para colmatar estas situações, a FST encontra-se dotada de um laboratório para preparação de medicamentos manipulados, permitindo assegurar uma maior qualidade e segurança na preparação de medicamentos, prestar uma resposta às necessidades específicas de determinados doentes, colmatando situações onde não existe disponibilidade por parte da indústria farmacêutica. A preparação de medicamentos manipulados pela FST encontra-se, atualmente, regulamentada pelos Decreto-Lei nº95/2004, de 22 de abril, e nº90/2004, de 20 de abril e orientada pela Portaria nº594/2004, de 2 de junho, que aprova as Boas Práticas a Observar na Preparação de medicamentos manipulados em Farmácia de Oficina e Hospitalar. A preparação de medicamentos manipulados pode consistir: na preparação individual de um medicamento (fórmula magistral) destinado a um dado doente por prescrição médica segundo receita médica que especifica o doente a quem o medicamento se destina; ou traduzir-se na preparação de um medicamento segundo as indicações compendiais, de uma farmacopeia ou de um formulário, em Farmácia de oficina ou nos Serviços Farmacêuticos Hospitalares, destinado a ser dispensado diretamente aos utentes assistidos por essa farmácia ou serviço (preparado oficinal). [19] As fórmulas magistrais implicam sempre prescrição médica. O clínico ao prescrever uma fórmula magistral deve certificar-se da sua segurança e eficácia, verificando a possibilidade de existência de interações que coloquem em causa a ação do medicamento ou a segurança do doente. A equipa multidisciplinar que colabora com a FST analisa e interpreta a prescrição médica e verifica a exequibilidade e segurança do medicamento no que respeita às dosagens das substâncias ativas e à inexistência de incompatibilidades e interações que coloquem em causa a ação do medicamento e a segurança do utente. Caso a prescrição médica suscite alguma dúvida, a FST, representada pela respetiva Diretora Técnica contacta o médico prescritor objetivando o esclarecimento da mesma. 34

36 A ficha de preparação do medicamento manipulado encontra-se preenchida parcialmente com informação sobre: denominação do medicamento manipulado, forma farmacêutica, composição do manipulado (matérias-primas e quantidade parametrizada para uma dada quantidade de manipulado a preparar), descrição do modo de preparação, descrição do acondicionamento, prazo de utilização e condições de conservação. O operador preenche os campos em falta, nomeadamente o número do lote atribuído ao medicamento manipulado (constituído por uma numeração sequencial iniciada em cada ano seguida do presente ano - ANEXO I), alteração das quantidades de matéria-prima utilizadas e número de lote das mesmas, entre outras informações consideradas oportunas. Antes de proceder à manipulação, o operador deve ter em atenção a desinfeção da área de trabalho e de todos os equipamentos necessários à preparação. Verifica: Que se encontram disponíveis todas as matérias-primas corretamente rotuladas, bem como os equipamentos necessários à preparação, os quais devem apresentar-se em bom estado de funcionamento, e ainda os materiais destinados ao acondicionamento do medicamento manipulado preparado. Caso se verifiquem ruturas de stock das matérias-primas, as mesmas são registadas em impresso próprio (ANEXO J). Que se encontram reunidos os documentos necessários à preparação (ficha de preparação do medicamento manipulado, documentos para assinalar ruturas de stock, se aplicável, registo de movimento de matérias-primas, rótulo do medicamento manipulado a preparar, entre outros); Necessidade de utilizar o equipamento de proteção individual (EPI) adequado (de acordo com os dados de segurança de cada produto) na preparação/manipulação dos medicamentos. A manipulação realiza-se seguindo escrupulosamente o modo de preparação registado na ficha de preparação. As matérias-primas utilizadas são alvo de um registo em impresso próprio (ANEXO K), atualizando constantemente a informação relativa ao stock destas, assim como, possibilitando a reconstituição do histórico de cada preparação, caso se verifique essa necessidade. O operador deve proceder a todas as verificações necessárias para garantir a qualidade final do medicamento manipulado, de acordo com os requisitos previstos nas Boas Práticas a observar na preparação de medicamentos manipulados em Farmácia de Oficina e Hospitalar em vigor. O medicamento manipulado preparado é acondicionado de acordo com a descrição do acondicionamento referido na ficha de preparação do medicamento manipulado. 35

37 O operador procede à rotulagem do medicamento manipulado, de acordo com as Boas Práticas a observar na preparação de medicamentos manipulados em Farmácia de Oficina e Hospitalar, indicando explicitamente: nome do doente (fórmula magistral); fórmula do medicamento manipulado quando prescrita pelo médico; número de lote atribuído ao medicamento preparado; prazo de utilização e condições de conservação do medicamento preparado; instruções especiais para a utilização do medicamento, se necessário; via de administração; posologia; identificação da Farmácia e identificação da diretora técnica (ANEXO L). No final de cada preparação, o operador rubrica e data a ficha de preparação e procede à desinfeção da zona de trabalho, dedicando uma atenção especial às superfícies que contactam com os produtos, a fim de evitar contaminações cruzadas. A Farmacêutica supervisora procede à validação de todo o processo, garantindo que se encontram registados na ficha de preparação todos os dados necessários para reconstituir o histórico de cada preparação, rubricando a ficha de preparação do medicamento manipulado. O medicamento manipulado, devidamente rotulado, é alvo do procedimento de dispensa, mediante a informação disposta no capítulo referente à dispensa de medicamentos. Dada a diminuta preparação de medicamentos manipulados pela FST, durante o meu percurso de estágio, não foi possível a preparação deste tipo de medicamentos. Neste sentido, apenas foi possível participar na reconstituição de suspensões orais, forma farmacêutica apresentada por diversos medicamentos antibacterianos, de que é exemplo o medicamento antibacteriano que apresenta a designação comercial de Zytromax, medicamento maioritariamente dispensado na FST, que apresenta como substância ativa a Azitromicina (macrólido), com o objetivo de suprir as necessidades terapêuticas dos doentes afetos à FST. 36

38 4. DISPENSA DE OUTROS PRODUTOS DE SAÚDE De acordo com o artigo nº33 do Decreto-Lei nº 307/2007, de 31 de agosto, a FST dispensa, a par de medicamentos sujeitos e não sujeitos a receita médica, um conjunto de outros produtos de saúde: 4.1. SUPLEMENTOS ALIMENTARES Um regime alimentar adequado e variado, em circunstâncias habituais, fornece ao organismo humano a totalidade das substâncias nutrientes necessárias, nas quantidades recomendadas por dados científicos, ao seu normal desenvolvimento e para uma saúde e bemestar geral. [20] Todavia, esta situação nem sempre se verifica, por motivos de diversa ordem. Cada vez mais conscientes desta situação, uma fração considerável dos consumidores responsáveis por uma ingestão inadequada de nutrientes essenciais ao organismo humano, optam por complementar e/ou suplementar o regime alimentar normal mediante o consumo de suplementos alimentares. Estes géneros alimentícios constituem fontes concentradas de determinadas substâncias nutrientes ou outras com efeitos nutricionais ou fisiológicos, isoladas ou em associação, comercializadas em forma doseada, tais como cápsulas, comprimidos e outras formas semelhantes, suspensões orais, ampolas, e outras formas similares de líquidos e pós que se destinem a ser administradas em unidades medidas de quantidade reduzida. [20] A ingestão excessiva de vitaminas e de minerais pode provocar efeitos adversos. Neste sentido, e tendo em vista a garantia de um elevado nível de proteção dos consumidores, são fixados, limites máximos de segurança para essas substâncias presentes nos suplementos alimentares, assim como a sua menção no rótulo do produto. [21] Os suplementos alimentares maioritariamente dispensados na FST são Centrum, Sargenor e Becozyme DISPOSITIVOS MÉDICOS A alínea t do artigo nº3 Decreto-Lei nº145/2009, de 17 de junho define dispositivo médico como qualquer instrumento, aparelho, equipamento, software, material ou artigo utilizado isoladamente ou em associação, incluindo o software destinado pelo seu fabricante 37

39 a ser utilizado especificamente para fins de diagnóstico ou terapêuticos e que seja necessário para o bom funcionamento do dispositivo médico, cujo principal efeito pretendido no corpo humano não seja alcançado por meios farmacológicos, imunológicos ou metabólicos, embora a sua função possa ser apoiada por esses meios, destinados pelo fabricante a ser utilizado em seres humanos para fins de: diagnóstico, prevenção, controlo, tratamento ou atenuação de uma doença; diagnóstico, controlo, tratamento, atenuação ou compensação de uma lesão ou deficiência; estudo, substituição ou alteração da anatomia ou de um processo fisiológico; ou controlo da conceção. [22] Os dispositivos médicos encontram-se integrados em quatro classes de risco, tendo em conta a vulnerabilidade/invasibilidade do corpo humano, a duração do contacto com o mesmo, a anatomia afetada pela utilização e atendendo aos potenciais riscos decorrentes da conceção técnica e fabrico. [22] O papel dos dispositivos médicos no domínio da saúde é essencial. A diversidade e a capacidade de inovação do setor, que recorrendo a uma variedade de tecnologias de múltipla ordem, contribuem de forma significativa para uma melhor qualidade e eficácia dos cuidados de saúde. Aquando da cedência de dispositivos médicos, é de impreterível necessidade a consideração de um conjunto de fatores: assegurar que o dispositivo médico se encontra adequado à população alvo, assim como a sua adequação à finalidade pretendida. Por outro lado, é necessário considerar ainda a facilidade de compreensão das instruções inerentes à utilização do dispositivo, condições especiais de utilização, armazenamento, calibragem e manutenção e considerar ainda a possibilidade de aquisição de um conjunto de materiais acessórios que possam complementar a ação do dispositivo médico. Os dispositivos médicos maioritariamente dispensados na FST correspondem a termómetros, pensos para proteção e/ou tratamento de feridas, ligaduras, entre outros GÉNEROS ALIMENTÍCIOS PARA ALIMENTAÇÃO ESPECIAL O regime jurídico aplicável aos géneros alimentícios destinados a uma alimentação especial encontra-se estabelecido pelo Decreto-Lei nº 227/99, de 22 de junho, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei nº 285/2000, de 10 de novembro. Nos termos dos diplomas governamentais supracitados, entende-se por géneros alimentícios destinados a uma alimentação especial os produtos alimentares que, devido à sua composição ou a processos especiais de fabrico, se distinguem claramente dos géneros alimentícios de consumo corrente, 38

40 são adequados ao objetivo nutricional pretendido e são comercializados com a indicação de que correspondem a esse objetivo. [23] Para efeitos do mesmo diploma, considera-se alimentação especial a que corresponde às necessidades nutricionais de pessoas cujo processo de assimilação ou cujo metabolismo se encontre perturbado; pessoas que se encontrem em condições fisiológicas especiais e que, por esse facto, podem retirar particulares benefícios da ingestão controlada de certas substâncias contidas nos alimentos; ou lactentes e crianças com idades compreendidas entre 1 e 3 anos de idade em bom estado de saúde. [23] Os géneros alimentícios destinados a uma alimentação especial maioritariamente dispensados na FST correspondem ao Fortimel PRODUTOS DE PUERICULTURA, GRAVIDEZ E PÓS-PARTO A puericultura dedicando-se em especial ao desenvolvimento infantil, permite obter soluções para as necessidades apresentadas pelas crianças, a nível nutricional, cuidados de higiene e conforto, saúde, entre outras. Neste sentido, a FST dispõe de uma grande diversidade de chupetas, biberões, fraldas, cremes protetores, toalhetes de limpeza, brinquedos, entre outros. Aquando do aconselhamento destes produtos, os profissionais de farmácia devem considerar qual o material mais adequado a cada fase do desenvolvimento da criança, de modo a proteger e promover a saúde da mesma. Paralelamente, a saúde, o bem-estar e conforto da progenitora assume igualmente um papel de fundamental importância. Neste sentido, a FST dispõe de cintas pré e pós-parto, soutiens de amamentação, meias de descanso, discos absorventes protetores antibacterianos utilizados durante o período de amamentação, entre outros. Os profissionais de farmácia assumem um papel marcante neste campo, pelas possibilidades que possuem de educar e informar os utentes neste âmbito. Neste sentido, o profissional de farmácia, deve aconselhar as gestantes a elevar os membros inferiores a uma altura superior ao tronco aquando do término das suas atividades diárias e se necessário usar meias de descanso, evitar refeições condimentadas, hidratar a zona abdominal, seios, nádegas e coxas, utilizar cintas de sustentação pós-parto, assim como soutiens de sustentação/amamentação, evitando a pressão excessiva exercida sobre os ombros e prevenindo ainda o desenvolvimento de flacidez e estrias. 39

41 4.5. PRODUTOS COSMÉTICOS E DE HIGIENE CORPORAL O Decreto-lei nº296/98, de 25 de setembro define como PCHC todas as substâncias ou preparações destinadas à sua colocação em contacto com as diversas partes superficiais do corpo humano, designadamente epiderme, sistemas piloso e capilar, unhas, lábios, e órgãos genitais externos, ou com os dentes e mucosas bucais, com a finalidade de, exclusiva ou principalmente, os limpar, perfumar, modificar o seu aspeto, proteger ou os manter em bom estado e/ou corrigir os odores corporais. Segundo a mesma legislação, consideram-se PCHC, existentes na FST: cremes, loções, geles, sabonetes, produtos antirrugas, produtos para proteção solar, preparações para o banho, antitranspirantes, produtos desmaquilhantes, produtos para cuidados das unhas, produtos para aplicar nos lábios, produtos para cuidados dentários e bucais, entre outros, comercializados sob diversas marcas comerciais de que são exemplo Biomaris, Avène, Nizoral, Klorance, Tantum, Bexident e o Lactacyd. [24] Apesar de classificados como produtos de venda livre, a sua dispensa implica uma avaliação por parte do profissional de farmácia da situação apresentada pelo utente que se dirige à farmácia, assim como a cedência de informação ao utente sobre o correto modo de aplicação, eventuais efeitos adversos, duração do tratamento e outros conselhos relativos ao produto, fundamentais para que se obtenha os resultados desejados MEDICAMENTOS HOMEOPÁTICOS O Decreto-lei nº176/2006, de 30 de agosto, define medicamentos homeopáticos como medicamentos obtidos a partir de substâncias homeopáticas, de acordo com um processo de fabrico descrito na Farmacopeia Europeia, ou na sua falta, em Farmacopeia utilizada de modo oficial num Estado-Membro, e que pode conter vários princípios. [13] Samuel Hahnemann (fundador da homeopatia) definiu alguns dos princípios de homeopatia: princípio da dose infinitesimal (quanto mais diluída se encontrar a substância homeopática, maior o seu efeito), princípio da semelhança, (uma substância responsável pelo desenvolvimento de uma patologia é igualmente responsável pela sua cura, quando administrada em pequenas doses) e que a doença é específica de cada indivíduo (cada tratamento ajusta-se às necessidades individuais do doente). [25] O objetivo da homeopatia é entendido como a recuperação da homeostase do organismo, isto é, promover o equilíbrio físico, mental e emocional do organismo. Os 40

42 sintomas de uma doença são contemplados como uma tentativa de defesa do próprio organismo para corrigir esse desequilíbrio, e não como um inimigo do qual se defende. O OSCILLOCOCCINUM indicado para o alívio de estados gripais e dos sintomas decorrentes tais como febre, dores de cabeça, dores musculares, é exemplo de um medicamento homeopático maioritariamente dispensado na FST MEDICAMENTOS À BASE DE PLANTAS No respeito pelo Decreto-lei nº176/2006, de 30 de agosto, a alínea ee do artigo nº3 define medicamentos à base de plantas como medicamentos que apresentem exclusivamente como substâncias ativas uma ou mais substâncias derivadas de plantas, uma ou mais preparações à base de plantas ou uma ou mais substâncias derivadas de plantas em associação com uma ou mais preparações à base de plantas. [13] A dispensa de medicamentos à base de plantas implica uma avaliação por parte do profissional de farmácia da situação apresentada pelo utente que se dirige à farmácia, relativamente a um conjunto de aspetos de caráter imperativo: situação clínica em análise, características individuais do doente, realização do tratamento por indicação médica, iniciativa própria ou aconselhamento de outrem, historial clínico individual e familiar, situações fisiopatológicas específicas e administração concomitante de outros produtos de saúde ou medicamentos. Os medicamentos à base de plantas que apresentam maior procura na FST apresentam indicação terapêutica nas perturbações do sono (Valdispert ) MEDICAMENTOS E PRODUTOS DE USO VETERINÁRIO O Decreto-Lei nº148/2008, de 29 de julho define medicamento veterinário como toda a substância ou associação de substâncias, apresentada como possuindo propriedades curativas ou preventivas de doenças em animais ou dos seus sintomas, ou que possa ser utilizada ou administrada no animal com vista a estabelecer um diagnóstico médicoveterinário ou, exercendo uma ação farmacológica, imunológica ou metabólica, a restaurar, corrigir ou modificar funções fisiológicas. [26] Na FST, são maioritariamente dispensados medicamentos destinados à desparatisação interna e externa (Advantix ) e ao controlo reprodutivo de animais de pequeno porte (Pilusoft e Megecat ). 41

43 5. PRESTAÇÃO DE OUTROS SERVIÇOS E CUIDADOS DE SAÚDE No cumprimento integral dos seus principais objetivos e prosseguindo uma atividade de saúde e de interesse público, a FST assegura a continuidade dos serviços prestados aos utentes. Neste sentido, a FST oferece a possibilidade de determinação de um conjunto de parâmetros bioquímicos e fisiológicos, permitindo uma avaliação do estado de saúde do doente DETERMINAÇÃO DE PARÂMETROS BIOQUÍMICOS E FISIOLÓGICOS A hipertensão arterial, a Diabetes mellitus e a obesidade constituem desordens cuja prevalência tem aumentado significativamente. A monitorização dos parâmetros bioquímicos e fisiológicos associados a estas desordens, permitem não só a monitorização da patologia em doentes com a patologia diagnosticada e com esquema terapêutico instituído, mas também permite identificar, precocemente, indivíduos com a patologia, com posterior encaminhamento para o médico Índice de Massa Corporal (IMC) A Organização Mundial de Saúde define a obesidade como uma doença em que o excesso de gordura corporal acumulada pode atingir graus capazes de afetar a saúde. [27] Uma dieta hiperenergética, com excesso de ingestão de lípidos, de hidratos de carbono e de álcool, assim como o sedentarismo e outros fatores de risco, levam à acumulação de excesso de massa gorda. [27] O diagnóstico de pré-obesidade e de obesidade faz-se através do cálculo do IMC, o qual avalia a corpulência e determina-se dividindo o peso, em quilogramas, pela altura, em metros, elevada ao quadrado (Peso/altura 2 ). [27] O IMC permite, de uma forma rápida e simples, avaliar se um indivíduo adulto apresenta baixo peso, peso normal ou excesso de peso, pelo que foi adotado internacionalmente para classificar a obesidade, verificando-se relação entre as classes de obesidade e o risco de comorbilidades (Tabela 1). [27] 42

44 Tabela 1- Classificação da obesidade no adulto em função do IMC Classificação IMC (Kg/m2) Risco de comorbilidades Baixo Peso < 18.5 Baixo (mas risco aumentado de outros problemas clínicos) Variação Normal Médio Pré-Obesidade Aumentado Obesidade Classe I Moderado Obesidade Classe II Grave Obesidade Classe III 40.0 Muito Grave Fonte: Direção-geral da saúde. Programa Nacional de Combate à Obesidade. Definição, diagnóstico e classificação da obesidade Medição da Pressão Arterial A pressão arterial é definida como a pressão que o sangue, impulsionado pelo coração, exerce na parede das artérias por onde circula, indispensável para que este possa circular até aos capilares e alcançar todos os tecidos periféricos. [28] A pressão arterial apresenta duas leituras: a pressão arterial sistólica (PAS) verificada quando o ventrículo esquerdo bombeia o seu conteúdo para a artéria aorta - sístole - que acolhe subitamente uma considerável quantidade de sangue, o que faz com que a pressão no seu interior atinja o valor máximo, e a pressão arterial diastólica (PAD) verificada quando o ventrículo esquerdo se encontra a encher de sangue diástole. [28] O diagnóstico de hipertensão arterial define-se como a elevação persistente, em várias medições e em diferentes ocasiões, da PAS igual ou superior a 140 mmhg e/ou da PAD igual ou superior a 90 mmhg em indivíduos com idade igual ou superior a dezoito anos, não sujeitos a tratamento farmacológico anti-hipertensor e na ausência de patologia aguda concomitante ou em período de gravidez (Tabela 2). [29] Tabela 2 Classificação da hipertensão arterial em função dos valores de PAS e PAD Valores de Referência (mmhg) Classificação PAS PAD Ótima < 120 < 80 Normal Normal Alta Hipertensão Arterial Grau I Hipertensão Arterial Grau II Hipertensão Arterial Grau III Hipertensão Sistólica Isolada 140 < 90 Fonte: Direção Geral da Saúde. Norma da Direção Geral da Saúde. Hipertensão Arterial: definição e classificação 43

45 A monitorização regular da pressão arterial realiza-se com recurso a um esfigmomanómetro com visor digital que se autoinsufla. A pessoa deve-se encontrar sentada e confortável, evitando a distorção dos resultados pelo efeito da ansiedade, medo ou outro fator, assim como a ausência de realização de exercício físico, prática fumadora ou ingestão de cafeína durante os trinta minutos que antecedem a medição. [28] Medição da glicemia A hiperglicemia é incitada por uma insuficiência na produção e/ou atividade da insulina, hormona produzida pelas células beta dos Ilhéus de Langerhans do pâncreas. Esta hormona apresenta um papel de significativa importância na regulação dos níveis de glicemia presentes na circulação sanguínea, favorecendo a entrada da mesma para o interior das células do organismo. Quando a insulina é insuficiente ou ineficaz, como acontece na Diabetes Mellitus, a glicose apresenta tendência para se acumular no sangue, o que, na ausência de uma monitorização regular durante períodos temporais muito prolongados provoca sintomas e complicações próprias da doença. [30] O procedimento de medição da glicemia inicia-se com a introdução da tira-teste no aparelho de medição de glicemia, seguida da desinfeção do local alvo da punção com álcool e aguardar tempo suficiente para evaporação deste. Posteriormente é realizada a punção no bordo lateral da polpa do dedo, massajando suavemente o mesmo no sentido de facilitar a formação da gota de sangue e aproximar a extremidade da tira-teste à gota de sangue obtida e esperar que a tira absorva a mesma. O diagnóstico de diabetes é realizado com base nos valores da glicemia plasmática em jejum ( 126 mg/dl) ou ocasional ( 200 mg/dl). [31] 5.2. RECOLHA DE RESÍDUOS PÓS-CONSUMO PELAS FARMÁCIAS COMUNITÁRIAS - VALORMED O sistema integrado de recolha de resíduos de embalagens vazias e medicamentos fora de uso utiliza um contentor de recolha em cartão identificado exteriormente, de modo a eliminar qualquer risco de confusão com outros produtos ou resíduos. [32] O contentor em causa encontra-se instalado em suporte rodado e acompanhado de folhetos informativos com 44

46 instruções e informação para os utentes. Concomitantemente, a FST apresenta o símbolo da VALORMED na montra, identificando a adesão da farmácia a este sistema. Os resíduos em causa devem ser percebidos como resíduos especiais e, por isso, entregues, sempre que possível, no respetivo meio de acondicionamento, podendo ser depositados no contentor diretamente pelo utente, sob o controlo farmacêutico ou rececionados pelos colaboradores da farmácia que os introduzem no contentor. Quando o contentor de recolha atinge a capacidade máxima admissível, o mesmo é selado e é assegurado que este se encontra em bom estado de conservação. Posteriormente, o contentor é identificado com a denominação e código da farmácia e rubrica do operador responsável por este conjunto de procedimentos e pesado, registando também esta informação na respetiva ficha. Os distribuidores, sendo os principais responsáveis por toda a logística operacional da recolha, aproveitam, de forma integrada e otimizada, os circuitos de distribuição de medicamentos. [32] Neste sentido, por ocasião da recolha pelo distribuidor, é assegurado o preenchimento dos campos da ficha do contentor associados a este interveniente no processo. A devolução de resíduos de embalagens e medicamentos pelos consumidores à farmácia, para além de contribuir para a segurança dos mesmos (reduzindo os riscos de consumo de medicamentos com prazo de validade expirado, automedicação e acidentes domésticos), contribui, igualmente, para a defesa da saúde pública (possibilitando a correta e segura eliminação dos materiais de acondicionamento, valorização energética de medicamentos não perigosos e incineração segura dos resíduos perigosos). [32] 45

47 CONCLUSÃO No âmbito da UC de Estágio Profissional II e sendo este um estágio de integração à vida profissional foi cedida a oportunidade aos estudantes de selecionarem a área profissional para realização deste estágio de acordo com as suas motivações. Neste seguimento, a minha opção recaiu sobre o âmbito comunitário, selecionando a FST. Após finalizado o percurso de estágio considero que a escolha, não só desta área profissional como da instituição, foi uma excelente escolha, onde todo o estágio decorreu sem que ocorresse qualquer tipo de inconveniente ou problema. No decurso deste estágio foi possível a minha participação e envolvimento nas diversas atividades subjacentes à profissão de TF, bem como a aplicação de inerentes princípios éticos e deontológicos que a profissão exige como respeito pelos direitos e dignidade de todos os indivíduos, prestação de auxílio sempre que solicitado sem discriminação, receio ou favor, exercício das suas competências sem limitações, prestação de um serviço honesto, competente e responsável, bem como o respeito pelo sigilo e confidencialidade de todas as informações, normas e procedimentos, inerentes a doentes ou à instituição, não autorizadas. O plano de estágio definido em colaboração com a supervisora do local de estágio foi cumprido na sua totalidade. Iniciei o meu percurso de estágio na FST com a aquisição de conhecimentos acerca da organização da farmácia (recursos humanos, instalações e equipamentos, sistema informático, legislação e identificação dos diferentes grupos de medicamentos e produtos de saúde disponíveis na farmácia), associada à consulta de informação e documentação científica (documentação oficial, fontes de informação eletrónicas e organização da documentação). Ainda durante o primeiro mês de estágio foi possível contactar diretamente com os procedimentos inerentes ao aprovisionamento e armazenamento de medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos (realização e receção de encomendas, marcação de preços, controlo de prazos de validade e realização de devoluções) e, sempre que oportuno, foi possível a prestação de outros cuidados de saúde. Decorridos os dois primeiros meses de estágio, foi possível contactar diretamente com os processos de contabilidade e gestão da farmácia. Associada a todas estas etapas, participei ativa e autonomamente em todas os procedimentos inerentes à dispensa de medicamentos sujeitos e não sujeitos a receita médica e outros produtos de saúde (de forma manual ou 46

48 apoiados pela utilização de um dispositivo de dispensa de medicamentos baseado no princípio da utilização máxima do efeito da gravidade). De salientar que em todas as atividades realizadas foi sempre imprescindível a aplicação de normas de higiene e segurança, não esquecendo nunca a correta gestão dos recursos disponíveis. Todas estas atividades foram realizadas com bastante autonomia e nesse sentido não posso deixar de expressar o meu profundo agradecimento por toda a confiança em mim depositada, permitindo desenvolver todas as funções com a maior autonomia, rigor e precisão. Tendo sido alvo, recentemente, de uma reestruturação, a FST usufrui de instalações e equipamentos apropriados ao cumprimento das suas responsabilidades e consequentes funções. Concomitantemente às excelentes infraestruturas, a FST conta com um abrangente leque de profissionais que demonstram um enorme profissionalismo e empenho na execução das suas tarefas, apresentando uma grande capacidade de organização entre si. Relativamente a aspetos menos positivos saliento a diversidade de práticas realizadas aquando da dispensa parcial dos medicamentos constantes numa prescrição médica por rutura de stocks ou outros motivos afetos à instituição. Considero que seria vantajoso para a FST a uniformização de práticas aquando deste acontecimento, permitindo rentabilizar da melhor forma a limitação dos recursos humanos disponíveis na equipa de trabalho. O horário proposto foi cumprindo na sua totalidade, ou seja quinhentas horas, tendo sido ainda realizadas algumas horas extra ao horário proposto, no sentido de auxiliar a FST na prossecução das suas responsabilidades e inerentes funções, num momento em que o número de recursos humanos diminuiu significativamente. Considero que este período de estágio foi adequado, permitindo adquirir e desenvolver a minha autonomia na execução das diferentes etapas do circuito do medicamento em ambiente comunitário, aprofundar e consolidar conhecimentos adquiridos até ao momento, bem como a aquisição de novos conhecimentos, processos indispensáveis para a minha inserção na vida profissional, tornando-me mais apta a responder a novos desafios. Toda a informação enunciada ao longo deste documento e que reflete a essência do estágio realizado permite-me concluir que todos os objetivos delineados e planeados para este estágio foram largamente alcançados, possibilitando a integração das aprendizagens desenvolvidas ao longo do curso, aliada à aquisição de competências necessárias a um correto e adequado desempenho e integração profissionais, de modo a dar a resposta mais correta e adequada às exigências da sociedade. 47

49 Um outro aspeto que gostaria de realçar prende-se com o contacto estabelecido com outros profissionais de saúde e utentes da FST, que contribuiu para um forte sentimento de realização pessoal de que ao desempenhar as funções que me foram confiadas, com a maior dedicação, empenho e rigor, estabeleço uma relação de assistência para com o próximo, o que é de notável reconhecimento com um sorriso dos utentes. Para terminar, não posso deixar de referir que toda a equipa multidisciplinar que compõe a FST me auxiliou sempre que necessário e oportuno, mostrando-se sempre disponível para o esclarecimento de dúvidas existentes e proporcionando-me uma ótima relação de trabalho que permitiu que a minha integração nesta equipa decorresse da melhor forma possível, e onde foram estabelecidos relacionamentos interpessoais que perdurarão para além deste período de estágio. Mais uma vez, um especial agradecimento a todas as pessoas que, de alguma forma, estiveram envolvidas neste estágio. 48

50 BIBLIOGRAFIA 1. INFARMED - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde I.P. Decreto-Lei n.º 307/2007, de 31 de agosto. Regime jurídico das farmácias de oficina. 2. Associação Portuguesa de Licenciados em Farmácia. (junho de 2006). Carta Ética - Ética e Deontologia. 3. Ministério da Saúde. Decreto-Lei nº 564/99, de 21 de dezembro. Estatuto Legal da Carreira de Técnico de Diagnóstico e Terapêutica. 4. Escola Superior de Saúde - Instituto Politécnico da Guarda. (fevereiro de 2015). Plano de Estágio - Estágio Profissional II. 5. Santos, H., Cunha, I., Coelho, P., Cruz, P., Botelho, R., Faria, G., et al. (2009). Boas Práticas Farmacêuticas para a farmácia comunitária. Ordem Dos Farmacêuticos. 6. Hernández, D., Castro, M., & Dáder, M. (2009). Método Dáder - Manual de Seguimento Farmacoterapêutico. Lisboa: Edições Universitárias Lusófonas. 7. Organización Mundial de la Salud. (setembro de 2012). Perspetivas políticas sobre medicamentos de la OMS. Promoción del uso racional de medicamentos: componentes centrales. Genebra. 8. INFARMED - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P. Portaria n.º 277/2012, de 12 de setembro. Define o horário padrão de funcionamento das farmácias de oficina, regula o procedimento de aprovação e a duração, execução, divulgação e fiscalização das escalas de turnos, bem como o valor máximo a cobrar pelas farmácias de turno pela dispensa de medicamentos não precritos em receita médica do próprio dia ou do dia anterior. 9. INFARMED - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P. Decreto-Lei n.º 53/2007, de 8 de março. Regula o horário de funcionamento das farmácias de oficina. 10. FARMÁCIA DISTRIBUIÇÃO - Revista Profissional de Farmácia. (outubro de 2014). Gestão na Farmácia. 11. Pinto, S., & Barbosa, C. M. (2008). Medicamentos Manipulados em Pediatria: Estado Atual e Perspetivas Futuras. Porto. 49

51 12. INFARMED Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I. P. Deliberação n.º 1502/2014, de 3 de julho. Regula as áreas mínimas das farmácias e respetivas divisões. 13. INFARMED - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P. Decreto-Lei n.º 176/2006, de 30 de agosto. Estatuto do Medicamento. 14. INFARMED - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P. (13 de fevereiro de 2014). Normas Relativas à dispensa de medicamentos e produtos de saúde. 15. INFARMED - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P. (3 de fevereiro de 2014). Normas Relativas à prescrição de medicamentos e produtos de saúde. 16. INFARMED - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P. (abril de 2010). Psicotrópicos e estupefacientes: Propriedade e perigos. 17. INFARMED - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P. Despacho n.º 2245/2003, de 16 de janeiro. Grupo de consenso sobre automedicação. 18. ACSS Administração Central do Sistema de Saúde, I.P. (novembro de 2014). Manual de Relacionamento das Farmácias com o Centro de Conferência de Faturas do SNS. 19. INFARMED - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P. Decreto-Lei n.º 95/2004, de 22 de abril. Regula a prescrição e a preparação de medicamentos manipulados. 20. DIÁRIO DA REPÚBLICA I SÉRIE-A. Decreto-Lei n.o 136/2003 de 28 de junho. Transpõe para a ordem jurídica interna a Diretiva n.o 2002/46/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 10 de Junho, relativa à aproximação das legislações dos Estados membros respeitantes aos suplementos alimentares. 21. INFARMED - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P. (2012). Boletim de Farmacovigilância Nº1 - Volume 16. Medicamentos e Suplementos Alimentares: diferenças na avaliação e monitorização. 22. INFARMED - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P. Decreto-Lei n.º 145/2009, de 17 de junho. Estabelece as regras a que devem obedecer a investigação, o fabrico, a comercialização, a entrada em serviço, a vigilância e a publicidade dos dispositivos médicos e respetivos acessórios e transpõe para a ordem jurídica interna a Diretiva n.º 2007/47/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 5 de setembro. 50

52 23. DIÁRIO DA REPÚBLICA I SÉRIE-A. Decreto-Lei n.o 227/99 de 22 de junho. Transpõe para a ordem jurídica interna a Diretiva n.o 96/84/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de dezembro, que altera a Diretiva n.o 89/398/CEE, do Conselho, de 3 de maio, e regula o regime jurídico aplicável aos géneros alimentícios destinados a uma alimentação especial. 24. INFARMED - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P. Decreto-Lei n.º 296/98, de 25 de setembro. Regras que disciplinam o mercado de produtos cosméticos e de higiene corporal. 25. Kayne, S. B. (2007). HOMEOPATIA - Aspetos científicos, médicos e farmacêuticos - Teoria e Prática. Lusodidacta. 26. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, DO DESENVOLVIMENTO RURAL E DAS PESCAS. (s.d.). Decreto-Lei n.º 148/2008 de 29 de julho. Estabelece o regime jurídico a que obedece a autorização de introdução no mercado e as suas alterações e renovações, o fabrico, a importação, a exportação, a distribuição, a comercialização,a rotulagem e informação, a publicidade, a farmacovigilância, a detenção ou posse e a utilização de medicamentos veterinários, incluindo, designadamente, as pré misturas medicamentosas, os medicamentos veterinários imunológicos, homeopáticos e à base de plantas e os gases medicinais. 27. DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE - Divisão de doenças genéticas, crónicas e geriátricas. (2005). Programa Nacional de Combate à Obesidade. Definição, diagnóstico e classificação da obesidade. Lisboa. 28. Enciclopédia da Saúde - Sistema Cardiocirculatório. (2005). Hipertensão Arterial. Setúbal: Marina Editores. 29. Direção Geral da Saúde. Norma da Direção Geral da Saúde. Hipertensão Arterial: definição e classificação. 30. Enciclopédia da Saúde - Aparelho Respiratório e Glândulas Endócrinas. (2005). Diabetes. Setúbal: Marina Editores. 31. Direção Geral da Saúde. Norma da Direção Geral da Saúde. Diagnóstico e Classificação da Diabetes Mellitus. 32. VALORMED. (24 de janeiro de 2014). Manual de procedimentos da farmácia comunitária Valormed. 51

53 ANEXOS 52

54 ANEXO A Registo diário dos valores de temperatura da área afeta ao armazenamento de medicamento termolábeis (frigorífico) 53

55 ANEXO B Devolução de medicamentos ao armazém fornecedor 54

56 ANEXO C Plano anual de higienização do equipamento e produtos da Farmácia Silva Tavares 55

57 ANEXO D Registo diário dos valores de temperatura e humidade de todas as áreas afetas ao armazenamento de medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos 56

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