FACULDADE DE DESIGN GABRIELE BRUM DA COSTA DIAS PROJETO DE DESIGN EDITORIAL: Livro Comemorativo de 35 anos do Projeto TAMAR

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1 0 FACULDADE DE DESIGN GABRIELE BRUM DA COSTA DIAS PROJETO DE DESIGN EDITORIAL: Livro Comemorativo de 35 anos do Projeto TAMAR PORTO ALEGRE 2013

2 1 GABRIELE BRUM DA COSTA DIAS PROJETO DE DESIGN EDITORIAL: Livro Comemorativo de 35 anos do Projeto TAMAR Trabalho de Conclusão de Curso submetido ao Curso de Bacharelado em Design do Centro Universitário Ritter dos Reis como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de Designer. Professores Orientadores: Norberto Bozzetti Ms. Sandro Fetter PORTO ALEGRE 2013

3 2 RESUMO Este trabalho consiste na elaboração de um livro comemorativo dos 35 anos do Projeto Tartaruga Marinha Tamar. De modo a celebrar as conquistas realizadas até então, bem como divulgar o Projeto e incentivar a sociedade na preservação da vida marinha em geral. Aborda a metodologia de projetos impressos desenvolvida por Volnei Matté, que guia, através de diversas análises, a uma projetação sólida e objetiva. Estuda, em seu ínicio, temas como a história e a importância social e ambiental do Projeto Tamar, além de produção gráfica processos de impressão, materiais e acabamentos e o conceitos referentes ao livro, livro comemorativo e livro experiência, e seus elementos. Baseia-se na análise diacrônica de livros fotográficos de diversas espécies de animais, além das análises de uso de três livros experiência. Como resultado, obteve-se conhecimento necessário para definir os aspectos visuais do livro formato, dimensões, grid, tipografia, entre outro pensando nos aspectos de interação com o usuário. Este trabalho tem por objetivo, então, a publicação de um livro comemorativo do tipo experiência, que documentará a história e as Bases do Projeto Tamar, bem como as tartarugas marinhas e suas espécies, utilizando fotografias e materiais disponibilizados pelo Tamar. Palavras-chave: Design Editorial. Livro Comemorativo. Livro Experiência. Projeto Tamar.

4 3 ABSTRACT This work is the preparation of a book commemorating 35 years of the Project Sea Turtle - Tamar. In order to celebrate the achievements made so far, as well as promote the project and encourage society in preserving the marine life in general. Discusses the methodology of printed designs developed by Volnei Matté, guiding through various analyzes, the solid projetação and objective. Studies, in their beginning, subjects like history and social and environmental importance of the Tamar, and graphic production - printing processes materials and finishes - and the concepts related to the book, commemorative book and book ex-perience, and their elements. It is based on diachronic analysis of photographic books of several species of animals, and usage analysis of three books experience. As a result, we obtained knowledge needed to define the visual aspects of the book - the format, dimensions, grid, typography, among others - thinking about the aspects of user interaction. This work aims, then the publication of a commemorative book of the kind experience that will document the history and bases the Tamar Project, as well as turtles and their species, using photographs and materials provided by Tamar. Keywords: Editorial Design. Commemorative Book. Book Experience. Tamar.

5 4 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Metodologia Volnei Matté Figura 2 - José Catuêtê de Albuquerque e Guy Marcovaldi Figura 3 - Cascos de tartarugas utilizados para artesanato Figura 4 - Equipe de pesquisadores em Atol das Rocas Figura = Figura 6 - Formação da cama do ninho Figura 7 - Tartaruga cabeçuca Figura 8 - Tartaruga de pente Figura 9 - Tartaruga Verde Figura 10 - Tartaruga Oliva Figura 11 - Tartaruga de Couro Figura 12 - Zé Paru hoje e como primeiro tartarugueiro contratado Figura 13 - Chiquinho, segundo tartarugueiro contratado Figura 14 - Cavacos Figura 15 - Aplicação de verniz Figura 16 - Aplicação de corte especial Figura 17 - Aplicação de dobra francesa Figura 18 - Aplicação de relevo Figura 19 - Aplicação de Hot Stamping Figura 20 Capa Sorte Grande: Caixa Econômica Federal Figura 21- Sumário - Sorte Grande Figura 22 Página de Abertura de Capítulo - Sorte Grande Figura 23 Página de Início de Capítulo - Sorte Grande Figura 24 - Página de Texto Sorte Grande Figura 25 Porto Alegre na Vitrine - Sindilojas Figura 26 - Sumário - Sindilojas Figura 27 - Páginas de Abertura de Capítulo - Sindilojas Figura 28 - Páginas de texto e imagem - Sindilojas Figura 29 - Páginas de Imagem Sindilojas Figura 30 - Maracanã 60 anos Figura 31 - Sumário - Maracanã Figura 32 - Páginas de Texto e Imagem - Maracanã... 60

6 5 Figura 33 - Tipografia Figura 34 - Formato Figura 35 - O Grande Livro dos Mundiais Figura 36 - Sobrecapa O Grande Livro dos Mundiais Figura 37 - Capa O Grande Livro dos Mundiais Figura 38 - Sumário O Grande Livro dos Mundiais Figura 39 Estrutura de Página O Grande Livro dos Mundiais Figura 40 - Visualização do texto O Grande Livro dos Mundiais Figura 41 - Fac-símile O Grande Livro dos Mundiais Figura 42 - Seleção de Fac-símiles O Grande Livro dos Mundiais Figura 43 - Jaqueta e Capa Harry Potter A Magia do Cinema Figura 44 - Jaqueta Harry Potter A Magia do Cinema Figura 45 - Sumário Harry Potter A Magia do Cinema Figura 46 - Página de Texto Harry Potter A Magia do Cinema Figura 47 - Página de Conteúdo Harry Potter A Magia do Cinema Figura 48 - Página de Conteúdo Harry Potter A Magia do Cinema Figura 49 Seleção de Fac-símiles Harry Potter A Magia do Cinema Figura 50 - Capa O Cavaleiro das Trevas Figura 51 - Sumário O Cavaleiro das Trevas Figura 52 - Ilustrações O Cavaleiro das Trevas Figura 53 - Páginas de Conteúdo O Cavaleiro das Trevas Figura 54 - Páginas de Conteúdo O Cavaleiro das Trevas Figura 55 Seleção de Fac-símiles O Cavaleiro das Trevas Figura 56 - Formato e Dimensões Finais Figura 57 - Estudos de Grid Figura 58 - Grid Tipográfico Figura 59 - Grid Figura 60 - Grid Figura 61 - Grid Figura 62 - Grid Figura 63 - Grid Figura 64 - Altura de X Minion Pro Figura 65 - Altura de X Myriad Pro Light Figura 66 - Altura de X Myriad Pro Regular... 99

7 6 Figura 67 - Altura de X Museo Sans Figura 68 - Tipografia Argenta Figura 69 - Estudo de Título Argenta Figura 70 - Tipografia Brisa Figura 71 - Estudo de Título Brisa Figura 72 - Tipografia Romy Figura 73 - Estudo de Título Romy Figura 74 - Myriad Pro Condensed para Títulos em Inglês Figura 75 Exemplo de Fac-símiles de Fotografia Figura 76 - Exemplo Mapa Mundi Dobra Francesa Figura 77 - Exemplo Mapa Mundi Dobra Sanfona Figura 78 - Dimensões da Página Figura 79 - Grid Figura 80 - Página de Abertura de Capítulo Figura 81 - Página de abertura de partes do Capítulo Figura 82 - Página de texto e imagem Figura 83 - Página de texto e imagem Figura 84 - Página de texto e imagem Figura 85 - Página de texto e imagem Figura 86 - Página de imagem Figura 87 - Página de texto e imagem Figura 88 - Página de texto e imagem Figura 89 - Abertura de Capítulo Figura 90 - Página de abertura das partes do Capítulo Figura 91 - Página de texto e imagem Figura 92 - Página de abertura de capítulo Figura 93 - Página de abertura das partes de capítulo Figura 94 - Página texto e imagem Figura 95 - Página dobra francesa Figura 96 Dimensões de página Figura 97 Identidade Visual Projeto Tamar Figura 98 - Selo Promocional Projeto Tamar 35 anos Figura 99 Luva ou estojo Figura Capa

8 7 Figura 101 Folha de rosto Figura 102 Painel de imagens Figura 103 Falso rosto Figura 104 Ficha técnica e página de apresentação Figura 105 Página de apresentação Figura 106 Epígrafe e dedicatória Figura Introdução Figura 108 Sumário Figura 109 Abertura de partes Figura 110 Abertura de capítulo Figura 111 Página texto e imagem Figura Página de imagem sangrada com legenda Figura Página de preâmbulo Figura 114 Página de imagem totalmente sangrada Figura 115 Página de texto e imagem Figura 116 Imagem com mapa da base da Praia do Forte Figura 117 Página de agradecimentos Figura Colofão

9 8 LISTA DE ESQUEMAS Esquema 1 O ciclo de vida das tartarugas marinhas Esquema 2 - A desova Esquema 3 - O nascimento Esquema 4 - Offset Esquema 5 - Rotogravura Esquema 6 - Produção de Papel Esquema 7 - Partes do Livro Esquema 8 - Grid Esquema 9 - Sistema aditivo (RGB) Esquema 10 - Sistema subtrativo (CMYK) Esquema 11 - Aproveitamento de Papel Esquema 12 - Linha do Tempo de Livros Fotográficos Esquema 15 - Hierarquização dos Fatores Projetuais Esquema 14 Formatos em relação à imagem... 93

10 9 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS Tamar - Tartaruga Marinha IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis IBDF - Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal OEA - Organização dos Estados Americanos IUNC - International Union for Conservation of Nature UNESCO Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas CMYK - Ciano (Cyan), Magenta (Magenta), Amarelo (Yellow) e Preto (Black) RGB - Vermelho (Red), Verde (Green) e Azul (Blue) BA - Bahia ES - Espirito Santo RN - Rio Grande do Norte PE - Pernambuco RS - Rio Grande do Sul CE - Ceará CtP - Computer to plate CtPress - Computer to press PT Português ING - Inglês

11 10 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO JUSTIFICATIVA OBJETIVOS OBJETIVO GERAL OBJETIVOS ESPECÍFICOS METODOLOGIA ETAPA TEÓRICA DE PESQUISA ETAPA PRÁTICA DE PROJETO FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA UMA HISTÓRIA: COMO NASCEU O TAMAR UMA ESPERANÇA: PRESERVAÇÃO DAS TARTARUGAS MARINHAS COM AJUDA DAS COMUNIDADES Tartarugas Marinhas As Comunidades: o hábito de tartarugar UMA PREOCUPAÇÃO: PRODUÇÃO GRÁFICA SUSTENTÁVEL Processos De Impressão Materiais e Suas Propriedades Acabamento UM OBJETIVO: LIVRO COMEMORATIVO DO TIPO EXPERIÊNCIA Partes de Um Livro Grid Tipografia Cor Imagem Formato Aproveitamento de Papel PROJETO DE DESIGN COMPREENSÃO DO PROJETO Análise Diacrônica Análise Sincrônica Aspectos Mercadológicos CONFIGURAÇÃO DO PROJETO DEFINIÇÃO... 90

12 Lista de Requisitos Hierarquia dos Fatores Projetuais CONFIGURAÇÃO DO PROJETO MODELAÇÃO INICIAL Formato e Dimensões Estudos de Grid Estudos de Tipografia Estudos do Nome do Livro Estudos de Fac-símiles Estudo de Distribuição dos Capítulos CONFIGURAÇÃO DO PROJETO MODELAÇÃO INTERMEDIÁRIA Grid CONFIGURAÇÃO DO PROJETO MODELAÇÃO FINAL Selo Grid CONCLUSÕES REFERÊNCIAS

13 12 1 INTRODUÇÃO Neste trabalho iremos desenvolver o projeto editorial de um livro comemorativo para o Projeto Tamar, comemorando a conquista de 35 anos de existência, bem como os mais de 15 milhões de filhotes devolvidos ao mar. Para isso abordaremos um referencial teórico alusivo à história e às questões ambientais e sociais, que representam o Tamar, além de questões gráficas específicas que dizem respeito ao design gráfico editorial. Buscando, assim, solucionar o seguinte problema de pesquisa: Como projetar um livro comemorativo de 35 anos do Projeto Tamar? Este trabalho será dividido em duas etapas, uma de pesquisa e levantamento de referencial teórico, e outra de análises dos dados levantados e projetação do livro impresso. Na primeira etapa foram contemplados quatro objetivos específicos definidos no início do projeto, que consistem no levantamento de dados dos fatos mais importantes do Tamar, bem como os fatores mais importantes da produção de design editorial impressa. Estes objetivos são subcapítulos apresentados dentro do referencial teórico e que abordarão os seguintes temas: O primeiro objetivo abordará então, a história do conhecimento do nosso país em relação às tartarugas marinhas, o porquê de criar o projeto, os nomes que tiveram papel fundamental, as conquistas realizadas e o estado atual do Tamar. Já o segundo objetivo aborda além das espécies de tartarugas, o foco na relação Tamar-Comunidade, ou seja, as mudanças de comportamento e consciência que o Projeto Tamar transmitiu aos habitantes das áreas de desova. O terceiro objetivo tem relação direta com a maior preocupação do projeto gráfico do livro impresso, pois faz a análise dos processos de impressão, do material (papel) e dos tipos de acabamento, que devem ser escolhidos e pensados de forma sustentável, seguindo os ideais do Projeto Tamar. O quarto objetivo conceitua o livro e principalmente o livro comemorativo e o livro experiência, além de conceituar e defender a importância dos elementos presentes no livro, como grid, cor, imagem, formato, tipografia, entre outros. A segunda e última etapa consiste na projetação do livro, desenvolvida a partir da metodologia de projeto do Volnei Matté. Utilizando-se do que foi estudado anteriormente, iniciou-se as atividades de análise: diacrônica, dos aspectos mercadológicos e do público-alvo, análises de uso de livros já publicados utilizados como

14 13 referência para estudos de formatos, tipografia, grids e layout, bem como a verificação da lista de requisitos e do equacionamento de fatores projetuais, todos de extrema importância para iniciar a fase de geração de alternativas e assim definir o produto final, ou seja, o projeto de design editorial de um livro comemorativo de 35 anos do Projeto Tamar.

15 14 2 JUSTIFICATIVA As motivações para o desenvolvimento deste projeto editorial surgiram da ideia de utilizar um assunto que tivesse, principalmente, algum impacto social e/ou ambiental. Portando, com a determinação de desenvolver um trabalho com este foco, deu-se início a uma busca por tema que tivesse essas relevâncias, foi quando, unindo o útil ao agradável, surgiu a ideia de realizar um livro do Projeto Tamar. A oportunidade perfeita para desenvolver dois aspectos importantes, o impacto ambiental e social em um único trabalho, utilizando-se, ainda, do interesse pessoal e da enorme paixão pelas tartarugas marinhas. Após uma segunda visita (realizada no início deste ano) à Base Central do Tamar, localizada na Praia do Forte/BA, ficou evidenciado que a paixão pelo tema deveria ter um propósito maior. De alguma forma era preciso participar da causa e, portanto, ela foi definida como tema para este trabalho. Para que este trabalho pudesse ser aprovado e iniciado, e para descobrir se seria viável a construção de um livro, tornou-se necessário fazer uma busca imagética. Nessa busca, percebeu-se que não havia imagens de alta resolução, o que inviabilizaria totalmente o projeto. No entanto, com muita persistência, foi possível entrar em contato com o Coordenador Nacional do Projeto TAMAR, Guy Marcovaldi, que apoiou e disponibilizou todas as imagens que serão necessárias para a construção final do produto. O projeto editorial deste livro tem como objetivo divulgar, conscientizar e ajudar o projeto na luta pela preservação das tartarugas. É necessário atingir cada vez mais pessoas, intrigá-las, fasciná-las e fazê-las se apaixonarem por esse projeto que tem uma história tão viva, tão bonita. Além de apresentar a história e as realizações, é possível demonstrar para a sociedade a importância de projetos deste tipo, preocupados com a preservação da fauna e flora mundial. Em relação ao livro comemorativo, são muitas conquistas a que celebrar. No ano de 2014, o Projeto TAMAR completará 35 anos de vida e mais inúmeras tartarugas protegidas e devolvidas ao mar. Em 2009, com 30 anos, o projeto celebrou a marca de 10 milhões, em 2012 chegou a 15 milhões de filhotes. No entanto, a luta não está vencida. Existem nestes animais, e no oceano inteiro, muitas coisas ainda desconhecidas, muito mistério e muita ânsia de informação. É uma luta eterna, pela

16 15 qual a sociedade precisa estar de mãos dadas, pois mesmo com anos de atraso o Brasil abraçou a causa e luta bravamente. Tendo em vista estes argumentos, este trabalho tem como objetivo divulgar as realizações e vitórias já conquistadas, comemorando o aniversário de 35 anos, porém tem como foco a ideia de informar, conscientizar e preservar, ou seja, trazer ao público o conhecimento sobre as espécies e a importância destas no reino animal, assim como conscientizar a população sobre a preservação ambiental. Por fim, tentar ajudar tanto econômica, quanto ambientalmente na proteção da vida marinha. Diferentemente da obra Assim nasceu o Projeto Tamar (2000) - que tem como tema contar a história do Tamar - o livro proposto irá abordar um conteúdo diferenciado e mais explicativo, ou seja, a ideia é apresentar, além da história do projeto, as espécies de tartarugas, as curiosidades, as rotas migratórias e ciclos de vida.

17 16 3 OBJETIVOS Este capítulo apresentará o objetivo geral da pesquisa e os objetivos específicos que se constituem em subdivisões necessárias para a compreensão desta pesquisa. 3.1 OBJETIVO GERAL Desenvolver projeto editorial de um livro comemorativo que apresente as principais realizações dos 35 anos de história do Projeto Tamar. 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Investigar e documentar cronologicamente os principais fatos históricos do Projeto Tamar; - Apresentar as tartarugas e descrever a importância social e ambiental que essas, através do projeto Tamar, trouxeram às comunidades litorâneas; - Identificar processos de impressão, materiais e técnicas de produção de livro impresso levando em consideração o menor impacto ao meio ambiente; - Definir as diretrizes projetuais levando em consideração o conceito do livro comemorativo, bem como seus elementos: partes do livro, grid, tipografia, cor, imagem, formato e aproveitamento de papel; - Projetar livro.

18 17 4 METODOLOGIA Este trabalho será dividido em duas etapas, sendo a primeira etapa totalmente teórica e científica, abordando referencial teórico, pesquisas, estudos bibliográficos e etc., enquanto a segunda etapa tem objetivo prático, ou seja, o desenvolvimento do livro como produto tátil. Em virtude disto, serão utilizadas duas metodologias diferentes, sendo a primeira científica, a partir de pesquisas bibliográficas e documentais, com o intuito de obter uma abordagem interpretativa e qualitativa, e a segunda baseada na metodologia projetual de Volnei Matté (2004). 4.1 ETAPA TEÓRICA DE PESQUISA Segundo Gil (1998), a pesquisa é um procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas à problemas propostos e é realizada quando não se dispõe de informações suficientes para atender ao problema. Esta é desenvolvida mediante uma busca de conhecimentos, juntamente com a utilização de métodos e técnicas. Esta etapa tem duas fontes de pesquisa, sendo uma bibliográfica e a outra documental. A primeira é desenvolvida a partir de materiais já elaborados e publicados, que de acordo com Gil (1998) tem a vantagem de permitir ao investigador uma gama de conhecimento muito maior do que com a pesquisa direta. Este tipo de pesquisa é indispensável para estudos históricos, pois em muitos casos não é possível conhecer fatos passados sem dados bibliográficos. Embora a pesquisa documental se assemelhe muito à bibliográfica, elas se diferenciam em especial pela natureza das fontes, ou seja, enquanto uma utiliza-se de da contribuição de diversos autores, a outra se utiliza de materiais que ainda não receberam um tratamento analítico, que podem ainda ser reelaborados de acordo com os objetivos de pesquisa. Pode-se citar como exemplos: documentos de órgãos públicos e instituições privadas, cartas, diários, gravações, fotografias, entre outros. Gil (1998) apresenta as vantagens e desvantagens deste tipo de pesquisa, considerando como grande vantagem a riqueza de informações que se pode recolher, bem como o custo e facilidade de acesso, já como desvantagem o autor refere-se à subjetividade e não-representatividade dos documentos, o que apresenta limitações ao investigador.

19 18 A metodologia adotada conta, ainda, com a pesquisa qualitativa. De acordo com Neves (1996, apud PEREIRA; JARDIM 2009), os estudos através de pesquisas interpretativas e qualitativas costumam ser mais direcionadas do que as quantitativas ao longo do seu desenvolvimento, pois não se preocupam com a representação numérica e estatística. A pesquisa qualitativa se preocupa, neste caso, com a compreensão da coleta de dados gerais e/ou específicos a respeito do tema proposto, a partir de uma pesquisa bibliográfica. Ela tem o poder de entender os porquês, através de um plano que guia o pesquisador no processo de coletar, analisar e interpretar as investigações. Tem como objetivo, portanto, trabalhar com valores, razões, opiniões, atitudes e motivações, e por isso busca-se a identificação de padrões e não de números. É o tipo de pesquisa que se utiliza de leituras, observações e etc. para o desenvolvimento de ideias, conceitos. 4.2 ETAPA PRÁTICA DE PROJETO Para o desenvolvimento de um projeto, o designer executa um conjunto de operações no qual utiliza de metodologia e planejamento, para solucionar um determinado problema. A metodologia tem como objetivo controlar e direcionar o processo criativo, ajudando na construção de uma solução prática para o problema. Portanto, acredita-se que a metodologia desenvolvida por Matté (2004) é a melhor opção para este projeto, pois se trata de uma metodologia específica para produtos gráficos editoriais. Sendo este trabalho um projeto de alta complexidade é necessária a utilização de uma metodologia que melhor se adapte, tornando o projeto mais fluído no decorrer das etapas. O método desenvolvido por Matté (2004), contém 3 grandes fases projetuais com suas respectivas etapas e atividades, bem como mais uma etapa pré-projetual e uma pós-projetual. Sendo assim, será explicado a seguir: A primeira etapa Problematização faz referencia às seguintes atividades: exposição do problema, programa e contrato. Após esta etapa, emerge-se na fase de Compreensão do Projeto que possui duas etapas: Pesquisa, que envolve análise diacrônica, análise sincrônica e aspectos mercadológicos; e Análise, que envolvem as atividades relativas a uma análise usual do produto, a partir da função utilitária/necessidade, uso/funções técnico-físicas, estruturas/materiais e processos produtivos/custos, bem como a análise formal e informacional.

20 19 Concluída esta fase, começa-se a interação com a fase seguinte de Configuração do Projeto e as etapas de Definição que inclui lista de requisitos, hierarquia dos fatores projetuais e redefinição do problema e Modelação Inicial modelos iniciais/intermediários. Em seguida abre-se caminho para a última fase do projeto, a Realização do Projeto, que inclui a fase de Modelação Final e Normatização que consiste em: codificação para produção e descrição técnica de produção. Por último, existe a etapa de Supervisão que requer o apoio técnico à produção e implementação do projeto (Figura 1). Figura 1 - Metodologia Volnei Matté Fonte: Volnei Matté (2007), adaptado pela autora.

21 20 5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O primeiro assunto aborda a história do desenvolvimento do conhecimento do nosso país quanto às tartarugas marinhas, o porquê de criar o projeto, os nomes que tiveram papel fundamental, as conquistas realizadas e o estado atual do Tamar. Já o segundo assunto aborda além das espécies de tartarugas, o foco na relação Tamar-Comunidade, ou seja, as mudanças de comportamento e consciência que o projeto Tamar transmitiu aos habitantes das áreas de desova. O terceiro assunto tem relação direta com a maior preocupação do projeto gráfico do livro impresso, pois faz a análise dos processos de impressão, do material (papel) e dos tipos de acabamento, que devem ser escolhidos e pensados de forma sustentável, seguindo os ideais do projeto Tamar. O quarto assunto conceitua o livro e principalmente o livro comemorativo, além de conceituar e defender a importância dos elementos presentes no livro, como grid, cor, imagem, formato, tipografia. 5.1 UMA HISTÓRIA: COMO NASCEU O TAMAR A seguir será abordada a história do Projeto Tartaruga Marinha, projeto este que tem muitas características interessantes. Pois mostra a importância que este teve na mudança da realidade brasileira desde a década de 70. Para tratar sobre o tema da história do projeto Tamar foi utilizado como referência bibliográfica básica o livro: Assim nasceu o Projeto Tamar, publicado pela Fundação Pró-Tamar em 2000, e enviado como presente pelo próprio Coordenador Nacional do Projeto Tamar- Ibama, Guy Marcovaldi. Tudo começou aqui no extremo sul do país, quando um grupo de estudantes da Faculdade de Oceanologia da Universidade Federal de Rio Grande cidade gaúcha a cerca de 350 quilômetros de Porto Alegre juntou-se com um propósito em comum: a busca da aventura e do desconhecido. A vontade que tinham era a de organizar expedições por lugares nunca antes conhecidos, praias desertas e distantes, de preferência locais onde o homem ainda não tivesse tocado. Graças a esse grupo de estudantes, juntamente com professores da Universidade, algumas viagens foram acontecendo, o que trazia mais pessoas interessa-

22 21 das, com os mesmos ideais, além do patrocínio necessário para transportar equipamentos e pesquisadores. Assim, reuniram informações e materiais, como fotos e vídeos, que indicaram a necessidade da criação de algumas reservas ambientais pelo país, bem como a revelação de ambientes marinhos ricos e complexos que se encontravam completamente desprotegidos. Já por essa época em 1977, durante as expedições, os pesquisadores encontravam ao amanhecer rastros e muita areia remexida, mas não faziam ideia de que a mudança no cenário era produzida pelas tartarugas durante a madrugada. Em uma noite de busca com pescadores locais, os estudantes viram pela primeira vez uma tartaruga marinha, numa cena que jamais esqueceriam. Os pescadores que estavam presentes desceram do barco e mataram onze tartarugas de uma só vez. A partir deste momento, a equipe compreendeu que o maior predador destas espécies era ninguém menos do que o próprio homem. Até esse momento, devido à falta de conhecimento do Brasil no assunto, acreditava-se que as tartarugas marinhas não viviam no país, mas mesmo assim por se tratar de um animal internacionalmente conhecido pela ameaça de extinção, foi assumida a proibição de captura durante a temporada de reprodução. No entanto, não se possuía qualquer tipo de informação sobre o animal distribuição, ocorrência das espécies, comportamento e muito menos sobre seu ciclo reprodutivo na costa brasileira. 1 A essa altura, países como Estados Unidos, México, Suriname e até Costa Rica já possuíam conhecimento e projetos dedicados à proteção das tartarugas. Sabiam, inclusive, que se tratava de um animal migratório que percorre praias do Brasil, África, América do Norte e América Central. A ausência do Brasil neste grupo pressionava e envergonhava o país à época, pois um dos maiores países da América do Sul, com seus oito mil quilômetros de litoral, não sabia sequer que suas praias eram habitadas por estes animais em épocas de desova. Portanto, sofreu pressão para tomar uma atitude. Foi então que, em 1979, a Doutora Maria Tereza Jorge Pádua foi nomeada diretora do Departamento de Parques Nacionais e Reservas Equivalentes do IBDF Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal e representou o Brasil em uma reunião da OEA Organização dos Estados Americanos. Maria Tereza conta que vol- 1 Fundação Pró-Tamar. Assim nasceu o Projeto Tamar / Fundação Pró-Tamar. Salvador: A Fundação, 2000, p.21.

23 22 tou envergonhada, pois o Brasil não sabia nada sobre tartarugas e não existia qualquer tipo de indicação científica sobre o assunto. A partir disso decidiu criar o que seria o primeiro programa nacional de proteção às espécies marinhas. Juntou-se com Renato Petry Leal, da Fundação de Zoobotânica do Rio Grande do Sul na luta por um grupo que fosse destemido, aventureiro e disposto a percorrer os oito mil quilômetros de litoral em busca de informações. Na busca, encontraram José Catuetê de Albuquerque e Guy Marcovaldi (Figura 2), que faziam parte daquele grupo da Faculdade de Oceanologia, para fazerem o levantamento do peixe-boi e das tartarugas marinhas. Figura 2 - José Catuêtê de Albuquerque e Guy Marcovaldi Fonte: Fundação Pró-Tamar (2000). Em 1980 foram comandadas as primeiras ações para a implantação do que se transformaria mais tarde no Projeto Tamar. A necessidade de informações foi determinante na primeira etapa do trabalho desse grupo. Para fazer o levantamento das praias de desova de tartarugas marinhas foram enviados questionários a prefeituras e colônias de pescadores, perguntando se o animal era visto, se utilizavam as praias para desova e em qual época do ano. Graças aos questionários, a primeira afirmação confirmada ao projeto foi: sim, as tartarugas marinhas existem mesmo no Brasil e desovam habitualmente nas áreas de águas tropicais do país, ou seja, do litoral norte do Rio de Janeiro até o extremo norte do Amapá. Enquanto os pesquisadores peregrinavam de praia em praia indagando aos moradores se as tartarugas existiam na região descobriram, ainda, a utilização de resquícios dos animais, como ovos e cascos. Em Pernambuco encontraram lojas de artesanato especializadas em entalhes de tartarugas, além da comercialização de

24 23 joias e outros objetos manufaturados (Figura 3). Em Sergipe os ovos eram comercializados em bares como tira-gosto para os turistas. Figura 3 - Cascos de tartarugas utilizados para artesanato Fonte: Fundação Pró-Tamar (2000). Já em 1981, a equipe voltou às praias para pôr em prática a segunda etapa do trabalho, que teve como objetivo delimitar as áreas para proteção das tartarugas marinhas e que consistia também na conscientização das comunidades. Neste momento, já se sabia que existiam sete espécies de tartarugas marinhas no mundo e que cinco habitavam de fato no Brasil, são elas: Tartaruga Cabeçuda (Caretta caretta), Tartaruga de Pente (Eretmochelys imbricata), Tartaruga Verde (Chelonia mydas), Tartaruga Oliva (Lepidochelys olivacea) e Tartaruga de Couro (Dermochelys coriacea). O resultado do levantamento trouxe outras informações importantes: a Caretta caretta é a espécie que mais se reproduz no litoral brasileiro e a Chelonia mydas a única que desova nas ilhas oceânicas - Fernando de Noronha, Trindade e Rocas. O Espírito Santo (Comboios) é o único Estado com registro de desova da tartaruga de couro, enquanto Sergipe aparece como sítio para a Lepidochelys olivacea, tão abundante na região que é chamada de tartaruga comum. O litoral Norte da Bahia ampliou sua importância por duas razões: tem a maior densidade de desovas da Caretta caretta do litoral brasileiro e abriga um número significativo de desovas da espécie mais ameaçada de extinção em todo o mundo, a Eretmochelys imbricata. 2 Em 1982 a equipe viajou para Atol das Rocas a primeira reserva biológica da marinha federal criada no Brasil em A expedição durou cerca de dois meses e tinha o revezamento de grupos, como mostra a Figura 4, e foi de extrema importância, pois fez com que os pesquisadores conhecessem de fato o comportamento de 2 Fundação Pró-Tamar. Assim nasceu o Projeto Tamar / Fundação Pró-Tamar. Salvador: A Fundação, p.31.

25 24 reprodução das tartarugas. "Foram marcadas e catalogadas 43 tartarugas marinhas, com 67 desovas confirmadas e registradas 159 ocorrências de animais na praia.". 3 Figura 4 - Equipe de pesquisadores em Atol das Rocas Fonte: Fundação Pró-Tamar (2000). Aos 20 anos o Projeto Tamar-Ibama é reconhecido internacionalmente como uma das mais bem sucedidas experiências de conservação marinha no Brasil - isso em um país que chegou ao final do século XX enfrentando graves problemas ambientais, não obstante contar com uma legislação mais rigorosa, um ministério de Governo dedicado exclusivamente ao setor e grande número de atuantes organizações não governamentais dedicadas à conservação da natureza. O Projeto é coadministrado pela Fundação Pró- Tamar, entidade privada sem fins lucrativos criada em 1988, e considerada de utilidade pública federal desde março de 1996, por Decreto assinado pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso. 4 Em 1990 deixou de ser considerado como projeto e passou a ser o Centro Nacional de Conservação e Manejo de Tartarugas Marinhas - Tamar, mas o nome ficou na memória e permaneceu como nome fantasia devido o valor agregado ao longo do tempo. O projeto ajuda nas comunidades vizinhas às Bases, também com projetos sociais, como oficinas de artesanato, treinamento de guias mirins, hortas comunitárias e creches. Atualmente, com 33 anos de vida, opera com 21 bases de pesquisa e proteção, tendo como sede nacional a base da Praia do Forte (BA). Completou no ano passado, a marca de 15 milhões de filhotes devolvidos ao mar (Figura 5). 3 Fundação Pró-Tamar. Assim nasceu o Projeto Tamar / Fundação Pró-Tamar. Salvador: A Fundação, p Ibidem, p.79.

26 25 Figura = 15 Fonte: Facebook Projeto Tamar. 5 Os resultados do projeto de preservação das tartarugas marinhas não param de surgir. No mês de setembro deste ano, segundo a Revista Sustentabilidade online, o Projeto Tamar foi contemplado com o Selo Solar, uma certificação por uso de eletricidade solar no qual o Projeto se enquadra em uma categoria especial voltada para instituições que contribuam para a conversação ambiental ou que tenham cunho social. Para isso, os sistemas foram doados pela empresa Donauer Solar, integrando o Programa Telhado Solar da Agência Alemã de Energia (DENA), uma iniciativa do governo alemão para disseminar tecnologias de geração de eletricidade solar no mundo as placas serão implantadas na Sede da Praia do Forte. A eletricidade gerada será utilizada para abastecer a Sede base do Tamar e o excedente será disponibilizado para a rede pública de energia. 6 Pode-se concluir, então, que o Tamar foi precursor na busca pela preservação marinha no país e que através disso, muitos outros projetos ambientais foram criados. Sem contar que projetos deste tipo afetam de forma positiva a vida das comunidades. No caso do Tamar, assunto em questão, a mudança é grandiosa, assunto a ser abordado no capítulo seguinte. 5 Disponível em: < &type=3&theater>. Acesso em 10 de maio de 2013 às 10h27min. 6 Disponível em: Acesso em 16 de setembro de 2013 às 13h05min.

27 UMA ESPERANÇA: PRESERVAÇÃO DAS TARTARUGAS MARINHAS COM AJUDA DAS COMUNIDADES A seguir serão abordadas as espécies de tartarugas atendidas pelo Projeto Tamar e também a importância deste para as comunidades litorâneas presentes nas áreas de desova do território nacional Tartarugas Marinhas As tartarugas ou quelônios surgiram há cerca de 220 milhões de anos, quando o planeta ainda era constituído de um único continente, a Pangea. A origem desses animais não é muito conhecida, mas sabe-se que existem 13 famílias, com 75 gêneros e 260 espécies. São criaturas que derivam de ancestrais terrestres, do mais antigo réptil vivo, que mesmo podendo se aventurar por longos períodos na água, respiram por pulmões e necessitam sair para completar seu ciclo reprodutivo. São reconhecidas por causa de sua carapaça, que serve de proteção contra os predadores. As tartarugas marinhas são animais extraordinários devido a vários fatores curiosos e interessantes, que mostram à humanidade o quanto a natureza consegue se adaptar. Por exemplo, sabe-se que uma tartaruga volta à terra de 2 a 6 vezes por temporada de reprodução (dependendo da espécie), liberando a cada desova em torno de 120 ovos, como mostra a Figura 6. Dessa forma se torna mais seguro que algum filhote retorne ao oceano, e aqui apresentamos mais um ponto curioso, o filhote encontra o seu próprio caminho, mas nunca reencontra os pais, trilhando seu caminho solitário pela imensidão azul. Atualmente é muito difícil uma tartaruga conseguir chegar à idade adulta, pois são vários os fatores de risco à vida destes filhotes, como predadores naturais, fome e/ou doenças, e principalmente o homem. Estima-se que de cada mil filhotes, apenas um ou dois atingem a fase adulta, como explica o Esquema 3.

28 27 Figura 6 - Formação da cama do ninho Fonte: Facebook Projeto Tamar, 7 Sabe-se que as tartarugas marinhas percorrem o planeta para alimentação, reprodução e desova, são animais pré-históricos que atingem a idade adulta em torno dos 30 anos de vida e podem viver por mais 200 anos. Mesmo assim, o ciclo das tartarugas continua ainda desconhecido em vários aspectos, tornando o processo de proteção cada vez mais importante. Para isso é necessário o conhecimento e, principalmente, o compartilhamento deste com a sociedade em geral. Para melhor entender as diferenças entre as espécies, são apresentadas a seguir, as espécies de tartarugas marinhas que se apresentam no território brasileiro e que são protegidas pelo Projeto Tamar. Tartaruga Cabeçuda (Caretta caretta) Figura 7 - Tartaruga cabeçuca Fonte: Projeto Tamar. 8 7 Disponível em: < &type=3&theater>. Acesso em: 10 de maio de 2013 às 10h42min.

29 28 A tartaruga cabeçuda tem ocorrência nos mares tropicais e subtropicais de todo mundo e também em águas temperadas, seu habitat é muito variável de acordo com seu ciclo de vida. Filhotes e jovens vivem em alto-mar, enquanto os adultos vivem em áreas de alimentação situadas entre 25 e 50 metros de profundidade. Possuem uma coloração marrom-amarelado, uma cabeça grande e uma mandíbula extremamente forte (Figura 7), podendo medir até 136 cm de comprimento e pesar entre 100 e 180 kg. São animais carnívoros que se alimentam de caranguejos, moluscos, mexilhões e outros invertebrados. Encontra-se sob ameaça de extinção. Segundo o Tamar (s.d.) "no Brasil, as áreas prioritárias de desova estão localizadas no norte da Bahia, Espírito Santo, norte do Rio de Janeiro e Sergipe.. 9 Tartaruga de Pente (Eretmochelys imbricata) Figura 8 - Tartaruga de pente Fonte: Projeto Tamar. 10 A tartaruga de pente localiza-se entre mares tropicais e por vezes sub-tropicais dos oceanos Atlântico, Índico e Pacífico, em recifes de corais e águas costeiras rasas. Sua principal característica vem do seu casco com quatro placas laterais de cor marrom e amarelada, que se sobrepõe como telhas (Figura 8), podendo chegar a 114 cm de comprimento e pesar até 150 kg. Sua alimentação é basicamente de esponjas, anêmonas, lulas e camarões. Está criticamente ameaçada de extinção. O Tamar 8 Disponível em: < Acesso em 13 de junho de 2013 às 13h51min. 9 Disponível em: < Acesso em 13 de junho de 2013 às 14h06min. 10 Disponível em: < Acesso em 13 de junho de 2013 às 14h23min.

30 29 (s.d.) define como pontos de desova o litoral norte da Bahia e Sergipe e o litoral sul do Rio Grande do Norte.. 11 Tartaruga Verde (Chelonia mydas) Figura 9 - Tartaruga Verde Fonte: Projeto Tamar. 12 A tartaruga verde possui ocorrências nos mares tropicais e subtropicais, em águas costeiras e ao redor das ilhas, sendo raramente avistadas em alto-mar. Podem medir até 143 cm de comprimento e pesar 200 kg, tendo como maior registro no mundo 395 kg, quase o dobro. Sua coloração varia do marrom (quando jovens) ao verde (quando adultas), como o próprio nome a indica e como é apresentado na Figura 9. Encontra-se ameaçada de extinção internacionalmente, mas no Brasil possui o status de vulnerável. De acordo com o Tamar (s.d.) "as desovas ocorrem principalmente nas ilhas oceânicas, Ilha da Trindade (ES), Atol das Rocas (RN) e Fernando de Noronha (PE)." Disponível em: < Acesso em 13 de junho de 2013 às 14h30min. 12 Disponível em: < Acesso em 13 de junho de 2013 às 14h38min. 13 Disponível em: < Acesso em 13 de junho de 2013 às 15h16min.

31 30 Tartaruga Oliva (Lepidochelys olivacea) Figura 10 - Tartaruga Oliva Fonte: Projeto Tamar. 14 A tartaruga oliva encontra-se em mares tropicais e subtropicais, oceanos Pacífico, Índico e Atlântico, principalmente em águas rasas. É a menor espécie de tartaruga marinha, podendo atingir até 82 cm e pesar até 40 kg. Possuem uma coloração cinzenta quando jovem, e verde-cinzento quando adultas (Figura 10), são carnívoras e alimentam-se de peixes, moluscos, crustáceos, águas-vivas, ovos de peixe e algas. Não se encontra sob-risco extremo de extinção, mas vulneráveis de acordo com a classificação da IUCN (International Union for Conservation of Nature). Segundo o Tamar (s.d.) "a área de desova está localizada entre o litoral sul do estado de Alagoas e o litoral norte da Bahia com maior densidade de desovas no estado de Sergipe." Disponível em: < Acesso em 13 de junho de 2013 às 16h07min. 15 Disponível em: < Acesso em 13 de junho de 2013 às 16h10min.

32 31 Tartaruga de Couro (Dermochelys coriacea) Figura 11 - Tartaruga de Couro Fonte: Projeto Tamar. 16 A tartaruga de couro tem ocorrências em todos os oceanos tropicais e temperados do mundo, vivendo na zona oceânica durante a maior parte de sua vida. É conhecida como a maior espécie de tartaruga do mundo, medindo em média 182 cm de comprimento (a maior já encontrada tinha 256 cm) e pensando 700 kg (a mais pesada tinha 916 kg) como apresentado na Figura 11. De acordo com o Tamar (s.d.) "seu casco é composto por uma camada de pele fina e resistente e milhares de pequenas placas ósseas, formando sete quilhas ao longo do comprimento, daí o nome popular, de couro.". 17 Encontra-se criticamente ameaçada de extinção no mundo inteiro. Sua área de desova é basicamente o norte do Espírito Santo, com algumas desovas ocasionais no Rio Grande do Norte, Bahia, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Nesta última temporada de reprodução, foi registrado pela equipe do TAMAR, na Base de Sauípe, o nascimento de tartarugas de couro, um ninho que gerou 49 filhotes que nasceram e seguiram para o mar sem a interferência humana. 16 Disponível em: < Acesso em 13 de junho de 2013 às 16h33min. 17 Disponível em: < Acesso em 13 de junho de 2013 às 16h40min.

33 32 Nas imagens apresentadas abaixo, é possível entender de forma mais clara e objetiva: o ciclo de vida das tartarugas marinhas (Esquema 1), a desova (Esquema 2) e o nascimento (Esquema 3). Esquema 1 O ciclo de vida das tartarugas marinhas Fonte: Projeto Tamar Disponível em: < Acesso em 14 de junho de 2013 às 13h15min.

34 33 Esquema 2 - A desova Fonte: Projeto Tamar Disponível em: < Acesso em 14 de junho de 2013 às 13h16min.

35 34 Esquema 3 - O nascimento Fonte: Projeto Tamar. 20 O Diário do Nordeste publicou recentemente uma reportagem que tem como título: Tartarugas Marinhas - Comércio clandestino ocorre à revelia da fiscalização do Ibama. Reportagem essa, que destaca a realidade de algumas regiões do país 20 Disponível em: < Acesso em 14 de junho de 2013 às 13h19min.

36 35 que ainda utilizam-se da pesca ilegal de tartarugas e comprova o comércio da carne destes animais. O município de Itarema (CE) é um dos pontos mais difíceis de controlar, devido a grande extensão de suas praias. A identificação se torna um problema, pois a pesca ilegal de tartarugas está atrelada a outras atividades legais como a pesca de peixes, o que dificulta a fiscalização. Ainda por cima, tem o fato de que a procura da carne pela própria comunidade é relativamente alta. O jornal apresenta um dado de extrema importância para entender porque o comércio desta carne proibida ainda é tão visado. Os dados apontam que um quilo de carne de tartaruga custa R$30,00, enquanto a mesma quantidade de carne de peixe-espada custa R$2,50. Pode-se, portanto, afirmar que o gosto exótico só piora a situação das espécies que já correm risco de extinção. E aqui é possível ressaltar a dura realidade: todas as espécies de tartarugas marinhas existentes no mundo encontram-se na lista de risco de extinção. A tartaruga verde (Figura 9) é a preferida e, portanto, é a espécie mais afetada. Segundo o Tamar estima-se que são comercializados 200 quilos de carne da Tartaruga verde por semana, o que sugere que 400 tartarugas dessa espécie são mortas por ano para o consumo ilegal. Cada espécie se apresenta em determinadas regiões do país e, portanto, tem efeito sobre as comunidades em particular. Por conseguinte, será abordado a seguir um pouco da história que conta sobre a mudança de comportamento destas comunidades que foram influenciadas pela presença do Tamar As Comunidades: o hábito de tartarugar. No início das expedições, praticamente todas as comunidades encontradas utilizavam-se da exploração das tartarugas marinhas. Os ninhos eram saqueados e os ovos ressecados ao sol para tira-gosto, tartarugas eram assassinadas para utilização do casco em artesanatos e da carne como alimento. Essas atrocidades não aconteciam ao acaso, havia pessoas especializadas nessa prática, que passava de pai para filho. A cidade de Pirambu, no litoral norte de Sergipe, é conhecida como a primeira base do Projeto Tamar, no qual a equipe identificou como área prioritária, pois encontraram nas comunidades espécimes de tartarugas marinhas capturadas em redes de pesca e arpão para o comércio de carne, cascos e ovos. Muitos deles culti-

37 36 vavam um hábito antigo, denominado por verbo específico criado pelos nativos: tartarugar uma arte desenvolvida e aprimorada com a experiência de muitos anos. 21 À noite era o momento no qual os moradores saíam pela praia em busca de ninhos, por hábito cultural ou diversão chegavam a fazer competições de quem capturava mais ovos em uma noite. Aqueles que possuíam mais conhecimento identificavam mais facilmente o rastro das tartarugas. O hábito de tartarugar não estava atrelado à necessidade de subsistência das famílias. Não se matavam as fêmeas durante a desova para comer a carne ou comercializar o casco. Era considerado pecado. E os ovos não tinham importância econômica para a região, considerando-se o preço a dúzia custava o equivalente à metade de uma dúzia de ovos de galinha e o trabalhoso método de coleta, que demandava muito tempo para o pequeno ganho. Representavam apenas um dinheiro extra, produto de venda aos bares e veranistas, de porta em porta. 22 Zé Paru (Figura 12), morador de Pirambu, trabalhador das fazendas de coco, era habilidoso e rápido, chegava a tirar de 40 a 60 dúzias de ovos por noite, o equivalente a quatro a seis desovas, aproximadamente e não tirava mais, como ele mesmo conta, porque não tinha força para carregar maior quantidade 23. Com a chegada do Tamar, após anos de capturas de ovos, Zé Paru tornou-se o primeiro tartarugueiro a trabalhar com a equipe, ganhou um emprego e ajudava, com sua sabedoria, a fiscalizar as praias, preservar os ninhos e convencer amigos e parentes a abandonar a prática. Figura 12 - Zé Paru hoje e como primeiro tartarugueiro contratado Fonte: Fundação Pró-Tamar (2000). 21 Fundação Pró-Tamar, Assim nasceu o Projeto Tamar / Fundação Pró-Tamar. Salvador: A Fundação, 2000, p Ibidem, p Ibidem, p.43.

38 37 Enquanto isso, Chiquinho (Figura 13), grande rival de Zé Paru, era esperto, malandro, tinhoso 24. Tartarugar era mais uma diversão, um motivo de competição, conseguia enganar seus concorrentes através de artimanhas, até cômicas, a fim de chegar aos ninhos primeiro. Figura 13 - Chiquinho, segundo tartarugueiro contratado Fonte: Fundação Pró-Tamar (2000). Calçava o chinelo ao contrário para inverter o sentido de seu rastro na areia; apagava o rastro da tartaruga; marcava o ninho de forma que só ele identificava e voltava depois para pegar os ovos. Quando a equipe do Tamar começou a patrulhar a praia, já com a ajuda de seu rival, Zé Paru, Chiquinho usava os mesmos truques e criava outros. Cortava caminho pela barreta do rio; contornava por cima do morro; andava pela água para não deixar pegadas, subia até o ninho na praia e voltava ao mar, de quatro, pés e mãos no chão, para forjar os rastros falsos, como se fossem os de uma tartaruga. Quando a equipe do Tamar aparecia, o ninho já estava vazio. Chiquinho havia chegado antes. 25 Conta o Tamar que, durante muitos anos, em algumas comunidades, nenhum filhote era visto e por isso, muitos acreditavam que não existiam mais tartarugas na região. Não só em Pirambu, mas em diversas outras cidades - que hoje são bases do Tamar - a arte de tartarugar era muito comum, mesmo que não tivessem forte peso econômico. No entanto, com a presença do Tamar, a prática mudou de verbo e moradores e pesquisadores passaram a trabalhar ju n- tos, na arte de tamarugar. Moradores dessas comunidades deixaram de ser predadores e se tornaram, com a ajuda do Tamar, protetores das tartarugas marinhas. Isto foi de extrema importância para a equipe, pois foi através dessas pessoas que 24 Fundação Pró-Tamar, Assim nasceu o Projeto Tamar / Fundação Pró-Tamar. Salvador: A Fundação, 2000, p Fundação Pró-Tamar, Assim nasceu o Projeto Tamar / Fundação Pró-Tamar. Salvador: A Fundação, 2000, p.44.

39 38 os pesquisadores aprenderam a identificar e abrir os ninhos. Eles extraíram o máximo de conhecimento popular possível para assim seguir na luta. É importante entender as características e particularidades das espécies de tartarugas marinhas que existem no Brasil, para que, de fato, seja possível instigar a sociedade à preservação e proteção destes animais, que correm um grande risco de não mais existir. Ainda assim, é necessário compreender o impacto social e ambiental que aquele grupo de aventureiros destemidos surgidos do sul do país causou nas comunidades por onde passou. Todo o trabalho duro gerou uma mudança na consciência dessas pessoas, mudou o modo de agir e de pensar, ampliou a visão de mundo, mostrando a importância de preservar a natureza. E mais do que isso, ajudou-os economicamente, gerando condições melhores de emprego para aqueles que muito trabalharam em roças de coco e barcos de pesca. Em seguida será abordado outro assunto com grande impacto ambiental, a produção gráfica de livros. 5.3 UMA PREOCUPAÇÃO: PRODUÇÃO GRÁFICA SUSTENTÁVEL Tratando-se de um livro impresso com forte apelo ambiental, é necessário e de extrema importância estudar os processos de impressão, os materiais e os tipos de acabamentos que existem e podem ser utilizados no projeto, levando em consideração seu impacto ao meio ambiente. Através do estudo da produção gráfica será possível determinar aspectos fundamentais para a produção do produto final, pois devem ser considerados aspectos como: impressão - número de cópias (tiragem), tintas utilizadas, tempo de produção, materiais - tipos de papel e suas propriedades, além do aproveitamento de papel para redução de perda de materiais Processos De Impressão É de conhecimento geral, entre profissionais da área, a existência de diversos processos de impressão e suas vantagens e desvantagens, mas para o caso específico deste trabalho, serão analisados com mais destaque os processos utilizados na produção de livros. Entretanto, para melhor entender a classificação dos processos de impressão, é necessário apresentar uma introdução aos grandes sistemas de impressão, que são divididos a partir do funcionamento da matriz, e que será apresentado a seguir.

40 39 Planográfico Nestes processos, como o próprio nome já diz, a matriz é plana, e é por meio de processos físico-químicos de repulsão e atração que os elementos utilizados (tintas, água) se alojam nas áreas gravadas para sua reprodução no suporte. (VILLAS- BOAS, p.57). Neste grupo encontram-se: litografia, offset, offset digital e driografia (offset sem água). a) Litografia Segundo Villas-Boas (2008, p.60), o processo litográfico não é mais utilizado para projetos de design, mas é importante entender seu funcionamento para poder compreender como se originou o offset. A litografia foi criada durante o século XVIII e tem como matriz uma pedra polida, na qual eram registrados os desenhos para reprodução, mais tarde a matriz foi substituída por metal, possibilitando assumir a forma cilíndrica. Neste processo os elementos eram gravados na pedra por substâncias gordurosas, então quando esta era umedecida, a gordura repelia a água e assim recebia a tinta que também era gordurosa, permitindo a reprodução somente destes elementos. No entanto, era um processo que prejudicava os materiais, pois havia a água na composição e a umidade estragava o papel. Mais tarde, foi desenvolvida a solução para o problema. Tornou-se um processo indireto, ou seja, inseriuse um elemento que filtrasse a água e assim nasceu um novo processo de impressão: o offset. b) Offset O processo offset possui as mesmas características da litografia como as tintas, a matriz e a necessidade de água, o que difere uma da outra é o fato de haver outro cilindro chamado de cilindro da blanqueta, além de não utilizar a pedra. Como explica Villas- Boas (2008, p.62), a imagem que está na matriz é transferida para um cilindro coberto com borracha (a blanqueta) e daí, para o papel. Em resumo: a matriz imprime a blanqueta e esta imprime o papel (Esquema 4).

41 40 Esquema 4 - Offset Fonte: VILLAS-BOAS (2008), redesenhado pela autora. Apesar da evolução do processo, que impede a umidade de entrar em contato com o papel, melhorando, assim, a qualidade da impressão, o offset é um processo instável. Durante a impressão pode ser necessário fazer reajustes nos níveis de tinta e umidade, evitando que borrões e falhas comprometam os tons das cores desejadas em um projeto. No entanto, é um processo muito utilizado, pois possibilita boa qualidade e custos compatíveis, seja em pequenas, médias ou grandes tiragens. (VILLAS-BOAS, 2008) CtP Computer to Plate De acordo com Villas-Boas (2008), o CtP é a produção digital de capas, no qual utiliza-se de uma chapa virgem que é gravada diretamente do arquivo digital [...] por feixes de laser direcionados do computador. As matrizes em CtP podem ser produzidas também para a rotogravura e flexografia, adequando os insumos de cada um destes processos. CtPress Computer to Press O CtPress é um típico específico do CtP, utilizado em impressoras classificadas hoje como offset digital. A diferença é que o equipamento utilizado na gravação das chapas está embutido na própria impressora, além do fato de que as chapas utilizadas dispensam a umidade da água. (VILLAS-BOAS, 2008) No fim da década de 1990, o offset passou a contar com um aperfeiçoamento fundamental: as máquinas dotadas de sistemas CtPress (computertopress),

42 41 que permitem a entrada dos dados de arquivos digitais diretamente na impressora, onde é feita a gravação das chapas e dispensando fotolitos. [...] Há seis elementos básicos no mecanismo do offset: a chapa, a blanqueta, o suporte (seja papel ou outro), o cilindro de pressão (que pressiona o papel contra a blanqueta), a tinta e a água. (VILLAS-BOAS, p.62.) c) Offset Digital Diferentemente do offset tradicional, o offset digital utiliza o CtPress, entrada digital de dados do computador para a impressora, com um tipo particular de chapas que dispensa a umidade e que é possível de serem gravadas na própria impressora. O diferencial deste tipo de impressão é, de fato, o uso dessas chapas especiais que são compostas por áreas de fotopolímero e de borracha siliconada, que atraem e repelem a tinta, respectivamente. Ganha em muitas vantagens do offset tradicional, principalmente pela ausência da água que de muitas formas afeta o resultado da impressão. Por exemplo, no offset digital é possível obter cores mais brilhantes e maior nitidez de meios-tons, pois a tinta é impressa pura, sem diluições. Por conseguinte, é possível que a variedade de tonalidades ao longo da tiragem seja praticamente nula, enquanto a secagem se torna mais rápida e o acerto de máquina se dá com um menor desperdício de papel. Apesar de todas as qualidades no quesito benefício, o custo não é tão maravilhoso assim. Segue a mesma lógica do seu antecessor, quanto maior a tiragem, menor o custo, mas as chapas possuem uma limitação de 20 mil cópias e por serem chapas especiais, custam duas vezes o valor das tradicionais. As tintas também são especiais e, portanto, mais caras que as demais. Existe ainda a necessidade de controle de temperatura e de umidade relativa do ar no ambiente para que não se sobrecarregue a impressora, que utiliza um sistema de resfriamento com água em baixa temperatura pelo interior dos cilindros. (VILLAS-BOAS, 2008) Eletrográfico A matriz também é plana, mas o que o diferencia da planografia é que as áreas a serem impressas são determinadas por fenômenos eletrostáticos. São considerados eletrográficos todos os processos baseados na transferência de pigmento para a matriz ou diretamente para o suporte com o uso de eletricidade estática. (VILLAS- BOAS, p.78). Entre eles: impressão digital, eletrofotografia e xerografia.

43 42 Permeográfico Os elementos a serem impressos vão ser formados por áreas permeáveis ou perfurados da matriz, exatamente como a serigrafia, processo que se enquadra neste grupo. (VILLAS-BOAS, 2008) Relevográfico Matrizes com gravuras em alto-relevo, no qual é entintada e pressionada sobre o suporte, gerando uma impressão. Como cita Villas-Boas (2008. p.58), é o mesmo princípio dos carimbos. Consideram-se os processos: flexografia, tipografia e xilografia. (VILLAS-BOAS, 2008) Encavográfico Ao contrário da relevografia, este processo utiliza-se de uma matriz em baixorelevo que armazenam a tinta, e que da mesma forma que a anterior, a impressão se dá através da pressão do papel com a matriz. Entre eles: rotogravura, água-forte, talho doce. (VILLAS-BOAS, 2008) a) Rotogravura A rotogravura é utilizada para impressões de alta tiragem e de alta qualidade. No entanto segundo Villas-Boas (2008. p.100) seu alto custo do processo torna seu uso uma exclusividade das grandes corporações, sendo, portanto, viáveis somente para impressões de grande tiragem, ou seja, até mais de um milhão. A impressão é realizada de forma direta, no qual um cilindro de metal é gravado por talho-doce químico, fotogravura ou CtP, este fica parcialmente mergulhado na tinta, que por ser muito fluida adere bem às partes gravadas. A seguir uma lâmina retira o excesso e a matriz é, então, pressionada contra o suporte que pode ser dos mais diversos, como papel, papelão, plásticos, tecidos e metal (Esquema 2).

44 43 Esquema 5 - Rotogravura Fonte: VILLAS-BOAS (2008), redesenhado pela autora. Processos Híbridos Segundo Villas-Boas (2008. p.58), São aqueles que envolvem componentes de sistemas diferentes, com matriz própria de um deles, mas aplicada à impressão própria de outro. Ou seja, são processos que se utilizam de diversas tecnologias, como é o caso da impressora Indigo que nada mais é do que um processo offset com matriz eletrográfica. São eles: indigo, impressão eletrostática, letterset, di-litho. Processos Digitais Diversos A matriz é virtual e formada por impulsos elétricos, a partir de um computador. São associados aos processos eletrográficos, o que é um equívoco, já que são processos bem diferenciados entre si. Incluem-se: plotter, corte eletrônico, routers, jato de tinta, sublimação, entre outros. Após analisar todos os processos de impressão, pode-se facilmente definir qual processo será utilizado para a produção do produto final. Tratando-se de um livro comemorativo para uma empresa sem fins lucrativos, o qual a tiragem será relativamente baixa, é possível excluir alguns processos, como a rotogravura, e assim, definir que o offset digital é o processo mais adequado para o caso em questão. É possível obter, através do offset digital, alta qualidade de impressão, bem como a alta definição de meios tons das imagens, o que será de extrema importância devido à quantidade de imagens de oceano. Depois de definido o processo, inicia-se o estudo dos materiais, ou seja, o papel.

45 Materiais e Suas Propriedades Sabe-se que a produção de papel é um processo com forte impacto ambiental negativo, com altos índices de poluição desde a extração da matéria-prima (celulose) da natureza, até os processos de branqueamento do produto. Para tanto, será apresentado uma breve explicação desta trajetória, com base em dados da empresa Aracruz Guaíba/RS. 26 A madeira é constituída por fibras de celulose e lignina, elementos importantes na produção de papel. O processo se dá a partir da produção de celulose, que se inicia com a produção de mudas em um viveiro. Em seguida faz-se a preparação do solo para o plantio manual destas mudas. Quando a árvore atinge a faixa de 7 ou 8 anos de idade, cerca de 30 cm de diâmetro, é cortada para a produção da celulose. A tora é cortada e descascada, e então, transportada para a fábrica, na qual é lavada com a utilização de água não tratada, retirada diretamente do lago Guaíba. Após a lavagem, a água utilizada retorna ao lugar de origem, mas não antes de passar por um processo de decantação para a retirada de areia. Os resíduos gerados durante o processo de lavagem (restos de cascas e folhas) são peneirados e recolhidos para o reaproveitamento na produção de adubo. Depois de lavadas, as toras são depositadas em um picador, no qual geram os chamados cavacos (Figura 14). Estes são levados para o digestor que, juntamente com a mistura de água e licor branco (composto de soda cáustica [NaCl] e sulfeto de sódio [Na 2 S], ambos altamente tóxicos e corrosivos) efetua o cozimento a uma temperatura de 170ºC. Estes compostos são utilizados para dissolver a lignina, e geram ao final do processo de cozimento um resíduo, chamado de licor negro, que nada mais é do que a soda cáustica, o sulfeto de sódio e a água, misturados à lignina. Em seguida é feita a separação destes elementos com a utilização de cal. A soda cáustica e o sulfeto de sódio são então, encaminhados para o tratamento de efluentes, para que sejam neutralizados, enquanto a lignina é utilizada na geração de energia da própria empresa. Nesta etapa pode-se perceber um grande problema ambiental, pois os cavacos que são rejeitados são depositados displicentemente no pátio da empresa, a céu aberto, sujeitos a intempéries. A madeira, por se tratar de 26 Com base em material PDF disponibilizado pela Prof. Ms. Martina Mohr na disciplina de Ecologia Aplicada ao Design.

46 45 matéria orgânica, começa a se decompor (apodrecer) com o tempo, o que dá origem ao chorume, um líquido escuro e altamente tóxico. Figura 14 - Cavacos Fonte: Site Lippel. 27 A essa altura, a polpa de celulose já foi produzida, no entanto, ainda necessita passar por alguns processos antes de chegar ao mercado. Originalmente essa polpa possui uma coloração marrom e necessita passar por um processo de branqueamento para que atinja a coloração branca, este processo é realizado com o uso de cloro. Portanto, o papel branco é produzido a partir da polpa de celulose branqueada, caso a celulose não passe por esse processo, o papel produzido também não será branco, terá uma cor bege claro. Embora todos os tipos de papel sejam altamente poluentes e prejudiciais ao meio ambiente, pode-se pensar em quais papéis possuem um status de menos impactante. É possível analisar os impactos ambientais do papel branco, do papel não branqueado e do papel reciclado através dos seguintes processos (Esquema 6): Processo 1. Separação da celulose e da lignina: para separar estes dois elementos é necessário o uso de soda cáustica e os três tipos de papel utilizam-se deste processo. Portanto, em relação a esta etapa, não existe um menos impactante, os três são altamente agressivos ao meio ambiente. Processo 2. Branqueamento da celulose: o uso do cloro no branqueamento da celulose gera resíduos altamente tóxicos, por conseguinte, os papéis não branqueados e reciclados produzem um impacto menor do que o do papel branco. 27 Disponível em: < Acesso em 10 de junho de 2013 às 19h57min.

47 46 Esquema 6 - Produção de Papel Fonte: redesenhado pela autora. 28 Do papel menos impactante ao mais impactante, por ordem crescente, considera-se primeiro o papel reciclado, pois não será submetido ao processo de separação da celulose (o que já aconteceu na primeira vez que foi produzido), não sofrerá o processo de branqueamento e evitará novos cortes de árvores para obtenção de matéria-prima; o papel não branqueado, que apesar de precisar de novas matériasprimas e de passar por todo o processo de separação e produção da celulose, não passará pelo processo de branqueamento; e o papel branco, que é considerado o mais poluente exatamente por passar por este último processo. Em termos gerais, à exceção de alguns casos específicos, o desempenho dos papéis reciclável e não branqueado não difere do papel branco. Na hora de escolher o tipo de papel a ser utilizado no projeto, é necessário levar em consideração, também, alguns aspectos específicos, pois deles depende a apresentação e o custo do projeto, portanto, ele pode valorizar ou prejudicar o trabalho. Para Ribeiro (2007), interessam para o projeto, o tipo de impressão, a qualidade da tinta, os caracteres e o papel, para que o projeto de um livro seja funcional e agradável ao leitor. Para tanto, algumas características do papel serão abordadas a seguir. Colagem O processo de colagem de alguns tipos de papel se dá através da incorporação de soluções de caseína, resina, entre outros, diretamente na pasta. Este processo tem relação com a qualidade e o custo do papel, pois determina a absorção 28 Com base em material PDF disponibilizado pela Prof. Ms. Martina Mohr na disciplina de Ecologia Aplicada ao Design.

48 47 de tinta, ou seja, quanto maior a proporção de cola, menor é a quantidade de tinta que ele absorve o que sugere melhor qualidade de impressão. (RIBEIRO, p.16) Cor Os papéis podem ser coloridos na massa ou coloridos depois de pronto. Na massa, o papel possui a vantagem de que quando dobrado não perde a cor, deixando à vista o branco da massa. (RIBEIRO, p.16) Gramatura É a medida do peso do papel, apesar de ser utilizada no cotidiano como indicativo de espessura. Baseia-se no que seria o peso de um metro quadrado de papel, portanto é apresentado como g/m². (VILLAS-BOAS, p.118) Alcalinidade (ph) O ph define a acidez ou a alcalinidade de uma solução, neste caso do papel, segundo Villas-Boas (2008, p.123), se refere ao grau de ionização provocada pela água absorvida por suas fibras. A escala varia de zero (mais ácido) a 14 (mais alcalino), sendo o 7 considerado neutro, ou seja, um papel com ph abaixo de 7 é considerado ácido e acima disso, alcalino. O conhecimento disso é de extrema importância, pois quanto mais alcalino o papel, mais ele durará, podendo chegar a 300 anos, enquanto os mais ácidos perdem qualidade com 50 anos. Sabe-se que por ser um livro do projeto Tamar, com forte apelo ambiental, não se pode abusar na escolha dos materiais, pois é preciso se preocupar com o fator ecológico. No entanto, por se tratar de um livro comemorativo, é necessário um maior refinamento e elegância, que agregue valores. Portanto, devem-se equilibrar estes dois fatores e fazer escolhas adequadas em busca do menor impacto ambiental possível. Apesar do que se espera de um projeto editorial de cunho ambiental, não se pretende utilizar o papel reciclado, pois se acredita que este desmereça uma obra desse tipo, desvalorizando a impressão e a qualidade das imagens. Devido à quan-

49 48 tidade de imagens disponibilizadas pelo projeto Tamar, foi idealizado o aproveitamento destas, ressaltando suas cores e tonalidades. Portanto, o papel escolhido para a produção do livro como produto final é o Opalina liso, papel considerado de melhor qualidade para impressos de alta qualidade. Suas principais características são a alvura, sedosidade e lisura. Reproduz com grande fidelidade fotos e ilustrações e possui uma necessidade de menor carga de tinta na impressão, obtendo a mesma densidade de cor que os outros papéis. A Canson disponibiliza este papel em três de seus produtos, dois da linha profissional Bristol e um da linha escolar. Segundo o site da empresa, o papel tem ph neutro igual a 7 o que evita o amarelamento do papel, portanto, pode-se considerar que possui uma vida maior do que alguns outros papéis do mercado. Além disso, caracteriza, ainda, o papel como acetinado, liso e ultra resistente, com gramaturas de 120g/m² e 180g/m² Acabamento Consideram-se como acabamento alguns processos que dão o toque final ao projeto e que vão, de certa forma, agregar um valor maior ao produto. Além disso, algumas técnicas de acabamento podem proporcionar funcionalidade e interação a um projeto, o que possibilita ao designer uma gama maior de possibilidades a explorar e a transmitir. Os principais acabamentos serão brevemente explicados a seguir: Verniz O verniz funciona como uma camada protetora que é aplicada ao material impresso (Figura 15) para evitar o desgaste, borrões de tinta, e que ainda tem a característica de aprimorar o material, dando um toque mais refinado e decorativo a aparência do produto. (AMBROSE; HARRIS, 2009)

50 49 Figura 15 - Aplicação de verniz Fonte: Blog Nova Cópia. 29 Corte especial Processo que utiliza uma faca de aço para cortes específicos no material, com propósitos decorativos, mas que, também, tem como função prática deixar elementos visíveis ao usuário (Figura 16). Por exemplo, abrir uma janela em uma publicação para permitir ao usuário visualizar o que tem dentro e instigá-lo a adquirir. (AMBROSE; HARRIS, 2009) Figura 16 - Aplicação de corte especial Fonte: Blog Comunicação Exponencial. 30 Dobras Segundo Ambrose e Harris (2009), os métodos de dobra produzem diferentes efeitos criativos e oferecem diversos usos e formas de organização. O que possibilita ao usuário diferentes tipos de interação com o produto, tornando-o muito mais inte- 29 Disponível em: < Acesso em 08 de maio de 2013 às 12h55min. 30 Disponível em: < Acesso em 08 de maio de 2013 às 13h24min.

51 50 ressante (Figura 17). Algumas das dobras que são utilizadas como acabamento de materiais impressos são: dobra-vale, dobra-montanha, dobra-janela, dobra francesa, dobra sanfona, dobra enrolada, entre outros. (AMBROSE; HARRIS, 2009) Figura 17 - Aplicação de dobra francesa Fonte: AMBROSE; HARRIS (2009). Relevos Relevo seco, alto-relevo e baixo-relevo são alguns processos de um design aplicado a um suporte com tinta ou laminado metálico, que resulta na reprodução do desenho de forma tridimensional (Figura 18). Figura 18 - Aplicação de relevo Fonte: Blog Chata de Galocha Disponível em: < >. Acesso em 13 de junho de 2013 às 17h32min.

52 51 Hot stamping É um processo no qual é aplicado sobre o suporte, um molde aquecido que faz com que o laminado - filme de poliéster que contém pigmento seco - se separe de sua proteção e seja fixado no papel, dando uma aparência metálica a certos elementos do produto (Figura 19). Figura 19 - Aplicação de Hot Stamping Fonte: Carvalho Print Office. 32 Levando em consideração os itens abordados anteriormente, podem-se definir os aspectos de produção gráfica que são mais indicados e os que não são. Como dito anteriormente, por ser um projeto de design editorial ligado a um projeto ambiental, é de extrema importância que o fator ecológico seja pensado na produção do livro impresso. Deve-se, portanto, pensar na sustentabilidade do projeto gráfico, preservando o máximo possível de recursos naturais, bem como reduzir o risco de poluição, a perda de materiais e o gasto de energia. Por conseguinte, é possível definir como processo de impressão mais adequado o Offset Digital, devido ao fato de utilizar-se do CtPress, além da ausência de água durante o processo, o que melhora a qualidade de impressão, obtendo cores mais brilhantes, e assim, diminuindo a necessidade de acerto de máquina, o que por consequência diminui o desperdício de papel. O papel do offset deve ter bastante cola aplicada, com uma superfície uniforme, sem felpas ou penugem. É necessário também, entender que a escolha 32 Disponível em: < Acesso em 08 de maio de 2013 às 13h48min.

53 52 do papel depende de vários fatores, como o valor da obra, o volume, o tipo de ilustrações e etc. Portanto, considerando esses fatores para a produção de um livro comemorativo para o projeto Tamar, é correto dizer que o produto apresentará muitas imagens, muitas cores e conteúdo que necessitam de boa qualidade de impressão. Lembrando e levando em consideração que é um livro comemorativo, com um apelo também comercial e singular, quase que colecionável, o papel deve ser de qualidade, com boa impressão e apresentação, agregando valor ao produto final. Assim, fugindo do previsto comum, não se fará o uso do papel reciclado e sim, como dito anteriormente, será utilizado o papel couchê fosco, possibilitando ao leitor qualidade de impressão, bem como conforto de leitura. Para os acabamentos, pode-se dizer que todos os exemplos citados anteriormente agregam valores e sensações diferentes na hora da leitura e, portanto, devem ser explorados o máximo possível. Entretanto, aqueles mais caros como hot stamping, vernizes e relevos não serão de todo utilizados, senão no máximo em alguns pontos específicos, devido ao alto custo que estes implicarão no preço de venda. Por isso, os recursos de acabamento que são idealizados para o projeto do livro são, principalmente, aqueles desenvolvidos a partir de diferentes tipos de dobras e cortes, possíveis de desenvolver a partir do próprio papel. 5.4 UM OBJETIVO: LIVRO COMEMORATIVO DO TIPO EXPERIÊNCIA A seguir serão abordados os elementos de um livro, como imagem, tipografia, grids, cor, formato. Mas para tanto, é preciso, primeiramente, entender o que é um livro. Claro que todos sabem o que é um livro, conceito este, que está enraizado no consciente da humanidade desde os primeiros anos da infância. Haslam (2010, p.6) define o livro como a forma mais antiga de documentação; ele registra o conhecimento, as ideias e as crenças dos povos e sua história está intimamente ligada à história da humanidade. Já para Fonseca (2008), o livro é uma mensagem escrita de considerável extensão e tem como objetivo transmitir mensagens para as pessoas, apoiando-se na portabilidade e na permanência. O livro ultrapassa o tempo e o espaço para divulgar, expor, preservar e transmitir o conhecimento. (FONSECA, p.247). Para a UNESCO (United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization) para ser considerado como livro é necessário que as publicações tenham mais de 50 páginas, caso contrário recebem o nome de folheto.

54 53 Livro s.m.1 coleção de folhas de papel, impressas ou não, cortadas, dobradas e reunidas em cadernos cujos dorsos são unidos por meio de cola, costura etc., formando um volume que se recobre com capa resistente 2 livro (acp.1) considerado tb. do ponto de vista do seu conteúdo: obra de cunho literário, artístico, científico, técnico, documentativo etc. que constitui um volume [Segundo as normas da ABNT e organismos internacionais, o livro é a publicação com mais de 48 páginas além da capa.] (HOUAISS, 2007) Desde o início de sua invenção, o livro tem o objetivo direto de registrar e repassar as informações, ou seja, tem o caráter de passar uma mensagem a um leitor. Os livros são de extrema importância para a sociedade, pois foi através deles que se tornou possível disseminar a palavra e desenvolver o crescimento intelectual do ser humano, uma vez que as descobertas eram documentadas em forma de livro. Sabe-se, então, o que é um livro, mas não existe um conceito definido para o que é um livro comemorativo, pois falta informação de como caracterizar tal produto. Para isso, devido à falta de referências bibliográficas, serão realizadas análises referenciais de livros que recebem o título de comemorativo, para que assim se possa identificar e caracterizar os elementos presentes, podendo chegar a um conceito mais ou menos definido. Segundo o dicionário Houaiss (2007), comemorar é trazer à lembrança, recordar, celebrar, é fazer a comemoração de um fato ou acontecimento. É possível, portanto, dizer que um livro comemorativo tem o objetivo de celebrar o estado atual, bem como alguma conquista de uma empresa ou produto. O que se pode fazer, então, é identificar um padrão estrutural nas páginas deste tipo de publicação, para tentar visualizar o tal livro comemorativo. Como objetos de estudo foram definidos três livros, Sorte Grande: 50 anos das Loterias da Caixa Econômica Federal, Porto Alegre na Vitrine: Memória do Comércio Varejista Da Capital Gaúcha e Maracanã 60 anos. Sorte Grande: 50 anos das Loterias da Caixa Econômica Federal Neste livro, é possível perceber, através de sua análise, que ao comemorar os 50 anos das loterias sob a responsabilidade da Caixa, a empresa apresenta uma introdução ao assunto, no qual fala sobre a festa de comemoração de aniversário e sobre o impacto social das loterias na sociedade, como o financiamento de obras públicas e religiosas. Em seguida começam os capítulos, que apresentam a história

55 54 da loteria tanto no mundo, quanto no Brasil, bem como todo o processo de organização e funcionamento dos jogos (Figura 20). Por conseguinte, pode-se perceber que este livro tem como função fundamental contar o percurso da loteria no mundo e na história, demonstrando sua importância para a sociedade. Figura 20 Capa Sorte Grande: Caixa Econômica Federal Fonte: BUENO (2012). Na figura 21, podem-se visualizar as páginas iniciais do livro, constituídas por uma imagem na página da esquerda e o sumário na página da direita. Este constituído de uma única coluna, com o título em caixa alta, alinhado pela esquerda e os nomes dos capítulos e números de páginas alinhados pela direita.

56 55 Figura 21- Sumário - Sorte Grande Fonte: BUENO (2012). A figura 22 apresenta as páginas de abertura de capítulo com uma imagem de fundo, algumas fotografias na página da direita e uma caixa de texto na página da direita. Esta possui um grid de duas colunas alinhadas pela esquerda, além da presença uma capitular no início do texto. Figura 22 Página de Abertura de Capítulo - Sorte Grande Fonte: BUENO (2012). Na figura 23, pode-se perceber o uso de uma imagem como textura na página da esquerda, bem como o número do capítulo a seguir. Na página da direita, iniciase o texto com um título em caixa alta, um trecho do texto alinhado pela esquerda, em destaque pela diferenciação de grids e pela presença da capitular, e duas colunas de texto também alinhadas à esquerda.

57 56 Figura 23 Página de Início de Capítulo - Sorte Grande Fonte: BUENO (2012). A figura 24 apresenta perfeitamente um grid de duas colunas, sendo muito importante na disposição dos elementos texto e imagem nas páginas do miolo. Pode-se perceber na página da esquerda que a imagem substitui uma das colunas respeitando totalmente o grid. Figura 24 - Página de Texto Sorte Grande Fonte: BUENO (2012). Porto Alegre na Vitrine: Memória do Comércio Varejista Da Capital Gaúcha Para este livro, perceber-se uma mesma organização, ou seja, é apresentada uma introdução sobre o assunto, escrita pelos editores do projeto, na qual apresentam alguns dos motivos de celebração destacados no ano de A seguir, iniciam-se os

58 57 capítulos, que têm o objetivo de nada mais, nada menos que contar a história do comércio desde o início do Brasil até os dias de hoje (Figura 25). Figura 25 Porto Alegre na Vitrine - Sindilojas Fonte: BUENO; TEITELBAUM (2012). A figura 26 apresenta as páginas iniciais do livro, que é constituído de uma imagem de Porto Alegre ao fundo, com o título Sumário na página da esquerda alinhado à direita e os nomes dos capítulos na página da direita alinhados à esquerda. Figura 26 - Sumário - Sindilojas Fonte: BUENO; TEITELBAUM (2012). A figura 27, referente à abertura de capítulo, apresenta uma imagem ao fundo, com o título e subtítulo centralizados na página da direita.

59 58 Figura 27 - Páginas de Abertura de Capítulo - Sindilojas Fonte: BUENO; TEITELBAUM (2012). A figura 28 representa as páginas de texto e imagem do livro, sendo a imagem apresentada sangrada na página da esquerda e o texto na página da direita. A página de texto é dividida em título em caixa alta e alinhado à esquerda, texto uma coluna justificada e com letra capitular no início do capítulo e uma coluna de apoio com o texto alinhado à esquerda. Figura 28 - Páginas de texto e imagem - Sindilojas Fonte: BUENO; TEITELBAUM (2012). O livro apresenta ainda uma espécie de painel de fotos modular, acompanhada de uma coluna de legendas, como mostra a Figura 29.

60 59 Figura 29 - Páginas de Imagem Sindilojas Fonte: BUENO; TEITELBAUM (2012). Maracanã 60 anos O livro apresenta uma sequência cronológica da história do estádio, mostrando, através da divisão por décadas, os times e as conquistas realizadas durante o período de 60 anos (Figura 30). Figura 30 - Maracanã 60 anos Fonte: BUENO (2010). A figura 31 apresenta o Sumário do livro do Maracanã, no qual é pode-se perceber que se utiliza, também, de uma imagem ao fundo, o título na página da esquerda e os capítulos na página da direita.

61 60 Figura 31 - Sumário - Maracanã Fonte: BUENO (2010). Na figura 32, percebe-se na página da esquerda, a presença de um grid de três colunas, sendo duas de texto e uma auxiliar, com fotografia e legenda. Na página da direita encontra-se uma imagem com legenda. Figura 32 - Páginas de Texto e Imagem - Maracanã Fonte: BUENO (2010). Pode-se concluir que, embora cada um tenha um método de apresentação dos elementos, todos contam com o fator principal: contar a história e as conquistas alcançadas durante um certo período de tempo. E com isto, se consegue perceber a lógica de um livro comemorativo, pois devido ao que foi apresentado, é possível entender que este tipo de publicação tem como objetivo exaltar certas conquistas. Seja

62 61 para comemorar o aniversário da empresa e/ou produto, ou comemorar uma realização específica, utiliza-se o livro como uma forma de publicidade. Nos casos apresentados fica claro o objetivo das publicações, a comemoração dos aniversários da Loteria Federal, do Maracanã e do Sindilojas, com 50, 60 e 75 anos, respectivamente. No caso do Tamar, a comemoração vai além do aniversário. Como dito anteriormente, em 2014 o projeto comemorará 35 anos de vida e com isso, quem sabe, mais alguns milhões de filhotes serão devolvidos ao mar. Muito mais do que um aniversário, idealiza-se celebrar as mais de 15 milhões de histórias que o Tamar conseguiu e ainda conseguirá proporcionar. Sabe-se lá em que caminho o planeta se encontraria sem o Projeto Tamar, talvez algumas espécies de tartarugas marinhas já estivessem extintas a essa altura. O objetivo é apresentar, através dessa publicação, a importância que o projeto tem para a sociedade e para o meio ambiente. Além da idealização de projetar um livro comemorativo, tem-se a ambição de projetar um livro experiência. Já se tentou conceituar o primeiro e agora se tentará conceituar o segundo. Para isso, seguir-se-á a mesma proposta, tentar conceituar a partir de definições do dicionário em relação ao conceito de experiência. Bem como, tentar entender os elementos que compõe este tipo de publicação. Experiência s.f fato ou efeito de experimentar (-se) 1 experimentação, experimento, (método científico) <e. química> 2 FIL qualquer conhecimento obtido por meio dos sentidos 3 forma de conhecimento abrangente, não organizado, ou de sabedoria adquirida de maneira espontânea durante a vida; prática <viveu muito, tem muita e.> 4 forma de conhecimento específico, ou de perícia, que, adquirida por meio de aprendizado sistemático, se aprimora com o correr do tempo; prática <pugilista de muita e.> (HOUAISS, 2007). Pode-se dizer que o próprio livro em si meche com os sentidos do usuário, seja pela visão, o tato ou até mesmo o olfato (cheiro de livro novo ou antigo). No entanto, o livro experiência acrescenta uma nova sensação ao leitor, pois quebra o paradigma de leitura. Ou seja, a publicação deixa ter uma sequência linear de leitura, no momento em que o usuário se depara com elementos soltos e manuseáveis, possibilitando uma leitura dinâmica e interativa. Este tipo de publicação expande a experiência e os níveis sensoriais do usuário, possibilitando, talvez, um maior apego sentimental entre produto/usuário. Sabe-se, então, que o que diferencia um livro experiência de um livro normal são estes elementos soltos, que são conhecidos pelo

63 62 nome de fac-símiles nome do latim que significa faz coisa semelhante. Ou seja, um fac-símile é a reprodução exata de uma assinatura, escrita ou estampada Partes de Um Livro Entende-se, agora, o que é um livro, o que é um livro comemorativo e o que é um livro experiência, no entanto, deve-se compreender, principalmente, a anatomia do livro (Esquema 7). Para isso serão apresentadas a seguir, as partes e os elementos de um livro. Esquema 7 - Partes do Livro Fonte: HASLAN (2007). 1. Lombada: onde as páginas são grampeadas, coladas ou costuradas (dependendo do tipo de encadernação usado). 2. Cabeceado: pedaço de tecido (algodão ou seda) colorido e colado na parte interna (pé e cabeça) da lombada em um livro de capa dura. 3. Charneira: tira de pano ou de couro que se aplica ao longo do encaixe do livro a fim de formar a guarda-espelho. 4. Seixa superior: projeção da capa dura que se estende para além do refile final da cabeça do livro.

64 63 5. Pasta frontal: frente da capa dura formada por uma placa de cartão, parte do material de revestimento e uma folha da guarda. 6. Capa: revestimento de papel cartão ou outro material que é colado, grampeado ou costurado ao miolo do livro. 7. Seixa lateral: projeção da capa dura que se estende para além do refile final da frente do livro. 8. Placa: pedaço de cartão formador das pastas da capa dura. 9. Seixa do pé: projeção da capa dura que se estende para além do refile final do pé do miolo do livro. 10. Guardas: folhas de papel encorpado (120 g/m2 ou mais) dobradas, formando quatro ou oito páginas, sendo uma colada na placa de cartão na frente e outra no final do livro de capa dura. A finalidade é prender o miolo à capa dura. 11. Cabeça: superfície superior do miolo do livro. 12. Folhas: conjunto de duas páginas geralmente numeradas com algarismo ímpar na frente e par no verso. 13. Pasta do verso: quarta capa do livro de capa dura formada por uma placa de cartão, parte do material de revestimento e uma folha da guarda. 14. Quarta capa: verso da capa do livro. 15. Frente: borda frontal do livro. 16. Virada (também denominada debrum): Trata-se da porção do material de revestimento da capa dura que recobre as bordas das placas de papelão que formam as pastas. 17. Base: parte inferior do miolo do livro 18. Guarda branca: folha sem impressão, mas que faz parte do caderno impresso. 19. Pé: superfície inferior do livro. 20. Caderno: (não consta da ilustração acima) folha impressa e dobrada, em múltiplos de quatro páginas para formar uma seção de livro. Atividade Editorial: Não apenas o projeto gráfico de capa de um livro ou uma série de livros, mas também como o projeto do próprio livro como objeto e, portanto: o formato, o tipo de papel, a cor das tintas em relação à cor do papel, a encadernação, a escolha dos caracteres tipográficos de acordo com o assunto do livro, a definição da mancha de texto em relação à página, o local da numeração das páginas, as páginas de rosto, o caráter visual das ilustrações ou fotografias que acompanham o texto assim por diante. (MUNARI, p.25)

65 Grid Para Fonseca (2008), a diagramação nada mais é do que uma forma de planejar a distribuição dos elementos em uma página, e tem como objetivo a legibilidade e a racionalização da composição desta página. Para isto é utilizado um sistema de grade ou grid, sistema modular que divide a página em colunas, linhas e blocos de texto. A partir disso pode-se determinar as margens, limites e orientação dos elementos na página, como imagens e textos. Segundo Collaro (2000), a diagramação de um livro tem em sua estrutura uma estratégia que visa maior legibilidade tanto da tipografia, quanto das fotografias e ilustrações como o posicionamento da mancha gráfica. Para desenvolver o projeto editorial de um livro, algumas questões como cor, tipografia, formato da página, relação entre texto e imagem, precisam ser estudados e pensados para que haja um resultado satisfatório. Todo o trabalho de design envolve a solução de problema nos níveis visual e organizacional. Figuras, campos de texto, títulos, dados tabulados, todas essas partes devem se conjugar para ocorrer a comunicação. O grid é simplesmente uma forma de atingir esse objetivo. Ele pode ser solto e orgânico ou rigoroso e mecânico. Para alguns designers, ele representa uma parte inerente do oficio do design, assim como a carpintaria é parte do ofício da marcenaria. A história do grid é parte de uma evolução na forma como os designers gráficos pensam o projeto, bem como uma resposta a problemas específicos de comunicação e produção que precisavam ser resolvidos. Entre outras coisas, o grid ajuda a resolver problemas de comunicação de grande complexidade. (SAMARA, 2011, p.68) Utilizar um grid em um projeto gráfico traz benefícios tanto para o designer quanto para o leitor. As informações ficam mais claras, eficientes, existindo uma organização no layout da página. Os espaços de grid não devem ser construídos aleatoriamente, o conteúdo deve ser avaliado para que seja feita a construção de um grid adequado para cada publicação em que se vai trabalhar. De acordo com Samara (2007), um grid bem projetado abre um leque de possibilidades de exploração, assim como o autor Hurlburt (1980) descreve o grid como o diagrama que permite criar diferentes layouts, contendo uma variedade de elementos, sem fugir da estrutura predeterminada (Esquema 8).

66 65 Esquema 8 - Grid Fonte: HASLAN (2007), adaptado pela autora. 1. Margens: são espaços negativos entre a borda da página e o conteúdo, que cercam e definem a área ativa onde a tipografia e imagens serão apresentadas. 2. Colunas: alinhamentos verticais de tipos que criam divisões horizontais entre as margens. Pode haver várias colunas de largura igual ou diferente, correspondendo a tipos distintos de informação. 3. Zonas espaciais: grupos de módulos que formam campos separados. Cada campo pode ter um papel específico na exibição de informações. 4. Guias: são alinhamentos que dividem os espaços em faixas horizontais. Ajudam a conduzir o olhar ao longo da página e podem ser utilizadas para definir paradas e pontos de partida adicionais. 5. Módulos: unidades individuais de espaço separadas por intervalos regulares que, quando repetidas ao longo do formato da página criam colunas e linhas. 6. Marcadores: são indicadores de posição para textos auxiliares ou que aparecem de forma consistente, tais como títulos correntes ou de seção, fólios ou qualquer outro elemento que ocupe a mesma posição em todas as páginas.

67 66 7. Medianiz: refere-se às margens internas definidas para a página, onde as páginas recuam em direção à encadernação. Também é possível definir espaços em branco entre colunas, linhas e módulos. 8. Linhas: séries de guias horizontais definidas pela existência de módulos. Assim como as colunas, são separadas por espaços em branco Tipografia Lidar com questões de legibilidade, leiturabilidade e hierarquia, é função básica do designer no desenvolvimento de um projeto editorial. Como uma regra geral, o uso de duas famílias tipográficas é um número suficiente para fins de variedade visual. Logicamente, em alguns casos, esta regra pode ser quebrada, mas é importante saber que misturar em excesso diversas famílias tipográficas em um mesmo projeto, pode se tornar confuso para o leitor. Uma boa solução é empregar variações estilísticas para diferenciar informações em um layout, atribuindo estilos e pesos aos títulos, textos e legendas. A leitura de um texto longo requer grande esforço por parte do público; para facilitar esse processo e torná-lo mais proveitoso possível, o designer deve se concentrar em detalhes do texto - tamanhos, espacejamentos e largura dos parágrafos - além das questões maiores de layout, para garantir uma experiência de leitura confortável. (SAMARA, 2011, p.34). O designer deve entender sobre espacejamento, deixar o texto confortável para uma leitura sem interrupções, para criar uma mancha gráfica minimizada e sem distrações para o leitor. Não há uma regra geral, tudo pode variar conforme a tipografia escolhida para compor o layout, mas o espacejamento ideal é aquele que os traços e contra formas se alteram de forma uniforme. À medida que as palavras vão sendo escritas, formam-se os parágrafos, componente básico do design editorial. Este pode ser alinhado, justificado, largo, estreito, individual ou em grupos. A largura correta de um parágrafo é definida pelo tamanho da fonte, altura de x, espaço entre palavras e linhas, a fim de proporcionar uma leitura com maior conforto (Figura 33).

68 67 Figura 33 - Tipografia Fonte: desenvolvido pela autora Cor De acordo com Fonseca (2008), Pitágoras, Hipócrates, Platão, Aristóteles, Leonardo da Vinci, Isaac Newton, René Descartes, J.W Von Goethe, M.E Chevreul, Albert Münsell e Wilhelm Ostwald são algumas das mentes brilhantes que propuseram teorias acerca do fenômeno da cor e como este influencia nossa vida. Segundo Samara (2011), a cor tem o poder de comunicar, pois ela tem estímulos visuais. Os olhos e o cérebro trabalham juntos interpretando mensagens cromáticas. Experiências e diferenças culturais podem afetar essas mensagens recebidas, por esse motivo, deve-se estudar e discutir o uso das cores em um projeto editorial. A cor traz mensagens que podem influenciar o conteúdo, que é influenciado muitas vezes pela cultura e pela sociedade. A seleção de uma cor pode determinar um sentido, criando sensações e afetando a comunicação. a) Cores primárias: São as cores em sua essência básica, ou seja, uma cor é primária quando esta não é misturada com nenhuma outra cor. Da união das cores primárias derivam as demais cores. Considera-se como cores primárias vermelho, verde e azul - no sistema aditivo, obtido pela luz (Esquema 9) - e no sistema subtrativo, obtido através da mistura de pigmentos (CMYK), o ciano, magenta, amarelo e preto (Esquema 10). b) Cores secundárias: Obtidas pela mistura de duas cores primárias. c) Cores terciárias: Obtidas pela mistura de uma cor primária e uma secundária.

69 68 Esquema 9 - Sistema aditivo (RGB) Fonte: desenvolvido pela autora. Esquema 10 - Sistema subtrativo (CMYK) Fonte: desenvolvido pela autora Imagem As imagens têm o poder de esclarecer experiências descritas e envolver leitores de uma maneira a compartilhar a tensão entre o real e o abstrato. Sendo assim, imagem e texto, devem estar harmonicamente distribuídos no layout de uma página, de modo a não sacrificar a leitura. O layout está relacionado com a disposição de elementos de texto e imagem em um design. A maneira como esses elementos são posicionados, tanto um em relação ao outro quanto no projeto como um todo, afetará o modo como o conteúdo é examinado e recebido pelos leitores, e também a sua reação emocional ao design. O layout pode ajudar ou impedir a recepção das informações apresentadas em um projeto. Layouts criativos agregam valor e elegância a uma peça, já layouts contidos e sutis permitem que o conteúdo brilhe sozinho. (AMBROSE, 2009, p.6) Formato O formato é determinado pela relação entre a altura e a largura da página. E existem três tipos de formato: retrato, paisagem e quadrado (Figura 34). O retrato tem a altura da página maior que sua largura; enquanto o formato paisagem possui

70 69 a altura da página menor que a sua largura, e o formato quadrado, como o nome já indica, possui altura e largura iguais. O livro pode ter qualquer tamanho, mas o cuidado com o formato convém ao manuseio e ao conforto do usuário durante a leitura, além de, em alguns casos, variar o custo de produção. O formato do livro deve ser definido a partir do conteúdo e dos elementos internos da página, como tamanho do tipo, altura do corpo do tipo, entrelinhamento e presença de imagens. O formato do livro define as proporções externas da página; a grade determina suas divisões internas; o layout estabelece a posição a ser ocupada pelos elementos. O uso da grade proporciona consistência ao livro, tornando coerente toda a sua forma. Figura 34 - Formato Fonte: desenvolvido pela autora Aproveitamento de Papel A economia de papel e de energia é de muita importância, pois é considerado como um princípio para o projeto gráfico, levando-se em consideração a proposta de preservação e proteção, não só das tartarugas marinhas, mas do meio ambiente no geral, pregada pelo Projeto Tamar. Portanto, será apresentado um estudo de aproveitamento de papel, como mostra o esquema 11, a partir do formato utilizado na indústria gráfica da folha 96x66cm, visualizando o número de páginas por folha.

71 70 Esquema 11 - Aproveitamento de Papel Fonte: arquivo pessoal da autora. A partir deste último capítulo, perceber-se a importância de conceituar um livro comemorativo, para poder entender melhor os objetivos que devem ser atingidos, e assim, poder visualizar os elementos e conteúdos necessários para sua construção. É necessário também visualizar alguns componentes do livro, que ajudarão e facilitarão o desenvolvimento do produto final. Ou seja, é necessário entender a importância de um grid e seu funcionamento, para que o projeto editorial possa ter uma coerência visual entre os conteúdos, tornando a leitura mais harmônica e confortável ao usuário. Além do uso da cor, das imagens, entre outros, é preciso entender também que é necessária a escolha de uma tipografia com uma boa altura de x, e que possua, na mancha gráfica, uma boa leiturabilidade e legibilidade. Elementos que devem levar em conta, principalmente, a ergonomia entre usuário/produto.

72 71 6 PROJETO DE DESIGN 6.1 COMPREENSÃO DO PROJETO Para a compreensão do projeto será realizada a pesquisa e a análise do universo no qual o livro estará inserido. Portanto, as pesquisas são realizadas desde livros similares, que possuam um apelo ambiental, até mesmo livros que possuam alguma informação ou elemento gráfico-visual que possa servir de base para a realização do projeto Análise Diacrônica Devido à ausência de publicações dos projetos ambientais existentes no mundo, a diacronia será abordada de um olhar diferenciado. Para que se possa entender o universo de publicações de foco ambiental, serão analisados, através de uma linha do tempo, livros de fotografia que tenham o objetivo de trazer ao leitor informações de espécies e localizações do Planeta Terra. Em seguida, será apresentada uma linha do tempo do projeto TAMAR e seus principais feitos. A linha do tempo de livros fotográficos foi desenvolvida a partir de livros nacionais e internacionais que tem grande apelo ecológico, tanto pela fauna quanto flora mundial. As principais publicações utilizadas datam do início dos anos 2000 até o ano de 2012, como mostram os esquemas 11 e 12.

73 72 Esquema 12 - Linha do Tempo de Livros Fotográficos Fonte: desenvolvido pela autora, com base nas sinopses das publicações.

74 73 Esquema 12 - Linha do Tempo de Livros Fotográficos Fonte: desenvolvido pela autora, com base nas sinopses das publicações. Para a criação da linha do tempo do Projeto Tamar foi utilizado o mesmo livro base utilizado durante todo o desenvolvimento do trabalho, Assim nasceu o Projeto TAMAR. A partir disto foram analisados os pontos mais importantes da história para apresentar de forma objetiva suas principais realizações, como mostra o esquema 13.

75 74 Esquema 13 Linha do Tempo do Projeto TAMAR Fonte: desenvolvido pela autora, com base no livro Assim nasceu o Projeto Tamar Fundação PróTamar (2001) Análise Sincrônica Na etapa de análise sincrônica será fundamentado o estado da arte, ou seja, publicações, não de concorrentes, mas de livros similares do estilo experiência, identificando suas características e elementos principais, para assim poder aproveitar o que for considerado bom graficamente e evitar o que for mal resolvido. Esta etapa utiliza-se de três livros que podem ser considerados de uma nova geração de

76 75 design editorial, no qual se utilizam de elementos alheios à estrutura básica do grid e da leitura. Para melhor entendimento, estes serão apresentados a seguir. O Grande Livro dos Mundiais O livro, em sua primeira versão, foi publicado em Julho de 2006 na Inglaterra pela Editora Trafalgar Square. Em 2007 teve sua primeira edição no Brasil pela Editora Folio. Um livro destinado aos apaixonados por futebol que buscam conhecimento pelo assunto, além da satisfação de obter um produto diferenciado e colecionável. O diferencial deste livro, bem como de todos os outros que serão analisados, é a questão da experiência. Neste livro, o usuário não apenas pode conhecer a história de todas as edições do campeonato mundial, como também pode quase sentir-se presente nos jogos e campeonatos passados através dos fac-símiles que contem. Como se pode ver na Figura 35, o livro possui uma sobre capa azul de papelão rígido que o cobre por dois lados, deixando à vista a lombada. Figura 35 - O Grande Livro dos Mundiais Fonte: Radnedge

77 76 Figura 36 - Sobrecapa O Grande Livro dos Mundiais Fonte: Radnedge (2007). A imagem 36 apresenta a sobrecapa do livro. Pode-se perceber que esta é grafada com as palavras que formulam o título O GRANDE LIVRO DOS MUNDI- AIS, que se apresentam em uma tipografia sem serifa e em caixa-alta. O nome do livro possui um bom contraste com o fundo, o que facilita a leitura, no entanto, as letras em maiúsculas a torna mais cansativa. Esta primeira capa, contém uma imagem com pessoas ao fundo e no primeiro plano, o troféu da competição. Figura 37 - Capa O Grande Livro dos Mundiais Fonte: Radnedge (2007).

78 77 A figura 37 nos apresenta a capa propriamente dita do livro em questão, com a mesma grafia do título, desta vez disposta de forma diferente, o que melhora a leiturabilidade e a apresentação gráfica do mesmo. Figura 38 - Sumário O Grande Livro dos Mundiais Fonte: Radnedge (2007). Na figura 38, pode-se ver o sumário. Este é apresentado de uma forma descontraída, em uma folha de caderno posicionado entre outros elementos representantes da Copa do Mundo, que ocupam uma mesa de madeira. O sumário é de vários aspectos muito simples, com apenas o número das páginas à esquerda do título dos capítulos, escritos em caixa alta e alinhados à esquerda. Já na figura 39, é possível analisar a estrutura das páginas de texto e imagem, neste caso, visualiza-se o capítulo inicial de Introdução. Pode-se perceber que o livro se estrutura em quatro colunas iguais dispostas igualmente na página, o título se encontra centralizado ao bloco de colunas 2, 3 e 4 em caixa alta e corpo 48 pt e o subtítulo centralizado ao anterior com corpo de 28 pt. O texto apresenta um tipografia serifada de corpo 9 pt e entrelinha de 11 pt. Além disso, percebe-se que o texto é maleável de acordo com as necessidades espaciais das imagens e elementos gráficos disponibilizados ao leitor (Figura 40).

79 78 Figura 39 Estrutura de Página O Grande Livro dos Mundiais Fonte: Radnedge (2007), adaptado pela autora. Figura 40 - Visualização do texto O Grande Livro dos Mundiais Fonte: Radnedge (2007), adaptado pela autora. À medida que o usuário vai avançando na leitura do livro, novas descobertas vão sendo feitas. A cada página uma experiência diferente, a presença de facsímiles é muito bem explorada, e os itens escolhidos são originalmente bem representados. Porém a forma de armazenamento de alguns destes elementos pode ser considerado um ponto negativo, pois alguns dos envelopes que guardam as peças foram criados a partir da própria página, ou seja, duas páginas coladas em áreas

80 79 pré-determinadas que formam uma abertura, o que deixa a página muito grossa (Figura 41). Figura 41 - Fac-símile O Grande Livro dos Mundiais Fonte: Radnedge (2007), adaptado pela autora. Na figura a seguir (figura 42), pode-se visualizar uma série de fac-símiles que são apresentados ao usuário durante a leitura. Percebe-se a existência de figurinhas, fotografias, ingressos para partidas de futebol, pôsteres, jornais, cartões postais, entre diversos outros elementos que convidam o leitor a participar de momentos históricos.

81 80 Figura 42 - Seleção de Fac-símiles O Grande Livro dos Mundiais Fonte: Radnedge (2007), adaptado pela autora. Harry Potter: A Magia do Cinema O livro HARRY POTTER: A MAGIA DO CINEMA é fruto da Editora Panini, reconhecida por diversos livros e HQs. Publicado em 2010, apresenta a história por trás dos filmes produzidos, até o 6º volume da coleção Harry Potter, da autora J.K.Rowling. Neste livro o leitor pode encontrar não só a história dos seus personagens favoritos da saga, como também imagens e comentários do making-of do cinema. Desde rascunhos de elementos, como fotografias de como foram filmadas certas cenas, enfim, o livro é muito dinâmico e interessante no seu conteúdo, principalmente, com a quantidade e variedade de fac-símiles presentes na obra.

82 81 Figura 43 - Jaqueta e Capa Harry Potter A Magia do Cinema Fonte: Panini (2010). O livro é composto por uma jaqueta que envolve a capa, e é nesta jaqueta que encontra-se os grafismos essenciais para a identificação do livro (Figura 43). A tipografia icônica utilizada no título do livro e as fotografias dos atores intérpretes dos personagens principais da saga é que permitem o reconhecimento do tema do livro, pois a capa em si não é muito esclarecedora. No entanto, pode-se perceber na Figura 44, o ponto negativo da utilização da jaqueta, ou seja, com o manuseio e armazenamento do livro, esta começa a se rasgar, o que mais cedo ou mais tarde, acarretará no seu descarte. Figura 44 - Jaqueta Harry Potter A Magia do Cinema Fonte: Panini (2010).

83 82 A figura 45 revela um sumário extenso e dividido em várias partes. Apesar da proposta mais informal e interativa do livro estar presente no sumário, devem-se notar questões mais técnicas que o tornam mal projetado. Por exemplo, pode-se perceber que não existe um padrão tipográfico existem sete tipografias diferentes somente nesta página -, não existe um alinhamento padrão cada sessão é alinhada de uma maneira diferente -, e a quantidade de informação, cores, texturas e tipografias tornam a leitura cansativa. Figura 45 - Sumário Harry Potter A Magia do Cinema Fonte: Panini (2010). Em relação às páginas de conteúdo percebe-se que a página é, basicamente, divida em duas colunas, nas quais serão distribuídos textos e imagens. Na figura 46 visualiza-se isso da seguinte forma, na página da esquerda, podem-se ver duas colunas de texto, com alguns elementos gráficos em volta, percebe-se, também, nesta página que o texto é maleável ao conteúdo. Na página da direita, mesmo com a ausência de caixas de texto, é possível notar a presença das duas colunas do grid, devido à moldura com a fotografia do produtor de cinema David Heyman respeitando devidamente a posição da coluna. A tipografia utilizada para os títulos varia de seção para seção, sendo apresentada em diversos estilos e corpos, variando mais ou menos entre 20pt e 48pt, e os subtítulos aparecem com 18pt. No caso dos textos, a tipografia é serifada, com corpo de texto de 9pt e entrelinha de 12pt. No início de alguns parágrafos o texto apresenta, ainda, três linhas diferenciadas, que são apre-

84 83 sentadas com um corpo de 12pt e entrelinha de 14,5pt, com capitular e o kerning/traking exagerado, o que distorce o texto. As legendas são serifadas e em itálico com corpo 7,5pt e entrelinha de 10pt. No entanto, apesar da disposição de um grid de duas colunas, as páginas de conteúdo são extremamente carregadas de informação, cores, imagens e texto em fundos com textura, o que dificulta a leitura e a captação da informação (Figura 47 e 48). Figura 46 - Página de Texto Harry Potter A Magia do Cinema Fonte: Panini (2010). Figura 47 - Página de Conteúdo Harry Potter A Magia do Cinema Fonte: Panini (2010).

85 84 Figura 48 - Página de Conteúdo Harry Potter A Magia do Cinema Fonte: Panini (2010). Na figura 49, visualiza-se uma série de fac-símiles inclusos na obra do Harry Potter, neste livro os envelopes são mais elaborados, sendo fixados nas páginas por grampos ou cola. É possível encontrar desde o envelope com a carta de admissão da escola de Hogwarts, até adesivos, mapas, identidades e folhetos de lojas. Estes fac-símiles foram desenvolvidos com diversas propostas, alguns podem ser destacados e montados, outros podem ser descolados e colados em outros lugares. São apresentados, também, de diversas maneiras, dobrados, recortados, colados, grampeados, guardados em envelopes, colados diretamente na página. Cada um desses elementos conversa com a página, demonstrando um ótimo acabamento e uma verossimilhança perfeita dos objetos.

86 85 Figura 49 Seleção de Fac-símiles Harry Potter A Magia do Cinema Fonte: Panini (2010). Batman O Cavaleiro das Trevas O CAVALEIRO DAS TREVAS foi publicado, também, pela Editoria Panini no ano de Este livro conta a história através de outro ângulo, como se o leitor estivesse lendo o diário do batman, com arquivos de polícia, arquivos de hospitais, manchetes de jornal, anotações de Bruce Wayne e outros personagens, plantas da mansão, desenhos técnicos do batmóvel entre muitos outros fac-símiles. O livro é mais um guia dos apetrechos, armas, veículos e documentos da batcaverna, do que um livro contando a história dos filmes. A capa é preta com o símbolo do morcego em baixo relevo e aplicação de verniz em algumas partes (Figura 50). Envolta por uma cinta de papel não removível, que apresenta algumas imagens, a sinopse, o código de barras e identidade visual da Panini Books.

87 86 Figura 50 - Capa O Cavaleiro das Trevas Fonte: Panini (2012). Como mostra a Figura 51, o sumário do livro é simples e objetivo. Contém o símbolo do morcego ícone que faz a direta associação com o personagem dos quadrinhos e os capítulos apresentados ao centro da página, com os respectivos números de página na linha abaixo. Por se tratar de um sumário, com poucas palavras, o uso das letras em caixa alta acaba não prejudicando tanto a leitura. Figura 51 - Sumário O Cavaleiro das Trevas Fonte: Panini (2012).

88 87 Um dos grandes pontos positivos desse livro é a quantidade de ilustrações presentes ao decorrer dos capítulos, nos quais são apresentados rascunhos de itens como máscara, armas, automóveis, uniforme, imagens do personagem (Figura 52), entre outros. O livro passa a ideia de ser um diário com anotações e desenhos feitos à mão livre, colagens de fotos e elementos importantes para o personagem Batman. Figura 52 - Ilustrações O Cavaleiro das Trevas Fonte: Panini (2012). Apesar de não possuir um grid muito bem definido, as páginas de texto são muito dinâmicas e interessantes, com elementos variados e interativos que se completam sem haver conflitos na composição da página. Por conseguinte, pode-se considerar que apesar da quantidade de elementos, estes não chegam a poluir a página e nem a afetar a leitura dos conteúdos. Pode-se perceber, que na Figura 53, existem ilustrações, fotografias, pequenas anotações e uma caixa de texto, e mesmo que esta caixa esteja por cima da imagem desenhada, ainda é possível obter uma leitura clara e legível devido ao fato de que todas as caixas de texto seguem acompanhadas de uma textura quadriculada ao fundo. Na Figura 54, nota-se que a presença dos diversos elementos que são apresentados não prejudicam uns aos outros. Os títulos são apresentados apenas nas aberturas de capítulos, no qual aparecem com uma tipografia sem serifa e em caixa alta, com corpo de 20pt. Em algumas páginas está presente um subtítulo que é apresentado numa tipografia sem serifa, caixa alta e corpo 10pt. Para o texto foi utilizado uma tipografia, também sem serifa com corpo de 10pt e entrelinha de 14,5pt.

89 88 Figura 53 - Páginas de Conteúdo O Cavaleiro das Trevas Fonte: Panini (2012). Figura 54 - Páginas de Conteúdo O Cavaleiro das Trevas Fonte: Panini (2012). Na Figura 55, pode-se visualizar uma seleção dos fac-símiles do livro do O Cavaleiro das Trevas, entre eles estão presentes, como dito anteriormente, anotações do Bruce Wayne e outros personagens, arquivos da policia com o caso da morte dos pais do personagem, da prisão do personagem Coringa, adesivos com o símbolo do morcego, plantas baixas, desenhos técnicos de veículo, manchetes de jornais, mapa de Gothan City, entre muitos outros itens divertidos e manuseáveis.

90 89 Figura 55 Seleção de Fac-símiles O Cavaleiro das Trevas Fonte: Panini (2012), adaptado pelo autor Aspectos Mercadológicos O projeto gráfico deste livro é direcionado para um público amplo e variado, uma vez que o Projeto TAMAR seja frequentado por diversos tipos de pessoas. Pode-se pensar, então que o público do livro é basicamente o mesmo público de visitantes das Bases do Projeto. Não se trata de um livro científico, e sim informativo e didático, o qual proporciona ao leitor o mínimo de conhecimento necessário para a compreensão do assunto. Sendo um livro comemorativo foi idealizado um exemplar mais sofisticado, disponibilizado em estojo para presente e para venda, como item colecionável. Devido ao grande avanço da tecnologia, o método mais eficaz para a venda do produto se daria através de sites especializados e livrarias online, além de livrarias físicas e feiras de livro. No entanto, para o lançamento seria realizado um

91 90 evento em cada uma das bases do Projeto, na presença de autoridades locais e moradores das comunidades para a divulgação e venda do produto. 6.2 CONFIGURAÇÃO DO PROJETO DEFINIÇÃO Na etapa de definição da configuração do projeto é possível visualizar algumas questões mais específicas a respeito do livro a ser criado, através da lista de requisitos e da hierarquização dos fatores projetuais aplicados ao livro comemorativo do Projeto Tamar, que serão apresentados a seguir Lista de Requisitos Os estudos sobre o design editorial, sobre os conceitos apresentados para o livro em questão, a produção gráfica, e principalmente os livros utilizados nas análises foram de extrema importância na definição dos requisitos de projeto, utilizados para o desenvolvimento de um livro impresso de alta qualidade de impressão e acabamento. Portanto, serão apresentados a seguir os principais requisitos para o projeto deste livro: Formato retrato levando em consideração o fator ergonômico e o alto grau de formalidade do projeto. Construção de um grid tipográfico com entrelinha de 15pt. Gerando, a partir do micro módulo, margens inferior e laterais com quatro módulos e margem superior com cinco módulos para suporte do título recorrente. O layout é composto, então, por duas colunas principais no qual são posicionados os textos e imagens e quatro colunas de apoio para o uso de imagens e legendas. Para as páginas de abertura de partes será utilizada uma imagem que represente a parte/capítulo, seguidas de uma página de imagem à esquerda e outra de texto à direita, comportando título, subtítulo e texto. Para as demais páginas serão explorados textos, fotografias, gráficos e diversos conteúdos disponibilizados pelo Tamar.

92 91 As tipografias a serem utilizadas são bem contrastantes entre si, com a variação de três tipografias. Uma tipografia manuscrita para títulos em português (Argenta), uma tipografia sans-serif para os títulos em inglês (Myriad Pro) e uma tipografia serifada para textos (Minion Pro). Para textos corpo 10pt e entrelinha 15pt, para legendas corpo 8pt e entrelinha 12pt. A divisão dos capítulos ser dará por temas: o Projeto Tamar, as Bases, pesquisa e conservação, interação social, e as tartarugas marinhas, com nomes ainda a definir. Imagens de alta qualidade para utilização em páginas inteiras, duplas e até mesmo em páginas com dobra francesa, gerando quatro páginas. Utilização de fac-símiles, sejam colados às páginas ou soltos que o usuário possa retirar Hierarquia dos Fatores Projetuais A hierarquização dos fatores projetuais delimita alguns padrões do projeto, apresentando visualmente os fatores mais importantes para a construção do livro comemorativo em questão. Portanto, pode-se perceber que os fatores econômicos e mercadológicos tem um baixo grau de importância, pois como o livro é uma versão luxo, estes fatores podem ter uma preocupação minimalista. Já os fatores ecológico e antropológico tem um alto grau de importância, pois estão diretamente ligados às questões ambientais e sociais defendidas pelo Tamar. O geométrico possui alto grau devido às questões relacionadas ao livro e seu conteúdo. Enquanto os demais, não menos importantes, estão classificados em um meio termo, demonstrando que fazem parte do projeto como um todo.

93 92 Esquema 13 - Hierarquização dos Fatores Projetuais Fonte: desenhado pela autora. 6.3 CONFIGURAÇÃO DO PROJETO MODELAÇÃO INICIAL Na etapa de configuração do projeto, serão apresentadas as características que foram estudadas para o projeto prático do livro, como formato, grid, tipografia, entre outros Formato e Dimensões Antes da definição do formato foram, primeiramente, analisados os formatos das imagens disponibilizadas pelo Projeto Tamar. Em decorrência dessa análise percebeu-se que grande parte das imagens são de formato paisagem, mas também boas imagens em formato retrato. Em decorrência disso, fez-se uma analise dos tipos de formato de página, para assim poder perceber qual se adequa melhor ao uso das imagens. Chegou, portanto, a conclusão que o formato retrato é a melhor opção, pois além da coerência formal com o propósito do livro, possui melhor aproveitamento das imagens na pági-

94 93 na, podendo conduzir à imagens paisagem em página dupla e imagens retrato em página solo (Esquema 14). Esquema 14 Formatos em relação à imagem Fonte: desenvolvido pela autora. Como já mencionado, em relação ao formato pode-se considerar o retrato o mais adequado, não somente por questões ergonômicas que estão relacionadas ao manuseio, leitura, e transporte do livro, como por questões formais. A inovação idealizada para o projeto não está em sua forma externa, e sim na forma de apresentação do seu conteúdo. Portanto, o livro será produzido em formato retrato, nas dimensões de 290 mm de altura por 237 mm de largura, como mostra a figura 56. Figura 56 - Formato e Dimensões Finais Fonte: desenvolvido pela autora.

95 Estudos de Grid Para desenvolvimento e definição de grid foram realizados alguns estudos de referência, a partir da observação de livros encontrados em livrarias. Em seguida desenvolveram-se alguns testes manuais, pensando, principalmente, na disposição de duas colunas de texto, uma para textos em português e outra para textos em inglês. Estes estudos foram desenvolvidos antes da construção do grid com o intuito de desenvolver um brainstorm sem limitações, ou seja, apenas gerar alternativas sem se prender às linhas e colunas do grid (Figura 57). Figura 57 - Estudos de Grid Fonte: desenvolvido pela autora. Grid 1 A seguir iniciou-se a construção de um grid tipográfico, gerando uma malha modular quadriculada a partir de um entrelinha de 15 pts. Após foi, então, reajustado o tamanho que inicialmente era de 240 mm de largura, mas para o encaixe perfeito da malha à página, foram subtraídos 0,277mm da folha. A partir disso, determinaram-se as margens da página, sendo as margens superiores, interna e externa de 15,8 mm, enquanto a margem inferior é maior, sendo de 21,1 mm para suportar o fólio. Os valores em milímetros surgiram das proporções do micro módulo, sendo: 15 pt x 3 = 15,8 mm, e 15 pt x 4 = 21,1 mm. Para a distribuição das colunas da mancha gráfica, o grid foi dividido em oito colunas iguais de medianiz equivalente ao entrelinha, ou seja 15 pts (Figura 58). Es-

96 95 ta distribuição foi desenvolvida devido à necessidade de duas colunas de texto e uma coluna de apoio, utilizada para legendas, comentários, pequenas tabelas, entre outros (Figura 59). Figura 58 - Grid Tipográfico Fonte: desenvolvido pela autora. Figura 59 - Grid Fonte: desenvolvido pela autora. A figura 60 apresenta texto e imagem em um estudo de layout para o grid desenvolvido. A tipografia foi gerada aleatoriamente apenas para um teste prim á- rio de mancha gráfica, uma vez que esta ainda não foi definida com certeza para o projeto final. Nestas páginas o conteúdo é distribuído em título, texto bilíngue (uma coluna de texto português e uma coluna em inglês), quadros de imagem, legendas e fólio.

97 96 Figura 60 - Grid Fonte: desenvolvido pela autora. Grid 2 Não satisfeito, desenvolveu-se um segundo grid tipográfico, gerando uma malha modular quadriculada, também a partir de um entrelinha de 15 pts. As dimensões de página também foram ajustadas para se encaixar com o grid tipográfico, obtendo uma página de 290 mm x 237,23. Em seguida foram definidas margens maiores e iguais em todas as extremidades equivalentes a 26,359 mm. O valor da margem é proporcional ao grid modular, sendo cinco vezes o valor do micro módulo, ou seja, 15 pt x 5 = 26,359 mm. Para a distribuição das colunas da mancha gráfica, o grid foi dividido em duas colunas com medianiz equivalente ao entrelinha, ou seja 15 pts, e quatro colunas auxiliares de medianiz igual à 15pt (Figura 61). Esta distribuição foi desenvolvida devido à necessidade de duas colunas de texto português/inglês. As figuras 62 e 63 exemplificam isto muito bem, apresentando colunas para as duas línguas com diferenciação em cor e estilo (itálico para inglês) e imagens que obedecem tanto as colunas principais como as de apoio.

98 97 Figura 61 - Grid 2 Fonte: desenvolvido pela autora. Figura 62 - Grid 2 Fonte: desenvolvido pela autora. Figura 63 - Grid 2 Fonte: desenvolvido pela autora.

99 Estudos de Tipografia Para o desenvolvimento do livro impresso foi idealizada a utilização tipografias distintas para títulos e textos, uma tipografia manuscrita e uma tipografia neutra, respectivamente. Portanto, foram realizados dois estudos de tipografia, apresentados a seguir. Tipografia para Textos Para a definição da tipografia textual foram analisadas quatro tipografias, sendo uma delas serifada e três sans-serif, levando em consideração algumas questões importantes, como: altura de X, contraste de traços, altura das ascendentes e da linha versal. Minion Esta tipografia apresenta uma boa legibilidade do caractere devido ao bom contraste de traços da letra, que pode ser facilmente visualizado na figura 64, que apresenta o eixo de contraste diagonal. Possui, também, uma boa altura de X que melhora a leiturabilidade do texto contínuo, além de terminais e orelhas arredondadas, proporcionando maior suavização e elegância à tipografia. Figura 64 - Altura de X Minion Pro Fonte: desenvolvido pela autora. Myriad Pro Duas variações da família tipográfica foram estudadas, a versão Light (Figura 65) e a versão Regular (Figura 66). Ambas demonstram não haver eixo de contraste,

100 99 pois não possuem variações nos seus traços. Possuem uma boa altura de X porém mais baixa que a Minion e uma alta legibilidade em blocos de texto. Figura 65 - Altura de X Myriad Pro Light Fonte: desenvolvido pela autora. Figura 66 - Altura de X Myriad Pro Regular Fonte: desenvolvido pela autora. Museo Sans Como o próprio nome diz, é uma variação sem serifa da família tipográfica Museo (Figura 67). Possui a haste mais larga que as tipografias apresentadas anteriormente e sem variação entre os traços, portanto, também não possui eixo de contraste. Pelo estudo do caractere O pode-se perceber um arredondamento excessivo da tipografia, o que afeta a leitura de um texto longo, tornando-o cansativo e muito espaçoso. Figura 67 - Altura de X Museo Sans 500 Fonte: desenvolvido pela autora.

101 100 Em virtude dos estudos realizados, é possível, portanto, definir com certeza que a tipografia Minion Pro é a mais adequada para o caso deste projeto, possibilitando, através dos contrastes e da altura de x, maior legibilidade a grandes blocos de texto. Tipografia para Títulos No estudo de tipografias para títulos foram levados em consideração fatores diferenciados do anterior. Foram analisadas, ao invés, questões estéticas e visuais da página a partir de três tipografias distintas, apresentadas a seguir. Argenta Desenhada pelos designers Angel Koziupa e Alejandro Paul, publicada pela Sudtipos em É uma tipografia manuscrita com espírito casual, mas com detalhes tipográficos muito específicos e característicos (Figura 68). Figura 68 - Tipografia Argenta Fonte: Sudtipos (2007). A diferença de estilo entre as tipografias Argenta e Minion Pro, cria um contraste entre o casual/divertido e o neutro/sério, como mostra a figura 69. Porém a utilização da mesma tipografia para as duas versões do título (português e inglês) polui a página e dificulta a leitura da versão estrangeira.

102 101 Figura 69 - Estudo de Título Argenta Fonte: desenvolvido pela autora. Brisa Desenvolvida pelos designers Alejandro Paul e Angel Koziupa, publicada pela Sudtipos em É, também, uma tipografia manuscrita, porém mais solta e fluída que a anterior, passando uma ideia de leveza, como mostra a figura 70. Figura 70 - Tipografia Brisa Fonte: Sudtipos (2004). Apesar da fluidez da tipografia e de sua bela aparência, percebe-se como problema principal o exagerado espaço ocupado por ela na página, poluindo um pouco o visual do layout e da mancha gráfica (Figura 71).

103 102 Figura 71 - Estudo de Título Brisa Fonte: desenvolvido pela autora. Romy Tipografia desenvolvida, também, pelos designers Angel Koziupa e Alejandro Paul, publicada pela Sudtipos em Outra tipografia manuscrita com espirito casual, bem-humorado, simpático e animado, que remete um pouco ao graffiti (Figura 72). Figura 72 - Tipografia Romy Fonte: Sudtipos A tipografia se encaixou melhor ao layout do que a anterior, entretanto, seu espirito bem-humorado parece dar um toque muito infantil ao projeto, o que não segue a proposta do livro comemorativo (Figura 73).

104 103 Figura 73 - Estudo de Título Romy Fonte: desenvolvido pela autora. A tipografia escolhida para texto é, portanto, Argenta (Figura 68), que possibilita ao projeto um título diferenciado e mais pessoal, uma vez que remete à escrita a mão. Além do kerning mais justo possibilitando títulos mais longos em menos espaço. No entanto, ainda é preciso redefinir a forma de representar o título estrangeiro e de diferenciá-lo da versão nacional. Além, então, da diferença de cores, será utilizado como recurso, uma variação tipográfica. Para isso, será utilizada uma terceira tipografia, utilizada somente para títulos em inglês. Neste caso o ideal é utilizar uma tipografia neutra e sem serifa, para não confrontar com as demais tipografias. Portanto, para os títulos em inglês foi definida, a partir de testes do layout, a tipografia Myriad Pro Condensada, como mostra a figura 74.

105 104 Figura 74 - Myriad Pro Condensed para Títulos em Inglês Fonte: desenvolvido pela autora Estudos do Nome do Livro Para o nome do livro foi idealizado mais do que apenas o nome do projeto, a ideia era ter um nome que atraísse a atenção e atiçasse a curiosidade do leitor. Para isso foram testados alguns nomes pensados a partir das leituras do livro Assim nasceu o Projeto Tamar e do site do projeto. Projeto TAMAR: mais de 15 milhões de histórias 35 anos - Projeto TAMAR Nossos sonhos não envelhecem: 35 anos de Tamar. Além do Horizonte Projeto Tamar 35 anos Estudos de Fac-símiles Fotografias Apresentar fotografias antigas das expedições e dos pesquisadores (Figura75), além de fotografias das espécies de tartarugas e das Bases de Pesquisa.

106 105 Figura 75 Exemplo de Fac-símiles de Fotografia Fonte: Fundação Pró-Tamar. Mapas Para o mapa que apresenta a rota das tartarugas pelo Planeta, foram desenvolvidas duas alternativas. A primeira é apresentada na figura 76, com a página da esquerda abrindo em uma dobra francesa, revelando o mapa mundi. Nesta versão, as rotas de cada espécie de tartaruga estariam divididas em páginas separadas de papel vegetal, que com as suas sobreposições torna-se possível visualizar todas as cinco espécies presentes no litoral brasileiro. Já a segunda alternativa é externa à impressão do livro, trata-se do mapa mundi representado em dobra sanfona e armazenado em um envelope fixado ao livro, dando a ideia de mapa antigo, como o mapa do maroto presente no livro do Harry Potter, analisado anteriormente (Figura 77).

107 106 Figura 76 - Exemplo Mapa Mundi Dobra Francesa Fonte: desenvolvido pela autora. Figura 77 - Exemplo Mapa Mundi Dobra Sanfona Fonte: desenvolvido pela autora. Tratados Convenção Interamericana para a Proteção e a Conservação das Tartarugas Marinhas Estudo de Distribuição dos Capítulos O livro publicado pela Fundação Pró-Tamar em 2001, conta apenas com a história do Projeto desde 1979 até Portanto, a divisão de capítulos é baseada apenas nesse assunto, sendo dividido em: Introdução Parte 1 A Universidade e as Primeiras Expedições Parte 2 De Rio Grande a Brasília 33 Disponível em: < Acesso em 23 de Outubro de 2013 às 00h58min.

108 107 Parte 3 O Levantamento das Praias de Desova Parte 4 Pirambu/Santa Isabel, a primeira Base Parte 5 Regência/Comboios, o farol do Rio Doce Parte 6 Praia do Forte, o pólo do ecoturismo Parte 7 O Tamar Hoje Parte 8 Os Patrocinadores Para o projeto editorial estudado foi pensado, como já dito anteriormente, para informar não somente sobre o Projeto Tamar, mas também as tartarugas marinhas envolvidas por este. Por conseguinte, a divisão de capítulos deverá ser um pouco diferente, de forma a ser apresentada a seguir: Introdução Parte 1 Assim Nasceu o Tamar o Primeiros Anos do Tamar o 10 anos do Tamar o 20 anos do Tamar o 30 anos do Tamar o 35 anos do Tamar o Parte 2 O Tamar e as Comunidades o Pesquisa e Conservação o Inclusão Social o Educação Ambiental Parte 3 As Bases o Pirambu/Santa Isabel o Regência/Comboios o Praia do Forte o Demais Bases Parte 4 Tartarugas Marinhas

109 108 o Origem dos Quelônios o Tartaruga Oliva o Tartaruga de Pente o Tartaruga Cabeçuda o Tartaruga Verde o Tartaruga de Couro Parte 5 Parceiros, Patrocinadores e Aliados 6.4 CONFIGURAÇÃO DO PROJETO MODELAÇÃO INTERMEDIÁRIA Com os estudos apresentados anteriormente foi possível começar a definir diversas características para o livro, e com isso foi possível entrar em contato antecipado com a gráfica. Porém, após esse contato ficou claro que deveriam ocorrer algumas mudanças no projeto. Segundo a gráfica D21, o tamanho de folha é 44,5cm x 30,5cm. Em decorrência disto, as dimensões do livro deverão ser ajustadas para que se possa desenvolver as páginas com dobra francesa. Sendo as dimensões do livro 24cm (de largura) x 29cm (de altura), com a dobra francesa a largura da página passaria a ser 48cm, e assim, não caberia nos 44,5cm impostos pela gráfica. Portanto, as dimensões do livro foram ajustadas para os seguintes valores (Figura 78), 21,614cm (de largura) x 27,941cm (de altura), já com os ajustes necessários para o grid tipográfico de 15pt de entrelinha. Figura 78 - Dimensões da Página Fonte: desenvolvido pela autora.

110 Grid O novo grid desenvolvido então, conta com margens superiores mais largas (seis vezes 15pt, valor do módulo mínimo) para a utilização de um título corrente de páginas. Já as margens internas, externas e inferiores são de quatro vezes o módulo mínimo. Este grid também foi dividido em duas colunas iguais com medianiz de 15pt, com relação direta à entrelinha (Figura 79). Figura 79 - Grid Fonte: desenvolvido pela autora. A figura 80 apresenta uma proposta de página para abertura de capítulos, representada por uma fotografia que represente o capítulo em questão, com título português em Argenta e título inglês em Myriad Pro Condensed para diferenciação, além da variação da cor. Figura 80 - Página de Abertura de Capítulo Fonte: desenvolvido pela autora. Fotografia: Fundação Pró-Tamar.

111 110 A figura 81 segue a ordem da anterior, apresentando a primeira parte do capítulo ou subcapítulo, mantendo um padrão para todos os seguintes. A página mostra uma imagem à página da esquerda, título PT e ING mais ao centro da página do que ao topo, e duas colunas de texto, sendo a primeira com 100% de preto para o idioma português e a segunda com 70% de preto para o idioma inglês. Figura 81 - Página de abertura de partes do Capítulo Fonte: desenvolvido pela autora. Fotografia: Fundação Pró-Tamar. A página seguinte (Figura 82) apresenta a continuação da parte ou subcapítulo com o mesmo padrão de texto, e com imagens alinhadas rigorosamente ao grid. Pode-se perceber também, a presença de legendas com títulos que seguem o mesmo estilo dos títulos de capítulo, bem como o título corrente ao topo da página, mantendo sempre um mesmo padrão. Todas as páginas apresentadas em seguida apresentam basicamente o mesmo grid, mudando apenas a variação do conteúdo na página, gerando, assim, diferenciações de layout. Sendo apresentadas para que seja possível visualizar uma prévia do produto final (Figuras 83 a 94).

112 111 Figura 82 - Página de texto e imagem Fonte: desenvolvido pela autora. Fotografia: Fundação Pró-Tamar. Figura 83 - Página de texto e imagem Fonte: desenvolvido pela autora. Fotografia: Fundação Pró-Tamar. Figura 84 - Página de texto e imagem Fonte: desenvolvido pela autora. Fotografia: Fundação Pró-Tamar.

113 112 Figura 85 - Página de texto e imagem Fonte: desenvolvido pela autora. Fotografia: Fundação Pró-Tamar. Figura 86 - Página de imagem Fonte: desenvolvido pela autora. Fotografia: Fundação Pró-Tamar. Figura 87 - Página de texto e imagem Fonte: desenvolvido pela autora. Fotografia: Fundação Pró-Tamar.

114 113 Figura 88 - Página de texto e imagem Fonte: desenvolvido pela autora. Fotografia: Fundação Pró-Tamar. Figura 89 - Abertura de Capítulo Fonte: desenvolvido pela autora. Fotografia: Fundação Pró-Tamar. Figura 90 - Página de abertura das partes do Capítulo Fonte: desenvolvido pela autora. Fotografia: Fundação Pró-Tamar.

115 114 Figura 91 - Página de texto e imagem Fonte: desenvolvido pela autora. Fotografia: Fundação Pró-Tamar. Figura 92 - Página de abertura de capítulo Fonte: desenvolvido pela autora. Fotografia: Fundação Pró-Tamar. Figura 93 - Página de abertura das partes de capítulo Fonte: desenvolvido pela autora. Fotografia: Fundação Pró-Tamar.

116 115 Figura 94 - Página texto e imagem Fonte: desenvolvido pela autora. Fotografia: Fundação Pró-Tamar. Figura 95 - Página dobra francesa Fonte: desenvolvido pela autora. Fotografia: Fundação Pró-Tamar. 6.5 CONFIGURAÇÃO DO PROJETO MODELAÇÃO FINAL A partir dos estudos e testes realizados anteriormente, chegou-se a uma modelação final baseada em um grid tipográfico com módulos de 15pt iguais ao entrelinha, margens maiores resultando em um maior respiro de página e um título corrente menos conflitante. As dimensões do livro ficaram com 216,958 mm de largura x 280,458 mm de altura, como mostra a figura 96, que continua respeitando as dimensões necessárias para comportar a dobra francesa em uma folha A3.

117 116 Figura 96 Dimensões de página Fonte: desenvolvido pela autora Selo Devido a necessidade de uma identificação visual para o livro e para os 35 anos, foi decidido que seria necessário produzir um selo ou algum tipo de identidade visual diferenciada e exclusiva para o projeto em questão. A identidade visual já existente (Figura 97) não possuía coerência formal com o restante do projeto, além da necessidade existente de ter de mudá-la para 35 anos. Portanto, foi desenvolvido um selo mais atual e divertido, que transmite o conceito idealizado para o projeto do livro comemorativo do Tamar. O selo conta com 4 quadrados com cantos arredondados em verde e azul, o nome Projeto Tamar escrita na tipografia Minion tipografia esta, utilizada em todo o projeto, a identificação dos 35 anos e uma ilustração de um filhote de tartaruga marinha (Figura 98). Este selo está presente na luva, na capa, nas folhas de rosto e falso rosto e em alguns dos fac-símiles (Figuras 97, 98, 99 e 101).

118 117 Figura 97 Identidade Visual Projeto Tamar Fonte: Projeto Tamar Figura 98 - Selo Promocional Projeto Tamar 35 anos Fonte: desenvolvido pela autora Grid O grid final conta com as mesmas margens superiores (seis vezes 15pt, valor do módulo mínimo) para a utilização de um título corrente de páginas e as margens internas, externas e inferiores são de quatro vezes o módulo mínimo. Durante a geração de alternativas percebeu-se a necessidade de diferentes grids para adequação do conteúdo, portanto, existem três diferentes grids. Um com uma coluna de texto, utilizado nas páginas de mensagem do Coordenador do Tamar, de introdução, agradecimentos e etc. Um com duas colunas de texto português e inglês para

119 118 páginas de abertura de capítulos, e um grid com três colunas, sendo duas de texto e uma de apoio, para as páginas de conteúdo dos capítulos. Serão apresentadas a seguir, por ordem estrutural do livro, as páginas e os grids exemplificados a cima. Figura 99 Luva ou estojo Fonte: desenvolvido pela autora. Na figura 97 podem-se perceber os elementos que constituem a luva, que constam, além do selo, um texto de apresentação bilíngue e o código de barra. O próprio selo remete ao título do livro: Projeto Tamar 35 anos. A ideia é utilizar, desta maneira, uma luva mais corporativa e ao mesmo tempo promocional, promovendo os 35 anos e o sucesso do Projeto.

120 119 Figura Capa Fonte: desenvolvido pela autora. A figura 98 representa a capa planificada apresentando, simplesmente, o selo comemorativo e a lombada no mesmo azul da luva, única parte visível após a colocação da luva. Figura 101 Folha de rosto Fonte: desenvolvido pela autora. A figura 99 apresenta a página de falso rosto, com apenas o selo.

121 120 Figura 102 Painel de imagens Fonte: desenvolvido pela autora. Figura 103 Falso rosto Fonte: desenvolvido pela autora.

122 121 Figura 104 Ficha técnica e página de apresentação Fonte: desenvolvido pela autora. A figura 102 apresenta a ficha técnica do livro na página branca, e uma mensagem do Coordenador Nacional do Projeto Tamar, escrita em português. Enquanto a figura 103 apresenta a mesma mensagem em inglês. Figura 105 Página de apresentação Fonte: desenvolvido pela autora.

123 122 Figura 106 Epígrafe e dedicatória Fonte: desenvolvido pela autora. Figura Introdução Fonte: desenvolvido pela autora.

124 123 Figura 108 Sumário Fonte: desenvolvido pela autora. Na figura 106 é apresentado o sumário com uma foto de fundo e o texto em branco. Para a numeração das páginas utilizou-se a tipografia Argenta, enquanto as demais são Myriad Pro. Figura 109 Abertura de partes Fonte: desenvolvido pela autora. A figura 107 exemplifica como são as páginas de abertura de partes, que consistem em alguma imagem representativa do assunto. As imagens foram convertidas para

125 124 escala de cinza e manipuladas de forma a assumir a coloração utiliza para o azul característico das páginas do livro. Figura 110 Abertura de capítulo Fonte: desenvolvido pela autora. A figura 108, em compensação, apresenta as páginas de abertura de capítulo. O livro é dividido em partes e estas em capítulos. Começando pelas partes: Assim nasceu o Tamar que conta a história do Projeto através de capítulos divididos em décadas; O Tamar e as comunidades que conta o trabalho de inclusão social e de educação ambiental das comunidades locais; As bases que apresentam três das principais e mais importantes bases desenvolvidas pelo Tamar; As tartarugas marinhas dividido em capítulos de cada uma das cinco espécies; e Patrocinadores e apoiadores que apresenta os principais apoiadores das tartarugas marinhas. Esta figura apresenta o primeiro grid desenvolvido para as páginas do conteúdo, que apresenta, sempre nas páginas de abertura de capítulo, uma página de imagem sangrada e uma página de texto, com duas colunas português e inglês os títulos e a legenda acima na página.

126 125 Figura 111 Página texto e imagem Fonte: desenvolvido pela autora. A figura 109 apresenta as páginas de imagem e legenda e imagem, texto e legenda. Aqui se percebe o segundo grid das páginas de conteúdo. Este é apresentado em três colunas, sendo duas para textos e referências de imagem e a outra de apoio para as legendas e olhos presentes durante o livro. Figura Página de imagem sangrada com legenda Fonte: desenvolvido pela autora.

127 126 Figura Página de preâmbulo Fonte: desenvolvido pela autora. A figura 111 apresenta as páginas do preâmbulo um discurso apresentado em conjunto com o conteúdo, mas que são diferenciadas na apresentação das páginas. Nestes casos, o fundo assume a cor do azul Tamar, mas com apenas 30% da cor, ainda com a coluna de apoio, apresenta-se uma exemplificação do olho. Figura 114 Página de imagem totalmente sangrada Fonte: desenvolvido pela autora.

128 127 Figura 115 Página de texto e imagem Fonte: desenvolvido pela autora. Figura 116 Imagem com mapa da base da Praia do Forte Fonte: desenvolvido pela autora.

129 128 Figura 117 Página de agradecimentos Fonte: desenvolvido pela autora. Figura Colofão Fonte: desenvolvido pela autora.

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