PROGRAMA LUGARES DA MEMÓRIA

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1 Memorial da Resistência de São Paulo PROGRAMA LUGARES DA MEMÓRIA Fazenda 31 de Março Endereço: Região de Parelheiros, Extremo sul de São Paulo, SP. Classificação: Centro Clandestino. Identificação numérica: A Fazenda 31 de Março, assim denominada em homenagem à data do golpe militar, foi cedida por seu proprietário, o empresário Joaquim Rodrigues Fagundes, para os agentes da repressão militar. Disfarçada de centro de exercícios do Exército, suas instalações foram usadas como centro clandestino de tortura e assassinato de militantes políticos de organizações contrárias ao regime militar. Apesar de não ter as configurações convencionais de uma fazenda, com vários imóveis e espaços de criadouro de animais, é assim conhecida por placas fixadas no trajeto até sua entrada. De acordo os repórteres do jornal Em Tempo, as placas anunciam o nome Fazenda 31 de Março e logo abaixo: Proprietário: pacificador Fagundes 1. A Fazenda foi utilizada por grupos de militares interessados em promover investigações extraoficiais; os agentes envolvidos eram recompensados pelas prisões de líderes de organizações clandestinas de esquerda e pelas novas informações obtidas nas sessões de tortura; sem qualquer direito de defesa presos políticos foram transformados em sinistros troféus, pois essa caçada era incentivada por uma disputa por prêmios e por prestígio entre os próprios militares. Esses interrogatórios ilegais, em geral, tinham início no sequestro dos militantes e fim na ocultação dos cadáveres dilacerados pelas torturas, por isso a ação desses grupos se relaciona a um aumento no número de desaparecidos políticos 2. 1 BRASIL. Presidência da República. Secretaria de Direitos Humanos. Habeas corpus: que se apresente o corpo. Secretaria de Direitos Humanos. Brasília: Secretaria de Direitos Humanos, p ESTADO DE SÃO PAULO. Relatório Onde estão? Relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara Municipal de São Paulo: São Paulo,

2 Os militantes sequestrados ou detidos poderiam ser levados para sedes de órgãos oficiais (como as sedes das polícias políticas, presídios, quartéis do Exército, hospitais psiquiátricos) ou locais clandestinos. Poderiam ser trasladados entre esses locais sem que qualquer informação fosse divulgada; eram sempre mantidos incomunicáveis de forma que ficassem ainda mais vulneráveis aos interrogatórios. Órgãos oficiais como o Instituto Médico Legal e o Serviço Funerário Municipal se articularam com centros oficiais e clandestinos de tortura para que as ações repressivas ilegais fossem encobertas; documentos que atestavam prisões, fugas, óbitos e sepultamentos eram emitidos com informações falsas com o objetivo de dificultar o acesso da família na busca por informações sobre o paradeiro dos militantes presos. Ou seja, o braço clandestino da repressão estava articulado aos órgãos oficiais do Estado, era instrumentalizado por espaços clandestinos e operado por grupos militares de extrema direita. COLABORAÇÃO DE CIVIS COM A DITADURA O termo ditadura militar vem sendo há muitos anos criticado por estudiosos do tema. A colaboração de civis com a ditadura marcou o período de 1964 a 1985, no qual empresários prestaram significativas contribuições financeiras aos órgãos da repressão. Há vários casos que comprovam essa colaboração. Entre os mais destacados está o do presidente do grupo Ultragás, Henning Albert Boilesen, que apoiou ativamente a Operação Bandeirantes. O caso é retratado no documentário de Chaim Lietwski, Cidadão Boilesen, vencedor do festival É Tudo Verdade em Outro caso público de colaboração com a ditadura é o do empresário Joaquim Rodrigues Fagundes, dono da empresa Transportes Rimet Ltda, que se localizava no bairro da Mooca (São Paulo, SP). A única cliente da Transportes Rimet era a empresa estatal de Telecomunicações de São Paulo - Telesp 3. Segundo o caseiro Alcides de Souza, que trabalhou na Rimet, a única cliente da empresa era a estatal Telecomunicações de São Paulo (Telesp), na época controlada pelos militares. O serviço prestado seria o de transporte de fiações telefônicas. Ou seja: a empresa era sustentada pelos pagamentos da estatal, enquanto seu dono colaborava proximamente com a repressão 4. 3 Matéria Empresários bem sucedidos ajudavam a financiar a ditadura militar publicada pelo Portal R7 em 17 de agosto de BRASIL. Presidência da República. Secretaria de Direitos Humanos. Habeas corpus: que se apresente o corpo. Secretaria de Direitos Humanos. Brasília: Secretaria de Direitos Humanos, p

3 Fagundes recebia do Estado, mas repassava uma contribuição financeira e ainda disponibilizava a sede da Fazenda 31 de março para que os agentes da repressão pudessem usar como centro clandestino de detenção, tortura e assassinato. Há registros de que o local, quando não estava sendo usado para repressão de civis, era utilizado para churrascos promovidos pelo Coronel Fagundes ou pelo Delegado Sérgio Fleury para amigos civis e militares. Fotografias guardadas pelo ex-caseiro da Fazenda, Alcides de Souza, mostram o contato de Fagundes com Sérgio Paranhos Fleury (delegado do Deops/SP) e com os coronéis Carlos Alberto Brilhante Ustra (comandante do DOI-Codi/SP entre 1970 e 1974) e Antônio Erasmo Dias (secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo entre 1974 e 1978). Imagem 01: Fagundes (de pé) com seu sócio, o advogado Barbizan (primeiro à esquerda) e os amigos investigadores do DOI-Codi. Foto: Autor desconhecido. Fonte: Livro Habeas Corpus. 3

4 Imagem 02: Fagundes à esquerda com sua mulher, ao lado, o oficial do Exército e comandante da Oban, Carlos Alberto Brilhante Ustra, e sua mulher. Foto: Autor desconhecido. Fonte: Livro Habeas Corpus. Imagem 03: O médico legista Harry Shibata, o segundo da direita para a esquerda. O coronel Fagundes aparece à sua esquerda. Ao fundo, à esquerda, o delegado Romeu Tuma, entre outros policiais durante uma solenidade. Foto: Autor desconhecido. Fonte: Livro Habeas Corpus. 4

5 Por sua contribuição no combate ao dito terrorismo, o empresário recebeu títulos militares. O primeiro deles foi a Medalha do Pacificador, em 1977, a partir da qual passou a ser chamado de Coronel Fagundes. O segundo foi a Comenda da Ordem do Mérito Militar, recebida no ano de 1984 por serviços prestados ao Exército, tornando-se oficialmente comendador - título inscrito em sua lápide em fevereiro de A FAZENDA 31 DE MARÇO A fazenda é afastada da capital paulista, pode-se sugerir se tratar de uma zona rural. Possui uma construção de tijolos e outra de madeira; no centro uma clareira de cerca de 200 metros; e ainda nas proximidades: um açude e um vertedouro d água. O acesso à propriedade é restrito e a trilha para o lugar tem aproximadamente sete quilômetros. A Comissão Nacional da Verdade (CNV) afirma que a Fazenda 31 de março funcionou como Centro Clandestino de Detenção entre os anos 1970 a A partir de pesquisas desta comissão, foi possível identificar algumas vítimas da Fazenda 31 de março, entre eles: Joaquim Câmara Ferreira Toledo (pertencente à Ação Libertadora Nacional - ALN, morto em 23 de outubro de 1970), Antônio Carlos Bicalho Lana (pertencente à Ação Libertadora Nacional - ALN, morto em 30 de novembro de 1973), Sônia Maria de Moraes Angel Jones (pertencente à Ação Libertadora Nacional - ALN, morta em 30 de novembro de 1973) e Antônio Benetazzo (preso em 28 de outubro de 1972, morto no mesmo ano). Tem um depoimento de um jornalista do Estadão que ouviu de um dos torturadores dizendo assim, que o Bruno, que era o Antônio Carlos Bicalho Lana e a Sônia foram levados pra lá. A morte já tinha sido anunciada, foram levados pra lá, e foram torturados. Treinaram tiro com o Bruno 5. Por sua característica de clandestinidade, na Fazenda os agentes da repressão tinham total liberdade quanto aos métodos utilizados para obter informações, ou mesmo para exercer seus sadismos, com no caso do militante morto Antônio Carlos Bicalho. Alguns poucos militantes que foram enviados à Fazenda 31 de março sobreviveram. O relato de um deles comprova os requintes de crueldade dos militares nas seções de tortura. 5 SEIXAS, Ivan Akselrud de. Entrevista sobre a Fazenda 31 de Março no contexto da ditadura civil-militar. Memorial da Resistência de São Paulo, entrevista concedida a Karina Alves, Ana Paula Brito em 19/11/

6 [...] chegamos de olhos vendados, a iluminação era de velas, pois não havia luz elétrica. O sítio aparentemente tinha dois quartos, uma sala/cozinha e um banheiro. Os choques elétricos aplicados no paude-arara eram gerados num aparelho, acionado por manivela manual. Já estava lá sendo torturado Viriato, recém chegado de Cuba. [...] Tudo que se passava num dos cômodos, mesmo com porta fechada, se ouvia nas demais. [...] Quando fui pendurado, o interrogador era o próprio Fleury. [...] Em meio da minha tortura no pau-de-arara, já de noite, que vinha durando algum tempo, houve uma agitação coletiva, colocaram uma espécie de apoio nos meus quadris, de forma que fiquei só parcialmente pendurado e a maioria dos policiais deixou às pressas o sítio, deixando apenas dois ou três para trás. Não sei quanto tempo isso durou (no mínimo 2 horas) mas, a um certo momento, fui tirado com as pernas totalmente inermes do pau-de-arara, só podendo andar amparado fiquei sentado na sala com uma venda nos olhos, mas que deixava uma fresta na parte de baixo. Logo depois, ouvi uma pessoa chegando, arfando desesperadamente, com falta de ar, com sintomas muito parecidos com ataque cardíaco (que eu conhecia, pois eram semelhantes daquele do meu pai, por ocasião de sua morte). Esta pessoa foi levada para o quarto que tinha a cama e não o pau-de-arara. Fiquei sabendo que era Toledo pelos comentários que vinham sendo feitos pelos policiais. Havia muita agitação entre eles e o Toledo não parava de arfar. A um certo momento, vi pela fresta inferior da venda dos olhos, passarem duas pernas vestidas de branco, calçadas com sapatos brancos. Não havia dúvidas que era um médico. Logo depois, Toledo parava de arfar. Muito rapidamente o acampamento foi levantado e fomos levados de olhos vendados para o DOPS e, a seguir, para a OBAN. [...] Ouvi diversas manifestações de irritação do pessoal da OBAN com o pessoal do Fleury devido à morte de Toledo sem que eles pudessem tê-lo interrogado também [...]. Soube depois, também, que Maria, Viriato e eu termos sobrevivido ao sítio se deveu, em boa parte, à morte prematura de Toledo 6. O relato acima é de Mauricio Klabin Segall, prestado à Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos. Além de Mauricio, se tem conhecimento de mais três sobreviventes: Maria de Lourdes Rego Melo (pertencente à ALN e presa em 23 de outubro de 1970), Viriato Xavier de Mello Filho e Afonso Celso Nogueira. Em carta escrita à Ordem dos Advogados do Brasil depois de liberto, o advogado Afonso Celso Nogueira também relatou que: 6 Comissão de Familiares e Desaparecidos Políticos. Instituto Estudos sobre a violência do Estado. Dossiê ditadura: mortos e desaparecidos políticos no Brasil ( ). São Paulo: Imprensa Oficial, 2009, p

7 Chegando ao sítio, foi retirado do carro, e conduzido por um gramado até uma calçada de cimento. Dali desceu quatro lances de escada até um lugar chamado de buraco. Realmente me dava a impressão de ser um local subterrâneo, porque não havia parede propriamente; era uma coisa úmida, quando eu punha a mão caía pedaços de terra, não sei. (...) E o chão era lodoso; tinha cimento, mas havia lodo, relatou. Nu, como permaneceria todo o tempo, foi colocado no paude-arara, sofreu com choques elétricos e pancadas. Para ser interrogado, era levado para outra sala esta com piso de taco e depois devolvido ao buraco. Depois de algum tempo, a tortura passou a valer-se das condições do local. [...] me puseram no que eles chamavam de piscina, que era uma espécie de poço, de fundo cimentado, mas cheio de lodo, eu pisava no lodo, e aí eles brincavam de afogamento, me sufocavam, me afogavam. Mais tarde, foi pendurado em uma árvore pelos pés, recebendo socos, choques elétricos e banho de um líquido que provocava intensa ardência e calor. Finalmente disseram que teriam que me tirar de onde eu estava porque a minha detenção e o meu sequestro já tinham sido denunciados na Câmara Federal, na Assembleia do Rio de Janeiro 7. A primeira denúncia pública sobre esse centro clandestino foi feita por Antônio Carlos Fon em reportagem para a Revista Veja em fevereiro de Na matéria intitulada Descendo aos porões, o jornalista fala sobre os órgãos de segurança do Estado, seus crimes e métodos, apresentando ainda relatos de perseguidos políticos e de agentes da repressão. A princípio utilizado pelo delegado Sérgio Fleury, que o reservava a prisioneiros cujas informações pretendia sonegar aos militares do CODI-DOI, o sítio passou mais tarde ao controle de grupos paramilitares de extrema direita. E, de todos os prisioneiros que por ali passaram, só se tem notícia de seis que continuam vivos. Um deles é o advogado Afonso Celso Nogueira Monteiro, sequestrado na manhã de 1º de outubro de 1975, na avenida Brigadeiro Luís Antônio, em São Paulo, por homens armados que o acusaram de pertencer ao PCB. No sítio, Monteiro foi recepcionado por um integrante do Braço Clandestino da Repressão, que lhe deu um claro aviso: Você está em poder do Braço Clandestino da Repressão. Aqui não há valentes nem covardes, e daqui ninguém sai com vida 8. 7 BRASIL. Presidência da República. Secretaria de Direitos Humanos. Habeas corpus: que se apresente o corpo. Secretaria de Direitos Humanos. Brasília: Secretaria de Direitos Humanos, p FON, Antônio Carlos. Descendo aos porões. Revista Veja, 21 de fevereiro de 1979, p.63. 7

8 Mas a suspeita de que a fazenda havia sido utilizada por militares foi comprovada quando objetos pertencentes às Forças Armadas foram encontrados no local em escavações realizadas por membros da Comissão Parlamentar de Inquérito da Vala de Perus, em Imagem 04: Visita técnica dos integrantes da CPI de Perus na Fazenda 31 de março. Foto: Autor desconhecido. Fonte: Relatório CPI Perus, O relatório da CPI, que investigou a origem e a responsabilidade pelas ossadas encontradas no Cemitério Dom Bosco (Perus), estendeu sua atuação/investigação a outros possíveis lugares de ocultação de cadáveres de mortos e desaparecidos políticos. A CPI concluiu que, num primeiro momento, a Fazenda 31 de março foi utilizada para atividades militares vinculadas a treinamentos antiguerrilha e que depois foi transformada num braço clandestino da repressão 9 durante a década de Sobre o trabalho da CPI, Ivan Seixas, um dos integrantes da Comissão, afirmou que: Nessa visita oficial assim, a gente viu que era ali, pela descrição e também tinha com a gente o filho de um torturador, que trabalhava com a gente na Prefeitura, e ele se dispôs a ir. Ele falou assim: Eu fui lá muitas vezes, porque eles faziam churrascos. Eu falei assim: Você ia lá pra churrascos?. Ele falou: É, meu pai era amigo do Fleury [...]. Aí andamos tudo aquilo lá que tinha que ver. Entramos na... Tinha uma casinha pequena, feita de tijolo só. E a gente 9 Em depoimento, Affonso Celso Nogueira Monteiro conta que quando chegou à Fazenda 31 de março recebeu o aviso: Você está em poder do Braço Clandestino da Repressão. 8

9 encontra um coturno do Exército com uma flor. Então assim, dando as boas vindas pra gente. [...] Nessa visita oficial a gente mexeu em tudo. Tinha um forno lá, aqueles fornos de barro né, que era feito de alçapão, ou alguma coisa assim. E nesse casebre tinha essa história né, tinha um coturno com uma rosa esperando por a gente lá 10. Na entrevista para o Memorial da Resistência, Ivan Seixas afirma que a área da Fazenda foi utilizada para treinamento do Exército, e que na visita técnica que realizou foram identificados elementos que atestam a utilização de treinamento militar. A IMPORTÂNCIA DA MEMÓRIA Considerando a intensa vigilância e repressão militar, poucos registros materiais foram preservados sobre as arbitrariedades do Estado durante o período ditatorial. E nesse contexto, são escassas as fontes que tratam sobre a utilização da fazenda do senhor Joaquim Rodrigues Fagundes como centro clandestino de detenção e tortura. A característica de ser um local utilizado de modo não oficial pelos militares corrobora para essa ausência de fontes sobre o tema. Como a Fazenda 31 de março, outros lugares e fatos possuem poucas informações sobre o ocorrido durante a ditadura. De modo que os relatos orais de pessoas que viveram à época, ou mesmo que foram reprimidas pelo regime militar, são de extrema importância para esclarecimentos sobre esse capítulo da história nacional. Os relatos orais, os documentos escritos, as imagens visuais e os objetos museológicos são suportes pelos quais se lê e se pensa uma história, transformando-a em seu significado 11. Observando a afirmação da historiadora Heloísa Cruz de que a história e a memória são, portanto, forças ativas que modelam nosso presente e nossas perspectivas de futuro, percebe-se que o compartilhamento de memórias das histórias sobre o período ditatorial é fundamental 12. Tanto para a efetivação do direito à memória e à verdade, quanto para que outras gerações possam conhecer a história e elaborar seus próprios significados em torno do tema. 10 SEIXAS, Ivan Akselrud de. Entrevista sobre a Fazenda 31 de Março no contexto da ditadura civil-militar. Memorial da Resistência de São Paulo, entrevista concedida a Karina Alves, Ana Paula Brito em 19/11/ LARA, Silvia Hunold. História, Memória e Museu. Revista do Arquivo Municipal, São Paulo, Departamento do Patrimônio Histórico, 1991, p CRUZ, Heloísa e PEIXOTO, Maria do Rosário. Discutindo a memória e ensinando a história: uma experiência de educação continuada na PUC-SP. Revista Projeto História, São Paulo, n.17, nov. de 1998, p

10 No caso da Fazenda em questão, a entrevista do senhor Afonso Celso Nogueira à CPI de Perus foi essencial para que os integrantes da Comissão pudessem comprovar, através dos detalhes que marcaram a passagem do militante preso, que o local foi um centro clandestino de detenção. A descrição que o companheiro do PCB, que tinha passado por lá, que ele dava, era de que tinha um córrego de água que ele ouviu o barulho e foi afogado lá no córrego, e tinha tudo isso. E tinha uma casinha precária, chão de barro, o chão de terra, e era aquilo ali. Era igualzinho como ele tinha descrito 13. Para além de cumprir o papel de desvendar determinados fatos da história nacional, saber da existência de lugares como a Fazenda 31 de março é de extrema relevância para evidências de violações aos direitos humanos cometidos pelo Estado, em colaboração de parcela da população civil. Após a (re) abertura política, a Fazenda foi posta à venda, e ainda hoje pouco se conhece sobre este importante centro clandestino para a repressão militar. ATUALMENTE E/OU ACONTECIMENTOS RECENTES A Comissão Nacional da Verdade elaborou um documento com a identificação de alguns centros clandestinos de detenção no país e, entre os apresentados, está a Fazenda 31 de março. ENTREVISTAS RELACIONADAS AO TEMA O Memorial da Resistência possui um programa especialmente dedicado a registrar, por meio de entrevistas, os testemunhos de ex-presos e perseguidos políticos, familiares de mortos e desaparecidos e de outros cidadãos que trabalharam/frequentaram o antigo Deops/SP. O Programa Coleta Regular de Testemunhos tem a finalidade de formar um acervo cujo objetivo principal é ampliar o conhecimento sobre o Deops/SP e outros lugares de memória do estado de São Paulo, divulgando desta forma o tema da resistência e repressão política no período da ditadura civil-militar. - Produzidas pelo Programa Coleta Regular de Testemunhos do Memorial da Resistência 13 SEIXAS, Ivan Akselrud de. Entrevista sobre a Fazenda 31 de Março no contexto da ditadura civil-militar. Memorial da Resistência de São Paulo, entrevista concedida a Karina Alves, Ana Paula Brito em 19/11/

11 SEIXAS, Ivan Akselrud de. Entrevista sobre a Fazenda 31 de Março no contexto da ditadura civil-militar. Memorial da Resistência de São Paulo, entrevista concedida a Karina Alves, Ana Paula Brito em 19/11/ Outras entrevistas VIANNA. Rodrigo. Sítio era usado para torturar esquerdistas durante a ditadura militar. Série de Reportagens Nos Porões da Tortura. TV Record. 16 de agosto de Disponível em: < esquerdistas-durante-a-ditadura-militar- /idmedia/26579db43dd7ba948a5205d1e078f8b7.html>. Acesso em 03/12/2014. VIANNA, Rodrigo. História do empresário que emprestou o sítio usado pelos militares como centro clandestino de detenção e tortura. Série de Reportagens Nos Porões da Tortura. TV Record. 17 de agosto de Disponível em: < Acesso em 03/12/2014. VIANNA, Rodrigo. Saiba quem eram os amigos poderosos de Fagundes. Série de Reportagens Nos Porões da Tortura. TV Record. 18 de agosto de Disponível em < Acesso em 03/12/2014. REMISSIVAS: Casa da Mooca; Cemitério Dom Bosco - Vala de Perus; Instituto Médico Legal (IML/SP); Departamento de Operações Internas do Centro de Operações para a Defesa Interna (DOI-Codi); Departamento Estadual de Ordem Política e Social de São Paulo (Deops/SP). SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS AQUINO, Rubim Santos Leão de. Um tempo para não esquecer Rio de Janeiro: Editora Achiamé, ARQUIDIOCESE DE SÃO PAULO. Transcrição dos depoimentos contendo denúncias sobre torturas. In: ARQUIDIOCESE DE SÃO PAULO. A tortura, Tomo V, v.1, São Paulo, Cap

12 BRASIL. Comissão de Familiares e Desaparecidos Políticos. Instituto Estudos sobre a violência do Estado. Dossiê ditadura: mortos e desaparecidos políticos no Brasil ( ). São Paulo: Imprensa Oficial, BRASIL. Presidência da República. Habeas corpus: que se apresente o corpo. Brasília: Secretaria de Direitos Humanos, BRASIL. Secretaria Especial de Direitos Humanos. Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos. Direito à Memória e à Verdade. Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos, CRUZ, Heloísa; PEIXOTO, Maria do Rosário. Discutindo a memória e ensinando a história: uma experiência de educação continuada na PUC-SP. Revista Projeto História, São Paulo, n.17, nov. de CRUZ, Heloísa Faria; PEIXOTO, Maria do Rosário; e KHOURY, Yara Aun. Outras histórias: memórias e linguagens. São Paulo: Olho d Água, Introdução. ESTADO DE SÃO PAULO. Relatório Onde estão? Relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara municipal de São Paulo: São Paulo, FON, Antônio Carlos. Descendo aos porões. Revista Veja, 21 de fevereiro de LARA, Silvia Hunold. História, Memória e Museu. Revista do Arquivo Municipal, São Paulo, Departamento do Patrimônio Histórico, VIANA, Natalia. Portal Agência Pública. O sítio da tortura Disponível em < Acesso em 31/05/2017. DADOS DA PRODUÇÃO Produção do Texto: Renata Barbosa; Ano: 2011 Atualização de Conteúdo: Ana Paulo Brito; Ano: 2014 Revisão: Camila Djurovic; Ano: 2017 COMO CITAR ESTE DOCUMENTO: Programa Lugares da Memória. Fazenda 31 de Março de Memorial da Resistência de São Paulo, São Paulo,

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