UNIDADE INTEGRADA SESI SENAI CATALÃO CURSO TÉCNICO EM MINERAÇÃO COMPONENTE: GEOLOGIA GERAL INSTRUTOR: DOUGLAS DE ASSUNÇÃO OLIVEIRA
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- Lavínia Maria das Graças Ferreira Cerveira
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1 UNIDADE INTEGRADA SESI SENAI CATALÃO CURSO TÉCNICO EM MINERAÇÃO COMPONENTE: GEOLOGIA GERAL INSTRUTOR: DOUGLAS DE ASSUNÇÃO OLIVEIRA DANILO LUCIO DA SILVA ROCHAS SEDIMENTARES CATALÃO/GO 2017
2 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO OBJETIVOS Objetivo geral Objetivos específicos INTEMPERISMO INTEMPERISMO FÍSICO E QUÍMICO EROSÃO E TRANSPORTE Erosão antrópica FATORES DE INTERFERENCIA NO INTEMPERISMO PRODUTOS DO INTEMPERISMO: SOLO E DEPOSITOS MINERAIS ROCHAS SEDIMENTARES Processos de formação das rochas sedimentares: soterramento e diogênese Rochas clásticas (detríticas) Rochas carbonáticas (não detríticas) CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS... 15
3 3 1. INTRODUÇÃO Este relatório visa apresentar as definições de intemperismo, bem como suas causas e produtos resultantes desse processo. Formações das rochas sedimentares, utilizando tabelas e imagens que ilustram fielmente o conteúdo apresentado.
4 4 2. OBJETIVOS 2.1 Objetivo geral O relatório busca, de maneira simples e objetiva, definir e apresentar as ações intempéricas, no processo de formação geológica das rochas e do solo. 2.2 Objetivos específicos Definição de intemperismo, índice de interferência humana e natural, sedimentação e formação de novas rochas.
5 5 3. INTEMPERISMO Intemperismo é o conjunto de modificações de ordem física e química, que as rochas sofrem ao aflorar na superfície da Terra. Os produtos do intemperismo rocha alterada e solo, estão sujeitos aos outros processos do ciclo supérgeno erosão, transporte, sedimentação os quais acabam levando à denudação continental, com o consequente aplainamento do relevo. 3.1 INTEMPERISMO FÍSICO E QUÍMICO Intemperismo físico ocorre quando a rocha sólida é fragmentada por processos mecânicos que não mudam sua composição química. Intemperismo químico ocorre quando os minerais de uma rocha são quimicamente alterados ou dissolvidos. Os intemperismos físico e químico reforçam-se mutuamente. A decomposição química deteriora os fragmentos das rochas e torna-os mais suscetíveis ao rompimento. Por sua vez, quanto menores os blocos produzidos pelo intemperismo físico, tanto maior a superfície disponível para ação do intemperismo químico. 3.2 EROSÃO E TRANSPORTE É o conjunto de processos que promovem a retirada e transporte do material produzido pelo intemperismo, ocasionando o desgaste do relevo. Seus principais agentes são a água, o vento e o gelo. O material transportado recebe o nome de sedimento e vai dar origem aos depósitos sedimentares que, através da diagênese, transformam-se em rochas sedimentares. Chama-se diagênese um conjunto de transformações que, em resumo consistem em compactação e A erosão é importante por ser responsável pela perda anual de milhões de toneladas de solo fértil, devido principalmente a práticas equivocadas de ocupação e manejo de solo. Essa perda é praticamente irrecuperável, pois exige muito tempo para ser realizada. A erosão pode ser de vários tipos, conforme o agente que atua Erosão Fluvial É aquela provocada pela água das chuvas. Sua ação é lenta, mas pode ser acelerada quando encontra o solo desprovido de vegetação, como nas áreas desmatadas. A primeira ação da água é através do salpicamento, que é a desagregação dos torrões e agregados do solo pelo impacto dos pingos de chuva. Esse impacto provoca também a
6 6 selagem, uma obstrução dos poros do solo pelo material mais fino, o que resuta numa redução da infiltração e no consequente aumento do fluxo de água superficial. Esse fluxo superficial leva a formação de ravinas. Conforme figura abaixo: Figura 1 - Ravina Fonte: Adaptado de web site, Cultura mix, 23 de março de Outro tipo de erosão pluvial é a remontante, que abrem no solo sulcos que podem atingir grandes dimensões. Esses sulcos recebem o nome de boçorocas (ou voçorocas), e começam a se formar quando o ravinamento atinge o lençol freático. Veja na imagem: Figura 2 - Boçoroca
7 7 Fonte: Adaptado de web site, Biboca ambiental, 23 de março de Erosão Fluvial É aquela causada por rios, perene ou temporária. É semelhante a erosão pluvial, mas em escala maior e em regime permanente ou pelo menos mais prolongado que a erosão pluvial. Como ocorre na figura abaixo: Figura 3 - Erosão fluvial Fonte: Adaptado de web site, Brasil escola, 03 de Abril de Erosão Marinha (abrasão) A água do mar provoca erosão através da ação das ondas, das correntes marítimas, das marés e das correntes de turbidez. Seu trabalho é reforçado pela presença de areia e silte em suspensão. As correntes marinhas transportam grandes volumes de sedimentos de uma área para outra. A cidade de Olinda PE é um local em que a erosão marinha tem agido de modo preocupante, com o mar avançando sobre a cidade, como podemos ver abaixo: A ação das correntes de turbidez não é percebida, porque elas atuam entre a plataforma continental e o talude continental. Como na imagem:
8 8 Figura 4 - Erosão marinha (Olinda-PE) Fonte: Adaptado de web site, G1, 03 de abril de Erosão glacial É a erosão provocada pelas geleiras. A água se acumula nas cavidades das rochas no verão, congela quando chega o inverno, sofrendo dilatação. Isso pressiona as paredes dos poros, rompendo a rocha. A cada ano o processo se repete, desagregando, aos poucos a rocha. Essas massas de gelo deslocam-se muito lentamente, mas tem uma enorme capacidade de transporte, podendo carregar blocos de rocha do tamanho de uma casa. Quando derretem, geram depósitos sedimentares muito heterogêneos, chamados de morenas ou morainas. Figura 5 - Erosão glacial Fonte: Adaptado de web site, Cultura mix, 03 de abril de 2017.
9 Erosão eólica É aquela decorrente da ação do vento. Ocorre em regiões áridas e secas, onde existe areia solta, capaz de ser transportada pelo vento, que a joga contra as rochas, desgastando-as e dando origem, a formas bizarras, como se vê na figura abaixo: Figura 6 - Erosão eólica (Vila Velha - PR) Fonte: Adaptado de web site, Pinterest, 29 de março de Outra feição típica do ambiente desértico são os vetifactos, bloco de rocha de tamanhos variados que aparecem no chão e que exibem faces planas formadas pelo impacto continuo da areia. Os meios de transporte desse tipo de erosão são a suspensão e a saltação, a primeira já definida acima e esta segunda a saltação, provoca o desgaste da parte inferior dos morros Erosão antrópica É a erosão causada pela ação do ser humano. Em geral não tem grande influencia, porque sua ação tem duração muito curta. Mas nossa capacidade de remover grandes massas de terra ou de rocha é cada vez maior, tornando esse tipo de erosão cada vez mais significativa. Deve-se ter em mente que a ação humana, embora de pequena expressão, pode ser o inicio de um grande processo erosivo. Como vemos na figura abaixo:
10 10 Figura 7 - erosão antrópica Fonte: Adaptado de web site, Portfólio Geogra, 29 de março de FATORES DE INTERFERENCIA NO INTEMPERISMO Todas as rochas alteram-se, mas a maneira e a taxa que isso ocorre são variáveis. Os quatro fatores que controlam a desintegração e a decomposição são as propriedades da rocha matriz, o clima, a presença ou ausência de solo, e o tempo de exposição da rocha à atmosfera. Esses fatores estão sumarizados no quadro abaixo: Tabela 1 Fatores de interferência. TAXA DE ALTERAÇÃO LENTA RÁPIDA PROPRIEDADES DA ROCHA PARENTAL Solubilidade do mineral Baixa Moderada Alta na água (P. Ex., quartzo) (P. Ex., piroxênio, feldspato) (P. Ex., calcita) Estrutura da rocha Maciça Algumas zonas de fraqueza Muito fraturada ou acamamento CLIMA muito delgado Chuva Baixa Moderada Alta Temperatura Frio Moderada Quente PRESENÇA OU AUSÊNCIA DE SOLO E VEGETAÇÃO Espessura do perfil de solo Nenhuma rocha exposta Fina a moderada Espessa
11 11 Conteúdo orgânico Baixo Moderado Alto TEMPO DE EXPOSIÇÃO Curto Moderado Longo Fonte: Adaptado de, Para entender a Terra, p PRODUTOS DO INTEMPERISMO: SOLO E DEPOSITOS MINERAIS O manto de intemperismo geralmente evolui, em suas porções mais superficiais, através dos processos pedogenéticos, para a formação dos solos. Em condições excepcionais, que exigem uma conjunção de vários fatores, entre os quais condições relativamente agressivas de intemperismo, formam-se no manto de alteração do horizonte enriquecido de minerais de interesse econômico. São os depósitos lateríticos (TEIXEIRA, W.; TOLEDO, M.C.M.; FAIRCHILD, T.R.; TAIOLI, F.; Decifrando a Terra, p 157) Solos Segundo a definição encontrada no livro Decifrando a Terra, o solo é um produto do intemperismo, do remanejamento e organização das camadas superiores da crosta terrestre, sob a ação da atmosfera, da hidrosfera, da biosfera e das trocas de energia envolvidas. Existem ainda vários sistemas de classificação de solo, apesar de ser realmente muito difícil esta distinção, um sistema desenvolvido nos EUA (Soil Taxonomy), é a mais difundida. Veja sistema abaixo:
12 12 Figura 8 Esquema de classificação de solos, Soil Taxonomy. Fonte: Adaptado de Web site, US Department of Agriculture, Depósitos lateríticos Os processos genéticos que atuam na formação de depósitos lateríticos, podem ser classificados em dois grupos: Preservação do mineral primário de interesse e sua concentração por acumulação relativa devida à perda de matéria do perfil durante sua alteração; Destruição do mineral primário e formação de minerais secundários mais ricos que o mineral primário no elemento de interesse. Em algumas situações, ocorre um processo misto, pelo qual o mineral primário portador do elemento de interesse permanece inalterado no que diz respeito a seu arcabouço essencial, mas sofre transformações que podem melhorar ou piorar sua qualidade como mineral de minério. 4. ROCHAS SEDIMENTARES São rochas que se formam na superfície da crosta terrestre sob temperaturas e pressões relativamente baixa, pela desagregação de rochas pré-existentes, seguida de transporte e de
13 13 deposição de detritos ou, menos comumente, por acumulação química (PRESS, F.; GROTZINGER, J.; SIEVER, R.; JORDAN, T., Decifrando a Terra, p. 206). Possuem porosidade e permeabilidade, uma marcante estratificação e baixa resistência mecânica. São muito difíceis de polir e podem conter fósseis. As camadas de rochas sedimentares podem totalizar vários quilômetros de espessura. 4.1 Processos de formação das rochas sedimentares: soterramento e diogênese Depois que os detritos são depositados e soterrados, eles estão sujeitos a diogênese. A temperatura aumenta com a profundidade na crosta terrestre numa taxa média de 30º para cada km. A pressão também aumenta com a profundidade em uma media aproximada de 1atm para cada 4,4m. Esse aumento de pressão é o responsável pela compactação dos sedimentos soterrados. Conforme a natureza desse material podem ser clásticas ou carbonáticas. 4.2 Rochas clásticas (detríticas) Rochas sedimentares clásticas ou detríticas, são aquelas formadas pela deposição de fragmentos de outras rochas (ígneas, metamórficas ou mesmo sedimentares). Esses fragmentos, principalmente quartzo e silicatos, constituem os sedimentos e surgem por efeito da erosão. Conforme os grãos desses sedimentos, eles podem ser, do maior para o menor: cascalho, areia, silte ou argila (conforme tabela a seguir). Cascalhos formam conglomerados, areias formam arenitos, siltes formam siltitos e argila formam argilitos. Os grãos são classificados de acordo com o tamanho apresentado. Veja na tabela a seguir: Tabela 2 Classificação granulométrica. SEDIMENTO DIÂMETRO ROCHA SEDIMENTAR Cascalho mais de 256 mm Conglomerado Muito grosso
14 14 (matacões) Grosso Médio (seixos) Fino (grânulos) Areia Muito grossa Grossa Média Fina Muito fina de 64 mm a 256 mm de 4 mm a 64 mm de 2 mm a 4 mm de 1 mm a 2 mm de 0,5 mm a 1 mm de 0,25 mm a 0,5 mm de 0,125 mm a 0,25 mm de 0,062 (ou 0,05) mm a 0,125 mm (fragmentos arredondados) ou brecha (fragmentos angulosos) Arenitos Silte de 0,005 mm a 0,062 (ou 0,05) mm Siltitos Argila menos de 0,005 mm Argilitos Fonte: Adaptado de web site, CPRM, 23 de março de Rochas carbonáticas (não detríticas) Rochas sedimentares carbonáticas, surgem pela precipitação química de sais ou pela acumulação de restos orgânicos de animais e plantas. Quando formadas por sais são chamadas de químicas como, por exemplo, o calcário e o evaporito, se formadas por restos orgânicos, são denominadas orgânicas, tendo como exemplo o guano e o carvão (CPRM, 2017). Veja: Figura 9 Carvão mineral Fonte: Adaptado de web site, Cristais de Curvelo, 16 de abril de 2017.
15 15 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Conclui-se, que as rochas sedimentares são em sua totalidade, resultantes de intemperismo externo, e sempre a partir desta ação, acometida sobre rochas ígneas e metamórficas, formamse por cimentação. REFERÊNCIAS Web site, Brasil Escola, erosão fluvial, voçoroca, disponível em: acesso em 03 de abril de Web site, CPRM, Rochas sedimentares, disponível em: Ametista/Canal-Escola/Rochas-1107.html, acesso em 08 de março de Web site, Cristais de Curvelo, Rochas carbonáticas, disponível em: acesso em 16 de abril de Web site, Cultura mix, erosão glacial, disponível em: acesso em 03 de abril de Web site, Dicionário de Geociências, erosões, disponível em: index.php/eros%c3%a3o, acesso em 08 de março de Web site, G1 Globo.com, erosão marinha em Olinda-PE, disponível em:
16 16 acesso em 03 de abril de Web site, Pinterest, erosão eólica, disponível em: acesso em 29 de março de Web site, Portifólio Geogra, erosão antrópica, disponível em: acesso em 29 de março de PRESS, F.; GROTZINGER, J.; SIEVER, R.; JORDAN, T., Para Entender a Terra. Bookman, Porto Alegre RS, 2006, p. (TEIXEIRA, W.; TOLEDO, M.C.M.; FAIRCHILD, T.R.; TAIOLI, F.; Decifrando a Terra. Oficina de Textos, São Paulo SP, 2000, p.
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